Matérias Especial Pós Evento Expogestão 2012
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especial expogestão
Oimpacto de reflexões importantes para o gestor
moderno, um público ampliado especializado em
inovação e as sessões de negócios do Sebrae consoli-
daram o sucesso da Expogestão em sua décima edição.
A densidade dos conteúdos marcaram o evento em
Joinville, já consagrado como um dos maiores encon-
tros empresariais do Brasil.
De 11 a 15 de junho, no Centreventos Cau Hansen, em
Joinville, a Expogestão reuniu um público total aproxi-
mado de 15 mil pessoas de várias cidades brasileiras,
entre congressistas, visitantes da feira, e o público que
circulou nos workshops. O congresso empresarial mais
uma vez trouxe importantes nomes do Brasil e do exte-
rior, apresentando o que há de mais recente em termos
de gestão, futuro, inovação, governança corporativa,
criatividade, gestão da marca e comportamento.
“A Expogestão já está plenamente consagrada como
um evento estratégico e imperdível para líderes em-
presariais e empreendedores de todo o Brasil. Aqui
nós ampliamos visões, fortalecemos relacionamentos e
atualizamos tendências, unindo verdadeiramente o pen-
samento à prática da gestão empresarial”, afirma feliz
o presidente da Comissão Organizadora 2012, Christian
Dihlmann. “Vale destacar os esforços da comissão or-
ganizadora para valorizar a importância do momento
de diálogo com o palestrante e o público no final das
apresentações. Para o ano que vem queremos inovar
no formato para, além das grandes palestras, ampliar o
debate com tantas personalidades brilhantes”, afirma o
presidente da Expogestão, Alonso José Torres.
CONTEÚDO DE VALOR E BOAS PRÁTICAS PARA O GESTOR MODERNO
Expediente Publicação Ópera Eventos Corporativos – realizadora da Expogestão. Produção: EDM LOGOS Comunicação Corporativa. Textos: Bruna Nicolao, Carla Lavina, Dalires Somavilla, Jouber Castro (Colaboração), Izabele Balbinotti, Jair Morello, Malu Salgueiro, Rayana Borba, Simone Gehrke e Sara Menezes. Edição: Bruna Nicolao e Simone Gehrke (6078/RS). Fotografias: André Kopsch, Chico Maurente e Marcelo Kupicki.
Patrocínio Apoio oficial
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Ofundador do Doutores da Alegria, Welling-
ton Nogueira (foto), contou um pouco de sua
história na abertura da Expogestão para mostrar que
é possível, sim, espalhar alegria em todos os luga-
res. Ao apresentar o tema “Trabalho e propósito de
vida, do bem-estar ao sucesso profissional”, argu-
mentou que alegria é mais do que dar gargalhadas
ou contar piadas: “é resultado de uma comunicação
bem estabelecida. É entender a necessidade do ou-
tro e estar disposto a agir para supri-la, com a mente
aberta, sem preconceitos”.
Mesmo que as ações individuais possam parecer pe-
quenas, Wellington salientou que é preciso acreditar.
Para reforçar esse conceito, citou a célebre frase de
Madre Teresa de Calcutá: ”Por vezes sentimos que
aquilo que fazemos não é senão uma gota de água
no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma
gota”. Ao falar do início de seu trabalho, emocionou a
plateia ao provar que a alegria põe crianças hospita-
lizadas em contato com seu lado mais saudável e dá
forças para que elas possam lidar com a internação.
“Quando percebemos que, mesmo nos hospitais, em
locais onde a vida, muitas vezes, está se esgotan-
do, a alegria tem espaço, será que no trabalho não é
possível ser feliz?”. Para Wellington, outro desafio é
contagiar todos os ambientes com esse estado de es-
pírito alegre: “Não adianta a gente levar alegria aos
hospitais e chegar em casa brigando com todo mun-
do, porque tivemos um dia difícil. Isso é incoerência”.
