material-complementar-28.pdf

141
Pedro Sérgio Zuchi Temperaturas Extremas

Transcript of material-complementar-28.pdf

Page 1: material-complementar-28.pdf

Pedro Sérgio Zuchi

Temperaturas Extremas

Page 2: material-complementar-28.pdf

Introdução A disciplina Temperaturas Extremas será apresentada sob dois contextos: 1- Sobrecarga Térmica (Portaria 3214/78 Mtb , NR 15 Anexo 03) 2- Exposição ao Frio (Portaria 3214/78 Mtb. NR 15, Anexo 09

Page 3: material-complementar-28.pdf

SOBRECARGA TÉRMINCA

Page 4: material-complementar-28.pdf

A exposição ao calor está presente em uma série de atividades profissionais desenvolvidas nas indústrias siderúrgica , vidro, têxtil entre outras cujos processos ocorrem com liberação de grandes quantidades de energia térmica. Atividades a céu aberto tais como a construção civil , carvoarias também podem expos o trabalhador a sobrecarga térmica. A avaliação dos riscos pressupõem estudo de variáveis que poderão contribuir para agravar ou minimizar os efeitos do calor sobre o organismo humano.

Page 5: material-complementar-28.pdf

Mecanismo de Transferência de Calor Condução - Quando dois corpos em temperatura diferentes são colocados em contato, haverá um fluxo de calor do corpo com maior temperatura para o de menor temperatura menor. Este fluxo torna-se nulo, no momento em que as temperaturas dos dois corpos se igualam.

Page 6: material-complementar-28.pdf

Condução-convecção - A troca térmica se processa como no caso anterior todavia, um dos corpos é um fluído. Exemplo: um corpo sólido "A" com temperatura tA e um gás "B" com temperatura tB a troca térmica ocorrerá se: tA>tB ou tA < tB.

Page 7: material-complementar-28.pdf
Page 8: material-complementar-28.pdf

Radiação - Quando dois corpos se encontram em temperaturas diferentes, haverá uma transferência de calor, por emissão de radiação infravermelha, do corpo com temperatura maior para o corpo com temperatura menor. Este fenômeno ocorre, mesmo não havendo um meio de propagação entre eles. O calor transmitido através deste mecanismo é denominado calor radiante.

Page 9: material-complementar-28.pdf

O Calor Radiante e uma variável que influi de forma

significativa no processo de sobrecarga térmica quando no

ambiente a ser avaliado, há a presença de fontes de radiação

que emitem considerável quantidade de energia no espectro

infravermelho.

Page 10: material-complementar-28.pdf
Page 11: material-complementar-28.pdf

Evaporação - Um líquido que envolve um sólido em uma determinada temperatura transforma-se em vapor, passando para o meio ambiente. Este fenômeno, denominado evaporação, é função da quantidade de vapor já existente no meio e da velocidade do ar na superfície do sólido.

Page 12: material-complementar-28.pdf

A evaporação do suor na superfície do corpo implica, necessariamente, em uma perda de calor. No mecanismo da evaporação, a movimentação do ar (velocidade do ar) próximo à superfície do corpo implica numa sucessão de estágios de equilíbrio entre a pele e o ambiente.

Page 13: material-complementar-28.pdf

Para manter o corpo em equilíbrio térmico, a quantidade de calor ganha pelo organismo deve ser contrabalanceada pela quantidade de calor perdida para o meio ambiente. As trocas térmicas entre o corpo e o meio ambiente podem ser relacionadas através da seguinte expressão matemática:

Page 14: material-complementar-28.pdf

M C R - E = S Onde: M – calor produzido pelo organismo; C - calor ganho ou perdido por condução-convecção; R - calor ganho ou perdido por radiação; E - calor perdido por evaporação; S - calor acumulado no organismo ( sobrecarga térmica) O organismo se encontrará em equilíbrio térmico, quando S for igual a zero

Page 15: material-complementar-28.pdf
Page 16: material-complementar-28.pdf

REAÇÕES DO ORGANISMO AO CALOR Na medida em que há um aumento de calor ambiental, ocorre uma reação no organismo humano no sentido de promover um aumento da perda de calor. Inicialmente, ocorrem reações fisiológicas para promover a perda de calor, mas essas reações, por sua vez, provocam outras alterações que, somadas, resultam num distúrbio fisiológico. Os principais mecanismos de defesa do organismo humano, quando submetido ao calor intenso, são a vasodilatação periférica e a sudorese.

Page 17: material-complementar-28.pdf

Vasodilatação periférica

Quando a quantidade de calor que o corpo perde por condução-convecção ou radiação é menor que o calor ganho, a primeira reação corretiva que se processa no organismo é a vasodilatação periférica, que implica num maior fluxo de sangue na superfície do corpo e num aumento da temperatura da pele. Essas alterações resultam em um aumento da quantidade de calor perdido ou numa redução do calor ganho. O fluxo de sangue no organismo humano transporta o calor do núcleo do corpo para a sua superfície, onde ocorrem as trocas térmicas.

Page 18: material-complementar-28.pdf

Sudorese

Outro mecanismo de defesa do organismo é a sudorese. O número de glândulas sudoríparas ativadas é diretamente proporcional ao desequilíbrio térmico existente. A quantidade de suor produzido pode, em curtos períodos, atingir até dois litros por hora, embora, em um período de várias horas, não exceda a um litro por hora. Pela sudorese, no ritmo de um litro por hora, um homem pode, teoricamente, perder 600 Kcal/hora para o meio ambiente.

