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Programa de Pós -Graduaçªo em Produçªo Vegetal
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CI˚NCIAS AGROVETERIN`RIAS
C´MPUS DE LAGES, SC - BRASIL
MEMÓRIAS DA DISCIPLINA DE SEMIN`RIOS EM PRODU˙ˆO VEGETAL
Prof. Dr. Leonardo Bianco de Carvalho
Coordenador da Disciplina
SEGUNDO SEMESTRE DE 2013
PADRÕES DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE GENÓTIPOS DE
PEREIRAS EUROPEIAS
Bruno Dalazen Machado
Orientador: Prof. Dr. Leo Rufato
Comitê de Orientação: Prof. Dra. Aike Anneliese Kretzschmar e Prof. Dr. Fabiano Simões
RESUMO
A cultura da pereira europeia apresenta alto potencial de desenvolvimento para as condições
de clima e de solo do sul do Brasil. No entanto, a falta de informações à respeito da melhor
combinação entre cultivares copa de pereiras europeias e portaenxertos de marmeleiro tem
limitado o desenvolvimento da cultura. Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi avaliar a
influência de cultivares de pereira europeia e portaenxertos de marmeleiro (Cydonia oblonga)
sobre o vigor e variáveis de plantas. Os experimentos foram conduzidos em pomares
comerciais da cidade de Urupema, Estado de Santa Catarina, durante os ciclos de cultivo
2008/09, 09/10, 10/11 e 11/12. As cultivares avaliadas foram 'Abbè Fetel', 'Clapp's Favourite',
'Decana du Comice', 'Packham's Triumph', 'Rocha', 'Santa Maria', 'William's' e os portaenxertos
de marmeleiro 'EMA', 'EMC' e 'Adams'. Os espaçamentos de plantio foram de 1m e 0,3m entre
plantas e 4m entre linhas, correspondendo a uma densidade de plantio de 2500 plantas ha-1
e
7500 plantas ha-1
, respectivamente. As variáveis analisadas foram: a. incremento de altura de
plantas (m); b. incremento de volume de copa (m3); c. incremento de diâmetro do tronco da cv.
'copa' (mm); d. incremento de diâmetro do tronco do portaenxerto (mm); e. diferença de
diâmetro do tronco entre a cultivar copa e o portaenxerto (mm); f. índice de fertilidade (no de
gemas cm-1
); g. massa fresca média total acumulada do material vegetativo das três podas de
inverno (kg); h. produtividade (kg ha-1
) i. crescimento radicular. A combinação Abbè Fetel
enxertada sobre marmeleiro Adams, foi significativamente mais vigorosa em termos de
incremento de diâmetro do tronco da cultivar copa, incremento de altura de plantas e
incremento de volume de copa. As combinações Santa Maria/Adams e Packham´s
Triumph/EMA apresentaram vigor intermediário de plantas de acordo com o incremento em
volume de copa, diferença de diâmetro do tronco entre a cultivar copa e do portaenxerto, sendo
mais indicada para uso comercial, devido ao maior equilíbrio proporcionado entre parte
vegetativa e produtiva da planta. As combinações William’s/EMC e Clapp’s Favourite/EMA não
é recomendado, devido o baixo desenvolvimento vegetativo nas condições do estudo. As cvs.
Packham’s Triumph, Santa Maria e Rocha são mais eficientes em termos produtivos.
Palavras-chave: Pyrus communis, pera, marmeleiro, vigor, cultivares, portaenxertos.
DESENVOLVIMENTO DE PROTOCOLO DE MICROPROPAGAÇÃO PARA
GENÓTIPOS DE Pyrus communis E AVALIAÇÃO A CAMPO DO POTENCIAL DE
PORTA-ENXERTO PARA A UTILIZAÇÃO NA CULTURA DA PEREIRA
Fernanda Grimaldi
Orientador: Prof. Dr. Leo Rufato
Comitê de Orientação: Prof. Dra. Andrea De Rossi Rufato, Prof. Dra. Aike Anneliese
Kretzschmar
RESUMO
A cultura da pereira apresenta grande potencial de expansão no Brasil, porém, seu cultivo tem
pouca expressão. A produção nacional é incipiente quando comparada com a quantidade de
peras frescas importadas anualmente e um fator limitante para a expansão da cultura é a
indefinição ou mesmo inexistência de porta-enxertos compatíveis com as cultivares copa. O
objetivo geral deste trabalho de tese foi selecionar novos genótipos de porta-enxertos de Pyrus
communis que confiram menor vigor às plantas, e desenvolver um protocolo de
micropropagação para estes genótipos. A seleção dos genótipos de interesse foi realizada
através da avaliação de caracteres relacionados ao vigor da planta. No estabelecimento in vitro
dos explantes foram testadas duas fontes de explantes (campo e câmara de crescimento)
combinadas à cinco assepsias (A1: NaClO 2,5%; A2: NaClO 2,5% + 2 ml L-1
PPM; A3: NaClO
2,5% + 4 ml L-1
PPM; A4: Banho PPM 5% + 2 ml L-1
PPM e A5: Banho PPM 5% + 4 ml L-1
PPM) para o controle da contaminação in vitro. Na multiplicação in vitro foram testados três
meios de cultura (MS, WPM e QL modificado) combinados à cinco concentrações de BAP (0;
0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 mg L-1
). No enraizamento in vitro foram testadas seis concentrações de AIB
(0; 0,25; 0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 mg L-1
). Seis genótipos de interesse foram selecionados. Os
explantes oriundos de plantas matrizes do campo apresentaram maior contaminação
bacteriana (76,11%). As assepsias A2, A3 e A5 apresentaram nenhuma contaminação fúngica
(0 %). A maior sobrevivência foi observada na assepsia A4 em explantes oriundos do campo
(83,18%). O meio de cultura QL modificado apresentou maior número de brotos, gemas e
folhas (2,64; 9,39 e 10,78; respectivamente). O maior número de brotos foi obtido com 3,45 mg
L-1
de BAP (3,05). A maior percentagem de enraizamento foi observada com 4,0 mg L-1
de AIB
e o maior número de raiz com concentrações de AIB a partir de 0,9 mg L-1
. Foi possível realizar
a micropropagação dos genótipos selecionados.
Palavras-chave: Pereira comum, propagação in vitro, fitorreguladores.
ESTRATÉGIAS DE MANEJO PARA MITIGAR OS PREJUÍZOS À PRODUTIVIDADE DO
MILHO OCASIONADOS POR ESTANDES DESUNIFORMES
Daniel Fernando Kolling
Orientador: Prof. PhD. Luis Sangoi
Comitê de orientação: Prof. Dr. Clóvis Arruda de Souza; Prof. Dr. Ricardo Trezzi Casa
RESUMO
O milho é uma cultura altamente exigente em quantidade e qualidade de estande na lavoura. A sua
maior exigência em população de plantas se deve à baixa capacidade de compensação de espaços
vazios decorrentes de falhas na germinação ou emergência de plantas. Do ponto de vista qualitativo,
a uniformidade do estande depende da variabilidade espacial e temporal na distribuição das plantas
na lavoura. A variabilidade espacial na distribuição de sementes na linha aumenta a competição por
radiação solar, água e nutrientes, favorecendo o surgimento de plantas dominadas, as quais pouco
produzem, reduzindo o rendimento por área. A variabilidade temporal ocasionada pela
desuniformidade na emergência das plantas também é um fator que reduz a produtividade. Estes
atrasos antecipam a competição intraespecífica por água, luz e nutrientes, dificultando o
estabelecimento das plantas com emergência tardia. Com o objetivo de avaliar estratégias de manejo
para mitigar as perdas decorrentes da variabilidade espacial e temporal na distribuição das plantas na
linha, foram conduzidos três experimentos. Os ensaios foram implantados a campo, na safra
2012/2013, utilizando o delineamento de blocos casualisados dispostos em parcelas sub-divididas.
No primeiro experimento, foram simulados na parcela principal três coeficientes de variação na
distribuição espacial das plantas na linha de semeadura, correspondendo a 0, 50 e 100% de C.V. Nas
sub-parcelas foram avaliadas doses crescentes de nitrogênio em cobertura, equivalentes a 0, 0,5, 1,0
e 1,5 vezes a dose recomendada para alcançar tetos produtivos de 18.000 kg ha-1
. No segundo e
terceiro experimentos foram simulados na parcela principal diferentes variações temporais, com 0, 5,
10 e 15 dias de atraso na semeadura, onde no tratamento 0, foram depositadas sementes em todas
as covas no mesmo dia. Nos demais tratamentos, a semeadura ocorreu em covas alternadas,
metade no dia 0 e a outra metade 5, 10 e 15 dias após a primeira semeadura. Nas sub-parcelas do
segundo experimento foram avaliadas as mesmas doses de nitrogênio utilizadas no primeiro ensaio.
No terceiro experimento, avaliou-se nas sub-parcelas a utilização de bioestimulante no tratamento de
sementes. Nos três experimentos, tanto com a utilização de doses crescentes de N quanto com o
tratamento de sementes com bioestimulantes, houve redução das perdas de produtividade
decorrentes da presença de estandes desuniformes. Isto indica que o incremento na dose de
nitrogênio aplicada em cobertura e o tratamento de sementes com produtos bioestimulantes podem
ser estratégias de manejo efetivas para mitigar a variabilidade espacial e temporal na distribuição de
plantas de milho na linha de semeadura.
Palavras-chave: Variabilidade, produtividade, competição intraespecífica.
EQUILÍBRIO VEGETATIVO: PRODUTIVO DE VARIEDADES VINÍFERAS EM
REGIÕES DE ALTITUDE SOBRE DISTINTOS PE E SISTEMAS DE CONDUÇÃO
CAROLINE SCHLEMPER
Comitê de Orientação: Dra Aike Anneliese Kretzschmar
Dr. Leo Rufato
Dra. Andrea de Rossi Rufato
A vitivinicultura brasileira é uma atividade importante para a sustentabilidade da pequena
propriedade no Brasil e tem se tornado também importante no desenvolvimento de algumas
regiões, na geração de emprego em grandes empreendimentos que produzem uvas de mesa e
uvas para processamento. Os vinhos finos de altitude produzidos no Estado têm ganhado
destaque no mapa vitivinícola brasileiro. O clima das regiões de altitude de Santa Catarina
proporcionam condições ideais para a produção de vinhos de alta qualidade. Com todas estas
transformações e critérios estabelecidos pelo cenário atual da viticultura, confrontamos com a
necessidade de se conhecer a uva e o modo como ela amadurece e da sua importância para
uma colheita bem programada e para o sucesso de uma vinificação. O objetivo do trabalho
refere-se em avaliar a evolução da maturação das bagas bem como o comportamento das
diferentes variedades de uva em diferentes faixas de altitude, diferentes porta-enxertos e
sistemas condução. O experimento desenvolveu-se em três municípios do planalto catarinense
(Painel, São Joaquim e Urubici). Foram realizadas coletas quinzenais de bagas desde a
mudança de cor até a colheita para acompanhar a evolução da maturação tecnológica (teor de
sólidos solúveis e acidez total). Como conclusão podemos observar que a evolução da
maturação tecnológica das uvas teve influência da variedade, do porta enxerto e do sistema de
condução nas diferentes localidades do planalto catarinense.
Palavras-chave: Vitis vinífera; maturação tecnológica; vinhos finos; qualidade.
