Materialidade Em Auditoria

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12-05-2012 1 Materialidade em Auditoria Universidade do Minho Mestrado em Gestão e Economia Monetária Carlos Cunha Mestre Contabilidade e Administração [email protected] Uma palavra-chave que aparece referida na discussão acerca da responsabilidade dos auditores tem a ver com o “nível de segurança razoável ou aceitávelassociado à expressão da opinião. A opinião do auditor deve ser expressa de uma forma positiva, isto é, declarando se as demonstrações financeiras, tomadas como um todo, apresentam, ou não, de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira e o resultado das operações… Termos como significativo, nível de segurança aceitável, aspectos materialmente relevantes, forma verdadeira e apropriada ou expressão equivalente e que as contas estão isentas, ou não, de distorções materialmenterelevantes. A revisão/auditoria deve ser planeada e executada com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. A verificação dos suportes das quantias constantes das DF é efectuada numa base de amostragem. Pag.1 [email protected]

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Materialidade em

Auditoria

Universidade do Minho

Mestrado em Gestão e Economia

Monetária

Carlos CunhaMestre Contabilidade e Administração

[email protected]

� Uma palavra-chave que aparece referida na discussão acerca daresponsabilidade dos auditores tem a ver com o “nível de segurançarazoável ou aceitável” associado à expressão da opinião.

� A opinião do auditor deve ser expressa de uma forma positiva, isto é,declarando se as demonstrações financeiras, tomadas como um todo,apresentam, ou não, de forma verdadeira e apropriada, em todos osaspectos materialmente relevantes, a posição financeira e o resultadodas operações…

� Termos como significativo, nível de segurança aceitável, aspectosmaterialmente relevantes, forma verdadeira e apropriada ou expressãoequivalente e que as contas estão isentas, ou não, de distorçõesmaterialmente relevantes.

� A revisão/auditoria deve ser planeada e executada com o objectivo deobter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstraçõesfinanceiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Averificação dos suportes das quantias constantes das DF é efectuadanuma base de amostragem.

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� Por outro lado, também se diz no § 3 da DRA 700 que o utilizador nãopode assumir que a opinião é uma segurança quanto à eficiência oueficácia com que o órgão de gestão conduziu os negócios da entidadeou quanto à futura viabilidade da entidade.

� O processo de amostragem é por inerência inexacto e imperfeito.

� O auditor deve saber lidar com a incerteza de várias formas. Trêsconceitos básicos de auditoria reflectem a incerteza que é fundamentalutilizar em auditoria: risco, evidência e materialidade.

Materialidade

Evidência

Risco

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Exemplo:

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As existências representam,por regra, uma grande partedo total do activo. Então umerro de 50% terá grandeimpacto quer no Balançoquer na Demonstração dosResultados e são errosmateriais.

Terá grande impacto quer noBalanço quer naDemonstração dosResultados e são errosmateriais.

Então um erro de 50%

Se faltarem 5 unidadesmonetárias no caixa, emboraexista um risco.

Não haverá relevância a tal,dado a insuficiência do valor.

Um seguro diferido representa emregra uma pequena parte do activo.Admitindo existir um erro de 50%que será importante para a maioriadas pessoas.

Contudo, será um erro

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� Factores qualitativos podem influenciar a interpretação do auditoracerca do que é material. Por exemplo, a descoberta de uma fraudeserá sempre considerada importante ainda que o valor sejainsignificante.

� Por último, o julgamento de que é material depende de cada casoconcreto.

�� 1º conceito: Risco1º conceito: Risco

� O risco em auditoria tem a ver com o facto de os auditores nãoconseguirem garantir que as asserções contidas nas contas ou nasDemonstrações Financeiras estão isentas de erros ou omissões.

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Actual definição de erro de auditoria

� Erro de auditoria: O erro de o auditor, baseado na evidência obtida,emitir uma opinião não modificada acerca da DemonstraçãoFinanceira que está materialmente errada.

� 1ª Ideia: O auditor errou ou chegou a uma conclusão errada acerca daDemonstração Financeira;

� 2ª Ideia: O auditor deve preocupar-se com os erros que podeminfluenciar a decisão dos utilizadores.

� Portanto, o auditor tem que assumir um grau de risco. Por exemplo,pode decidir aceitar um grau de risco de 5%, ou seja, estar seguro deque emitem uma opinião correcta em 95% dos casos. Ou seja, admitirque não excede o risco de 1%, ou seja, tem de garantir que uns 99%dos casos não falha.

