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Desgaste de Ferramentas

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  • Desgaste de Ferramentas

  • Consideraes gerais

  • Desgaste em ferramentas

  • Qualidade de uma pea usinada

  • Tipos de Desgaste

    Pelo menos trs formas de desgaste podem ser identificadas

    nesta figura:

    I. Desgaste de cratera (rea A da Figura 11.22);

    II. Desgaste de flanco (rea B da Figura 11.22);

    III. Desgaste de entalhe (notch wear, reas C e D da figura).

  • Tipos de Desgaste

  • Tipos de Desgaste

  • Desgaste de cratera e de flanco (VB)

  • Desgaste de flanco (VB)

  • Desgaste de flanco (VB)

  • Desgaste de Cratera (VB)

  • Desgaste de Cratera (VB)

  • Desgaste de entalhe

  • Desgaste em ferramentas de Usinagem

  • Qualidade de uma pea usinada

  • Qualidade de uma pea usinada

  • Qualidade de uma pea usinada

  • Formas de avaliao do desgaste

    Medio direta

    inspeo visual com comparao de padres (lupas);

    mecnica (paqumetros, micrmetros, outros);

    ptica (microscpios de ferramentaria);

    ptica/eletrnica (cmeras CCD).

    Medio indireta

    aumento das vibraes;

    aumento do rudo;

    piora da qualidade;

    rejeio dimensional;

    aumentos das foras;

    outros.

  • VIDA DA FERRAMENTA E FATORES

    QUE A INFLUENCIAM

  • Vida da Ferramenta e Fatores que a Influenciam

    VIDA DA FERRAMENTA o tempo em que a mesma trabalha efetivamente, sem perder o corte, ou at que se atinja um critrio de fim de vida previamente estabelecido.

  • Vida da Ferramenta e Fatores que a Influenciam

    O critrio de fim de vida , geralmente, estabelecido pelo grau de desgaste. A grandeza deste desgaste depende de inmeros fatores, entre eles:

    a) receio da quebra da aresta de corte devido ao desgaste;

    b) temperaturas excessivas atingida pela ferramenta;

    c) as tolerncias dimensionais no so mais possveis de se obter;

    d) o acabamento superficial no mais satisfatrio;

    e) aumento excessivo das foras de usinagem;

    f) etc...

  • Vida da Ferramenta e Fatores que a Influenciam

    A vida da ferramenta pode ser expressa de vrias maneiras:

    atravs do tempo total de trabalho (caso de cortes interrompidos, fresamento) [min]

    percursos de corte [Km]

    percurso de avano [mm]

    volume de material removido [cm3]

    nmero de peas produzidas

    velocidade de corte para um determinado tempo de vida [m/min]

  • Vida da Ferramenta e Fatores que a Influenciam

    Desgaste VB e KT em funo da velocidade de corte, para um

    determinado tempo de usinagem

  • Vida da Ferramenta e Fatores que a Influenciam

    Desgaste VB em funo da velocidade de corte, para ferro fundido

    nodular com ferramenta de ao-rpido

    0

    0,1

    0,2

    0,3

    0,4

    0,5

    0,6

    0 10 20 30 40 50 60 70 80

    Velocidade de corte (m/min.)

    De

    sg

    as

    te f

    lan

    co

    VB

    (m

    m)

  • Vida da Ferramenta e Fatores que a Influenciam

    Determinao da curva de vida de uma ferramenta T x VC

    Curva de vida de uma ferramenta

  • Desgaste VB em funo da velocidade de corte, para ferro fundido

    nodular com ferramenta de ao-rpido

    0

    0,1

    0,2

    0,3

    0,4

    0,5

    0,6

    0,7

    0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200

    Tempo de Usinagem (min,)

    De

    sg

    as

    te f

    lan

    co

    VB

    (m

    m)

    40 m/min.

    50 m/min.

    60 m/min.

    70 m/min.

    Vida da Ferramenta e Fatores que a Influenciam

  • Desgaste VB na ferramenta de ao-rpido na usinagem de ferro

    fundido nodular.

    Vida da Ferramenta e Fatores que a Influenciam

  • Equao de Taylor:

    K e x so constantes para cada par ferramenta-pea e para condies de corte fixas.

    K = vida da ferramenta para vc = 1m/min

    x = coeficiente angular da reta

    T K vcx .

    Vida da Ferramenta e Fatores que a Influenciam

  • Os fatores que influenciam a vida da ferramenta, so os fatores que afetam a forma e os mecanismos de desgaste da mesma. So vrios parmetros e eles pode ser classificados assim:

    Quanto pea

    Quanto ferramenta de corte

    Quanto ao fluido de corte

    Quanto mquina ferramenta

    Vida da Ferramenta e Fatores que a Influenciam

  • Quanto pea:

    composio qumica

    tamanho de gro

    fuso e processo de fundio

    fabricao - fundido

    - forjado

    - laminado

    - trefilado

    tratamento trmico - recozimento

    - normalizao

    - tempera e revenido

    - outros

    propriedades: - resistncia a trao

    - ductilidade

    - dureza

    - encruabilidade

    dimenses e forma

    microestrutura

    Vida da Ferramenta e Fatores que a Influenciam

  • Quanto ferramenta de corte:

    composio

    tratamento trmico

    dureza e resistncia ao desgaste

    geometria

    tenacidade

    Vida da Ferramenta e Fatores que a Influenciam

  • Quanto ao fluido de corte:

    propriedades refrigerantes

    propriedades lubrificantes

    forma de aplicao

    Vida da Ferramenta e Fatores que a Influenciam

  • Quanto mquina-ferramenta:

    tipo de mquina

    rigidez

    avano

    profundidade

    velocidade de corte

    Vida da Ferramenta e Fatores que a Influenciam

  • FLUIDOS DE CORTE

    1

  • Funes dos Fluidos de Corte

    Principais:

    Lubrificao baixas velocidades de corte;

    Refrigerao altas velocidades de corte.

    Menos importante:

    Ajudar a retirar o cavaco da zona de corte;

    Proteger a mquina ferramenta e a pea de corroso atmosfrica

    2

    Fluidos de corte

  • LUBRIFICANTE - A baixas velocidades de corte.

    Reduzindo o atrito em condies severas de tenses extremamente altas.

    COMO?

    Lubrificao Hidrodinmica Lubrificao de Filme Misto

    ou Limtrofe (Boundary Lubrication)

    Penetrao do lubrificante na interface cavaco-ferramenta (apenas na zona de escorregamento)

    Reao com o material do cavaco

    Formao de uma camada de lubrificante slido (de baixa resistncia ao cisalhamento)

    3

    Fluidos de corte

  • Lubrificao hidrodinmica - Mancais.

    4

    Filme de leo lubrificante

    Lubrificao hidrodinmica

    Superfcie a

    Superfcie b

    Fluidos de corte

  • Lubrificao de filme misto - Usinagem

    5

    Superfcie a

    Superfcie b

    vcav

    Fluidos de corte

  • REFRIGERANTE - A altas velocidades de corte

    Reduzindo a temperatura de usinagem

    COMO?

    Aumentando a dissipao do Reduzindo a gerao de calor

    calor pelo efeito refrigerante pelo efeito lubrificante

    Os Fluidos de corte podem ter suas funes afetadas em superfcies

    quentes, pela formao de colches de vapor que impedem o acesso

    do fluido. 6

    Fluidos de corte

  • RAZES PARA SE USAR FLUIDOS DE CORTE

    Reduzir custos

    Aumentar a taxa de produo

    Como? Aumentando a vida das ferramentas

    Reduzindo as foras / potncia de usinagem

    Melhorando o acabamento superficial

    facilitando a remoo dos cavacos da regio de corte

    promovendo menos distoro na pea

    7

    Fluidos de corte

  • PRINCIPAIS PROBLEMAS CAUSADOS PELOS FLUIDOS

    Problemas relativos a sade e segurana;

    Promovem choques trmicos nas ferramentas;

    Acelera o aparecimento de trincas de origem

    trmica;

    Manuteno e descarte.

    8

    Fluidos de corte

  • Fluidos de corte

    Pessoas que trabalham freqentemente

    com fluidos de corte podem:

    Ter contato com a pele

    Respirar sprays e vapores de fluidos

    Engolir partculas

    Dermatites

    Problemas nos sistemas respiratrios e digestivos

    Cncer 9

    http://www.cdc.gov/niosh/images/derm041.gif

  • Hoje a legislao, originada de presses exercidas por

    agncias de sade e de meio-ambiente, torna os problemas de

    reciclagem e descarte dos fluidos de corte uma verdadeira

    preocupao para os gerentes de produo.

    Para garantir um sistema seguro e eficiente, os seguintes

    itens tm que ser freqentemente monitorados e controlados:

    Crescimento de bactrias e fungos

    Odor

    Fumaa

    pH

    Concentrao do fluido

    Contaminao do fluido 10

    Fluidos de corte

  • Fluidos de corte ADITIVOS

    ANTIESPUMANTES

    ANTICORROSIVOS

    DETERGENTES

    EMULGADORES

    BIOCIDAS

    EXTREMA PRESSO - EP

    11

  • CLASSIFICAO DOS FLUIDOS DE CORTE

    AR

    AQUOSOS GUA

    EMULSES

    Fluidos emulsionveis

    Fluidos semi-sintticos (microemulses)

    SOLUES QUMICAS (FLUIDOS SINTTICOS)

    LEOS MINERAIS

    GRAXOS (VEGETAIS E ANIMAIS)

    COMPOSTOS

    USOS MLTIPLOS 12

    Fluidos de corte

  • LEOS INTEGRAIS

    leos minerais

    leos graxos (vegetais ou animais)

    leos compostos

    leos de extrema presso

    leos de usos mltiplos

    13

    Fluidos de corte

  • 14

    Fluidos vegetais

  • 15

    Fluidos vegetais

    Vantagens

    Alm das obvias vantagens de carter ambiental, os fluidos

    de corte de base vegetal podem aumentar a vida das

    ferramentas de corte, melhorar o acabamento superficial e

    diminuir vibraes (ou chatter).

    Maior poder lubrificante. Enquanto os leos de base mineral so formados por molculas de hidrocarbonetos puros, os leos de

    base vegetal possuem alguns grupos funcionais contento

    oxignio. Isto garante a esses leos uma carga levemente polar,

    com maior atratividade por superfcies metlicas.

    Maior ponto de inflamao 450oF (232oC) contra 235oF (113oC) para os leos de base mineral. Isto praticamente evita a formao

    de fumaa com os leos vegetais.

    Maior ndice de viscosidade natural, o que garante um fluido mais estvel nas temperaturas de trabalho.

  • 16

    Fluidos vegetais

    Desvantagens

    Maior capacidade de oxidao vida mais curta;

    Menor estabilidade hidrulica devido a presena de steres, o que causa problemas nas emulses.

    O crescimento de bactrias e fungos maior que em leos de base mineral.

    Custos mais elevados (pode chegar a 3 vezes mais caros). Alm do custo de aquisio, o custo de

    manuteno mais elevado.

  • SELEO DE UM FLUIDO DE CORTE

    Embora ensaios de laboratrios ou testes nas linhas de produo devam ser os critrios bsicos na deciso final, algumas

    informaes relevantes devem antes ser consideradas:

    Material da pea

    Material da ferramenta

    Processo de usinagem

    Outros fatores: Aceitao pelo operador da mquina

    Facilidade de descarte

    Sade humana e a contaminao do fluido

    Fatores econmicos 17

    Fluidos de corte

  • Direes de

    aplicao do

    fluido

    18

    Qual a melhor

    direo?

    1

    2

    3 4

    1 Sobre-cabea

    2 Na superfcie de sada

    3 Na superfcie de folga

    4 Pelo interior da ferramenta

    Fluidos de corte

  • Mtodo de Aplicao dos Fluidos

    Jorro de fluido baixa presso (torneira presso normal)

    Pulverizao (MQF)

    Sistema alta presso

    19

    Fluidos de corte

  • Ao se aplicar um fluido de corte, o

    mesmo pode proporcionar

    vantagens, no interferir ou

    prejudicar, dependendo do processo,

    das condies de corte, do material

    da pea e do material da ferramenta. 20

    Fluidos de corte

  • ONDE O FLUDO APRESENTA VANTAGENS

    Na usinagem com ferramentas de geometria definida a aplicao do

    fluido de corte essencial quando sem ele o corte torna-se impraticvel,

    ou economicamente invivel. So exemplos clssicos:

    USINAGEM COM FERRAMENTAS COM BAIXA RESISTNCIA AO CISALHAMENTO (Ao-Rpido e Ligas

    Fundidas);

    OPERAES ONDE O ACABAMENTO SUPERFICIAL E/OU AS TOLERNCIAS DIMENSIONAIS SO CRTICOS;

    FURAO DE MATERIAIS QUE PRODUZEM CAVACOS DESCONTNUOS (COMO O FERRO FUNDIDO CINZENTO).

    CORTE CONTNUO DE MATERIAL METLICO COM FERRAMENTAS DE METAL DURO COM OU SEM

    REVESTIMENTO

    21

    Fluidos de corte

  • ONDE O FLUDO APRESENTA VANTAGENS

    22

    Diagrama mostrando a vida das ferramentas no torneamento de ao ABNT 8640 com ferramentas P35 revestidas, com

    aplicao de diversos fluidos de corte. S3 = Fluido sinttico a 3%; SS3 = Semi-sinttico 3%; M3 = Emulsionvel 3%;

    M10 = Emulsionvel 10%; D = Condio a seco (Machado et al 1997).

    Fluidos de corte

  • ONDE O FLUIDO DE CORTE NO INTERFERE NO PROCESSO

    Na realidade o fluido de corte sempre vai interferir no processo de

    alguma forma. Seja poluindo o ambiente de trabalho ou impregnando a

    pea ou componentes da mquina ferramenta, podendo, em alguns

    casos, exigir a lavagem das peas usinadas. Entretanto, em termos de

    vida da ferramenta, existem algumas aplicaes que o fluido no

    contribui ou contribui muito pouco para aumentar a eficincia do

    processo. Exemplos:

    USINAGEM DE FERRO FUNDIDO CINZENTO

    USINAGEM DE ALUMNIO E SUAS LIGAS (exceto ligas de Al - Si hipereutticas)

    USINAGEM DE MAGNSIO E SUAS LIGAS 23

    Fluidos de corte

  • ONDE O FLUIDO DE CORTE

    PREJUDICA O PROCESSO

    USINAGEM COM FERRAMENTAS CERMICAS;

    USINAGEM DE MATERIAIS ENDURECIDOS

    CORTE INTERROMPIDO (e.g., FRESAMENTO) COM FERRAMENTAS DE METAL DURO ONDE O

    PRINCIPAL TIPO DE DESGASTE SO TRINCAS /

    SULCOS DE ORIGEM TRMICAS;

    24

    Fluidos de corte

  • ONDE O FLUIDO DE CORTE PREJUDICA O PROCESSO

    25

    1

    10

    100

    100 120 140 160 180 200 220

    v [m/min]

    T [

    min

    ]

    Dry Sol. 5% S.Synt. 5% Synt. 5% Synt. 10%

    Curvas de vida de ferramentas de metal duro revestidas com a aplicao de diferentes fluidos de corte e a seco no

    fresamento de ao 8640, fz = 0.175 mm/ver, ap = 1.75 mm and VBBmax = 0.7 mm.

    Fluidos de corte

  • ONDE O FLUIDO DE CORTE PREJUDICA O PROCESSO

    26 Sulcos desenvolvidos em forma de pente originados por trincas trmicas

    Fluidos de corte