Page 19: material-complementar-28.pdf

DOENÇAS DO CALOR

Se o aumento do fluxo de sangue na pele e a produção de suor forem insuficientes para promover a perda adequada de calor, ou se estes mecanismos deixarem de funcionar apropriadamente, uma fadiga fisiológica pode ocorrer. Existem quatro categorias principais de doenças devidas ao calor:

exaustão do calor; desidratação; câimbras do calor; choque térmico.

Page 20: material-complementar-28.pdf

Exaustão do calor É decorrente de uma insuficiência do suprimento de sangue do córtex cerebral, resultante da dilatação dos vasos sangüíneos em resposta ao calor. Uma baixa pressão arterial é o evento crítico resultante, devido, em parte, a uma inadequada saída de sangue do coração e, em parte, a uma vasodilatação que abrange uma extensa área do corpo.

Page 21: material-complementar-28.pdf

Desidratação Em seu estágio inicial, a desidratação atua, principalmente, reduzindo o volume de sangue e promovendo a exaustão do calor. Nos casos extremos, produz distúrbios na função celular, provocando ineficiência muscular, redução da secreção ( especialmente das glândulas salivares), perda de apetite, acúmulo de ácido nos tecidos.

Page 22: material-complementar-28.pdf

Câimbras de calor Ocorrem espasmos musculares, seguindo-se uma redução do cloreto de sódio no sangue, de modo a atingir concentrações inferiores a um certo nível crítico. A alta perda de cloreto é facilitada pela intensa sudorese e falta de aclimatização.

Page 23: material-complementar-28.pdf

Choque térmico Ocorre quando a temperatura do núcleo do corpo é tal, que põe em risco algum tecido vital que permanece em contínuo funcionamento. É devido a um distúrbio no mecanismo termorregulador, que fica impossibilitado de manter um adequado equilíbrio térmico entre o indivíduo e o meio.

Page 24: material-complementar-28.pdf

AVALIAÇÃO DE CALOR Portaria 3214/78 Mtb,

NR 15, Anexo no 3

Page 25: material-complementar-28.pdf

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR 1. A exposição ao calor deve ser avaliada através do

"Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo" - IBUTG definido pelas equações que se seguem:

Page 26: material-complementar-28.pdf

Ambientes internos ou externos sem carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg Ambientes externos com carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg onde: tbn = temperatura de bulbo úmido natural tg = temperatura de globo tbs = temperatura de bulbo seco

Page 27: material-complementar-28.pdf

2. Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum.

3. As medições devem ser efetuadas no local onde

permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida.

Page 28: material-complementar-28.pdf
Page 29: material-complementar-28.pdf

LIMITES DE TOLERÂNCIA Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço.

1. Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido no Quadro N.º 1.

Page 30: material-complementar-28.pdf
Page 31: material-complementar-28.pdf

2. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais.

3. A determinação do tipo de atividade (Leve, Moderada ou Pesada) é feita consultando-se o Quadro n.º 3.

Page 32: material-complementar-28.pdf

Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com período de descanso em outro local (local de descanso). 1. Para os fins deste item, considera-se como local

de descanso ambiente termicamente mais ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve.

2. Os limites de tolerância são dados segundo o Quadro nº 2.

Page 33: material-complementar-28.pdf

M ( Kcal/h) Máximo IBUTG

175

200

250

300

350

400

450

500

30,5

30,0

28,5

27,5

26,5

26,0

25,5

25,0

Page 34: material-complementar-28.pdf

M = Mt x Tt + Md x Td 60 Sendo: Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho. Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho. Md - taxa de metabolismo no local de descanso. Td - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso.

Page 35: material-complementar-28.pdf

______ IBUTG é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora, determinado pela seguinte fórmula: ______ IBUTG = IBUTGt x Tt + IBUTGd xTd 60

Page 36: material-complementar-28.pdf

Sendo: IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho. IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso. Tt e Td = como anteriormente definidos. Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho, sendo Tt + Td = 60 minutos corridos.

Page 37: material-complementar-28.pdf

3. As taxas de metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando-se o Quadro nº 3.

4. Os períodos de descanso serão considerados tempo de

serviço para todos os efeitos legais.

Page 38: material-complementar-28.pdf
Page 39: material-complementar-28.pdf

Avaliação da Exposição ao Calor

NHO 06 – Norma de Higiene Ocupacional FUNDACENTRO

Page 40: material-complementar-28.pdf

OBJETIVO DA NHO 06

Estabelecer e critérios procedimentos para avaliação da exposição ao calor que impliquem em riscos saúde dos trabalhadores

Page 41: material-complementar-28.pdf

Campo de Aplicação

Ambientes internos e externos com exposição ocupacional ao calor com ou sem carga solar em quaisquer situação de trabalho não estando voltada para avaliação de conforto térmico

Page 42: material-complementar-28.pdf

Definições 1- Ciclo d Exposição: Conjunto de situações térmicas as quais o trabalhador é submetido conjugdo às diversas atividades físicas por ele desenvolvidas m uma sequencia definida e que se repete de forma contínua ao longo da jornada de trabalho.

