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MATEMÁTICA E MEIO AMBIENTE: QUEBRANDO PARADIGMAS METODOLÓGICOS NA EJA Maurílio Antônio Valentim 1 1 Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) Resumo A preocupação com o consumo de água no Brasil não é assunto novo. As questões ambientais estão sempre em foco. Diante dessa problemática o presente trabalho objetivou relatar a experiência docente que deu início a um trabalho que vem sendo efetuado desde 2010 e que tem como objetivo utilizar a Matemática como instrumento de conscientização cidadã. O tema inicial, à época, foi o uso da água e do consumo de energia elétrica. A estratégia pedagógica aplicada buscou, por meio de suas contas de consumo de água e energia elétrica, a conscientização das atitudes cotidianas dos alunos da EJA de uma escola da cidade de Juiz de Fora MG. Foram utilizadas as respectivas contas de consumo de água e de energia elétrica dos alunos como base para atividades matemáticas. Várias atividades extraclasses foram utilizadas como apoio. As atividades abordadas nesse projeto ambiental proporcionaram aos alunos uma visão mais crítica dos hábitos cotidianos familiares e os procedimentos adotados uma postura diferenciada nas aulas. O método de ensino adotado, em forma de projeto, possibilitou uma participação mais ativa, dos alunos, no processo de aprendizagem e conscientização do papel deles na sociedade além de reconhecerem a importância do conhecimento matemático em situações que, no início, para eles, não havia ligações. Palavras-chave: Educação Matemática, EJA, Meio ambiente. INTRODUÇÃO Em 2010, alguns fatores foram preponderantes para a opção de trabalhar com um projeto que envolvesse todas as fases da Educação de Jovens e Adultos da Escola Municipal Santa Cândida: a bisseriação, ocorrida na escola, devido à diminuição do número de matrícula e o início da implantação de uma nova proposta pedagógica, específica para a E.J.A. pela Secretaria de Educação de Juiz de Fora - MG. Neste momento, vi a oportunidade de aplicar, junto aos meus alunos, uma nova metodologia que pudesse possibilitar uma mudança de postura nas aulas. O portfólio foi utilizado como forma de registro das atividades que seriam desenvolvidas. Além disso, a apresentação das atividades e o modelo adotado poderiam tornar possíveis que eu soubesse em que nível de conhecimento, naquele conteúdo, meu aluno se encontrava, pois optara em adaptar o currículo ao projeto. Na EJA, em uma realidade totalmente diferente daquela vivida no ensino regular, com atores diversificados, que de acordo com Marta Kohl de Oliveira (1999) possuem ações e reflexões educativas que não devem ser as mesmas dirigidas a qualquer jovem ou adulto, já que estes estão delimitados em um grupo de pessoas relativamente homogêneo dentro de um grupo cultural, as ações propostas no projeto seriam adequadas. Diante destas considerações e o fato de termos salas bisseriadas propus, dentro de um contrato didático (CHEVALLARD, 2001), considerando as instruções da coordenação

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MATEMÁTICA E MEIO AMBIENTE: QUEBRANDO PARADIGMAS

METODOLÓGICOS NA EJA

Maurílio Antônio Valentim1

1 Prefeitura de Juiz de Fora (PJF)

Resumo

A preocupação com o consumo de água no Brasil não é assunto novo. As questões

ambientais estão sempre em foco. Diante dessa problemática o presente trabalho objetivou

relatar a experiência docente que deu início a um trabalho que vem sendo efetuado desde

2010 e que tem como objetivo utilizar a Matemática como instrumento de conscientização

cidadã. O tema inicial, à época, foi o uso da água e do consumo de energia elétrica. A

estratégia pedagógica aplicada buscou, por meio de suas contas de consumo de água e

energia elétrica, a conscientização das atitudes cotidianas dos alunos da EJA de uma escola

da cidade de Juiz de Fora – MG. Foram utilizadas as respectivas contas de consumo de

água e de energia elétrica dos alunos como base para atividades matemáticas. Várias

atividades extraclasses foram utilizadas como apoio. As atividades abordadas nesse projeto

ambiental proporcionaram aos alunos uma visão mais crítica dos hábitos cotidianos

familiares e os procedimentos adotados uma postura diferenciada nas aulas. O método de

ensino adotado, em forma de projeto, possibilitou uma participação mais ativa, dos alunos,

no processo de aprendizagem e conscientização do papel deles na sociedade além de

reconhecerem a importância do conhecimento matemático em situações que, no início,

para eles, não havia ligações.

