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Formao Continuada para Coordenadores Pedaggicos

Formao Continuada para Coordenadores Pedaggicos

Mdulo X 1

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Formao Continuada para Coordenadores Pedaggicos

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Rosinha Garotinho SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAO Claudio Mendona SUBSECRETARIA ADJUNTA DE PLANEJAMENTO PEDAGGICO Alba Rodrigues Cruz

Mdulo X 3

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Formao Continuada para Coordenadores Pedaggicos

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIROFORMAO CONTINUADA PARA COORDENADORES PEDAGGICOS

EQUIPE TCNICA Celia Maria Penedo Esther Santos Ferreira Monteiro Flvia Monteiro de Barros Hilton Miguel de Castro Jnior Maria da Glria R. V. Della Fvera Roseni Silvado Cardoso Tnia Jacinta Barbosa

Rio de Janeiro 2005

Mdulo X 5

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Formao Continuada para Coordenadores Pedaggicos

APRESENTAOPrezados Coordenadores Pedaggicos, O desenvolvimento do curso de formao continuada para coordenadores pedaggicos traduz a atual poltica da Secretaria de Educao do Estado do Rio de Janeiro de dotar as unidades escolares da rede pblica estadual de coordenadores pedaggicos que, no desenvolvimento de suas atribuies prossionais, promovam aes que contemplem o espao da escola como campo de atuao em prol da melhoria da qualidade do ensino e para a armao da formao de uma cidadania efetivamente democrtica. Nesse sentido, apresenta-se a proposta do Formao Continuada para Coordenadores Pedaggicos, a ser desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, durante o ano de 2005, tendo como objetivos: Possibilitar a interveno do coordenador pedaggico no planejamento pedaggico, tendo em vista os diagnsticos resultantes da avaliao do Programa Nova Escola e demais indicadores que conguram o quadro educacional de sua instituio escolar; Assegurar a implantao e implementao das orientaes curriculares propostas para a Rede Pblica Estadual, redimensionando os espaos de aprendizagem, de acordo com as novas exigncias observadas no mundo social e econmico, Esclarecer as normas legais que organizam e estruturam o funcionamento das unidades escolares, contribuindo para uma maior eccia do trabalho pedaggico; Propiciar o desenvolvimento de propostas educacionais inclusivas que atendam, com qualidade, os alunos com necessidades especiais, e todos os que compem o conjunto plural e diverso dos estudantes; Orientar quanto importncia da utilizao das tecnologias no cotidiano escolar; Compreender e interpretar a realidade da escola e identicar os limites de possibilidades de atuao co coordenador pedaggico em face das condies reais da instituio; Proporcionar aos coordenadores pedaggicos da rede pblica estadual subsdios tericos e prticos que propiciem a reexo sobre sua ao, possibilitando tanto a elaborao como o redirecionamento dos projetos educacionais. O curso est estruturado em onze mdulos, a serem ministrados em onze ocinas de quatro horas cada, que sero desenvolvidas por tutores junto s turmas de coordenadores pedaggicos em exerccio nas instituies escolares da rede estadual do Estado do Rio de Janeiro, contandoMdulo X 7

tambm, entre os cursistas, com a presena de gerentes de ensino das Coordenadorias Regionais. As ocinas tero o suporte de material impresso, a ser distribudo para as turmas durante sua implementao e contaro com momentos de apresentao dialogada dos contedos, debates e dinmicas de grupo, procurando sempre promover a articulao entre conhecimentos produzidos na rea e a experincia concreta nas escolas. A seleo dos contedos buscou contemplar aspectos relevantes e polmicos do processo educacional, considerados centrais para a atuao de coordenadores pedaggicos e gestores de ensino, de modo a fazer face aos objetivos propostos para o curso. O quadro abaixo apresenta ttulo e perodo planejado de realizao de cada mdulo: Nmero 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 Ttulo Os Coordenadores Pedaggicos e a construo de uma escola pblica de qualidade Avaliao Institucional 1 Avaliao Institucional 2 Educao Inclusiva As relaes interpessoais na escola Tecnologias Educacionais Avaliao da Aprendizagem e regulao da prtica docente Currculo 1: uma questo de cidadania Currculo 2: tradues para o dia a dia da escola Projeto-Poltico Pedaggico 1: uma construo coletiva Projeto-Poltico Pedaggico 2: uma construo coletiva Perodo 13/06 a 24/06 de 2005 27/06 a 08/07 de 2005 11/07 a 05/08 de 2005 08/08 a 19/08 de 2005 22/08 a 02/09 de 2005 05/09 a 16/09 de 2005 19/09 a 30/09 de 2005 03/10 a 14/10 de 2005 17/10 a 28/10 de 2005 31/10 a 11/11 de 2005 14/11 a 25/11 de 2005

Obs: Haver aulas de reposio de feriados para turmas especcas (aulas de 07/09, 12/10, 28/10 e 02/11 sero ministradas em 30/11, 02/12, 07/12, 14/12; aulas de 14/11 e 15/11 sero ministradas em 28/11 e 29/11). Almejamos que o curso represente uma oportunidade de dilogos e reexes que contribuam para o crescimento pessoal e prossional de todos os envolvidos. Fazemos votos, tambm, para que possa estimular, cada vez mais, promissoras parcerias no sistema pblico de ensino brasileiro entre escolas, Secretaria de Estado de Educao do Rio de Janeiro e a Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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MDULO X

Projeto poltico-pedaggico I

Autoras: Aurila Eurdice C. da Cunha Souza Marlene Jesus Soares Bezerra Organizao: Ana Canen

Outubro de 2005

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MDULO 10: PROJETO POLTICO-PEDAGGICO ICURSISTA: _______________________________________________ CORDENADORIA REGIONAL: _____________________________ TURMA: _________________________________________________ TURNO: _________________________________________________ TUTOR(A): ______________________________________________ DATA: ___________________________________________________

QUESTES1. O que voc entende por Projeto Poltico-Pedaggico?

2. De que modo voc o tem vivenciado na sua escola?

3. Quais as expectativas que voc tem em relao a este mdulo?

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INTRODUO:Prezado Cursista: Neste mdulo, voc vai se voltar para o planejamento das aes e prticas pedaggicas que se do no interior da escola. Conforme temos discutido, todas as dimenses tratadas no curso avaliao, currculo, relaes inter-pessoais, educao inclusiva, tecnologia educacional e o papel do coordenador/gestor esto interligadas e devem ser contempladas no planejamento polticopedaggico da escola. Isto porque todas se articulam e interpenetram, com impacto na construo da identidade da escola, de sua misso, de seu clima institucional e, acima de tudo, impacto no processo ensino-aprendizagem. Assim, neste mdulo, voc ser chamado a reetir sobre o Projeto Poltico-Pedaggico (PPP) da escola. Nessa dimenso, os interlocutores so todos os integrantes da comunidade da escola: professores, alunos, funcionrios, supervisores, diretor, diretor adjunto, coordenadores e os pais de alunos que participam do colegiado escolar. Como fcil perceber, nesse caso, as interaes envolvem relaes hierrquicas, institucionais, mas tambm requerem que voc, coordenador pedaggico/gestor de ensino, mobilize suas habilidades sociais, estudadas no mdulo 5, de modo a fomentar a participao na construo e reconstruo deste projeto, respeitando a diversidade cultural na escola e, ao mesmo tempo, buscando consensos na formulao do documento que expressa a misso dessa mesma escola. Voc ver que todos os componentes curriculares do presente curso contribuiro para isso, pois no Projeto Poltico-Pedaggico da Escola que se registram os anseios e expectativas da comunidade escolar. Voc ter oportunidade de rever o surgimento do Planejamento Escolar na abordagem terico-conceitual e prtica, como rotina na vida da escola, sendo que, no mdulo 11, voc poder apreciar formas de acompanhamento e monitoramento da execuo do referido projeto.

