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  • 7/29/2019 MemoriasPostumasDeBrasCubas

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    Anlise de obrAs literriAsmemrias pstumasde brs cubas

    JoAquim mAriAmAchAdo de Assis

    Rua General Celso de Mello Rezende, 301 Tel.: (16) 36039700

    CEP 14095-270 Lagoinha Ribeiro Preto-SP

    www.sistemacoc.com.br

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    sumrio1. contexto sociAl e histrico .................................................... 7

    2. estilo literrio dA pocA ........................................................... 9

    3. o Autor ................................................................................................. 12

    4. A obrA .................................................................................................... 15

    5. exerccios ........................................................................................... 20

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    memrias pstumasde brs cubas

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    1. Contexto soCial e HistRiCo

    o v aa/ aaa g a ga a xixquando, pela Europa, fervilhavam inmeras transformaes tcnico-cientcase signicativas mudanas no ambiente sociocultural: a civilizao burguesa, in-dustrial e mecnica comeava a se rmar; o desenvolvimento cientco avanava

    nas reas da Fsica e da Qumica, e uma nova fase na Revoluo Industrial, estavaem curso, com a utilizao do ao, do petrleo e da eletricidade. Havia tambm,a g ga a, vv a amassa operria e de uma populao marginalizada e explorada.

    e fa a afa, va aa a a aamanifestaram-se em variadas atitudes ideolgicas cientcas e loscas, asquais deixaram marcas visveis no movimento literrio que surgia naquela poca: ra naa.

    o vm, de Augusto Comte, defendia o cienticismo, ou seja, a visode que a realidade era concreta, objetiva e lgica e desvalorizava o espiritual; om, de Nietzsche (pensador alemo), negava os valores loscos e morais rmm, de Hippolyte Taine (pensador francs), explicava asaes humanas e a obra de arte pelo condicionamento do indivduo a trs fatores:meio, momento e raa (hereditariedade). Da omm sa(lsofo alemo), para quem a vida era a negao dos desejos e da felicidade,que nunca se realizavam ou se satisfaziam.

    Com a publicao dea og , Charles Darwin exps ideias

    va a g va a f a a .

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    e pga, a aa/ aaa aa-, 1865, apolmica Qu Cmbr (ou qu bm bm g) e, em1871, com as clebres Conferncias Democrticas do Cassino Lisbonense, tendocomo distintos representantes os jovens de Coimbra: Antero de Quental, Ea de

    Queirs, Oliveira Martins, Telo Braga e outros.No Brasil, o impacto dos novos pensamentos europeus acelerou o m daarte romntica, pois, j na poesia do nal de 1860, muitos romnticos (CastroAlves, Sousndrade, Tobias Barreto) apresentavam uma temtica voltada paraa a -a. na aa 70, vm, Ag c,encontrou em Tobias Barreto (porta voz da chamada Escola de Recife) seu maiorvga.

    O nal do sculo XIX foi marcado por profundas alteraes em muitossetores da sociedade brasileira. Com a abolio dos escravos, encerrou-se um

    longo perodo de mo de obra escrava e iniciou-se o trabalho assalariado, re -a ga . dvv- a a vaapara o mercado externo, que impulsionou o surgimento da burguesia mercantil.Uma forte tendncia ao ideal republicano se ops ao descontentamento com og . saa- aa a fa ava a a produo nas fazendas cafeeiras, o melhoramento dos portos, o aparecimentoda luz eltrica etc.

    Foi diante desse panorama que as variadas posturas ideolgicas euro-peias encontraram no Brasil um ambiente propcio para se disseminarem.

    o a a a gaa- a a v, aw-mo, do naturalismo e do cienticismo para poderem, atravs da arte, expressara aa.

