Material de Estudo de Filosofia !
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DESCARTES, René – O Discurso doMétodo.
1) Primeira Parte: A Dúida Met!dica
– O bom senso é coisa bem partilhada entre os homens.
– Nossos erros não provêm de diferenças racionais, mas sim pela forma comque conduzimos nossa razão, “pois não é suciente ter o esp!rito bom, oprincipal é aplic"#lo bem$.
– %escartes se considera feliz por ter encontrado um método autêntico dedescoberta da verdade.
– &ontudo, não se d" por satisfeito, pois pode estar sendo en'anado.
– (pesar de ter aprendido todo o conhecimento dispon!vel em sua época,%escartes acha muito proveitoso o ato de via)ar, que enriquecesobremaneira os nossos conhecimentos. *le também aprecia muito aret+rica e a poesia.
– as a sua maior admiração é pela matem"tica, pela certeza e evidênciade suas demonstraç-es.
– *le também reverencia a eolo'ia, e considera a fé uma 'raça de %eus,concedida por i'ual a s"bios e i'norantes.
– /uanto 0 losoa, a considera nobre mas eivada de controvérsias, o quenão lhe asse'ura uma evidência mais se'ura.
– /uando )ovem, desde cedo demonstra interesse em via)ar, conhecernovos costumes, sempre avaliando tudo sob o prisma de sua consistência ede sua utilidade.
") Se#unda Parte: A desco$erta do método
– *stando em visita 0 (lemanha, cou isolado numa sala de /uartel, quandoentão intuiu os quatro preceitos fundamentais do método1
234 5amais acolher al'uma coisa como verdadeira que eu não conhecesseevidentemente como tal6 isto é, de evitar cuidadosamente a precipitação ea prevenção, e de nada incluir em meus )u!zos que não se apresentasse tãoclara e tão distintamente a meu esp!rito, que eu não tivesse nenhumaocasião de p7#lo em d8vida.
934 %ividir cada uma das diculdades que eu e:aminasse em tantasparcelas quanto poss!veis e quantas necess"rias fossem para melhorresolvê#las.
;34 &onduzir por ordem meus pensamentos, começando pelos ob)etos maissimples e mais f"ceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por
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de'raus, até o conhecimento dos mais compostos, e supondo mesmo umaordem entre os que não se precedem naturalmente uns aos outros.
<34 =azer em toda parte enumeraç-es tão completas e revis-es tão 'erais,que eu tivesse a certeza de nada omitir.
– O método deve tomar corpo a partir do reconhecimento da concatenaçãodos conhecimentos, sendo o anterior condição da verdade do posterior.
– >ão as ciências matem"ticas que nos asse'uram as demonstraç-es maisevidentes e é por elas que devemos começar.
– ( concepção 'eneralizada da correlação de todas as coisas se chamamathesis universalis ou perspectiva do mecanismo universal que movetodas as coisas.
– Não obstante, ser" necess"rio recorrer aos diversos princ!pios da losoa,
para poder discorrer sobre ela ?a mathesis4. %escartes reconhece que nãoest" preparado para isso, por ser muito )ovem ?9; anos4.
%) Terceira Parte: A mora& 'rois!ria
*ssencial para a continuidade da vida, enquanto se p-e em d8vidaprovis+ria a verdade da ciência1
– Obedecer 0s leis e aos costumes de meu pa!s, retendo constantemente areli'ião em que %eus me concedeu a 'raça de ser instru!do desde ainf@ncia, e 'overnando#me, em tudo o mais, se'undo as opini-es maismoderadas se'uidas por aqueles pr+:imos ao meu conv!vio.
– Não a'ir quando sentir que h" d8vidas quanto aos resultados que obtereicom os meus atos e se essa seria a melhor opção.
– Arocurar sempre antes vencer a mim pr+prio do que os est!mulos,modicando#os em meu benef!cio, mesmo que, no nal, me sinta incapaz dealter"#los.
– Aor m, deliberei passar em revista as diversas ocupaç-es que os homense:ercem nesta vida, para escolher a melhor.
() uarta Parte: A o$ten*+o da erdade
– =ace 0 d8vida 'eral, s+ uma certeza que é primeira diante de todas asdemais1 eu penso, lo'o e:isto ?co'ito, er'o sum4.
– ( const@ncia do meu eu face a mutabilidade de tudo levou %escartes aconsiderar a alma como separada inteiramente do corpo ?dualismo4.
– (ssim, tudo que concebemos mui clara e distintamente é verdadeiro,havendo apenas al'uma diculdade em notar bem quis são as queconcebemos distintamente.
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– %a an"lise da perfeição imperfeita que e:iste em tudo, %escartes p7deconcluir pela suposição da e:istência de um >*B A*B=*CO, &ausa de >iesmo, %eus, como condição do menos que s+ pode ter ori'em num mais.
– D a elevação da mente acima dos sentidos que permite che'ar a estaconclusão, por ser puramente racional.
– %eus é a 'arantia de não h" um 'ênio mali'no a nos en'anar, como setudo fosse um sonho.