E ao citar incoerência, ele aproveitou para falar so-
bre sustentabilidade. “As pessoas pensam: ‘eu quero
ser um velhinho sapeca, saudável’, mas fazem coi-
sas para ficarem velhos doentes”. Da mesma forma
querem um planeta melhor, sustentável, mas conti-
nuam com hábitos consumistas, egoístas ou se omi-
tem dizendo que não têm nada a ver com isso.
“Qual a obra que você está autorando? Ao pensar
nisso, é possível resignificar a nossa relação para
um mundo sustentável”.
Por fim, Wellington falou do seu sonho de ver pa-
lhaços levando alegria em todo o lugar onde haja
necessidade: nas prisões, nas escolas, nas empre-
sas... “Não tenham medo de fazer mudanças para
ter um futuro melhor. Façam tudo com muito bom
humor. Afinal, mau humor não leva a lugar nenhum.
Ou melhor, leva para a UTI”, finalizou.
Alegria em todo lugar
QUANDO PERCEBEMOS QUE, MESMO NOS HOSPITAIS, EM LOCAIS ONDE A VIDA, MUITAS VEZES, ESTÁ SE ESGOTANDO, A ALEGRIA TEM ESPAÇO, SERÁ QUE NO TRABALHO NÃO É POSSÍVEL SER FELIZ?”
Wellington Nogueira, fundador do Doutores da Alegria.
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O E-COMMERCE TRAZ O MUNDO VIRTUAL PARA A LOJA FÍSICA, COM MAIS PRESENÇA, VENDAS, PRODUTOS, ABRANGÊNCIA E FUNCIONALIDADE.”
Foi saindo da zona de conforto e fazendo peque-
nas e grandes apostas que Romero Rodrigues
(foto), presidente da Buscapé Company, ajudou
a fundar a empresa que é líder na América Latina
e ocupa a segunda colocação no mercado de sites
de comparação de preços do mundo. Hoje, com 14
anos, a Buscapé Company é formada por 25 empre-
sas e 1.100 colaboradores.
Com 15 milhões de visitantes únicos por mês, 11 mi-
lhões de produtos e 53 mil fornecedores, a empresa
faz o seu negócio num setor que vem crescendo 30%
ao ano. “O e-commerce traz o mundo virtual para
a loja física, com mais presença, vendas, produtos,
abrangência e funcionalidade”, destacou Rodrigues,
na palestra “Novos mercados, comportamentos e
maneiras de fazer negócios”, na Expogestão 2012.
Além disso, já é realidade para todas as classes so-
ciais. “Em 2011 foram 10 milhões de compradores
on-line, com destaque para o aumento entre as clas-
ses C, D e E, principalmente por meio dos sites de
compras coletivas”, apontou Romero.
Para ele, o smartphone mudou o jogo, mostrando-se
como uma ferramenta para compras jamais vista an-
tes. “De 0,5% em 2011, hoje 10% das visitas do site
Buscapé são via smartphone”, revela. Independente
de como o consumidor acessa o site, uma premissa
é básica para todos os colaboradores: acompanhar o
consumidor ao longo de todo o processo de compra.
“Queremos que ele compre melhor, da forma mais
inteligente e com mais qualidade”, destacou.
E por falar em colaboradores, a idade média deles na
Buscapé Company é de 25 anos. “É um grande de-
safio gerenciar esta geração e como líderes temos o
papel de inspirar”, disse Romero. Para reter talentos
a empresa é agressiva em remuneração futura, dis-
tribuindo 10% do faturamento entre os colaborado-
res. “Além disso, prezamos por um ambiente de tra-
balho estimulante, inspirador, que faça o colaborador
trabalhar com paixão, com brilho nos olhos”, pontua.
Na Buscapé, o sucesso está relacionado com a “cultura
do fracasso”, isto significa se permitir fazer pequenas
apostas. “Quanto mais rápido atingimos o fracasso,
mais rápido podemos corrigir, abandonar a ideia ou
prosseguir. Isso é sair da zona de conforto”, finaliza.
Riscos e novos negócios
Romero Rodrigues, presidente da Buscapé Company.