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50%

� As possibilidades podem ser:

� Na prática o erro será maior que “0%” (zero) e menor que 50%. O risco“zero” é praticamente impossível porque não se pode examinar cadatransacção e ainda que tal fosse feito há sempre o risco de algumastransacções não terem sido registadas.

� O risco do auditor é decomposto em:� Risco inerente;

� Risco de controlo;

� Risco de detecção;

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0% 100%

Completamente seguro deque a DF não contém erros

Completamente inseguro Completamente seguro deque a DF contém erros

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Risco de Auditoria

� O risco de auditoria consiste na probabilidade de o auditor concluirque todas as asserções materiais produzidas pelos gestores sãoverdadeiras quando, de facto pelo menos uma asserção material estáincorrecta.

� Esta perspectiva inclui dois limites formais:� o auditor tomar uma decisão incorrecta, especificamente, o auditor

aceitar incorrectamente as asserções do gestor.

� o termo material aparece na descrição do risco de auditoria. Istoenfatiza a ideia de os auditores lidarem com erros materiais e nãopequenos erros.

.

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Risco inerente

� O risco inerente tem a ver com a probabilidade de ocorrerem fraudes,erros ou outras irregularidades, devido à ausência de qualquer tipo decontrolo. É habitual ligar o risco inerente a certo de tipo de activosmais voláteis, isto é, com maior probabilidade de apropriação porparte das pessoas com prejuízo para as empresas. Contudo, devemosalertar para o facto de o risco inerente existir tanto em relação aoimpacto que possa nas DF como em relação à entidade.

Este risco deve desagregar-se em dois:

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Integridade da AdministraçãoCompetência dos empregados

Risco inerente em relação à entidade:

Risco em relação às DF:Volatilidade de activosImpacto nos resultadosJulgamento da administração (estimativas)Lançamento de produtos novosInformatização

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Indicadores de risco inerente em relação à entidade:

Indicador Risco mais baixo Risco mais alto

Estilo de gestão Em equipa Centralizado (no dono)

Filosofia de gestão Conservadora Agressiva

Experiência dos gestores Elevada Baixa

Ênfase nos resultados (projectados em reuniões)

Pequena Muito elevada

Contratação de auditores Antiga Reente

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� O risco de controlo tem a ver com a probabilidade de ocorrerem errosou irregularidades nas contas que não possam ser detectados emtempo útil por um sistema de controlo interno.

� O risco de detecção é o risco de os procedimentos de auditoria (testessubstantivos) não detectarem erros ou irregularidades que possamexistir nas contas.

� O risco inerente e o risco de controlo são variáveis independentes emrelação ao risco de detecção, este sim controlável pelo auditor. Ora,devemos afirmar que o risco de controlo não é totalmenteindependente na medida em que o auditor ao realizar trabalho paraavaliar o sistema de controlo interno leva os responsáveis a teremmais atenção em relação ao risco de controlo.

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�� 2º conceito: evidência de auditoria2º conceito: evidência de auditoria

� Evidência de auditoria: qualquer informação que dá ao auditor aindicação se uma asserção é verdadeira ou não.

� A evidência é obtida de diferentes formas e podem fornecer forte oufraco suporte das asserções dependendo das circunstâncias.� Inspecção física;

� Observação;

� Indagação;

� Confirmação;

� Análise;

� Comparação;

� Verificação.

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� O objectivo do auditor para suportar a opinião acerca dasDemonstrações Financeiras é obter:

� Para ser competente a evidência precisa de ser relevante e válida; paraser relevante precisa de estar relacionada com o objectivo de auditoriaa ser testado.

� Infelizmente a evidência é muitas vezes incompleta ou sujeita ainterpretação pelo que as conclusões a tirar da evidência podem serpouco claras ou ambíguas.

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Evidências suficientes Evidências competentes

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� Os 3 conceitos (R)isco, (E)vidência e (M)aterialidade interagemdurante a auditoria e determinam, assim, o modo apropriado paraconduzir a auditoria (REM concepts).

RA = RI x RC x RD

RD = RA

RI x RC

Assim:a) RD deve ser mais baixo se o RA pretendido for baixo e o RI e RC

forem altos;b) RD poderá ser mais alto quando aceitamos o RA alto e RI e RC forem

baixos.

� Um RD alto implica a necessidade de obtenção de menos evidênciasobre as DF e RD baixo implica a necessidade de obtenção de maisevidência. Consequentemente, diferentes valores para o RD entram noconjunto de testes substantivos a realizar.

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Esta relação pode ser demonstrada da seguinte forma:

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Evidência

RD

B

A

A B

RA 5% 1%

RI 50% 75%

RC 50% 75%

RD 20% 2%

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Podemos examinar a relação do RD e da evidência, introduzindo o impactoda materialidade.