OBJETIVOSA partir do exposto, so os seguintes os objetivos do presente mdulo: Discutir o Projeto Poltico-Pedaggico (PPP) como processo de construo que envolve tenses entre a diversidade cultural das escolas, e de seus atores, e a necessidade de construo da identidade escolar no quadro de polticas pblicas (como as polticas e os programas desenvolvidos na SEE-RJ, dentre os quais Reorientao Curricular, Sucesso Escolar, Leitura Alfa-Acelerao etc.), compreendendo suas bases legais, seus fundamentos terico-conceituais e reetindo sobre a necessidade da participao coletiva da comunidade escolar em sua constante (re) construo;

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Analisar perspectivas pelas quais o Projeto Poltico-Pedaggico (PPP) pode ser concebido, identicando componentes, etapas na sua concepo e compreendendo sua funo como balizador da identidade da escola, a partir da combinao/harmonizao da diversidade cultural a presente; Debater, com os pares, situaes concretas de discusso e elaborao do projeto polticopedaggico no contexto escolar; Traar um plano de ao na escola em que atua, no sentido de fomentar a discusso coletiva sobre o projeto poltico-pedaggico, tendo em vista a compreenso da misso da escola, de sua insero no sistema de ensino estadual e sua articulao identidade escolar e comunidade a que atende.

DESENVOLVIMENTO DO MDULOCom o objetivo de dinamizar a leitura e facilitar a compreenso a respeito das estratgias adotadas para o cumprimento desses objetivos especcos, apresentamos, no quadro abaixo, o plano de desenvolvimento da ocina em que o presente mdulo ser trabalhado:Momentos 1 2 Assunto/objetivo Concepes, vises e reexes iniciais dos cursistas acerca do PPP. Eixos de estudo pertinentes ao projeto poltico pedaggico Metodologia Questes iniciais a serem respondidas individualmente Exposio oral com uso de transparncias Debate Intervalo (15 minutos) 3 Aplicaes prticas e pesquisa sobre o PPP das escolas Durao 10 min 50 min 30 min

30 min Dinmica de grupo: (cinco grupos discutem situaes e casos propostos no mdulo) 30 min Apresentao dos resultados das dinmicas, pelos relatores (um para cada grupo) 50 min. Discusso sobre o esboo do plano de trabalho a ser desenvolvido nas escolas, focalizando diagnstico, ao e avaliao da interveno planejada. Sntese nal Ficha de avaliao individual 10 min

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Pesquisa sobre o PPP e o esboo do plano de trabalho de interveno na escola

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Avaliao do mdulo

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SEO 1: A CONCEPO DO PROJETO POLTICO-PEDAGGICO: UMA VISO MULTICULTURAL DE ARTICULAO ENTRE A UNIDADE E A PLURALIDADE ObjetivoDiscutir o Projeto Poltico-Pedaggico (PPP) como processo de construo que envolve tenses entre a diversidade cultural das escolas e de seus atores e a necessidade de construo da identidade escolar no quadro de polticas pblicas (como as polticas e os programas desenvolvidos na SEE-RJ, dentre os quais Reorientao Curricular, Sucesso Escolar, Leitura Alfa-Acelerao etc.), compreendendo suas bases legais, seus fundamentos terico-conceituais e reetindo sobre a necessidade da participao coletiva da comunidade escolar em sua constante (re) construo.

Caro/a coordenador/a pedaggico/a ou gerente de ensino, cada projeto poltico-pedaggico retrata a identidade da escola, sendo um trabalho de construo e reconstruo que exige a participao de todos, bem como clareza quanto ao compromisso tico-prossional de educar o cidado destes novos tempos. Em outras palavras, conforme Padilha (2002), do Instituto Paulo Freire, a partir da perspectiva do grande educador, o projeto poltico-pedaggico a prpria escola cidad. Nessa viso, a nfase no projeto poltico-pedaggico como um processo dialgico uma alternativa ao planejamento autoritrio, burocrtico, centralizado e descendente. Conforme explicam Rossi (2004) e Salgado (2004), a LDB n. 9394/96 regulamentou a gesto democrtica das escolas pblicas e, pela primeira vez, apresenta a necessidade da escola elaborar e executar sua proposta pedaggica (artigo 12). Essa lei indica, de uma forma incisiva, a necessidade de que todas as escolas denam o seu projeto poltico-pedaggico em conjunto com a comunidade escolar. Nos artigos 13 e 14, a LDB diz que a elaborao da proposta pedaggica contar com a participao dos prossionais da Educao, que devero ainda denir e cumprir plano de trabalho para concretiz-la. Com tais dispositivos, a lei destaca o papel da escola e dos educadores na construo de projetos educacionais articulados com as polticas nacionais, com as diretrizes dos Estados e municpios e, ao mesmo tempo, levando em considerao a realidade especca de cada instituio de ensino. Na LDB, destacam-se trs grandes eixos diretamente relacionados construo do projeto poltico-pedaggico: eixo da exibilidade: vincula-se autonomia, dando possibilidade de a escola organizar o seu prprio trabalho pedaggico; eixo da avaliao: refora um aspecto importante a ser observado nos vrios nveis do ensino pblico; eixo da liberdade: expressa-se no mbito do pluralismo de idias e concepes pedaggicas e da proposta de gesto democrtica do ensino pblico, a ser denida em cada sistema de ensino.

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claro, como arma Padilha (2002), que o fato de a lei determinar que cada escola construa o seu projeto pedaggico uma condio necessria, mas no suciente, para o exerccio pleno da autonomia. Nesse sentido, Rossi (1998) apresenta idias importantes sobre o PPP, defendendo que tal projeto est inserido na cultura da escola, mas apontando que existe uma tenso na construo do mesmo, tenso esta entre uma perspectiva de regulao e outra de emancipao. O desao, para Rossi (1998), construir um projeto emancipatrio, transformador, que valorize a cultura e a identidade da escola e que supere uma viso meramente burocrtica, reguladora e disciplinadora do PPP. Autores como Padilha (2002) tambm enfatizam a necessidade de se compreender a perspectiva losca, terico-conceitual, que informa o projeto poltico-pedaggico da escola. Fala de projetos em tradies tericas funcionalistas, que se caracterizam apenas na nfase a leis e normas, sendo basicamente pragmticos e buscando o equilbrio entre eccia institucional e ecincia individual, e tambm aponta para tipos de projetos interacionistas, que enfatizam mais as condies estruturais do sistema, levando em conta os sentimentos e signicados que os indivduos atribuem a suas experincias escolares. Arma que pode haver combinaes, sendo importante a conscientizao acerca do propsito cidado daquele planejamento, para uma escola democrtica e transformadora. Para tal, enfatiza a necessidade de participao de toda a comunidade escolar (gestores, professores, pais, alunos, funcionrios e representantes da comunidade local) na discusso do trabalho pedaggico, em uma perspectiva mais ampla, respeitando a diversidade cultural. Mas, o que signica construir um projeto poltico-pedaggico? Que conceitos e pontos de partida marcam essa construo? Caro coordenador/gestor de ensino, voc tem percebido, no decorrer do curso, o signicado do multiculturalismo na educao. Dentro dessa viso (Canen, 2001, 2002, 2003, 2004), a escola compreendida como um espao multicultural por excelncia, j que lida com a diversidade cultural, tnica, racial, de gnero, de histrias de vida, de crenas e linguagens mltiplas, tanto por parte do corpo docente como do corpo discente e de todos os outros atores que a atuam. Autores como Resende (2003) falam da necessidade de compreendermos a inuncia do multiculturalismo no projeto poltico-pedaggico da escola, de modo que o referido projeto seja um indicador das diversidades a presentes. Ao mesmo tempo, como voc viu nos mdulos anteriores, particularmente os que se referem a currculo e avaliao, h que se buscar trabalhar com as tenses entre essa diversidade e a necessidade de se construrem critrios objetivos para o planejamento e a avaliao das aes da escola. Caro/a coordenador/a pedaggico/a /gerente de ensino, em uma viso multicultural, argumentamos que o projeto poltico-pedaggico construdo na tenso entre a diversidade cultural dos atores da comunidade escolar, com suas vises de mundo, raas, etnias, histrias de vida e outros e, por outro lado, a necessidade de construo da identidade escolar, a ser reetida nesse projeto. Alm do mais, essa tenso tambm se manifesta entre a diversidade de escolas, com seus projetos e misses distintas, e a necessidade de uma viso de educao para a cidadania e para os valores sociais em uma sociedade globalizada, altamente competitiva e tecnologizada. Em outras palavras, ainda que a escola goze de autonomia para valorizar sua identidade e seus propsitos especcos, ela est inserida em polticas educacionais que denem o projeto de governo em termos do que se espera de uma educao de qualidade, no espao da educao pblica, em um mundo globalizado e, ao mesmo tempo, plural.