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Cultura da responsabilidade
O presidente da Braskem, Carlos Fadigas
(foto), em sua palestra na Expogestão falou
sobre “Cultura e filosofia corporativa na geração de
resultados”. Apresentando a relação entre a teoria
e a prática na Braskem, Fadigas levou à plateia os
resultados alcançados. Entre os dados citados, re-
lacionou as aquisições de outras empresas, o baixo
índice de turnover (2,3%), a média de tempo de casa
(12 anos), a idade média dos funcionários (40 anos)
e o orgulho de pertencer (76%).
A Braskem pratica a Tecnologia Empresarial Ode-
brecht (TOC), filosofia de trabalho fruto da experi-
ência de Norberto Odebrecht, inspirada nos con-
ceitos humanistas, com forte influência germânica,
e desenvolvida e testada nos canteiros de obras da
construtora Odebrecht. A cultura TOC traz concep-
ções que buscam a sobrevivência, o crescimento e a
perpetuidade da empresa.
No decorrer da palestra, o presidente da Braskem
defendeu os princípios e conceitos que norteiam a
forma de trabalhar da empresa. A confiança nas pes-
soas e na capacidade de realização é um desses pi-
lares. “Mais do que confiar no caráter, confiamos na
capacidade individual de cada um para que possam
crescer, se desenvolver e alcançar os resultados es-
perados”, reforçou. E é a partir deste que vem outro
conceito: o da parceria entre a organização e seus
integrantes na geração e partilha de resultados. “O
principal reconhecimento é o bônus financeiro que
cada um recebe pelas suas conquistas”, completou
Fadigas. Ainda há o desenvolvimento das pessoas
através da educação pelo e para o trabalho, quando
a empresa oferece as oportunidades para que todos
possam crescer. A descentralização com delegação
planejada é mais um dos princípios da TOC. Quando
líder e liderado definem metas, inicia-se o processo
de compromisso e responsabilidade que traz resulta-
dos positivos para todos. Fadigas também destacou
o papel da liderança: “Queremos que cada líder te-
nha o papel de educador presente e que tenha mais
do que seguidores. Ser líder é formar empresários,
novos e melhores líderes”, argumentou.
MAIS DO QUE CONFIAR NO CARÁTER, CONFIAMOS NA CAPACIDADE INDIVIDUAL DE CADA UM PARA QUE POSSAM CRESCER, SE DESENVOLVER E ALCANÇAR OSRESULTADOS ESPERADOS.”
Carlos Fadigas, presidente da Braskem.
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AS DECISÕES DAS CIDADES MÉDIAS VÃO CONFIGURAR A GEOPOLÍTICA DO MUNDO DOS NOSSOS NETOS”
600 cidades, principalmente de médio porte, se-
rão responsáveis por 60% do PIB do planeta em
2025. Serão US$ 64 trilhões”. Com esse cartão de
visitas, Jaana Remes (foto), membro sênior do
McKinsey Global Institute (MGI), o braço de pes-
quisa de uma das consultorias de negócios mais im-
portantes do mundo, abriu a palestra “Cenários e ten-
dências: Brasil e Mundo”, com Vicente Assis (foto),
country manager da McKinsey no Brasil e Líder
de Prática de Operações na América Latina. A
mensagem principal da é que a irreversibilidade do pro-
cesso de urbanização está pulverizando a concentração
do PIB, fazendo com que, local e globalmente, cada vez
mais cidades de médio porte sejam responsáveis pelo
giro econômico, majoritariamente em países emergen-
tes como China e Índia. Outra lição importante é prestar
atenção às especificidades de cada mercado, pois elas
regerão as potencialidades de consumo e as oportuni-
dades em cada região.
“As soluções de habitação e transporte adotadas por
cidades médias, por exemplo, servirão de modelo para
os outros lugares. A demanda de energia desses aglo-
merados urbanos vai determinar seu custo. As decisões
das cidades médias vão configurar a geopolítica do
mundo dos nossos netos”, resume Jaana. Essa curva,
na visão dos consultores do MGI, deve se estender por,
no máximo, mais duas décadas. Momento para crescer:
em breve, o envelhecimento da população dos países
emergentes vai se intensificar, com menos trabalhado-
res e consumidores.
