Medicamento Homeopático
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“ Medicamento Homeopático é toda apresentação
farmacêutica destinada a ser ministrada segundo o
princípio da similitude, com finalidade preventiva e
terapêutica, obtida pelo método de diluições seguidas
de sucussões e ou triturações sucessivas”.
(FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA II)
Origem do Medicamento
Homeopático- Insumo Ativo
Reino Vegetal
Reino Mineral
Reino Animal
Produtos de origem Química,Farmacêutica e Biológica
Preparados especiais de Hahnemann
Fungos, Bactérias e Protozoários
Reino Vegetal
Importante:
Identificação da planta, utilização
da parte correta da planta,época
da colheita, condições ambientais,
seleção e limpeza.
Reino Vegetal
Exemplos de medicamentos homeopáticos preparados a partir de vegetais:
• Plantas inteiras: Belladonna, Drosera rotundifolia, Pulsatilla nigricans, Hypericum perforatum.
• Suas partes: Allium cepa, Colchicum autumnale (bulbo); Ipecacuanha, Paeonia officinalis, Lappa major (raiz); Sanguinaria canadensis, Podophyllum peltatum (rizoma); Coffea cruda, Nux vomica (sementes); Digitalis purpurea, Tabacum (folhas); Sambucus nigra, Calendula officinalis (flores ou sumidades floridas); Agnus castus, Carduus marianus (frutos).
• Outras partes: Lycopodium clavatum (esporos); Berberis vulgaris (casca da raiz); China officinalis (casca do caule); Hamamelis virginiana (mistura de cascas do caule e folhas); Crocus sativus (estigmas); Thuya occidentalis (ramos); Ruta graveolens (parte aérea); Carbo vegetabilis (lenho).
• Seus produtos extrativos ou de transformação (sarcódios): Terebinthina (óleo-resina); Colchicinum (alcalóide); OpiumSlide 52 (látex).
• Seus produtos patológicos ( Nosódios): Ustilago maidisSlide 53 (doença do milho provocado por um fungo); Secale cornutumSlide 54 (esporão do centeio).
Reino Vegetal
Os vegetais são coletados de preferência na parte da manhã, em dias ensolarados, livres do orvalho. Não devem ser colhidos
em dia de chuva ou vento.
Após coleta, podemos utilizar uma das opções abaixo:
• Utilização direta para preparo de tinturas-mães;
• Secagem;
• Conservação em álcool.
Os vegetais silvestres são preferíveis aos cultivados. Estes podem sofrer alterações em suas características originais pelos meios artificiais de tratamento ( inseticidas, adubos químicos e etc.)
As condições climáticas, a altitude e a longitude, também podem alterar a qualidade e quantidade dos princípios ativos.
Reino Vegetal
Condições para coleta:
• As plantas inteiras são coletadas no período de floração.
• As folhas são coletadas imediatamente antes ou no início da floração, após o seu desenvolvimento completo.sumidades floridas são colhidas imediatamente antes do seu desabrochar.
• Os frutos são recolhidos no início da maturação.
• As sementes são retiradas na total maturidade.
• As raízes, os rizomas e os bulbos são coletados no início do inverno, quando os talos murcham, ou no início da primavera. As raízes representam a parte principal subterrânea da planta.
• O lenho e obtido no inicio da primavera.
• As cascas são retiradas no período de desenvolvimento das folhas.
• O caule é colhido entre o desenvolvimento das folhas e a floração.
Reino Mineral
Minerais em seu estado natural.
Drogas de origem industrial - Produzidos
per laboratórios químicos e farmacêuticos.
Preparados obtidos de fórmulas originais
de Hahnemann.
Reino Mineral 1) Minerais Naturais:
São assim chamados pois são utilizados da forma em que são
encontrados na natureza.
Para que possam reproduzir as patogenesias, devem ser recolhidos de
preferência no mesmo local , já que suas características químicas
podem variar de um lugar para o outro.
Sulphur- Enxofre proveniente das minas situadas na Sicília.
Graphites – Minas inglesas de Borrowdale
Petroleum – Áustria ou México ( mesmas características físicas e
químicas).
Reino Mineral
2) Origem Industrial – (Lab.Químico-farmacêutico)
Ex. Acidum phosphoricum, Kalium sulfuricum,
Sulfonilamidum.
3)Preparações especiais de Hahnemann
Ex. Hepar sulphur, Causticum, Mercurius
solubilis.
Reino Animal
O animal pode ser usado inteiro, suas
partes, seus produtos extrativos ou de
transformação(sarcódios), ou seus
produtos patológicos(Nosódios).
