Médiuns sensitivos, ou impressionáveis - · PDF fileA possibilidade de ver os...

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  • Mdiuns sensitivos, ou impressionveis

    Chamam-se assim s pessoas suscetveis de sentir a presena dos Espritos por uma impresso vaga, por uma espcie de leve roadura sobre todos os seus membros, sensao que elas no podem explicar. Esta variedade no apresenta carter bem definido. Todos os mdiuns so necessariamente impressionveis, sendo assim a impressionabilidade mais uma qualidade geral do que especial. a faculdade rudimentar indispensvel ao desenvolvimento de todas as outras.

    Esta faculdade se desenvolve pelo hbito e pode adquirir tal sutileza, que aquele que a possui reconhece, pela impresso que experimenta, no s a natureza, boa ou m, do Esprito que lhe est ao lado, mas at a sua individualidade, como o cego reconhece, por um certo no sei qu, a aproximao de tal ou tal pessoa. Torna-se, com relao aos Espritos, verdadeiro sensitivo. Um bom Esprito produz sempre uma impresso suave e agradvel; a de um mau Esprito, ao contrrio, penosa, angustiosa, desagradvel. H como que um cheiro de impureza.

    Pneumatofonia - Voz Direta

    Allan Kardec, em O Livro dos Mdiuns, chamou de pneumatofonia a produo de rudos e vozes por entidades espirituais sem a colaborao ostensiva de um intermedirio. Diferente, portanto, do que ocorre na psicografia, quando um mdium escreve sob a influncia dos desencarnados. Na pneumatofonia os sons parecem surgir no ar. Quando se trata de palavras ou frases, tambm chamado de voz direta.

    Pelo que sabemos da natureza dos Espritos, podemos supor que, dentre eles, alguns, de ordem inferior, se iludem e julgam falar como quando vivos.

    No se trata de psicofonia. A pneumatofonia existe quando, sem o auxlio da garganta de uma personalidade encarnada, uma inteligncia despojada de veculo orgnico se faz perceber, fisicamente, como uma voz no ambiente.

    interessante lembrar, a propsito, que casos desse tipo ocorreram na primeira fase do movimento cristo, assinalando, inclusive, as viagens missionrias de Paulo de Tarso como se observa nos Atos dos Apstolos (Atos, 13:2) e no livro Paulo e Estvo, de Emmanuel, psicografia de Chico Xavier (37a edio, pgs. 317 e 330).

    A literatura doutrinria posterior trouxe mais informaes a respeito. Nelas se esclarece que os mensageiros espirituais, empregando recursos fludicos fornecidos por um medianeiro, moldavam, em tais ocasies, uma rplica de nosso aparelho fonador, atravs da qual, utilizando-se de recursos do ambiente, faziam soar suas vozes de forma perceptvel nossa audio.

    Materializaes bem como os fenmenos que estamos comentando constituem demonstraes irrecusveis de que nossa individualidade sobrevive disjuno celular, com todas as implicaes filosficas e religiosas da decorrentes.

    Os sons espritas, os pneumatofnicos se produzem de duas maneiras distintas: s vezes, uma voz interior que repercute no nosso foro ntimo, nada tendo, porm, de material as palavras, conquanto sejam claramente perceptveis; outras vezes, so exteriores e nitidamente articuladas, como se proviessem de uma pessoa que nos estivesse ao lado.

    De um modo, ou de outro, o fenmeno da pneumatofonia quase sempre espontneo e s muito raramente pode ser provocado. (O Livro dos Mdiuns - Segunda Parte, captulo 12, itens 150 e 151; Missionrios da Luz - captulo 10, psicografia de Chico Xavier).

    Mdiuns audientes

    Estes ouvem a voz dos Espritos. , como dissemos ao falar da pneumatofonia, algumas vezes uma voz interior, que se faz ouvir no foro ntimo; doutras vezes, uma voz exterior, clara e distinta, qual a de uma pessoa viva. Os mdiuns audientes podem, assim, travar conversao com os Espritos. Quando tm o hbito de se comunicar com determinados Espritos, eles os reconhecem imediatamente pela natureza da voz. Quem no seja dotado desta faculdade pode, igualmente, comunicar-se com um Esprito, se tiver, a auxili-lo, um mdium audiente, que desempenhe a funo de intrprete.

  • Esta faculdade muito agradvel, quando o mdium s ouve Espritos bons, ou unicamente aqueles por quem chama. Mas no se d o mesmo quando um Esprito mau se apega a ele, fazendo-lhe ouvir a cada instante as coisas mais desagradveis e no raro as mais inconvenientes. Cumpre-lhe, ento, procurar livrar-se desses Espritos, pelos meios que indicaremos no captulo da Obsesso.

    5. Mdiuns videntes

    (Q167 LM) Os mdiuns videntes so dotados da faculdade de ver os Espritos. Alguns gozam dessa faculdade em estado normal, quando perfeitamente acordados, e conservam lembrana precisa do que viram. Outros s a possuem em estado sonamblico, ou prximo do sonambulismo. Na categoria dos mdiuns videntes se podem incluir todas as pessoas dotadas de dupla vista. A possibilidade de ver os Espritos em sonho tambm uma espcie de mediunidade, mas no constitui propriamente a mediunidade de vidncia.