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D

A

C

B

Evidência

RD

Materialidade baixa

Materialidade alta

reflectem o nível de risco aceitável e aevidência necessária para o caso em que onível de materialidade é alto

ilustram que o nível de materialidadebaixo exige mais evidência emauditoria para atingir um dado nívelde risco.

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�� 3º conceito: Materialidade3º conceito: Materialidade

� A Materialidade refere-se à magnitude de uma omissão ou erro nainformação financeira que possa afectar o julgamento de uma pessoaconfiando nessa informação disponibilizada.

A materialidade deve ser apreciada pelo auditor quando:� Determinar a natureza, a oportunidade e a extensão dos

procedimentos de auditoria (Planeamento), e� Avaliar o efeito dos erros quanto ao seu montante e classificação

das contas na apresentação da informação financeira (Fase finaldo processo de auditoria - Avaliação).

Os pontos significativos que emergem dos pontos anteriores são:a) A materialidade é determinada pelo efeito da informação

financeira nos utentes. O termo limite de materialidade é usadopara descrever o ponto a partir do qual um item de informaçãose torna material para o juízo ou decisões de uma pessoarazoável. [email protected]

b) Apesar do considerável esforço de pesquisa, temos poucoconhecimento de quem são os utentes da informaçãocontabilística e de como é que esta é utilizada na tomada dedecisões. Um dos objectivos de uma auditoria é que o auditorexamine as contas no papel de uma pessoa razoável e use o seujulgamento profissional para decidir o que é material. Nestesentido, os critérios de materialidade são parte de um juízoglobal em relação à verdade e justiça.

c) Os critérios de materialidade são tanto quantitativos comoqualitativos. O aspecto qualitativo da materialidade é que setorna mais difícil de identificar.

d) Os julgamentos sobre materialidade devem ser feitos tanto aonível do planeamento como ao nível da avaliação final doprocesso de auditoria. A auditoria deve ser planeada de forma afornecer uma expectativa razoável de identificar erros materiais.Na prática é quase impossível planear uma auditoria de modo ater uma expectativa razoável de identificar todos os erros quesão qualitativamente materiais.

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� O nível de materialidade global pode ser distribuído pelas diferentesáreas do balanço segundo o julgamento pessoal do auditor, tendo emconta o risco inerente, o peso das diferentes áreas no total do balanço, eas diferentes possibilidades de erro (erro tolerável)que podem afectaros resultados ou o balanço.

Exemplo:

As disponibilidades que têm implicações na liquidez de umaempresa deve ser mais material que outras áreas por exemplo,Acréscimos e Diferimentos.

Então quanto mais importante for uma dada área menor deve ser o erro tolerável, podendo mesmo atribuir-se “zero”.

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� O nível de materialidade para as contas como um todo representa oerro tolerável máximo para um qualquer teste de auditoria e que oauditor está preparado para aceitar e ainda ficar satisfeito que as contasapresentem a imagem verdadeira e apropriada.

� Quando o auditor tem que dar uma opinião em relação à materialidade,é importante ter em consideração o conceito subjacente dematerialidade.

� Contudo, o auditor deve ser cuidadoso e não confundir a medida detrabalho de materialidade com o próprio conceito. A materialidade nãoé, por exemplo, 5% do proveito, mas o efeito dum erro baseado nainformação apresentada nas contas.

A materialidade no planeamento de auditoria

� Os auditores desenvolveram um número de regras para lidarem com amaterialidade na fase de planeamento de modo a satisfazer aexpectativa razoável de que todos os erros materiais sejam detectados.

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� Em primeiro lugar, determina-se a medida quantitativa dematerialidade (materialidade global) em relação às demonstraçõesfinanceiras.

� Isto é alcançado pela aplicação duma percentagem sobre uma baseespecificada, como se segue:

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Base Limites de materialidade

Proveitos totais 0,5%

Margem bruta 2%

Lucro antes de imposto 5%

Activo total 0,5%

Capital Próprio 1%

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A base mais usual é a do lucro:

Se Lucro = 100.000 u.m então limite de materialidade = 5.000 u.m

Contudo, o nível de lucro varia consideravelmente de ano para ano, e porisso é relativamente difícil a sua determinação na fase de planeamento deauditoria e sujeito a ajustamentos. Assim, a maioria dos auditores usa amédia do lucro ao longo dos últimos anos, ou os proveitos totais ou amargem bruta.

O problema com o proveito total e margem bruta é que eles variamconsideravelmente entre indústrias e não fornecem uma base consistentepara julgamentos sobre materialidade entre auditorias.

