Materiais Alternativos_Prof. Leonardo
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PROF. LEONARDO SCHIASSI
MATERIAIS
ALTERNATIVOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA
CONSTRUÇÕES RURAIS- Adobe
- Ferrocimento
- Bambu
- Recicláveis
- Solo-cimento
- Cinza de bagaço-de-cana
Bambu
• Construção totalmente
em bambu;
• Associação a outros
materiais: madeira e terra,
dependendo da
disponibilidade local e
adequação de uso.
Bambu• Da família das gramíneas;
• Produto renovável;
• Baixo custo;
• Apelo ecológico, pouco
poluente.
• Material resistente.
• Quando tratado apresenta
durabilidade > 25 anos.
• Colhido anualmente a partir
do 3º ano após o plantio;
• Baixa resistência ao ataque
de insetos.
Bambu
CORTE:
• Idade três a quatro anos, usar os bambus
maduros, mas não podres;
• Para reduzir ao mínimo os ataques de insetos
efetuar o corte na primeira parte da temporada de
inverno. Meses de maio, junho, julho e agosto no
nosso hemisfério.
Bambu
CURA:
Tornar o material menos propenso ao ataque de insetos
pois ocorre nesta etapa a expulsão da seiva, reduzindo a
concentração de amido pela transpiração das folhas.
• Na mata: colocar os talos cortados verticalmente sem
remover as ramas e as folhas, ficando devidamente
isolados do solo, sobre pedras ou suportes. Processo
mais adequado de cura, pois conserva a cor natural do
bambu evitando manchas de fungos e rachaduras.
Duração: 4 a 8 semanas.
BambuCURA:
• Por imersão: submergir os talos na água, retirando a
seiva do interior das paredes do bambu. Duração de 4
semanas.
SECAGEM
• Recém cortado: 80% de umidade, após 4 meses de
secagem ao ar cai para 10% a 15%, dependendo da
espessura da parede do colmo.
• A secagem correta permite reduzir consideravelmente a
massa do colmo, proporciona melhoria nas propriedades
mecânicas.
BambuSECAGEM
• Ao ar livre: período de 6 a 12 semanas para se atingir
maior resistência e evitar fissuras. Os bambus
armazenados devem estar cobertos e isolados do solo
em plataformas elevadas de 30 cm, ou na vertical,
permitindo inspecionar o material.
BambuSECAGEM
• Secagem ao fogo: faz-se um buraco pouco profundo e
cobre-se o solo e as esquinas com tijolos, para que não
perca calor. O bambu deve ser colocado a uns 50 cm acima
do fogo. Para que seque de maneira uniforme. Deve-se
virar os troncos de vez em quando.
BambuSECAGEM
• Secagem em estufa: estufas convencionais
semelhantes às empregadas para a secagem da
madeira. Sistema mais rápido e eficiente para se obter
teores de umidade desejados, porém envolve custos
mais elevados. Eficiente para secagem em grande
escala. Duração 2 a 3 semanas. Porém existe a
possibilidade de ocorrerem mais defeitos nas peças
devido à velocidade de secagem.
BambuTRATAMENTO
Produtos químicos preservativos para proteger o bambu,
pois a falta de tratamento compromete o desempenho
favorecendo
o apodrecimento por fungos, o ataque de insetos e as
rachaduras.
• Substituição da seiva: sem cortar as folhas e as ramas,
tendo a seiva parado de sair pela parte inferior, colocar as
peças dentro de um recipiente de 30 cm a 60 cm, na vertical
com preservativo, que será absorvido pela transpiração das
folhas.
BambuTRATAMENTO
• Tampão: Coloca-se as peças do bambu, recém
cortadas, em um recipiente em nível mais alto, com
preservativo, a seiva será substituída por pressão
hidrostática. A duração do tratamento leva de 5 a 6
semanas.
• Boucherie: trata-se de uma melhoria da técnica de
tampão, aumentando-se a pressão do líquido e reduzindo
o tempo de tratamento. Aplica-se no bambu logo que ele
é cortado, devendo retirar as ramas e as folhas. A
pressão aplicada no reservatório de produto químico
pode atingir 10 a 15 libras. O tratamento leva de 2 a 3
semanas.
BambuTRATAMENTO - Boucherie
BambuTRATAMENTO - Boucherie
BambuTRATAMENTO
• Método de impregnação por
imersão: Submergir total ou
parcial as peças de bambu num
depósito com preservativo.
Quanto + tempo permanecer
submerso, melhor será a eficácia.