TÉCNICA DE INCISÃO DRÁSTICA NO CRESCIMENTO VEGETATIVO E NA
FRUTIFICAÇÃO EFETIVA DE PEREIRA EUROPEIA CULTIVAR ROCHA
Janaína Muniz
Orientadora: Prof. Dra. Aike Anneliese Kretzschmar
Comitê de Orientação: Prof. Dr. Leo Rufato e Prof. Dra. Andrea De Rossi Rufato
RESUMO
A técnica de incisão drástica é semelhante à prática de anelamento utilizada na fruticultura, porém de
uma maneira mais agressiva, devido à realização de cortes profundos horizontais no diâmetro do
tronco das plantas, os quais atingem o xilema. O objetivo deste trabalho foi avaliar a técnica de
incisão drástica em pereira europeia cultivar Rocha. O experimento foi conduzido em pomar
comercial, nas safras 2011/12 e 2012/13, no município de São Joaquim (SC). Foram utilizadas
plantas da cultivar Rocha enxertadas sobre Pyrus calleryana, com densidade de plantio de 1 666
plantas por hectare (4,00 x 1,50 m), intercaladas com polinizadoras da cultivar Housui. Os
tratamentos consistiram na realização de incisões em duas alturas do colo (20 e 40 cm do solo) e em
duas dimensões de corte do diâmetro do tronco principal na planta (½ e ⅓). A prática foi realizada
com motoserra no final do período de repouso vegetativo (final da dormência). Após a realização da
incisão drástica no líder central, aplicou-se espuma expansiva de poliuretano e fixaram-se placas de
alumínio. Observou-se que a realização de duas incisões drásticas no ramo principal de pera ‘Rocha’
(20 e 40 cm do solo), independentemente da intensidade de corte (½ e ⅓), reduziu significativamente
o comprimento dos ramos do ano nas plantas. Em pereiras, onde esta técnica não foi realizada
(testemunha), observaram-se os menores valores para número de frutos por planta e percentagem de
frutificação efetiva aos 30 e 60 DAPF (dias após a plena floração). A realização de duas incisões
opostas em duas alturas do colo da planta na intensidade de ½ foi a que proporcionou maior número
de frutos, produção por planta e, consequentemente maior produtividade. Pode-se inferir que, a
técnica da incisão drástica é eficiente para a redução do crescimento vegetativo dos ramos do ano e
proporciona maior percentagem de frutificação efetiva e produtividade em plantas de pereira ‘Rocha’
nas condições edafoclimáticas de São Joaquim (SC).
Palavras-chave: Pyrus communis L.; corte do tronco; pegamento de frutos; produção; vigor.
RESISTÊNCIA A REQUEIMA E PINTA-PRETA DE VARIEDADES E CLONES
LOCAIS DE BATATA PARA A PRODUÇÃO DE BATATA-SEMENTE NAS
CONDIÇÕES DO PLANALTO CATARINENSE
Fábio José Busnello
Orientador: Prof. Mari Inês Carissimi Boff, Phd.
Comitê de Orientação: Prof. Pedro Boff, Phd. Dra. Tatiana da Silva Duarte. Dr. Zilmar de Souza
RESUMO
Na região do Planalto Catarinense o cultivo da batata (Solanum tuberosum) se distingue como
atividade da agricultura familiar em pequenas lavouras. O modelo de cultivo convencional e as
variedades de maior expressão econômica como a Asterix, Ágata, Panda e Monalisa são
extremamente sensíveis a pragas e doenças. Isto tem levado os agricultores a intervirem
maciçamente com agrotóxicos e insumos sintéticos de alta solubilidade que em sua maioria
deixam resíduos tóxicos tanto no solo, na água como nos próprios tubérculos a serem
ofertados no mercado consumidor. Desta forma os métodos de cultivo bem como a
busca/resgate de variedades/clones/genótipos locais de batata podem ser melhorados, e
serem voltados às características peculiares da região, bem como servir de embasamento
teórico e prático, objetivando obter e disponibilizar informações e tecnologias permitindo a
tomada de decisões estratégicas na produção, no que diz respeito à produção sustentável de
alimentos ligados aos hábitos saudáveis de vida, e na sustentabilidade dos sistemas agrícolas
familiares do Planalto Catarinense. A pesquisa realizada na área experimental da Estação
Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina,
EPAGRI, Lages, SC, conduzida nos ciclos de cultivo de 2012/13, conduzida sob sistema
orgânico, com delineamento de blocos ao acaso com 4 repetições. Avaliando a resistência a
requeima e pinta-preta de variedades e clones locais para a produção de batata-semente,
sendo 8 clones locais e 8 variedades Ágata, Asterix, BRS Ana, BRS Eliza, Cota, Catucha,
Monalisa e Panda, a adubação de base realizada foi de 10 m³ ha-1 de esterco ovino curtido e
300 kg ha-1 de fosfato de rocha Arad. Na colheita foi avaliado o número de tubérculos e a
quantidade e qualidade. Na avaliação pós-colheita os tubérculos armazenados em
temperatura ambiente por período de 45 dias realizando a pesagem a cada 15 dias. Os clones
locais de batata apresentam variabilidade quanto ao potencial para a produção de tubérculos e
de resistência a doenças sob sistema de produção batata-semente. Há clones com potencial
produtivo igual ao de melhor performance apresentado pelas variedades comerciais, ora com
tolerância a doenças e pragas ou com boa rusticidade.
Palavras-chave: Solanum tuberosum; genótipos crioulos; rusticidade.
COMPOSIÇÃO, ESTRUTURA E EFEITO DE BORDA NA COMUNIDADE
ARBUSTIVO-ARBÓREA DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL
COMPLEXO SERRA DA FAROFA, RIO RUFINO, SC
Mireli Moura Pitz Floriani
Orientador: Prof. Dra. Roseli Lopes da Costa Bortoluzzi
Comitê de Orientação: Prof. Dr. Adelar Mantovani e Prof. Dra. Luciana Magda de Oliveira
RESUMO
A Mata Atlântica é um bioma caracterizado pela alta diversidade de espécies e alto grau de
endemismo, é considerada um dos 34 hotspots de biodiversidade do mundo, no entanto,
possui um elevado grau de degradação sendo, portanto, um ecossistema prioritário para a
conservação. O objetivo deste trabalho foi determinar a composição florística e fitossociologia
de uma área da Reserva Particular do Patrimônio Natural Complexo Serra da Farofa e avaliar
os efeitos de borda decorrentes de estradas internas que cortam esta área inserida na Floresta
Ombrófila Mista Alto-montana. No levantamento florístico foram amostrados espécimes de
todos os hábitos, sendo registrados 287 táxons, pertencentes a 179 gêneros, 81 famílias e 260
espécies. Dentre as angiospermas, destacaram-se como as famílias mais ricas: Asteraceae
(44), Myrtaceae (18) Melastomataceae e Solanaceae (16), Orchidaceae (12), Lamiaceae e
Lauraceae (oito), Rubiaceae (sete), Passifloraceae, Primulaceae e Rosaceae (cinco), sendo as
gimnospermas representadas apenas pela Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze. O
diagnóstico inicial da vegetação destacou 25 espécies pertencentes a listas oficiais de ameaça
de extinção e 63 espécies endêmicas do Brasil. No levantamento fitossociológico a espécie
com maior Valor de Importância (VI) foi Dicksonia sellowiana Hook. (24,46), seguida de Sapium
glandulosum (L.) Morong. (5,70), Clethra scabra Pers. (5,61), Drimys angustifolia Miers (3,70) e
Myrcia retorta Cambess (3,67%). Os índices de diversidade de Shannon e Pielou foram 3,15 e
0,73, respectivamente. A avaliação do efeito de borda resultante da construção de estradas
antigas sobre a composição, estrutura e dinâmica da comunidade arbórea foi avaliado com
medições dos componentes bióticos (temperatura, umidade relativa do ar, luminosidade e
densidade de copas) e abióticos (diâmetro a altura do peito – DAP, altura total e número de
espécies) com registros em cada estação do ano (2012/2013). Não foram observadas
diferenças significativas entre a borda e o interior das parcelas. Os resultados contribuirão para
a definição dos Atributos de Alto Valor de Conservação (AAVC’s) nestas áreas de
conservação, consideradas produtoras de água para a região.
Palavras-chave: conservação, diversidade, mata nebular, hotspots;
MANUTENÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE, DOS COMPOSTOS FENÓLICOS
E DO ÁCIDO ASCÓRBICO EM MAÇÃS ‘GALA’ E ‘FUJI’ EM FUNÇÃO DO MANEJO
PÓS-COLHEITA
Mayara Stanger
Orientador: Prof.Dr. Cristiano André Steffens
Comitê de Orientação: Prof. PhD. Cassandro Vidal Talamini do Amarante, Prof. Dr. Marcelo
Alves Moreira
RESUMO
Os temas relacionando saúde e alimentação saudável assumiram destaque na sociedade
contemporânea. As maçãs são apontadas como uma das frutas mais consumidas
regularmente em muitos países e sua atividade antioxidante é atribuída ao conteúdo de ácido
ascórbico e, principalmente, aos compostos fenólicos. Extratos de maçã têm demonstrado
atividade na prevenção da diabetes tipo II, oxidação do colesterol LDL, e de diversos tipos de
câncer como leucemia, ovário, mama, pulmão, fígado, boca e cólon. Os compostos fenólicos
são os principais contribuintes para a atividade antioxidante em maçãs e são encontrados em
maiores concentrações na forma de ácidos fenólicos e flavonóides. O conteúdo de compostos
fenólicos pode variar em relação à casca e a polpa e em função de fatores como ano de
produção, manejo do pomar, posição do fruto no dossel da planta, cultivar, estádio de
maturação na colheita, condições de armazenagem e da utilização de inibidores da ação do
etileno. No Brasil, a malicultura concentra-se nas cultivares Gala e Fuji, com aproximadamente
90% do total produzido. No entanto, não há dados de pesquisas sobre a dinâmica de
moléculas orgânicas com potencial antioxidante em função do período do armazenamento e do
manejo pós-colheita em maçãs produzidas nas condições climáticas brasileiras. O objetivo do
trabalho é avaliar o efeito de diferentes condições de armazenamento e manejos pós-colheita
sobre a conservação da atividade antioxidante, dos fenóis totais, dos compostos fenólicos de
maneira estratificada e do conteúdo de ácido ascórbico na polpa e na casca de maçãs ‘Gala’ e
‘Fuji. Frutos de macieiras ‘Gala’ e ‘Fuji’ oriundos de pomares dos municípios de São Joaquim e
Vacaria foram colhidos na safra 2012/12013 e foram submetidos a diferentes sistemas e
períodos de armazenamento, tratados com 1-metilciclopropeno, submetidos a diferentes
condições de pré-resfriamento. Os experimentos estão sendo conduzidos no laboratório de
Fisiologia e Tecnologia Pós-colheita do CAV e no Núcleo de Pesquisa em Pós-colheita da
Universidade Federal de Santa Maria.
Palavras-chave: Atividade antioxidante. Compostos fenólicos. Ácido ascórbico. Pós-colheita.