O activo e o capital próprio só são usados quando o item em questão nãoafecta o lucro, tal como um juízo sobre um elemento isolado ou sobre ummétodo contabilístico utilizado em relação a um dado elemento emconcreto.

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Outros autores consideram o maior do activo ou volume de negóciosaplicando a fórmula a seguir indicada para cálculo da materialidade global:

1,6 x (o maior do activo ou volume de negócios) 2/3

Se total do activo for de 20 milhões e o volume de negócios for de 35 milhõesentão o nível de materialidade global é 170.000 u.m

O nível assim determinado deve ser sempre mais baixo quando se esperaencontrar erros materiais, por exemplo onde o risco inerente ou de controlo éconsiderado elevado.

A partir de agora:

* Na determinação da amostra adequada, os auditores devem usar a medida da materialidadecorrespondente ao erro tolerável para que a amostra seja representativa.

Todos os itensindividuais acima da materialidade

Devem ser seleccionados paratestes de auditoria

Os restantes itensDa população

Devem ser seleccionados paratestes de auditoria por amostragem *

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A materialidade na avaliação de auditoria

o À medida que a auditoria vai progredindo o auditor necessita de revero nível dos testes de materialidade.

Podem ser necessárias alterações devido a:a) Alterações nas contas do balanço ou dos resultados que provocam

alteração no nível de materialidade.b) Alterações nos riscos inerentes ou de controlo surgidas durante o curso

da auditoria devido a factores externos.c) Alterações nos riscos inerente ou de controlo como efeito da avaliação

dos erros descobertos.

o Quando o auditor descobre erros materiais, a administração deverá serconsultada e questionada para corrigir as contas com o objectivo deestas apresentarem uma situação adequada e verdadeira.

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o Quando o erro projectado em qualquer conta particular excede o errotolerável, o auditor deve realizar mais testes para confirmar as suasdescobertas e justificar a necessidade de as contas serem corrigidas.

o Todos os erros descobertos no curso da auditoria que não são,individualmente, materiais deverão ser agregados à medida que aauditoria for progredindo. A isto serão acrescentados os errosprojectados onde os componentes de auditoria tenham sido testadospor amostragem.

o O auditor deverá, então, rever o efeito dos erros descobertos eprojectados que ainda não tenham sido corrigidos pelo cliente econsiderar a necessidade de abordar a administração. Uma regracomumente utilizada nesta avaliação é a seguinte:

a) Erros acumulados < 5% do lucro antes de imposto - pedir àadministração para corrigir as contas, mas não devendo tomar-seoutra atitude;

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b) Erros acumulados > 10% do lucro antes de imposto - pedir àadministração para corrigir as contas e emitir uma opiniãoqualificada, caso aquela correcção não seja efectuada;

c) Erros acumulados > 5% e < 10% do lucro antes de imposto - pedir àadministração para corrigir as contas. Se isto não fôr feito, então deveconsiderar o aspecto qualitativo dos erros na sua opinião caso ascontas não apresentem uma visão adequada e verdadeira da situaçãoda empresa.

A Materialidade dos erros nas estimativas de contabilidade

o A contabilidade estima os valores incluídos nas contas que dependamdo critério da administração. São exemplos disso: as provisões paracobranças duvidosas, stocks obsoletos, depreciação de activos,contingências e proveitos relativos a contratos de longo prazo. Aoverificar tais estimativas, o auditor pode obter evidência em relação afactores objectivos em que as estimativas se baseiam e nos controlosem torno do processo de elaboração de tais estimativas.

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o Quando considera a materialidade de possíveis erros nas estimativas, oauditor considera, antes de mais nada, cada estimativa individualmentee só depois faz a apreciação global das estimativas para verificar opossível desequilíbrio de todas elas no seu conjunto.

o Se o auditor, baseado em evidência disponível, considera as estimativasdo cliente pouco razoáveis o problema reside em saber qual será o erro:

� a diferença entre os valores registados e a melhor estimativa dovalor feita pelo auditor; ou

� a diferença entre o valor registado e o valor mais próximo a partirdo qual o auditor aceitaria a estimativa como razoável.

� Existe uma norma internacional de revisão/auditoria (NIR 540) sobreesta matéria, a qual sugere que para determinar quais as estimativaserradas e para agregar os erros daí resultantes segue o segundo critério.

� Apesar de tudo, mesmo quando cada estimativa é razoável, se o registodo valor das estimativas tomadas como um todo for diferente damelhor estimativa feita pelo auditor, baseada em evidência credível, edaí resulte aumento de lucro, aquela norma sugere que o auditorreconsidere as estimativas como um todo (§ 27 da NIR 540).

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