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    2. estilo liteRRio da poCa

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    A aa aa aaa g a Faa m bovy, 1857, de Gustave Flaubert, e com o romance de tese de mile Zola (1840-1902).Ideias cienticistas e materialistas tornam-se ltros da realidade, revelando naprosa desses escritores o interesse pela observao impessoal, racional e objetiva

    fa a a va.Alm dessas doutrinas, o Realismo/Naturalismo ainda sofreu inunciasa va fa a ga a ea, vm,de Augusto Comte; o niilismo, de Nietzsche (pensador alemo); o rm-m, de Hippolyte Taine (pensador francs); e o mm, sa(lsofo alemo).

    No Brasil, foi em um momento de conturbada mudana histrica (abolicio-nismo, ideais republicanos, crise na monarquia) que o Realismo/Naturalismo seestabeleceu. Mais especicamente, esse movimento foi inaugurado no ano de 1881,

    com a publicao de dois romances fundamentais: O mlo de Alusio Azevedo,considerada a primeira obra naturalista brasileira, em b c, maa A, a aa ba.

    Ainda que as obras realistas e naturalistas continuassem se manifestandopelos anos seguintes, considerou-se como marco nal do Realismo e incio do Sim-

    bolismo a publicao, em 1893, deml boq, ambos de Cruz e Souza.A manifestao potica do Realismo chamada de Parnasianismo. Essa

    nova esttica marcada por uma postura antirromntica (versos livres e brancos)e como trao caracterstico prega o culto da forma (a arte pela arte) com versos

    bem trabalhados e ricos em rimas raras e perfeitas. Esse movimento manifesta-sea partir de 1870 e tem em Raimundo Correia, Alberto de Oliveira e Olavo Bilac a a.

    Embora percorram caminhos diferentes, o Realismo e o Naturalismoapresentam alguns pontos em comum, j que ambos se orientam em suas nar-rativas pelo cienticismo e pelo materialismo, alm de apresentarem temas quese opem ao movimento romntico e s instituies julgadas decadentes comoa burguesia, o clero e a monarquia.

    c aaa va, a aa aa pela descrio cruel e desencantada da sociedade, enquanto que a corrente na-turalista defende a ideia de que o destino do homem resultado de sua natureza aa.

    Nos romances sob a tendncia realista-naturalista, tornou-se clara a ima-g a a va a a aa a.Destacam-se em suas obras posies ideolgicas antimonrquicas, anticlericaise antiburguesas. So comuns crticas ao clero (padres corruptos) e famlia, v a a, d. co,m

    b c Qn bo. A a aaa, va- aa avalorizao do coletivo que focaliza grupos humanos marginalizados, a anlise

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    psicolgica das personagens, a oniscincia do narrador, que observa as cenasa aav aga ag, a gag ,a a.

    So representantes do Realismo/Naturalismo no Brasil: Alusio Azevedo,

    ra pa maa A.Machado foi quem melhor cultivou o romance realista. Na elaborao deseus textos, utilizou-se constantemente da ironia e do sarcasmo, de recursos comoas digresses (fruto das lembranas que surgiam inesperadamente na mente daspersonagens ou narradores), as aluses e pardias s grandes obras europeias(intertextualidade) e s correntes loscas da moda, alm de constante e revela-dora anlise psicolgica das personagens. Ademais, ainda rompeu, em algumasnarrativas, com a tradio da narrao linear, cronolgica. Sua notoriedade sedeve habilidade revolucionria com que lidou com esses recursos, revelando

    em suas obras novas maneiras de criao literria.

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    3. o aUtoR

    Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro em 21 de ju-

    nho de 1839. Filho de um pintor de paredes (Francisco Jos de Assis) e de umaportuguesa (Maria Leopoldina), era mulato, gago e epiltico.Ficou rfo de me, sendo criado, carinhosamente, por sua madrasta

    (Maria Ins), lavadeira e doceira. No demorou muito e seu pai tambm morreu.sa fa m lva f aaa a va

    e sofrida. Mesmo com pouca idade e a m de ajudar no sustento da famlia,vendia, nas ruas, as balas que sua madrasta fazia.