Reino Animal
Exemplos de Medicamentos Homeopáticos preparados a partir de animais:
• Animais inteiros: Apis mellifica (abelha européia), Fórmica rufa (for-
miga-ruiva), Cantharis vesicatoria (cantarida), Aranea diadema (ara-
nha porta cruz).Slide 62
• Suas partes: Thyroidinum (glândula tireóide); Carbo animalis (couro
de boi carbonizado).
• Seus produtos extrativos ou de transformação: Lachesis muta (vene
no da cobra surucucu); Calcarea carbonica (parte interna da concha
da ostra); Crotalus horridus (veneno da cascavel norte-americana)
Sepia succus (secrecao da bolsa tintoria da Sepia).
• Sens produtos patológicos: Medorrhinum (pus blenorrágico); Psorinum (conteúdo
seroso da vesícula escabiótica); Luesinum (raspado do cancro sifilítico); Diphterinum
(membrana diftérica).
Reino Animal
Importante:
- Identificação da espécie;
- Condições do material;
- Condição do animal ( vivo, recentemente
sacrificado ou morto, dessecado ou não);
- Animal sadio, em completo desenvolvimento
(adulto);
- Influência do meio ambiente em que vivem.
Reino Fungi
Agaricus muscarius
Lycoperdon bovista
Amanita phalloides
Reino Monera
Classificamos dentro deste reino tanto as bactérias quanto os seus
produtos fisiológicos (toxinas).
Strepcoccinum (Streptococcus pyogenes)
Colibacilinum ( Escherichia coli )
Tuberculinum ( Tuberculinum koch)
Reino Protista
Giardinum ( Giardia lamblia ) - Protozoário
Fucus vesiculosus ( Fucus vesiculosus ) - Alga
Veículos e Excipientes
Também chamados de Insumos Inertes,
são substâncias utilizadas para realizar
as diluições, incorporar as dinamizações e
extrair princípios ativos das drogas na
elaboração das tinturas homeopáticas.
Substância complementar, de natureza definida,
desprovida de propriedades farmacológicas ou
terapêuticas, nas concentrações utilizadas, e
empregada como veículo ou excipiente na composição do
produto final.
Para cada forma farmacêutica, os insumos inertes
determinam as características primárias do produto e
contribuem para forma física, textura,estabilidade, paladar
e aparência geral.
Insumo Inerte
Insumos Inertes Água
Álcool
Glicerina
Lactose
Sacarose
Glóbulos Inertes
Microglóbulos Inertes
Tabletes Inertes
Algodão, gaze
Pomadas, cremes, géis, géis-creme
Amidos, carbonatos, estearatos, óxidos, silicatos
Supositórios e óvulos.
Água purificada
Produzida a partir de água potável por destilação, bidestilação. deionização com filtração
esterilizante ou por osmose reversa.
Recomendações gerais:
a) O sistema utilizado na obtenção da água purificada deve ser mantido em boas condições de
uso, deve existir procedimentos escritos para sua realização e os devidos registros.
b) Os equipamentos devem possuir procedimentos escritos de limpeza e os registros que
comprovem sua realização.
c) A água purificada deve atender aos requisitos de qualidade físico- química, assim como aos
requisitos de qualidade microbiológica de acordo com a legislação vigente.
Embalagem e armazenamento
Em embalagens de polietileno. vidro âmbar ou com proteção contra a luz. que não tenham sido
utilizadas para outros fins. Os recipientes devem ser previamente tratados a fim de evitar
contaminação microbiológica da água purificada a ser acondicionada. Armazenar em local
Protegido de luz e calor por no máximo 24 horas após a sua preparação.
Álcool
• Graduação do álcool etílico, no mínimo
95,1 % (V/V) e no máximo 96.9% (V/V).
Poderá ser proveniente da cana de açúcar
ou de cereais, porém deverá ser isento de
impurezas.
• O alcoômetro de Gay-Lussac deverá ser
utilizado na conferência do teor alcoólico
das soluções preparadas.
Glicerina
A glicerina utilizada em homeopatia é a
bidestilada obtida em alambiques de vidro
para evitar a presença de metais. Deve
ser acondicionada em recipientes bem
fechados ( vidro ou plástico ) pois é
higroscópica.
Lactose
Obtida do leite de vaca. Deve ser utilizada pura,
livre de impurezas ( amido, sacarose e glicose).
Sacarose
Açúcar purificado obtido da cana-de-açúcar,
deve ser livre de impurezas como: metais
pesados, cálcio, cloreto e sulfatos. Utilizada na
fabricação de glóbulos inertes.