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Dentre essas polticas, destacam-se, por exemplo, os Parmetros Curriculares Nacionais e os Referenciais Curriculares Estaduais que, conforme visto nos mdulos 8 e 9, apontam para tendncias e expectativas com relao a novas vises sobre o currculo para a era contempornea. Da mesma forma, polticas de avaliao externa, como o SAEB (Sistema Nacional de Avaliao da Educao Bsica) e a Nova Escola (sistema de avaliao do ensino no mbito do Estado do Rio de Janeiro), que voc viu nos mdulos 2 e 3, assim como diretrizes para a avaliao da aprendizagem, vistas no mdulo 7, bem como deliberaes e recomendaes legais sobre a educao inclusiva, vistas no mdulo 4, constituem-se em contexto legal e poltico que tem impactos na construo e implementao dos projetos poltico-pedaggicos da escola. A partir de nossa perspectiva multicultural de compreenso do projeto poltico-pedaggico, no estamos privilegiando nem uma viso centralizadora, homogeneizadora do processo, nem estamos advogando um relativismo total, defendido por alguns multiculturalistas (que seriam a favor da construo de projetos poltico-pedaggicos totalmente plurais, sem qualquer esforo de dilogo com um projeto poltico mais amplo, de carter nacional, estadual, municipal ou local). Ao contrrio, a viso do projeto como uma construo a ser trabalhada nas tenses entre essas esferas pressupe um dilogo constante entre a pluralidade e as polticas educacionais pblicas, fertilizando-se e alterando-se mutuamente, da mesma forma que falamos sobre propostas curriculares e avaliativas, em mdulos anteriores. Assim, conforme discutimos em outra ocasio (Canen, 2004), ao falarmos em projetos polticopedaggicos plurais das escolas, devemos reconhecer as tenses entre a unidade e a pluralidade. Reconhecer a pluralidade de escolas e de projetos distintos signica reconhecer as diversas misses e os objetivos diferenciados das escolas, com relao s comunidades a que servem. Alm do mais, a escola tambm agrega identidades culturais plurais de alunos, professores, tcnico-administrativos, funcionrios e assim por diante, conforme discutido acima. E, em outro nvel, a escola pblica insere-se em uma viso poltica do que se espera de cidados em uma sociedade contempornea. No caso da escola pblica no Estado do Rio de Janeiro, insere-se em um espao em que se tem uma viso dela como parceira da SEE-RJ na implementao de Programas e Orientaes Curriculares, elaborados com a perspectiva de disseminao de aes que facilitem, a todos os alunos, iguais oportunidades educacionais. Esses aspectos levam, conforme argumentamos no decorrer do curso e do presente mdulo, nfase na busca por currculo e avaliao que trabalhem as tenses entre critrios nacionais, estaduais e locais e a diversidade e especicidade das escolas, em um dilogo constante, o que se reete tambm no projeto poltico-pedaggico da escola. Dessa forma, argumentamos, em uma viso multicultural, que, ao representar a identidade institucional da escola, o projeto poltico-pedaggico representa um esforo coletivo de conferir unidade a partir da pluralidade. Tambm, como dissemos em outros mdulos do presente curso, essa unidade deve comportar espaos de pluralidade, tanto na sua denio como em sua implementao.

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Caro coordenador/gestor de ensino, voc pode indagar: Como realizar esse desao? Como construir um projeto poltico-pedaggico balizador da identidade da escola e que reita a tentativa de equilbrio entre as especicidades culturais e a misso da escola, a diversidade de seus atores e o compromisso com um projeto poltico pblico nacional, estadual e local? Como traduzir essas idias na construo e implementao do projeto poltico-pedaggico nas escolas? Como tornar o PPP um documento vivo, sempre consultado, avaliado e discutido, e no uma mera exigncia burocrtica, cujo destino o esquecimento em alguma gaveta? Para responder essas questes, importante notar que voc, coordenador pedaggico/gerente de ensino, ter papel fundamental em todo o processo, mobilizando o dilogo, a discusso, fomentando o debate e trilhando, com diplomacia, pelas relaes inter-pessoais na escola, que voc estudou no mdulo 5, para mobilizar coraes e mentes nesse esforo. Observe que, em termos de gesto, um projeto poltico-pedaggico vivo, construdo coletivamente, que contemple as tenses entre a pluralidade cultural e os critrios e padres inerentes a perspectivas polticas pblicas sobre a escola, pode ser um instrumento central para balizar o cotidiano escolar. Pode servir de ponto de referncia para decises que concernem ao funcionamento da escola, ao que se entende por qualidade do trabalho docente e do desempenho discente, ao que se compreende como a funo social da escola com relao comunidade de entorno e sociedade mais ampla e assim por diante.

SEO 2: CONSTRUINDO E IMPLEMENTANDO O PROJETO POLTICOPEDAGGICO: DINMICAS, ETAPAS E COMPONENTES ObjetivoAnalisar perspectivas pelas quais o Projeto Poltico-Pedaggico (PPP) pode ser concebido, identicando componentes dele constantes, etapas na sua concepo e compreendendo sua funo como balizador da identidade da escola, a partir da combinao/harmonizao da diversidade cultural a presente;

Projetar signica lanar-se para frente. Nesse sentido, para elaborar um projeto, preciso ousadia, discusso, reexo, desejo de renovao e, sobretudo, participao de todos os envolvidos no processo escolar que, convm enfatizar, o que confere legitimidade ao Projeto Pedaggico.