Page 43: material-complementar-28.pdf

2- IBUTG Médio Ponderado Média ponderada no tempo dos diversos IBUTG registrados em um intervalo de 60 minutos corridos. 3- Metabolismo Médio Ponderado Média Ponderada no tempo das taxas metabólicas obtidas em intervalo de 60 minutos corridos.

Page 44: material-complementar-28.pdf

4-Ponto de Medição Ponto físico escolhido para posicionamento do conjunto de termômetros onde serão obtidas as leituras representativas da real exposição do trabalhador ao calor. 5-Condição Térmica: Cada parte do ciclo de exposição onde as condições de ambiente que interferem na carga térmica que o trabalhador está exposto podem ser consideradas estáveis

Page 45: material-complementar-28.pdf

6-Grupo Homogêneo: Corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam exposições semelhantes tanto de condições ambientais como das atividades físicas desenvolvidas de modo que o resultado fornecido por parte da avaliação do grupo seja representativo de todos trabalhadores que compõem o mesmo grupo.

Page 46: material-complementar-28.pdf

7-Limite de Exposição: Valor de IBUTG Médio Ponderado relacionado com Metabolismo Médio Ponderado que representa as condições sob as quais se acredita que a maioria dos trabalhadores possam esta expostos repetidamente durante toda a vida de trabalho sem efeitos adversos à saúde.

Page 47: material-complementar-28.pdf

4. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO CALOR Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo – IBUTG (ACGIH e ANEXO 3 DA NR 15) A) AMBIENTES INTERNOS OU EXTERNOS SEM CARGA SOLAR IBUTG = 0,7 TBN + 0,3 TG (SEM CARGA SOLAR) B) AMBIENTES EXTERNOS -CÁLCULO IBUTG: IBUTG = 0,7 TBN + 0,2 TG + 0,1 TBS (COM CARGA SOLAR)

Page 48: material-complementar-28.pdf

As Taxas Metabólicas da NHO 06 são mais detalhadas que do Anexo 3 da NR 15. Obs- Para efeito de insalubridade obrigatoriamente deve ser usado o Anexo 3 Da NR 15.

Page 49: material-complementar-28.pdf

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: 1.A avaliação deve contemplar a exposição de todos os trabalhadores identificando grupos homogêneos ;

Observação: No caso de perícias de insalubridade a avaliação deve cobrir todas as condições de trabalho do (s) Reclamante (s). Se for idêntica a do grupo homogêneo ele poderá ser utilizado.

Page 50: material-complementar-28.pdf

2. A avaliação deverá caracterizar a exposição dos trabalhadores em estudo; A avaliação deve cobrir as condições de trabalho habituais que envolve o trabalhador (es) no exercício de suas atividades. 3. Deve-se considerar os 60 minutos mais desfavoráveis da exposição ao calor, Considerando condição térmica e atividade física e nunca apenas uma variável.

Page 51: material-complementar-28.pdf

Se houver dúvidas analisar por período superior a 60 minutos ou até mesmo durante toda jornada de trabalho. 4. Os procedimentos de avaliação devem interferir o mínimo

nas condições ambientais e operacionais em estudo. 5. Condições de exposição não rotineiras devem ser avaliadas

isoladamente verificando sua contribuição para caracterização da condição de trabalho em estudo.

6. Deverão ser obtidas informações administrativas sobre a caracterização da exposição e confrontada com a observação em campo.

Page 52: material-complementar-28.pdf

Equipamentos de Avaliação 1- Conjunto Convencional de Avaliação

Termômetro de Globo: Esfera oca de cobre com 152mm de diâmetro, pintada de preto fosco emissividade de 0,95 com duto cilíndrico com 25 mm de comprimento e 18mm de diâmetro destinado a inserção do termômetro. Termômetro de Mercúrio com escala de 10 a 120oC, com subdivisão de 0,2 oC ou menos e exatidão de 0,5oC para faixa de 0a 100 oC e 1oC para faixa superior a 100oC Rolha de borracha preta com diâmetro inferior de 15mm e superior de 20mm.

Page 53: material-complementar-28.pdf
Page 54: material-complementar-28.pdf

Termômetro de Bulbo Úmido Natural Termômetro de mercúrio com esacla de 10 a 50oC Erlenmeyer de 125 ml contendo água destilada Pavio em forma tubular na cor branca de tecido de algodão com alto poder de absorção de água, com comprimento mínimo de 100 mm

Page 55: material-complementar-28.pdf
Page 56: material-complementar-28.pdf

Termômetro de Bulbo Sêco Termômetro de mercúrio com escala mínima de 10 a 100 oC com subdivisões de 0,2oC ou menores e exatidão de mais ou menos 0,5oC

Page 57: material-complementar-28.pdf

Montagem do Conjunto

Termômetro de globo

(tg)

Termômetro de bulbo

úmido natural (tbn)

Termômetro de bulbo

seco (tbs)

Alinhamento dos

sensores

Frasco de 125ml com

água destilada

Pavio de

algodão

Page 58: material-complementar-28.pdf

Procedimentos para Avaliação com Conjunto Convencional Verificar se os termômetros estão inseridos dentro de um programa de calibração periódica; Verificar a não existência de descontinuidade na coluna de mercúrio (bolhas ou vazios); Verificar a integridade física de todos seus componentes; Verificar a limpeza e contaminação do pavio e da água destilada; Proceder umidificação prévia do pavio

Page 59: material-complementar-28.pdf
Page 60: material-complementar-28.pdf
Page 61: material-complementar-28.pdf
Page 62: material-complementar-28.pdf

Procedimento para Avaliação com Conjunto não Convencional Os dispositivos de medição de temperatura deverão apresentar no mínimo as mesmas exatidão dos de mercúrio; A esfera do globo deverá ser oca com 152,4 mm de diâmetro pintada de preto fosco;

Page 63: material-complementar-28.pdf

O pavio usado na medição do Tbn deve ser tubular, tecido de algodão na cor branca com alto poder de absorção de água, mantido úmido com água destilada; Os medidores só poderão ser usados dentro das condições de umidade, campos magnéticos e demais interferentes especificados pelo fabricante. Nesses casos o cabo de extensão pode ser uma alternativas para eliminar interferências.