    O mdium vidente julga ver com os olhos, como os que so dotados de dupla vista; mas, na realidade, a alma quem v e por isso que eles tanto vem com os olhos fechados, como com os olhos abertos; donde se conclui que um cego pode ver os Espritos, do mesmo modo que qualquer outro que tem perfeita a vista.

    168. Cumpre distinguir as aparies acidentais e espontneas da faculdade propriamente dita de ver os Espritos. As primeiras so freqentes, sobretudo no momento da morte das pessoas que aquele que v amou ou conheceu e que o vm prevenir de que j no so deste mundo. H inmeros exemplos de fatos deste gnero, sem falar das vises durante o sono. Doutras vezes, so, do mesmo modo, parentes, ou amigos que, conquanto mortos h mais ou menos tempo, aparecem, ou para avisar de um perigo, ou para dar um conselho, ou, ainda, para pedir um servio.

    O servio que o Esprito pode solicitar , em geral, a execuo de uma coisa que lhe no foi possvel fazer em vida, ou o auxlio das preces. Estas aparies constituem fatos isolados, que apresentam sempre um carter individual e pessoal, e no efeito de uma faculdade propriamente dita. A faculdade consiste na possibilidade, seno permanente, pelo menos muito freqente de ver qualquer Esprito que se apresente, ainda que seja absolutamente estranho ao vidente. A posse desta faculdade o que constitui, propriamente falando, o mdium vidente.

    Entre esses mdiuns, alguns h que s vem os Espritos evocados e cuja descrio podem fazer com exatido minuciosa. Descrevem-lhes, com as menores particularidades, os gestos, a expresso da fisionomia, os traos do semblante, as vestes e, at, os sentimentos de que parecem animados. Outros h em quem a faculdade da vidncia ainda mais ampla: vem toda a populao esprita ambiente, a se mover em todos os sentidos, cuidando, poder-se-ia dizer, de seus afazeres.

    169. Assistimos uma noite representao da pera Oberon, em companhia de um mdium vidente muito bom. Havia na sala grande nmero de lugares vazios, muitos dos quais, no entanto, estavam ocupados por Espritos, que pareciam interessar-se pelo espetculo. Alguns se colocavam junto de certos espectadores, como que a lhes escutar a conversao. Cena diversa se desenrolava no palco: por detrs dos atores muitos Espritos, de humor jovial, se divertiam em arremed-los, imitando-lhes os gestos de modo grotesco; outros, mais srios, pareciam inspirar os cantores e fazer esforos por lhes dar energia. Um deles se conservava sempre junto de uma das principais cantoras.

    Julgando-o animado de intenes um tanto levianas e tendo-o evocado aps a terminao do ato, ele acudiu ao nosso chamado e nos censurou, com severidade, o temerrio juzo: "No sou o que julgas, disse; sou o seu gula e seu Esprito protetor; sou encarregado de dirigi-la." Depois de alguns minutos de uma palestra muito sria, deixou-nos, dizendo: "Adeus; ela est em seu camarim; preciso que v vigi-la."

  • Em seguida, evocamos o Esprito Weber, autor da pera, e lhe perguntamos o que pensava da execuo da sua obra. "No foi muito m; porm, fraca; os atores cantam, eis tudo. No h inspirao. Espera, acrescentou, vou tentar insuflar-lhes um pouco do fogo sagrado." Foi visto, ento, sobre o palco, pairando acima dos atores. Um eflvio parecia se derramar dele para os intrpretes, espalhando-se sobre eles. Nesse momento verificou-se entre eles uma visvel recrudescncia da energia.

    170. Outro fato que prova a influncia que os Espritos exercem sobre os homens, revelia destes: Assistamos, a uma representao teatral, com outro mdium vidente. Conversando com um Esprito espectador, disse-nos ele: Ests vendo aquelas duas senhoras sozinhas num camarote de primeira? Pois bem, vou me esforar para tir-las do salo. Dizendo isso, o mdium o viu ir colocar-se no camarote em questo e falar s duas senhoras. Sbito, as duas, que se mostravam muito atentas ao espetculo, se entreolharam, parecendo consultar-se mutuamente, e a seguir se foram, no voltando mais. O Esprito nos fez ento um gesto gaiato, significando que cumprira a palavra.

    Observamo-los em diversos lugares de reunio: em bailes, concertos, sermes, funerais, npcias etc., e em toda parte os encontramos atiando as ms paixes, insuflando a discrdia, excitando as rixas, motivando os apetites sexuais e rejubilando-se com suas proezas. Outros, pelo contrrio, combatem essa influncia perniciosa, mas s raramente so ouvidos... A faculdade de ver os Espritos uma dessas faculdades cujo desenvolvimento deve processar-se naturalmente, sem que se provoque.

    Os mdiuns videntes, finaliza Kardec, so raros e deve-se ter muitas razes para submet-los ao crivo da observao. prudente no lhes dar f seno mediante provas positivas.

    A vidncia propriamente dita independe dos olhos da materia, porque uma viso anmica, a alma v fora do corpo. o que a Parapsicologia chama de percepo extrasensorial. A dupla vista se manifesta sempre como um desdobram