No Brasil, o fenômeno se repete. Até 2025, as cidades
entre 20 e 500 mil habitantes corresponderão a 50% do
crescimento da economia nacional. Vicente Assis fecha
ainda um pouco mais o foco: 500 dessas cidades, so-
zinhas, representarão quase 40% do crescimento. Ele
complementa: “O avanço da classe média proporciona
o aumento do consumo de serviços que não são de pri-
meira necessidade. Nós prevemos que os mercados
de protetor solar e produtos pet, por exemplo, devem
crescer na casa dos 200%”. A mensagem final de Jaana
é um convite aos empreendedores: “Globalmente, as
cidades que contam com uma classe empresarial ativa
crescem mais rápido”.
Potencial dos emergentes
Jaana Remes, membro sênior do McKinsey Global Institute (MGI).
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O segredo de sucesso do Walmart
M arcos Samaha (foto), presidente do
Walmart Brasil falou aos congressistas da
Expogestão sobre as estratégias utilizadas pela com-
panhia para se manter no topo da lista dos maiores
varejistas dos Estados Unidos, com a palestra “Os se-
gredos das empresas de sucesso”. O mais importante
segredo, segundo o executivo, é ter preço baixo todo
o dia, seguindo o círculo de operar pelo menor custo,
comprar pelo menor preço, vender por menos e au-
mentar as vendas. “Para ter sucesso é necessário ter
consistência e sustentabilidade a longo prazo. Com-
prar barato e vender barato. O resultado vem com
as vendas em grande escala”, destacou Samaha,
apresentando o desempenho do Walmart a partir da
década de 70, quando ocupava a 7ª posição.
Nos últimos 20 anos a companhia se mantém como a
maior varejista, sem retrocesso em venda e lucro por
ação em nenhum trimestre nesse período. “É a quebra
do paradigma da margem de lucro. Muitas empresas a
mantêm muito alta e depois não conseguem atingi-la. É
preciso ser produtivo e econômico”, ensinou.
Em vários momentos da palestra, Marcos Samaha
mencionou exemplos de Sam Walton, o fundador
do Walmart há 50 anos. Uma das lições de Wal-
ton, citada pelo executivo, é pensar como empresa
pequena, cuidando de cada cliente e de cada loja
como se fossem únicos.
O presidente disse ainda que cada pessoa deve des-
cobrir por si mesmo o segredo do sucesso, analisan-
do o seu empreendedorismo, seus erros, acertos e
experiências. “Para ter sucesso é preciso ser inova-
dor, quebrar paradigmas, explorando áreas novas.
Por isso o Walmart se instala em lugares mais dis-
tantes”, revela Samaha.
Ser feliz no local de trabalho é outro segredo do su-
cesso da rede de supermercados, na interpretação
de Marcos Samaha. Para isso aconselha os profis-
sionais a olhar os fracassos com bom humor e rela-
xar, deixando as pessoas ao redor mais tranqüilas e
motivadas para melhorar com os erros.
O Walmart está presente em 27 países e emprega
2 milhões e 200 mil funcionários em mais de 10 mil
lojas que lhe renderam um faturamento de U$ 444
bilhões em 2011.
PARA TER SUCESSO É NECESSÁRIO TER CONSISTÊNCIA E SUSTENTABILIDADE A LONGO PRAZO.”
Marcos Samaha, presidente do Walmart Brasil.
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C riatividade tem um lado de insight, mas tam-
bém é obtida com muita garra e determina-
ção. Esta foi a principal mensagem deixada pelo
neurocientista Jonah Lehrer (foto), na palestra
“Como Decidimos e como criamos”, na Expogestão
2012. Segundo o jornalista e autor de best-sellers,
precisamos de insights para resolver os problemas
mais difíceis, onde as conexões são mais remotas,
e nestes casos, não adianta se concentrar no tema
em frente ao computador.
“Estudos mostram que as ondas alfa, que nos pro-
porcionam a revelação necessária para solucionar
questões complexas, dependem de momentos de
relaxamento, que não vem quando estamos com a
atenção concentrada nos ruídos do mundo”.