Page 64: material-complementar-28.pdf

Condutas do Avaliador Evitar que seu posicionamento interfira na condição de exposição sob avaliação para não falsear resultado da avaliação. Se necessário proceder avaliação remota. Adotar medidas para que o usuário ou terceiro procedam alterações na programação do equipamento.

Page 65: material-complementar-28.pdf

Orientar o trabalhador avaliado que: • Deve manter a rotina habitual de trabalho; • Que o aparelho não deve ser removido do local de

avaliação • Que o aparelho não pode ser tocado.

Page 66: material-complementar-28.pdf

Invalidação dos dados

• Quando houver qualquer prejuízo a integridade do equipamento;

• Os termômetros apresentares descontinuidade na coluna de mercúrio;

• A calibração do equipamento eletrônico estiver fora da faixa recomendada pelo fabricante;

• Houver indicação de insuficiência de carga na bateria

Page 67: material-complementar-28.pdf

Posicionamento do conjunto de medição

• Os sensores devem ficar alinhados segundo um plano horizontal; • Quando houver fonte principal de calor o conjunto de

termômetros devem ser posicionados num mesmo plano vertical; • A altura de montagem deve coincidir com a região mais atingida

do corpo; • Quando não for definida deve ser montada na altura do tórax do

trabalhador exposto; • As escalas dos termômetros devem estar voltada para face

oposta a fonte.

Page 68: material-complementar-28.pdf

Medições • Feita por meio de análise da exposição de cada

trabalhador cobrindo todo seu ciclo de exposição; • As temperaturas a serem medidas são as de globo,

bulbo úmido natural e bulbo seco sendo esta dispensável quando não houver incidência de carga solar direta;

• Iniciar a leitura após a estabilização dos termômetros que dura em média 25 minutos para o conjunto convencional.

Page 69: material-complementar-28.pdf

•Realizar 3 leituras, no mínimo, ou tantas quantas forem necessárias, para se observar uma oscilação não superior à precisão do termômetro, entre as 3 últimas leituras, sendo considerada leitura final a média destas. •As condições térmicas de curta duração poderão ser

avaliadas através de simulação;

Page 70: material-complementar-28.pdf

• Deve ser medido o tempo de exposição m cada situação térmica que compõe o ciclo de exposição. Este parâmetro é determinado através da média aritmética de no mínimo três cronometragens obtidas observando o trabalhador em atividade;

• Identificar as distintas atividades físicas exercidas pelo trabalhador em estudo estimando o calor produzido pelo metabolismo a partir do Anexo 3 da NR 15 e/ou quadro 1 da NHO 06.

Page 71: material-complementar-28.pdf

EXERCÍCIOS 1) Um trabalhador fica exposto continuamente junto a um forno (sem local de descanso) por duas horas. Feita a avaliação obteve-se os seguintes dados: Tbn = 25ºC; Tg = 45ºC; sem carga solar, atividade: Remoção com pá Verifique se o LT foi ultrapassado. IBUTG = 0,7 tbn + 0.3 tg IBUTG= 0,7 x 25 + 0.3 x45= IBUTG= 17,5 + 13,5 = 31

Page 72: material-complementar-28.pdf

Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço. De acordo com o Quadro 3 temos: Trabalho Pesado Conclusão: Não é permitido trabalho sem adoção de medidas de controle Para IBUTG acima de 30 com atividade pesada.

Page 73: material-complementar-28.pdf
Page 74: material-complementar-28.pdf
Page 75: material-complementar-28.pdf

2) Um operador de forno gasta 3 min. carregando o forno de pé movimento com braços , em seguida aguarda 4 min. o momento da descarga permanecendo de pé com alguma movimentação no mesmo local e gasta mais 3 min. para descarregar o forno de pé movimentos com braços. Verifique se o LT foi ultrapassado. Dados: Tg = 35ºC, Tbn = 25ºC, considerando:

Page 76: material-complementar-28.pdf

Resolução do Exercício: 1- Determinação do ciclo de trabalho a) Tempo de carregamento do forno: 3 minutos b) Tempo aguardando o momento do descarregamento:

4 minutos c) Tempo de descarga do forno : 4 minutos Tempo total de 1 ciclo de trabalho = 3min. + 4min. + 3min.= 10 minutos Numero de ciclos por hora : 60min./10min.=6 ciclos

Page 77: material-complementar-28.pdf

Tempo em cada atividade por hora: Carregamento do forno= 3min x 6 = 18 minutos Aguardando a descarga = 4 min. X 6 = 24 minutos Descarregando o forno= 3 min. X 6 = 18 minutos Total = 60 minutos Análise do Metabolismo 1-Carga e descarga do forno: de pé com movimento dos braços levantar e empurrar: 300 Kcal/h 2-De pé com alguma movimentação aguardando o momento da descarga: 175 Kcal/h