Da necessidade de um método
A razão é igual em todos os homens, a diversidade de nossas opiniões não
decorre de uns serem mais capazes de conhecerem a verdade do que outros,
mas de conduzirem bem seus raciocínios, ao passo que outros os conduzem mal.
Consideração sobre as ciências
Ao terminar seus estudos, Descartes se vê repleto de dúvidas. enuncia a
procura da verdade nos livros e via!a para observar o mundo, o livro da vida.
"as, veri#ica uma grande diversidade e contradi$ões nos costumes dos
homens. %or #im, decide procurar a verdade em si mesmo.
Do método matemático à reflexão filosófica
Apenas os matem&ticos encontrara algumas demonstra$ões, razões certas e
evidentes, mas não possuíam um verdadeiro emprego a essas demonstra$ões,
além dos utilizados na mec'nica. (ntão, Descartes, corrigindo a l)gica, a an&lise
geométrica e a &lgebra, uma pela outra, e reduzindo o número de preceitos,
chega a um método composto por quatro regras*
+ eceber escrupulosamente as in#orma$ões, e-aminando sua racionalidade,
aceitando apenas o indubit&vel, aquilo que se apresente de #orma clara e
distinta, o evidente
/ Dividir cada um dos problemas em e-ame em quantas partes #orem
necess&rias 0an&lise1
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2 3rdenar o que #oi dividido partindo do mais simples, acrescendo por
degraus de comple-idade até o mais composto, supondo ordem entre aqueles
que não procedam naturalmente uns dos outros 0síntese1
4 (numerar e revisar de modo geral as conclusões, garantindo que nada se!a
omitido.
Descartes aplicou o método 5 geometria, resolvendo problemas, até o momento,
insolúveis, então, certo de sua #uncionalidade, o aplica a #iloso#ia, que não
possuía princípios que #ossem certos.
Regras da moral provisória
%ara estabelecer a dúvida a todos os conhecimentos 0a aplica$ão da primeira
regra do método1 Descartes determina provisoriamente quatro regras a
garantir6lhe uma vida tranquila e sua #elicidade enquanto duvidava em busca do
indubit&vel*
+ 3bedecer 5s leis e os costumes de seu país, conservando a religião de sua
in#'ncia e seguindo as opiniões mais moderadas, dos homens mais sensatos
com quem tinha de viver
/ 7er #irme e resoluto em suas a$ões, seguindo as opiniões duvidosas
determinadamente quando escolhidas
2 8encer primeiramente a si mesmo, modi#icando os pr)prios dese!os ao invés
de buscar modi#icar a ordem do mundo
4 9ultivar a razão e o conhecimento da verdade, segundo o método, a melhor
atividade dentre as que os homens se ocupam.
plicação do método à filosofia
:uanto aos costumes é preciso seguir opiniões duvidosas, mas quanto 5 busca
da verdade, para Descartes, deve6se re!eitar tudo que supõe dúvida, em busca do
indubit&vel, o claro e distinto primeira regra do método.
! Cogito
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%ara duvidar, pensar que tudo é #also, é necess&rio pensar, sendo imprescindível
que quem pense se!a algo %enso ;ogo (-isto 0primeiro princípio da #iloso#ia1,
indubit&vel, claro e distinto, atendendo o critério pelo qual se reconhece uma
verdade, a clareza e a distin$ão.
Analisando o que e-iste, o pensamento, Descartes e-amina o que ele é, um
pensamento independente do corpo, que para e-istir não necessita de lugar,
nem de alguma coisa material, uma subst'ncia pensante.
Da existência de Deus
A #orma de evidenciar o eu 0pensamento1 é a dúvida a dúvida é uma
imper#ei$ão portanto reconhe$o6me imper#eito para saber6se imper#eito é
preciso ter a ideia de per#ei$ão qual a origem desta ideia de per#ei$ão< Deve
haver na causa tanta realidade quanto no e#eito portanto a causa de uma ideia
de per#ei$ão não pode ser senão um ser per#eito logo, o 7er %er#eito e-iste.
"rova das coisas externas
9om a certeza da e-istência do 7er %er#eito, a e-istência do mundo e-terior não
so#re nenhuma di#iculdade. 3 Deus cu!a e-istência #oi demonstrada é per#eito,
logo verídico, e ele nos enganaria se nossas ideias claras e distintas #ossem
#alsas %ortanto cabe a n)s nos precaver sobre as sensa$ões con#usas e obscuras
ou ilusões. (stamos seguros de não cometermos erro a#irmando que a e-tensão
geométrica e-iste, a única coisa do mundo e-terior que percebemos clara e
distintamente.
#egunda prova da existência de Deus
%rocurando o que se apresenta de #orma distinta e clara nas coisas e-teriores,
pensando na e-tensão geométrica e nos teoremas que dela demonstramos, toda
certeza destas demonstra$ões dependem de serem concebidas evidentemente
por mais que não se reconhe$a a e-istência do triangulo, quando penso nele é
necess&rio que seus três 'ngulos somados se!am iguais 5 soma de dois 'ngulos
retos. %or conseguinte é certo que Deus e-iste como as demonstra$ões
geométricas. =m ser per#eito necessariamente deve e-istir. %er#ei$ão implica em
e-istência.