USO DE ELICITORES NA INDUÇÃO DE RESISTÊNCIA DE FRUTOS DE MACIEIRA
Amanda Drehmer Vieira
Orientador: Dr. Cristiano André Steffens Comitê de orientação: Ph.D. Cassandro V. T. do Amarante
RESUMO
A cultura da macieira tem grande importância para o estado de Santa Catarina. Na safra 2011/2012 a
produção nacional chegou a 1,19 milhões de toneladas, sendo que Santa Catarina foi responsável por
metade desta produção. Entretanto, os níveis de perdas pós-colheita são elevados, e um dos motivos
dessas perdas é a ocorrência de podridões, principalmente olho-de-boi e mofo azul. Devido à baixa
eficiência de fungicidas em pós-colheita e o elevado nível de toxicidade destes, aparece como uma boa
alternativa o uso de produtos elicitores de resistência, os quais aumentam a produção de proteínas
relacionadas à patogênese e, portanto, diminuem a ocorrência de infecções por micro-organismos. Então,
este projeto tem como objetivo reduzir as perdas pós-colheita de maçãs devido à ocorrência de podridões,
sem alterar as características físico-químicas dos frutos, através do uso em pré e pós-colheita de produtos
indutores de resistência. No primeiro experimento realizado os tratamentos consistiram de quatro aplicações
em macieira, um mês antes da colheita, dos seguintes produtos: acibenzolar-S-metil (ASM, 30 μg mL-1
),
Saccharomyces cerevisae (6mL L-1
), ácido cítrico (2mL L-1
), Bacillus subtilis (10 mL L-1
), ácido abscísico
(ABA, 0,1 mL L-1
), quitosana (10 g L-1
) e controle (água + espalhante adesivo). Os frutos foram avaliados na
colheita e após cinco meses de armazenamento refrigerado (0°C±0,5°C, UR 90%±2%) em relação a cor da
epiderme, firmeza de polpa, sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), teste de iodo-amido, russeting e
incidência (após armazenamento por inoculação natural) e severidade de podridões (frutos inoculados por
ferimento 3 dias após a colheita com Penicillium – mofo azul). As substâncias avaliadas não apresentaram
efeito sobre cor da epiderme, SS, AT e firmeza de polpa na colheita. Após o armazenamento, os frutos do
tratamento controle apresentavam maior firmeza de polpa que os tratados com ABA, entretanto não
diferiram do ASM e quitosana. Os frutos do tratamento controle apresentavam maior severidade de mofo
azul, 3 dias após a inoculação, que os demais tratamentos, sendo os frutos tratados com ABA e quitosana o
menor tamanho de lesão de mofo azul. Após o armazenamento refrigerado os frutos tratados com ASM
tiveram a maior incidência de podridões diferindo dos frutos tratados com quitosana, porém não diferindo
dos demais tratamentos. Pode-se concluir que os produtos testados apresentam potencial para o controle
de podridões pós-colheita e não alteram as características físico-químicas dos frutos.
Palavras-chave: Malus domestica Borkh. Doenças pós-colheita. Indução de resistência. Fisiologia pós-
colheita.
PRODUÇÃO E QUALIDADE DE FORRAGEM E GRÃOS DE TRIGO DUPLO
PROPÓSITO
Giselle Regina Rodolfo
Orientador: Prof. Dr. Clovis Arruda de Souza
Comitê de Orientação: Prof. Dr. André Fischer Sbrissia
RESUMO
A integração lavoura-pecuária impõe desafios para equacionar inúmeras questões relativas
ao forrageamento adequado dos animais, minimizando o efeito nas áreas agrícolas. Os
objetivos deste trabalho, serão verificar os efeitos das alturas pré-pastejo e do número de
cortes sobre i) a produção e qualidade da forragem, ii) componentes do rendimento,
produção de grãos e qualidade tecnológica da farinha de Triticum aestivum cv. BRS Umbu.
O experimento será conduzido nos anos de 2013 e 2014. Será utilizado o delineamento de
blocos ao acaso e os tratamentos serão distribuídos em arranjo fatorial 2 x 4, consistindo
da combinação das alturas pré-pastejo das plantas (20 e 30 cm) e do número de cortes
(nenhum, um, dois e três). Para análise da produção de forragem, serão coletadas
amostras de material verde (secas em estufa de circulação forçada de ar) para a
determinação da matéria seca. Também será quantificada a densidade populacional de
perfilhos (DPP). Com relação à avaliação da qualidade da forragem, serão realizadas
análises bromatológicas, quantificando-se matéria seca (MS), matéria mineral (MM) extrato
etéreo (EE), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente
ácido (FDA) e lignina. Serão quantificados a produtividade de grãos, número de espigas/
m2, número de espiguetas/espiga, número de grãos/ espigueta, peso de mil grãos, proteína
bruta, número de queda (NQ), alveografia e farinografia e peso hectolitro. Os dados serão
submetidos à ANOVA e as médias serão comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5%
de significância.
Palavras-chave: Triticum aestivum, pastagem, valor nutritivo, qualidade industrial de
grãos, integração lavoura-pecuária.
POTENCIAL FISIOLÓGICO, ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS E BIOQUÍMICAS EM
SEMENTES DE SOJA SOB ESTRESSE ABIÓTICO EM PRÉ E PÓS-COLHEITA
Carolina Maria Luzia Delgado
Orientadora: Dra. Prof. Cileide Maria Medeiros de Coelho
Comitê de Orientação: Prof. Dr. Clovis Arruda de Souza, Prof. Dra. Marisa Santos
RESUMO
O período de permanência das sementes de soja no campo, após a maturidade fisiológica, é
um fator importante na deterioração determinando a queda do vigor. A aplicação de
dessecantes para antecipar a colheita de soja torna-se uma alternativa de escape ao estresse,
porém poucos estudos vem demonstrando quais as mudanças bioquímicas, fisilógicas e
anatômicas que acontece nas sementes nessa situação. Sob estresse abiótico ou biótico as
sementes podem acumular elevada concentração de oxigênio reativo (ROS) em suas células,
causando danos oxidativos aos lípidios, proteínas e ao DNA. Em contrapartida as sementes
possuem uma ampla forma de ajustes de sistemas proteção, desintoxicação e reparação de
membranas como, por exemplo, a produção de enzimas antioxidante como a superóxido
dismutase (SOD), ascorbato peroxidase (APX), glutationa redutase (GSH), catalase (CAT)
tentando se proteger dos danos causados em função do estresse. O presente estudo objetiva
avaliar as possíveis alterações fisiológicas, bioquímicas, e anatômicas em sementes de duas
cultivares de soja, em pré e pós-colheita, primeiro em função do uso de dessecantes para
promover a colheita precoce e segundo sob condição de estresse hídrico em pós-colheita. O
trabalho será composto por alguns ensaios experimentais, os quais terão como base o uso das
sementes provenientes dos tratamentos mais contrastantes na qualidade fisiológicas em
função do uso de dessecantes. Em laboratório, as sementes serão utilizadas inicialmente para
avaliar o padrão de embebição através da curva de embebição, definindo os pontos mais
eficientes no padrão de embebição da semente em água e os momentos críticos de submissão
ao déficit hídrico em solução de PEG 6000 na concentração de –0,04Mpa. Nesses pontos pré-
definidos serão avaliadas as possíveis alterações fisiológicas, anatômicas, enzimáticas
(superóxido desmutase, catalase glutationa redutase) e bioquímicas que ocorrem no processo
de embebição das sementes que passaram por estresse abiótico e biótico. Os experimentos
serão realizados no Laboratório de Análise de Sementes do CAV em parceria com os
Laboratórios de Anatomia Vegetal e Microscopia Eletrônica da Universidade Federal de Santa
Catarina.
Palavras-chave: sementes, enzima antioxidante, estresse hídrico e dessecante.
CULTIVARES DE PEREIRA EUROPEIA COM DIFERENTES PORTAENXERTOS E
FORMAS DE ADUBAÇÃO
Fabiane Nunes Silveira
Orientadora: Prof. Dra. Aike Anneliese Kretzschmar
Comitê de Orientação: Prof. Dr. Leo Rufato, Prof. Dr. Luciano Colpo Gatiboni e Prof. Dr. Amauri
Bogo
RESUMO
A pereira europeia (Pyrus communis L.) é uma alternativa para diversificar a fruticultura de
clima temperado na região sul do Brasil. A fertirrigação difere da adubação via solo, pois torna
mais eficiente a absorção dos nutrientes, reduzindo o tempo de chegada do fertilizante às
raízes das plantas, uma vez que o mesmo já se encontra solúvel na água. Na forma
convencional, os nutrientes sólidos são depositados na superfície do solo, próximos da planta,
podendo ser perdidos por lixiviação. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento
vegetativo e produtivo de cultivares copa de pereira europeia enxertadas sobre portaenxertos
de marmeleiros, submetidas à adubação convencional e fertirrigação. O experimento está
sendo conduzido no Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV/UDESC), no município de
Lages (SC). Os tratamentos consistiram de três cultivares copa de pereira europeia Rocha,
Santa Maria e Abate Fetel enxertadas sobre os portaenxertos de marmeleiro Adams e EMA e
duas formas de adubação. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados
com parcelas sub-subdivididas. As adubações foram realizadas de acordo com a análise de
solo sendo utilizados 42 Kg/ha de cloreto de potássio (60% K2O) e 295 Kg/ha de fosfato
monoamônico (10% N2 e 48% P2O5), aplicados no início do período de repouso vegetativo
(maio/junho) e no período de crescimento vegetativo (outubro/novembro/dezembro). Na
adubação convencional, os nutrientes foram aplicados na forma sólida em uma única aplicação
realizada na área de projeção da copa das plantas e na adubação via fertirrigação foram
parcelados em uma aplicação semanal, por meio do sistema de irrigação por gotejamento. As
variáveis avaliadas foram: diâmetro do tronco do portaenxerto (mm); diâmetro do tronco da
cultivar copa (mm); altura de plantas (m); volume de copa (m3); comprimento de ramos do ano
(cm); diferença de diâmetro do tronco entre a cultivar copa e o portaenxerto (mm); índice de
fertilidade (no de gemas cm
-1); massa fresca do material vegetativo da poda de inverno (kg);
crescimento dos frutos; número de frutos por planta; produção por planta (kg planta-1
); peso
médio de fruto (g); diâmetro médio (mm); análise nutricional de folhas e de polpa de frutos;
firmeza de polpa (libras), sólidos solúveis (°brix) e acidez total (% ác. málico).
Palavras-chave: Pyrus communis L.; marmeleiro; fertirrigação; desenvolvimento vegetativo;
produção.
CARACTERIZACAO AGRONÔMICA DE GENÓTIPOS LOCAIS DE ARROZ PARA
PRODUÇÃO DE SEMENTES NO SISTEMA ORGÂNICO
Janice Regina Gmach Bortoli
Orientador: Prof. Dra. Cileide Maria Medeiros Coelho
Comitê de Orientação: Prof. Dr. Luis Sangoi e Prof. Dr. David José Miquelluti
RESUMO
O Brasil é o nono maior produtor de arroz, e o maior entre os países não orientais. Sua
produção pode ser feita em dois ecossistemas, irrigado e de terras altas. O cultivo de arroz de
sequeiro, ou cultivo em terras altas, no estado de Santa Catarina apresenta significativa
relevância para a agricultura familiar. A produção é feita com sementes de variedades locais,
selecionadas pelos próprios produtores e apresenta poucas perspectivas de avanços. O cultivo
orgânico torna se uma alternativa para estes produtores, que visam formas de incentivos á
produção, com requerimento de adequações tecnológicas conforme a sua realidade
socioeconômica. Para isso é necessária a identificação de genótipos produtivos, com boa
qualidade e adaptados ao local de cultivo, podendo se constituir em uma maneira de incentivar
e diversificar as oportunidades de rentabilidade dos produtores. Assim o objetivo do presente
trabalho é caracterizar genótipos locais de arroz sequeiro, em três safras de cultivo, quanto às
características agronômicas, potencial fisiológico e composição química das sementes sob
cultivo orgânico e convencional. O experimento será conduzido nas safras agrícolas de
2011/2012, 2012/2013 e 2013/2014 na cidade de Campos Novos/SC. Serão avaliados 12
genótipos locais (Amarelão, Agulha, Rosa 15, Mato Grosso, Gomes, Preto, Argentino, Kinsel,
Camilo, Piriquito, Casca Roxa e Caipira) e duas variedades comerciais (Primavera e Cambará).
O delineamento experimental será em blocos ao acaso com quatro repetições para cada
sistema de cultivo. Serão avaliados os caracteres morfológicos (altura de planta, comprimento
do colmo e da panícula), fenológicos (floração e ciclo), componentes do rendimento (n° de
panículas/planta, n° de panículas viáveis/m², n° de grãos/panícula e massa de mil sementes),
qualidade fisiológica (germinação, envelhecimento acelerado, teste de frio, emergência em
areia, velocidade de emergência e emergência a campo) e composição química das sementes
(fósforo, potássio, zinco, ferro e proteína). Os dados serão submetidos à análise de variância.
Os resultados obtidos para cada umas das variáveis serão comparados entre os genótipos
através do teste de Scott-Knott. As associações entre os caracteres serão estimadas através
da análise de trilha fenotípica e genotípica, e a intensidade das associações entre os grupos de
variáveis será medido pela correlação canônica. A indicação dos genótipos mais promissores
será feita com auxilio de um índice de seleção.
Palavras-chave: Oryza sativa L. Sementes. Qualidade fisiológica. Cultivo orgânico.
RELAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE NUTRIENTES EM SOLOS ADUBADOS COM DEJETO SUÍNO COMPOSTADO COM OS FATORES PRODUTIVOS E NÍVEIS POPULACIONAIS DE FUNGOS FITOPATOGÊNICOS NA FRUTICULTURA DE CLIMA TEMPERADO DE SANTA CATARINA.
Felipe Penter
Orientador: Prof.Dr. Amauri Bogo Comitê de Orientação: Prof. Dr. Leo Rufato, Profª Dra Aike Anneliese Kretzschmar, Prof. Dr Luciano Gatiboni
RESUMO
O estado de Santa Catarina apresenta destaque na agricultura sendo um dos maiores
produtores nacional de fruteiras de clima temperado, assim como na suinocultura. O destino
ambientalmente correto dos resíduos animais é uma preocupação constante e neste contexto,
pouco se sabe como os dejetos compostados de animais podem ser utilizados na fruticultura,
especialmente no efeito sobre a população de fungos fitopatogênicos em pomares de fruteiras
como maçã e uva. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a dinâmica populacional e
possível efeito supressor da adubação, com composto orgânico a base de dejeto suíno, sobre
fungos fitopatogênicos causadores de doenças em pomares comerciais, bem como os fatores
produtivos nas culturas da maçã e uva, no município de São Joaquim, SC. Este estudo visa
determinar se a aplicação comercial de dejetos suínos compostado em pomares de fruteiras de
clima temperado em Santa Catarina exercem influências nos seguintes parâmetros biológicos,
fisiológicos e produtivos, sendo: 1. Efeito sobre desenvolvimento vegetativo das plantas; 2.
Efeito sobre desenvolvimento reprodutivo das plantas; 3. Qualidade de frutos; 4. Produtividade;
e 5. Efeito sobre a população de fungos fitopatogênicos (supressividade) ligados as principais
doenças de solo e, se estes estão relacionados com as principais diferenças nas
concentrações de nutrientes do solo. O experimento está sendo conduzido em blocos ao
acaso, com 5 tratamentos (T1 – Testemunha; T2 – 100% da recomendação com adubação
química; T3 – 100% da recomendação com adubação orgânica; T4 - 50% da recomendação
com adubação orgânica; T5 – 150% da recomendação com adubação orgânica), com quatro
repitições. Cada parcela é composta por 4 plantas. Na macieira o experimento está sendo
realizado na cultivar Gala enxertada sobre porta enxerto maruba com filtro e na videira na
cultivar Cabernet Sauvignon. As implicações do projeto serão de grande importância para a
fruticultura Catarinense e Nacional, pois os fruticultores poderão se beneficiar da utilização do
composto como adubação orgânica em substituição a adubação convencional sabendo de seu
efeito sobre as principais doenças de solo de macieira e uva, como também melhorar aspectos
físicos e químicos do solo e agregando valor ao seu produto. Aliado a isto, os produtores de
suínos poderão ter uma alternativa de utilização dos dejetos gerados nas propriedades.
Palavras-chave: Malus domestica, Vitis vinífera, adubação orgânica, dinâmica populacional, fungos fitopagênicos
CARACTERIZAÇÃO DA DESFOLHA CAUSADA PELA ENTOMOSPORIOSE EM
PEREIRAS EUROPEIAS NO SUL DO BRASIL.
Mayra Juline Gonçalves
Orientador: Prof. Ph.D. Amauri Bogo
Comitê de Orientação: Prof. Dr. Leo Rufato, Drª Rosa Maria Valdebenito Sanhueza, Prof. Dr.
Ricardo Trezzi Casa.
RESUMO
A fruticultura brasileira é reconhecida mundialmente como uma das mais diversificadas, porém
a pereira não se destaca entre as frutíferas de maior expressão, apesar do grande potencial do
mercado interno. A problemática da cultura vai além da falta de portaenxerto, cultivares
adaptadas e práticas de manejo, assim como em qualquer outra cultura, a pereira também
apresenta problemas de ordem fitossanitária. Este trabalho tem como objetivo caracterizar a
desfolha causada pela entomosporiose em pereiras europeias no sul do Brasil. O projeto será
executado em pomar comercial de pereira das cultivares Williams, Packhams e Abate Fetel
sobre portaenxerto de Marmelo Adams, na região produtora de Vacaria-RS. Os tratamentos a
serem utilizados para a desfolha precoce serão: T1 - Ethephon (Ethrel) na dose 7500 mg *L-1
T2 - AVG aminoethoxyvinylglycine, 15% (Retain), na dose do i.a. 60 mg *L-1; T3 - Cloreto de
cálcio 10% da dose comercial 2000 mg L-1 e T4 – testemunha padrão do produtor. Os
produtos serão aplicados no final do ciclo antes do início da queda natural das folhas. O
delineamento experimental será em blocos casualizados, com quatro repetições por
tratamentos. Cada repetição terá cinco plantas, sendo úteis as três centrais. Em cada planta
útil serão marcadas 100 folhas, totalizando 300 folhas por parcela e 1200 por tratamento as
quais serão avaliadas quanto o percentual de desfolha, a cada sete dias. Para análise
estatística será utilizado o programa SAS. Os percentuais de desfolha em cada período de
cada tratamento serão transformados em arc sen√x + 0,5, e as médias dos tratamentos serão
comparadas conforme Teste de Tukey (p<0,05). Com estes resultados será possível inferir um
manejo de desfolha com objetivo de diminui o número de aplicações de fungicidas, reduzir a
fonte de inóculo e auxiliar na redução do custos na produção.
Palavras-chave: Entomosporium mespili, Camada abscisão, Pyrus communis.
QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE BIÓTIPOS DE BUVA E
AZEVÉM COM RESPOSTA DIFERENCIAL A GLYPHOSATE
Flávia Regina da Costa
Orientador: Prof. Dr. Leonardo Bianco de Carvalho
Comitê de Orientação: Profª. Drª. Cileide Maria Medeiros Coelho, Dr. Leandro Vargas.
RESUMO
As plantas daninhas têm na variabilidade genética sua base de sobrevivência e adaptação
ambiental que permite a evolução das populações em resposta a mudanças ambientais
ocasionadas por pressão de seleção biótica e abiótica. Atualmente, o controle químico de
plantas daninhas é um dos principais fatores abióticos de pressão de seleção em ecossistemas
agrícolas, principalmente quando se usa, de maneira frequente, herbicidas do mesmo
mecanismo de ação, acarretando a seleção de biótipos resistentes. Devido à alta produção,
facilidade de dispersão, dormência e longevidade das sementes, esses biótipos resistentes se
perpetuam e permanecem no ambiente enquanto os susceptíveis são controlados e, assim, a
população torna-se resistente. O objetivo do projeto é avaliar a qualidade fisiológica de
sementes de buva e azevém, resistentes e susceptíveis a glyphosate, oriundas de populações
coletadas em locais com diferentes condições edafoclimáticas. Os experimentos estão sendo
conduzidos no Laboratório de Análises de Sementes (LAS) e Fitotron, no Centro de Ciências
Agroveterinárias, UDESC, Lages, SC. Sementes de buva e azevém foram coletadas em
agroecossistemas com suspeita da presença de biótipos resistentes ao glyphosate e em
campos naturais sem histórico de aplicação de herbicidas, em regiões distintas de SC e RS.
Testes de viabilidade (germinação e tetrazólio) e vigor (envelhecimento acelerado e teste de
frio) foram conduzidos no LAS para análise da qualidade fisiológica das sementes. Testes de
dose-resposta em plântulas estão sendo conduzidos em Fitotron (25 oC, 60% UR e 12:12 h
luz:escuro) para caracterização dos biótipos quanto à susceptibilidade e resistência. Os
experimentos estão sendo conduzidos em delineamento inteiramente casualizado com quatro
repetições. Os dados serão submetidos à ANOVA (teste F). As médias dos experimentos de
qualidade de sementes serão comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Às
médias do experimento de dose-resposta serão ajustadas curvas de regressão não-lineares. O
estudo do comportamento ecofisiológico dessas espécies propõe que a qualidade de sementes
está relacionada com o ambiente e com a resistência ao glyphosate.
Palavras-chave: Lolium multiflorum, Conyza sp., resistência a glyphosate, qualidade de
sementes.
INCIDÊNCIA E SEVERIDADE DE DOENÇAS EM FOLHAS E FRUTOS DE MACIEIRA
COM A APLICAÇÃO PRÉ-COLHEITA DE AMINOETOXIVINILGLICINA (AVG) E 1-
METILCICLOPROPENO (1-MCP)
Bruna Moreira Schrammel Baldin
Orientador: Prof. PhD. Cassandro Vidal Talamini do Amarante
Comitê de Orientação: Prof. Dr. Cristiano André Steffens, Dr. Silvio André Meirelles Alves.
RESUMO
O Brasil é um dos principais produtores mundiais de maçãs, mas grande parte da produção é
perdida devido à elevada incidência de doenças. A mancha foliar de ‘Glomerella’ (MFG) é uma
doença relativamente nova, e que tem ocorrido com grande frequência em pomares, se tornando
um das principais doenças da cultura. Para reduzir a queda e retardar a maturação dos frutos em
macieiras ‘Gala’, possibilitando assim um escalonamento na colheita dos frutos, tem sido aplicado
em pomares o composto aminoetoxivinilglicina (AVG), um inibidor da síntese de etileno. Porém,
pouco se sabe até o momento acerca dos efeitos deste produto sobre os tecidos vegetativos.
Alguns trabalhos demonstram que a aplicação de AVG aumenta a suscetibilidade dos tecidos
vegetativos a MFG. Como alternativa para o retardo da maturação e escalonamento da colheita
está se avaliando o efeito do composto 1-metilciclopropeno (1-MCP), um inibidor da ação do
etileno. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito da aplicação pré-colheita
de AVG e 1-MCP em macieiras 'Gala', sobre a incidência de MFG e de doenças nos frutos. Os
experimentos serão conduzidos na Embrapa Uva e Vinho, Estação Experimental de Fruticultura
de Clima Temperado, Vacaria, RS, nas safras de 2012/2013 e 2013/2014, com o objetivo de
observar o comportamento dos diferentes patógenos causadores da MFG (Glomerella cingulata,
Colletotrichum gloeosporioide e C. acutatum), aos tratamentos com AVG e 1-MCP. Para os
tratamentos onde se tem por objetivo avaliar o comportamento dos patógenos com relação aos
produtos foram utilizadas as seguintes doses 0, 10, 30, 90 e 270 mg.L-1
. Já para os tratamentos
onde se tem por objetivo avaliar o comportamento do tecido vegetal, quando se aplica o produto
nas doses recomendadas (AVG (125 mg L-1
, Valent BioSciences Inc., e espalhante adesivo Break
Thru ®, 0,05% v/v e 1-MCP 150 mg L-1
, AgroFresh Inc. e óleo mineral AssistTM, 1%; v/v), se tem
os seguintes tratamentos: (1) Testemunha sem a inoculação do patógeno, (2) Testemunha com a
inoculação do patógeno, (3) Aplicação do AVG dois dias antes da inoculação do patógeno, (4)
Aplicação do AVG dois dias depois da inoculação do patógeno, (5) Aplicação do 1-MCP dois dias
antes da inoculação do patógeno e (6) Aplicação do 1-MCP dois dias depois da inoculação do
patógeno. Também serão avaliados os efeitos dos tratamentos pós-colheita de frutos com AVG e
1-MCP, na infecção de Penicillium sp e Botrytis sp.
