MCI - Movimentos de Terras
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Movimentos de terras, desmontes e demolições
Condições Técnicas de Execução
Série MATERIAIS
joão guerra martins 2010
Versão provisória (não revista)
Universidade Fernando Pessoa Materiais Construção II
Movimentação de terras pág. I
Condições Gerais
Quando omisso nas Condições Técnicas Especiais e nos Mapas de Medições, são da conta do
Empreiteiro todos os trabalhos necessários para desenraizamentos, desmatações, arranques de
árvores, demolição de velhas fundações, canalizações e desvios;
a) Só serão considerados trabalhos a mais aqueles que forem completamente imprevisíveis à
data de início dos trabalhos;
b) Desmatações e desenraizamentos nunca serão considerados trabalhos a mais.
São também da conta do Empreiteiro e considerados trabalhos preparatórios:
a) As escavações e remoções de terras para implantação dos edifícios até uma profundidade
de 0,20 m e distância de transporte de 100 m;
b) Os trabalhos de aterro, rega, compactação, etc. para se alcançarem os níveis e as bases
para os diversos pavimentos;
c) O enchimento das covas deixadas pelos arranques, que será cuidadosamente executado,
de forma idêntica ao enchimento de valas para canalizações.
São ainda da conta do Empreiteiro as repetições de trabalho por motivos de aluimentos, etc., bem
como os destinados ao enxugo, quer durante o assentamento de colectores, construção de caixas,
etc..
Os preços unitários contratados não serão alterados quaisquer que sejam as facilidades ou
dificuldades que sobrevenham na execução das escavações, entendendo-se que o Empreiteiro se
inteirou devidamente, antes do concurso, das condições do trabalho que se propôs executar.
Além do anteriormente referido, encontram-se compreendidas no preço deste artigo todos os
trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução, salientando-se:
a) os trabalhos de topografia;
b) a implantação e a marcação;
c) as entivações, quando necessárias;
d) a bombagem e o escoamento de águas, incluindo as valas necessárias à sua condução
sempre que não seja apresentada em item próprio no mapa de medições;
e) a reposição de terras após a execução das fundações propriamente ditas, e a remoção das
sobrastes para zonas de aterro ou vazadouro, sempre que não conste em item próprio no
mapa de medições;
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Movimentação de terras pág. II
Índice
Critérios de Medição .................................................................................................................. 3 Materiais Encontrados ................................................................................................................ 4 Natureza do Terreno ................................................................................................................... 5 Equipamentos ............................................................................................................................. 5 Implantação e Piquetagem dos Trabalhos .................................................................................. 6 1.1. Limpeza e desmatação ..................................................................................................... 7 1.2. Decapagem da Terra Arável ................................................................................................ 8 1.3. Modelação do Terreno ........................................................................................................ 9 1.4. Escavações .......................................................................................................................... 9
1.4.1. Segurança no Trabalho ............................................................................................... 12 1.4.2. Classificação das Escavações ..................................................................................... 12 1.4.3. Condições de Alteração .............................................................................................. 24 1.4.4. Critérios de Medição ................................................................................................... 24 1.4.5. Classificação dos Terrenos ......................................................................................... 24 1.4.6. Remoção dos Produtos da Escavação ......................................................................... 25 1.4.7. Dimensões das Escavações ......................................................................................... 25 1.4.8. Intersecção de Canalizações e de Obras de qualquer Natureza .................................. 25 1.4.9. Aprovação das Escavações. ........................................................................................ 26 1.4.10. Drenagem das Escavações ........................................................................................ 27 1.4.11. Modos de Execução .................................................................................................. 28 1.4.12. Entivações e Escoramentos ....................................................................................... 29
1.5. Aterros ............................................................................................................................... 30 1.5.1. Condições Gerais ........................................................................................................ 32 1.5.2. Dimensões dos Aterros ............................................................................................... 32 1.5.3. Aprovação dos Aterros ............................................................................................... 33 1.5.4. Aterros em Contacto com Edifícios - Materiais de Aterro ......................................... 33 1.5.5. Aterros em Contacto com Edifícios - Execução ......................................................... 34 1.5.6. Aterros de Valas ou Trincheiras para Galerias Enterradas, Colectores, Canalizações ou Cabos Subterrâneos. ......................................................................................................... 34 1.5.7. Técnicas de Execução ................................................................................................. 35
1.6. Fundações .......................................................................................................................... 36
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Movimentação de terras pág. III
1.6.1. Condições Especiais de Execução de Fundações ....................................................... 36 1.6.2. Escavação para Fundações (m3).................................................................................. 38 1.6.3. Aterros sobre Fundações ............................................................................................. 38
1.7. Transporte de Terras ......................................................................................................... 39 1.7.1. Âmbito de Aplicação .................................................................................................. 39 1.7.2. Disposições Gerais ...................................................................................................... 40 1.7.3. Transportes .................................................................................................................. 41 1.7.4. Empolamento .............................................................................................................. 41 1.7.5. Outros Materiais.......................................................................................................... 42
1.8. Terraplanagens .................................................................................................................. 42 1.8.1. Regularidade das Terraplanagens ............................................................................... 43 1.8.2. Acabamentos dos terraplenos ..................................................................................... 44 1.9. Empréstimos e Depósitos ............................................................................................... 45
1.10. Enchimentos junto às Estruturas ..................................................................................... 45 1.11. Taludes ............................................................................................................................ 46 1.12. Muros de Suporte ............................................................................................................ 47
1.12.1. Drenagem .................................................................................................................. 47 1.12.2. Aterro ........................................................................................................................ 48
1.13. Anexos ............................................................................................................................. 49 1.13.1 Equipamentos ............................................................................................................. 49 Limpeza e desmatação .......................................................................................................... 53 Aterros/Desaterros ................................................................................................................ 54 Escavação .............................................................................................................................. 55 Taludes .................................................................................................................................. 56 Drenagem .............................................................................................................................. 58
2. Introdução ao Pipe Jacking e Microtuneladora .................................................................... 60
2.1. A técnica do pipe jacking………………………………..……………………………….57 2.1.1. O que é Pipe Jacking?.................................................................................................57 2.1.2. Como funciona?..........................................................................................................57 2.1.3. Sistemas de escavação………………………………………..……………..………59 2.1.4. Técnicas mais usadas na perfuração horizontal e as suas respectivas fases……..….63 2.1.4.1. Introdução - Desenvolvimento e utilização………………………………...…63 2.1.4.2. Limites da tecnologia……………………………………………………..…..63 2.1.4.3. Método de execução…………………………………………………………..63 2.1.5. Aduelas pontuais APT – Concepção……………………………………………...…65 2.1.6. Aduelas - Definição……………………………………………………………..…..69 2.1.6.1. Manufactura………………………………………………………………..…69 2.1.6.2. Calafetagem…………………………………………………………...……...70 2.1.7. Processo de injecção de gravilha para enchimento do espaço anelar de sobre
escavação……………………………………………………………………………………...…70 2.1.8. Processo de injecção…………………………………………….……………..……71 2.1.9. Perfuração com sem-fins dirigida por laser - Desenvolvimento e utilização….....…72 2.1.10. Método construtivo……………………………………………………………72 2.1.11. Pipe Jacking - Descrição geral………………………………...…………..….73 2.1.12. Estação Principal……………………………………………………………...74 2.2. Aplicações e benefícios…………………………………………………………..…76 2.2.1. Benefícios Técnicos………………………………………………………………....76 2.2.2. Qualidade e durabilidade…………………………………………………….……...76 2.2.3. Betão de alta resistência……………………………………………………...…..…77 2.2.4. Redução de prazos e custos……………………………………………………….....77
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2.2.5. Minimização de assentamentos……………………………………………………...77 2.2.6. Segurança…………………………………………………………………………....78 2.2.7. Controle e precisão………………………………………………….……………….78 2.2.8. Produtividade…………………………………………...………………………..….78 2.2.9. Aplicabilidade……………………………………………………………..……..….79 2.2.10. Quando considerar o uso de pipe jacking…………………….........………….79 2.2.11. Principais aplicações……...………………………………………………...…79
2.3. Investigação do terreno e informação das condições do solo…………...…….....….80 2.3.1. Investigação do Terrenos – Geral………………………………………………..….80 2.3.2. Estudo de Gabinete………………………..………………………………………...80 2.3.2.1. Informação dos solos necessária para projecto e respectivo custo…..........…..81 2.3.2.1.1. Estudo de campo………………………………………………...…………….81 2.3.2.1.2. Posições de Sondagens………………………………………………….....….81 2.3.2.1.3. Provisão de Informações…………………..……………………………….....81
2.4. Desenho, métodos e técnicas de construção…………..……………...……………..82 2.4.1. Poços de trabalho………………………………..…………………………….…….83 2.4.2. Pipe jacking métodos de escavação……………...………………………………….84
2.5. O Pipe jacking – tubos……………...…………………………………………………....86 2.5.1. Tubos de aço………………..…………………………………………………….....87
2.6. Comprimentos de Pipe Jacking, cargas e tolerâncias………..………………….…..88 2.6.1. Comprimentos de Jacking……………...…………………………………………....88 2.6.2. Estações intermédias………...………………………………………………………88 2.6.3. Lubrificação……………………………..…………………………………..………89 2.6.4. Cargas de Jacking……………………………………….......………...……………..89 2.6.5. Tolerâncias do Pipe Jacking…………………………………...…………………….90
3.Bibliografia………………………………………………………………………………….91
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Condições Gerais
Quando omisso nas Condições Técnicas Especiais e nos Mapas de Medições, são da conta do
Empreiteiro todos os trabalhos necessários para desenraizamentos, desmatações, arranques de
árvores, demolição de velhas fundações, canalizações e desvios;
c) Só serão considerados trabalhos a mais aqueles que forem completamente imprevisíveis à
data de início dos trabalhos;
d) Desmatações e desenraizamentos nunca serão considerados trabalhos a mais.
São também da conta do Empreiteiro e considerados trabalhos preparatórios:
d) As escavações e remoções de terras para implantação dos edifícios até uma profundidade
de 0,20 m e distância de transporte de 100 m;
e) Os trabalhos de aterro, rega, compactação, etc. para se alcançarem os níveis e as bases
para os diversos pavimentos;
f) O enchimento das covas deixadas pelos arranques, que será cuidadosamente executado,
de forma idêntica ao enchimento de valas para canalizações.
São ainda da conta do Empreiteiro as repetições de trabalho por motivos de aluimentos, etc., bem
como os destinados ao enxugo, quer durante o assentamento de colectores, construção de caixas,
etc.
Os preços unitários contratados não serão alterados quaisquer que sejam as facilidades ou
dificuldades que sobrevenham na execução das escavações, entendendo-se que o Empreiteiro se
inteirou devidamente, antes do concurso, das condições do trabalho que se propôs executar.
Além do anteriormente referido, encontram-se compreendidas no preço deste artigo todos os
trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução, salientando-se:
f) os trabalhos de topografia;
g) a implantação e a marcação;
h) as entivações, quando necessárias;
i) a bombagem e o escoamento de águas, incluindo as valas necessárias à sua condução
sempre que não seja apresentada em item próprio no mapa de medições;
j) a reposição de terras após a execução das fundações propriamente ditas, e a remoção das
sobrastes para zonas de aterro ou vazadouro, sempre que não conste em item próprio no
mapa de medições;
k) a compactação de fundos.
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O volume da escavação considerado para valorização das entrevações a pagar, não será em
qualquer caso considerado nas baldeações, aterros e transportes, pelo que se farão as deduções
correspondentes no preço composto.
Quando no mapa de trabalho for estipulado que o depósito de terras será da escolha do
Empreiteiro, sempre que omisso assim será entendido - o preço do transporte de terras
apresentado na proposta tomou essa escolha em conta, não sendo de aceitar qualquer reclamação
com base em nova localização.
Os trabalhos de aterro regado e batido a maço consistem nos aterros das valas, trincheiras e
poços abertos, o que será medido e pago pelo volume geométrico do aterro efectivamente
executado, quando não incluído no custo da escavação.
Quando nada conste em contrário, nas diferentes peças do Caderno de Encargos, as propostas
dos empreiteiros considerarão:
a) Que a medição das escavações é feita por m3; que a largura medida é a largura nominal,
isto é, a largura das alvenarias, das sapatas ou das vigas de fundação a construir;
b) Que a altura é medida desde o fundo da escavação até à cota do terrapleno projectado,
independentemente deste estar ou não realizado;
c) Que se inclui no mesmo artigo a reposição e a remoção dos excedentes.
No cálculo do volume das terras escavadas a remover, se no Caderno de Encargos outro critério
não haja sido tomado, será considerado um factor de empolamento correspondente ao tipo de
terreno escavado conforme a tabela seguinte:
Terra Branda 1,05
Terra Compacta 1,15
Terra Dura 1,20
Rocha Branda e Terra Muito Dura 1,25
Rocha Dura e Muito Dura 1,30
Este trabalho será medido e pago por m3 de terra removidas, sendo a medição feita a partir do
volume da escavação afectado do factor de empolamento;
O preço unitário da remoção das terras escavadas será constante até profundidades de 2m, sendo
aumentado de 20% por cada aumento de 2m ou fracção, quando nada tenha sido previamente
estabelecido.
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O transporte dos produtos escavados, bem como as cargas, espalhamentos e descargas, são feitos
pelos processos que mais convenham ao Empreiteiro, sem prejuízo de outros trabalhos realizados
ou a realizar.
A forma de medição será a seguinte:
a) As terras removidas por m3 de terras removidas, considerando o factor de empolamento,
a carga, descarga e espalhamento;
b) O transporte por m3 e quilómetro de distância entre a obra e o depósito acordado pela
Fiscalização - não são de considerar distâncias iguais ou inferiores a 0,1 Km.
Critérios de Medição
Os trabalhos serão medidos e pagos:
a) As terraplanagens por m2 até altura média de 0,25m, e por m3 nos restantes casos;
b) Os movimentos de terra (escavações e aterros) por m3 de terreno escavado, sem
considerar qualquer empolamento.
A medição das escavações em movimentos de terras será avaliada pelo volume geométrico de
escavação necessária à obra, isto é, em planta as dimensões serão só as correspondentes às dos
fundos, e em altura as determinadas pela Fiscalização ou constantes no projecto.
No caso do tipo do terreno a escavar ser diferente do previsto no mapa de trabalhos, o preço
unitário da escavação será revisto de acordo com os factores adiante especificados.
Os tipos de terrenos a considerar são os relacionados a seguir, sendo indicado também o
equipamento manual de desmonte mínimo que é necessário utilizar para cada um deles:
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Terra Solta ou Branda Pá
Terra Compacta Enxada
Terra Dura Picareta
Rocha Branda ou Terra Muito Dura Martelo Demolidor com Guilho - Pá
Rocha Dura e Muito Dura Martelo Demolidor e/ou Explosivo
Não será de atender qualquer reclamação do empreiteiro na classificação do terreno pelo facto de
utilizar meios de desmonte de potência superior aos realmente necessários.
Os factores de correcção dos preços unitários de escavação, são os a seguir indicados, para caso
de nas medições ou no projecto se ter indicado terreno de escavação como terra compacta
(coluna A) ou como terra dura (coluna B):
A B
Terra Solta ou Branda 0,6 0,5
Terra Compacta 1 0,8
Terra Dura 1,25 1
Rocha Branda ou Terra Muito Dura 3 2,4
Rocha Dura 8 6,4
Rocha Muito Dura 12 9,6
Quando a natureza do terreno exigir entivação e esta não tenha sido incluída nos itens
respectivos do Mapa de Medições, será o seu valor considerado entrando na medição da
escavação com um volume fictício, correspondente ao obtido multiplicando a área de um
rectângulo com a largura de 35% da altura e altura igual á da entivação, pelo desenvolvimento
em planta de cada uma das superfícies interiores da escavação. Porém para consideração desta
correcção, torna-se indispensável que a Fiscalização tenha concordado por escrito com a
necessidade da entivação, e que esta haja realmente sido executada.