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!rdem das $uest%es f&sicas
Descartes desenvolve a cadeia das verdades #ísicas que ele deduz de sua
meta#ísica. %ortanto tudo se e-plica na natureza pelos princípios da e-tensão
geométrica e das leis do movimento deduzida da per#ei$ão de Deus.
Dos animais
3s animais não têm alma, prova disto é que eles são desprovidos de razão, se
eles tivessem razão, por mais pouca que #osse eles #alariam, e o mais inteligente
dos animais não #ala, ao passo que o menos inteligente entre os homens #ala. 3
que di#ere o ser humano dos animais é a capacidade do homem de responder ao
meio criativamente, racionalmente, principalmente por meio da linguagem. 3s
animais são m&quinas org'nicas comple-as, como o corpo humano e o mundo
0mecanicismo1.
Das coisas re$ueridas às pes$uisas da nature'a
As e-periências são tanto mais necess&rias quanto mais estiverem avan$ados os
conhecimentos. %ois, no início, mais vale servir6se apenas das que se
apresentam por si mesmas aos nossos sentidos, as que não podemos ignorar
desde que nos dediquemos a elas re#letidamente, em vez de procurar as mais
raras e complicadas. A razão disso é que as mais raras muitas vezes nos
enganam, quando não conhecemos ainda as causas das mais comuns, e que as
circunstancias das quais dependem são quase sempre tão especí#icas e tão
pequenas que é muito penoso not&6las
ÉTICA
CAPÍTULO I – OBJETO DA ÉTICA
1. Problemas morais e problemas éticos
Existem alguns tipos de problemas os quais podem afetar de um indivíduo até uma nação
inteira, problemas os quais a incumbência fica voltada a algumas pessoas, em sua função
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de fazer ou deixar de fazer algo de modo imparcial, sendo apenas regidos pelas normas
da moral.
O comportamento prtico!moral muda de época para época e de uma sociedade para
outra. "om o passar do tempo, esse comportamento veio adquirindo a qualidade de teoria
moral, sendo assim ob#eto de estudo e reflexão, quando se verifica essa passagem, que
coincide com o início do pensamento filos$fico, estamos na esfera dos problemas te$rico!
morais ou éticos.
Esses problemas éticos são caracterizados pela sua generalidade, ou se#a, com a a#uda
de uma norma estes são recon%ecidos como bons ou moralmente valiosos. &a ética não
% uma norma de ação para cada situação esta seria um problema prtico!moral, a ética
investiga o conte'do do bom e não o que cada indivíduo deve fazer, mas o significado de
bom, muda de teoria para teoria, sendo (s vezes a felicidade, o prazer, o 'til, o poder, etc.
)untamente com esse problema central, colocam!se também outros problemas éticos
fundamentais, tais como o de definir a essência do comportamento moral e a diferença de
outras formas de comportamento %umano, esse problema nos leva a outro, o da
responsabilidade. *e fala em comportamento moral quando o su#eito é responsvel pelos
seus atos.
Os problemas éticos te$ricos e prticos, no terreno moral se diferenciam, mas as soluç+es
dos primeiros influem na colocação da solução dos segundos devendo %aver uma reflexão
para que a teoria especule de modo efetivo o comportamento do %omem.
Os problemas éticos se diferenciam dos morais devido a sua generalidade, portanto pode
contribuir para fundamentar ou #ustificar certa forma de comportamento moral. ética
re#eita o comportamento egoísta como moralmente vlido, deve ser feito em prol do bem
da sociedade, visando o que é moralmente vlido.
-evido aos excessos normativistas das éticas tradicionais, nos 'ltimos tempos procurou!
se limitar o domínio da ética aos problemas da linguagem e do raciocínio moral,
renunciando!se a abordar quest+es com a definição do bom, a essência da moral, o
fundamento da consciência moral, etc. "olimando o comportamento %umano comocompreensão racional de um aspecto real.
. O campo !a ética
"ertamente, o estudo de muitas éticas tradicionais parte da idéia de que a missão do
te$rico neste campo é dizer aos %omens o que devem fazer, como fazer, l%es ditando as
normas ou princípios pelos quais devem pautar seu comportamento. O ético transforma!se
assim, numa espécie de legislador do comportamento moral do indivíduo ou da
comunidade.
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as a função fundamental da ética é a mesma de toda as demais teorias/ explicar,
esclarecer ou investigar uma determinada circunst0ncia, elaborando conceitos
correspondentes.