Palavras-chave: Educação Matemática, EJA, Meio ambiente.

INTRODUÇÃO

Em 2010, alguns fatores foram preponderantes para a opção de trabalhar com um

projeto que envolvesse todas as fases da Educação de Jovens e Adultos da Escola

Municipal Santa Cândida: a bisseriação, ocorrida na escola, devido à diminuição do

número de matrícula e o início da implantação de uma nova proposta pedagógica,

específica para a E.J.A. pela Secretaria de Educação de Juiz de Fora - MG.

Neste momento, vi a oportunidade de aplicar, junto aos meus alunos, uma nova

metodologia que pudesse possibilitar uma mudança de postura nas aulas. O portfólio foi

utilizado como forma de registro das atividades que seriam desenvolvidas. Além disso, a

apresentação das atividades e o modelo adotado poderiam tornar possíveis que eu soubesse

em que nível de conhecimento, naquele conteúdo, meu aluno se encontrava, pois optara em

adaptar o currículo ao projeto.

Na EJA, em uma realidade totalmente diferente daquela vivida no ensino regular,

com atores diversificados, que de acordo com Marta Kohl de Oliveira (1999) possuem

ações e reflexões educativas que não devem ser as mesmas dirigidas a qualquer jovem ou

adulto, já que estes estão delimitados em um grupo de pessoas relativamente homogêneo

dentro de um grupo cultural, as ações propostas no projeto seriam adequadas.

Diante destas considerações e o fato de termos salas bisseriadas propus, dentro de

um contrato didático (CHEVALLARD, 2001), considerando as instruções da coordenação

Page 2: MATEMÁTICA E MEIO AMBIENTE: QUEBRANDO TICA-E-MEIO-AMBIENTE... · PDF filePorém, com a continuação do projeto, somente os alunos ingressos passariam pelo processo. Não foi possível

sobre uma didática voltada para a turma como um todo, mas diversificando na intensidade

de aprofundamento, o trabalho seria com atividades alternativas, mas com um tema em

comum. Lancei algumas ideias e ouvi opiniões e, juntos, decidimos trabalhar analisando as

contas de consumo de água, no primeiro bimestre, e de consumo de energia elétrica, no

segundo bimestre. As ideias de Paulo Freire (1998) sobre dialogicidade ajudaram a

subsidiar esse momento. De acordo com Valentim a dialogicidade

[...] está em permitir aos alunos uma ação e, consequentemente, uma

reflexão sobre a ação pedagógica realizada. Nesse sentido, a reflexão

sobre a ação pedagógica não fica a cargo somente do professor. [...] Ao

estabelecer uma relação dialógica, o aluno deixar de ser apenas um

receptor, uma conta bancária1 que recebe depósitos, ele passa a ter

condições de interpretar as informações, fazendo parte do processo de

aprendizagem. (2015, p.55 e 57),

Com isso procurei ater-me às atividades que estivessem de acordo com o que

propõe a Educação Matemática e que são mencionadas por Fonseca (2007):

Naturalmente, embora já seja lugar-comum, nunca é demais insistir na

importância da Matemática para a solução de problemas reais, urgentes

e vitais nas atividades profissionais ou em outras circunstâncias do

exercício da cidadania vivenciadas pelos alunos da EJA. [...],

contemplando-se problemas significativos para os alunos, ao invés de

situações hipotéticas, artificiais e enfadonhamente repetitivas, forjadas

tão-somente para o treinamento de destrezas matemáticas específicas e

desconectadas umas das outras e, inclusive, de papel na malha do

raciocínio matemático. ( 2007, p. 50)

Com alunos de realidades diferentes, o tempo e o espaço deveriam atender a todos.

As tarefas de pesquisas extraclasses já eram definidas pela metodologia implantada pela

Secretaria de Educação, dentro do projeto pedagógico que deveria ser adotado como já

mencionado acima.

O projeto pedagógico consiste de atividades semanais, individuais ou em equipe,

realizadas no extraclasse e que serviriam de complementação curricular e da carga horária,

visto que a quantidade de aulas semanais (quatro aulas diária) não atenderia à LDB, que

estipula uma carga anual de no mínimo 800 horas distribuídas em 200 dias letivos. Como

as atividades tinham um caráter interdisciplinar, as tarefas de Matemática as permeavam de

acordo com as necessidades. Mesmo não sendo possível ter como atender a todas,

decidimos por realizar as restantes em sala de aula.