    Teve sua vida marcada pelo comedimento, pela timidez e pela introspeco.Aos dezesseis anos, com a ajuda de Paula Brito (dona de uma tipograa),

    aa a el (1855), publicado na revista moFlnn.

    Em 1856, trabalhou como aprendiz de tipgrafo na Imprensa Nacional eposteriormente se transferiu para a tipograa de Paula Brito. Nessa poca, co-nheceu Manuel Antnio de Almeida (autor dem gno l) a a .

    s - a a aa a a -sitado por jornais e revistas, publicando crnicas, contos e fazendo crticas dea aa.

    No ano de 1867, ingressou no funcionalismo pblico, chegando a desem-a f g a a a aa.

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    ca-, 1869, caa Aga xav nva. n ,Machado de Assis desenvolveu uma intensa e slida atividade literria. Os ttulosse sucederam de forma ininterrupta, paralelamente sua ascenso burocracia(chefe da Diretoria do Comrcio, do Ministrio da Agricultura (1892), secretriodo Ministro da Viao (1898), diretor-geral da contabilidade do Ministrio (1902))e a um progressivo alvio nanceiro.

    Sua obra abrange os seguintes gneros literrios:

    Rmc

    1872 ro1874 a o lv1876 Hln1878 i G

    1881 m b c1891 Qn bo1899 do co1904 e J1908 mol a

    C

    1870 Contos uminenses

    1873 H -no1882 p vlo1896 V h1899 pgn olh1906 rlq vlh

    tr

    1861 Q q lh lo olo

    1861 dnno1863 to1866 O

    Crc

    1914 a sn

    Crc

    1910 a c

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    A maturidade literria de Machado de Assis acontece com a publicao, em1881, am b c, a a ahistria da literatura brasileira. Sua obra dividida em duas fases: uma ro-mntica (caracterizada por certa ingenuidade diante de instituies e pessoas)

    e outra realista (a mais importante).Em 1896, juntamente com outros escritores, fundou a Academia Brasileirade Letras e, em 1897, recebeu o ttulo de presidente perptuo dessa instituio.

    Aps a morte de sua esposa em 1904, o romancista teve sua sadeagravada pela epilepsia e por problemas nervosos, sendo que, em 29 de se-tembro de 1908, falece em sua casa do Cosme Velho, consagrado e rodeado ag.

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    4. a oBRa

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    m b c foi publicado pela primeira vez em fo-, a rv bl, r Ja , v, aa, 1881,impresso pela Tipograa Nacional.

    considerada uma obra inovadora e de ruptura com o estilo tradicional:

    apresenta, alm de um narrador j falecido (um defunto autor), uma estruturanarrativa fragmentada que rompe com a linearidade dos fatos cronolgicos.A a a a m b c, observa-se que sua

    importncia no se limita ao seu enredo, mas sim inovao da temtica, daa a gag.

    dcr vr:ao v q o o f n o v, o o o

    ln m .

    A obra apresenta, logo no incio, um narrador j falecido, chamado BrsCubas. Sob a forma de um epito, a dedicatria do livro mostra ao leitor queBrs Cubas est morto e que, assim, est livre (no deve satisfaes a ningum)aa faa a va a va a a vv.Flo n, diz o morto.

    A a m b c gva faga.No existe no livro um fator cronolgico que lhe d um encadeamento linear eum ritmo gil. Ao contrrio, sua sequncia narrativa interrompida por ree-xes, longas digresses, explicaes de cenas e denies de termos. o uirdo pensamento de Brs Cubas, que relata tudo quanto vem conscincia, quedita o ritmo da narrao.

    O foco narrativo em 1 pessoa e pode ser chamado de confessional:o narrador (Brs Cubas) d sua viso dos fatos, dos seus pensamentos e expe-rincias. Ao leitor, confessa com humor e sem nenhum pudor seus defeitos edesejos, tendo conscincia da vida que levou, sem objetivos e sem realizaes(sociais ou afetivas). Machado de Assis tambm, por intermdio de seu narrador,interrompe a narrativa (metalinguagem) para dialogar diretamente com o lei-

    tor. Brs Cubas, por exemplo, no cap. LXXI: O no o lvo, explica a estruturaaaa a aava.

