MEN - Mercados de Energia Mestrado em Engenharia Electrotécnica
description
Transcript of MEN - Mercados de Energia Mestrado em Engenharia Electrotécnica
- 1 -
Externalidades e Mercados Externalidades e Mercados AmbientaisAmbientais
Tarifa renovável, certificados verdes e comércio de emissões
Jorge Alberto Mendes de SousaJorge Alberto Mendes de SousaProfessor CoordenadorProfessor Coordenador
Webpage: pwp.net.ipl.pt/deea.isel/jsousaWebpage: pwp.net.ipl.pt/deea.isel/jsousa
MEN - Mercados de EnergiaMestrado em Engenharia Electrotécnica
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 2 -
Agenda
1. Enquadramento
2. Tarifa renováveis
3. Certificados verdes
4. Emissões GEE
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 3 -
Enquadramento
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
Externalidades e mercados ambientais Externalidades são efeitos positivos ou negativos gerados pelas atividades de
produção ou consumo de um agente económico e que atingem os demais agentes que não participaram dessa decisão.
Uma externalidade diz-se negativa quando gera malefícios para os demais agentes, como por exemplo uma fábrica que polui o ar, afectando a comunidade próxima.
Uma externalizade diz-se positivas quando beneficia os demais agentes, como por exemplo os investimentos públicos em infra-estrutura e equipamentos ou os planos de vacinação.
Normalmente, cabe ao Estado criar ou estimular a instalação de atividades que constituam externalidades positivas, e impedir ou inibir a geração de externalidades negativas, podendo também ser criados mercados que permitam promover a internalização dessas externalidades.
- 4 -
Agenda
1. Enquadramento
2. Tarifa renováveis
3. Certificados verdes
4. Emissões GEE
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 5 -
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
MAT AT MT BTE BTN
€/kW
h
Comercialização Redes
Uso da Rede de Distribuição de BT
Uso da Rede de Distribuição de MT
Uso da Rede de Distribuição de AT
Uso da Rede de Transporte
Uso Global do Sistema
Comercialização
Energia e Potência
A tarifa de energia eléctrica inclui a remuneração das renováveis
Fonte: ERSEFonte: ERSE
Tarifa renováveisTarifa final de energia eléctrica
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 6 -
De que forma entram as Energias Renováveis na Tarifa?
Uso Global do SistemaUGS IITarifa Energia e Potência
Tarifa Renovável
SobrecustoCusto Médio de Produção
em Regime Ordinário
Tarifa renováveisContribuição na TEP e no UGS
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 7 -
LEV)(11
IPCIPC} ZPA(VRD) PV(VRD)PF(VRD)KMHO{VRD
ref
1mmmmmm
Cálculo da Tarifa RenovávelCálculo da Tarifa Renovável
• Aplicável para as centrais eólicas, aos primeiros 33 GWh entregues à rede, por MW de potência de injecção na rede atribuído até ao limite máximo dos primeiros 15 anos a contar desde o início do fornecimento de electricidade à rede
• A legislação define que 2,5% das receitas provenientes da electricidade vendida são destinadas às autoridades municipais da região onde os aproveitamentos renováveis são efectuados
Tarifa renováveisDecreto-Lei nº 225/2007 de 31 de Maio
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 8 -
LEV)(11
IPCIPC} ZPA(VRD) PV(VRD)PF(VRD)KMHO{VRD
ref
1mmmmmm
KMHO Coeficiente que modula os valores da parcela fixa, variável e ambiental em função do posto horário em que a electricidade tenha sido fornecida: pc - ponta e cheia; v - vazio
Cálculo da Tarifa RenovávelCálculo da Tarifa Renovável
Centrais Hídricas Restantes instalações
KMHO PC 1,15 1,25KMHO V 0,80 0,65
Tarifa renováveisModulação ponta/cheia (pc) e vazio (v)
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 9 -
Parcela Fixa Representa o custo de investimento evitado pela central renovável
Cálculo da Tarifa RenovávelCálculo da Tarifa Renovável
LEV)(11
IPCIPC} ZPA(VRD) PV(VRD)PF(VRD)KMHO{VRD
ref
1mmmmmm
Tarifa renováveisParcela fixa
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 10 -
Parcela Variável Representa os custos de operação e manutenção evitados pela central renovável
Cálculo da Tarifa RenovávelCálculo da Tarifa Renovável
LEV)(11
IPCIPC} ZPA(VRD) PV(VRD)PF(VRD)KMHO{VRD
ref
1mmmmmm
Tarifa renováveisParcela variável
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 11 -
Parcela Ambiental Representa os custos de emissão de CO2 evitados pela central renovável Valor de referência para o CO2: 20€/ton