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Prezado coordenador pedaggico/gerente de ensino, os mdulos do presente curso podem auxili-lo a pensar nos componentes de um projeto poltico-pedaggico, em termos da viso multicultural e de incluso que a escola pretende desenvolver, da perspectiva de tratamento do currculo e da avaliao (como voc viu nos mdulos que tratavam das perspectivas tericas sobre o assunto e sobre a tica dos documentos da SEE-RJ sobre Reorientao Curricular, diretrizes para a avaliao da aprendizagem e Nova Escola), do papel da tecnologia educacional e da pesquisa como elementos integradores, bem como do clima de relaes inter-pessoais e de condies ticas e de comportamento que pretende incentivar. Pode buscar inserir idias referentes integrao entre contedos, competncias e habilidades, e outras que temos levantado, para se pensar em uma educao multicultural em um mundo cada vez mais tecnologizado e global. Como, no entanto, sistematizar tais idias em um projeto poltico-pedaggico concreto? De que forma tornar a construo dessas idias um processo democrtico, participativo e no em uma elaborao solo, por parte da gesto escolar? Como legitimar esse projeto, tornando-o vivo, como o sangue a uir pelas artrias e veias da escola? Algumas idias so apresentadas a seguir. Longe de representar receitas, so sugestes para se pensar em caminhos na construo e reconstruo do projeto poltico-pedaggico da escola. O primeiro aspecto diz respeito a quando iniciar o planejamento. Ainda que autores como Gandin (2004) sugiram que o momento certo de planejar tenha seu incio quando todos os atores da comunidade escolar, reconhecendo a necessidade de melhoria da qualidade de ensino em sua escola, dispem-se a atuar, coletiva e ordenadamente, no sentido da mudana da realidade existente para a realidade desejada, pensamos que voc, coordenador pedaggico/gerente de ensino, pode assumir a liderana e o protagonismo do processo. interessante observar que a SEE-RJ prev, no calendrio escolar, uma semana de planejamento no incio de cada ano letivo, alm de quatro horas semanais destinadas tambm a esse planejamento, previstas na carga horria do professor. Como arma Padilha (2002), no desconhecemos as diculdades em promover uma mobilizao para o planejamento. O referido autor fala de sentenas normalmente ouvidas quando se prope esse tipo de atividade, tais como no temos pessoal qualicado, nossa escola j tem projeto, j zemos isso e no deu certo, sem salrio no d... e assim por diante. Entretanto, sugere que se deva vencer esse tipo de negativismo e trabalhar no sentido de construir espaos de avanos para o trabalho transformador. O segundo aspecto refere-se s atribuies de cada segmento na construo, execuo e avaliao do projeto poltico-pedaggico. Padilha (2002) apresenta interessantes sugestes a esse respeito: a participao dos pais e dos alunos dar-se-ia na programao de atividades e eventos intra e extra-escolares, bem como nos colegiados existentes na escola; a comunidade pode ser ouvida, atravs das associaes de bairro, entidades comunitrias e as ONGs, com atividades escolares em que sejam convidadas a participar; a direo da escola deve assumir a funo de atrair os demais segmentos para a necessidade de melhoria do trabalho escolar, criando momentos, espaos e outros mecanismos favorveis para o envolvimento nas discusses sobre o projeto poltico-pedaggico ( importante observar que a direo deve organizar cronograma de reunies de planejamento, de forma que os professores sejam estimulados a se envolverem com o PPP, no s prevendo mas viabilizando esses momentos e espaos na escola); o coordenador pedaggico articula a equipe pedaggica em torno do projeto poltico-pedaggico, coordenando discusses sobre o mesmo e sobre seus desdobramentos em planos de curso, planos de aula, planos curriculares e

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outros, acompanhando sua implementao e contribuindo para sua avaliao constante. Voc nota, portanto, que a funo do coordenador pedaggico central no processo, articulando as discusses em torno do mesmo e assegurando a participao docente no planejamento e na execuo. Quando a equipe participa do planejamento, compromete-se com o projeto, facilitando o trabalho de implementao e de avaliao constante do mesmo. Em terceiro lugar, o clima em que se d a (re)construo do PPP deve ser o de gesto democrtica, em que alguns parmetros so apontados por Padilha (2002), quais sejam: capacitar todos os segmentos (fornecer atividades que instrumentalizem todos, e no s os professores, para fundamentarem a construo e reconstruo do projeto); consultar a comunidade escolar (pela realizao de debates, permanente consulta, divulgao de informaes etc, criando uma cultura de participao); institucionalizar a gesto democrtica (a gesto deve ser regulamentada, deixando claras as regras de participao, discutidas entre as escolas e as secretarias de educao); lisura nos processos de denio da gesto (transparncia na escolha de dirigentes, normas xadas e amplamente divulgadas); agilizao das informaes e transparncia nas negociaes (negociao como aprendizado constante, pela qual a administrao mostra limites e possibilidades da participao, inclusive legais). Como voc, coordenador pedaggico, deve lembrar-se, falvamos de um clima de conana, no mdulo 5, no mbito das relaes inter-pessoais. A criao desse clima o que sustenta os fatores acima citados, contribuindo decisivamente para o sucesso de todo o processo. Em quarto lugar, trata-se de criar um planejamento para as atividades que resultaro nas discusses e (re)elaborao do projeto poltico-pedaggico. Para isso, uma primeira fase pode ser a de elencar questes que mobilizem a equipe para reetir sobre o ideal de escola que imaginam, bem como sobre as especicidades da escola em questo. Rossi (2004) sugere questes do tipo: O que funcionou e o que no funcionou no ano anterior quanto ao planejado? Como elevar o nvel de aprendizagem? Com que conceitos de cidadania, solidariedade e companheirismo queremos trabalhar? Qual a funo social da escola hoje? A partir de nossos mdulos anteriores, outras mais especcas, que questionem os resultados da avaliao externa da escola, os pontos fortes e fracos detectados a partir da mesma e das discusses encaminhadas, podem tambm ser feitas, levando todos reexo sobre os mesmos. Gandin (2004) e Padilha (2002) chamam a essa parte do PPP de marco referencial, ou seja, a parte do PPP em que sero discutidas as referncias, a misso da escola na sociedade onde se insere. Sugerem outras questes, cujas respostas podem ser articuladas para formar a primeira parte desse projeto, tais como: Dentre as tendncias da sociedade, quais as que tm maior impacto na escola? Qual o modelo de sociedade que deve servir como rumo para nossos passos?20 Mdulo X

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Como se relaciona a escola com o processo transformador da sociedade? Que alianas faremos? Como aumentam ou diminuem nossa fora? Em que consiste o educar-se e, em conseqncia, qual o ideal para nossa prtica educativa? O que qualidade de ensino? Assim, por exemplo, algumas questes podem ser do tipo: O que signica educao inclusiva? O que signica ensinar para a diversidade cultural? Em que consiste o atendimento s caractersticas individuais de nossos alunos? Que princpios destacamos para a avaliao na escola? O que entendemos por currculo? Que currculo desejamos? Qual o papel das tecnologias educativas na nossa escola? Como concebemos a pesquisa na formao de nossos alunos? Que tipo de relaes inter-pessoais buscamos, no cotidiano escolar? Como estamos com relao aos resultados e processos desenvolvidos nas polticas pblicas estaduais e nos programas desenvolvidos pela SEE-RJ? (por exemplo, como estamos no Nova Escola? O que fazer para melhorar o desempenho dos alunos e da escola? Em que programas da SEE-RJ a escola est inserida? Como pode ser avaliada sua atuao nos mesmos?). Uma segunda parte do PPP, aps o marco referencial, seria o diagnstico. Gandin (2004) argumenta que o diagnstico um juzo sobre a realidade, a partir do marco referencial. Voc j teve oportunidade de entrar em contato com essa perspectiva, no mdulo 7 de avaliao da aprendizagem. De fato, para construir essa parte do PPP, discute-se at que ponto o que explicitamos no marco referencial (como o ideal) tem, realmente, acontecido no cotidiano escolar. Vemos a distncia entre o ideal e o realizado e elaboramos temas para planos de ao, ou planos de interveno, ou planos de desenvolvimento institucional, que so, justamente, planos derivados do PPP, para o desenvolvimento de estratgias de longo, mdio e curto prazo, que corrijam rumos, aproximando o real do ideal. Que itens podem constar desse diagnstico? Podem ser dados quantitativos, que mostrem um inventrio sobre a realidade (por exemplo, nmero de alunos por srie e idade, nmero de alunos portadores de necessidades especiais, estratgias desenvolvidas pela escola para contempl-los), como tambm dados qualitativos (entrevistas para conhecer interesses, sentimentos, problemas, tendncias, temas polmicos e assim por diante).