    ...oq o o fo lvo , lo. t n nvlh, o lvoanda devagar; tu amas a narrao direta e nutrida, o estilo regular e uente, e este livro

    o lo o oo o o, gn q, n , -ng, , gglh, o , og ...

    em, maa aa aa a va -

    mnticos que permearam a primeira fase de suas obras. O enfoque psicolgicoe a reexo losca, traos caractersticos da segunda fase (realista) das obras

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    aaaa, a a aag . evez de enfatizar os espaos externos, o autor se preocupa com a caracterizaopsicolgica de seus personagens.

    Os personagens, retratados sem nenhuma idealizao romntica, revelam

    a a a a, a vaa a av a a aa.O relacionamento entre Brs Cubas e Marcela, uma prostituta de elite, resume-se,por exemplo, a um amor que durou quinze meses e onze contos de ris. Con-trapondo-se ao romantismo dos casamentos perfeitos, h a relao extraconjugalde Brs Cubas e Virglia (casada com Lobo Neves por interesse social).

    Outro trao marcante da obra de Machado o uso da ironia. Emm,esse recurso utilizado a todo o momento e tem por m despertar no leitor adesconana de tudo que o narrador declara. Ao leitor, sugere-se, pela ironia, f aa a . n a, -, exemplo, o comentrio sarcstico que Brs Cubas tece sobre o discurso que umga a a.

    Bom e el amigo! No, no me arrependo das vinte aplices que lhe deixei.

    Ao denunciar a sociedade, por meio da ironia e do humor, Machado deixatransparecer a viso desencantada que tem da vida e do homem. A inuncia deSchoppenhauer (pessimismo) se faz presente na obra de Machado, principalmentem, a aa ag fa a g ao cinismo das convenes sociais por causa da xao em ter sucesso e felicidadedemais. So pessoas infelizes que se escondem por trs de uma mscara social.

    Dentre elas, destaca-se Brs Cubas, que apresenta em seus atos e pensamen-tos o sentimento pessimista que permeia toda a obra machadiana. Brs Cubasfala da sua vida, expe erros e defeitos seus e dos outros, mas, por no acreditarem nada (nihilismo nil = nada), no se arrepende do que fez, de modo geral.m a , a a ga a ava va.

    O captulo CLX: d ngv bastante elucidativo:

    Este ltimo captulo todo de negativas. No alcancei a celebridade do emplasto, no fuino, no f lf, no onh o no. V q, o lo fl,o- o fon no o o o o o o o oo. m; no o don pl, n n o Qn bo. so o o, qlq o gn q no hov ng n o, ongnnq q o v. e gn l; oq o hg oo lo o o,

    h- o qno lo, q ngv lo ngv: No tive lhos, no transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa misria.

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    Os captulos XXXI, XXXII e XXXIII documentam nitidamente a reexoirnico-pessimista em torno da condio humana e so relativos borboleta preta,a qual Brs Cubas matou com um golpe dado com a toalha, e condio fsica deEugnia (coxa). Machado revela cinismo crtico e contemplativo ao concluir que

    a seleo natural (Darwin) premia os mais fortes, anal a borboleta fora mortaporque era negra, e no azul, e Eugnia era bonita, mas coxa.

    m b c classicado como um romance de stiracarnavalesca ou menipeia (de Menopo, cmico da Antiguidade). Essa classica-o se deve ao acmulo de temas e assuntos diversos abordados, miscelneade riso e melancolia e mescla do realstico com o fantasmagrico.

    Parte dessa miscelnea se deve tambm s constantes interseces liter-rias que o texto machadiano faz com outras obras anteriores (Homero, Moliere,

    Wordsworth, Shakespeare Virglio etc.), caracterizando a chamada intertextua-lidade. Ela se d sob a forma de aluso, citao e referncia, que rompem com alinearidade do enredo e impem ao leitor associaes que o ajudam a esclarecero signicado da narrativa.

    Por exemplo, em O lo (cap. II) h a citao da frase df- ovoo- que se refere aos enigmas propostos pela esnge (monstro da mitologiagrega) aos passantes, que so devorados quando no conseguem decifr-la.

    co fo, nh, no n h, no--

    no zo q nh no o. u vz n, no j, n,a fazer as mais arrojadas cabriolas de volatim, que possvel crer. Eu deixei-me estar a

    onl-l. so, gn lo, n o o n, o fo X: f- o voo-.

    O reencontro de Brs Cubas com Quincas Borba (amigo de colgio) marcado pela converso de Brs Cubas doutrina losca defendida peloamigo. Mendigo, cleptomanaco (rouba o relgio de Brs Cubas) e lsofo,

    Quincas Borba o criador das ideias do Humanitismo, cuja sntese est na frase:Ao vencedor, as batatas.

    Brs Cubas bastante inuenciado pela doutrina do Humanismo, poisnela encontra a justicativa para a sua existncia vazia e para a busca intil dafa.

    Machado se vale dessa doutrina para parodiar e ironizar o positivismo eo cienticismo dominantes na poca.

    Crcrz rg

    Br Cub: personagem que relata sua prpria histria, fragmentada-mente, sem ordem cronolgica. uma pessoa sem objetivos, que vive de rendas

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    (tpico burgus do sculo XIX) e no alcana qualquer realizao marcante. Pos- aa vaa a a v vaag a asempre que pode. Bom observador da vida e da sociedade, sobre as quais fazreexes inteligentes.

    Quc Brb: amigo de infncia de Brs Cubas e criador da teoria doha. oa a g va gva.Encontra em Brs Cubas um seguidor de sua teoria humanitista que explicaria,entre outras coisas, a razo da existncia vazia e sem sentido de Cubas.

    Mrc: uma prostituta de elite, cujas atitudes so norteadas pelos maislevianos interesses: seu amor por Brs Cubas teria durado quinze meses e onzecontos de ris. o segundo grande amor de Cubas.

    Vrg: lha do Conselheiro Dutra. Casa-se com Lobo Neves por interesse

    e torna-se amante de Brs Cubas. uma mulher bonita, de razovel sensuali-dade, interesseira e de pouca responsabilidade, traos que lhe conferem certavaa.

    d. pc: empregada de Virglia que acoberta os encontros amorosos docasal Virglia e Brs Cubas. De forma constante, sente-se moralmente agredida a ava f aa.

    lb nv: aa Vga. eg- a ga- a- a. ia aa , aa a a a,

    consequncia quase natural da personalidade de ambos e do tipo de casamentoque estruturaram.

    eug: moa bonita, mas coxa, que mantm um romance passageirocom Brs Cubas. lha de Eusbia e Vilaa.

    nh-l: pretendente de Brs Cubas. Moa simplria que falece duranteuma epidemia de febre amarela.

    Crm: casado com Sabina (irm de Brs Cubas). Ambos revelam-se inte-resseiros. Queriam enganar Brs Cubas na partilha da herana.

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    5. exeRCCios

    1. CeFet-MGo ................. g ........., a

    conto, sempre que zer personagens e enredossubmeterem-se ao destino cego das leis naturaisque a cincia da poca julgava ter codicado; ou ..........., a a, a ga av v a f.