Page 78: material-complementar-28.pdf

Cálculo do Metabolismo M = 300 x 18 + 175 x 24 + 300 x18 = 250 Kcal/h 60

Cálculo do IBUTG IBUTG= 0,7x 25 + 0,3 x 35 = 28,0 ______ IBUTG = 28,0 x 18 + 28,0 x24 + 28,0 x 18 = 28,0 60

Page 79: material-complementar-28.pdf

Conclusão: Metabolismo de 250 Kcal/h é Moderado segundo o quadro 3. Como o trabalhador permanece no mesmo local aguardando o momento da descarga o limite de tolerância foi ultrapassado ,pois para IBUTG = 20é permitido 45 minutos de trabalho e 15 de descanso.

Page 80: material-complementar-28.pdf

Considerações importantes sobre o exercício: 1) O trabalhador permanece no mesmo local e na mesma

condição térmica aguardando o momento do descarregamento do forno, embora o metabolismo seja diferenciado. Neste caso deve-se utilizar o quadro 1 e não o 2 pois este se aplica quando o local de descanso e em outro local com temperatura mais amena.

Page 81: material-complementar-28.pdf

2) Se observarmos o quadro 2 verificaremos que para metabolismo médio ponderado de 250 Kcal/h é permitido IBUTG médio ponderado de até 28,5

3) A NHO 06 só faz referencia a IBUTG Médio Ponderada com tabelas próprias para Limites de Tolerância e identificação de Metabolismo.

Page 82: material-complementar-28.pdf

3) Um operador de forno gasta 20 min. carregando o forno manualmente com uso de pá e aguarda 30 min. em outro local, fazendo anotações sentado. Gasta 10 min. para descarregar o forno também com uso de pá. Verifique se o LT foi ultrapassado. Local de Trabalho Local de Descanso Tg = 42,6ºC Tg = 30ºC Tbn = 26ºC Tbn = 20ºC

Page 83: material-complementar-28.pdf

Resolução do Exercício Cálculo do IBUTG do local de trabalho: IBUTGt= 0,7 x 26 + 0,3 x 42,6 = 31 Cálculo do IBUTG do local de descanso: IBUTGd= 0,7 x 20 + 0,3 x 30 = 23

Page 84: material-complementar-28.pdf

Identificação do Metabolismo usando o Quadro 3 Carga e descarga do forno com uso de pá: 440 Kcal/h Permanência no local de descanso sentado fazendo anotações: 125 Kcal/h. Cálculo do IBUTG Médio Ponderado: IBUTG = 31x 20 + 23 x30 + 31 x 10 = 27 60

Page 85: material-complementar-28.pdf

Cálculo do Metabolismo Médio Ponderado M = 440 x 20 + 125 x 30 +440 x 10 = 282,5 Kcal/h 60 Para Metabolismo Médio Ponderado de 282,5 Kcal /h é permitido IBUTG Médio Ponderado de até 27,5, portanto o Limite de Tolerância não foi ultrapassado. Obs: Para resultado mais preciso proceder interpolação

Page 86: material-complementar-28.pdf

4) Um operador de caldeira gasta 15 min. para carregar uma fornalha. Pega manualmente toras de madeira e empilha em local próximo à casa de caldeira, além de jogá-las no forno subindo dois degraus - M = 440.

Gasta mais 40 min. para empilhar as toras no local adequado debaixo do sol - M = 300.

Page 87: material-complementar-28.pdf

Fica cinco minutos na casa de caldeira conferindo pressão, água e anotando em pé - M = 175

TBN = 28ºC TBN = 23ºC TBN = 23 TG = 45ºC TG = 34ºC TG = 37ºC M = 440 TBS = 28ºC M = 175 Tt = 15 M = 300 T = 5 T = 40 min.

Page 88: material-complementar-28.pdf

Resolução do Exercício IBUTG no carregamento da fornalha IBUTG = 0,7 x 28 + 0,3 x 45 = 33,1 IBUTG no empilhamento de toras IBUTG = 0,7 x 23 + 0,2 x 34 + 0,1 x 28 = 25,7 IBUTG na casa de caldeiras IBUTG= 0,7 x 23 + 0,3 x 37 = 27,1 Cálculo do IBUTG Médio Ponderado IBUTG = 33,1 x 15 + 25,7 x 40 + 27,1 x 5 = 27,7 60

Page 89: material-complementar-28.pdf

Cálculo do Metabolismo Médio Ponderado M = 440 x 15 + 300 x 40 + 175x 15 = 353,7 Kcal/h 60 Conclusão Para metabolismo Médio Ponderado de 353,7 Kcal/h é permitido IBUTG Médio Ponderado de até 26,5 portanto o Limite de Tolerância foi ultrapassado.

Page 90: material-complementar-28.pdf

M ( Kcal/h) Máximo IBUTG

175

200

250

300

350

400

450

500

30,5

30,0

28,5

27,5

26,5

26,0

25,5

25,0

Page 91: material-complementar-28.pdf

MEDIDAS DE CONTROLE: O controle do calor deve ser feito, primeiramente, na fonte e, em seguida, em sua trajetória, deixando a aplicação do controle ao pessoal, como complemento das medidas anteriores ou quando constituir a única solução viável.