As atividades propostas tinham uma base em comum para todas as fases, com

atividades diferenciadas para cada uma delas. Os conteúdos trabalhados foram

disponibilizados de forma que os alunos que estavam em séries mais avançadas pudessem

trabalhar em dupla, à escolha deles, e que levassem em considerações suas afinidades

anteriores, já que a maioria se conhecia por serem da mesma localidade ou mesmo por

aquelas criadas na escola.

1 Conta bancária como referência a concepção bancária de ensino criticada por Freire (2002). Ele também

utilizou outros termos como concepção digestiva e concepção nutricionista.

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DESENVOLVIMENTO

Com os temas definidos, era hora de idealizar as tarefas que deveriam permear

todas as fases, procurando ater-se aos conteúdos específicos em cada uma delas além de

elaborar atividades extraclasses diferenciadas. Como recursos didáticos utilizamos

atividades na sala de informática, filme, palestras, passeio e atividades específicas, tudo

registrado no portfólio.

Na sala de informática introduzimos os alunos ao mundo digital. Apesar de alguns

alunos estarem bem letrados, seus conhecimentos eram direcionados, na maioria dos casos,

para a rede social. Estes alunos, em trabalho coletivo, auxiliaram os colegas que nunca

tiveram acesso. Juntos criaram seus e-mails, e tiveram noções básicas de informática.

Realizaram pesquisa sobre os problemas causados pela poluição provocada pelo homem e

os impactos nas reservas de água potável. Acessaram o site da empresa responsável pelo

tratamento conhecendo os serviços prestados. Com o auxílio das contas de consumo de

água de suas residências, já arquivadas no portfólio, tiraram segunda via de pagamento.

O filme escolhido para o trabalho foi “Water World, o segredo das águas”, com

Kevin Costner. Ele descreve a Terra em meados do terceiro milênio, que em razão do

derretimento das calotas polares se tornou um lugar sem terra sólida e a população vive em

barcos ou em ilhas artificiais.

As tarefas envolvendo o filme abrangeram questões ecológicas, envolvendo as

atitudes humanas em relação ao meio ambiente, e questões sociais. Fizemos questão de

assistir ao filme legendado e assim auxiliar ao professor de inglês. Em relação aos

conteúdos matemáticos, trabalhamos com transformação de unidades temporais.

A palestra foi realizada por um engenheiro da companhia de saneamento e esgoto-

CESAMA- do município de Juiz de Fora. Ela já realiza este trabalho a algum tempo,

visitando escolas e ou entidades que desejam ter este momento de reflexão sobre o tema.

Durante a palestra, o engenheiro destacou o desperdício de água pelos consumidores,

através de uso indiscriminado, a adoção de gatos e as consequências com o aumento do

valor das contas para todos. Ele também elaborou um mapa da região do bairro explicando

como são descobertos os gatos e também mostrando uma média do consumo. Expôs como

os funcionários fazem a apuração do consumo com o maquinário próprio ampliando uma

conta e destacando e explicando cada ponto dela.

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Figura 1: – Turma EJA assistindo palestra

Fonte: Autor (2010)

Figua2: Engenheiro da CESAMA explicando como se faz o cálculo de consumo de água.

Fonte: Autor (2010)

O passeio planejado foi à reserva Biológica Municipal do Poço D´Anta que é uma

área de conservação permanente, com 277 hectares, preservando um dos últimos

remanescentes de Mata Atlântica da região. Ela abriga uma grande biodiversidade de

espécies da nossa fauna e flora locais, além de servir de refúgio para mais de 50 mil

espécies de animais vertebrados ou não. Esta atividade, de culminância, foi realizada

dentre aquelas que devem ocorrer em horário extraclasse ao final do bimestre onde são

apresentados os resultados e os projetos em andamento, instituída pela S.E.

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Figura 3: Foto aérea da reserva florestal Poço D’Antas

Fonte: BRASIL TURISMO. Poço D’Antas. Disponível em:

http://www.brasilturismo.com/mg/juizdefora/lazer.php. Acesso em: 23 de

dez. 2010.

As atividades foram elaboradas tendo um tema central, mas de acordo com as fases

de cada aluno. O trabalho foi desenvolvido de forma contínua. O aluno que por algum

motivo faltava, ao retornar, continuava de onde havia parado. Os colegas de mesma fase ou

de fases diferentes podiam auxiliar uns aos outros. Apesar de conteúdos matemáticos

diferentes, procuramos utilizar um mesmo raciocínio para que houvesse a possibilidade de

ocorrer os fatos citados acima. Além de utilizar atividades básicas para todos.