Palavras-chave: Malus domestica, Doença, Mancha foliar de ‘Glomerella’, Etileno, Pré-colheita,
Pós-colheita.
EFEITO DE DIFERENTES SISTEMAS DE CONDUÇÃO E MÉTODOS DE PODA
SOBRE DOENÇAS DA VIDEIRA (Vitis vinifera) EM REGIÃO DE ALTITUDE DE
SANTA CATARINA
Betina Pereira de Bem
Orientador: Prof. Dr. Amauri Bogo
Comitê de Orientação: Prof. Dr. Leo Rufato, Prof. Dr. Ricardo Trezzi Casa
RESUMO
As regiões de altitude do estado de Santa Catarina têm se mostrado favoráveis à produção de
vinhos finos de alta qualidade, despertando o interesse de empreendedores na atividade.
Entretanto, ainda são necessárias informações técnicas adequadas para a microrregião, que
possui características muito distintas, bem como condições favoráveis a ocorrência de
importantes doenças. Um dos principais fatores que interfere no potencial do vinhedo é a
susceptibilidade as doenças associadas aos sistemas de condução e os diferentes métodos
de poda. O projeto visa determinar o efeito de diferentes sistemas de condução e métodos de
poda nas variedades Sauvignon Blanc, Cabernet Sauvignon e Merlot sobre a dinâmica
temporal do Míldio (Plasmopara viticola), Antracnose (Elsionoe ampelina) e Podridão
Cinzenta (Botrytis cinerea) em regiões de altitude do sul do Brasil. Serão realizados três
subprojetos, compostos pelos tratamentos/sistemas de condução: Espaldeira, Manjedoura,
GDC, Cortina Simples e Latada Descontínua. A incidência das doenças nos diferentes
sistemas de condução será calculada através da porcentagem de folhas, ramos e cachos com
pelo menos uma lesão em relação ao total avaliado e a severidade será obtida através de
escalas diagramáticas, sendo que as doenças serão avaliadas semanalmente a partir do
surgimentos dos sintomas. Com os dados obtidos serão plotadas curvas de progresso da
doença e as epidemias comparadas em relação ao início do aparecimento dos sintomas (IAS);
ao tempo para atingir a máxima incidência e severidade da doença (TAMID e TAMSD); ao
valor máximo de incidência e severidade (Imax e Smax) e a área abaixo da curva do progresso
da doença (AACPD). Os dados serão analisados por meio de análise de regressão linear
simples e serão submetidos a análise de variância, sendo que a comparação das médias dos
tratamentos será realizada pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Estes
experimentos visam avaliar e ajustar o monitoramento das doenças e racionalizar o uso de
fungicidas na cultura e assim, proporcionar um menor dano ambiental e menores custos ao
produtor.
Palavras-chave: Vitis vinifera, doenças da videira, manejo do vinhedo, qualidade uva e vinho.
PONTO IDEAL DE COLHEITA E MÉTODOS DE ARMAZENAGEM PARA SELEÇÃO AVANÇADA DE MAÇÃS M-15/07
Fernanda Pelizzari Magrin
Orientador: Prof. DSc. Luiz Carlos Argenta
Comitê de Orientação: Prof. PhD. Cassandro Vidal Talamini do Amarante, Prof. Dr. Cristiano
André Steffens
RESUMO A qualidade de maçãs no ponto de consumo varia em função da interação entre o estádio de maturação na colheita e o uso adequado de tecnologias de armazenagem. Por isso, o ponto ideal de colheita e as tecnologias mais adequadas para máxima qualidade de maçãs na colheita e após a armazenagem devem ser estabelecidos antes do lançamento e recomendação de cultivo de novas cultivares. A seleção avançada M-15/07, prestes a ser lançada e recomendada para cultivo, desenvolvida geneticamente no Brasil (EPAGRI) é o objeto desse estudo. Serão realizados três experimentos em um pomar experimental da EPAGRI, localizado em Caçador, SC: 1) determinação dos índices de maturação para o ponto ideal de colheita; 2) determinação do potencial de armazenagem; 3) efeitos interativos da atmosfera controlada com diferentes níveis de CO2 e da inibição da ação do etileno pelo 1-MCP. No experimento 1, frutos colhidos em cinco estádios de maturação serão analisados um dia após a colheita e após 4 a 8 meses de armazenagem refrigerada sendo sob atmosfera do ar (AA) (após 4 e 6 meses, 0,5ºC±0,5ºC, UR 85%±5%) e sob atmosfera controlada (AC) (após 6 e 8 meses, com pressões parciais de 1,5 kPa de O2 e 1,5 kPa de CO2, 0,7ºC±0,5ºC, UR 93%±3%), mais sete dias sob AA a 20
oC para simulação do período de prateleira. Será
realizada análise sensorial dos frutos após armazenagem refrigerada sob AA e AC. No experimento 2, as maçãs da seleção avançada M-15/07 serão colhidas em uma única data, quando o índice de amido estiver entre 3,5 e 6 (escala 1 a 9). Os frutos serão analisados um dia após a colheita e após cada mês, mais 1 e 7 dias a 20
oC (períodos de prateleira) por até 9
meses, sob AA e AC. Metade dos frutos será tratada com 1-metilciclopropeno (1-MCP) 24 h após a colheita, em câmaras herméticas, durante 24 horas. As temperaturas e concentrações de gases das atmosferas de armazenagem serão as mesmas descritas no experimento 1. No experimento 3, as maçãs seguirão a mesma metodologia de colheita do experimento 2. Os frutos serão analisados um dia após a colheita e após 6 meses, mais 1 e 7 dias a 20
oC
(períodos de prateleira) sob AA, conforme descrito no experimento 1 e AC com 1,5 kPa de O2 e os seguintes regimes de CO2: <0,5; 1,5; 3,0 e 4,5 kPa. Metade dos frutos será tratada com 1-metilciclopropeno (1-MCP) 24 h após a colheita, em câmaras herméticas, durante 24 horas. Serão realizadas as seguintes análises em cada experimento: intensidade de cor vermelha, índice de amido, cor de fundo, firmeza de polpa, teor de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), taxas respiratória e de produção de etileno e incidência e severidade de distúrbios fisiológicos e patológicos após a armazenagem. O experimento 1 seguirá um esquema fatorial 5x2x2, correspondente a 5 datas de colheita, 2 atmosferas de armazenagem e 2 períodos de armazenagem. O experimento 2 seguirá um esquema fatorial 9x2x2x2, correspondente a 9 períodos de armazenagem (tratamentos), 2 períodos de prateleira a 20
oC após a
armazenagem, 2 atmosferas de armazenagem e 2 doses (0 e 1 μL L-1
) de 1-MCP. O experimento 3 seguirá um esquema fatorial 5x2x2, correspondente a 5 atmosferas de armazenagem (tratamentos), 2 períodos de prateleira a 20
oC após a armazenagem e 2 doses
(0 e 1 μL L-1
) de 1-MCP. Será utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado para ambos os experimentos, com 60 repetições (cada repetição correspondendo a um fruto) por tratamento, atmosfera de armazenagem e época de análise, exceto para as análises de SS, AT, etileno e respiração, onde se utilizarão quatro repetições de sete frutos por tratamento. Palavras-chave: Malus domestica Borkh. Maturação. Armazenamento. Pós-Colheita.
DESEMPENHO VITÍCOLA E ENOLÓGICO DA VARIEDADE MERLOT SOBRE
DIFERENTES PORTAENXERTOS NO PLANALTO SUL DE SANTA CATARINA
Ricardo Allebrandt
Orientador: Dra. Andrea de Rossi Rufato
Comitê de Orientação: Prof. Dr. Leo Rufato, Prof.ª Dr.ª Aike Anneliese Kretzchmar.
RESUMO
O uso de portaenxertos na viticultura surgiu na Europa, no final do século XIX, com a finalidade
de controlar a filoxera, principal praga que ataca a videira europeia (Vitis vinifera L.). Desde
então, a maioria dos vinhedos do mundo são compostos por plantas formadas com variedades
copa viníferas e portaenxertos obtidos a partir de híbridos de espécies americanas. Como
consequência, o estudo da influência dos portaenxertos sobre as características vitícolas e
enológicas das variedades copa tem se tornado cada vez mais importante. A vitivinicultura do
Planalto Sul de Santa Catarina é uma atividade recente, quando comparada às regiões
tradicionais de cultivo da uva destinada à elaboração de vinhos finos. Neste sentido, o setor
vitivinícola carece de informações técnico-científicas a respeito de combinações entre
portaenxertos e variedades copa que melhor se adaptem às condições ambientais da região.
Este trabalho tem por objetivo avaliar o desempenho vitícola e enológico da variedade Merlot
produzida sobre diferentes portaenxertos em três municípios do Planalto Sul de Santa
Catarina. O experimento será conduzido em três áreas experimentais localizadas nos
municípios de Painel, São Joaquim e Urubici, nos ciclos 2012/2013 e 2013/2014, onde serão
avaliados os portaenxertos Paulsen 1103 (V. berlandieri x V. rupestris), Couderc 3309 e 101-14
Mgt (V. riparia x V. rupestris). As videiras são conduzidas no sistema manjedoura, com oito
anos de idade, no espaçamento de 3,0 x 1,5 m. O delineamento experimental é o de blocos ao
acaso, com quatro blocos e 20 plantas por parcela. Para as avaliações de vigor serão
realizadas determinações de área foliar; teor de clorofila; e ao final do ciclo, o Índice de Ravaz.
Na colheita, serão avaliadas a produção por planta e a produtividade estimada por área. Serão
medidas a massa de cachos, massa de ráquis e o número de bagas por cacho. Para as
avaliações de qualidade da uva, serão determinadas a massa de 100 bagas, o teor de sólidos
solúveis totais, acidez total, pH, relação casca/polpa, teor de antocianinas monoméricas totais
e de polifenóis totais. Para avaliação dos vinhos, serão elaboradas microvinificações a partir de
amostras de 20 kg por parcela, para determinações de parâmetros químicos e sensoriais. Os
dados serão submetidos à análise de variância (ANOVA), e quando detectados efeitos
significativos de tratamentos, as médias dos mesmos serão submetidas ao teste Tukey de
comparação de médias (a 5% de probabilidade de erro). Com este trabalho, espera-se
encontrar uma combinação copa-portaenxerto que resulte em plantas com vigor equilibrado, e
que produzam uvas e vinhos de qualidade.
Palavras-chave: Vitis vinifera L., V. berlandieri x V. rupestris, V. riparia x V. rupestris.