Central de referência: Ciclo Combinado
Cálculo da Tarifa RenovávelCálculo da Tarifa Renovável
LEV)(11
IPCIPC} ZPA(VRD) PV(VRD)PF(VRD)KMHO{VRD
ref
1mmmmmm
Tarifa renováveisParcela ambiental
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 12 -
Z: Traduz as características específicas de cada tecnologia
Tecnologia ZEólica 4,6
Mini-hídrica Pi ≤ 10 MW 4,510 < Pi ≤ 30 MW 4,5 – 0,075 x (Pi - 10)
Fotovoltaica Pi ≤ 5 kW 52Pi > 5 kW 35
Biomassa Florestal 8,2 Biomassa Animal e Biogás 7,5 Resíduos Sólidos Urbanos 9,2 / 7,5 /3,8
Cálculo da Tarifa RenovávelCálculo da Tarifa Renovável
LEV)(11
IPCIPC} ZPA(VRD) PV(VRD)PF(VRD)KMHO{VRD
ref
1mmmmmm
Tarifa renováveisParâmetro específico de cada tecnologia
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 13 -
IPC IPCm-1 : Índice de Preços do Consumidor do mês anterior
IPCref : Índice de Preços do Consumidor do mês de referência
Cálculo da Tarifa RenovávelCálculo da Tarifa Renovável
LEV)(11
IPCIPC} ZPA(VRD) PV(VRD)PF(VRD)KMHO{VRD
ref
1mmmmmm
Tarifa renováveisActualização temporal
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 14 -
LEV Representa as perdas na transmissão evitadas pela central renovável
Cálculo da Tarifa RenovávelCálculo da Tarifa Renovável
LEV)(11
IPCIPC} ZPA(VRD) PV(VRD)PF(VRD)KMHO{VRD
ref
1mmmmmm
Tarifa renováveisPerdas evitadas
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 15 -
FER / PRE €/MWh
Hídrica (P≥30MW) 76,04
Hídrica (10MW<P<30MW) 78,90
Hídrica (P≤10MW) 85,51
Eólica 79,98
Biomassa 134,19
Biogás 110,17
RSU 72,23
Fotovoltaica 361,36
Cogeração 86,40
Tarifa renováveisValores indicativos por aplicação da tarifa
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 16 -
Agenda
1. Enquadramento
2. Tarifa renováveis
3. Certificados verdes
4. Emissões GEE
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 17 -
EnergiaEléctrica
Certificado Verde
Produção de
E–FER
Mercado deCertificados Verdes
Mercado deEnergia Eléctrica
MercadosIndependentes
Certificados verdesConceitos
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 18 -
1 Certificado Verde 1 MWh de E-FER
Fontes de Energia renováveis autorizadas:
Tem a forma de um registo electrónico, numa base de dados centralizada
– Eólica– Solar– Geotérmica– Ondas e Marés– Mini-hídrica (<10 MW) – Biomassa (fracção biodegradável)
Certificados verdesConceitos
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 19 -
PCV = CE-FER – Pe
Quantidade
PCV – Preço marginal dos Certificados Verdes
Pe – Preço de mercado da energia eléctrica
Custo marginal das E-FER
Preço
QA
CE-FER
Pe
Certificados verdesPrincípio de funcionamento
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 20 -
Aceitação Produção Emissão ResgateTransação
Verificação e Registo
Certificados verdesCiclo de vida
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 21 -
Produtor de E-FERAgente Emissor - IBAssociação de Agentes Emissores - AIBAgente de Verificação/AcreditaçãoOperador de MercadoComerciante
Certificados verdesIntervenientes no sistema
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 22 -
Renewable Energy Certificate System
Organização internacional que visa estabelecer um sistema de certificados verdes fiável e eficiente na Europa
Certificados verdesSistema europeu - RECS
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 23 -
Holanda
Itália
Áustria
Bélgica
Dinamarca
Suécia
Reino unido
Certificados verdesAlguns países com sistema implementado
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 24 -
Agenda
1. Enquadramento
2. Tarifa renováveis
3. Certificados verdes
4. Emissões GEE
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 25 -
Fonte: IPCC, “Climate Change 2001: The Scientific Basis”
Variações na temperatura da superfície terrestre
Subida no nível dos oceanos
Últimos 140 anos Últimos 1000 anos
Projecções até 2100 considerando 3 cenários prováveis
Últimos 100 anos
Emissões gases com efeito de estufaAquecimento global
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 26 -
Emissões gases com efeito de estufa Efeito de estufa
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 27 -
Identifica GEE e as respectivas fontes: • Dióxido de carbono (CO2); • Metano (CH4); • Protóxido de azoto (N2O); • Hidrofluorocarbonos (HFC); • Hidrocarbonetos perfluorados (PFC); • Hexafluoreto de enxofre (SF6).