Materiais Encontrados
A areia ou pedra encontrados nas escavações poderão ser empregues na obra mediante
autorização da Fiscalização, depois de acordo sobre o preço a pagar pelo empreiteiro.
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Caso não se consiga chegar a acordo, os materiais serão arrumados, mediante caderno de
encargos. Todos os materiais encontrados são pertença do dono da obra, pelo que deverão ser
entregues à Fiscalização contra recibo.
Natureza do Terreno
A classificação dos terrenos será realizada de acordo com a Especificação em vigor - "Fundações
directas correntes".
A natureza do terreno será indicada nas condições especiais.
A falta desta indicação ou qualquer erro de classificação não fundamentará qualquer reclamação,
partindo da hipótese de que o Empreiteiro se devia ter inteirado no local das condições de
realização da obra.
O preço do Empreiteiro deverá referir-se a uma média do terreno encontrado.
Equipamentos
Os equipamentos a empregar, quer em escavações, quer em aterros, deverá satisfazer ao volume,
natureza e dificuldade do trabalho a executar, mas sempre de forma a esse trabalho obedecer às
normas da boa técnica de construção e a concluir-se dentro do prazo previsto no respectivo plano
de trabalhos.
Se não constar no Projecto ou das condições Técnicas Especiais o mínimo equipamento
mecânico a utilizar nos trabalhos, ou não for cláusula do próprio concurso, o Empreiteiro obriga-
se à aprovação da Fiscalização o equipamento que pretende utilizar nesses trabalhos.
Em qualquer dos casos, se não constar do plano de trabalho, com o necessário desenvolvimento,
a planificação das terraplanagens, o Empreiteiro terá de submeter essa planificação à aprovação
da Fiscalização.
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O equipamento a utilizar nas terraplanagens, ou seja nas escavações, escarificação, aterros, rega,
compactação e transportes, deverá encontrar-se em boas condições de funcionamento de forma a
permitir a continuidade de trabalho previsto no plano. Se tal não se verificar, a Fiscalização
poderá exigir a substituição dessas unidades, ou mesmo o seu aumento independentemente da
aprovação a que se refere o parágrafo primeiro da condição anterior, de forma aos trabalhos
poderem prosseguir normalmente e concluírem-se portanto dentro do prazo proposto.
O equipamento a utilizar não deve, pela sua forma, dimensões ou peso, provocar danos às obras
em curso ou às construções existentes.
A passagem dos meios de transporte sobre os aterros executados na obra deve fazer-se tanto
quanto possível em percursos diferentes, de forma a obter-se uma melhor compactação das zonas
aterradas.
Os danos causados nas vias públicas, os embaraços ao trânsito ou quaisquer outras
responsabilidades perante terceiros, resultantes do tipo de equipamento e das operações do
transporte de terras serão encargo do Empreiteiro.
Implantação e Piquetagem dos Trabalhos
Antes do inicio dos trabalhos, o dono de obra ou o seu representante “fiscalização”, deve
fornecer as bases topográficas que serviram de apoio á marcação da obra.
Procederá então a equipa de topografia á verificação dessa base, se não se verificarem erros,
procede-se então a marcação da obra.
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A marcação da obra deve ir ao encontro das necessidades do desenrolar da mesma, sendo
cada marcação efectuada em obra comunicada á fiscalização, antes do inicio de qualquer
trabalho de terraplanagem ou outros.
O Empreiteiro, antes do início da obra, procederá à sua implantação de acordo com o
estabelecido neste Caderno de Encargos.
Antes do início dos trabalhos o Empreiteiro deverá dar imediato conhecimento à Fiscalização de
qualquer erro de dimensionamento que verifique no projecto, cabendo á fiscalização toda a
responsabilidade pelas correcções encontradas.
O Empreiteiro deverá ter na obra o material topográfico necessário à implantação e verificação
dos trabalhos.
O trabalho será iniciado pela implantação dos eixos gerais, dos eixos de cada elemento e pela
implantação de uma marca de nivelamento cimentada em local onde se possa conservar até ao
final da obra. A verificação pela Fiscalização não iliba o empreiteiro de erros que porventura
tenham sido cometidos.
1. Condições para execução de terraplanagens
1.1. Limpeza e desmatação
Toda a área de intervenção da obra deve ser limpa e desmatada, ficando só a vegetação
subarbustiva e herbácea, removendo-se posteriormente na fase de decapagem.
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Para uma perfeita limpeza do terreno temos que remover toda e qualquer vegetação da área que
será ocupada pela obra que pretendemos fazer. Não basta tirar apenas o mato que está em cima
do terreno. É necessário tirar as raízes e, conforme o caso, tirar também a terra vegetal que tenha
muitas folhas, galhos e raízes
Havendo árvores, só remova após conseguir autorização por escrito da Câmara Municipal.
Além da parte que fica para fora da terra, devem ser removidas as raízes pois as raízes irão
apodrecer com o tempo, criar um oco e o terreno vai ceder.
1.2. Decapagem da Terra Arável
As áreas de terrenos a intervir “escavar ou aterrar”, devem ser decapadas da terra arável ou terra
vegetal, geralmente numa camada de 200 mm de espessura, não sendo esta espessura suficiente,
deve-se escavar até encontrar terra sem matéria orgânica. Estas terras decapadas servem
normalmente para aplicar na própria obra, para revestimento de taludes e jardins, não sendo
considerada terra própria para estes fins, deve ser armazenada em locais previamente definidos
pela fiscalização.
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1.3. Modelação do Terreno
O Empreiteiro deve proceder à modelação do terreno, permitindo a boa circulação em obra de
máquinas e pessoas, no entanto este trabalho não deve ser muito minucioso, a fim de evitar
custos suplementares, visto que o mesmo local vai ser terraplanado “escavado ou aterrado”, a
modelação terá em conta o sistema de drenagem superficial dos terrenos marginais.
Após a decapagem (remoção da camada de terra vegetal e desmatação arbórea) são
realizados os trabalhos de escavação e aterro. Sempre que os solos provenientes da escavação ten
ham boas características, são utilizados directamente no preenchimento das
deficiências existentes na mesma secção, operação esta que se designa por compensação transver
sal de volumes.
Figura 1 – Movimentação transversal de terras
1.4. Escavações
a) A escavação é sempre acompanhada pela topografia, a fim de garantir as cotas de projecto. O
inicio da escavação ou aterro é sempre marcado pela topografia para garantir um bom
arranque dos trabalhos, posteriormente acompanhado para garantir que o projecto se cumpra.
Caso os trabalhos sejam em escavação, estes não devem ir abaixo da cota de projecto, deve-
se analisar primeiro o solo, para garantir que o solo encontrado serve ou não de base ou sub-
base, se o solo não for bom para base, deve ser retirado e reposto com solos seleccionados
para este fim.
b) A escavação deve sempre desenvolver-se para que seja assegurado um perfeito escoamento
superficial das águas. Se no decorrer das escavações for encontrada água nascente ou de
infiltração, tal facto deve ser imediatamente considerado, no caso de o Projecto não prever a
respectiva drenagem. A escavação, entretanto, deve ser mantida livre de água por intermédio
de bombagem ou outro meio. A fiscalização poderá determinar a construção provisória de
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drenos ou valas de drenagem para interceptarem ou desviarem as águas superficiais que
possam prejudicar a segurança ou sequência do trabalho;
c) A compactação deve obedecer aos parâmetros exigidos no caderno de encargos, se isso não
se verificar é da responsabilidade do empreiteiro, remover ou escarificar a camada em
questão, voltar a compactar até obter os valores pré definidos no caderno de encargos.
d) A qualidade dos materiais das escavações da obra a aplicar em aterro (e dos empréstimos)
deve ser verificada de maneira contínua durante o trabalho. Se a qualidade diferir do
especificado, essa circunstância deve ser devidamente considerada, nomeadamente no
dimensionamento do pavimento;
e) Os materiais escavados deverão ser seleccionados de forma a poderem ser utilizados nos
aterros. A fiscalização sempre que o entender, poderá para comprovação desses materiais a
utilizar nos aterros, exigir os ensaios prescritos na norma em vigor (sem prejuízo de outras
normas, recomendações e regulamentos nacionais ou europeus que sejam aplicáveis);
f) O material seleccionado deverá ser transportado directamente, sempre que for praticável, do
local da escavação para o local da sua utilização.
Caso se imponha o depósito do material seleccionado para posterior utilização, correrão esses
trabalhos, desde a sua escavação até à sua aplicação, à responsabilidade do Empreiteiro, o
que aliás deve por este estar previsto, quer quando da elaboração da sua proposta, quer
quando da elaboração do respectivo plano de trabalhos;
g) Quando se encontrarem afloramentos de rocha, de argila ou outros materiais impróprios para
servir de base de um aterro, deverão ser removidos até a profundidade a determinar pela
Fiscalização. As escavações resultantes dessas remoções, deverão ser aterradas com material
apropriado obtido das zonas de escavação ou de locais de empréstimo e devidamente
compacta;
h) Quaisquer assentamentos ou desmoronamentos que venham a verificar após o acabamento do
trabalho de escavações e que se constate que podiam ter sido evitados mediante métodos
apropriados, deverão ser reparados à custa do Empreiteiro. No caso de se considerarem
inevitáveis, deverão os respectivos trabalhos de restabelecimento e de consolidação serem
pagos pelo preço ou preços unitários correspondentes do movimento de terras;
i) Quando em trabalhos de escavação tiver de se proceder à remoção de estruturas existentes de
modo a permitir a sequência dos trabalhos, os produtos provenientes dessa demolição serão
transportados para fora do local da obra e a designar pela Fiscalização, salvo os materiais que
esta reconheça que possam vir a ser utilizados pelo Empreiteiro, em algumas situações
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procede-se a sua reciclagem para posterior aplicação em obra, (caso estes materiais não
sejam considerados perigosos os que contaminem o restante solo).
j) Todas as zonas de escavação provenientes dessas demolições, depois de devidamente limpas
de entulhos e outras substâncias impróprias para aterros, deverão ser preenchidas com
material apropriado e convenientemente compactado, segundo as indicações da Fiscalização;
k) Na abertura de caboucos para fundações deverá previamente a topografia marcar os
alinhamentos e cotas de fundação.
l) O Empreiteiro, segundo a natureza do terreno, deverá dar às paredes dos caboucos o talude
que se impuser, escorando-os se tal se tornar necessário, trabalho este da sua inteira
responsabilidade, podendo a Fiscalização, caso o Empreiteiro não tome essas providências,
impor esses trabalhos;
m) Competirá ainda ao Empreiteiro executar à sua custa todos os trabalhos de drenagem, quer
durante a abertura dos caboucos quer durante a execução das fundações;
n) Não será em caso algum entendida qualquer reclamação referente à natureza dos produtos a
escavar, ficando entendido que o Empreiteiro se inteirou no local de todas as condições de
execução dos trabalhos;
o) Sendo o regime da empreitada por preço global, constitui encargo do Empreiteiro a
realização dos trabalhos de escavação e das respectivas obras acessórias, nas quantidades de
trabalho previstas no contrato, no projecto ou no caderno de encargos;
p) Constituirão trabalhos a mais ou a menos, os relativos a escavação e respectivas obras
acessórias, resultantes da diferença entre o previsto e o executado quanto ao tipo de
escavação, à natureza do terreno e às quantidades e condições de trabalho;
q) Em qualquer regime de empreitada, os erros ou omissões de projecto ou do caderno de
encargos, relativos ao tipo de escavação, à natureza do terreno e às quantidades e condições
de trabalho não poderão servir de fundamento à suspensão ou interrupção dos trabalhos,
constituindo obrigação do Empreiteiro dispor oportunamente do equipamento necessário;
r) Deve-se sempre nivelar e compactar bem a camada de apoio das fundações, não sendo
permitido o inicio da betonagem antes da fiscalização examinar e aprovar esta camada de
apoio;
s) Não serão pagas subescavações provenientes de derrocadas motivadas pela não realização de
entivações em tempo oportuno;
t) As cotas e os perfis de escavação indicados no projecto estão sujeitos às correcções que o
dono da obra julgar necessárias por imposição das condições geológicas encontradas durante
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a execução dos trabalhos, não podendo essas alterações dar origem a qualquer reclamação do
Empreiteiro;
u) Em caso algum será permitido o uso de explosivos como processo de desmonte dos solos
existentes;
v) Quaisquer elementos a retirar ou desviar, pertença de entidades oficiais (como canalizações,
cabos, postes, etc.), deverão somente ser retiradas ou desviadas pelas entidades respectivas.
1.4.1. Segurança no Trabalho
O empreiteiro deverá ter um técnico de HST, responsável por todos os trabalhadores e Máquinas
que estejam em obra.
Na execução da obra, respeitar-se-ão as disposições constantes nas C.T.Especiais.
1.4.2. Classificação das Escavações
Com base no comprimento da fundação, na sua largura, e na profundidade medida na vertical do
nível do terreno tal como se apresenta aquando do início das escavações, definem-se para estas
os seguintes tipos:
a) Vala: Largura não superior a 2 metros e profundidade não superior a l metro;
b) Trincheira: Largura não superior a 2 metros e profundidade superior a 1 metro; ou largura
superior a 2 metros e profundidade superior a metade da largura;
c) Poço: Comprimento e largura sensivelmente iguais, e profundidade superiora 1 metro;
d) Escavação superficial: largura superior a 2 metros e profundidade não superior a metade
da largura.
Consideram-se escavações a seco as que são executadas sob uma camada de água inferior a l0
cm e escavações debaixo de água as que são executadas sob uma camada de água superior a l0
cm, estas considerações podem ainda ser diferentes de obra para obra, mediante cada caderno de
encargo.
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Movimentação de terras Pág.13
1.4.2.1. Escavações em Terreno não Rochoso
A escavação deve libertar inteiramente o espaço previsto no projecto, não sendo admissíveis
diferenças por defeito.
As diferenças por excesso, em planta, não devem ultrapassar 5 cm para as escavações em vala e
10cm para as escavações em trincheira, por poços e superficiais.
As diferenças por excesso, em relação aos níveis fixados no projecto, devem ser inferiores a 5
cm para todos os pontos do fundo das escavações.
Sempre que se empreguem meios mecânicos de escavação e extracção das terras, esta será
interrompida antes de se atingir a posição prevista para o fundo e para as superfícies laterais, de
forma a evitar o re-mechimento do terreno pelas garras das máquinas. O acabamento da
escavação será efectuado manualmente ou por qualquer processo que não apresente aquele
inconveniente.
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Movimentação de terras Pág.14
1.4.2.2. Escavações em Terreno Rochoso
A escavação deve libertar inteiramente o espaço previsto no projecto, não sendo admissíveis
diferenças por defeito.
As diferenças por excesso não devem ultrapassar 20 cm nas escavações em que sejam utilizados
explosivos e 10 cm nas restantes.
Nas escavações que não se destinam a receber alvenarias ou betões, as irregularidades do fundo
serão preenchidas posteriormente por pedra e areia fortemente compactadas, de modo a obter-se
um fundo plano à cota fixada no projecto.
Nas superfícies laterais das escavações, o Empreiteiro deverá proceder à remoção dos blocos que
corram perigo de desmoronamento.
Todas as diferenças, por excesso ou por defeito, serão rectificadas por conta do empreiteiro.
1.4.2.3. Escavações em Terrenos Infectados ou Infestados
Se nas escavações for encontrado terreno infectado por fungos ou infestados por insectos, o
Empreiteiro deve notificar imediatamente o dono da obra. Este indicará as medidas a tomar para
assegurar a salubridade do(s) estaleiro(s) e pessoal e se for caso disso, a salubridade da futura
construção.
1.4.2.4. Escavações para Implantação
A escavação para implantação de um determinado edifício, consiste na escavação do solo até se
atingir a profundidade ou a cota necessária á sua implantação.