Qualidade do vinho.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA E QUALIDADE TECNOLÓGICA DOS GRÃOS DE
CULTIVARES CRIOULAS DE FEIJÃO PROVENIENTES DO CULTIVO ORGÂNICO
Kali Simioni
Orientadora: Prof.ª Drª Cileide M. Medeiros Coelho
Comitê de Orientação: Prof. Dr. Clovis Arruda de Souza, Prof. Dr. Leonardo Bianco de Carvalho
RESUMO
O feijão é um dos mais importantes constituintes da dieta alimentar brasileira, sendo excelente fonte
de proteína, vitaminas, minerais, aminoácidos e fibra. Apesar da significativa composição nutritiva, o
seu consumo tem diminuído devido ao restrito tempo disponível para o preparo das refeições e pela
ausência de diversidade quanto ao menor tempo de cocção e maior composição nutritiva quanto a
minerais e proteínas em variedades comerciais. Assim, os genótipos crioulos de feijão podem
apresentar diversidade para estas características e ampliar a possibilidade de qualidade
diferenciada em diferentes formas de cultivo. O estudo de cultivares crioulas no sistema de cultivo
orgânico pode potenciar o uso destes genótipos em Santa Catarina, visto que a agricultura familiar é
composta por pequenas áreas e a mão de obra é familiar. Nesse sentido, o objetivo do trabalho será
indicar cultivares crioulas mais promissoras na composição química e qualidade tecnológica no
sistema de cultivo orgânico em duas safras agrícolas. O experimento será conduzido no Laboratório
de Análise de Sementes, da UDESC, Lages, SC. Serão utilizados 26 genótipos provenientes do
Banco Ativo de Feijão (BAF) do CAV/UDESC. A multiplicação desses genótipos para obtenção da
amostra de trabalho será realizada em blocos ao acaso no Campo Experimental da Epagri, Campos
Novos, SC nas safras 2012/2013 e 2013/2014 em dois sistemas de cultivo (orgânico e
convencional). Após a obtenção da amostra de trabalho, o experimento será realizado no
Laboratório de Análise de Sementes sob delineamento inteiramente casualizados com quatro
repetições por tratamento. Serão determinadas a composição química (teor de fósforo, fitato, ferro,
zinco, potássio, proteína solúvel e proteína total) e a qualidade tecnológica (tempo de cocção,
percentual de embebição antes e após o cozimento, percentual de grãos inteiros após o cozimento,
sólidos solúveis totais no caldo e teor de fibra). Os dados serão submetidos à análise de variância
(teste F) e as médias dos experimentos serão comparadas pelo teste de Tukey. A comparação
entre genótipos será através do teste de Scott-knott.
Palavras-chave: Feijão. Qualidade tecnológica. Composição química. Cultivo orgânico. Genótipos
Crioulos.
REGENERAÇÃO E CONSERVAÇÃO in vitro DE PLANTAS ELITES DE VIDEIRA
PELOS MÉTODOS DE CRIOTERAPIA E UNIDADES ENCAPSULÁVEIS
Jean Carlos Bettoni
Orientador: Prof. Dr. Luiz Carlos Argenta.
Comitê de Orientação: Dr. Murilo Dalla Costa, Dr. João Peterson Pereira Gardin, Dr. Renato
Luis Vieira e Prof. Dra. Aike Anneliese Kretzschmar
RESUMO
A viticultura é uma atividade de grande importância mundial, com vinhedos espalhados em
mais de 10 milhões de hectares em todo mundo. No entanto, nas últimas décadas têm-se
relatado declínio e morte de plantas; várias são as causas, dentre elas, insetos, fungos,
bactérias e vírus. Doenças virais são um grande obstáculo para tornar a atividade sustentável.
Uma ferramenta promissora para a "limpeza" de materiais é a crioterapia, que permite a
erradicação de patógenos com uma alta frequência e de forma mais rápida e eficiente que a
termoterapia. O método baseia-se na eliminação de células infectadas pelo efeito de
ultrabaixas temperaturas e regeneração de plantas a partir do tecido meristemático. Em
conjunto com a limpeza de viroses, devem-se buscar mecanismos que auxiliem a conservação
de propágulos de videira em bancos de germoplasma in vitro, evitando assim a contaminação
do material no campo, além de reduzir a mão de obra. Uma estratégia recente que vem sendo
estudada é o encapsulamento, no qual os propágulos ficam envoltos em uma cápsula de
alginato de cálcio. Dentre os benefícios do método estão a manutenção da viabilidade do
material para o armazenamento, transporte e semeadura sob ambiente ex vitro, facilitando o
intercâmbio de germoplasmas, além do baixo custo. Com base nesse contexto o trabalho
propõe o desenvolvimento de um protocolo eficaz para geração e conservação de
germoplasma de plantas-elite de videira através dos métodos de crioterapia e unidades
encapsuláveis. Os experimentos estão sendo conduzidos no Laboratório de Biotecnologia da
EPAGRI, no município de Lages-SC. A seleção de genótipos foi por meio da presença de
diferentes espécies virais (GLRVA1; GLRAV3; GFKV; GFLV e GVA), pelo teste sorológico
ELISA. O trabalho será dividido em três experimentos complementares: para o estabelecimento
e multiplicação in vitro de genótipos de videira serão avaliados cinco meios de cultura sem
reguladores de crescimento (ZL, C2D, Roubelakiss, DSD1, Galzy). Após a seleção do meio de
cultura, será procedida a formação das unidades encapsuláveis de segmentos nodais com
diferentes dimensões ( 1 e 3 mm) para avaliação do potencial de conservação do material in
vitro (1, 2 , 3 e 4 meses). Os segmentos nodais encapsulados serão submetidos à crioterapia,
para avaliação da capacidade de regeneração de propágulos e a viabilidade do método para
erradicação de viroses, esta ultima avaliada pela indexação final por RT-PCR.
Palavras-chave: Limpeza de vírus, germoplasma, vitivinicultura, micropropagação.
MONITORAMENTO DA QUALIDADE DE MAÇÃS PRODUZIDAS NO SUL DO
BRASIL, BASEADA NAS CONDIÇÕES NUTRICIONAIS E METEOROLÓGICAS.
Charle Kramer Borges de Macedo
Orientador: Prof. PhD. Cassandro Vidal Talamini do Amarante Comitê de Orientação: Prof. Dr. Cristiano André Steffens, PhD. Gilmar Ribeiro Nachtigall.
Resumo
A cultura da macieira tem grande importância no cenário mundial. Na região Sul do Brasil, Santa Catarina e Rio Grande do Sul destacam-se na produção da fruta. Nessas regiões as condições meteorológicas são favoráveis, exercendo grande influência no desenvolvimento e na qualidade dos frutos. Entretanto, nos últimos anos alterações destas condições tem afetado de forma negativa a produção. Os fatores pré-colheita podem ter grande influência na ocorrência de distúrbios fisiológicos durante o período de armazenamento. Entre os fatores pré-colheita a nutrição mineral deve ser considerada, pois afeta a qualidade de frutos de macieira. Altos teores de cálcio (Ca) nos frutos reduzem a ocorrência de distúrbios fisiológicos. Obter informações sobre as condições climáticas e composição mineral dos frutos é necessário para prever a qualidade de frutos pós-colheita. O objetivo deste trabalho é prever a qualidade de frutos de macieira a partir de variáveis nutricionais e condições meteorológicas no Sul do Brasil. O experimento será conduzido em quatro áreas experimentais localizadas nos municípios de Vacaria, Bom Jesus, São Joaquim e Fraiburgo na safra 2012/2013 onde serão coletadas amostras de folhas e frutos de macieira das cultivares Gala e Fuji. Cada amostra que será coletada representará uma quadra avaliada. Os frutos serão avaliados na colheita e após três meses de armazenamento refrigerado (0°C±0,5°C, UR 90%±2%) em relação a cor da epiderme, firmeza de polpa, sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), teste de iodo-amido e incidência e severidade de podridões. Para avaliação da composição mineral das folhas, a coleta será realizada no mês de novembro de 2012. Para compor essa amostra, serão coletadas aproximadamente 200 folhas no terço médio dos ramos do ano. Após as coletas, as folhas serão secas em estufa de circulação de ar forçado a 60°C, para proceder à determinação de macronutrientes. Na avaliação da composição mineral dos frutos também será realizada uma amostra por quadra, que será constituída por 100 frutos. Os mesmos serão coletados de diferentes lados da planta, de forma aleatória. A colheita será realizada no estádio de maturação comercial. Em ambos, frutos e folhas serão determinadas as concentrações de N, P, K, Ca, Mg e S, conforme metodologia descrita por Freire (1998). A análise estatística dos dados coletados será realizada utilizando o programa SAS (SAS Institute, 2002). Será feita análise de correlação canônica entre atributos de qualidade dos frutos e fatores climáticos e de composição mineral (em folhas e frutos), através do procedimento PROC CANCORR do programa SAS.
Palavras-chave: Malus domestica Borkh. Qualidade de frutos. Condições climáticas. Pós-Colheita.
Conseqüências do atraso na colheita sobre o desempenho agronômico de
híbridos de milho (Zea Mays L.)
Fernando Panison
Orientador: Luís Sangoi
Comitê de Orientação: Profª. Drª. Cileide Maria Medeiros Coelho, Prof. Dr. Ricardo Trezzi
Casa, Dr. Alvadi Antonio Balbinot Junior.
RESUMO
Atualmente novas cultivares de soja vem sendo desenvolvidas com características
que lhe conferem maior precocidade, associada ao hábito de crescimento indeterminado.
Assim, a colheita da soja está coincidindo cada vez mais com a colheita do milho. Como a
soja é mais rentável e sensível ao atraso na colheita do que o milho, os produtores optam
em colher primeiramente a leguminosa, fazendo com que a gramínea permaneça no
campo, sujeita a perdas significativas. Este trabalho tem por objetivo avaliar os efeitos do
atraso na colheita sobre o rendimento quantitativo e qualitativo de grãos de híbridos de
milho. O experimento será implantado em Lages, SC, em sistema de semeadura direta,
sobre palha de aveia preta. O delineamento experimental será de blocos casualizados
dispostos em parcelas sub-divididas. Na parcela principal serão testados os híbridos de
milho e nas sub-parcelas serão testadas cinco épocas de colheita. Serão avaliados o
rendimento de grãos, os componentes do rendimento, o número de plantas anormais
dominadas e sem espigas, a percentagem de acamamento e quebramento de plantas, a
percentagem de grãos ardidos e população final de colheita. Os dados obtidos serão
analisados estatisticamente através da análise de variância e o teste de Tukey para a
comparação entre híbridos e a análise de regressão polinomial para comparação das
épocas de colheita, a 5% de significância. A busca da época mais indicada para a colheita
do milho pode ser uma ferramenta importante para a redução das perdas no rendimento e
na qualidade de grãos.
Palavras-chave: Milho, Épocas de colheita, Rendimento, Qualidade de grãos.
CARACTERIZAÇÃO ENZIMÁTICA DO ESCURECIMENTO DE POLPA E
PRESERVAÇÃO DA QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE FRUTOS EM GOIABEIRA
SERRANA ATRAVÉS DO TRATAMENTO COM CERA DE CARNAÚBA
Thalita Dal Toé Benincá
Orientador: Prof. Ph.D. Cassandro Vidal Talamini do Amarante
Comitê de orientação: Prof. Dr. Cristiano André Steffens, Prof. Dr. Luiz Carlos Argenta
RESUMO
A goiabeira serrana [Acca sellowiana (Berg.) Burret., sinônimo Feijoa sellowiana Berg.] é uma
espécie frutífera pertencentes à família Myrtaceae, nativa do planalto meridional brasileiro e do
Uruguai, com grande potencial de exploração comercial. O fruto apresenta sabor doce-acidulado e
aroma penetrante, sendo ainda pouco conhecido no mercado brasileiro. No entanto, o escurecimento
da polpa é o grande limitante no armazenamento refrigerado de goiaba serrana. O primeiro
experimento tem como objetivo o estudo de enzimas relacionadas ao escurecimento de polpa dos
frutos, em quatro cultivares comerciais nacionais de goiabeira serrana Alcântara, Helena, Mattos e
Nonante, e em alguns acessos promissores, pertencentes ao banco ativo de germoplasma (BAG) da
Epagri, das Estações Experimentais de São Joaquim e Lages, em Santa Catarina. Os frutos foram
colhidos na maturação comercial, nas safra 2012/2013. As enzimas estudadas são a polifenoloxidase
(PPO), peroxidase (POD) e fenilamoniliase (PAL). Para quantificação da atividade das enzimas,
foram coletadas amostras de frutos na colheita, e após 7 e 14 dias de armazenamento refrigerado
(4oC/90-95% de UR), seguido de 48 horas (vida de prateleira). Além da atividade das enzimas, foram
amostrados frutos para a avaliação dos atributos de textura da casca e da polpa, acidez titulável
(AT), coloração da casca e da polpa (brilho/L, cromaticidade/C e ângulo ‘hue’/ho), pH, vitamina C,
escurecimento do suco e sólidos solúveis (SS). No segundo experimento, frutos de goiaba serrana
da cultivar Alcântara foram tratados na colheita com biofilmes comestíveis a base de cera de
carnaúba, nas concentrações de 0, 25, 50 e 100% da formulação comercial. Os frutos foram
armazenados durante 14 dias a 4oC/90-95% de UR, e analisados 48 horas após a remoção do
armazenamento refrigerado (vida de prateleira) quanto a qualidade. Foram realizadas avaliações de
permeância a perda de água, dos atributos de textura da casca e da polpa, AT, coloração da casca e
da polpa (brilho/L, cromaticidade/C e ângulo ‘hue’/ho), pH, vitamina C, escurecimento do suco e SS.