    No texto acima, preenchem-se as lacunas, respectivamente, com:a) Realismo Naturalismo Parnasianismo

    b) Romantismo Naturalismo Parnasianismoc) Realismo Naturalismo Simbolismod) Romantismo Modernismo Parnasianismoe) Romantismo Modernismo Simbolismo

    2. UFsCr-spO que sobressai na atividade criadora de Machado de Assis :a) a minuciosa busca de solues aperfeioadoras, o que s conseguiu aps

    inmeros e continuados exerccios.b) a grande capacidade de inspirao, uma vez que a quantidade de romances

    que escreveu foi facilitada pela improvisao.c) o equilbrio entre o improvisador, o inspirado e o artista, que demonstrado pelas

    obras de valor desigual, que ocorrem no decorrer de sua produo literria.d) a sinceridade com que manifesta, por linguagem desprovida de metforas

    em cada romance que escreveu, as vrias fases de sua biograa.e) ter iniciado a carreira escrevendo romances realistas, convertendo-se, mais

    a, a naa.

    3. UCs-BO pior que era coxa. Uns olhos to lcidos, uma boca to fresca, uma compostura to

    senhorial; e coxa! Esse contraste faria suspeitar que a natureza s vezes um imenso

    escrnio. Por que bonita, se coxa? Por que coxa, se bonita? Tal era a pergunta que eu

    vnh fzno o o vol , no, n o oloo ng.

    Assinale a alternativa cujas propostas, preenchendo as lacunas abaixo, comple-tariam uma anlise adequada do texto apresentado inicialmente.

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    No excerto transcrito, o narrador, que o protagonista da histria, questiona-seporque se sente dividido: ele percebe o mundo de modo....................., mas aspirariaa que ele fosse organizado de acordo com princpios .......................a) romntico modernos d) moderno realistas

    b) realista modernos e) romntico realistasc) realista romnticos

    4. aeeaGoAlgum tempo hesitei se devia abrir estas memrias pelo princpio ou pelo m, isto , se

    o o lg o nno o nh o. soo o o vlg jo lo nno, o fn oo: q no o on o fno, fno o, q fo oo o; gn que o escrito caria assim mais galante e mais novo.

    O autor deste trecho :a) Machado de Assis. d) Rachel de Queirs.

    b) Oswald de Andrade. e) n.d.a.c) Jos de Alencar.

    5. UM-spSobre o romancem b c, correto armar que:a) uma obra inovadora do processo narrativo, que introduz o Realismo no Brasil.

    b) Brs Cubas atua como defunto narrador, capaz de alterar a sequncia dotempo cronolgico.

    c) o memoralismo exacerbado acaba por conferir obra um carter de crnica.d) constitui um romance de crtica ao Romantismo, deixando entrever muita

    a v a aava.e) revela crtica intensa aos valores da sociedade e ao prprio pblico leitor

    a a.

    6. Fuv-spComplete:Em 1881, dois romances xam o incio do Realismo e do Naturalismo na literatura

    brasileira. So eles respectivamente: ....................... e ....................... Seus autoresso respectivamente ..................... e ........................ .

    7. UsF-spPode-se entender o Naturalismo como uma particularizao do Realismo que:a) se volta para a natureza a m de analisar-lhe os processo cclicos de renovao.

    b) pretende expressar com naturalidade a vida simples dos homens rsticos nasa va.

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    c) defende a arte pela arte, isto , desvinculada de compromissos com a reali-a a.

    d) analisa as perverses sexuais, condenando-as em nome da moral religiosa.e) estabelece um nexo de causa e efeito entre alguns fatores sociolgicos e bio-

    lgicos e a conduta dos personagens.8. UFpaOs personagens realistas-naturalistas tm seus destinos marcados pelo determi-nismo. Identica-se esse determinismo:a) pela preocupao dos autores em criar personagens perfeitos, sem defeitos

    f a.b) pelas foras atvicas e/ou sociais que condicionam a conduta dessas criaturas.

    c) por ser fruto, especicamente, da imaginao e da fantasia dos autores.d) por se notar a preocupao dos autores de voltar para o passado ou para of, a a ag.

    e) por representar a tentativa dos autores nacionais de reabilitar uma faculdadeperdida do homem: o senso do mistrio.

    GaBaRito1. A 2. A 3. c

    4. A 5. c

    6. R: m b c O mlo;

    Machado de Assis e Alusio Azevedo.

    7. e 8. b