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Movimentação de terras Pág.15
Este trabalho de escavação ou desmonte, diferem dos serviços de terraplanagem, uma vez que
estes envolvem também as etapas de transporte e aterro. No entanto, apresentam bastantes
semelhanças, sobretudo por lidarem com o mesmo material (o solo) e por compartilharem o uso
de determinados equipamentos, como veremos mais adiante.
Quando se efectua uma escavação para implantação de um edifício deveremos ter sempre em
atenção a segurança dos trabalhadores e sempre que possível deveremos alargar essa escavação
de modo a garantir essa segurança.
1.4.2.5. Escavações para Fundações
As fundações têm como principal objectivo receber as cargas provenientes da superstrutura e
transmiti-las ao terreno. Consistem no elemento fundamental à estabilidade das estruturas. A
escolha do tipo de fundação deverá basear-se num estudo geológico - geotécnico ao terreno, que
permita avaliar a sua constituição em profundidade e resistência mecânica.
Pormenor tipo de uma sapata de fundação:
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Movimentação de terras Pág.16
As fundações podem ser classificadas de acordo com:
• Profundidade – superficiais/directa, semi-directas (poços) ou indirectas/profundas.
Directa – quando o solo apresenta uma boa resistência mecânica à superfície H < 4B;
Semi-directas (poços) – estrato resistente a profundidades 4B < H < 10B;
Indirectas (estacas) – estrato resistente a H > 10B;
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Movimentação de terras Pág.17
B – menor dimensão em planta
H – profundidade da fundação
L – comprimento da sapata
Quadro seguinte indica valores aproximados das tensões admissíveis por tipo de solo:
• Método construtivo – corrente ou especial
• Material de construção – betão, alvenaria, metálica
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Movimentação de terras Pág.18
As fundações superficiais são aquelas em que as acções são transmitidas ao solo apenas pela face
inferior do elemento de fundação, distinguindo-se como:
• Sapatas isoladas: apresentam dimensão em planta quadrada ou rectangular pouco alongada,
podendo ser centradas ou excêntricas. Ideal quando temos cargas concentradas e afastadas,
nomeadamente na base de pilares. As sapatas normalmente são executadas em betão armado e
devem ser ligadas por lintéis de fundação para evitar assentamentos diferenciais, melhorando o
comportamento do conjunto.
• Sapatas contínuas: adoptadas quando em presença de cargas distribuídas por elemento
estrutural apresentam em planta uma dimensão alongada. Exemplo deste tipo de sapata é a dos
muros de suporte de terras, ou em situações de pilares próximos.
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Movimentação de terras Pág.19
• Ensoleiramento geral: este tipo de sapata normalmente é usado para terrenos de fraca
resistência ou basicamente em executar uma sapata “gigante” em toda a área de implantação.
muito lamacentos, em que não é fácil garantir a estabilidade do edifício devido forte
possibilidade ocorrerem deslizamentos e também evitar a colocação de sapatas a grandes
profundidades. Consiste
Na execução de sapatas o seu faseamento construtivo, consiste em:
⇒ Escavação geral até à cota base do pavimento térreo.
⇒ Escavação na abertura de caboucos para sapatas (local).
⇒ Compactação e aplicação de betão de limpeza.
⇒ Colocação da cofragem e armaduras.
⇒ Betonagem.
1.4.2.6. Escavações para Assentamento de Cabos e Canalizações
As dimensões, tolerâncias e acabamentos destas escavações serão as correspondentes aos
trabalhos a que a escavação se destina (água, esgotos, gás, electricidade, etc.).
Há dois tipos principais de cargas a serem consideradas no cálculo dos tubos: as cargas de terra,
devidas ao peso do solo acima da tubulação, e as cargas móveis, representadas pelo tráfego na
superfície do terreno.
O Empreiteiro deverá dar às superfícies laterais das escavações a inclinação adequada à natureza
do terreno e quando necessário, procedera à sua entivação.
O programa dos trabalhos deve ser organizado de modo a fazer-se a abertura das trincheiras e
valas em ritmo compatível com o do assentamento e ensaio, se for caso disso, de modo a não se
deixarem escavações abertas durante demasiado tempo.
Neste tipo de trabalhos deverá ter-se em atenção alguns cuidados aquando da sua realização:
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Movimentação de terras Pág.20
Quanto à sua utilização:
Precauções
No caso de existir vegetação como medidas de contenção e protecção, impedir-se-á que
esta seque, o que alteraria as condições do terreno.
Evitar-se-á a acumulação de águas nos bordos de coroamento das escavações.
Prescrições
No caso do aparecimento de fissuras paralelas ao bordo da escavação informar-se-á
imediatamente um Técnico competente para que, depois de observados os danos
provocados, prescreva medidas oportunas a tomar.
Proibições
Não se concentrarão cargas superiores a 200 kg/m² junto à parte superior dos bordos das
escavações nem se modificará a geometria do talude escavando por debaixo.
Quanto à sua Manutenção:
Pelo utilizador
Manter-se-ão protegidos à erosão os bordos em talude.
Realizará uma inspecção periódica aos declives que fiquem por cima da escavação com o
objectivo de eliminar os objectos soltos que possam rodar com facilidade.
Limpar-se-ão periodicamente os sistemas de evacuação de água e grelhas nos bordos de
coroamento.
Ter-se-á em conta a agressividade do terreno ou a sua possível contaminação com o fim
de estabelecer as medidas de protecção adequadas para a sua manutenção.
1.4.2.7. Escavações em Poços
Adoptam-se fundações semi-directas, designadas de poços, quando:
• O estrato resistente se encontra a profundidades que variam entre cerca de 6 e 10m.
• O terreno não apresenta grandes dificuldades de escavação.
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Movimentação de terras Pág.21
• O nível freático está afastado da fundação (de preferência).
• Se pretende reduzir os assentamentos.
• Existe insuficiência de fundação.
• Intervenções em construções existentes.
Os poços apresentam elevada secção transversal (> 1 m2), com diâmetros entre 0.5 e 3.5m.
A esbelteza é reduzida.
Vantagens e Inconvenientes:
Vantagens:
⇒ Rapidez de execução.
⇒ Poucos ruídos/vibração
⇒ Grande capacidade de carga.
⇒ Substitui um grupo de estacas.
⇒ Dispensa maciço de fundação.
• Adopta-se percentagem mínima de armadura.
Desvantagens:
⇒ Estrato resistente entre 6 e 10 m.
⇒ Grande movimento de terras.
⇒ Prospecção dos solos cuidada.
⇒ Possíveis assentamentos de edifícios vizinhos.
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Movimentação de terras Pág.22
⇒ Necessárias condições climatéricas favoráveis.
⇒ Desmoronamento de terras para dentro da escavação.
Técnicas de execução:
Adopta-se betão ciclópico ou fluído. É frequente a utilização de cofragens de betão (aduelas pré-
fabricadas). Coloca-se armadura superficial para evitar a fendilhação do betão durante o processo
de endurecimento.
O faseamento construtivo dos poços consiste em:
⇒ Escavação geral até à cota base do pavimento térreo.
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Movimentação de terras Pág.23
⇒ Escavação até à profundidade pretendida para execução dos poços, colocando os
escoramentos necessários para evitar desabamentos.
⇒ Limpeza do fundo do poço e compactação.
⇒ Colocação da cofragem e da armadura.
⇒ Betonagem.
1.4.2.8. Escavações na Vizinhança de Construções Existentes
As escavações na vizinhança de construções existentes deverão ser executadas com os cuidados
necessários para não ser afectada a segurança destas construções.
Constitui encargo do Empreiteiro a realização dos trabalhos de protecção especificados no
projecto ou no caderno de encargos.
1.4.2.9. Escavação de Caboucos
Serão abertos até ao terreno firme, considerando como tal o que o técnico fiscal da obra assim o
entender. Terras e produtos sobrantes que não tenham lugar ou não sejam aconselháveis para
utilização nos arranjos exteriores, serão removidos pelo adjudicatário.
Todo o movimento de terras necessário será da responsabilidade do Empreiteiro.
O desmonte de rocha com explosivos só deverá fazer-se desde que sejam tomadas as medidas
necessárias de precaução e licenciamento.
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Movimentação de terras Pág.24
1.4.3. Condições de Alteração
Quando durante a escavação para as fundações, tenha sido reconhecido pela Fiscalização a
necessidade de alterar o tipo de fundações, isto é, utilizar estacaria em vez de fundações directas,
estes trabalhos de natureza diferente poderão ser objecto de adjudicação a uma firma de
especialidade.
Se a profundidade medida da escavação for superior a 2,0m nas primeiras trincheiras abertas, o
assunto deverá ser posto à Fiscalização para decisão de manter a fundação directa ou optar por
outra solução.
Se a altura da fundação for superior a 4,0 m e inferior a 5,5 m o trabalho será medido por este
artigo aumentado de 100%.
Aos trabalhos realizados nas condições especiais que a seguir se indicam, se não mencionados no
respectivo Caderno de Encargos, serão medidos em rubrica própria e considerados como
trabalhos a mais:
a) Quando as escavações forem realizadas abaixo do nível freático, no referente a
bombagens;
b) Quando em locais infestados ou infectados.
1.4.4. Critérios de Medição
Todas as medições relativas aos diferentes trabalhos executados e materiais utilizados deverão
ser individualizadas e discriminadas em rubricas próprias. Sempre que possível, a discriminação
deve envolver uma referência às peças desenhadas no projecto.
A medição engloba ainda, todas as operações relativas à execução dos trabalhos, nomeadamente
fornecimento de materiais, transporte, preparação, carga, colocação em obra e deve estar de
acordo com o Plano de Escavação apresentado até à cota estabelecida para a base do pavimento
térreo dos Edifícios.
1.4.5. Classificação dos Terrenos
Métodos de cálculo
O estudo da distribuição das tensões sob a fundação pode ser feito de acordo com a teoria da
elasticidade (Mecânica dos Solos e Cálculo Orgânico de Betão). As dimensões a adoptar nas
fundações podem ser limitadas pela capacidade de carga do solo ou por condições de
assentamento de apoio.
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Movimentação de terras Pág.25
Quando limitada pela resistência do solo o cálculo baseia-se na determinação das tensões
instaladas na fundação e na comparação com a tensão máxima admissível do solo. A
determinação da tensão admissível passa pela realização de sondagens ao terreno, sendo habitual
recorrer-se aos ensaios SPT.
1.4.6. Remoção dos Produtos da Escavação
Os produtos da escavação utilizáveis na obra serão aplicados nos locais definitivos, ou colocados
em depósito em locais acordados com o dono da obra.
Os produtos da escavação que não sejam aplicáveis na obra e em relação aos quais não exista
qualquer reserva legal ou do caderno de encargos, deverão ser removidos pelo empreiteiro.
1.4.7. Dimensões das Escavações
As escavações deverão ser executadas para que, após a compactação quando necessária, sejam
atingidas as dimensões indicadas no projecto.
Quando, em virtude das características do terreno encontrado, for reconhecido que as dimensões
devem ser diferentes das resultantes do projecto, o Empreiteiro deverá executá-las de acordo com
as indicações da Fiscalização
Se as escavações ultrapassarem as dimensões indicadas no projecto ou nas alterações nele
introduzidas, com as tolerâncias admitidas em função da natureza dos terrenos, o Empreiteiro
será responsável pelos prejuízos daí resultantes para a obra e para as propriedades confinantes e
deverá corrigir à sua custa as zonas escavadas em excesso, usando materiais e processos
aprovados pela Fiscalização.
1.4.8. Intersecção de Canalizações e de Obras de qualquer Natureza
Se durante a execução das escavações, for necessário intersectar sistemas de drenagem
superficiais ou subterrâneos, sistemas de esgotos ou canalizações enterradas (água, gás,
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Movimentação de terras Pág.26
electricidade, etc.), maciços de fundação ou obras de qualquer natureza, competirá ao
empreiteiro a adopção de todas as disposições necessárias para manter em funcionamento e
proteger os referidos sistemas ou obras, ou ainda removê-los, restabelecendo ou não o seu
traçado, conforme o disposto no caderno de encargos ou no projecto ou decidido pelo dono da
obra.
Serão encargos do Empreiteiro os trabalhos relativos a sistemas e obras previstos no projecto ou
previsíveis antes do início dos trabalhos.
Constituirão trabalhos a mais ou a menos os relativos a sistemas e a obras não previstos no
projecto nem previsíveis antes do início dos trabalhos.
Sempre que encontre obstáculos não previstos no projecto nem previsíveis antes do início dos
trabalhos, o Empreiteiro avisará a Fiscalização e interromperá os trabalhos até decisão daquela.
Se durante os trabalhos de escavação, forem encontrados objectos de arte ou antiguidades, o
Empreiteiro deverá proceder de acordo com o estabelecido neste Caderno de Encargos.
Emprego de explosivos:
a) Só poderão ser utilizados os explosivos com autorização escrita da Fiscalização e com a
participação de pessoal com saber e prática no manuseamento de explosivos;
b) Aquela autorização não isentará o Empreiteiro da sua responsabilidade total, em
quaisquer acidentes pessoais ou danos causados na obra ou em propriedades vizinhas;
Salvo indicação em contrário do caderno de encargos, o emprego de explosivos nunca será
permitido durante a noite.
O emprego de explosivos deverá obedecer ao prescrito na regulamentação aplicável.
1.4.9. Aprovação das Escavações.
A aprovação dos trabalhos de escavação será efectuada por troços, à medida que o Empreiteiro o
solicitar, mas precedida de vistoria da Fiscalização para verificação do traçado, dimensões e
acabamento. Em geral a vistoria e consequente decisão terão lugar no prazo de 8 dias a partir da
solicitação do empreiteiro. Quando a escavação deva ser imediatamente seguida de aterro ou de
outros trabalhos, a vistoria e consequente decisão terão lugar no prazo de 24 horas a partir da
solicitação do Empreiteiro.
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Movimentação de terras Pág.27
1.4.10. Drenagem das Escavações
O Empreiteiro deverá proceder à evacuação das águas das escavações durante a execução dos
trabalhos, excepto nos casos em que o projecto ou o caderno de encargos permitam a execução
das escavações debaixo de água.
Quando necessário, o empreiteiro deverá dispor de material de drenagem, incluindo bombas,
capaz de assegurar um trabalho de drenagem continuo.
Os dispositivos de protecção contra as águas e de drenagens de escavações só devem ser
removidos à medida que o estado de adiantamento dos trabalhos o permitir. Os custos referentes
à bombagem de águas freáticas deverão ser previstos e incluídos no preço de concurso, não
havendo lugar a reclamação posterior de qualquer natureza.
1.4.10.1. Águas provenientes do Exterior da Escavação
Quando necessário, a superfície da escavação deverá ser envolvida por drenos ou por valas que
recolham as águas provenientes do exterior da escavação e as conduzam a local donde não
possam retornar.
1.4.10.2. Águas provenientes das Superfícies Laterais e do Fundo
As nascentes de água localizadas nas superfícies laterais ou no fundo das escavações deverão ser
captadas ou desviadas a partir da sua saída por processos que não provoquem erosão nem
enfraquecimento do terreno. Quando se verificar a entrada generalizada de água através das
superfícies laterais e do fundo da escavação, o Empreiteiro adoptará os processos de protecção
adequados, podendo, nos casos extremos, ter de proceder à execução de ensecadeira ou ao
abaixamento do nível freático.
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Movimentação de terras Pág.28
1.4.10.3. Recolha e Evacuação das Águas
Para facilitar a recolha das águas, os fundos das escavações poderão ser dispostos com uma
inclinação longitudinal de 2% a 5% e cobertos por uma camada de betão.
Se a topografia do local o permitir, poderá ser executada uma vala colectora envolvendo a zona
prevista para as escavações.
Se a topografia do local não permitir a evacuação por gravidade das águas das escavações, estas
serão reunidas em poços de recolha e bombadas para o dreno exterior.
Salvo disposição em contrário, o abaixamento do nível da água nos poços será limitado ao
necessário para assegurar a execução dos trabalhos.
Quando se utilize bombagem intensa deverão ser tomadas medidas adequadas a evitar que a
percolação da água possa provocar a remoção dos fios do terreno e prejudicar a estabilidade das
obras já existentes ou a construir.
1.4.11. Modos de Execução
As escavações serão executadas de forma que o terreno fique a cotas superiores às definitivas e
de modo que, após a compactação, se obtenham as cotas do projecto.
Igualmente na construção de aterros entrar-se-á, acima das cotas finais, com o volume de terras
necessário para compensar os assentamentos resultantes da compactação.
Se o Empreiteiro, por negligência ou outro motivo, escavar o terreno abaixo das cotas indicadas,
deverá corrigir essas zonas escavadas em excesso, com materiais e processos indicados pela
Fiscalização, sem direito a qualquer indemnização. Todas as terras escavadas impróprias para
aterros, nomeadamente a camada de terra vegetal, serão transportadas a local de depósito e
colocadas de acordo com as indicações dadas pela Fiscalização.
Todas as zonas de empréstimo de terras deverão ser convenientemente niveladas ou
regularizadas antes da recepção provisória dos trabalhos, de forma a apresentarem um
acabamento aceitável.
Se durante a execução dos trabalhos for necessário interceptar sistemas de drenagem superficiais
ou subterrâneos, sistemas de esgotos, condutas ou estruturas semelhantes e enterradas, será de
responsabilidade do Empreiteiro a adopção de todas as medidas necessárias para manter em
funcionamento os referidos sistemas e proteger tais estruturas. Sempre que se encontrem esses
sistemas ou estruturas, deverá o Empreiteiro informar a Fiscalização que dará as devidas
instruções e se necessário, tomará as providências que se imponham.
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Movimentação de terras Pág.29
1.4.12. Entivações e Escoramentos
1.4.12.1. Condições Gerais
A entivação e o escoramento das escavações e das construções existentes serão estabelecidos de
modo a impedir movimentos de terreno e danos nas construções e, por outro lado, a evitar
acidentes às pessoas que circulam na escavação, na sua vizinhança ou nesta trabalham.
Devem ser entivados todos os taludes de valas e trincheiras cuja profundidade ultrapasse 1,80 m.
A entivação deve ser adequada ao tipo e condições do solo, grau de humidade e possíveis
sobrecargas. As madeiras usadas nas entivações e escoramentos devem ser de boa qualidade,
isentas de nós e fissuras e ter secção suficiente.
A entivação deve ser reforçada ‘em todos os locais expostos a vibrações de tráfego ou onde
exista o risco desmoronamentos, derrube de estruturas ou de vegetação de grande porte.
Não devem ser deixados vazios entre as tábuas de entivação e o terreno. As tábuas devem ser
bem apertadas por cunhas contra os prumos e as cintas, O espaçamento entre as cintas deve ser
adequado ao tipo e condições do solo.
A desmontagem das entivações em terreno pouco coeso deve ser efectuada com os trabalhadores
fora da zona de perigo, as peças devem ser atadas com cordas e puxadas de fora da zona que vai
ficar desprotegida.
As escavações efectuadas em locais com infra-estruturas podem ser executadas com meios
mecânicos até 1 m das condutas, com martelos pneumáticos até 0,50 m das condutas e, a partir
desta distância, devem ser executadas com ferramentas manuais.
Nas escavações com ferramentas manuais, os trabalhadores devem manter entre si uma distância
mínima de 3m.
Em valas ou trincheiras com profundidade superior a 1,50 m devem ser instaladas escadas de
acesso espaçadas entre si de 15m, no máximo.
Os produtos de escavação não devem ser depositados a menos de 0,60 m do bordo superior da
vala. Neste espaço não deve ser permitida a deposição de quaisquer materiais e deve ser interdito
o trânsito de pessoas e veículos.
1.4.12.2. Desmontagem das Peças de Entivação e Escoramento
As peças de entivação e escoramento das escavações e construções existentes não serão
desmontadas até que a sua remoção não apresente qualquer perigo.
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Movimentação de terras Pág.30
1.4.12.3. Abandono das Peças de Entivação e Escoramento
No caso de ter de abandonar peças de entivação nas escavações, o empreiteiro deverá submeter à
aprovação do dono da obra uma relação de situação, dimensões e quantidade de peças
abandonadas.
1.5. Aterros
As áreas sobre as quais se tenham de construir aterros serão previamente desmatadas e
desenraizadas, escavadas quando necessário e compactadas.
Os materiais utilizados nos aterros estarão isentos de matéria orgânica, vegetação ou outros
materiais impróprios. As terras, pedras ou outros materiais cujo emprego seja permitido nos
aterros serão espalhados em camadas sucessivas de cerca de 20cm de espessura. A dimensão
máxima da pedra a admitir, não deverá exceder, em caso algum, metade da espessura da camada.
A incorporação de pedras nas camadas de aterro será efectuada por forma a que os seus vazios
sejam preenchidos por elementos mais finos, de maneira a constituir-se uma massa homogénea,
densa e compacta.
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Movimentação de terras Pág.31
Se as terras não possuírem a humidade necessária, quando espalhadas em camadas, serão regadas
antes da compactação.
Quando se construírem os aterros em terrenos inclinados, com declives superiores a 1/3, serão
nestes escavados degraus horizontais, para adequada estabilização da terra viva.
Para a execução dos aterros há portanto, regras a cumprir:
1. Não é permitido o início da construção dos aterros sem que previamente a Fiscalização
tenha inspeccionado e aprovado a área respectiva;
2. Se houver que construir aterros com menos de 300 mm de espessura sobre terreno natural
ou terraplanagem já existentes, a respectiva plataforma deve ser escarificada, regularizada
e recompactada até à baridade relativa especificada;
3. Na construção de aterros sobre terrenos que não suportem o peso do equipamento, a
camada inferior deve ser construída com materiais granulares, com uma espessura apenas
suficiente para suportar o equipamento. A construção do aterro, a partir desta cota, far-se-
á por camadas devidamente compactadas conforme o especificado. Na preparação da
base em que assentam os aterros deverá ter-se em atenção que, sempre que existam
declives superiores a 1.5, deverá escarificar-se a superfície, ou dispô-la em degraus, de
forma a assegurar a ligação ao material de aterro. A compactação relativa de solos nos
aterros, referida ao ensaio AASHO modificado, deve ser pelo menos, de 90% nas
camadas inferiores e de 95% nas camadas superiores numa espessura de 600 mm. No
caso de terrenos incoerentes os valores anteriores devem ser aumentados para 95% e
100%, respectivamente;
4. Na colocação dos solos de aterro deve ter-se em atenção que na parte inferior devem ficar
os de pior qualidade, melhorando sucessivamente até que na parte superior se empreguem
aqueles que tenham melhores características;
5. Deverão ainda ser feitos todos os trabalhos de terraplanagem, nas zonas de transição de
escavação para aterro, de forma a ser garantida uniformidade na capacidade de suporte;
6. Empregando-se pedra na execução dos aterros, os vazios devem ser preenchidos com
material mais fino, compactando-se de forma a obter uma camada densa. Assim, as
camadas não poderão ter espessura superior a 600 mm, sendo obrigatório o espalhamento
mecânico do material em camada, por meio de equipamento mecânico que, em sucessivas
passagens com a lâmina cada vez mais baixa, depositará inicialmente os blocos de
maiores dimensões, preenchendo os seus intervalos ou vazios com blocos de menores
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dimensões a cada passagem, efectuando na última a regularização com os elementos mais
pequenos, detritos e terras. A compactação neste caso deve ser feita com cilindro de
pneus, ou na falta deste, com cilindro de rasto liso de peso não inferior a 12 toneladas. Os
600 mm do topo deverão ser sempre formados por solos compactados por camadas, não
se permitindo pedras com mais de 100 mm de dimensão máxima a menos de 300 mm da
parte superior do aterro;
7. No caso de alguns blocos de rocha possuírem dimensões superiores a 600 mm, serão
convenientemente distribuídos nos aterros de forma a permitirem a fácil e eficiente
aplicação das máquinas compactadoras nos seus intervalos e de tal modo que os seus
pontos mais altos fiquem a uma profundidade do leito do pavimento de pelo menos, 1 m;
8. Os aterros têm de ser sempre construídos por forma a darem um perfeito escoamento às
águas, não devendo o declive transversal exceder, no entanto, um valor superior a 6%.
1.5.1. Condições Gerais
Quando o regime de empreitada for por preço global constitui encargo do Empreiteiro a
realização dos trabalhos de aterro e das respectivas obras necessárias, nas quantidades de
trabalho previstas no contrato, no projecto ou no caderno de encargos.
Se outras condições não forem especificadas, utilizar-se-ão os materiais e as técnicas aplicáveis
prescritas na regulamentação em vigor.
Constituirão trabalhos a mais ou a menos os trabalhos de aterro e respectivas obras acessórias
resultantes da diferença entre o previsto e o executado, quanto à natureza dos materiais de aterro
e às quantidades e condições de trabalho.
Em qualquer regime de empreitada, os erros ou omissões do projecto ou do caderno de encargos,
relativos à natureza dos materiais de aterro, às quantidades e as condições de trabalho não
poderão servir de fundamento à suspensão ou interrupção dos trabalhos, constituindo obrigação
do Empreiteiro dispor oportunamente do equipamento necessário.
1.5.2. Dimensões dos Aterros
Os aterros serão executados com os perfis indicados no projecto ou no caderno de encargos e de
acordo com as cláusulas seguintes:
1. As cotas provisórias a dar aos aterros serão tais que, após os assentamentos, se atinjam as
cotas fixadas, com as respectivas tolerâncias;
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Movimentação de terras Pág.33
2. Se outros valores não forem fixados no projecto ou no caderno de encargos, ou exigidos
pelos trabalhos, que sobre os aterros venham a ser executados, adoptar-se-á a tolerância
de l0 cm;
3. Salvo indicações em contrário do projecto ou do caderno de encargos, o Empreiteiro
deverá efectuar os aterros necessários à obtenção dos perfis indicados no projecto, numa
faixa mínima de 2.5 m envolvente dos planos marginais de cada edifício e dentro dos
limites do terreno da obra.
1.5.3. Aprovação dos Aterros
Quaisquer trabalhos a executar sobre os aterros só poderão ser iniciados depois da Fiscalização
ter procedido à vistoria e aprovação dos mesmos.
A aprovação dos trabalhos de aterro, quando necessária, será efectuada por troços, à medida que
o Empreiteiro o solicitar. Será precedida de vistoria da Fiscalização da obra para verificação dos
perfis.
Em geral, a vistoria e consequente decisão terão lugar no prazo de 8 dias a partir da solicitação
do Empreiteiro.
Quando o aterro tenha que servir de base a trabalhos imediatos, a vistoria e consequente decisão
terão lugar no prazo de 24 horas a partir da solicitação do Empreiteiro.
1.5.4. Aterros em Contacto com Edifícios - Materiais de Aterro
Os materiais destinados a aterros em contacto com edifício existentes ou a construir deverão ser
aprovados pela Fiscalização podendo, em geral, ser os materiais resultantes das escavações.
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Movimentação de terras Pág.34
Os materiais destinados a aterros em contacto com edifícios não devem conter terras infectadas
por fungos ou infestados por insectos.
Os materiais destinados a aterros em contacto com paredes de cave devem assegurar as
condições de drenagem previstas no projecto ou no caderno de encargos.
As terras, pedras ou outros materiais cujo emprego seja permitido nos aterros devem ser
bem espalhados, em camadas sucessivas de cerca de 20 cm de espessura. A dimensão máxima da
pedra a admitir, não deverá exceder, em caso algum, metade da espessura da própria camada.
A inclusão de pedras nas camadas de aterro deve ser efectuada por forma a que os seus
vazios sejam preenchidos por elementos mais finos, para que desta maneira se constitua uma
massa homogénea, densa e compacta.
1.5.5. Aterros em Contacto com Edifícios - Execução
Os aterros em contacto com edifícios deverão ser executados por camadas de cerca de 20 cm,
compactadas por processo que não provoque danos nas construções.
Os aterros em contacto com paredes em cave ou muros de suporte só serão executados depois de
estes elementos apresentarem resistência suficiente e de se ter procedido à colocação dos
dispositivos de drenagem previstos no projecto.
1.5.6. Aterros de Valas ou Trincheiras para Galerias Enterradas, Colectores, Canalizações
ou Cabos Subterrâneos.
O aterro das valas e trincheiras só poderá ser iniciado após a aprovação prevista nas cláusulas
estipuladas para aterros em contacto com edifícios e após os ensaios previstos no caderno de
encargos para os elementos que irão ficar enterrados.
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Movimentação de terras Pág.35
Nos aterros de valas e trincheiras, os materiais e as técnicas de execução deverão obedecer ás
condições específicas no projecto ou no caderno de encargos para os trabalhos a que os aterros se
destinam.
1.5.7. Técnicas de Execução
1.5.7.1. Nivelamento
Os aterros destinam-se a obter as plataformas definidas pelas cotas do projecto. Estes aterros
serão obtidos pela compactação de camadas com a espessura máxima de 0,20m e serão sempre
precedidas pela remoção da terra vegetal.
1.5.7.2. Aterro contra elementos estruturais
Não se farão aterros contra paredes e fundações antes destes elementos terem atingido a
resistência suficiente e de se ter obtido a respectiva aprovação da Fiscalização.
1.5.7.3. Método de Compactação
O Empreiteiro pode escolher o meio mais económico de realizar compactações de aterros, desde
que o mesmo possa merecer a aprovação da Fiscalização. O empoçamento ou uso excessivo de
águas não são permitidos.
1.5.7.4. Verificações
a) O controle do aterro far-se-á normalmente à custa dos ensaios de determinação da
baridade das camadas compactadas, podendo estes ensaios serem dispensados pela
Fiscalização, mediante autorização escrita;
b) Qualquer camada ou sua porção que não atinja a compactação mínima exigida será
escarificada e compactada até que se obtenha a baridade exigida e satisfaça a
Fiscalização;
c) Os valores de compactação fixados nesta especificação referem-se à percentagem da
baridade seca máxima obtida pelo ensaio de Proctor (ASTM-1557 e ASTM-D-854).
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Movimentação de terras Pág.36
1.6. Fundações
O enchimento dos caboucos, e a execução de fundações de tipo especial, será feito pela forma e
com o emprego dos materiais fixados no projecto.
Na sua execução o empreiteiro deverá prever a realização dos trabalhos inerentes a essas
fundações, bem como a travessia de canalizações e cabos, que porventura existam e de que vem
a tornar-se responsável por quaisquer danos que lhes ocasione.
No caso de se tratar de fundações indirectas, em estacaria ou por poços, a sua execução, ensaios
e modo de Fiscalização, será objecto das Condições Técnicas Especiais.
Antes de se iniciar o enchimento dos caboucos, o Empreiteiro deverá certificar-se da boa
compactação da base em que assenta a fundação, da sua entivação, quando necessária, e da
drenagem das águas, após o que solicitará a aprovação da Fiscalização.
1.6.1. Condições Especiais de Execução de Fundações
1.6.1.1. Abertura de Caboucos
1. As escavações para fundações só serão iniciadas depois de verificada pela Fiscalização a
correcta implantação dos caboucos a abrir. As fundações serão executadas sempre sobre a
camada de saibro granítico, pelo que a Fiscalização indicará a profundidade das
escavações.