Glóbulos inertes
São pequenas esferas compostas por sacarose ou mistura de sacarose e
lactose. São obtidos industrialmente a partir de grânulos de açúcar mediante
drageamentos múltiplos. Apresentam-se com pesos médios de 30 MG (nº 3).
50 MG (nº 5) e 70 mg (nº 7), na forma de grãos esféricos, homogêneos e
regulares.
Microglóbulos inertes
São pequenas esferas, muito menores do que os glóbulos, preparadas com amido e
sacarose. Apresentam-se com
peso médio de 630 mcg (100 unidades devem pesar 63 mg).
Tabletes inertes
Constituem preparações de consistência sólida em formato de pequenos cilindros achatados,
destinados a se desagregarem lentamente na cavidade bucal.
São constituídos de lactose moldada em tableteiros e seca em temperatura inferior a 50°C, devendo
pesar entre 100 mg e 300 mg. Os tabletes devem satisfazer ao teste de uniformidade de peso e
seguir as mesmas especificações dos comprimidos quanto a necessidade e utilização dos adjuvantes
farmacotécnicos.
Comprimidos inertes
São preparações contendo lactose, de consistência sólida. obtidos por compactação ou
moldagem. O processo de compactação requer equipamentos capazes de exercer
grande pressão para agregar material na forma de pó ou grânulo, farmacotécnicos.
Corantes, flavorizantes e revestimentos não são utilizados na preparação dos
comprimidos utilizados em homeopatia.
Embalagem e armazenamento
Em recipientes limpos e hermeticamente fechados, longe de calor. umidade. poeira e odores fortes.
Recipientes e Acessórios
O material utilizado no preparo e
acondicionamento dos medicamentos
homeopáticos e tinturas homeopáticas,
não podem sofrer alteração e nem
modificar as atividades medicamentosas,
ou seja, não pode exercer qualquer
influência sobre as drogas e excipientes.
Farmacopéia Homeopática
Brasileira II
Para as preparações e estocagem de
medicamentos e tinturas homeopáticas
são utilizados frascos de vidro âmbar ou
incolor com proteção contra a luz, classe
hidrolítica I,II,III e NP.
Classe hidrolítíca segundo a ABNT:
I- vidro não alcalino, neutro, destinado a embalar medicamentos para aplicações intravasculares e uso parenteral.
II- vidro alcalino tipo III, que sofre tratamento interno, tornando-se semi-neutro, utilizado para embalar produto de uso parenteral (líquidos principalmente) que não devem ter alterado seu pH.
IlI- vidro alcalino, geralmente utilizado para preparações parenterais, exceto quando ensaios de estabilidade adequados não recomendarem a sua utilização.
NP- vidro não parenteral, alcalino, para embalagens de produtos para uso oral ou tópico.
Será permitido o uso de frascos plásticos de
cor leitosa somente se os mesmos forem
de polietileno de alta densidade,
polipropileno e policarbonato.
1)Estocagem de triturações
2)Dispensação de formas farmacêuticas
homeopáticas sólidas (glóbulos, compri-
midos e tabletes).
Para Dispensação
Pós
Dispensado em papel impermeável “pérola
branca”.
Tampas, batoques gotejadores, batoques
com furo.
Polietileno ou polipropileno.
Cânulas
Vidro ou polietileno de alta densidade,
polipropileno ou policarbonato
Bulbos
Látex, silicone atóxico ou polietileno
(bulbos de borracha soltam resíduos no
medicamento).
Ponteiras
Polietileno de alta densidade, polipropileno
ou policarbonato
Lavagem, Secagem e Esterilização
Contaminação microbiológica , presença
de resíduos químicos e energéticos
podem prejudicar a qualidade dos
medicamentos homeopáticos e tinturas
homeopáticas.
Vidros (utilizados no preparo de medicamentos)
- Lavar com água corrente;
- Água destilada ( 2 vezes).
-Inativar e/ou esterilizar em:
- Autoclave numa temperatura de 120ºC, 1
atm, por 30 minutos;
- Estufa de ar seco na temperatura de
180ºC por 30 minutos ou 140ºC por 1
hora.
Vidros p/ tinturas
- Lavar separado dos demais frascos, com
álcool 70% e escovação.
- Enxaguar com água destilada.
- Inativar e/ou esterilizar em autoclave
numa temperatura de 120ºC, 1 atm, por
30 minutos ou em estufa de ar seco na
temperatura de 180ºC por 30 minutos ou
140ºC por 1 hora.
- Reutilizar apenas para a mesma tintura.
Polietileno de alta densidade, polipropileno e
policarbonato.
- Lavar com água corrente e água destilada.