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Prezado coordenador pedaggico/gerente de ensino, voc observa que, durante o presente curso, nas pesquisas-ao que temos proposto, uma primeira parte , justamente, um diagnstico sobre sua escola no que diz respeito ao tema tratado no mdulo. Uma idia, portanto, poderia ser a de destacar os temas dos presentes mdulos, ver o marco referencial em termos do que se espera desses temas e, em um segundo momento, vericar o diagnstico, comparando o que oferece a realidade da escola com relao ao que se gostaria, em termos ideais. Tambm, os resultados da avaliao, contidos nos mdulos 2 e 3, podem servir de ponto de partida para a discusso do diagnstico, com todas as contradies e debates que suscitaro. Gandin (2004) sugere, em termos prticos, que, alm das questes acima, introduza-se um espao em que a equipe e a comunidade possam listar propostas de ao para superar problemas e aproximar mais a realidade do marco referencial. O referido autor prope a elaborao de chas, em que a primeira coluna seja a de problemas e temas polmicos; a segunda, de idias para superar tais problemas; e a terceira, de propostas de ao. D exemplos de temas polmicos e problemas, tais como: a indisciplina e a violncia esto altas nessa escola; muitos professores ameaam, falam alto e gritam com os alunos; a avaliao est muito rgida e tradicional; os discursos e as prticas dos professores no coincidem; a disposio em las das carteiras nas salas de aula esto desmotivando alunos; precisamos de abordagens mais inovadoras do currculo; faltam atividades ldicas na sala de aula; falta um trabalho interdisciplinar, integrado; horrios pedaggicos esto sendo mal ou subutilizados; h preconceitos contra alunos, desrespeito, desprezo, bullying; as taxas de reprovao e evaso esto muito altas, e assim por diante. Ao lado dessa coluna, a segunda poderia apresentar o que a equipe sugere para superar cada um desses problemas (ex: para superar indisciplina e violncia, alguns docentes poderiam sugerir a realizao de palestras, bem como a denio de normas com os alunos etc). Finalmente, a terceira coluna apresentaria propostas de ao, um tipo de programao para desenvolver planos de interveno que corrijam as falhas e procurem transformar a realidade, tendo em vista o marco referencial. Prezado coordenador pedaggico/gerente de ensino, voc observa que, para todo esse processo, necessrio um planejamento de modo que as questes sejam entendidas pelo grupo e as respostas devidamente registradas. importante que as perguntas levem a debates e expresso de teorias e de opes, cada grupo criando seus temas e suas questes e que tudo isso seja devidamente anotado, de modo a subsidiar a (re) construo do PPP. Sugerimos, por exemplo, que voc proponha perguntas em uma dupla dimenso: o que o ideal e o que temos, efetivamente. Por exemplo: que tipo de avaliao desejamos? Qual a que praticamos? Que tipo de currculo almejamos? Qual o que possumos e como temos trabalhado com o mesmo? Tais questes podem ser aplicadas tambm a aspectos ligados gesto que, como voc se lembra, um importante fator no desenvolvimento institucional da escola e na criao de um clima positivo, sendo avaliado em processos de avaliao de larga escala. Por exemplo, questes do tipo: como desejamos a organizao administrativa de nossa escola? Como ela , na realidade? Como desejamos o regimento da escola? Como ele , efetivamente? Como desejamos a comunicao em nossa escola? Como ela feita, no cotidiano real da escola? Em suma, as partes componentes do PPP devero, grosso modo, ser constitudas de: marco referencial com relao aos temas privilegiados; diagnstico de como esses temas tm sido desenvolvidos na escola, apontando a distncia entre a realidade e o ideal; e, nalmente, um plano geral de ao, de desenvolvimento institucional, indicando conjunto de aes ou planos de longo, mdio e curto prazo que sero elaborados e desenvolvidos, para aproximar a realidade do marco

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referencial. importante que esteja denida a periodicidade da avaliao do PPP, a ser explicitada no mesmo, assunto este que ser melhor desenvolvido no mdulo 11. Para encerrarmos, gostaramos de enfatizar que, em uma primeira aproximao, voc pode obter subsdios para discusses com vistas a (re)elaborar os eixos do projeto poltico-pedaggico da escola a partir dos mdulos do presente curso. Esses podem ser temas geradores de questes, a serem debatidas e respondidas pelos grupos. Voc poderia pensar em momentos de ocinas temticas, em que a primeira parte poderia ser a de respostas sobre vises e percepes iniciais dos participantes sobre aquele tema, seus ideais e vises sobre distncia entre tais ideais e a realidade da escola; um segundo momento poderia ser o de debate sobre textos que discutem o assunto; e o terceiro momento poderia ser o de sntese de idias e teorias principais, balizadores do PPP no que concerne queles temas, bem como propostas de planos e aes, para corrigir rumos. Voc poderia, por exemplo, a partir de nosso curso, trabalhar com temas como os seguintes: uma viso multicultural, inclusiva, da educao (veja mdulo 4), que dena a misso da escola com relao ao que espera em termos de valorizao das habilidades e especicidades dos alunos, denindo como so contempladas as polticas e estratgias de incluso e de valorizao da pluralidade cultural; pode haver, nesse ponto, a denio de como so tratadas as relaes de gnero e etnias e os diversos princpios e orientaes religiosas, bem como de que forma se considera o trabalho com as diversas formas de leitura, representadas por diferentes linguagens, ou a abordagem de sade escolar e sua articulao com as culturas e identidades plurais; uma viso de currculo integradora, inter e multidisciplinar, que trabalhe competncias, habilidades e contedos (veja mdulos 8 e 9 sobre currculo, bem como o mdulo 6 sobre tecnologias educacionais, que fornecem elementos para pensar em projetos integradores, via novas tecnologias e projetos de pesquisa), articulados ao contexto plural do mundo contemporneo, indicando modos pelos quais essa viso pode ser planejada; uma perspectiva de avaliao que trabalhe tenses entre o diagnstico e a classicao, entre a valorizao da pluralidade de habilidades dos alunos e de critrios que lhes permitam inserir-se nos diversos segmentos de ensino (veja mdulo 7), e que esteja atenta, tambm, a indicadores nacionais e estaduais de avaliao (veja mdulos 2 e 3); um conjunto de armaes que mostrem de que forma trabalhada a tenso entre a diversidade cultural e a poltica educacional expressa nos Parmetros Curriculares Nacionais, na Reorientao Curricular e em diversos programas da SEE-RJ, e nos modelos de avaliao de larga escala, no contexto da escola. Nesse ponto, poderiam ser discutidos os documentos referentes s propostas de reorientao curricular, os resultados do programa Nova Escola, os resultados do SAEB, debatendo como articular essas polticas identidade da escola, na tenso entre a diversidade e a unidade, discutida anteriormente. Assim, os mdulos estudados no curso podem oferecer subsdios para que voc articule as consideraes listadas acima a outros aspectos polticos e loscos que devem ser explicitados no projeto, tais como: a viso de educao que permeia a escola; dados gerais sobre a origem e a histria da escola, bem como sobre sua misso, sua importncia na comunidade onde se insere e o perl de aluno que atende, juntamente com o perl da comunidade onde se insere;Mdulo X 23