Page 92: material-complementar-28.pdf

Medidas de Controle Relativas ao Ambiente As medidas de controle relativas ao ambiente são as aplicadas no meio do trabalho, isto é, alterações na fonte ou ação na trajetória, não envolvendo diretamente o trabalhador. Muitos são os recursos e dispositivos que podem ser utilizados no controle do calor.

Page 93: material-complementar-28.pdf

Já foram abordados os diversos fatores ambientais e fisiológicos que influem na sobrecarga térmica. A adoção de medidas que alteram estes fatores, certamente, implicará na variação da sobrecarga térmica. Embora haja inúmeras medidas aplicadas no controle do calor, para cada caso se faz necessário um estudo minucioso e sistemático das mesmas, a fim de determinar a melhor solução para o problema.

Page 94: material-complementar-28.pdf

Medida Adotada Fator Alterado

Insuflação de ar fresco no local onde permanece o trabalhador Temperatura do ar

Maior circulação do ar existente no local de trabalho Velocidade do ar

Exaustão dos vapores de água emanados de um processo Umidade relativa

Utilização de barreiras refletoras (alumínio polido, aço inoxidável), ou absorventes (ferro ou aço oxidado) de radiação infravermelha, colocadas entre a fonte e o trabalhador.

Calor radiante

Automatização do processo, por exemplo, mudança do transporte manual de carga, por transporte com esteira ou ponte rolante.

Calor produzido Pelo metabolismo

Medidas relativas ao ambiente:

Page 95: material-complementar-28.pdf

Medidas relativas ao pessoal Como é sabido, há uma série de medidas de controle que podem ser aplicadas diretamente no trabalhador, com o objetivo de minimizar a sobrecarga térmica e preservar sua saúde. Entre elas destacam-se: exames médicos aclimatização ingestão de água e sal; limitação do tempo de exposição equipamento de proteção individual educação e treinamento;

Page 96: material-complementar-28.pdf

Vestimenta aluminizada para trabalhos em altas

temperaturas

Page 97: material-complementar-28.pdf
Page 98: material-complementar-28.pdf
Page 99: material-complementar-28.pdf
Page 100: material-complementar-28.pdf
Page 101: material-complementar-28.pdf
Page 102: material-complementar-28.pdf
Page 103: material-complementar-28.pdf

Exercícios de fixação para

serem resolvidos pelos alunos durante a aula

Page 104: material-complementar-28.pdf

1- Em uma carvoaria a operação total de descarregamento do forno leva em média 1 hora e 40 minutos sendo que é feita por dois carvoeiros que enchem cesto de carvão usando garfo e transportam manualmente para fora do forno sempre trabalhando em dupla. Cada operação de enchimento do cesto gasta 2 minutos e 30 segundos e o transporte e descarga fora do forno 3 minutos e 30 segundos. A abertura do forno é feita em 10 minutos

Page 105: material-complementar-28.pdf

Foi avaliado o calor encontrando os seguintes resultados: Abertura do Forno : tbn = 25,0 oC , tbs= 29,5oC, tg= 32,0oC Carregamento do Cesto: tbn = 28,7oC e tg = 43,2 oC Transporte do Carvão para fora do forno: tbn = 23,2oC , tbs= 28,7 oC e tg = 30,5oC

Considerando que após a descarga completa do forno no restante da jornada não há sobrecarga térmica pergunta-se: Os forneiros trabalham em condições insalubres? Justifique. Em caso positivo quais as medidas deveriam ser adotadas?

Page 106: material-complementar-28.pdf

Abertura do forno tbn = 25,0 oC , tbs= 29,5oC, tg= 32,0oC

Tempo: 10 minutos

Page 107: material-complementar-28.pdf

Carregamento do Cesto com Carvão tbn = 28,7oC e tg = 43,2 oC

Tempo: ?

Page 108: material-complementar-28.pdf

Transporte do carvão para fora do forno: tbn = 23,2oC , tbs= 28,7 oC e tg = 30,5oC Tempo: ?

Page 109: material-complementar-28.pdf

Em uma industria de laticínios a geração de vapor é obtida através de caldeira a lenha onde o Operador tem como tarefas básicas a cada hora:

A cada 10 minutos ele abre a porta da fornalha e alimenta a caldeira com lenha. A tarefa consiste em pegar a lenha ao lado da caldeira caminhar no máximo 3 passos e jogá-la dentro da fornalha gastando em média 3 minutos. Para realizar a operação ele faz movimentos de flexão e torção do tronco.

Page 110: material-complementar-28.pdf

Durante 10 minutos ele permanece circulando ao lado da caldeira fazendo inspeção , controlando e anotando dados na prancheta. O restante do período para completar 1 hora ele permanece sentado fazendo anotações. Foi avaliado o IBUTG encontrando os seguintes resultados: Alimentação da Caldeira com Lenha:

IBUTG= 45 O C Inspeção da Caldeira: IBUTG= 29ºC Sentado fazendo anotações: IBUTG= 25o-C

Fornalha

Depósito de Lenha

Mesa

Page 111: material-complementar-28.pdf

1- Determinar o tempo de cada atividade por hora 2- Determinar o metabolismo de cada atividade 3- Calcular o IBUTG Médio Ponderado 4-Calcular o Metabolismo Médio Ponderado 5- Verificar se o Limite de Tolerância foi Ultrapassado 6- Fazer as recomendações caso necessárias.

