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o caador por excelncia, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da f e o saber aos espritos fragilizados tanto nos aspectos da f quanto do saber religioso.O Orix Oxssi to conhecido que quase dispensa um comentrio. Mas no podemos deixar de faz-lo, pois falta o conhecimento superior que explica o campo de atuao das hierarquias deste Orix regente do plo positivo da linha do Conhecimento.O fato que o Trono do Conhecimento uma divindade assentada na Coroa Divina, uma individualizao do Trono das Sete Encruzilhadas e em sua irradiao cria os dois plos magnticos da linha do Conhecimento. O Orix Oxssi rege o plo positivo e a Orix Ob rege o plo negativo.Oxssi irradia o conhecimento e Ob o concentra.Oxssi estimula e Ob anula.Oxssi vibra conhecimento e Ob absorve as irradiaes desordenadas dos seres regidos pelos mistrios do Conhecimento.Oxssi vegetal e Ob telrica.Oxssi de magnetismo irradiante e Ob de magnetismo absorvente. Oxssi est nos vegetais e Ob est em sua raiz, como a terra frtil onde eles crescem e se multiplicam.Oxssi o raciocnio hbil e Ob o racional concentrador. OFERENDA: Velas brancas, verdes e rosa; cerveja, vinho doce e licor de caju; flores do campo e frutas variadas, tudo depositado em bosques e matas.