perl de aluno que deseja formar; sentidos atribudos a conceitos como mrito e incluso no contexto da educao; formas pelas quais o mrito e a perspectiva de valorizao da diversidade cultural e da incluso so contempladas na escola; viso de currculo e de avaliao, na perspectiva de desenvolvimento de habilidades e competncias; sentido de tica a ser perseguido nas relaes inter-pessoais na escola; formas de articulao com a comunidade e projetos de dilogo com a mesma; clima institucional fomentado; formas de gesto com vistas ao trabalho com a diversidade cultural e com a garantia da qualidade educacional, particularmente no que diz respeito ao desempenho do aluno, e assim por diante. Prezado coordenador pedaggico/gerente de ensino, como voc percebe, subsdios nos mdulos anteriores podem ajud-lo na tarefa de repensar o currculo (vide mdulos 8 e 9, que provocam reexes sobre o currculo na perspectiva de uma escola comprometida com a formao de cidados e com a traduo dessa perspectiva no cotidiano das prticas pedaggicas, garantindo que o PPP da escola expresse as diversas formas do currculo em ao). Acima de tudo, o conjunto de todos os mdulos leva-nos a pensar multiculturalmente na construo do projeto poltico-pedaggico da escola, rearmando que esse jamais neutro: as pessoas so portadoras de cultura, gnero, raa, linguagem, crenas religiosas, histrias de vida e outros aspectos ligados sua identidade, que denem sua participao no Projeto Poltico-Pedaggico da Escola e sua aproximao maior com este ou aquele grupo. Assim, nesse contexto, voc, coordenador pedaggico/gestor de ensino, dever ter em mente as funes discutidas no mdulo 1, com relao importncia de seu papel como mediador das relaes na escola, podendo buscar subsdios no mdulo 5, referente s habilidades sociais para mobilizar relaes inter-pessoais construtivas e positivas, cruciais tanto para o clima institucional da escola onde as aes cotidianas transcorrem, como para as prprias fases de elaborao, re-elaborao, avaliao, comunicao e efetiva adeso da comunidade escolar ao projeto poltico-pedaggico da escola, no quadro da diversidade cultural em que est inserida.

ConclusesO presente mdulo discutiu, a partir de uma perspectiva multicultural, a (re) construo do projeto poltico-pedaggico da escola como um processo participativo, que se encontra, no entanto, desaado a articular a valorizao da diversidade cultural e da identidade da escola com polticas educacionais mais amplas, que denem horizontes do que signica a compreenso do educar para um mundo contemporneo. Sugerimos que os mdulos trabalhados no presente curso podem indicar possveis temas de discusso para balizar a (re) construo do PPP. Da mesma forma, apontamos para a estreita articulao entre projeto poltico-pedaggico e avaliao institucional, na medida em que o projeto no s aponta ideais em seu marco referencial, como tambm traz embutido o diagnstico da distncia entre o ideal e o realizado, apontando para resultados de avaliao e para idias surgidas nos debates como possveis caminhos para corrigir rumos. O

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prximo mdulo mdulo 11, que encerra nosso curso ir aprofundar as discusses sobre essa articulao projeto poltico-pedaggico e avaliao. Enm, caro coordenador pedaggico/gerente de ensino, argumentamos, no presente mdulo, que o projeto poltico-pedaggico pode ser, assim concebido, um instrumento que d suporte a decises administrativas no interior da escola, que se apresente como um mapa para as aes institucionais e para o balizamento das questes ticas envolvidas no cotidiano da gesto escolar. Pode evitar que a comunidade escolar caia no voluntarismo e em aes individuais e fragmentadas, fornecendo um ponto de apoio para voc, coordenador pedaggico/gerente de ensino, ter subsdios para mostrar, com clareza, para pais, comunidade mais ampla, equipe docente, discentes, funcionrios e outros membros que participam da vida escolar, o que a escola, que valores ela preza, que viso tem de currculo e de avaliao, como busca incentivar formas alternativas de promoo da integrao curricular, como trata da diversidade cultural e da incluso, e que estratgias utiliza para incentivar o comportamento tico, promover o desao a preconceitos e intolerncias e estimular a qualidade do ensino e da aprendizagem. Convidamos voc e sua equipe a aceitar o desao de retirar o PPP da gaveta e torn-lo um instrumento vivo e vibrante, mobilizador de grandes transformaes na escola !

SEO 3: ESTUDANDO CASOS... ObjetivoDebater, com os pares, situaes concretas de discusso e elaborao do projeto polticopedaggico no contexto escolar

Exerccio 1Pense na seguinte situao: h um fenmeno de bullying na escola, ou seja, implicncia e tortura mental constante aplicada por um grupo de alunos contra uma determinada aluna, tomada como bode expiatrio. A coordenao foi alertada sobre isso. Que aspectos poderiam estar presentes em um projeto poltico-pedaggico que viessem a esclarecer a perspectiva de valorizao da diversidade cultural, de incluso e de tica nas relaes inter-pessoais, que pudessem balizar aes institucionais preventivas e, mesmo, corretivas para esse tipo de problema, por parte da coordenao? Como esses aspectos do PPP poderiam ser disseminados para toda a comunidade, de modo a deixar claro que esse tipo de comportamento no admitido na escola? Que tipos de aes a escola poderia tomar, de modo a evitar recair em aes meramente punitivas (tais como advertncia oral, escrita, suspenso de freqncia, desligamento denitivo da escola) e buscar aquelas aes que modiquem o comportamento do aluno, utilizando e implementando polticas desse tipo na escola, que poderiam estar no projeto poltico-pedaggico ou no plano de desenvolvimento dele resultante? Que princpio voc formularia, como poltica geral, para dar suporte s decises sobre essa questo? Como o PPP estaria ajudando nesse processo? Que subsdios, a partir dos mdulos estudados no presente curso, voc acha importante introduzir no PPP com relao a esses aspectos?

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Exerccio 2Voc quer mobilizar sua equipe para a discusso do PPP de sua escola. Para isso, elegeu os temas currculo e avaliao como iniciadores da discusso. Que estratgias sugeriria para atrair a equipe para essa discusso? Que tipos de encontros promoveria? Como poderia envolver a comunidade mais ampla nos debates? Como pensaria em registrar as respostas e informaes, de modo a inclu-las no PPP? Que idias sobre o currculo e sobre a avaliao procuraria focalizar? Pensaria em utilizar os dados da avaliao de larga escala, como o Nova Escola, que voc estudou nos mdulos 2 e 3, como catalisadores de discusses? Como poderia aproveitar o que discutimos sobre currculo, reorientao curricular e avaliao (mdulos 7, 8 e 9)? Que tipos de materiais forneceria, para a discusso entre o ideal de currculo e o currculo possvel, bem como as tenses entre o currculo diversicado e as polticas curriculares nacionais, estaduais e locais? Como buscaria articular a identidade da escola com o debate sobre a questo?