Lehrer afirma que a resposta surge quando não es-
peramos por ela e assim que aparece, temos capa-
cidade de identificá-la. “Criatividade é o resíduo do
tempo desperdiçado, como dizia Einstein”, enfatiza.
Por outro lado, Lehrer destacou que, obtido o insight
inicial, é necessário trabalho duro para lapidar uma
idéia criativa, e lembrou que, nesta fase, a persistên-
cia e as horas de estudo, tentativa e erro realmente
fazem diferença. “Para desenvolver a garra, faça es-
colhas fáceis, nas quais tenha um interesse genuíno,
e trabalhe duro, como os atletas”.
A boa notícia é que “a mente humana tem sensações
de conhecimento, uma espécie de intuição, para
definir quais problemas exigem ondas alfas e quais
precisam de garra”.
Segundo o neurocientista, para resolver os desafios
cada vez mais difíceis que restaram, precisamos da
criação coletiva. A reunião presencial, que estimula a
interação, é recomendada, mas o brainstorming não
é a melhor ferramenta a ser utilizada porque inibe a
crítica, e esta, quando feita de maneira construtiva,
nos inspira a ir mais fundo nos problemas, pensar de
maneira mais complexa e ter mais e melhores ideias.
“As tendências indicavam que o trabalho seria à dis-
tância, mas pesquisas mostram que as ideias mais
importantes surgem quando muitas pessoas dividem
o mesmo espaço. Criatividade tem a ver com acaso.
Novas ideias surgem quando dividimos ideias anti-
gas. Por isso as cidades são organizações sociais
mais criativas e duradouras do que as empresas”.
PESQUISAS MOSTRAM QUE AS IDEIAS MAIS IMPORTANTES SURGEM QUANDO MUITAS PESSOAS DIVIDEM O MESMO ESPAÇO.”
Insight, garra e conversa, componentes da Criatividade
Jonah Lehrer, neurocientista.
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P orque as empresas precisam de Governança?”,
questionou David Cohen, editor-chefe da re-
vista Época Negócios na abertura do painel “Boas
práticas de gestão e governança”. A pergunta guiou as
reflexões dos três participantes. “Todas as empresas
tem a sua governança, independente do tamanho. O
importante é ter boas práticas”, destacou Sidney Ito,
sócio-líder em Governança Corporativa e Gestão
de Riscos da KPMG Brasil e América do Sul.
Alberto Whitaker, conselheiro empresarial e es-
pecialista em Governança Corporativa, enfatizou
os quatro pilares da Governança Corporativa – trans-
parência, equidade, prestação de contas e respon-
sabilidade corporativa – e disse que ela não é uma
ciência exata. “Por isso as práticas adotadas variam
de uma empresa para a outra, dependendo da estra-
tégia e da estrutura acionária”.
O grupo foi unânime ao expressar que a perpetui-
dade do negócio é o grande objetivo deste processo
e Ito reforçou a importância das boas práticas para
a obtenção de financiamentos com prazos e taxas
atrativas. “A primeira importância do Conselho é aju-
dar o presidente na tomada de decisão. Ele deve ser
formado por pessoas dedicadas, que tenham tempo
para dar atenção às demandas da empresa e o ide-
al é que haja um sistema de avaliação periódica do
Conselho”. Whitaker destaca que o número e as ex-
pertises requeridas dos conselheiros dependem do
momento que a empresa vive.
Guilherme Weege, diretor-presidente do Grupo
Malwee, disse que “é um conforto para um presi-
dente ter um conselho de administração com pes-
soas que trazem um olhar de fora para a empresa”,
mas ponderou que “ser conselheiro não é um direi-
to de berço para o acionista, dá trabalho e tem que
haver uma preparação prévia”. Segundo Weege, o
conselho impõe uma disciplina para a empresa que
contribui para que todas as questões importantes se-
jam analisadas e endereçadas.
Para que a governança traga bons frutos para o ne-
gócio, os participantes destacaram que os agentes
deste processo – presidente, conselheiros e acionis-
tas – devem ter consciência e agir de acordo com
suas responsabilidades.