- Inativar e/ou esterilizar em autoclave na
temperatura de 120ºC, 1 atm, por 30 minutos ou
em estufa de ar seco na temperatura de 180ºC
por 30 minutos ou 140ºC por 1 hora.
Bulbos.
- Não serão reutilizados.
- Quando novos, devem ser lavados com água
corrente, após água e em seguida etanol 70%.
Acessórios novos
(Ex:Batoques, tampas, gotejadores, frasco
plástico leitoso*).
-Lavar com água corrente;
-Água destilada ( 2 vezes).
-Imersão em em etanol 70%, por duas
horas.
(*Dentro da classificação já mencionada)
DEFINIÇÕES
-Os nomes dos medicamentos homeopáticos devem ser escritos segundo as regras internacionais de nomenclatura de botânica, zoológica, química, biológica ou farmacêutica.
-Habitualmente são escritos em latim ou com seus nomes latinizados, conforme os utilizou Hahnemann.
-Em geral os nomes dos medicamentos são formados de duas partes, conforme a nomenclatura botânica, e zoológica: Gênero e espécie, sendo o primeiro nome grafado com a inicial maiúscula e o segundo com a inicial minúscula.
Obs: Não é necessário utilizar negrito, sublinhar ou itálico, nem o autor que fez a descrição biológica.
REGRAS 1) Identificação A identificação do medicamento será feita através do nome homeopático,
seus sinônimos ou abreviatura, seguido do grau de potência em algarismo arábico, sigla da
escala e do método empregado.
Exemplo: Natrium muriaticum 6 CH
2)Omissão do nome da espécie É facultado omitir o nome específico, desde que se use somente uma
espécie de um determinado gênero ou caso haja uma espécie mais
usada, desde que não origine confusões.
Exemplos:
Aconitum = Aconitum napellus L.
Chelidonium = Chelidonium majus L.
Ferrum= Ferrum metallicum
Lycopodium= Lycopodium clavatum L.
Lobelia = Lobelia inflata L.
Sabadilla= Sabadilla officinarum Brandt et Ratzebg
Zincum = Zincum metallicum
3)Omissão do gênero
É facultado omitir o gênero para nomes
tradicionais.
Exemplos:
Belladonna= Atropa belladonna
Dulcamara = Solanum dulcamara
Millefolium = Achillea millefolium
Nux vomica = Strychnos nux vomica
Staphisagria= Delphinium staphisagria
4)Designação para compostos químicos São toleradas as designações antigas(obsoletas) para
compostos químicos e seus derivados.
Exemplos:
Designação atual Designação antiga Barium Baryta
Calcium Calcárea
Kalium Kali
Natrium Natrum
Sulfur Sulphur
É recomendada a grafia que coloca primeiro o cátion e depois o ânion dos compostos químicos.
Exemplos:
Recomendado Não recomendado Acidum muriaticum Muriatis acidum
Acidum nitricum Nitri acidum
Acidum sulfuricum Sulfuris acidum
5) Abreviação
É permitido o uso de abreviaturas desde
que não origine confusões.
Exemplo: Kal.chlor.
Kalium chloricum (clarato)
Kalium chloratum (cloreto)
?????
É permitido substituir cada três zeros (000)pelo algarismo romano M.
Exemplos:
Nux vomica 1 000 FC ou Nux vomica 1M FC
Nux vomica 10 000 FC ou Nux vomica 10M FC
Nux vomica 100000 FC ou Nux vomica 100M FC
Nux vomica 1 000000 FC ou Nux vomica 1MM FC
6)Sinonímia
O emprego de sinônimos deve restringir-se aos
constantes em obras científicas consagradas na
Farmácia e Medicina. Medicamentos
Apresentados com denominação de sinônimos
arbitrários, não Constantes em tais obras, são
considerados medicamentos secretos. O uso de
código,sigla, números e nome arbitrário é proibido
tanto pela Legislação farmacêutica em geral como
pela referente à homeopatia.