Método dos mais econômicos,
contudo a imersão é feita em
produtos como pentaclorofenol
combinados a óleo diesel, que
são produtos altamente tóxicos.
BambuTRATAMENTO
• Banho quente: bambus secos ao ar são imersos em
tanques abertos com solução de substâncias preservantes.
Eleva-se a temperatura a 90 ºC durante certo tempo e
depois se deixa esfriar, utilizando tambores abertos ao
fogo.
BambuPROPRIEDADES MECÂNICAS:
Resistência à compressão paralela às fibras:
• Em média = 20 MPa;
• Para o phyllostachys purpuratta (diâmetro externo = 43
mm) = 55 MPa.
• Dhyndrocalamus giganteus = 93 MPa .
• Phyllostachys purpuratta (diâmetro externo de 22 mm e
diâmetro interno 10 mm entre nós) = 65 Mpa.
BambuPROPRIEDADES MECÂNICAS:
Dhyndrocalamus giganteus Phyllostachys purpuratta
BambuPROPRIEDADES MECÂNICAS:
Tração paralela às fibras:
• Em média = 260 MPa;
• A resistência à tração é de 2,5 a 3,5 vezes aquela
obtida em ensaios de compressão.
• Em algumas espécies, pode atingir até 370 MPa. Isso
torna atrativo o uso do bambu como um substituto para
o aço, especialmente quando for considerada a razão
entre sua resistência à tração e sua massa específica.
BambuPROPRIEDADES MECÂNICAS:
Flexão estática:
• Observou o efeito da baixa resistência das camadas
superiores na região de compressão, o que o induzia a
ruptura prematura dos corpos-de-prova;
•A resistência à flexão máxima em torno dos 8 anos.
BambuPROPRIEDADES MECÂNICAS:
Resistência ao cisalhamento :
• Resistência ao cisalhamento – quanto > o teor de
umidade do bambu < a resistência ao cisalhamento.
• Resistência ao cisalhamento transversal ás fibras =
30% de sua resistência a flexão que é igual a 32 MPa
(variação entre 20 MPa e 65 MPa). Enquanto que a
resistência ao cisalhamento longitudinal é de 15 % de
sua resistência à compressão, em torno de 6 MPa com
variação de 4 MPa e 10 MPa..
BambuPROPRIEDADES MECÂNICAS:
Bambu
Bambu
Bambu
Bambu
Bambu
Bambu
Bambu
Telhas
Pilares
Bambu
Construção de habitações de interesse social
Sistema construtivo pré-moldado, bambu com micro-concreto
Peças fabricadas à parte, em
formas metálicas, com sistema
de encaixa macho-fêmea
• Cimento
• Areia
• Cal
• Borracha moída
• Bambu triturado
Sistema construtivo pré-moldado, bambu com micro-concreto
Nos painéis inclui-se uma armadura de varas de bambu,
unidas por tiras de bambu grampeadas.
Nos pilares e vigas, utiliza-se varas inteiras com
travamento mecânico também grampeado.
Painéis (paredes):
• 1,00 x 0,50 m (A x L)
• 0,50 x 0,50 m (A x L)
Bambu
Laje reforçada por bambu
Ensaios de resistência mecânica em peças laminadas de bambu
Ensaios de resistência mecânica em peças laminadas de bambu
Materiais de bambu
Ferrocimento
• Armação subdividida e distribuída em meio
a massa forte de cimento e areia;
• Estruturas em casca, de formato
arredondado e de espessura muito pequena,
em torno de 3 centímetros;
• Estruturas econômicas de simples
construção
Ferrocimento
Solo-cimento
• Mistura homogênea de solo, cimento e
água, em proporções adequadas e que, após
compactação e cura úmida, resulta num
produto com características de durabilidade
e resistências mecânicas definidas.
Solo-cimento
Vantagens:
• Solo – em abundância na natureza e geralmente
disponível no local da obra ou próxima a ela;
• Processo construtivo simples, rapidamente
assimilado por mão-de-obra não qualificada;
• Material de boa resistência e perfeita
impermeabilidade, resistindo ao desgaste do tempo
e à umidade, facilitando a sua conservação.
Solo-cimento
SOLO:
• Solos arenosos;
• 12 a 15 partes de cimento
para 100 partes de solo seco,
em massa;
Mistura peneiramento do solo numa malha ABNT de
4,8mm para promover a pulverização do material, sendo
o resíduo destorroado e, então, repeneirado. Descartados
apenas os pedregulhos maiores que a abertura da malha.
Solo-cimento
Solo-cimento
Solo-cimento
Resistência de cimentos produzidos a partir de
cinza de casca de arroz.