1ormular normas e princípios universais de moral, desconsiderando a experiência e
formação %ist$rica, afasta a teoria ética da realidade que ela deveria
". De#i$i%&o !a ética
"omo os problemas te$ricos morais nao se confundem com os prticos, também não se
pode confundir ética com moral. ética não cria a moral. ética depara com uma
experiência %ist$rico!social no terreno da moral, ou se#a, com uma série de prticas morais
# em vigor e partindo delas procura encontrar a essência da moral, sua origem, as
condiç+es ob#etivas e sub#etivas do ato moral, as fontes da avaliação moral, a natureza e a
função dos #uízos morais, os critérios de #ustificação destes #uízos e o princípio que rege amudança e a sucessão de diferentes sistemas morais.
ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos %omens em sociedade.
definição indica o carter científico desta disciplina, ou se#a, corresponde ( necessidade
de uma abordagem científica dos problemas morais.
ética é a ciência da moral, sendo a ética ob#eto da moral, podendo dizer que exista ética
científica não atribuindo a mesma qualificação ( moral. &ão existe uma moral científica, no
entanto, % uma moral compatível com os con%ecimentos científicos sobre o %omem e a
sociedade. Este ponto em que a ética serve para fundamentar a moral, sem ser em si
mesma normativa ou preceptiva. moral não é ciência, mas ob#eto da ciência. ética não
é a moral não podendo ser reduzida a um con#unto de normas e prescriç+es, a sua missão
é explicar a moral.
'. Ética e (iloso#ia
&a negação de qualquer relação entre a ética e a ciência se quer basear a atribuição
exclusiva da primeira ( filos$fica. ética é então apresentada como uma parte de uma
filos$fica especulativa, isto é, constituída sem levar em conta a ciência e a vida real. Esta
ética filos$fica preocupa!se mais em buscar concord0ncia com princípios filos$ficos
universais do que com a realidade moral no seu desenvolvimento %ist$rico e real.
-esta maneira, a ética tende a estudar um tipo de fen2meno que se verifica realmente na
vida do %omem como ser social e constituem o que c%amamos de mundo moral, ao
mesmo tempo, procura estud!los não os deduzindo de princípios absolutos ou
apriorísticos, mas afundando suas raízes na pr$pria existência %ist$rica e social do
%omem.
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ética nunca pode deixar de ter como fundamento a concepção filos$fica do %omem que
nos d uma visão total deste como ser social, %ist$rico e criador.
). A Ética e o*tras ci+$cias
Os atos morais sempre apresentam um aspecto sub#etivo, interno, psíquico, constituído de
motivos, impulsos, atividade da consciência, etc.3 neste aspecto psíquico, sub#etivo, inclui!
se também a atividade subconsciente. *endo a atividade moral sempre vivida interna ou
intimamente pelo su#eito em um processo sub#etivo para cu#a elucidação contribui a
psicologia.
ética apresenta também relação com as ciências que estudam as leis que regem o
desenvolvimento e a estrutura das sociedades %umanas, entre estas estão a antropologia
social e a sociologia. &elas estuda!se o %omem como ser social em determinadas
relaç+es. "omo ser social, o modo de comportamento do indivíduo não pode ter umcarter puramente individual e sim social.
4oda ciência do comportamento %umano pode trazer uma contribuição proveitosa para a
ética como ciência da moral. 5or isso, também a teoria do direito pode trazer semel%ante
contribuição, graças ( sua estreita relação com a ética, visto que as duas disciplinas
estudam o comportamento do %omem como comportamento normativo.
ética se relaciona também com a economia política como ciência das relaç+es
econ2micas.
CAPÍTULO II – ,O-AL E I/T0-IA
1. Carter 2ist3rico !a moral
O significado, função e validade não podem deixar de variar %istoricamente nas diferentes
sociedades. 5ortanto, a moral é um fato %ist$rico, a ética como ciência da moral, não pode
concebê!la como dada de uma vez para sempre, mas tem de consider!la como um
aspecto da realidade %umana mutvel com o tempo.
6gnorando!se o carter %ist$rico da moral, o que esta foi realmente, não mais se parte do
fato da moral e cai!se necessariamente em concepç+es a!%ist$ricas da mesma.
Este a!%istoricismo moral, no campo da reflexão ética, segue três direç+es fundamentais/
-eus como origem ou fonte da moral, a natureza como origem ou fonte da moral, o
7omem 8ou %omem em geral9 como origem e fonte da moral.
Embora se#a verdade que o comportamento moral se encontra no %omem desde que
existe como tal, ou se#a, desde as sociedades mais primitivas, a moral muda e sedesenvolve com a mudança e o desenvolvimento das diversas sociedades concretas.
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. Ori4e$s !a moral
moral s$ pode surgir quando o %omem supera a sua natureza puramente natural,
instintiva, e possui # uma natureza social. moral exige necessariamente não s$ que o
%omem este#a em relação com os demais, mas também certa consciência.
"om seu trabal%o, os %omens primitivos tentam p2r a natureza a seu serviço, mas a
pr$pria fragilidade de suas forças diante do mundo que os rodeia determina que, para
enfrent!lo e tentar domin!lo, re'nam todos os seus esforços visando a multiplicar o seu
poder. *eu trabal%o adquire necessariamente um carter coletivo e o fortalecimento da
coletividade se transforma numa necessidade vital. ssim nasce a moral com a finalidade
de assegurar a concord0ncia do comportamento de cada um com os interesses coletivos.
necessidade de a#ustar o comportamento de cada membro aos interesses da
coletividade leva a que se considere como bom ou proveitoso tudo aquilo que contribuipara reforçar a união ou a atividade comum. Estabelece!se assim, uma lin%a divis$ria
entre o bom e o mau.
". ,*!a$%as 2ist3rico5socias e m*!a$%as !a moral
O aumento geral da produtividade do trabal%o, bem como o aparecimento de novas forças
de trabal%o, elevou a produção material até o ponto de se dispor de uma quantidade de
produtos excedentes, isto é, de produtos que se podiam estocar porque não eram exigidos
para satisfazer necessidades imediatas. "riaram!se, assim, condiç+es para que surgisse a
desigualdade de bens entre os c%efes de família que cultivavam as terras da comunidade
e cu#os frutos eram repartidos, até então, com igualdade, de acordo com as necessidades
de cada família.
"om a desigualdade de bens tornou!se possível a apropriação privada dos bens ou
produtos do trabal%o al%eio. -o ponto de vista econ2mico, o respeito pela vida dos
prisioneiros de guerra, que eram poupados do extermínio para serem convertidos em
escravos, transformou!se numa necessidade social. "om a decomposição do regime
comunal e o aparecimento da propriedade privada, foi se acentuando a divisão em
%omens livres e escravos. propriedade : dos proprietrios de escravos, em particular :livrava da necessidade de trabal%ar. O trabal%o físico acabou por se transformar numa
ocupação indigna de %omens livres.
divisão da sociedade antiga em duas classes antag2nicas fundamentais traduziu!se
também numa divisão da moral. Esta deixou de ser um con#unto de normas aceitas
conscientemente por toda a sociedade, existindo duas morais/ uma, dominante, dos
%omens livres, e outra, dos escravos. moral dos %omens livres não s$ era uma moral
efetiva, vivida, mas tin%a também seu fundamento e sua #ustificação te$rica nas grandes
doutrinas éticas dos fil$sofos da ntiguidade, especialmente em *$crates, 5latão e
rist$teles.
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O indivíduo se sente membro da comunidade, sem que, de outro lado, se ve#a : como nas
sociedades primitivas : absorvido totalmente por ela.
"om o desaparecimento do mundo antigo, que assentava sobre a instituição da
escravidão, nasce uma nova sociedade cu#os traços essenciais se delineiam desde os
séculos ;!;6 de nossa era, e cu#a existência se prolongar durante uns dez séculos. 4rata!
se da sociedade feudal, cu#o regime econ2mico!social se caracteriza pela divisão em duas
classes sociais fundamentais/ a dos sen%ores feudais e a dos camponeses servos3 os
primeiros eram donos absolutos da terra e detin%am uma propriedade relativa sobre os
servos, presos a ela durante a vida (s quais pertenciam e que não podiam abandonar.
Eram obrigados a trabal%ar para o seu sen%or e, em troca, podiam dispor de uma parte
dos frutos do seu trabal%o, tin%am direito ( vida e formalmente recon%ecia!se que não
eram coisas, mas seres %umanos.
Os %omens livres das cidades estavam su#eitos ( autoridade do sen%or feudal e eramobrigados a oferecer!l%e certas prestaç+es em troca de sua proteção. as, por sua vez, o
sen%or feudal estava numa relação de dependência ou vassalagem com respeito a outro
sen%or feudal mais poderoso, ao qual devia lealdade em troca de sua proteção militar. O
vértice da pir0mide era o sen%or mais poderoso, o rei ou imperador.
moral da sociedade medieval correspondia assuas características econ2mico!sociais e
espirituais. moral estava impregnada de conte'do religioso, tal conte'do garantia uma
certa unidade moral da sociedade. as, ao mesmo tempo, e de acordo com as rígidas
divis+es sociais em estamentos e corporaç+es, verificava!se uma estratificação moral, isto
é, uma pluralidade de c$digos morais.
Enquanto os servos não se libertavam realmente de sua dependência pessoal, a religião
l%es oferecia sua liberdade e igualdade no plano espiritual e, com isso, a possibilidade de
uma vida moral, que, neste mundo real, por serem servos, l%es era negada.
&o interior da vel%a sociedade feudal deu!se a gestação de novas relaç+es sociais (s
quais devia corresponde uma nova moral. &asceu e se fortaleceu uma nova classe social
: a burguesia e, ao mesmo tempo, foi se formando um a classe de trabal%adores livres
que, por um salrio, vendiam ou alugavam sua força de trabal%o.
través de uma série de revoluç+es, consolida!se econ2mica e politicamente o poder da
nova classe em ascensão, e, nos países mais desenvolvidos, a aristocracia feudal!
latifundiria desaparece do primeiro plano.
Este novo sistema funciona eficazmente s$ no caso de garantir lucros, o que exige, por
sua vez, que o operrio se#a considerado exclusivamente como um %omem econ2mico.
economia é regida, antes de mais nada, pela lei do mximo lucro, e essa lei gera uma
moral pr$pria. "om efeito, o culto ao din%eiro e a tendência a acumular maiores lucros
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constituem o terreno propício para que nas relaç+es entre indivíduos floresçam o espírito
de posse, egoísmo, %ipocrisia, cinismo e o individualismo exacerbado.
'. O pro4resso moral
*e compararmos uma sociedade com outra anterior podemos ob#etivamente estabelecer
uma relação entre as suas morais respectivas e considerar que uma moral é mais
avançada.
1alamos em progresso com respeito ( mudança e ( sucessão de formaç+es econ2mico!
sociais.
O progresso adquire uma característica pr$pria, mas sempre com o denominador comum
de um enriquecimento ou avanço no sentido de um nível superior de determinados
aspectos na respectiva atividade cultural.
5odemos falar, portanto, de progresso %ist$rico no terreno da produção material, da
organização social e da cultura. &ão se trata de três lin%as de progresso independentes,
mas de três formas de progresso que se relacionam e se condicionam mutuamente, pois o
su#eito do progresso nestas três direç+es é sempre o mesmo/ o %omem social.
O progresso %ist$rico resulta da atividade produtiva, social e espiritual dos %omens, o
progresso %ist$rico é fruto da atividade coletiva dos %omens como seres conscientes, mas
não de uma atividade comum consciente.
O progresso %ist$rico!social cria as condiç+es necessrias para o progresso moral.
O progresso %ist$rico!social afeta, por sua vez, de uma ou de outra maneira : positiva ou
negativa : os %omens de uma determinada sociedade sob o ponto de vista moral.
firmamos que o progresso %ist$rico, ainda que crie as condiç+es para o progresso moral
e traga conseq<ências positivas para este, não gera por si s$ um progresso moral, por que
os %omens não progridem sempre na direção moralmente boa, mas também através da
direção m.
CAPÍTULO III – A ess+$cia !a moral
1.O $ormati6o e o #at*al
Encontramos na moral dois planos/ a9 o normativo, constituído pelas normas ou regras de
ação e pelos imperativos que enunciam algo que deve ser3 b9 o fatual, ou plano dos fatos
morais.
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O normativo est, por sua vez, numa especial relação com o fatual, pois toda norma,
postulando algo que deve ser, um tipo de comportamento que se considera devido, aponta
para a esfera dos fatos. *ignifica que o normativo não existe independentemente do fatual.
O normativo e o fatual não coincidem3 todavia, como # assinalamos, encontram!se numa
relação m'tua/ o normativo exige ser realizado e, por isso, orienta!se no sentido do fatual.
.,oral e a morali!a!e
moral efetiva compreende, portanto, não somente normas ou regras de ação, mas
também como comportamento que deve ser.
moral designaria o con#unto dos princípios, normas, imperativos ou idéias morais de uma
época ou de uma sociedade determinadas, ao passo que a moralidade se referiria ao
con#unto de relaç+es efetivas ou atos concretos que adquirem um significado moral comrespeito ( moral vigente. mora estaria em plano ideal3 a moralidade, no plano real.
".Carter social !a moral
anifesta somente na sociedade, respondendo (s suas necessidades e cumprindo uma
função determinada.
;e#amos três aspectos fundamentais da qualidade social da moral.
9 "ada indivíduo, comportando!se moralmente, se su#eita a determinados princípios,valores ou normas morais. &esta comunidade vigoram, admitem!se ou consideram!se
vlidos certos princípios, normas ou valores. o indivíduo como tal não é dado inventar os
princípios ou normas, nem modific!las de acordo com uma exigência pessoal.
&essa su#eição do indivíduo a normas estabelecidas pela comunidade se manifesta
claramente o carter social da moral.
=9 O comportamento moral é tanto comportamento de indivíduos quanto de grupos sociais
%umanos, cu#as aç+es têm um carter coletivo, mas deliberado, livre e consciente. 4rata!
se de uma conduta que tem conseq<ências, de uma ou de outra maneira, para os demais
e que, por esta razão, é ob#eto de sua aprovação ou reprovação.
"9 s idéias, normas e relaç+es sociais nascem e se desenvolvem em correspondência
com uma necessidade social. sua necessidade e a respectiva função social explicam
que nen%uma das sociedades %umanas con%ecidas, até agora, desde as mais primitivas,
ten%a podido prescindir desta forma de comportamento %umano.
função social da moral consiste na regulamentação das relaç+es entre os %omens para
contribuir assim no sentido de manter e garantir uma determinada ordem social. >raças ao
direito, cu#as normas, para assegurar o seu cumprimento, contam com o dispositivo
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coercitivo do Estado, consegue!se que os indivíduos aceitem voluntria ou
involuntariamente. as isto não é considerado suficiente. =usca!se uma integração mais
profunda e não somente uma manifesta adesão exterior. 5rocura!se que os indivíduos
aceitem também íntima e livremente, por convicção pessoal, os fins, princípios, valores e
interesses dominantes numa determinada sociedade.
'.O i$!i6i!*al e o coleti6o $a moral
O carter social da moral implica uma particular relação entre o indivíduo e a comunidade.
?ma parte do comportamento moral : precisamente a mais estvel : manifesta!se ne
forma de %bitos e costumes.
s normas morais que # se integram nos %bitos e costumes c%egam a ter tal força que
sobrevivem até mesmo quando, depois de surgir uma nova estrutura social, domina outramoral.
consciência individual é a esfera em que se operam as decis+es de carter moral, mas,
por estar condicionada socialmente, não pode deixar de refletir uma situação social
concreta.
Os agentes dos atos morais são somente os indivíduos concretos, quer atuem
separadamente, quer em grupos sociais, e os seus atos morais : em virtude da natureza
social dos indivíduos : sempre têm um carter social.
).Estr*t*ra !o ato moral
O ato moral resumidamente constitui!se na totalidade ou unidade indissol'vel de diversos
aspectos ou elementos 8motivo, fins, meios, resultados9. O sub#etivo e ob#etivo são
correlacionados, ou se#a, o ato moral não pode ser reduzido a.
RES-MO
*sta resenha destaca os principais trechos do livro Dtica, de (dolfo >"nchezE"zquez, e:pondo os questionamentos e an"lises apresentadas ao lon'odas discuss-es realizadas pelo autor. >ubdividido em 22 cap!tulos, o livrotraz diversas tem"ticas relacionadas 0s quest-es éticas e morais. Bepleto deconceitos te+ricos, o leitor também tem acesso aos e:emplos cotidianos,que facilitam a compreensão dos temas abordados por E"zquez.
Aalavras#chave1 Besenha. Dtica. /uest-es morais.
(F>B(& his revieG hi'hli'hts the main parts of the booH *thics, (dolfo>"nchez E"zquez, e:posin' the questions and analIsis presentedthrou'hout the discussions held bI the author. %ivided into 22 chapters, the
booH provides several themes related to ethical and moral issues. =ull of theoretical concepts, the plaIer also has access to everIdaI e:amples that
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facilitate the understandin' of topics bI E"zquez. JeIGords1 BevieG. *thics.oral issues.
Nascido em 2K2L em (l'eciras, cidade localizada ao sul da *spanha, (dolfo>"nchez E"zquez se formou em =ilosoa pela Mniversidade de adri. *m2K;K, mi'rou ao é:ico, onde desde 2K tornou#se professor de losoana Mniversidade Nacional (ut+noma de é:ico ?MN(4, a mais importanteinstituição de educação superior do pa!s, onde foi condecorado com aOrdem do érito &ivil.
E"zquez faleceu em )ulho de 922, dei:ou seu le'ado e obras de relev@nciainternacional como =ilosoa da pr":is ?2KP4, Dtica ?2KK4 e (s ideiasestéticas de ar: ?2KP4, &onvite 0 estética ?2KK94, entre outras. ( referidaobra, e:posta por esta resenha, é composta por ;9 p"'inas, subdivididaem 22 cap!tulos, onde o ei:o central de discussão do livro também é t!tuloda obra, Dtica.(o lon'o do te:to al'uns t+picos importantes para a discussão e
compreensão do tema são apresentados pelo autor, como o conte:tohist+rico, social, a concepção de valores morais, entre outas t+picos. esmoap+s <L anos de publicação, lo'o em seu 23 cap!tulo, intitulado de Ob)eto daDtica, o leitor encontra e:emplos cotidianos atuais, que facilitam acompreensão sobre os ob)etos da ética, suas referidas posturas econsequências. O autor retrata que as condutas éticas reconhecidas comoobri'at+rias nem sempre são espont@neas e que o homem – como ser social– é caracterizado em sua 'eneralidade, ou se)a, pelo seu 'rupo social. (odecorrer do cap!tulo, o autor aborda quest-es sobre a responsabilidade dosatos humanos e esclarece que “a ética é a ciência da moral$. Beforça aimport@ncia da losoa para o esclarecimento de quest-es fundamentais nadiscussão, como os conceitos de responsabilidade, liberdade e necessidade
?p. 9;4.
( dialética, também presente em outras partes do te:to, est" conectadaneste primeiro momento 0s discuss-es relacionadas ao homem, como sersocial, hist+rico e pr"tico.
No 93 cap!tulo, oral e Qist+ria, a ori'em da moral é apresentada por umateoria que possui três vieses1 %eus, natureza e homem. &om enfoque aohomem, al'uns fatores são destacados, como a re'ulamentação docomportamento, os quais são aprovados ou reprovados perante cadasociedade. ( pro'ressão moral é apresentada como um processo de
ascensão social, econ7mica e pol!tica, a qual resulta em uma moral superior.( obra revela que a referida pro'ressão consiste em três principais fatores1ne'ação radical de velhos valores, conservação dialética de al'uns eincorporação de novos valores e virtudes morais.
O ponto de partida do ;3 cap!tulo ( essência da moral, distin'ue o conceitode moral e moralidade, este e:pressa os atos, ou se)a, vi'ente e real, )"aquele se caracteriza como um con)unto de normas aceitas livre econscientemente, que re'ulam o comportamento individual e social.Eazquéz destaca dois planos da moral, o normativo, que orienta e o factual,que realiza e ressalva que eles são distintos, mas não se encontramcompletamente separados. Aara o autor, a inRuência da moral nos atos
cotidianos é tão incisiva que em diversas circunst@ncias, as atitudes de umapessoa se tornam espont@neas.
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No <3 cap!tulo do livro, ( moral e outras formas de comportamentohumano, al'uns pontos )" trazidos anteriormente são complementados,sobretudo os aspectos do comportamento humano, sua variação diante dasnecessidades de cada sociedade e de seu conte:to hist+rico social.
O L3 e 3 cap!tulos do livro, Besponsabilidade moral, determinismo eliberdade e Os valores, respectivamente, abordam temas como o ato moral,sua natureza e consequências. Aara o autor, a responsabilidade moralpossui duas vertentes, “de um lado, a responsabilidade moral e:i'e apossibilidade de decidir e a'ir livremente e, de outro, formamos parte deum mundo casualmente determinado$ ?p.22S4. O homem como su)eito s+ciohist+rico tem seus valores associados 0s diversas esferas que rodeiam ocotidiano e “um mesmo ato ou produto humano pode ser avaliado a partirde diversos @n'ulos, podendo encarnar ou realizar diversos valores$. ?p.2L4 ( avaliação moral é compreendida como a “atribuição do valorrespectivo a atos ou produtos humanos$ e por ter ob)eto e su)eito que
avalia, possui um car"ter concreto.
(o decorrer do P3 cap!tulo, ( avaliação moral, al'uns conceitos como o deaprovação e reprovação, bom, felicidade, e'o!smo, entre outros sãotrabalhados pelo autor. ?p. 2L;4
Aara o S3 cap!tulo, ( obri'atoriedade moral, o comportamento moral ée:posto como deveres do su)eito, assumidos de forma consciente, livre einternamente em suas relaç-es morais.
( realidade da moral, t!tulo do K3 cap!tulo, retoma al'uns conceitos )"apresentados em cap!tulos anteriores e apresenta outros ainda não
e:plicados, como o termo virtude, consumo na sociedade atual, estruturasocial e pol!tica, bem como suas respectivas inRuências nas aç-es morais deforma individual e coletiva.
Aara o 23 cap!tulo, =orma e )usticação dos )u!zos morais, o autorapresenta três formatos de )u!zo moral1 enunciativo, preferencial enormativo. Aara a forma enunciativa, observa#se uma caracter!stica lo'icade um “)u!zo de e:istência ou factual ?...4 informa#se#nos ou revela#se#nosuma propriedade de :$. ?p.9;S4 O )u!zo preferencial é apresentado como“forma de comparação, pela qual se estabelece que : é mais valioso que I$baseado na necessidade e na nalidade. 5" a particularidade do )u!zo
normativo é pela e:i'ência de realização, “assume a forma de ummandamento ou e:ortação com o m de que se faça al'uma coisa$. ?p. 9;K#9<4 %iferenciados por meio de seus si'nicados e natureza, os trêsformatos são apresentados como alvo de ameaças diante do relativismo edas consequentes alteraç-es hist+rico#sociais. E"zquez também apresentacinco critérios fundamentais de )usticação moral1 social, pr"tica, l+'ica,cientica e dialética. odos os critérios são apresentados, )usticados ee:emplicando cada um deles.
No 8ltimo cap!tulo do livro, %outrina ética fundamentais, uma an"lisehist+rica é realizada pelo autor, que utiliza de um aporte te+rico de outrosautores de 'rande import@ncia no cen"rio, como >+crates, Jant, Alatão,
(rist+teles, entre outros. &aracteriza cada momento e destaca a ética're'a, cristã medieval, moderna e contempor@nea. *mbora escrito em
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2KK, o livro Dtica traz uma lin'ua'em contempor@nea e a conte:tualizaçãotorna#se inevitavelmente atual. Os e:emplos utilizados facilitam acompreensão do leitor e esclarece os temas abordados de forma mais f"cil.%enso e repleto de informaç-es te+ricas, E"zquez apresenta a oral emdiversas facetas, destacando em quase todos os cap!tulos a import@ncia doconte:to hist+rico social. Eale relembrar que para o autor, a moral est" maisconectava com as aç-es pr"ticas cotidianas de uma determinada sociedade,enquanto a ética direcionada 0 “relação entre o comportamento moral e asnecessidades e os interesses sociais$. Nesta perspectiva, o processodin@mico do homem, sua natureza, seus comportamentos e atos sãoanalisados para melhor compreender a tem"tica ética e moral. ?p.94
Beferência ETU/M*U, (dolfo >"nchez. Dtica. radução de 5oão %ellV(nna. ;2.*d. Bio de 5aneiro1 &ivilização Frasileira, 92.