Na medição das quantidades de trabalhos foram consideradas profundidades médias
variáveis conforme a fundação a executar. Todas as superfícies de betão em contacto com
o solo (sapatas, muros, pilares, etc.) serão pintadas com três de mão de flintkote. Caso as
superfícies apresentem grande porosidade, a Fiscalização poderá obrigar à substituição da
pintura por revestimento a chapa hidráulica, sendo o custo do aumento deste encargo
expressamente incluído no processo de concurso, sem o que ocorrerá por conta do
Empreiteiro;
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Movimentação de terras Pág.37
2. As escavações para abertura dos caboucos para fundações directas serão feitas por
processos ordinários ou por processos especiais que o Empreiteiro entenda aplicar; o
desmonte a fogo, no entanto, só excepcionalmente pode ser usado e apenas depois de
expressamente autorizado pela Fiscalização que, a todo o momento, poderá cancelar essa
autorização;
3. Os caboucos serão escavados até à profundidade necessária até ser encontrado terreno
que assegure a resistência exigida no Projecto ou a cota indicada nos desenhos de
execução, prosseguindo, neste último caso, a escavação se o terreno não apresentar
características satisfatórias, a juízo da Fiscalização, até uma profundidade a determinar
consoante as reais características que forem sendo reveladas;
4. A escavação será completada por um saneamento cuidadoso, não podendo, porém, em
qualquer caso, iniciarem-se as operações de betonagem das sapatas sem a autorização
expressa da Fiscalização, que deverá ser precedida de um exame dos caboucos;
5. As escavações serão conduzidas devidamente entivadas e, no caso dos pilares, ao abrigo
de entivações devidamente escoradas. As entivações a estabelecer deverão salvaguardar a
completa segurança do pessoal a desmoronamentos, bem como assegurar a correcta
execução das operações de betonagem, procedendo-se, para isso, aos escoramentos e
drenagens que se reconheçam necessários;
6. As operações de bombagem serão conduzidas com cuidado para que não seja modificado
o arranjo intergranular das formações do substrato e, se efectuadas durante a betonagem,
deverão ser conduzidas ainda com um cuidado mais rigoroso, por forma a evitar o
arrastamento da leitada do betão;
7. As escavações serão executadas com observância rigorosa da implantação, forma e
demais características geométricas indicadas nos desenhos de execução;
8. Os produtos das escavações serão removidos para local apropriado, que a Fiscalização
poderá fixar, e serão regularizados no depósito;
9. No preço unitário contratual das escavações, de montante igual ao indicado pelo
Empreiteiro na lista de preços unitários anexa à proposta que apresentou no concurso
para adjudicação da empreitada, ou no total das fundações se aqui estiver incorporado,
são considerados incluídos todos os trabalhos inerentes à sua completa execução, tais
como entivações, escoramentos, esgotos e drenagem, ou quaisquer outros, mesmo que
subsidiários, ficando bem esclarecido que o Empreiteiro se inteirou no local, antes da
elaboração da sua proposta, de todas as particularidades do trabalho e que nenhum
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Movimentação de terras Pág.38
Direito a indemnização lhe assiste, no caso das características geológicas se revelarem
também diversas das que inicialmente previra, salvo se ocorrer a modificação do tipo de
fundação previsto no Projecto;
10. Para efeito da determinação do trabalho realizado em escavações, estas serão
consideradas pela medição geométrica do volume escavado sobre os perfis teóricos de
escavação;
1.6.2. Escavação para Fundações (m3)
Execução em terreno de qualquer natureza, mecânica e/ou manual, incluindo se necessário
entivações, escoramentos e esgotos de água. Inclui ainda a necessária atenção para não danificar
cabos ou colectores eventualmente existentes e não previstos no projecto.
1.6.2.1. Critérios de medição:
Volume das peças a betonar mais o betão de limpeza.
Não foram consideradas sobrelarguras para taludes com qualquer tipo de inclinação. Caso
venham a existir, seja por interesse do Empreiteiro (com autorização da Fiscalização) ou por
deficiente estabilização dos mesmos, serão os custos sempre suportadas pelo Empreiteiro, pelo
que o mesmo deverá prever tal possibilidade, se assim o entender, nos preços unitários
apresentados. Não se aceitarão reclamações por diferenças de quantidades de maiores valias
baseadas nos pressupostos enunciados.
1.6.3. Aterros sobre Fundações
Execução de aterros com terrenos seleccionados da escavação com compactação adequada sobre
as fundações.
Os aterros sobre as fundações serão executados até à base do pavimento térreo.
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Movimentação de terras Pág.39
1.6.3.1. Critério de Medição:
Medição em projecto de projecção horizontal sobre a face superior dos elementos de fundação.
1.7. Transporte de Terras
1.7.1. Âmbito de Aplicação
Incluem-se em transporte de terras as operações de condução das terras em excesso, desde os
locais de extracção aos vazadouros, e das terras de empréstimo, desde os locais de origem aos de
aplicação.
Também são incluídas em transporte de terras as operações de condução destas a depósitos e
posteriormente, aos locais de aplicação. Salvo qualquer referência especifica, não será devido
nenhum pagamento adicional ao empreiteiro pelo transporte de terras, quer provenientes das
escavações e transportadas a vazadouro, quer provenientes de locais de empréstimo, cujo custo
se considera incluído nos preços respeitantes ao capítulo de movimento de terras.
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Movimentação de terras Pág.40
1.7.2. Disposições Gerais
Quando o regime da empreitada for por preço global, constitui encargo das operações de
transporte de terras decorrentes da localização da zona de trabalho.
Constituirão trabalhos a mais ou a menos os transportes de terras resultantes das alterações dos
locais de empréstimo ou de depósito de terras não imputáveis ao Empreiteiro.
Os preços unitários do transporte devem incluir as operações de carga e descarga e serão
referidos ao transporte de 1 m3, nos percursos decorrentes da localização das zonas de trabalho,
de empréstimo de depósito, indicada no contrato, no projecto ou no caderno de encargos.
Os encargos referentes aos transportes a mais ou a menos devidos à alteração dos percursos serão
determinadas com base nos preços unitários relativos ao transporte de 1 m3 à distância de 1 m,
sem operações de carga e descarga.
Em qualquer regime de empreitada os erros ou omissões do projecto ou do caderno de encargos,
relativos à natureza e quantidade dos materiais a transportar, aos percursos e às condições de
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Movimentação de terras Pág.41
carga e descarga não poderão servir de fundamento à suspensão ou interrupção dos trabalhos,
constituindo obrigação do empreiteiro dispor oportunamente do equipamento necessário.
Constituem encargos do empreiteiro os trabalhos referentes à instalação dos acessos provisórios
necessários, dentro e fora do(s) estaleiro(s).
1.7.3. Transportes
As terras sobrantes serão transportadas para vazadouro da escolha do empreiteiro, se outra coisa
não for especificada.
1.7.4. Empolamento
A desagregação dos terrenos produz um aumento de volume, devido ao aumento dos vazios entre
as suas partículas. Este aumento de volume ou empolamento consoante a natureza dos terrenos.
Atendendo à variabilidade do estado higrométrico dos terrenos, pode-se admitir o aumento de
volume, nos aterros, de 10% nos arenosos e de terra ordinária, 15% nos de argila e nos calcários
e 30 a 40% nas rochas desmontadas a fogo. Excepcionalmente o aumento pode atingir 50% para
alguns fragmentos de rocha.
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Movimentação de terras Pág.42
Geralmente é a chuva que faz abater estes terrenos, mas tratando-se de terras argilosas, diluíveis
em água, pode resultar ficar a água empoçada, o que é perigoso para o aterro. Remedeia-se este
inconveniente, reduzindo os vazios, desfazendo os torrões e espalhando as terras por camadas
pouco espessas. Depois do assentamento, o empolamento reduz-se a cerca de 5% para rochas
brandas.
O empolamento das terras deve-se ter em conta para o transporte das terras e rochas escavadas.
A tabela abaixo apresenta o factor de empolamento consoante o tipo de terreno.
Terra Branda 1,05
Terra Compacta 1,15
Terra Dura 1,20
Rocha Branda e Terra Muito Dura 1,25
Rocha Dura e Muito Dura 1,30
Estes valores devem ter-se em consideração quando são efectuados cálculos para o transporte de
terra e rochas, quer a vazadouro quer de empréstimo, pois interferem consideravelmente no
números de deslocações a efectuar.
1.7.5. Outros Materiais
Quaisquer outros materiais encontrados serão pertença do adjudicante devendo o empreiteiro ou
seus empregados fazer entrega à Fiscalização.
1.8. Terraplanagens
O termo restringe-se às operações de regularização do terreno, geralmente efectuadas antes da
implantação definitiva da obra, conducente à adaptação do projecto ao terreno natural e aos
arruamentos.
Os terrenos em fundações de pavimentos são objecto de condições em separado. O material
escavado, depois de seleccionado, poderá ser utilizado na construção de aterros ou em fundações
de pavimentos, se tal for previsto no projecto ou nas Condições Técnicas Especiais e autorizado
pela Fiscalização nas sempre de acordo com as indicações desta.
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Movimentação de terras Pág.43
Se as terras escavadas excederem o volume necessário para a construção de aterros, o excesso
será conduzido a depósito e regularizado conforme for indicado pela Fiscalização. Se as terras
escavadas, depois de seleccionadas, forem insuficientes para os aterros, ter-se-á de ir buscar as
terras necessárias a locais de empréstimo indicados no projecto ou propostos pelo empreiteiro e a
aprovar pela Fiscalização.
A Fiscalização reserva-se o direito de alterar rasantes e cotas do projecto, se daí resultar maior
economia para a obra ou se isso for julgado conveniente para a melhoria do trabalho, sem que tal
traga modificação no preço unitário proposto.
1.8.1. Regularidade das Terraplanagens
a) As camadas de terraplanagem devem desenvolver-se de forma regular;
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Movimentação de terras Pág.44
b) A superfície da camada superior das terraplanagens deve ficar lisa, uniforme, isenta de
fendas, ondulações ou material solto.
1.8.2. Acabamentos dos terraplenos
Todas as áreas terraplanadas, aterros e respectivos taludes e valas de protecção, serão
regularizadas de acordo com o projecto. As zonas destinadas a serem revestidas com vegetação,
ou seja, as áreas livres não pavimentadas nem ocupadas com edifícios ou estruturas, receberão
uma camada uniforme de terra viva oportunamente armazenada, com 0,20m de espessura
(cumprindo o que está indicado no plano de moderação do terreno, no que respeita ás cotas da
superfície final do terreno).
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Movimentação de terras Pág.45
1.9. Empréstimos e Depósitos
1. As terras de empréstimo serão extraídas dos locais aprovados pela Fiscalização e de
molde a que não fiquem cavidades onde as águas se represem;
2. As terras levadas a depósito dispor-se-ão de modo que não prejudiquem a envolvente
nem o escoamento das águas;
3. As zonas de empréstimo ou depósito ficarão, sempre que possível, situadas em locais não
visíveis;
4. Concluídos os empréstimos e o depósito de terras, todas as áreas afectadas deverão ser
modeladas e integradas no relevo da zona, para o que se farão as necessárias
regularizações, sendo os encargos daí resultantes suportados pelo Empreiteiro. Se as não
fizer no prazo fixado, serão estas executadas pela Fiscalização, por conta do empreiteiro.
As indemnizações por empréstimo ou depósito, além das previstas no orçamento, serão
de conta do Empreiteiro.
1.10. Enchimentos junto às Estruturas
1. Os trabalhos só serão iniciados depois da aprovação prévia da Fiscalização. Serão
estudados em especial os problemas de drenagem que possam surgir e só depois destes
estarem convenientemente resolvidos se executará o enchimento;
2. Quando se não trate de fragmentos de rochas, ou se façam os ensaios de campo descritos
no respectivo artigo, a espessura da camada de aterro não deverá exceder 200 mm,
medidos antes do início da compactação;
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Movimentação de terras Pág.46
3. Cada camada deve ser compactada de tal forma que a compactação relativa, referida ao
ensaio AASHO modificado, seja nos últimos 500 mm de terraplanagem, de pelo menos
95%. As camadas inferiores terão uma compactação mínima de 90%. No caso de solos
incoerentes, os valores referidos sobem para 100% e 95%, respectivamente. Ao termo da
compactação, o teor em humidade do material de aterro deve ser tal que possa produzir a
compactação relativa especificada. Se o material de aterro tiver excesso de humidade, não
deve ser compactado até que esteja suficientemente seco de forma a produzir a
compactação requerida;
4. Em volta das colunas, muros isolados, etc., o enchimento far-se-á tanto quanto possível,
para os dois lados opostos, de modo a não dar origem a impulsos unilaterais
significativos.
1.11. Taludes
Quando se faz um aterro, as terras
tomam, naturalmente, uma posição de
equilíbrio, a que se chama talude natural
das terras, e que varia com a sua
natureza; do mesmo modo quando se faz
um desaterro ou escavação é preciso ter
em conta a resistência do solo e fazê-lo
em talude ou rampa, conforme a coesão
e natureza das terras.
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Movimentação de terras Pág.47
Ao ângulo formado pelo plano que define a posição de equilíbrio das terras ou talude natural
com o horizonte, dá-se também o nome de ângulo de escorregamento.
Se por qualquer motivo, se quiser dar ao talude uma inclinação diversa daquela, é preciso
consolidá-lo, por meio de empedrado para evitar a corrosão das águas, por meio dos muros de
suporte, ou por meio de chorões
Os taludes deverão ficar consolidados e regularizados e deverão ter boa uma drenagem de modo
a permitir que as águas dos terrenos adjacentes possam ser evacuadas.
Nos aterros o talude é geralmente de 1,50 m de base para 1,0 m de alto, podendo nalguns casos ir
a 1,0 m para 1,0 m que corresponde ao ângulo de 45º. Nos desaterros o talude pode ir de 2,0 m
de base para 1,0 m de alto, ou de 1,0 m de base até 5,0 m de alto, quando o terreno é de rocha,
chegando mesmo a fazer o corte a prumo, se a rocha é compacta bastante, podendo atingir alturas
de 15 metros. Em alturas superiores convém fazer degraus de largura superior a 2 metros.
A seguir, apresentamos uma tabela com o talude natural das terras, isto é, a inclinação que a terra
toma quando é depositada. Indica-se também o peso dos diversos terrenos, por cada metro
cúbico.
Natureza das terras Peso por m3 (kg)
Ângulos de escorregamento ou taludes naturais
Declives por metro
Areia pura seca Terra argilosa húmida Areia terrosa Terra vegetal seca Terra calcária com pedra Terra franca Lodo fluído
1900 1600 1700 1400 1900 1500 1650
21º 35º 46º 46º 55º 50º ----
0,3838 0,7002 1,0355 1,0355 1,4281 1,1817
----
1.12. Muros de Suporte
1.12.1. Drenagem
A drenagem deve permitir que as águas do aterro suportado se evacuem livremente, obstando
assim, a que o muro de suporte seja submetido a um impulso hidrostático.
A drenagem compreende:
a) Um filtro de drenagem, que poderá ser constituído por pedra arrumada à mão na extensão
de 400 a 800 mm ou, em obras de média importância, por bloco cerâmico com a
espessura de 100 a 150 mm;
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Movimentação de terras Pág.48
b) Um dreno, que será constituído por tubos perfurados ou porosos, dispostos na posição
mais baixa possível e com uma inclinação mínima de 1%. O diâmetro mínimo será de
200 mm. Deverá ainda, verificar-se a existência de caixas de visita, espaçadas de 50 a 70
m no máximo, para permitir a limpeza dos colectores e ainda nas mudanças de direcção
do tubo de dreno;
c) Um canalete, cuja inclinação dependerá da quantidade de água superficial prevista e que
se destina a evitar a infiltração das águas superficiais, em grande quantidade, no filtro de
drenagem.
1.12.2. Aterro
Utilizar-se-á como material de aterro, na parte posterior do muro, o material de escavação, se for
possível compactá-lo adequadamente e, simultaneamente, manter a espessura do filtro de
drenagem em altura.