Page 112: material-complementar-28.pdf

Na elaboração do Relatório de Avaliação deve constar no mínimo os seguintes tópicos: • Introdução • Critério de Avaliação Adotado • Instrumental utilizado • Metodologia de avaliação • Descrição das condições de exposição avaliadas • Dados obtidos • Interpretação dos resultados • Considerações Finais • Recomendações para controle

Page 113: material-complementar-28.pdf

EXPOSIÇÃO AO FRIO

Page 114: material-complementar-28.pdf

Introdução Embora os mesmos fatores ambientais analisados e considerados no estudo do calor influam na intensidade da exposição ao frio, pouco se conhece sobre a sua quantificação e controle. Experiências mostraram que o fluxo de ar que circunda o organismo humano é fator de grande influência no seu esfriamento. A perda de calor por convecção pode ser claramente notada, quando nos deslocamos rapidamente em um ambiente frio que não apresenta correntes de ar significativas.

Page 115: material-complementar-28.pdf

Pesquisa das Forças Armadas Norte-Americanas mostrou que, com fraca movimentação de ar para temperaturas superiores a -30oC, pessoas adequadamente vestidas têm pouco a temer. Para temperaturas que se encontram entre -30 e -50oC há um considerável perigo, mesmo para pessoas adequadamente vestida.

Page 116: material-complementar-28.pdf

Efeitos da exposição ao frio A baixa temperatura corporal resulta de um balanço negativo entre a produção e a perda de calor. A produção de calor diminui e a perda de calor aumenta. A vaso-constrição periférica é a primeira ação reguladora que ocorre no organismo quando se inicia uma excessiva perda de calor. O fluxo sangüíneo é reduzido em proporção direta com a queda da temperatura.

Page 117: material-complementar-28.pdf

Quando a temperatura corpórea fica abaixo de 35oC, ocorre diminuição gradual de todas as atividades fisiológicas: cai a freqüência do pulso, da pressão arterial e da taxa metabólica, desencadeando um tremor incontrolável ( tiritar) para produzir calor.

Page 118: material-complementar-28.pdf

Se a produção de calor é insuficiente para manter o equilíbrio, a temperatura do corpo vai decrescendo, resultando no fenômeno de hipotermia. Quando a temperatura do núcleo do corpo vai abaixo de 29oC, o hipotálamo perde a capacidade termorreguladora e as células cerebrais são deprimidas, inibindo a atividade dos mecanismos termocontroladores do Sistema Nervoso Central, evoluindo para a sonolência e o coma.

Page 119: material-complementar-28.pdf

Avaliação da exposição ao frio Portaria 3214/78 Mtb , Anexo 15 NR 09 As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada em local de trabalho.

Page 120: material-complementar-28.pdf

C L T - artigo 253: "Para os empregados que trabalham no interior de câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de uma hora e quarenta minutos de trabalho contínuo será assegurado um período de vinte minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo".

Page 121: material-complementar-28.pdf

“Parágrafo Único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo: O que for inferior, na 1a 2a e 3a zonas climáticas do mapa oficial do MTb a 15 ºC . Na 4a zona a 12 ºC. Nas 5a, 6a, 7a zonas a 10 ºC ”.

Page 122: material-complementar-28.pdf

III - PORTARIA N. º 21- 26/12/94 - D.O.U. 27/12/94. SECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO Considerando que o parágrafo único do Art. 253 da CLT define as temperaturas abaixo das quais se considera artificialmente frio, com base nas zonas climáticas do mapa oficial do MTb, resolve:

Page 123: material-complementar-28.pdf

Art. 1.º - O mapa oficial do MTb. a que se refere o Art. 253 da CLT, a ser considerando, é o mapa "Brasil Climas" - da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE da SEPLAN, publicado no ano de 1978 e que define as zonas climáticas brasileiras de acordo com a temperatura média anual, a média anual de meses secos e o tipo de vegetação natural,

Page 124: material-complementar-28.pdf

Art. 2.º - Para atender ao disposto no parágrafo único do art. 253 da CLT, define-se como: 1ª, 2ª e 3ª zonas climáticas zona climática quente. 4ª zona zona climática subquente, 5ª, 6ª e 7ª zonas zona climática mesotérmica (branda ou mediana)

Page 125: material-complementar-28.pdf

Artigo 253 / CLT - Parágrafo Único: Considera-se artificialmente frio, para os fins do: T < 15 ºC na 1a 2a e 3a zonas climáticas = zona climática quente. T < 12 ºC na 4a zona = zona climática subquente T < 10 ºC nas 5a, 6a, 7a zonas = zona climática mesotérmica (branda ou mediana)

Page 126: material-complementar-28.pdf

FAIXA DE TEMPERATURA DE BULBO SECO (ºC)

MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL PARA PESSOAS ADEQUADAMENTOS VESTIDAS PARA EXPOSIÇÃO AO FRIO

15,0 a -17,9 * Tempo total de trabalho no ambiente frio de 6 (seis) horas e 40 (quarenta) minutos, sendo quatro período de uma hora e 40 (quarenta) minutos alternados com 20 (vinte) minutos de repouso e recuperação técnica, fora do ambiente frio.