Exerccio 3Pense nas seguintes questes e responda: quais so as variveis facilitadoras para a elaborao e para a implantao do Projeto Poltico-Pedaggico da escola? Que tipos de aes voc, como coordenador pedaggico, poderia tomar, para protagonizar as discusses sobre o PPP? Que facilidades e que diculdades antecipa e como buscaria enfrent-las? Como utilizar o PPP como um processo de aproximao da escola com a comunidade? Como traduzir os anseios e desejos dessas pessoas para o PPP? Quais os meios utilizados para divulgar para a comunidade o PPP? Quais so as etapas relevantes que devem estar contempladas no PPP? Qual a periodicidade da avaliao do PPP?

Exerccio 4Veja uma dinmica sugerida por Gandin (2004) para mobilizar a discusso sobre o PPP, na fase de elaborao do marco referencial. Primeiro, o coordenador pedaggico distribui aos participantes um conjunto de questes, cujas respostas, em folhas separadas, uma para cada questo, sero material para elaborar o marco referencial. A partir dessas respostas, o coordenador pedaggico elabora uma primeira verso do marco referencial. Esta verso distribuda, em uma segunda reunio, para a equipe, dividida em pequenos grupos, com outros textos formulados. Em uma terceira reunio, esses grupos lem em voz alta seus textos. H o debate e a avaliao dos textos. Em um ltimo momento, designa-se uma equipe ou comisso de redao, para fazer a redao nal. O texto dessa redao volta ao plenrio para discusso. Aps a redao do marco referencial, comea a etapa de preparao do diagnstico, seguindo a mesma dinmica: o coordenador pedaggico prepara perguntas, distribui ao grupo, organiza as respostas e assim por diante. Finalmente, vem a fase de elaborao de planos, de uma programao geral, que indica aes a serem realizadas, a partir do diagnstico, contempladas no planejamento. O que pensa sobre essa dinmica? Que elementos facilitadores e que diculdades vislumbra, no caso de sua escola, para a realizao desse tipo de dinmica? Que outras sugestes apresentaria, para levar adiante a discusso sobre o PPP na sua escola?

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Exerccio 5Imagine a seguinte situao: voc se deparou com sentenas, extradas das ocinas e dinmicas que voc elaborou para mobilizar a comunidade para a (re)construo do PPP, do tipo: a indisciplina est alta nessa escola; existe uma inconsistncia entre a avaliao realizada por professores; o currculo est privilegiando muito os contedos. A partir de sua vivncia e dos mdulos estudados, como poderia trabalhar com essas idias, de modo a incorpor-las no diagnstico da escola? Que tipo de marco referencial poderia construir, para balizar o ideal em currculo e avaliao para sua escola? Como o marco referencial ajudaria a discutir o diagnstico? Que propostas de ao sugeriria? Como incentivar a comunidade escolar a participar da elaborao dessas propostas, assim como do marco referencial e do diagnstico? Que tipos de dinmicas e de materiais forneceria equipe para a elaborao do ideal da avaliao e do currculo? Como pensaria em temas para serem discutidos e incorporados ao PPP? Como trabalharia a questo da indisciplina, em termos de marco referencial, diagnstico e plano de ao ou programao de aes na escola, a serem incorporados no PPP?

SEO 4: PESQUISANDO E AGINDO (RE)CONSTRUINDO O PPP NA SUA ESCOLA... ObjetivoTraar um plano de ao na escola em que atua, no sentido de fomentar a discusso coletiva sobre o projeto poltico-pedaggico, tendo em vista a misso da escola, sua insero no sistema de ensino estadual e sua articulao identidade escolar e comunidade a que atende.

Seguindo a sistemtica de nossos mdulos anteriores, nesta seo enfatizamos a importncia de sua ao no contexto escolar, por meio da realizao de uma pesquisa-ao. Assim, em um primeiro momento, pedimos que faa um diagnstico de como a questo do PPP vem sendo tratada na escola e, em um segundo, solicitamos um plano de ao para viabilizar a discusso e a (re)elaborao deste PPP, em sua escola. O diagnstico ter uma dupla perspectiva nesse mdulo: questionar a forma como o PPP tem sido trabalhado na escola e, ainda, reetir sobre os prprios temas que devem ser inseridos no PPP, de modo que voc j possa ir pensando sobre a (re) construo do mesmo. Da mesma forma, a ao ser voltada tanto para mobilizar a discusso sobre o PPP, como para sugerir modos de trabalhar no sentido de incluir, no PPP, temas discutidos por ns.

Diagnstico: Responda as seguintes questes: Sua escola possui PPP? Onde ele se encontra?

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Quais os seus componentes? (existe marco referencial, diagnstico, programao para planos de ao?) Como os temas currculo, avaliao, educao para a diversidade cultural e para a incluso, tecnologias educacionais, pesquisa, relaes inter-pessoais na escola e tica e cidadania no contexto escolar so tratados? At que ponto a identidade da escola, com sua misso, suas especicidades, seu perl e comunidade, esto contemplados no PPP? Em que medida o PPP tem sido utilizado no cotidiano escolar? Professores, gestores, alunos, pais e comunidade mais ampla da escola conhecem o PPP? Qual a freqncia com que tem sido discutido o PPP na sua escola?

Ao: Observe as questes anteriores e responda agora: Voc teria sugestes de mudanas no PPP, no que diz respeito forma como os temas currculo, avaliao, educao para a diversidade cultural e para a incluso, relaes interpessoais e tica e cidadania na escola so tratados? Teria aspectos a incorporar no PPP no que diz respeito identidade da sua escola, com sua misso, suas especicidades, seu perl e comunidade de entorno? Elabore um cronograma de aes para mobilizar as discusses sobre o PPP. Esse plano pode destacar temas para discusso, estratgias que utilizar, materiais a serem distribudos, reunies e participantes. Procure implementar, pelo menos, uma das aes acima e escreva seus resultados. Boa Sorte!

REFERNCIAS BIBLIOGRFICASCANEN, A. (2001a). Avaliao da Aprendizagem em Sociedades Multiculturais. Rio de Janeiro: Ed. Papel e Virtual, www.papelvirtual.com.br CANEN, A. (2002). Multiculturalismo e Alfabetizao: algumas reexes, Contrapontos: Revista de Educao da Universidade do Vale do Itaja, ano 2, n. 4, p. 53-68. CANEN, A. (2003). Reetindo sobre Identidade Negra e Currculo nas Escolas Brasileiras: contribuies do multiculturalismo, Srie Estudos: Peridico do Mestrado em Educao da UCDB, n. 15, Dossi Diversidade Cultural e Educao Indgena, p. 49 58. CANEN, A. (2004). Educao Pblica, Discriminao e Preconceito: pensando em alternativas multiculturais, Juiz de Fora, Cadernos do Professor, ano XII, n. 15, p. 29 38. GANDIN, D. (2004), A Prtica do Planejamento Participativo. Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 12 Edio.

28 Mdulo X

Formao Continuada para Coordenadores Pedaggicos Cincias Humanas

PADILHA, P. R. (2002), Planejamento Dialgico: como construir o projeto poltico-pedaggico da escola, Guia da Escola Cidad, Vol. 7, Instituto Paulo Freire. So Paulo: Ed. Cortez. RESENDE, L, M. G. (2003), A Perspectiva Multicultural no Projeto Poltico-Pedaggico. In: Veiga, I. (org.), Escola: Espao do Projeto Poltico-Pedaggico. So Paulo: Ed. Cortez, 7 edio, p. 33 48.

ROSSI, V. L. S. de (2004), Gesto do Projeto Poltico-Pedaggico: entre coraes e mentes. So Paulo: Editora Moderna. SALGADO, M. U. C. (2004), Proposta Pedaggica, Boletim Referenciais Curriculares, Um Salto para o Futuro, TV-Escola, Ministrio da Educao, abril de 2004, p. 3 12.