Em ambos os experimentos, o delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com cinco
repetições. Cada repetição foi composta de cinco frutos. Os dados coletados serão analisados
estatisticamente usando o programa SAS. As médias de tratamentos serão comparadas pelo teste
de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
Palavras-chave: Acca sellowiana (Berg.) Burret. Frutos. Pós-colheita. Qualidade.
MANEJO DA GIBERELA EM ESPIGAS DE MILHO EM RESPOSTA A APLICAÇÃO
DE FUNGICIDA DURANTE O ESTÁDIO DO ESPIGAMENTO.
Clodoaldo Fadani Andriolli
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Trezzi Casa.
Comitê de orientação: Prof. Dr. Luis Sangoi, Prof. Dr. Amauri Bogo.
RESUMO
A giberela da espiga do milho, causada pelo fungo Gibberella zeae (anamorfo Fusarium
graminearum), causa redução significativa na produtividade e qualidade de grãos, com consequente
aumento na incidência de grãos ardidos e metabólitos secundários tóxicos produzidos pelo fungo os
quais comprometem a qualidade da ração. O melhoramento genético e a adoção de práticas culturais
não tem obtido controle satisfatório da doença. Neste contexto o controle químico atravé da aplicação
de fungicida é uma alternativa a ser explorada. A definição do momento para aplicação nos sítios de
infecção do patógeno é essencial para a eficácia do controle químico. Por meio desta ação de pesquisa
procurar-se-á definir qual o melhor momento durante o estádio do espigamento do milho para a
aplicação de fungicida. O experimento será conduzido a campo no município de Lages/SC, nas safras
agrícolas de 2012/13 e 2013/14. O fungo será inoculado pelo método de injeção de suspensão de
esporos no canal do estilo-estigma utilizando um inoculador automático. As suspensões macroconidiais
serão produzidas em meio de cultura próprio para a esporulação obtendo concentração de 1 x 105 esporos
mL-1
. Os tratamentos constituem-se em seis momentos de aplicação do fungicida, variando de 144
horas antes da inoculação até 144 horas depois da inoculação do fungo e mais um tratamento
testemunha somente inoculado. A distribuição dos tratamentos seguirá o modelo do delineamento em
blocos casualizados, com quatro repetições. Serão utilizados dois híbridos simples, P32R48H e
Maximus TL TG Viptera, semeados em duas épocas em cada safra. As avaliações de incidência e
severidade de espigas doentes serão realizadas no momento da colheita. Para a obtenção do
rendimento por tratamento as espigas serão colhidas manualmente, debulhadas numa trilhadora
estacionária e os grãos secos em estufa até obtenção de peso constante. A incidência de grãos ardidos
será determinada conforme critério estabelecido pelo MAPA. A incidência de F. graminearum nos grãos
será realizada pela semeadura destes em meio de cultura de batata-dextrose-ágar (BDA). Os dados
obtidos nestes experimentos serão avaliados estatisticamente através da técnica de análise de variância
e as médias de cada tratamento serão comparadas entre si utilizando-se o teste de Tukey, ao nível de
significância de 5%.
Palavras-chave: Gibberella zeae. Grãos ardidos. Controle químico. Zea mays.
QUALIDADE DE MAÇÃS ´FUJI` E ´GALA` ARMAZENADAS EM FUNÇÃO DO
CALOR DE CAMPO, DO PRÉ-RESFRIAMENTO E DO USO DO 1-MCP
Crizane Hackbarth
Orientador: Prof. Dr. Cristiano André Steffens Comitê de orientação: Prof. Dr. Cassandro Vidal Talamini do Amarante; Prof. Dr. David José Miquelluti.
RESUMO
O pré-resfriamento retira o calor de campo dos frutos em pós-colheita e é uma prática comum,
porém com poucos efeitos benéficos comprovados em maçãs, além de ser de alto custo. Os
estudos realizados para comprovar a eficácia deste processo apresentam resultados
contraditórios. Entretanto, esta prática é recomendada na cultura visando uma melhor
manutenção da qualidade dos frutos em pós-colheita. O objetivo deste projeto é avaliar o efeito
do pré-resfriamento e do calor de campo sobre a qualidade de maçãs (Malus domestica Borkh)
‘Gala’ e ‘Fuji’. Além disso, será avaliado se o 1-MCP, um potente inibidor da ação do etileno,
apresenta potencial para substituir o pré-resfriamento na manutenção da qualidade de maçãs
‘Gala’ e ‘Fuji’. Os frutos serão colhidos em pomar comercial localizado no município de Vacaria-
RS. Serão realizados três experimentos distintos e independentes. No primeiro experimento,
será avaliado o efeito do calor de campo e do pré-resfriamento na qualidade das maçãs ‘Gala’
e ‘Fuji’ após o armazenamento. Seguirá um esquema fatorial 3x2 em que serão simuladas três
temperaturas de campo (25; 31 e 37˚C, para a ‘Gala’, e 20; 25 e 30˚C, para a ‘Fuji’)
combinadas ou não com o pré-resfriamento. No segundo experimento será simulado um calor
de campo de 25˚C e os frutos de ´Gala` e ´Fuji` serão pré-resfriados até a polpa atingir a
temperatura de 15; 10 e 5˚C. O terceiro experimento será realizado com maçãs ‘Gala’ e serão
avaliados os tratamentos aplicação ou não de 1-MCP combinado com diferentes tempos de
resfriamento rápido (24, 48, 72, 96, 120 e 144 horas para atingir a temperatura de
armazenamento). Os frutos de todos os experimentos serão armazenados em AR por 120 e
150 dias, respectivamente, para as cultivares Gala e Fuji. Os frutos serão avaliados na saída
da câmara e após sete dias de exposição à temperatura ambiente, simulando o período de
prateleira. As variáveis analisadas serão: firmeza de polpa, atributos de textura, acidez titulável,
teor de sólidos solúveis, taxas respiratória e de produção de etileno, incidência de “bitter pit”,
podridões, rachadura, degenerescência de polpa e escaldadura. Também serão avaliadas a
pectina total e solúvel e a atividade das enzimas poligalacturonase (PG) e pectinametilesterase
(PME). Os dados serão submetidos ao teste de Tukey a 5% de significância.
Palavras-chave: Calor de campo; Pós-colheita; Etileno.
METAMITRON COMO ALTERNATIVA NO RALEIO QUÍMICO DA MACIEIRA
NA REGIÃO SUL DO BRASIL
Gentil Carneiro Gabardo
Orientador: Luiz Carlos Argenta Comitê de Orientação: Aike Anneliese Kretzschmar, Marcelo Couto; José Luiz Petri
Resumo
A cultura da macieira necessita de uma grande demanda de mão-de-obra,
devido a concentração das atividades de manejo em curtos períodos durante o
ciclo produtivo, como a prática do raleio. O raleio químico têm como finalidade
diminuir a demanda de trabalho manual e garantir melhores características aos
frutos. São poucos os produtos disponíveis para esse fim visto que os
existentes apresentam elevada toxicidade ao ambiente, ao aplicador e aos
insetos polinizadores. O principio ativo Carbaryl foi utilizado por muito tempo,
mas sua produção foi interrompida, diminuindo as alternativas para esta
finalidade. O princípio ativo METAMITRON, apresenta alto potencial raleante,
devido a sua ação inibidora da fotossíntese, porem poucas informações estão
disponíveis. Com objetivo de identificar as melhores épocas e dosagens de
aplicação do principio ativo Metamitron, serão conduzidos dois experimentos,
em macieiras ‘Fuji Suprema’ e ‘Galaxy’, ambas sobre portaenxerto
Marubakaido/M-9, conduzidos em pomar experimental da Epagri – Estação
Experimental de Caçador, SC, no ciclo 2013/2014. O delineamento
experimental será em blocos ao acaso, com 6 tratamentos e 6 repetições,
sendo uma planta por unidade experimental. Experimento 1: diferentes épocas
de aplicação de Metamitron 350ppm (Queda de pétalas; 5-10mm; 15-20mm;
>20mm) comparando com raleio manual e plantas sem raleio. Experimento 2:
duas concentrações de Metamitron 350 e 700ppm em aplicações individuais e
também associadas a Benziladenina (BA), aplicadas com os frutos entre 5-
10mm, comparando com raleio manual e plantas sem raleio. A concentração
de BA será de 80ppm para ‘Fuji Suprema’ e de 40ppm para ‘Galaxy’. As
variáveis avaliadas são: frutificação efeita (%) e inflorescencias com frutos (%)
antes e após raleio, produção (frutos planta-1), (g frutos-1), (kg planta-1), calibre
dos frutos (%), russeting (%), firmeza da polpa (lbpol-2), sólidos solúveis totais,
iodo-amido e número de sementes por fruto. Os dados serão submetidos à
análise de variância (ANOVA), e quando detectados efeitos significativos de
tratamentos, as médias dos mesmos serão submetidas ao teste Tukey a 5% de
probabilidade, pelo programa Sisvar, versão 5.3 (Daniel Furtado Ferreira, 1999-
2010). A geração de informações sobre novas alternativas de raleio químico
em pós-floração na macieira, possibilitará a criação de novas táticas de manejo
de pomares favorecendo assim o setor produtivo da maçã.
Palavras-chave: Raleio químico, Macieira, Metamitron.
Avaliação in vivo do efeito protetor e curativo de fungicidas e indutores de resistência no controle da requeima e caracterização de isolados de Phytophthora
infestans por PCR e resistência ao metalaxyl
Maria Raquel Fornari
Orientador: Prof. PhD Pedro Boff Comitê de Orientação: Prof. Dr. Ricardo Trezzi Casa e Prof. Dr. Walter Ferreira Becker.