SOU ZELADOR DE SANTOA reabertura dos terreiros de candombl no feriado religioso de Corpus Christi traz, todo ano, Bahia um dos mais queridos e respeitados sacerdotes do povo de santo, o oluw (dono dos segredos) Agenor Miranda Rocha, 93 anos. No ltimo dia 13, ele se dividiu na tplice jornada de visitar o Gantois, a Casa Branca e o Il Ax Op Afonj.Poeta, intelectual, escritor, cantor lrico e educador, ele o responsvel pelo jogo que indica os representantes na sucesso para as grandes casas de candombl da Bahia. Foi seu jogo que nomeou me Stella, para o Op Afonj, e Tat, para a Casa Branca. Pelo apartamento de pai Agenor, no Rio, passam, diariamente, dezenas de pessoas, incluindo artistas globais e polticos, que confiam a vida ao seu jogo de bzios.Natural de Angola, pai Agenor veio para a Bahia com 5 anos de idade. Ainda criana, recebeu, de Eugnia Ana dos Santos, me Aninha, a vocao para o candombl. A vida do oluw j foi registrada em um livro, de Digenes Rebouas Filho (Pai Agenor http://www.corrupio.com.br/cat_agenor.htm, editora Corrupio, 1997), e, agora, ser tema do documentrio Um Vento Sagrado, com roteiro e direo de Walter Pinto Lima e Carlos Vasconcelos Dominguez (este, morto no ano passado).Nesta entrevista, concedida no ltimo dia 16, antes de voltar para o Rio de Janeiro, pai Agenor fala sobre sua concepo de candombl, critica o sacrifcio de animais, o jogo cobrado e a grande exposio que a religio ganhou atualmente.P Quando e como surgiu sua vocao para pai-de-santo?R No sou pai-de-santo, sou zelador-do-santo. O santo que meu pai. Eu acho esta nomenclatura (pai-de-santo) muito errada. Eu zelo.P Como o senhor v, ento, a utilizao da nomenclatura pai-de-santo pelo candombl?R Eu j encontrei isso quando fiz santo. Eu que no me sinto bem em dizer que sou pai-do-santo. Para eles (algumas pessoas do candombl), uma glria dizer isso.P Voltando sua vocao para zelador-de-santo, quando e como ela surgiu?R Eu tinha 5 anos. Na verdade, no fui eu quem procurou o candombl, o candombl que me procurou. Minha famlia era toda catlica, apostlica, romana, nunca assistiu a um candombl. Nasci em Ruanda, capital de Angola. Vim para a Bahia com 5 anos. A vocao surgiu desde que eu nasci. Um africano disse isso para minha me antes do meu nascimento. Ela no acreditou, mas ele acertou em tudo. Ela me esperava para outubro, ele disse que era para setembro. Eu nasci no dia 8 de setembro de 1907. Disse que eu ia trazer uma mancha vermelha na cabea. Eu trouxe. Quando chegamos aqui, na Bahia, eu fiquei para morrer. Os mdicos desenganaram-me. Minha me Aninha, a que fundou o Ax Op Afonj, fez o jogo e disse que eu no tinha nada, que era o orix que iria ser feito. Fez-se o orix, em 1912, e eu estou aqui.P O senhor ocupa um dos mais altos postos no candombl. Como atua um oluw?R A mando dos orixs. Sem alarde e sem vaidade. Na realidade, o magistrio que foi minha carreira. Trabalhei no magistrio 47 anos, e sa com pena. Eu nunca vivi do santo. Eu vivo para o santo. At meu jogo de bzios, nunca cobrei. No cobro, porque eu duvido um pouco dessa caridade cobrada. Ela deixa de ser caridade quando cobrada. Eu sou feliz, os orixs me deram essa misso, mas me deram tambm uma profisso. Ento, no h necessidade de eu cobrar.P Nesses seus 93 anos, houve algum fato, alguma experincia que o marcou? No candombl, por exemplo?R Diversos. Teve um episdio na minha casa, no Leme, no Rio, em 1947. Eu sonhei com Xang me dizendo que estava segurando a casa at eu me mudar, pois a casa iria desabar. Eu mudei s 5 horas. s 7 horas, a casa desabou. Ento, eu tenho que ter amor aos orixs. No posso vend-los, me aproveitar.P Na Bahia do Senhor do Bonfim, o sincretismo religioso est muito presente. Qual a sua opinio sobre o sincretismo, considerando que o senhor um zelador-de-santo, filho de pais catlicos?R No h crime nenhum no sincretismo, porque, se no fosse o sincretismo, no haveria candombl hoje. Essa que a verdade. As mes-de-santo e os pais-de-santo no querem o sincretismo. Mas tem que haver. Se no fosse o sincretismo, como que o candombl iria sobreviver at hoje? Teria morrido. Agora, eles no gostam quando eu falo isso. Mas eu falo o que sinto. No falo pelos outros, falo por mim.P O senhor devoto de Santo Antnio e de So Francisco de Assis e vai sempre cidade de Assis, na Itlia, venerar So Francisco. Como que o senhor lida com isso dentro do candombl? Existe preconceito?R Se h preconceitos, com eles. Eu sou eu. Nunca tive conflito. E, agora, tem mais uma coisa: eu sou do santo, catlico e esprita. Assim como na famlia: nem todos so iguais, mas convivem bem. No isso? uma questo de f.P O senhor tem uma veia potica Sua me era cantora lrica e seu pai, diplomata. Como surgiu sua ligao com a poesia?R muito forte. Eu me acho poesia; ento, olhando poesia, vou fazendo poesia e me sinto bem. Desde criana j fazia versos. Eu tenho um livro de poesia publicado com o nome de Oferenda. Gravei tambm um disco de pera, um de fado e outro de canes napolitanas. Fui cantor. Cantei com Bidu Sayo. ramos muito amigos.P O senhor fez poemas sobre o candombl?R No! No tempo que eu fiz santo, tudo era segredo. Hoje que o candombl est banalizado.No meu tempo, no tinha nem vaidade nem essa divulgao.P Qual a diferena do candombl do passado para o candombl atual?R Bom, eu costumo, numa frase, mostrar: eu sou do candombl de morim (pano de algodo muito fino e branco). Hoje, candombl de lam (plumas, lantejoulas). Parece uma escola de samba.P O sacrifcio de animais, um dos ritos mais comuns e simblicos do candombl, contestado pelo senhor. Por qu?R Acho que uma maldade. Os orixs, que so fragmentos da natureza, precisam de sangue? Matar os animais que representam a natureza? Matar, alm de tudo, com uma faca, devagarinho, com cantiga, at chegar em uma palavra para tirar a cabea do bicho. No d! Sou contra a matana. Na vida, tudo evolui com o tempo. O candombl podia ter evoludo um pouquinho, ser mais moderado. O candombl, hoje, um luxo.P Quanto humanidade, que perspectivas h para ela diante das espcies em extino, do desmatamento e da poluio ambiental?R Desse jeito, vamos chegar ao caos. Destruindo a natureza, o homem acaba consigo mesmo. As pessoas deveriam seguir a evoluo natural da Terra. No deveriam ter tanta inveja, tanta sede de poder. Da sede do poder, nasce a inveja, que um sentimento muito negativo. Destri uma pessoa. Aconselho s pessoas a no terem inveja e a viver, cada um, com o que Deus lhe deu. Se eu no tenho inveja, quero que as pessoas subam e no que caiam. Cada um tem seu valor.P Que lembranas o senhor traz da poca de Getlio Vargas, quando trabalhou como tcnico em educao?R Muita gente fala mal do Getlio, mas eu s trago boas lembranas. Sempre me tratou muito bem, com muita amizade. At mesmo carinhosamente. Ento, no posso dizer nada. Trabalhei com ele em 1933, 1934 e 1935. Para mim, Getlio era muito bom, era meu amigo e, para mim, meus amigos no tm defeitos.P Como que est a situao poltica do Brasil hoje para o senhor?R No me pergunte isso, porque eu quero sair daqui para o avio. No quero sair daqui para a cadeia. Se a gente for falar o que sente Eu acho que o Brasil poderia estar numa situao muito melhor, se ns tivssemos no alto poder, mais patriotas.