Para evitar comprometer a estabilidade do muro e conservar a eficácia do filtro de drenagem
devem seguir-se as seguintes regras de boa execução:
a) Aterro deverá ser feito por camadas de 300 mm, no máximo, que devem ser compactadas
por instrumentos ligeiros;
b) A compactação só deverá ser feita a partir de uma distância de 1 m do paramento interior
do muro, devendo ser o mais regular possível para evitar assentamentos diferenciais. No
topo do muro, no entanto, e na espessura de 1 m, a compactação será feita até ao
paramento interior;
c) Deverá ser garantida uma espessura constante para o filtro de drenagem;
d) A superfície de drenagem deverá ser coberta por uma camada de material menos
permeável que o material de aterro.
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Movimentação de terras Pág.49
1.13. Anexos
1.13.1 Equipamentos
Até há poucos anos, era indispensável a materialização da quadrícula no terreno por piquetagem,
tal como se descreveu, incluindo a marcação em cada estaca da respectiva correcção de cota a
introduzir. Mesmo assim, a perfeição da execução dependia inteiramente da experiência e
habilidade dos operadores das máquinas de regularização: scrapers, bulldozers, pás niveladoras,
plainas, etc. Estas máquinas continuam a ser as utilizadas e cada uma é mais adequada para uma
dada dimensão do trabalho a executar, em especial no que se refere à espessura de solo a cortar,
aos volumes a transportar e às distâncias de transporte. Assim, para trabalhos volumosos de corte
e transporte a algumas centenas de metros, será conveniente recorrer ao scraper; a lâmina
bulldozer será mais adequada a cortes importantes, com pequenas distâncias de transporte,
enquanto com a pá niveladora se pode transportar a terra a alguma distância, mas a quantidade a
cortar e a deslocar tem de ser pequena; a plaina destina-se a um trabalho de aperfeiçoamento
final da superfície.
Para a movimentação de terras temos vários tipos de equipamentos que se podem utilizar:
Bulldozer / tractor de lagartas - com lâmina (raio de acção de 0 a 30m);
Moto-scrapper (raio de acção de 30 a 500m);
Camião (raio de acção > 500m).
Os tractores de rastos/lagartos (Bulldozer) são máquinas fundamentalmente usadas na
movimentação de terras, envolvendo escavação e algum transporte, desde que a curtas distâncias.
São normalmente equipados com uma lâmina frontal e um ripper traseiro para desagregação e
escarificação do material a escavar. É um equipamento bastante eficiente para fazer as
compensações longitudinais e transversais a pequenas distâncias (normalmente inferiores a
100 metros). Apresentam vantagens consideráveis para terrenos de fraca consistência, de
pequena aderência ou de grandes inclinações, mas em contrapartida, tem grande resistência ao
movimento, não ultrapassando os 10 Km/h, e elevadas despesas de manutenção e substituição de
peças. A sua principal vantagem é sua possibilidade de locomoção em terrenos de mau piso
(como terrenos argilosos e arenosos).
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Movimentação de terras Pág.50
Figura 2 - Bulldozer
Figura 3 – Scrapper em funcionamento e escavadora hidraulica O veículo que mais se utiliza para o transporte de produtos provenientes da execução dos trabalhos de escavação e terraplenagem é o camião rodoviário basculante. Este tipo de equipamento aplica-se em operações dentro do local da obra, ou para proceder ao transporte de aterros ou de produtos a vazadouro fora do perímetro da obra, isto é em longos percursos em estrada.
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Figura 4 – Camião rodoviário basculante, em fase de descarga
Tuneladora – Equipamento de perfuração do solo para a construção de vias subterrâneas, mediante a sua dimensão este equipamento pode ser utilizado para a construção de vias rodoviárias como também para vias hídricas (condutas de água).
Dragline – Equipamento utilizado na remoção de terra.
Scraper – Equipamento utilizado na remoção e transporte de terra.
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Mini-escavadora – Equipamento ligeiro utilizado em trabalhos de
abertura de valas e pequenas escavações
Recto escavador – equipamento ligeiro utilizado em trabalhos de abertura de valas e movimento de terras.
Dumper – Equipamento de transporte de terras
Perfuradora – Equipamento de perfuração de solo
Martelo Pneumático – Equipamento que serve para fragmentar solos mais rígidos.
Entivador – Conjunto de peças que ajudam a suster os solos depois de escavados para que este não se abate no espaço deixado em vazio.
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Limpeza e desmatação
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Aterros/Desaterros
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Escavação
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Taludes
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Drenagem
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1.13.2 Alguns equipamentos e suas aplicações
Neste capítulo iremos apresentar alguns equipamentos e suas aplicações práticas,
designando-os pelos seus respectivos nomes.
Dumper D9t ou Booldozer
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2. Introdução ao Pipe Jacking e Microtuneladora
Conteúdos
2.1. A técnica do pipe jacking.
2.2. As aplicações e os benefícios.
2.3. Investigação dos locais e informação necessárias para condições dos solos.
2.3.1. Informação dos solos necessária para projecto e respectivo custo.
2.4. Projecto e construção os métodos.
2.5. O pipe jacking tubos.
2.6. Comprimento de Jacking, cargas e tolerâncias.
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2.1. A técnica do pipe jacking
2.1.1. O que é Pipe Jacking?
O Pipe Jacking é uma técnica de execução de obras subterrâneas onde todo o túnel movimenta-se
em sincronia com o avanço da escavação.
O termo pipe jacking, tubos cravados ou “macaqueados”, deve-se ao facto de todo o avanço dos
túneis ser realizado, a partir do esforço aplicado através de cilindros hidráulicos ou macacos, nos
tubos que compõem a estrutura do túnel.
2.1.2. Como funciona?
A escavação é realizada por uma cabeça de corte ou shield, o material escavado é removido por
dentro do túnel, mecânica ou hidraulicamente.
No poço de serviço de cravação é instalado o conjunto de macacos, responsável pelo
deslocamento e avanço do túnel, neste poço também é instalado um equipamento de alinhamento
a laser responsável pelo controle direccional do túnel.
Toda a operação é controlada a partir de um contentor computadorizado, instalado na superfície,
ao lado do poço de serviço.
As aplicações principais do pipe jacking e microconstrução de túnel microtuneladora incluem
nova canalização e construção de drenagem, substituição de tubo e revestimento, canalização de
gás e de água, oleocondutas, electricidade e instalação de telecomunicações, galerias de
escoamento e saneamento, captação e descarga de água.
As aplicações especiais incluem a instalação de secções rectangular ou secções circular de
passagens subterrâneas pedestres, passagens inferiores.
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Movimentação de terras Pág.62
A técnica pode ser usada para ultrapassar obstáculos como estradas caminhos-de-ferro, rios,
canais, edifícios e aeródromos no caminho do tubo que põe projectos a fim de minimizar a
perturbação superficial frequentemente associou-se com o tubo de corte aberto que põe métodos
em áreas urbanas; ou simplesmente a forneça uma construção de túnel subterrânea permanente.
O pipe jacking é principalmente usado como uma alternativa para abrir escavações de corte ou
outros métodos de construção de túnel.
Os comprimentos significativos são atingíveis em grandes diâmetros, que usam técnicas
mecanizadas.
A referência deve ser feita para recomendações específicas.
Os métodos de construção são disponíveis para enfrentar qualquer tipo de solos seco ou com
água e qualquer tipo de condições.
As técnicas de escavação são também disponíveis para jacking por rocha ou condições dos solos
mistas, inclusive pedras arredondadas e seixos rolados.
O pipe jacking, geralmente mencionado no mais pequeno diâmetros como microconstrução de
túnel, é uma técnica da instalação tubo designados de pipelines subterrâneos, tubos e galerias de
escoamento.
Os pipe jacking são usados para empurrar tubos especialmente projectados para solos atrás de
um escudo ao mesmo tempo como a escavação está a realizar-se dentro do escudo.
O método fornece uma protecção flexível, estrutural, impermeável, terminado o pipeline como o
túnel está escavado.
O pipe jacking é uma técnica e os seus componentes tem sido sujeito a uma extensa e contínua
pesquisa nas universidades britânicas principais como Oxford e Cambridge. Isto incluiu a escala
modelar e teste em laboratórios de tubos e uniões e os efeitos de lubrificação e condicionamento
de solo no processo do pipe jacking.
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Movimentação de terras Pág.63
Não há nenhum limite teórico para o comprimento do pipe jacking de pipe embora haja
considerações de engenharia práticas e a economia pode impor restrições.
Traçados de várias centenas de metros em linha recta ou em curvas verticais, ou curvas
horizontais são exequíveis.
Um número de sistemas de escavação são disponíveis inclusive o manual, controle mecânico e
remoto.
Tubos com variação de diâmetros desde 150 mm a 4000 mm, pode ser instalado usando o
sistema apropriado.
As tolerâncias de construção são semelhantes com outros métodos de construção de túnel, o tubo
do método de jacking geralmente necessita de menos espaço entre os tubos designados por
sobreintervalo, do que os túneis segmentários e proporcionam o suporte de solos, reduzindo o
movimento potencial de solos.
Os métodos de escavação mecânicos são idênticos àqueles empregados noutras formas de
construção de túnel. Escudo, escavação e o suporte de cara pode ser fornecido para uma larga
variedade de condições de solos.
É de considerar, que muitos dos nomes e técnicas são fruto de uma técnica desenvolvida em
países estrangeiros, daí os nomes não serem propriamente adaptáveis à nossa língua, nem sequer
terem tradução correcta.
2.1.3. Sistemas de escavação
Backacter
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Movimentação de terras Pág.64
EPBM
Cutter boom
TBM
Microtunnelling
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Movimentação de terras Pág.65
Para instalar um sistema de pipeline é usada uma técnica que consiste numa parede de impulso e
outra de reacção.
Uma parede de impulso é construída para fornecer uma reacção contra os macacos que
empurram por sua vez o pipe jacking.
Em solos pobres ou de fracos recursos é habitual montar um outro maciço especial para
aumentar a capacidade de reacção da parede de impulso.
Onde há profundidade insuficiente para construir uma parede de impulso normal, por exemplo,
para diques, o maciço de reacção da tuneladora ou do Pipe jacking tem que ser vencida por meio
de uma armação estrutural, fornecimento de restrição adequada por meio amarrações, métodos
de transferência de cargas horizontais.
Assegurar que as forças do Pipe jacking são distribuídas em volta do maciço de ataque, que
consiste num anel de impulso é usado para transferir as cargas.
Os tubos do Pipe jacking são interligados hidraulicamente para assegurar que o impulso de cada
um é o mesmo.
O número de tubos usados pode variar por causa do diâmetro de tubo, a força dos tubos jacking,
o comprimento a serem instalados, desta forma a resistência de atrito é antecipada e neste caso
aumenta.
Organização de escavação de impulso Tubos e anel de impulso
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Movimentação de terras Pág.66
- Sistema de orientação por computador de microconstrução
de túnel (local onde são monitorizadas todas as actividades da tuneladora).
No fim de cada túnel ou microtúnel é efectuada uma escavação com dimensões necessárias à
saída da tuneladora.
O alinhamento inicial do pipe jacking é obtido com exactidão e posicionado em carris de guia
dentro da escavação de impulso, na qual os tubos são postos a fim de arrancarem logo com o
alinhamento de projecto.
Manter a exactidão do alinhamento durante o pipe jacking, é necessário para usar um sistema de
monitorização, que deve ser frequentemente verificado, quer para alinhamento horizontal e
vertical e sempre a partir de uma referência fixa.
Para tubos de curto alcance ou pipes simples, esta monitorização pode se executada com
equipamento de inspecção tradicional.
Para a escavação rápida são indispensáveis técnicas de controlo remotas sofisticadas que,
normalmente são electrónicas e, muitas das vezes, apoiadas pela topografia, com sistemas de
orientação que usam uma combinação de raios laser e com apoio da mesa de controlo, que possui
softwares específicos para o efeito.
Quando o pipe jacking ou o microtúnel são executados abaixo da linha de água é habitual
incorporar uma parede dianteira que serve de selagem dentro de cada poço que impedirá assim a
entrada de solos estranhos e servirá de tampa “rolhão” para evitar a entrada de material no inicio
das operações.
O uso desses rolhões impedirá a entrada de água de solos e a perda de solos associada, e
conserva o lubrificante anular betonites, etc.
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Movimentação de terras Pág.67
2.1.4. Técnicas mais usadas na perfuração horizontal e as suas respectivas fases
Perfuração Horizontal Dirigida (HDD – “Horizontal Directional Drilling”)
2.1.4.1. Introdução - Desenvolvimento e utilização
Originalmente utilizada nos anos 70, as travessias horizontais dirigidas são um casamento entre o
método convencional de travessia de estradas e a perfuração dirigida utilizada nas explorações
petrolíferas. Actualmente, esta tecnologia constitui um dos principais métodos para a instalação
de condutas sem abertura de vala. Para além das travessias de rios e cursos de água, esta
tecnologia tem vindo a ser utilizada para travessia de estradas, caminhos-de-ferro, assim como na
instalação de condutas sem abertura de vala em zonas de grande concentração populacional.
2.1.4.2. Limites da tecnologia
A distância mais elevada neste tipo de perfuração é cerca de 2.000m, e o maior diâmetro cerca de
3000 mm.
Embora este tipo de perfuração tenha surgido na costa do Golfo do México em instalação de
condutas em terrenos de características aluvionares, o desenvolvimento exponencial desta
técnica permite hoje a perfuração em terreno rochoso.
2.1.4.3. Método de execução
Fase I - Cravação do tubo piloto
Inicia-se a travessura através da cravação de um furo piloto de, aproximadamente 3½ polegadas,
usando técnicas de cravação com o auxílio de hidrojacto ou, por recurso a motor de lamas, ou a
martelo do tipo fundo - de - furo. Dado que a ferramenta de corte / progressão é excêntrica, o
posicionamento da mesma durante a progressão origina o desvio controlado da perfuração.
Figura esquemática da perfuração horizontal dirigida durante a fase de cravação do furo piloto
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Movimentação de terras Pág.68
Através de sensores electromagnéticos colocados na cabeça de corte, ou pela emissão/recepção
de ultra-sons, é possível detectar em tempo real a posição da cabeça de cravação, tal como, a
direcção horária da sua excentricidade.
Durante a cravação do tubo piloto é injectada na frente de escavação um fluido (bentonites ou
polímeros) a alta pressão. Esse fluido tem como função o corte por jacto, o transporte dos
materiais escavados, a transmissão de energia hidráulica para o motor de perfuração (em rocha),
a lubrificação e arrefecimento da cabeça de corte tal como a estabilização do furo contra colapso.
O perfil da travessia será constituído por três fases:
a) Aproximação [de A a B]
b) Fase de inclinação constante [de B a C]
c) Saída [de C a D]
Para se obter a instalação da conduta com uma inclinação constante [B a C] terá que se iniciar a
perfuração a um afastamento tal que permita atingir o ponto B com a cota de projecto. A
distância AB designada por distância de aproximação, dependerá do ângulo máximo de
inclinação da máquina que condiciona o ângulo de entrada das varas no terreno e dependerá
também do raio de curvatura das varas de perfuração. Genericamente poderemos considerar que
a distância de aproximação será sete vezes superior à profundidade que se pretende atingir.
Atingido o ponto B, o manobrador terá de guiar a cabeça de corte de modo a cumprir a
inclinação constante do projecto durante até C. Do ponto C ao ponto D, distância de saída, a
perfuração atingirá a superfície.
Fase II - Alargamento
Chegado o tubo piloto ao local de saída, retira-se a cabeça biselada de perfuração e coloca-se
uma cabeça de alargamento. Através da acção de rotação/ tracção, o furo piloto é alargado para
um diâmetro superior.
Esta operação repete-se de tal modo a que o diâmetro final seja atingido através dos sucessivos
alargamentos.
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Movimentação de terras Pág.69
Durante as operações de alargamento, o furo permanece preenchido por bentonite de modo a
evitar qualquer colapso.
Figura esquemática durante o alargamento
Para cada tipo de terreno é utilizado um tipo diferente de alargador. Os alargadores são
genericamente denominados por compactadores ou por cortadores.