O tomateiro (Solanum lycopersicum L. = Lycopersicon esculentum Mill.) é uma das plantas oleráceas mais cultivadas no Brasil, uma vez que seu fruto faz parte do consumo diario dos brasileiros e muito usado pela agroindústria. A região do Alto Vale do Rio do Peixe apresenta a maior área plantada no Estado de Santa Catarina. Em Caçador, na safra de 2011 repetiu a área da safra anterior, 2010, com 1.000 hectares. A produtividade da Região do Alto Vale do Rio do Peixe (AVRP) permanece em 85.000 quilos por hectare, equivalente a 45,5% da produção estadual. Uma das doenças do tomateiro mais temidas pelos produtores é a requeima, causada pelo fungo Phytophthora infestans (Mont) de Bary, que provoca grande destruição na cultura em pouco tempo causando grandes perdas na produção o que ocasiona prejuízos econômicos para os produtores. Apesar de ser muito estudada, trata-se da doença que apresenta as maiores dificuldades de controle. O controle é basicamente pelo método químico (fungicidas). Muitos fungicidas, devido à alta freqüência de uso, têm induzido à resistência por parte do patógeno P. infestans. Este trabalho tem o objetivo de avaliar a variabilidade genética de P. infestans e estudar o potencial de uso de fungicidas x tempo de aplicação, testar indutores de resistência e analisar níveis de peroxidase e fenóis, fazer a caracterização de isolados coletados, quanto à sensibilidade ao fungicida, comprovar a existência de variedades de populações fúngicas resistentes ao fungicida Metalaxil em tomateiro. Isolados de P. infestans serão obtidos em no mínimo 30 locais de do Estado de Santa Catarina. Serão realizados ensaios in vitro para avaliar a eficácia de nove fungicidas á requeima. Bioensaios serão conduzidos para avaliar os grupos de compatibilidade e sua correlação com virulência, resistência a fungicidas, similaridade de P. infestans encontrada no tomate e na batatinha silvestre através da PCR (polymerase chain reaction - reação em cadeia pela polymerase) e inoculação cruzada destes isolados (postulado de Koch). Os ensaios in vivo serão em casa de vegetação e avaliarão o efeito de indutores de resistência e protetor/curativo de fungicidas para a requeima. Ao final do estudo espera-se caracterizar a variabilidade genética existente de P. infestans ocorrente em tomateiro cultivado e espécies selvagens correlacionadas, bem como indicar fungicidas com efeito curativo/protetor eficazes para á cultivar “Paronset” a P. infestans. Os dados obtidos serão analisados estatisticamente através da análise de variância para doses iguais de fungicidas diferentes e análise de regressão para doses diferentes do mesmo fungicida. Palavras-chave: Resistência ao Metalaxil, Phytophtora infestans, controle químico, Lycopersicum esculentum Mill.
RELAÇÃO DA TOLERÂNCIA AO FRIO DE ESPÉCIES DO GÊNERO Eucalyptus
COM A PRESENÇA DE CARBOIDRATOS E PROTÉINAS EM SEMENTES
Priscilla Félix Schneider
Orientadora: Profa Dra Luciana Magda de Oliveira
Comitê de Orientação: Prof Dr. Cristiano André Steffens, Profa. Dra. Cileide Maria Medeiros
Coelho
RESUMO
As espécies do gênero Eucalyptus apresentam potencial para fins comerciais em função de
sua diversidade, adaptabilidade, alta produtividade e características físico-mecânicas. No sul
do Brasil, algumas espécies de Eucalyptus têm se destacado pelo rápido crescimento,
uniformidade dos talhões, forma das árvores e tolerância à geada não muito severa. Objetiva-
se com este trabalho relacionar os teores de carboidratos e proteínas em sementes de
Eucalyptus, com a tolerância ao frio. Inicialmente, serão determinadas características físicas e
fisiológicas das sementes de três clones de cada uma das espécies Eucalyptus dunnii Maiden,
E. benthamii Maiden et Cambage, E. grandis Hill ex Maiden e E. saligna Smith . As sementes
serão submetidas à rustificação em fotoperíodo de 12 horas, com temperaturas diurna de 20 ºC
e noturna de 12 ºC, durante três (tratamento 1) e seis dias (tratamento 2). Em seguida, as
temperaturas, de ambos os tratamentos, serão alteradas para diurna de 15 ºC e noturna de 9
ºC, mantendo-se o fotoperíodo, por 7 dias. Posteriormente, a temperatura diurna será reduzida
para 10 ºC e noturna para 5 ºC, por 10 dias; diurna de 5 ºC e noturna de 1 ºC durante 0, 7 e 21
dias, sob fotoperíodo de 12 horas. E, ao final de cada nível de rustificação, as sementes serão
submetidas a quatro gradientes de temperatura abaixo de zero (-2, -4, -6 e -8 ºC), sendo
utilizado um período de exposição de três horas cada gradiente. Após cada período de
rustificação, serão determinadas a concentração de açúcares solúveis, proteínas, a
germinação e o vigor das sementes. O experimento terá o delineamento inteiramente
casualizado, com quatro repetições para cada tratamento de rustificação/espécie/clone. Os
dados obtidos serão submetidos à análise da variância, análise de regressão linear, e teste de
comparação de médias (Tukey a p<0,05).
Palavras-chave: Eucalipto, carboidrato, qualidade fisiológica, seleção precoce.
POSSIBILIDADE DE QUEBRA DE BLOCOS GÊNICOS COM INTUITO DE
ROMPER O PLATO DE RENDIMENTO DE GRÃOS
Marcelo de Carli Toigo
Orientador: Prof. Dr. Jefferson L. M. Coimbra
Comitê de Orientação: Prof. Dr. Altamir Frederico Guidolin, Dr. Rogério Ferreira Aires
RESUMO
A Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária – FEPAGRO, possui um
programa de melhoramento genético de trigo no Centro de Pesquisa FEPAGRO Nordeste
no município de Vacaria – RS. As primeiras linhagens que estão sendo avaliadas deixam a
desejar por não apresentarem desempenho superior em relação ao rendimento das
testemunhas dos ensaios. Uma hipótese para superar o nível constante da produção de
grãos obtida é a de que o uso de cruzamentos múltiplos para formação da população
segregante pode romper blocos gênicos melhorando a recombinação gênica. Os objetivos
são: i) Avaliar o uso de cruzamentos múltiplos no programa de melhoramento de trigo da
Fepagro, a fim de aumentar a eficiência na seleção visando o lançamento de cultivares de
trigo com bom desempenho agronômico. ii) Obter estimativas de parâmetros genéticos e
fenotípicos entre populações segregantes para produção de grãos (Kg/ha), estatura de
plantas (cm) e dias para antese. iii) Estimar a influência da componente interação entre
genótipo e ambiente sobre os parâmetros genéticos e fenotípicos. iv) Avaliar e quantificar a
influência do número de genitores participantes no incremento da variância genética. Os
cruzamentos múltiplos serão formados por um hibrido e uma linhagem (três genitores) e
dois híbridos (quatro genitores). Na safra de 2014, com as populações segregantes (F2),
formadas por cruzamentos simples e múltiplos, será avaliado um experimento em dois
ambientes distintos, no centro de pesquisa da FEPAGRO Noroeste em Santa Rosa/RS e
no centro de pesquisa da FEPAGRO Nordeste em Vacaria/RS. Os dados serão
submetidos à análise de variância para determinação dos parâmetros genéticos e
fenotípicos e da interação genótipo ambiente.
Palavras-chave: intercruzamento, cruzamentos múltiplos, parâmetros genéticos, melhoramento de trigo.
DESEMPENHO DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DE Phomopsis viticola
Evandro Zacca Ferreira
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Trezzi Casa
Comitê de Orientação: Prof. Dr. Amauri Bogo, Prof. Dr. Léo Rufatto.
Dentre os fatores que limitam a produção de uvas viníferas encontra-se doenças
causadas por fungos como Phomopsis viticola, agente causal da escoriose da
videira.Para o controle de algumas doenças, têm sido utilizados, tradicionalmente,
produtos químicos, que podem atingir 30 % do custo de produção da uva.O trabalho
tem como objetivo avaliar o desempenho de diferentes fungicidas no controle do fungo
Phomopsis viticola in vitro e em estacas de videiras da cultivar Cabernet Sauvignon.
Serão realizados dois subprojetos distintos e independentes. O primeiro subprojeto irá
avaliar o efeito de fungicidas no controle in vitro de P. viticola, sendo quantificada a
porcentagem de inibição do crescimento micelial e da germinação de conídios,
estimando-se os valores de concentração inibitória de 50% e 90% (CI50,CI90). Serão
testados fungicidas dos seguintes grupos químicos: triazóis, estrobilurinas,
benzimidazóis, ditiocarbamatos, nitrogenados heterocíclicos e quinonas. Cada
ingrediente ativo do fungicida será testado nas concentrações de 0,01, 0,1 1,0, 10 e 100
ppm. Testemunha sem fungicida será tratamento padrão. O delineamento experimental
será o inteiramente casualizado com quatro repetições. Os fungicidas serão diluídos em
meio de ágar-água. As placas com meio serão mantidas em câmara de crescimento na
temperatura de 25 °C e fotoperíodo de 12 horas. Os dados de crescimento do micélio e
germinação de conídios serão submetidos à análise de regressão para obtenção da CI50 e
CI90 de cada fungicida. No segundo subprojeto os ingredientes ativos dos fungicidas
serão testados com aplicação de forma preventiva e curativa sobre P. viticola em estacas
de videira. A brotação das gemas da videira será realizada em espumas polifenólicas em
ambiente controlado, temperatura de 25°C e umidade relativa do ar de 95%, com
posterior inoculação do patógeno e pulverização dos fungicidas. Decorrido tempo de
infecção e expressão dos sintomas serão avaliadas incidência e severidade de gemas
infectadas. Cada tratamento será repetido quatro vezes, sendo a unidade experimental
composta por uma espuma com 8 gemas. O delineamento experimental será
inteiramente casualizado, submetendo os dados a análise de variância e as médias
comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05).
Palavras-Chave: Vittis vinifera.Phomopsis viticola. Controle químico. Fungicidas.
CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE POPUPLAÇÕES DE PHYSALIS NO
PLANALTO SERRANO CATARINENSE
Nicole Trevisani
Orientador: Prof. Dr. Altamir Frederico Guidolin
Comitê de Orientação: Prof. Dr. Jefferson Luis Meirelles Coimbra
RESUMO
A physalis (Physalis peruviana L.) é uma espécie frutífera pertencente à família Solanaceae,
nativa da região Andina. A Colômbia é o maior produtor e exportador mundial do fruto. A
espécie foi introduzida no Brasil, em que apresenta boa adaptação às condições
edafoclimáticas de cultivo. No entanto, o manejo adotado é, muitas vezes, semelhante a cultura
do tomateiro. O desconhecimento de características agronômicas, fisiológicas e, principalmente
genéticas das populações, dificulta avanços no melhoramento genético da espécie. O
experimento teve como objetivo avaliar a diversidade genética entre e dentro sete populações
de physalis coletadas nos estados de SC, RS e de procedência colombiana, através da
caracterização morfológica. O experimento foi conduzido na área experimental do Instituto de
Melhoramento e Genética Molecular (IMEGEM) da Universidade do Estado de Santa Catarina
(UDESC), no município de Lages-SC. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso,
com duas repetições, cada tratamento representa uma população genotípica, sendo avaliadas
25 plantas de cada unidade experimental. Os caracteres avaliados foram formato da cápsula,
da folha e dos frutos, cor dos frutos, pilosidade do pedúnculo, diâmetro (mm) dos frutos com e
sem cápsula, peso dos frutos (g) com e sem cápsula, número e peso de sementes por frutos,
altura das plantas (m), altura da bifurcação (m), diâmetro do caule (mm), dias para emissão dos
primeiros botões, flores e frutos. Os dados serão submetidos a MANOVA, a 5% de
probabilidade de erro, onde serão empregados três resíduos (erro total, erro experimental e
erro de amostragem) para avaliar a variação entre as populações e dentro das populações.
Será realizada análise de agrupamento para separar as populações em grupos considerando
os caracteres mensurados. Por fim, será realizada análise de trilha para avaliar os efeitos
diretos e indiretos dos caracteres mensurados sobre uma variável básica, que será definida
conforme sua relevância agronômica. Os resultados obtidos contribuirão para o conhecimento
da diversidade e comportamento das populações de physalis cultivadas e possível seleção
indivíduos promissores para programas de melhoramento da espécie.
Palavras-chave: Physalis peruviana L., caracteres morfológicos, populações, diversidade
genética, correlação.