Exemplificando temos:

Questão em comum: - Após verificar sua conta de consumo de água escreva 5

informações que você acha relevante nela. – Cite 3 informações numéricas que você não

sabe o que representa.

Questão por fase: Fase V (sexto ano) – Escreva por extenso o valor da conta de

consumo de água. Qual o algarismo de maior valor absoluto no número que representa o

valor a ser pago pelo consumo na sua conta de água? Fase VI (sétimo ano) – Escreva os

valores dos indicadores de qualidade de fornecimento de sua conta de energia elétrica

subtraindo o valor mensal de cada um pelo seu respectivo valor trimestral. Dê a razão do

valor de consumo de sua conta elétrica em relação ao valor de sua conta de consumo de

água. Fase VII (oitavo ano) – Prove, através de cálculos matemáticos, o valor do ICMS

cobrado na conta de consumo de energia elétrica. Faça uma média do consumo de energia

elétrica de sua residência nos últimos 13 meses. Fase VIII (nono ano) – Considerando o

símbolo (X) como o valor da sua conta de energia elétrica e o símbolo (Y) para o valor de

sua conta de água calcule (raiz ). Escolha 3 valores do quadro de “histórico de

consumo”, arredonde o valor e calcule a raiz quadrada aproximada.

No decorrer das aulas, quando havia falta de conhecimento específico ou dúvidas

de determinados conteúdos necessários à realização das tarefas, estes eram explicados em

aulas expositivas com anotações nos cadernos e exercícios complementares.

Quanto à avaliação, no projeto, baseamos em muitas pesquisas que tratam do

assunto nas aulas de Matemática, (LOPES, C. E., MUNIZ, M. S, 2010, ROMÃO, 1998).

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Nosso processo avaliativo foi feito de forma participava, durante e após as realizações das

tarefas e com uma autoavaliação.

CONCLUSÃO

Ao final das atividades, no fechamento do ano letivo de 2010, os alunos estavam

tranquilos, sem aquele nervosismo tradicional. Foi difícil o processo de implantação do

projeto como a quebra do paradigma do processo de avaliação por parte dos alunos. Por

várias vezes, eles me indagavam sobre quando seria a avaliação ou qual seria a pontuação

mesmo após o pacto firmado no início do período. Considero que esta metodologia

contribuiu para a diminuição no índice de evasão e reprovação que acontece na escola. A

mudança de postura dos alunos provocou uma mudança da minha postura nas concepções

quanto à coparticipação dos mesmos na elaboração do planejamento das aulas. O tempo foi

um grande empecilho, a adaptação dos alunos foi demorada e, além disso, na E.J.A. o

período é semestral, com 4 aulas diárias. Porém, com a continuação do projeto, somente os

alunos ingressos passariam pelo processo. Não foi possível cumprir o programa de acordo

com o PCN (BRASIL, 1997) determinado em algumas fases, o que me provocou uma

inquietação, mesmo concordando com Fonseca (2007) que considera isso um mito, “a

linearidade do conhecimento matemático, traduzido na rigidez que se imprime à

organização e ao sequenciamento dos conteúdos de ensino” (p.67). Ao final, podemos

acreditar no envolvimento dos alunos, com processos de escrita, e na construção do saber.

REFERÊNCIAS

BRASIL TURISMO. Poço D’Antas.

http://www.brasilturismo.com/mg/juizdefora/lazer.php. Acesso em: 23 de dez. 2010.

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais:

Matemática, v. 3. Brasília: MEC/SEF,1997.

CHEVALLARD, Y.; BOSCH, M. e GÁSCÓN, J. Estudar matemáticas: o elo perdido

entre o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.

FONSECA, Maria da Conceição F. R. Educação matemática de jovens e adultos. 2 ed.

Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 7

ed. São Paulo: Paz e Terra, 1998.

LOPES, C. E., MUNIZ, M. S. O processo de avaliação nas aulas de matemática.

Campinas, SP: Mercado das letras, 2010.

ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação dialógica: desafios e perspectivas. São Paulo:

Cortez, 1998.

VALENTIM, M. A. Pensamento narrativo na aprendizagem matemática: estudos com

alunos de ensino fundamental na resolução de atividade de álgebra. 2015. 222p. Tese

(Doutorado em Educação Matemática, Área de concentração: Ensino e Aprendizagem

Matemática e suas Inovações) – Coordenadoria de Pós- graduação - Universidade

Anhanguera de São Paulo, São Paulo, 2015.