Exemplos de sinônimos:
Actaea racemosa - Agaricus muscarius
Antimonium tartaricum - Cimicifuga
Amanita muscarius - Tartarus emeticus
Arsenicum album – Metallum album
Arsenicum album Metallum album
Borax- Natrum boricum
Bryonia alba- Vitis alba
Calcarea carbonica -Calcarea ostrearum, Calcarea edulis
Calcarea fluorica - Fluorit
Graphites - Carbo mineralis, Plumbago mineralis
Helleborus album - Veratrum album
Hydrastis canadensis - Warnera canadensis
Lachesis - Bothrops surucucu
Lappa major - Arctium majus
Luesinum- Syphilinum
Lycopodium - Museus clavatus
Mercurius cyanatus - Hydrargyrum cyanatum
Nux vomica -Strychnos colubrina
Petroleum - Oleum petrae
Pulsatilla - Anemone pratensis
Secale cornutum -Claviceps purpurea
Sulfur -Flavum
Thuya occidentalis - Arbor vitae
7)FORMA FARMACÊUTICA BÁSICA
A tintura-mãe será identificada pelo nome seguido da sigla TM ou Ø
8)FORMAS FARMACÊUTICAS DERIVADAS
Método hahnemanniano:
Escala centesimal: CH
Escala decimal: D ou DH
Escala cinqüenta milesimal: LM
Método korsakoviano: K
Método do fluxo contínuo: FC
1)Preparações inertes (Placebo) Serão identificados através do nome do medicamento segundo a regra de nomenclatura,
acrescido do número O (zero), de uma barra ( / ) e do volume ou peso a ser dispensado.
Exemplos:
Lycopodium clavatum 30 CH 0/20ml (para líquidos);
Lycopodium clavatum 30 CH 0/15g (para glóbulos, tabletes e comprimidos);
Lycopodium clavatum 30 CH 0/1 (para papel)
Quando a prescrição for de medicamento contendo preparação homeopática e
preparação inerte, seguir o exemplo abaixo:
Lycopodium clavatum 30 CH 1/30 papéis
Lycopodium clavatum 30 CH 1,5,10/30 papéis
Por convenção:
Os números que antecedem a barra indicam as preparações que receberão
insumo ativo. O número indicado após a barra indica o número total de papéis.
2)Policrestos e Semipolicrestos Policrestos
Origem:
Grega polys = Muitos
Khréstos = Benéfico
Latina Polychrestus = Que tem muitas
aplicações
Na prática homeopática:
São medicamentos homeopáticos muito utilizados na
clínica.
Policrestos
Aconitum napellus, Anica montana, Arsenicum
album, Belladonna,Bryonia alba, Calcium
ostrearum, Carbo vegetabilis, Chamomilla,
China officinalis, Dulcamara, Hepar sulfur,
Hyoscyamus niger, Ipecacuanha, Lachesis
muta, Lycopodium clavatum, Mercurius solubilís,
Nux vomica, Phosphorus, Pulsatilla nigricans,
Rhus toxicodendron, Sepia Succus, Silicea,
Sulphur e Veratrum album.
Semipolicrestos
São também bastante utilizados, não tanto
quanto os policrestos.
Policrestos e semipolicrestos = devem
compor o estoque mínimo das farmácias
homeopáticas.
Semipolicrestos
Acidum nitricum; Aesculus hippocastanum, Aloe socotrina, Antimoniurn crudum, Antimonium tartaricum, Apis mellifica, Argentum nitlicurn, Aurum metallicum; Bariurn carbonicum, Calcium fluoratum, Calcium phosphoricum, Causticum; Chelidonium majus, Colocynthis, Ferrum metaIlicum, Ferrum phosphoricum, Gelsemium, Graphites, Ignatia amara, Iodum, Kalium bichromicum, Kalium carbonicum, Kalium phosphoricum, Luesinum, Magnesium phosphoricum, Medorrhinum, Natrium carbonicum, Natrium muriaticum, Natrium sulfuricum, Opium 12CH, Platinum, Psorinum, Staphysagria, Thuya occidentalis e Tuberculinurn.
4)Medicamentos Agudos e de Fundo.
5)Medicamentos complementares e antídotos :
Complementares – Médico de escola pluralista que prescreve dois ou
mais medicamentos para cobrir a totalidade dos sintomas.
Antídotos- Medicamento ou substância capaz de neutralizar os
sintomas da agravação, provocados por outro medicamento.
Ex: Mecurius solubilis inativa os efeitos do Antimonium crudum.
Obs:Cânfora ,menta e perfumes fortes inativam os medicamentos homeopáticos
Bibliografia
ROSEMBAUM, P. Fundamentos de homeopatia para estudantes de medicina e ciências de saúde. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2001.
FONTES, O.L. Farmácia homeopática teoria e prática. 2a ed. Barueri: Manole, 2005.
FARMACOPEIA HOMEOPATICA brasileira. 2a ed. São Paulo : Atheneu, 1997. pt I
FARMACOPEIA HOMEOPATICA brasileira. 2a ed. São Paulo : Atheneu, 2002. pt. II
LOCKIE, A. Homeopatia: princípios e métodos de tratamento. 1a ed. São Paulo: Ática, 2001
MANUAL DE NORMAS TÉCNICAS PARA FARMÁCIA HOMEOPÀTICA. 3ª ed. Curitiba: Associação Brasileira de Faramacêuticos Homeopatas, 2003.