12,0 a -17,9 **

10,0 a -17,9 ***

-18,0 a -33,9

Tempo total de trabalho no ambiente frio de 4 (quatro) horas, alternado-se uma hora de trabalho com uma hora para recuperação técnica, fora do ambiente frio.

-34,0 a -56,9

Tempo total de trabalho no ambiente frio de uma hora, sendo dois períodos de trinta minutos com separação mínima de 4 (quatro) horas para recuperação técnica, fora do ambiente frio.

-57,0 a 73,0 Tempo total de trabalho no ambiente frio de 5 (CINCO) minutos, sendo o restante da jornada cumprida obrigatoriamente fora de ambiente frio.

Abaixo de -73,0 Não é permitida a exposição ao ambiente frio, seja qual for a vestimenta utilizada.

Page 127: material-complementar-28.pdf

* Faixa de temperatura válida para trabalhos em zona climática quente, de acordo com o mapa oficial do IBGE. ** Faixa de temperatura válida para trabalhos em zona climática sub-quente, de acordo com o mapa oficial do IBGE. *** Faixa de temperatura válida para trabalhos em zona climática mesotérmica, de acordo com o mapa oficial do IBGE. FONTE: LIVRO RISCOS FISICOS / FUNDACENTRO

Page 128: material-complementar-28.pdf

LIMITES DE TEMPERATURA – FRIO – CLT ART. 253

CLIMA

QUENTE

SUB QUENTE

MESOTÉRMICO BRANDO E

MESOTÉRMICO MEDIANO

ZONAS 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª

AMBIENTE ARTIFICIALMENTE

FRIO

<15ºC

<12ºC

<10ºC

Page 129: material-complementar-28.pdf
Page 130: material-complementar-28.pdf

Medidas de controle ao frio

A produtividade humana depende da integridade funcional do cérebro e das mãos do homem. Em ambientes frios, deve-se conservar o calor do corpo para manter a temperatura do cérebro ao redor de 37oC, assegurando a adequada irrigação do sangue às extremidades. Vestimentas para trabalho em baixas temperaturas

Page 131: material-complementar-28.pdf

Jaqueta Térmica: Jaqueta Térmica para Câmara Fria, em nylon, com revestimento interno em manta acrílica. Forro em nylon, punhos em poliéster com touca acoplada. Para temperaturas até -35ºC.

Page 132: material-complementar-28.pdf

Calça Térmica: Calça Térmica para Câmara Fria, em nylon, com revestimento interno em manta acrílica. Forro em nylon, punhos em poliéster com touca acoplada. Para temperaturas até -35ºC.

Page 133: material-complementar-28.pdf

Capuz de Segurança: Capuz Térmico para Câmara Fria, tricotado em lã sintética (moletom/suedine), lavável, modelo ninja.

Indicação: Proteção do usuário em serviços realizados no interior de câmaras frias.

Page 134: material-complementar-28.pdf

Meia Térmica: Meia Térmica para Câmara Fria, em nylon, com revestimento interno em manta acrílica. Indicação: Deve ser usada juntamente com botas de PVC, para proteção do usuário em serviços realizados no interior de câmaras frias.

Page 135: material-complementar-28.pdf

Descrição do EPI Câmara Fria– Luvas de PVC Térmica Alaska: As luvas de PVC Alaska possuem isolamento térmico, excelente durabilidade para uso em câmaras frias. Suporta temperaturas até -35ºC. Possui forro de lã para maior conforto do usuário, e punho fechado. Indicação: Frigoríficos, Abatedouros, Cozinha industrial, Câmaras frias.

Page 136: material-complementar-28.pdf
Page 137: material-complementar-28.pdf

Exames médicos pré-admissionais Quando é realizada a seleção de profissionais para a execução de trabalhos em câmaras frias, devem-se excluir os portadores de diabetes, epilépticos, fumantes, alcoólatras, aqueles que já tenham sofrido lesões devidas ao frio, os que possuem “alergia” ao frio, os portadores de problemas articulares e os que tenham doenças vasculares periféricas. Com esse controle, reduzem-se os índices de doenças devidas ao frio.

Page 138: material-complementar-28.pdf

Exames médicos periódicos Exames médicos periódicos nos trabalhadores de câmaras frias devem ser realizados, atentando para o diagnóstico precoce de vasculopatias periféricas, ulcerações térmicas, dores articulares, perda da sensibilidade tátil ou repetidas infecções das vias aéreas superiores, tais como: faringites, rinites, sinusites, amigdalites; como também a ocorrência de pneumonias.

Page 139: material-complementar-28.pdf

Educação e treinamento Informar ao trabalhador quanto a necessidade do uso de vestimentas adequadas, e da troca das roupas e calçados quando estiverem úmidos, molhados ou apertados. Quando, na sala de repouso, manter-se quente, seco e em movimento, realizando exercícios freqüentes com os braços, as pernas e os dedos das mãos e dos pés, para manter ativa a circulação periférica.

Page 140: material-complementar-28.pdf

Educação e treinamento Informar ao trabalhador quanto a necessidade do uso de vestimentas adequadas, e da troca das roupas e calçados quando estiverem úmidos, molhados ou apertados. Quando, na sala de repouso, manter-se quente, seco e em movimento, realizando exercícios freqüentes com os braços, as pernas e os dedos das mãos e dos pés, para manter ativa a circulação periférica.

Page 141: material-complementar-28.pdf

MUITO OBRIGADO!