Governança Corporativa: porque fazer?
SER CONSELHEIRO NÃO É UM DIREITO DE BERÇO PARA O ACIONISTA, DÁ TRABALHO E TEM QUE HAVER UMA PREPARAÇÃO PRÉVIA.”
Guilherme Weege, diretor-presidente do Grupo Malwee.
Participaram do painel (da esq. p/ dir.) David Cohen (Época Negócios), Guilherme Weege (Malwee), Alberto Whitaker (Conselheiro) e Sidney Ito (KPMG)
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Adiscussão sobre beleza é eterna: desde os tem-
pos mais antigos o homem já se questionava
sobre a sua própria imagem. Entretanto, a essên-
cia da cirurgia plástica vai além do aspecto estéti-
co. “Precisamos salvar vidas e também reintegrar
a vítima traumatizada ao convívio social, trazendo
paz interior e harmonia com o universo”, destaca
Ivo Pitanguy (foto), em sua palestra “A excelência
como marca de vida”. Mas nem sempre se pensou
assim. Retornando de uma jornada de estudos pela
Europa, o médico tentou introduzir a cirurgia plástica
no Brasil quando a maioria dos doutores via o pro-
cedimento como algo fútil. Até que em 1961 o Rio
de Janeiro presenciou um grandioso incêndio que
deixou mais de 500 mortos, cerca de 600 feridos e
120 mutilados, que precisaram da cirurgia plástica
para recompor suas imagens.
Passados 50 anos, os desafios continuam para Pi-
tanguy, que é médico, cirurgião plástico e tam-
bém professor. “Os ecos da Rio+20 trazem à tona
os problemas relacionados ao meio ambiente e pre-
cisamos estar preparados para acompanhar a nova
expectativa de vida que se desenha”, relaciona,
complementando que o processo de envelhecimento
ainda é um mistério e que a cirurgia plástica pode
apenas suavizar as marcas da vida. “Não fazemos
milagre, apenas melhoramos o corpo humano”. E
as expectativas para a evolução deste procedimento
aumentam à medida que a discussão sobre a criação
de novas substâncias químicas e manipulação gené-
tica se intensificam: “Hoje já conseguimos recons-
truir mãos, mamas e nariz”.
Diferente dos artistas, o trabalho realizado na clíni-
ca Ivo Pitanguy não é solitário. “Somos uma equipe
formada por diversos profissionais e contamos com
o suporte da assistência social, pedagogia e psicolo-
gia”, explica. E é o trabalho em equipe que permite
a Ivo alcançar a excelência nos serviços prestados,
recuperando e diminuindo cada cicatriz e principal-
mente possibilitando ao ser humano retomar sua paz
interior e harmonia com a o meio ambiente.
Excelência para reconstruir auto-estima
PRECISAMOS SALVAR VIDAS E TAMBÉM REINTEGRAR A VÍTIMA TRAUMATIZADA AO CONVÍVIO SOCIAL, TRAZENDO PAZ INTERIOR E HARMONIA COM O UNIVERSO (...) HOJE JÁ CONSEGUIMOS RECONSTRUIR MÃOS, MAMAS E NARIZ.”
Ivo Pitanguy, médico cirurgião plástico.
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O diretor de Marketing para Mercados
Emergentes da Nike, Arturo Nuñez (foto),
fechou a Expogestão 2012 falando sobre as estra-
tégias da marca que já faz parte da cultura mundial
e é referência em branding. A empresa aposta nos
maiores eventos, Copa do Mundo e Olimpíadas, para
ampliar a sua atuação no Brasil e vai inaugurar uma
megaloja exclusiva da marca no Rio de Janeiro.