Para saber mais CANEN, A. (2004), Polticas Curriculares Nacionais e Projetos Poltico-Pedaggicos Escolares: pensando de forma plural, Boletim Referenciais Curriculares, Um Salto para o Futuro, TV-Escola, Ministrio da Educao, abril de 2004, p. 18 23. O artigo discute as tenses a serem trabalhadas na construo de projetos poltico-pedaggicos multiculturais, considerando o quadro das polticas curriculares nacionais e seu impacto na construo das identidades escolares e de seus atores. DALMS, ngelo (2003), Planejamento participativo na escola: elaborao, acompanhamento e avaliao. Petrpolis, RJ: Ed. Vozes, 11 edio. O livro discute a necessidade do planejamento na escola, reetindo sobre aspectos envolvidos no mesmo, desde sua concepo, construo at sua avaliao. VEIGA, I. (org.) (2004), As Dimenses do Projeto Poltico-Pedaggico. So Paulo: Ed. Papirus, 3 edio. O livro contm ensaios que discutem pressupostos tericos e polticos na formulao de projetos poltico-pedaggicos, com a presena de captulos escritos por diversos autores, a partir de uma srie de vises e recortes sobre o tema.

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30 Mdulo X

Formao Continuada para Coordenadores Pedaggicos

FICHA DE AUTO-AVALIAONOME: TUTOR: POLO: MDULO: TURMA:

Gostaramos que respondesse s questes a seguir, de modo a realizar uma auto-avaliao com relao ao mdulo estudado e a sua participao no mesmo. 1) Que idias principais do mdulo voc destacaria?

2) Das idias acima, com quais voc se identicou mais? Por que?

3) Que idias foram mais polmicas, no seu entender? Por que?

4) Como avalia as dinmicas desenvolvidas em grupo?

5) Em que medida a pesquisa-ao sugerida para ser desenvolvida na sua escola, aps a ocina, foi realizada por voc? Houve facilidades e/ou diculdades? Quais?

6) Como avalia seu desempenho na ocina (parte terica, debates e dinmicas)?

7) Como avalia seu desempenho na pesquisa-ao?

8) Como avalia seu compromisso, participao e motivao no decorrer desse mdulo?

9) Que grau insuciente, suciente, bom, muito bom e excelente atribuiria a seu desempenho e participao no mdulo?

10) Que sugestes apresentaria para o aperfeioamento das ocinas, a partir da experincia com este mdulo?

Mdulo X 31

32 Mdulo X

Formao Continuada para Coordenadores Pedaggicos

FICHA DE AVALIAO DO MDULONosso objetivo avaliar se este mdulo atingiu os objetivos e atendeu as expectativas de seus participantes. Para isto, solicitamos sua colaborao, preenchendo com a maior seriedade e honestidade possvel as questes abaixo. Utilize o seguinte critrio: - Fraco - Regular - Bom - Muito bom - Excelente

Caso voc deseje enviar algum comentrio ou complementar alguma resposta, utilize o espao reservado ao nal. A I Sistema de Ensino Avaliao quanto a(o): Mdulo Clareza do programa do mdulo Atendimento aos objetivos propostos Entendimento dos objetivos Aumento do conhecimento Nmero de aulas Tempo destinado a cada seo tratada Pertinncia deste mdulo com relao ao curso Professor Sucincia de ateno por parte do professor Respeito ao ritmo e estilo de aprender da turma Assiduidade Pontualidade Informao Relevncia dos temas Apropriao da linguagem utilizada Complementaridade ao material impresso Capacidade de despertar interesse Interatividade Interao entre os colegas Interao com os professores Material impresso

II

III

IV

V

Fonte: Adaptado de Marinho et alli (2002).

Comentrios complementares:Mdulo X 33

34 Mdulo X

Formao Continuada para Coordenadores Pedaggicos

FORMAO CONTINUADA PARA COORDENADORES PEDAGGICOS

Equipe - UFRJ

Setembro de 2005

Mdulo X 35

36 Mdulo X

Formao Continuada para Coordenadores Pedaggicos

CURSO DE EXTENSO ATUALIZAO DOS COORDENADORES PEDAGGICOSDireo Geral:Angela Rocha dos Santos

Coordenao Geral:Ana Canen

Coordenao de rea:Giseli Pereli de Moura Xavier Maria Ins Lavinas Pereira Marlene Jesus Soares Bezerra

Equipe Responsvel pela Elaborao dos Materiais:Ana Canen Aurila Eurdice Carneiro da Cunha Souza Giovana Delvan Stuhler Giseli Pereli de Moura Xavier Luiz Fernandes de Oliveira Maria Ins Lavinas Pereira Marlene Jesus Soares Bezerra Marta Diniz Paulo de Assis Mnica Repsold Vanessa do Carmo Marinho

MDULO I - OS COORDENADORES PEDAGGICOS E A CONSTRUO DE UMA ESCOLA PBLICA DE QUALIDADE Autores:Luiz Fernandes de Oliveira Maria Ins Lavinas Pereira

Organizao:Ana Canen

Mdulo X 37 Equipe

MDULO II AVALIAO INSTITUCIONAL I (Equipe UFJF) Autores:Lina Ktia Mesquita De Oliveira Denise Barros Weiss Gilvan Procpio Ribeiro

Organizao:Lina Ktia Mesquita de Oliveira

MDULO III AVALIAO INSTITUCIONAL II (Equipe UFJF) Autores:Lina Ktia Mesquita de Oliveira Denise Barros Weiss Gilvan Procpio Ribeiro

Organizao:Lina Ktia Mesquita de Oliveira

MDULO IV EDUCAO INCLUSIVA Autor:Giseli Pereli de Moura Xavier

Organizao:Ana Canen

MDULO V RELAES INTERPESSOAIS Autores:Giovana Delvan Stuhler Marta Diniz Paulo de Assis

Organizao:Ana Canen

MDULO VI TECNOLOGIA EDUCACIONAL Autores:Mnica Repsold Vanessa do Carmo Marinho

Organizao:Ana Canen

38 Equipe X Mdulo

Formao Continuada para Coordenadores Pedaggicos

MDULO VII AVALIAO DA APRENDIZAGEM Autor:Ana Canen

Organizao:Ana Canen

MDULO VIII CURRCULO I Autores:Ana Canen Luiz Fernandes De Oliveira Marta Diniz Paulo De Assis

Organizao:Ana Canen

MDULO IX CURRCULO II Autores:Ana Canen Maria Ins Lavinas Pereira

Organizao:Ana Canen

MDULO X PROJETO POLTICO-PEDAGGICO I Autores:Aurila Eurdice Carneiro da Cunha Souza Marlene Jesus Soares Bezerra

Organizao:Ana Canen

MDULO XI PROJETO POLTICO-PEDAGGICO II Autores:Aurila Eurdice Carneiro da Cunha Souza Marlene Jesus Soares Bezerra

Organizao:Ana Canen

Mdulo X 39 Equipe

Equipe de Tutores:Ana Canen Aurila Eurdice Carneiro da Cunha Souza Grson Tavarez do Carmo Giovana Delvan Stuhler Giseli Pereli de Moura Xavier Luiz Fernandes de Oliveira Marco Paulini Maria Ins Lavinas Pereira Marlene Jesus Soares Bezerra Marta Diniz Paulo de Assis Mnica Repsold Pablo Silva Machado Bispo dos Santos Paulo Srgio da Rocha Oliveira Santos Ronaldo Souza de Castro Vanessa do Carmo Marinho

40 Equipe X Mdulo