Oxal o Trono Natural da F e seu campo de atuao preferencial a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibraes estimuladoras da f individual e suas irradiaes geradoras de sentimentos de religiosidade. F! Eis o que melhor define o Orix Oxal. Sim, amamos irmos na f em Oxal. O nosso amado Pai da Umbanda o Orix irradiador da f em nvel planetrio e multidimensional. Oxal sinnimo de f. Ele o Trono da F que, assentado na Coroa Divina, irradia a f em todos os sentidos e a todos os seres. Comentar Oxal desnecessrio porque ele a prpria Umbanda. Logo, vamos nos afixar nas suas qualidades, atributos e atribuies. QUALIDADES: As qualidades de Oxal so, todas elas, mistrios da F, pois ele o Trono Divino irradiador da F. Nada ou ningum deixa de ser alcanado por suas irradiaes estimuladoras da f e da religiosidade. Seu alcance ultrapassa o culto dos Orixs, pois a religiosidade comum a todos os seres pensantes. Jesus Cristo um Trono da F de nvel intermedirio dentro da hierarquia de Oxal. E o mesmo acontece com Buda e outras divindades manifestadoras da f, pois muitos Tronos Intermedirios j se humanizaram para falar aos homens como homens e , assim, melhor estimularem a f em Deus. Todas as divindades irradiam a f. Mas os Tronos da hierarquia de Oxal so mistrios da F e irradiam-na o tempo todo. ATRIBUTOS: Os atributos de Oxal so cristalinos, pois atravs da essncia cristalina que suas irradiaes nos chegam, imantando-nos e despertando em nosso ntimo os virtuosos sentimentos de f. Saibam que a essncia cristalina irradiada pelo Divino Trono Essencial da F neutra quando irradiada. Mas como tudo se polariza em dois tipos de magnetismos, ento o plo positivo e irradiante Oxal e o plo negativo e absorvente Oi. Oxal irradia f o tempo todo e Oi absorve as irradiaes religiosas desordenadas vibradas pelos religiosos deseiquilibrados. Ela se contrape a ele porque a atuao dela no sentido de absorver os excessos religiosos vibrados pelos seres que se excedem nos domnios da f. J Oxal irradia f e estimula a religiosidade o tempo todo, a todos. ATRIBUIES: As atribuies de Oxal so as de no deixar um s ser sem o amparo religioso dos mistrios da F. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiaes quando est com a mente voltada para o materialismo desenfreado dos espritos encarnados. uma pena que seja assim, porque os prprios seres se afastam da luminosa e cristalina irradiao do divino Oxal... e entram nos glidos domnios da divina Oi, a Senhora do Tempo e dos eguns negativados nos aspectos da f. http://www.umbandadobem.com/

TAMBOR DE MINA

Tambor de Mina a denominao mais difundida das religies Afro-brasileiras no Maranho e na Amaznia. A palavra tambor deriva da importncia do instrumento nos rituais de culto. Mina deriva de negro-Mina de So Jorge da Mina, denominao dada aos escravos procedentes da costa situada a leste do Castelo de So Jorge da Mina (Verger, 1987: 12) , no atual Repblica do Gana, trazidos da regio das hoje Repblicas do Togo, Benin e da Nigria, que eram conhecidos principalmente como negros mina-jejes e mina-nags.