Cone Hedgehog Fly-cutter Barrel
Fase III – Tracção da conduta
A conduta final é soldada e posicionada em roletes. Instala-se uma cabeça de limpeza soldada à
tubagem, procedendo-se então tracção final da conduta.
Figura esquemática durante a tracção da tubagem
2.1.5. Aduelas pontuais APT - Concepção
A colocação de colectores pelo sistema de vala aberta em áreas sensíveis das nossas cidades é
cada vez mais difícil e por vezes mesmo inviável. A intervenção cirúrgica acarreta
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Movimentação de terras Pág.70
congestionamento de tráfego, perdas de vendas para os estabelecimentos comerciais vizinhos,
danificação dos condutores hidráulicos e cabos eléctricos, bem como emissões de ruído e
substâncias tóxicas.
Como sempre, trata-se de uma questão de qualidade e de custos.
A nossa experiência técnica na utilização de equipamento apropriado está inteiramente ligada à
preservação e criação das infra-estruturas que possam dar eficiente resposta à mobilidade,
protecção ambiental e gestão dos recursos.
Processo Construtivo
Para iniciar este trabalho é necessário executar uma plataforma com as dimensões em planta de
8,0 por 5,0 m (ou como opção circular com diâmetro 8,0 m), preparada com soleira em betão de
0,20m de espessura. Esta plataforma deverá ser constituída num poço de ataque, com as referidas
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Movimentação de terras Pág.71
dimensões e cota de fundo abaixo cerca de 0,40 m da geratriz inferior do túnel. Na frente de
ataque será construída uma estrutura porticada para instalar o módulo de entrada do escudo
metálico.
De seguida, instala-se o escudo metálico/máquina à cota da perfuração.
No interior desta peça está montada uma escavadora hidráulica, accionada por motor eléctrico
instalado no interior do escudo. A parte frontal desta estrutura tem uma configuração em pala
para evitar a entrada descontrolada de material para o interior do túnel.
A entrada do escudo metálico no terreno far-se-á por escavação no seu interior, avançando por
impulsão hidráulica contra a estrutura de reacção constituída para o efeito. Após a entrada do
escudo no terreno, proceder-se-á à montagem das aduelas na sua retaguarda, funcionando como
anel fechado e servindo de sustentação do terreno. Cada aduela terá duas aberturas de DN 50 mm
para injecção de gravilha na fase da sua instalação e calda de cimento na fase de conclusão da
empreitada.
Toda a directriz quer em planimetria, quer em altimetria será orientada por um nível de laser
acoplado à estrutura de reacção e projectado para o interior do túnel a cerca de 0,30 m da sua
parte superior.
Os primeiros 8 a 10 metros de túnel serão executados com a máxima atenção ao terreno escavado
e à orientação do laser. Deste primeiro troço dependerá o sucesso da travessia. Nesta fase será
projectada gravilha com 4 a 12 mm de diâmetro no espaço sobreescavado exterior às aduelas e a
respectiva calda de cimento, de maneira a servir de reacção à máquina na execução do restante
túnel.
A fase seguinte compreenderá as tarefas essenciais para a execução do túnel, nomeadamente a
instalação do silo de gravilha, bombas de injecção, carris no interior do túnel, locomotiva
alimentada por bateria e respectivas vagonetas para transportar os terrenos escavados do interior
para o exterior e levar as aduelas até ao local da sua instalação.
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Movimentação de terras Pág.72
Poço de trabalho Plano de estaleiro
Para prosseguir o trabalho de revestimento a aduelas, o escudo metálico vai avançar, por
escavação do terreno, constantemente tensionado contra a frente de escavação, por reacção de
cilindros hidráulicos nas aduelas já instaladas. Após o avanço, serão recolhidos os cilindros
hidráulicos para instalação de um conjunto de três aduelas no interior do escudo. Imediatamente
a seguir será projectada gravilha para preencher o espaço sobreescavado externo às aduelas,
ainda ao abrigo do escudo metálico. Esta operação, complementada com a instalação de carris
repetir-se-á até atingir o local de saída.
Todas as tarefas serão executadas dentro do escudo metálico, sempre cravado contra o terreno na
frente de escavação, para evitar qualquer descompressão.
Esquema Construtivo
A. Com a escavadora solta-se a terra e conduz-se a mesma à cinta transportadora
B. Os tubos da máquina são propulsionados frontalmente através de cilindros hidráulicos
internos. A propulsão compreende 60, 75 cm respectivamente. O tubo já acabado serve de
contra-suporte para o anel de pressão.
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Movimentação de terras Pág.73
C. Os cilindros hidráulicos são então introduzidos de modo a obter espaço para montagem dos
tubbings.
D. Assim que o novo tubo está montado e com a extremidade completa, ele serve aos cilindros
hidráulicos de novo contra-suporte para propulsão do escudo de perfuração.
Após a chegada ao poço de saída, será desmontada a máquina de escavação e retirado o escudo
metálico. Os carris serão retirados com auxílio da locomotiva de montante para jusante para a
plataforma de ataque.
A fase seguinte compreenderá a injecção de calda de cimento, para preencher os vazios do
material granular e consolidação do terreno envolvente.
Este processo destina-se unicamente a promover a colmatação dos vazios existentes na gravilha
pelo que a injecção será realizada a baixa pressão.
2.1.6. Aduelas - Definição
O elemento mais importante do Sistema de Perfuração por Ataque Pontual são as aduelas. A
possibilidade de execução deste sistema deve-se a esta invenção.
As aduelas são segmentos tubulares de 60 e 75cm de comprimento manufacturados em betão
armado do tipo B45 (DIN 1045). Através das peças de encaixe axial perfeitamente moldadas,
três segmentos idênticos interligam-se produzindo um estável anel.
2.1.6.1. Manufactura
As aduelas são fabricadas em centrais de betão com o recurso aos moldes.
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Movimentação de terras Pág.74
Moldes para execução das aduelas
2.1.6.2. Calafetagem
As aduelas são instaladas com uma calafetagem em sanduíche. A combinação das peças pré-
fabricadas e o revestimento local resulta num tubo de união de alta qualidade e calafetagem.
Montagem de uma cinta hidrófuga não temperada em encaixes perfeitamente moldados,
enchimento subsequente com gravilha (2-8mm) no túnel e seguida de injecção de calda de
cimento para preenchimento dos restantes vazios.
2.1.7. Processo de injecção de gravilha para enchimento do espaço anelar de sobre
escavação
Em todas as sondagens existe um espaço anelar periférico de sobre escavação condicionado pelo
sistema de escavação utilizado. O tamanho de cada espaço anelar resulta da diferença entre o
diâmetro exterior do túnel (aduelas ou tubo) e o diâmetro exterior do escudo de escavação que
durante os trabalhos de escavação deverão ser preenchidos por injecção de gravilha de modo
ritmado e contínuo.
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Movimentação de terras Pág.75
O enchimento é composto por uma mistura de gravilha de aproximadamente DN 2 a 8mm.
Esta mistura é injectada por uma máquina (de injecção) que se encontra no exterior do poço de
ataque, que trabalha a ar comprimido com caudal de 10m3/min e uma pressão até 8 bar via
tubagem de DN 50 mm, para o espaço anelar na periferia do escudo de escavação. Nas aduelas
existem aberturas para que a mistura de gravilha, através de uma boquilha na tubagem de
injecção, possa ser soprada a toda a velocidade no espaço anelar.
Devido à pressão do ar, a junta tórica vedante impede a passagem da mistura para o interior
frontal da máquina escavadora. A máquina de mistura de gravilha é telecomandada só e
unicamente pelo manobrador da máquina escavadora.
Este processo é ritmado e continuo. Para uma escavação de aduelas com 0,75 m de comprimento,
é injectado por duas vezes o espaço anelar, sempre após a saída da primeira vagonete de
transporte de entulho para o exterior, e antes que a próxima aduela seja colocada.
Uma chapa de protecção com 4 mm de espessura, evita que os detritos caiam para o espaço
anelar ainda não preenchido, enquanto o manobrador escava através de pressão dos cilindros
hidráulicos, movimentando-se para a frente.
A continuidade de enchimento do espaço anelar, enquanto o decorrer da escavação é muito
importante, para que se evitem, ou minimizem, assentamentos do terreno.
2.1.8. Processo de injecção
De acordo com a sensibilidade das estruturas sobrejacentes ao túnel, adoptar-se-á o seguinte
procedimento de execução:
1º Todos os orifícios existentes nas aduelas são tamponados por colocação de tampões
plásticos para evitar a saída de gravilha.
2º A injecção realizar-se-á em troços com cerca de 7,5 metros de desenvolvimento. Para
tal serão retirados os tampões superiores no 1º conjunto de aduelas, por onde se vai injectar, e
também no conjunto imediatamente após o desenvolvimento preconizado, que funcionarão como
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Movimentação de terras Pág.76
purga. Os restantes tampões em plástico serão retirados, sendo os orifícios colmatados com
argamassa “fumacret”.
3º A calda de cimento será injectada a uma pressão máxima de 4 a 5 bar e no sentido
ascendente da pendente do túnel.
4º A injecção será finalizada quando a calda de cimento começar a sair pelos orifícios de
purga ou atingir pressões superiores ao preconizado.
Considera-se nesta fase um consumo de cimento na ordem de 200 kg por metro linear de túnel.
5º Seguidamente retoma-se o mesmo processo, injectando pelos orifícios que serviam
como purga, retirando os tampões superiores das aduelas afastadas da mesma distância.
Para controlo do faseamento e procedimento de injecção, será efectuado o registo da quantidade
de cimento injectado, pressão de injecção e o posicionamento da obturação e purga em cada
troço do tratamento.
2.1.9. Perfuração com sem-fins dirigida por laser - Desenvolvimento e utilização
Esta tecnologia surgiu da necessidade de instalação de colectores em terrenos moles (SPT<30)
sem abertura de vala, de forma a minimizar o risco de assentamentos em ruas ou edifícios e
evitando o desvio e cortes de trânsito e consequentemente menos engarrafamentos e menor risco
de acidentes.
2.1.10. Método construtivo
A perfuração horizontal é efectuada por meio de uma máquina que dispõe de um dispositivo de
controlo da direcção (altimétrica e planimétrica).
A partir de um poço de ataque com dois metros de diâmetro procede-se à execução do furo piloto
guiado por laser, entre caixas numa extensão nunca superior a 60 metros. No local de chegada
ter-se-á de executar um poço de saída com o diâmetro de 1.5 metros.
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Movimentação de terras Pág.77
Para evitar a descompressão do terreno é imprescindível que o poço de ataque seja escavado na
totalidade por um sistema deslizante na vertical, designado por havage.
Após a instalação do furo piloto proceder-se-á ao alargamento do mesmo com a ajuda de uma
cabeça adaptada às varas da perfuração dirigida afim de perfurar no diâmetro pretendido apoiado
no furo guia previamente executado.
Toda a perfuração é assim alargada por um conjunto de tubos de aço com um metro de
comprimento ligados entre si por encaixe macho-fémea, tendo no seu interior sem-fins para
proceder à extracção do terreno.
O último passo é a substituição do casing em aço pela tubagem definitiva.
A exequibilidade deste trabalho obriga à existência de um recobrimento de terreno, acima do
extradorso da tubagem com um mínimo igual a duas vezes o diâmetro do casing a cravar sendo o
valor mínimo de 1,5m.
2.1.11. Pipe Jacking - Descrição geral
Após a abertura de um poço para instalação da estação principal de impulsão, introduz-se no
terreno a cabeça cortante que constituirá com o escudo o principal órgão de avanço no terreno.
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Movimentação de terras Pág.78
A seguir ao escudo e cabeça cortante, posiciona-se cada um dos tubos de betão na estação
principal, mediante o accionamento dos cilindros hidráulicos faz-se avançar o conjunto com a
direcção desejada.
Quando o comprimento da tubagem introduzida produz forças de atrito que se aproximam da
capacidade máxima de impulsão da estação principal, coloca-se atrás do último tubo cravado,
uma estação intermédia que tem por objectivo fazer avançar o tramo situado entre a frente da
escavação e ela mesmo. O troço situado entre a estação intermédia e poço de ataque é cravado
pelos cilindros hidráulicos da estação principal. O número de estações intermédias será função
do comprimento da travessia a executar, do diâmetro do tubo e das características do terreno.
Vista geral do poço de ataque
2.1.12. Estação Principal
Tem por objectivo exercer a força necessária ao avançar dos tubos na direcção requerida.
Os cilindros hidráulicos, acoplados na mesma extremidade à estrutura de repartição de forças no
muro de reacção e na outra ao aro de pressão sobre os tubos, permitem a introdução de cada um
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Movimentação de terras Pág.79
dos tubos a cravar, entre o último tubo cravado e o aro de pressão. Após o posicionamento do
tubo, inicia-se o empuxe pelo esforço de compressão dos cilindros hidráulicos que vão-se
distendendo à medida que o tubo vai cravado no terreno.
O esforço de compressão dos cilindros hidráulicos transmite-se ao paramento do poço, através da
estrutura de repartição de forças e ao tubo, por intermédio de aro de pressão. O número de
cilindros hidráulicos e o seu curso, é função das dimensões da tubagem e do comprimento da
travessia.
Sistema de escavação Aro de impulsão
2.1.13. Cabeça Cortante
Antecedendo o primeiro tubo de betão, com o objectivo de sustentar o terreno, posiciona-se o
escudo no interior do qual se instala a cabeça cortante, responsável pela escavação do terreno por
meio de uma mini-escavadora ou fresadora. O escudo apresenta um primeiro tramo articulado,
de maneira a permitir pequenos ajustes direccionais pelo accionamento de cilindros hidráulicos
próprios.
Sistema direccional “Laser” Escudo de corte
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Movimentação de terras Pág.80
2.2. Aplicações e benefícios
2.2.1. Benefícios Técnicos
A tecnologia de obras por método não destrutivo por pipe jacking tipo slurry traz diversas
vantagens. Alguns benefícios, como a redução do impacto sobre o trânsito e toda a sociedade e
economia decorrentes de interdições de vias públicas, são dificilmente mensuráveis, tornando
este tipo de avaliação extremamente subjectiva. Também é difícil quantificar o risco de
assentamentos ou danos a edificações circunvizinhas.
Em alguns países, existem critérios para a estimativa destes custos, e com base nestes parâmetros
é feita, então, a opção pelo método executivo a ser adoptado.
Para maior clareza, os principais benefícios foram agrupados em cinco grupos.
2.2.2. Qualidade e durabilidade
O conceito da técnica, onde todo o túnel se movimenta, sendo submetido aos elevados esforços
de cravação, faz com que seja obrigatória a utilização de tubos especiais, de maior resistência e
precisão. Estes tubos, desenvolvidos especialmente para esta finalidade, têm como nomenclatura
comercial a denominação tipo JP (do inglês: Jacking Pipe). Estes tubos para cravação são
fabricados com resistências a compressão elevadas, entre 50 e 60 MPa e tolerâncias dimensionais
muito mais rígidas em relação aos tubos aplicados em obras convencionais.
Todas estas características proporcionam um melhor acabamento final, onde permanece
instalado um conduto de melhor qualidade. A maior resistência do betão é sempre consequência
de uma baixa relação água/cimento, moldagem
e cura mais avançadas. Este ganho qualitativo reflecte na maior longevidade da tubulação. A
precisão dimensional e perpendicularidade necessária para que os esforços de cravação sejam
bem distribuídos, evitando excesso de tensão por carga pontual, proporcionam juntas mais
precisas, melhor vedação e estanqueidade.
O sistema de juntas utilizado é do tipo ponta e bolsa, junta elástica, proporcionando excelente
vedação e possibilidade de controlo prévio. Os tubos são colocados em local limpo e seco
(shaft), possibilitando a verificação da integridade do anel de borracha de forma a garantir o seu
bom acoplamento, antes de sua cravação. Além destas características, se diferem dos tubos ponta
e bolsa convencionais por utilizarem bolsa metálica em aço carbono (ver figura), revestido com
epóxi ou galvanizado e, em casos especiais, em aço inoxidável.
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Movimentação de terras Pág.81
2.2.3. Betão de alta resistência.
Apoio de Madeira para melhor distribuição de cargas
2.2.4. Redução de prazos e custos
Nos métodos convencionais de Escavação de Túneis e Travessias (Linner Plates, MiniShield,
NATM, etc.), a execução pode se complicar onde se tem a interferência do lençol freático e/ou
condições geológicas desfavoráveis (solos moles, não coesivos, etc.).
Em muitos casos tornam-se necessários tratamentos especiais, originando assim a custos
elevados, sem que se assegure plenamente um bom desempenho.
Os equipamentos de pipe jacking tipo slurry permitem que os trabalhos sejam efectuados abaixo
do nível de água ou em terrenos colapsíveis, sem transtornos, custos adicionais e inconvenientes,
como trincas em edificações vizinhas, transtornos ao trânsito e à população, ou assentamentos.
A maior qualidade dos tubos, já abordada, traduz-se em custo de operação menor, minimizando
os investimentos em manutenção e recuperação dos custos a longo prazo.
Além da segurança de performance, a tecnologia também traz ganhos através da redução de
prazo. A produtividade chega a ser cinco vezes maior do que as técnicas baseadas em escavação
manual. Deve-se observar, também, que o túnel é entregue acabado, sem necessidade de
aplicação de revestimento ou do assentamento interno de tubos conduto.
2.2.5. Minimização de assentamentos
A escavação feita pelo shield já é feita no diâmetro exacto da tubulação, acrescido de apenas um
pequeno sobrecorte (normalmente entre 1% e 2% do diâmetro externo do equipamento).
O sobrecorte é preenchido continuamente por lama bentonítica, preservando um espaço anelar
capaz de permitir a manobra do equipamento, e a lubrificação para redução do atrito. Com isso,
os trabalhos se desenvolvem um maciço com características praticamente inalteradas, no seu
estado original de compacidade, também sem a implantação indesejável de gradiente hidráulico,
reduzindo plenamente assentamentos diferenciais. A constante lubrificação com bentonita evita a
acomodação do terreno, muito comum nas obras de túneis através de métodos como Linner
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Movimentação de terras Pág.82
Plates, ou mini shield, durante o intervalo compreendido entre a escavação e posterior
preenchimento, através de aplicação de injecções.
2.2.6. Segurança
A mecanização do processo de escavação elimina a necessidade de trabalho no interior do túnel.
Desta forma, os operários não são submetidos a riscos inerentes ao trabalho em ambiente
confinado, como eventual ruptura da frente de escavação e falta de ventilação, permanecendo
sempre em áreas protegidas (shaft) ambiente ventilado e ao ar livre.
2.2.7. Controle e precisão
A precisão direccional do sistema é assegurada pelo controle a laser, onde a posição da cabeça de
corte é monitorizada constantemente.
Todo o avanço do túnel segue o alinhamento de projecto, através da instalação de um emissor de
raio laser, calibrado no eixo da conduta, demarcado a partir de um ponto fixo, situado no poço de
serviço. O feixe de laser é projectado num alvo na cabeça de corte ou shield, a imagem do alvo é
transmitida para o painel de controlo, onde desvios mínimos podem ser detectados e reparados
imediatamente, evitando a propagação de erros.
Além do controle direccional, todo o processo é orientado por um sistema de automação (PLC),
acoplado a um computador. Através da automação, todo o conjunto é monitorizado, evitando e
minimizando o risco de eventual falha mecânica ou de operação.
Durante o decorrer do processo, os dados são armazenados no computador, que faz a gestão do
sistema operacional. Este gere relatórios, que fornecem todos os dados de cravação, tais como,
vazão de entrada e saída, direcção, pressão, torque, etc., para registo e controle do desempenho
de cravação, ao longo de todo o túnel.
Este registo permite a identificação precisa de eventuais falhas.
2.2.8. Produtividade
Desde aspectos ainda bastante subjectivos e dificilmente mensuráveis, como o impacto social e
suas consequências económicas ocasionados por uma obra sobre o trânsito e toda a parcela da
sociedade afectada por ela, até aspectos já citados anteriormente, a técnica assegura benefícios,
como a produtividade.
Para a faixa de diâmetros nominais entre 600 e 1200mm, observam-se, normalmente,
produtividades médias entre 100 e 180 m, por mês, em projectos executados por pipe jacking
ante uma média entre 30 e 50 m, por mês, em obras executadas com escavação manual.
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2.2.9. Aplicabilidade
A tecnologia de túneis em pipe jacking tem uma extensa gama de aplicações. Podendo ser
aplicada praticamente em todas as situações onde é necessária a execução das obras por método
não destrutivo.
O sistema tem maior vantagem competitiva nas situações apresentadas abaixo.
2.2.10. Quando considerar o uso de pipe jacking
• Restrição ou inconveniência à abertura de valas no local;
• Necessidade de precisão no túnel ao longo de todo o traçado;
• Necessidade de durabilidade, resistência e estanqueidade do conduto;
• Profundidades acima de 4,0 metros;
• Proximidade de edificações e/ou sob outras instalações;
• Travessias sob vias ou rodovias;
• Trabalho em solo colapsível;
• Trabalho abaixo do nível do lençol freático.
2.2.11. Principais aplicações
• Redes colectoras e colectores de esgotos;
• Drenagem pluvial;
• Adutoras;
• Condutas para passagem de cabos eléctricos, telefónicos e fibra óptica;
• Condutas de gás;
• Passagens inferiores;
• Tubulações de uso múltiplo;
• Transporte subterrâneo sob plataformas industriais;
• Obras de recuperação ambiental.
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2.3. Investigação do terreno e informação das condições do solo
Travessia sob uma via-férrea
2.3.1. Investigação do Terrenos - Geral
Uma investigação do terreno completa, tanto efectiva como interpretativo, é necessário um
relatório para determinar as características que sejam encontradas a partir das sondas realizadas
no terreno, em conjunto com detalhes de linhas de água e serviços afectados na vizinhança.
A investigação de terreno deve seguir uma orientação integrada:
Investigação do terreno por parte de Construção especificação de investigação de Solos.
A investigação de terreno deve ser dirigida por um técnico apropriadamente qualificado
especialista em geotécnia ou consultor geotécnico com experiência considerável em esquemas de
construção de túnel.
2.3.2. Estudo de Gabinete
Para todos os esquemas um estudo de gabinete deve ser executado, avaliando a literatura
disponível, mapas, fotografias aéreas, a utilidade planeia as investigações de terreno existentes.
No gabinete o estudo é essencial para ajudar a entender o extracto geológico e questões de
geotécnia, e deve ser usado para determinar o alcance de qualquer investigação intrusa.
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2.3.2.1. Informação dos solos necessária para projecto e respectivo custo
2.3.2.1.1. Estudo de campo
As técnicas exploradoras de campanhas seleccionadas devem ser apropriadas ao tipo de solos e à
profundidade planeada de construção do túnel.
Deve ser feita a sondagem geofísica, sondagem de solos em escavação, estático-sondagem de
penetração e sondagens.
O programa deve incluir testes relevantes para solos condições e as técnicas de construção de
túnel a serem empregues.
2.3.2.1.2. Posições de Sondagens
Em nenhum caso as sondagens devem ser executadas na linha do túnel.
As posições sondagens devem ser escolhidas para prover a informação e a natureza dos solos que
será encontrado ao longo do alinhamento do túnel.
Todas as sondagens devem ser perfeitamente identificadas e seladas.
O Piezometross deve ser instalados nos locais recomendados.
As sondagens sempre devem estender-se ao horizonte de túnel e suficientemente abaixo do nível
freático para identificar as modificações nas camadas abaixo do túnel que podem afectar a
construção do túnel.
As sondagens devem ser adjacentes a posição do poço.
Deve considerar-se que sondagens adicionais identificam a posição de modificações significantes
em geologia ou resolva outras incertezas geotécnicas.
2.3.2.1.3. Provisão de Informações
Todos históricos e informação sobre investigação de terreno devem ser permitir uma avaliação
exacta das características técnicas necessárias para executar o trabalho.
Se o traçado do túnel for modificado em relação ao seu traçado inicialmente previsto na
sondagem do terreno, então há a necessidade de rever as sondagens para assegurar que a
informação fornecida é ainda relevante para o traçado alterado.
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2.4. Desenho, métodos e técnicas de construção
Antes de procedermos ao projecto de construção detalhado e análise de método, o técnico
geralmente faz um estudo básico que vá de encontro com as exigências do projecto.
Para um sistema essas exigências incluirão:
● Exigências Hidráulicas,
● Traçado preferencial,
● Exigências de escoamentos,
● Profundidade,
● Declive.
Depois de uma avaliação de engenharia, ambiental e parâmetros de preço, método de escavação
de pipe jacking a construção de poço também será orientada por um número de factores que
incluem:
● Condições de Solos,
● Detalhes de serviços existentes e subterrâneo estruturas,
● Posição de bueiros e áreas de trabalho,
● Comprimentos necessários,
● Diâmetros de pipeline,
● Economia.
As condições de solos desempenharão um papel principal na determinação do tipo do poço a ser
construído, a escavação do pipe jacking o método e qualquer solo apoiam sistemas a ser usados.
Cada um deles pode ter limitações quanto a qualquer diâmetro ou comprimento de túnel dirigido.
O interface entre essas variáveis, em conjunto com considerações físicas, como a posição de
drenagens e o tamanho de áreas de trabalho, fornecerá uma solução óptima ou a variedade de
soluções que então pode ser avaliada na base dos custos inerentes á empreitada.
Considerando o uso de pipe jacking como uma alternativa para abrir o túnel, deverá ser feita uma
avaliação do realinhamento o que muitas das vezes pode encurtar-se o comprimento total do
pipeline.
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2.4.1 Poços de trabalho
Uma variedade de métodos de construção de poços de trabalho pode ser usada para pipe jacking
operações, inclusive:
● Revestimento Segmentário,
● Pré-moldado ou forma in situ,
● Estanquicidade do nível freático,
● Estabilização de Solos.
Tunnel boring machine (TBM) – Na cabeça possui um escudo cortante de rotação. Várias
cabeças cortantes disponíveis para se ajustarem a uma larga variedade de tipos de solos.
Cutter boom shield – um escudo de cara aberto em que é montado um bom de corte com o
objectivo de escavação.
Backacter shield – um escudo de frente aberta em que a backacter mecânico é montado para
objetivos de escavação.
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2.4.2. Pipe jacking métodos de escavação
Backactershield
Tunnel boring machine
Cutter boom shield
Closed face tunnel boring machine (TBM)
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Máquina de pasta fluida pressurizada
Máquina de trado
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2.5. O Pipe jacking - tubos
O betão é o material mais comum e usado como a revestimento primário de pipejacking, com o
maior padrão variedade que tem diâmetros de 450 mm a 3000 mm ou maior se necessário. Para
mais pequenos diâmetros alta força os tubos de ceramico vitrificados são comumente usados.
A escolha do material pode ser sob o efeito do diâmetro, comprimento de projecto, e em alguns
casos, por condições dos solos ou a finalidade a que se destina o pipeline. Tubos por exemplo de
betão, foram produzidos para encontrar-se excepcional condições. A maioria de tubos de pipe é
para canalização, drenagem e outras aplicações de serviço, e tais projectos normalmente
implique tubos de betão em grandes diâmetros ou cerâmico nos tamanhos mais pequenos de
túnel.
Uniões flexíveis típicas
Tubos principais reduzidos Tubos intermédios
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2.5.1. Tubos de aço
Os tubos de aço variam de comprimento e são usados como mangas para instalação de gás,
pipelines de óleo e de água onde as tolerâncias em linha e nível não são normalmente
necessárias. Factores como tempo de soldagem e escavação o tamanho deve ser considerado
determinando o comprimento de cada pipe, tubo individual.
Reinversão típica e detalhe de revestimento secundário
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2.6. Comprimentos de Pipe Jacking, cargas e tolerâncias
Intermediário jacking estações
2.6.1. Comprimentos de Jacking
O comprimento que o pipe jacking pode ser instalado depende de um número de factores
relacionados com detrminadas variaveis: a estabilidade e características de fricção da geologia
para ser tunelada ou escavada pois neste caso devemos pondera a força dos tubos, o diâmetro de
tubo, o tipo de método, de escavação, e a reação do pipe jacking disponível. O incómodo
principal será a natureza dos solos e s quantidade de água existente nos solos.
Contudo, a distância que pode ser realizada é optimizada pelo uso de uma variedade de técnicas
já mencionadas anteriormente.
2.6.2. Estações intermédias
Para redistribuir a força total no tubo, as estações intermédias são frequentemente usadas entre
tubos equipados com macacos hidráulicos que vão auxiliar a máquina de impulso a exercer
menos carga.
Um jogo de pipede tubo igual mas especial com a instalação de um colarinho de aço de
comprimento aumentado em que os macacos hidráulicos são colocados entre dois tubos opostos
que quando activados abrem e empurram os tubos.
A estação intermédia, então é movida, de modo normal, até que complemente a força de impulso
disponivel exercida.
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2.6.3. Lubrificação
O escudo da máquina é projectado para produzir um pequeno intervalo ao diâmetro externo do
tubo.
Injectando um lubrificante nestes aneis o pipeline , na teoria, pode circular livremente por um
meio fluido.
Lubrificação típica
Na prática, as perdas de fluido podem ocorrer para os solos. O fornecimento desses pode ser
controlado, a técnica resulta em reduções consideráveis de força e, por isso, comprimentos de
tuneis mais extensos.
2.6.4. Cargas de Jacking
As cargas necessárias ao pipeline para a frente são principalmente a função de forças de atrito
acumuladas em volta do pipeline - tubo.
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Estas forças dependem do tipo de solos, as suas características e ângulo de fricção, a
profundidade de sobrecarga, a profundidade da água no dolo e qualquer carga de
sobredimensionada, o comprimento e diâmetro do pipe jacking e o tempo usado para cada
operação.
É difícil avaliar exactamente estas forças usando a teoria da mecânica de solos, após anos de
experiência, conseguiram valores empíricos.
Como uma guia, as forças de atrito variam entre 0.5 e 2.5 toneladas por metro quadrado de área
circunferencial externa.
O uso de técnicas de injeção lubrificantes sofisticadas podem reduzir as forças de atrito para um
valor tão pequeno como 0.1 toneladas por metro quadrado.
As forças de atrito no pipeline podem ser reduzidas por aplicação de um lubrificante
conveniente, abaixo de uma pressão nominal acima daquelas exercidas pelos solos e pela água.
Se a resistência de atrito é anticipada, é recomendado que as estações intermédias sejam
colocadas no intervalo do pipeline.
2.6.5. Tolerâncias do Pipe Jacking
Numa situação estávél, independente, solos homogeneos, a tolerância aceitável de tubos de pipe
jacking é de ±50mm em alinhamento e de ±50mm em qualquer ponto.
Para microconstrução de túnel, as tolerâncias são de ±25mm em linha a cota é atingível.
Contudo, em solos com fracas condições, solos especialmente movediços ou onde as obstruções
estão presentes, essas tolerâncias podem não ser prontamente atingíveis. Em tais circunstâncias
onde isto possa surgir a tolerância pode ser considerada em função do tamanho dos tubos. O
ajuste de cotas deve ser gradual para assegurar que o fabricante de tubo em questão permita a
deflexão angular, que não é excerdido em qualquer união individual. Assim, tornam-se possíveis
algumas correcções de traçado, quer em planimetria, quer em altimetria, de modo a aproximar-se
o mais exacto do traçado de projecto.
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3. Bibliografia
www.herrenknetch.com
www.kboringen.com
www.hidrosolo.pt
www.eclengenharia.com.br www.pipejacking.org
www.brasilengenharia.com.br