O tripé Esporte, Tecnologia e Emoção está no DNA
da Nike, que fez dos melhores atletas do mundo não
apenas seus garotos-propaganda, mas também seus
colaboradores no desenvolvimento de produtos ino-
vadores. Nomes como Michael Jordan, no basque-
te, e Ronaldo Fenômeno, no futebol, contribuíram
para desenvolver produtos mais leves, resistentes
e tecnológicos. Aliás, a colaboração entre Ronaldo
e a Nike foi apontada por Arturo Nuñez como um
divisor de águas no posicionamento da empresa no
Brasil. Agora, a nova aposta da marca é Neymar, o
atacante prodígio do Santos.
Ele apresentou filmes para TV que fazem parte da
história da Nike, como a seleção brasileira driblando
os seguranças no aeroporto e o centenário do Corin-
thians, do ponto de vista da torcida. Segundo Nuñez,
o Brasil é um dos mercados mais importantes do
mundo para a Nike e é prioridade entre os merca-
dos emergentes. No caso da Nike, a classificação de
mercados emergentes inclui, além dos BRICs (Brasil,
Rússia, Índia e China), toda a América Latina e ou-
tros países em desenvolvimento na Ásia.
Na estratégia de publicidade e branding, a Nike con-
tinua buscando uma conexão emocional com os seus
clientes, no entanto, novas tecnologias digitais estão
sendo usadas para ampliar a experiência e a interati-
vidade. No seu mais novo vídeo – além da fotografia
e edição primorosas - há onze “túneis interativos”
onde o cliente pode conhecer mais a história da
empresa, fazer compras, interagir com os craques
do futebol mundial e participar de jogos online.
Esta experiência de interação com o público está
sendo migrada do mundo digital também para os
pontos de venda. “Acabou o monólogo. Agora é só
diálogo”, afirmou.
O futuro do branding
NA ESTRATÉGIA DE PUBLICIDADE E BRANDING, A NIKE CONTINUA BUSCANDO UMA CONEXÃO EMOCIONAL COM OS SEUS CLIENTES, NO ENTANTO, NOVAS TECNOLOGIAS DIGITAIS ESTÃO SENDO USADAS PARA AMPLIAR A EXPERIÊNCIA E A INTERATIVIDADE
Arturo Nuñez, diretor de de Marketing para Mercados Emergentes da Nike.
julho2012
especial expogestão
Em 2012, a Feira de Produtos, Serviços e Solu-
ções Empresariais tornou-se ainda mais conso-
lidada com a presença de mais de 100 empresas,
distribuídas em aproximadamente 60 estandes. O
destaque deste ano foi para as sessões de negócios,
organizadas pelo Sebrae e realizadas no mesmo am-
biente. As sessões são resultado de uma metodolo-
gia criada pela entidade para unir empresários dos
mais diversos setores, a fim de prospectarem novos
negócios em rápidas rodadas de apresentações de
seus produtos e serviços.
Os workshops também movimentaram intensamente a
feira compartilhando experiências, conhecimento e ca-
ses de sucesso. Cerca de 2 mil pessoas assistiram as
mais de 40 palestras gratuitas apresentadas pelas em-
presas expositoras, apoiadoras e parceiras do evento.
Diversidade de segmentos e convergência de públicos
Percepções de empresários e gestores
FOI A PRIMEIRA VEZ QUE PARTICIPAMOS E ESTAMOS GRATIFICADOS. HÁ UM BELO VOLUME DE PESSOAS IMPORTANTES E COM REPRESENTAÇÃO DENTRO DAS EMPRESAS. É UM ESPAÇO ORGANIZADO E COM BASTANTE VISIBILIDADE. QUEM PARTICIPOU TEVE UM GRANDE RETORNO, ASSIM COMO NÓS.”
O GRUPO RBS PARTICIPA DA EXPOGESTÃO HÁ OITO ANOS POR SER UM EVENTO COM SINÔNIMO DE COMPETÊNCIA NA EXECUÇÃO, NO CUIDADO E NOS DETALHES.O MUNDO DOS NEGÓCIOS ESTÁ CADA VEZ MAIS COMPETITIVO E SOMENTE COM QUALIFICAÇÃO NA GESTÃO TEREMOS EMPRESAS DE SUCESSO. A EXPOGESTÃO TEM PAPEL DECISIVO NESSA QUALIFICAÇÃO DAS PESSOAS PARA UMA GESTÃO MAIS COMPETENTE E DE MAIS RESULTADOS.
Jorge Abi Saab Neto, diretor presidente da Unicred Central de SC.
ESTÁ NA NOSSA MISSÃO TRAZER CONHECIMENTO PARA A SOCIEDADE E A FEIRA É UM ESPAÇO DEMOCRÁTICO PARA ISSO. CONSIDERO O PONTO ALTO DA EXPOGESTÃO. ESSE EVENTO É UM MARCO NA REGIÃO SUL, UMA AÇÃO DE EMPREENDEDORISMO FRUTO DE UM CONJUNTO EMPRESARIAL FORA DOS GRANDES CENTROS BRASILEIROS. A KPGM VALORIZA MUITO ESSA INICIATIVA.
Patricia Molino, Sócia Líder da Área de People & Change da KPMG no Brasil Bruno Watte, diretor regional do Grupo RBS
O SEBRAE/SC INOVOU ESTE ANO AO TRAZER AS SESSÕES DE NEGÓCIOS, PELA PRIMEIRA VEZ DENTRO DE UMA FEIRA EM SANTA CATARINA, ALÉM DO TRADICIONAL ATENDIMENTO COM CONSULTORIAS. NUM AMBIENTE COMO ESSE, TEMOS A OPORTUNIDADE DE TER ACESSO AOS NOVOS EMPRESÁRIOS, É UM EVENTO DE SUCESSO.
É UM ESPAÇO ÚNICO PARA QUEM TEM A INTENÇÃO DE CRIAR NOVOS NEGÓCIOS E SE RELACIONAR. PARA A UNIVERSIDADE, É O MOMENTO DE OPORTUNIZARMOS UM LOCAL PARA O NETWORKING DO PROFESSOR E DO ESTUDANTE. O ESPAÇO É EXCELENTE PARA O RELACIONAMENTO COM UM PÚBLICO QUE NEM SEMPRE ESTÁ NO DIA A DIA DA UNIVERSIDADE.
Paulo Ivo Koentopp, reitor da Univille
Jaime Dias Junior, coordenador regional do Sebrae Norte/SC
Apoio
Promoção Apoio de Mídia Realização e Organização
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Evento oportuniza o relacionamento Encontro de palestrantes e empresários na Expogestão 2012. Confira alguns momentos.
Vicente Assis, country manager da McKinsey no Brasil, Nivaldo Nass, presidente da Cajadan, Mi-guel Abuhab, presidente do Conselho da Neogrid, Frank Bollmann, presidente da Tuper e Alonso José Torres, presidente da Expogestão, no jantar Vip do evento, na Casa Suiça, no Perini Business Park.
Na chegada para a abertura da Expogestão, Alonso Torres, presidente da Expogestão, Mario de Aguiar, Glauco Corte, o governador Raimundo Colombo, Udo Döhler e Alaor Tissot, presidente da Facisc.
Palestrantes do painel sobre “As boas práticas de gestão e governança”, no almoço oficial do evento: Alberto Whitaker (conselheiro empresarial), David Cohen (Época Negócios), Guilherme Weege (Malwee) e Sidney Ito (KPMG).
Bate-papo entre o palestrantes, neurocientista e autor de obras Jonah Lehrer e o diretor de Marketing para Mercados Emergentes na Nike USA, Arturo Nuñez.
No Centreventos Cau Hansen, Fabricio Roberto Pereira, da Co-missão Organizadora, Carlos Fadigas, palestrante e presidente da Braskem e Carlos Rodolfo Schneider, vice-presidente da Ciser.
Na sala VIP, antes abertura do Congresso, Christian Dihlmann, presidente da Comissão Organizadora da Expogestão 2012, Glauco Corte, presidente da Fiesc e Mário Cesar de Aguiar, presidente da Acij.
Alonso Torres, Dr. Ivo Pitanguy, palestrante do Congresso, Alaor Tissot e Dinorá Nass, da Comissão Organizadora, se encontram no jantar vip do evento, na Casa Suiça, no Perini Business Park.
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