O Maranho foi importante ncleo atrao de mo de obra africana, sobretudo durante o ltimo sculo do trfico de escravos para o Brasil (1750-1850), e que se concentrou na Capital, no Vale do Itapecuru e na Baixada Maranhense, regies onde havia grandes plantaes de algodo e cana-de-acar, que contriburam para tornar So Lus e Alcntara cidades famosas entre outros aspectos, pela grandiosidade dos sobrades coloniais, construdos com mo de obra escrava e pela harmonia, beleza e coreografia das musicas de origem africana.

Como as demais religies de origem africana no Brasil (Candombl, Umbanda, Xang, Xamb, Batuque, Tor, Jar e outras), o tambor de mina se caracteriza por ser religio inicitica e de transe ou possesso. No tambor de mina mais tradicional a iniciao demorada, no havendo cerimnias pblicas de sada, sendo realizada com grande discrio no recinto dos terreiros e poucas pessoas recebem os graus mais elevados ou a iniciao completa.

A discrio no transe e no comportamento em geral uma caractersticas marcante do tambor de mina, considerado por muitos como uma maonaria de negros, pois apresenta caractersticas de sociedades secretas. Nos recintos mais sagrados do culto (peji em nag, ou cme em jeje), penetram apenas os iniciados mais graduados.

O transe no tambor de mina muito discreto e as vezes percebvel apenas por pequenos detalhes da vestimenta. Em muitas casas, no incio do transe, a entidade d muitas voltas ao redor de si mesmo, no sentido contrrio ao dos ponteiros do relgio, talvez para firmar o transe, numa dana de bonito efeito visual. Normalmente a pessoa quando entra em transe recebe um smbolo, como uma toalha branca amarrada na cintura ou um leno, denominado pana, enrolado na mo ou no brao.

No Tambor de Mina cerca de noventa por cento dos participantes do culto so do sexo feminino e por isso, alguns falam num matriarcado nesta religio. Os homens desempenham principalmente a funo de tocadores de tambores, isto , abats, da a definio abatazeiros, tambm se encarregam de certas atividades do culto, como matana de animais de 4 patas e do transporte de certas obrigaes para o local em que devem ser depositados. Algumas casas so dirigidas por homens e possuem maior presena de homens, que podem ser encontrados inclusive na roda de danantes.

Existem dois modelos principais de tambor de mina no Maranho: mina jeje e mina nag. O primeiro parece ser o mais antigo e se estabeleceu em torno da Casa grande das Minas Jeje (Querebentan de Zomadnu), o terreiro mais antigo, que deve ter sido fundado em So Lus na dcada de 1840. O outro, que lhe quase contemporneo e que tambm se continua at hoje o da Casa de Nag, localizada no mesmo bairro (So Pantaleo) a uma quadra de distncia.

A Casa das Minas nica, no possui casas que lhe sejam filiadas, da porque nenhuma outra siga completamente seu estilo. Nesta casa os cnticos so em lngua jeje (Ew-Fon) e s se recebem divindades denominadas de voduns, mas apesar dela no ter casas filiadas, o modelo do culto do Tambor de Mina grandemente influenciado pela Casa das Minas.

Nos terreiros de Tambor de Mina comum a realizao de festas e folguedos da cultura popular maranhense que as vezes so solicitadas por entidades espirituais que gostam delas, como a do Festa do Divino Esprito Santo, o Bumba-meu-boi, o Tambor de Crioula e outras. comum tambm outros grupos que organizam tais atividades irem danar nos terreiros de mina para homenagear o dono da casa, as vodunsis e para pedir proteo s entidades espirituais para suas brincadeiras. Srgio Ferretti: "No Tambor de mina do Maranho pouco se fala em Oxum, Oi e Ob, conhecidas nos terreiros influenciados pelo candombl. Os orixs e voduns se agrupam em famlias ou pantees."