Estabelece metas prazos para reduções nas emissões de GEE:
• Redução de 5% das emissões em 1990 para período 2008-2012• Europa – Compromisso de redução de 8%
Incentiva a cooperação internacional mas sublinha a importância das medidas domésticas para reduzir emissões
Cria mecanismos de flexibilidade, capazes de possibilitar as reduções de emissões de forma economicamente eficiente:
• IC - Implementação conjunta (JI)• MDL - Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (CDM)• CELE - Comércio Europeu de Licenças de Emissão (EU ETS)
Emissões gases com efeito de estufa Protocolo de Quioto
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 28 -
GEE1990
2008a2012
- 5 %
GEE1990
2008a2012
- 8 %
4.0%
-8.0%
-12.5%
-6.0%
0.0%
-28.0%
-8.0%
-8.0%
-6.5%
13.0%
-6.0%
-6.0%
25.0%
0.0%
0.0%
-8.0%
15.0%
-8.0%
-8.0%
-21.0%
0.0%
-7.5%
-13.0%
-21.0%
27.0%
SuéciaRepública Checa
Reino UnidoPortugal
PolóniaMalta
LuxemburgoLituâniaLetónia
ItáliaIrlanda
Hungria
Holanda
GréciaFrança
FinlândiaEstónia
Espanha
EslovéniaEslováquiaDinamarca
ChipreBélgicaÁustria
Alemanha
Emissões gases com efeito de estufa Protocolo de Quioto: Metas nacionais
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 29 -
Emissões gases com efeito de estufa Protocolo de Quioto: Emissões GEE UE 25
Um grande número de estados membros da Europa central e de leste apresentam emissões muito abaixo do limite de Kyoto (estabelecido no buder-sharing agreement), enquanto que outros estados apresentam emissões superiores (p.e. Portugal, Espanha, Itália, Luxemburgo, Aústria).
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 30 -
Uma troca ocorre quando uma fonte enfrenta custos mais elevados para reduzir as suas emissões, do que outra fonte
Quanto maior a diferença no custo marginal de redução de emissões entre os participantes no mercado, maior a eficiência do ganho vindo da troca
Óptimo Social: C’A (Q*) = C’B (Q’*) ambas as empresas ficam a lucrar e o nível de emissões não é ultrapassado
AP* Preço das Licenças
P
Custo/preço por tonelada de carbono
Custo marginal de redução para o comprador
Custo marginal de redução para o vendedor
Reduções evitadas:Licenças compradas
Q* Q Q’ Q’*
BP’
P*
Reduções adicionais:Licenças vendidas
Emissões gases com efeito de estufa Comércio de emissões: Princípio económico
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 31 -
Emissões gases com efeito de estufa Comércio de emissões, MDL e IC
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 32 -
Emissões gases com efeito de estufa Comércio de emissões, MDL e IC
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
- 33 -
Externalidades e Mercados Externalidades e Mercados AmbientaisAmbientais
Tarifa renovável, certificados verdes e comércio de emissões
Jorge Alberto Mendes de SousaJorge Alberto Mendes de SousaProfessor CoordenadorProfessor Coordenador
Webpage: pwp.net.ipl.pt/deea.isel/jsousaWebpage: pwp.net.ipl.pt/deea.isel/jsousa
MEN - Mercados de EnergiaMestrado em Engenharia Electrotécnica
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa