Mesa redonda - Melhorias para o ensino de estatística em · Mesa redonda - "Melhorias para o...
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Mesa redonda - "Melhorias para o ensino de estatística em disciplinas de serviço" Edson Zangiacomi Martinez Bacharel em Estatística pela UNICAMP Mestre em Estatística pela UFSCar Doutor em Ciências Médicas na UNICAMP Professor na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto
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Mesa redonda - "Melhorias para o ensino de estatística em
disciplinas de serviço"
Edson Zangiacomi MartinezBacharel em Estatística pela UNICAMP
Mestre em Estatística pela UFSCarDoutor em Ciências Médicas na UNICAMP
Professor na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto
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INFRAESTRUTURA (2016)
Área Construída 204.103,27m2
Nº de Leitos Gerais 790
Nº de Leitos UTI 87
Nº de Consultórios / Salas de Atendimentos 550
Salas Cirúrgicas 34
Nº de Laboratórios 22
Nº de Funcionários 6.240
Nº de Consultas / Procedimentos 712.006
Nº de Internações 35.182
Nº de Cirurgias 30.971
Alunos de Graduação 1.755
Alunos de Pós-Graduação 1.514
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Pós-Graduação stricto sensu da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – FMRP23 programas:
Biologia Celular e MolecularBioquímicaCiências da Saúde Aplicadas ao Aparelho LocomotorClínica CirúrgicaClínica MédicaFarmacologiaFisiologiaGenéticaGinecologia e ObstetríciaImunologia Básica e AplicadaMestrado Profissional em Ciências das Imagens e Física MédicaMestrado Profissional em Hemoterapia e BiotecnologiaMestrado Profissional em Gestão de Organizações de SaúdeMestrado Profissional em Neurologia e Neurociências ClínicasNeurologiaNutrição e MetabolismoOftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e PescoçoOncologia Clínica, Células-Tronco e Terapia CelularPatologiaReabilitação e Desempenho FuncionalSaúde da Criança e AdolescenteSaúde MentalSaúde na Comunidade
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Cursos de Graduação da FMRP
MedicinaCiências BiomédicasFisioterapiaFonoaudiologiaInformática BiomédicaNutrição e MetabolismoTerapia Ocupacional
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Cursos de Graduação da FMRP
MedicinaCiências BiomédicasFisioterapia 4º AnoFonoaudiologia 3º AnoInformática BiomédicaNutrição e Metabolismo 1º AnoTerapia Ocupacional
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• Método: closed web survey• Alunos de pós-graduação da USP, que cursaram alguma disciplina ministrada
por mim nos últimos 3 anos• 604 convites enviados por e-mail em maio de 2018• Expectativa: 10% de taxa de respostas• 228 pessoas responderam o questionário eletrônico (37,7%)• 3 exclusões (graduados em Estatística ou Matemática)
Percepções de pós-graduandos sobre o ensino da estatística nos cursos de graduação
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Sexo (n = 228)
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Em que região você cursou a graduação? (n = 228)
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Qual foi seu curso de graduação? (n = 228)
Administração (2, 0,9%), Biologia Celular e Imunologia* (1, 0,4%), Biomedicina (11, 4,8%), Biotecnologia (9, 3,9%), Ciência da Informação e Documentação (1, 0,4%), Ciências Atuariais (1, 0,4%), Ciências Biológicas (27, 11,8%), Ciências Biomédicas (2, 0,9%), Ciências da Computação(1, 0,4%), Economia (2, 0,9%), Educação Física (4, 1,8%), Enfermagem (30, 13,2%), Engenharia Elétrica (2, 0,9%), Estatística** (1, 0,4%), Farmácia (10, 4,4%), Física (1, 0,4%), Física Médica (6, 2,6%), Fisioterapia (8, 3,5%), Fonoaudiologia (2, 0,9%), Informática Biomédica (7, 3,1%), Instrumentação Cirúrgica* (1, 0,4%), Matemática** (2, 0,9%), Medicina (29, 12,7%), Odontologia (15, 6,6%), Psicologia (15, 6,6%), Química (5, 2,2%), Serviço Social (1, 0,4%), Terapia Ocupacional (3, 1,3%)
* Cursado fora do Brasil** Não responderam as perguntas seguintes
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No seu curso de graduação, você cursou alguma disciplina de estatística básica ou fundamental? (n = 225)
n = 203
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Esta disciplina era obrigatória ou optativa? (n = 203)
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Em qual período do seu curso de graduação esta disciplina foi oferecida? (n = 203)
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Me assustava a obrigação de fazer essa disciplina (n = 203)
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Naquela época, eu achava esta disciplina desnecessária para mim (n = 203)
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Esta disciplina era uma das mais difíceis de todo o meu curso de graduação (n = 203)
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O conteúdo ministrado nesta disciplina de estatística tinha conexões/relações com o conteúdo ministrado em outras disciplinas relacionadas ao meu curso (n = 203)
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Esta disciplina de estatística me ajudou a entender melhor os artigos científicos relacionados ao meu curso de graduação (n = 203)
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Esta disciplina de estatística me capacitou a fazer algumas tabulações ou análises dos dados do meu projeto de iniciação científica ou TCC (n = 203)
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Haviam muitas reprovações nesta disciplina de estatística (n = 203)
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Esta disciplina de estatística era essencialmente focada em fórmulas e equações matemáticas (n = 203)
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Nesta disciplina, que método de ensino foi adotado? (n = 203)
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Nesta disciplina, houveram aulas/treinamentos de uso de algum software para análises estatísticas? (n = 203)
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Nesta disciplina, como foi feita a avaliação dos alunos? (foi possível mais de uma resposta) (n = 203)
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Desde a minha graduação o curso evoluiu bastante, sendo mais exigente do que era. Devido a exigência dos conhecimentos em estatística que disciplinas posteriores exigem o conteúdo deveria ser mais abrangente.
De forma a afastá-la de conceitos matemáticos e focar no método científico, sem dúvidas.
Utilizando softwares para a prática de exercícios e simulações para identificação do melhor teste a ser implementado.
Menos contas e mais explicação sobre pra que servem todos aqueles testes estatísticos, como escolher um adequado pra sua pesquisa, como ler um artigo quanti sem ficar boiando...
Focado no entendimento conceitual e interpretação de dados, não no procedimento de execução/cálculo de testes de hipóteses.
Como você acredita que deveria ser o ensino da estatística nos cursos de graduação da sua área de formação?
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Acredito que a aula deveria ser mais alinhada com o curso de formação. Precisaríamos ter a percepção pra que e como usar as técnicas de estatística nas nossas áreas de formação. É uma matéria de grande importância e se bem utilizada traria grandes resultados pra formação do profissional. Infelizmente, minha formação foi muito deficiente nessa área e hoje sofro bastante por muitas vezes não compreender artigos científicos ou por não usar a estatística a meu favor nas decisões dentro da empresa.
Essencialmente prático baseado em publicações científicas e/ou trabalhos de conclusão de curso. Um projeto muito interessante está sendo desenvolvido pela UFSCAR, onde é oferecido suporte estatístico a alunos de graduação por meio de vídeo-conferências. Em troca, os alunos que receberam ajuda fornecem as informações do trabalho para que estas sejam utilizadas em aulas de graduação da UFSCAR.
Os professores deveriam passar o conteúdo com mais calma, as turmas deveriam ser menores (turmas grandes, muito alunos ficam acanhados/com vergonha de tirar divida, perguntar, trazer os problemas para a sala) e voltada apenas para o curso que você está cursando (uma vez que os exemplos também iriam ser voltados para o curso).
Como você acredita que deveria ser o ensino da estatística nos cursos de graduação da sua área de formação?
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A estatística me foi passada como uma maneira matemática de análise de dados, não sendo mostrado sua real interpretação. Poderia ser ministrada em uma disciplina básica e estar presente em outras disciplinas que cursam os durante a graduação, sendo trabalhada na área específica da graduação.
Não sendo no primeiro ano de graduação, pois não há contato com artigos científicos ou com TCC.
Muito mais intenso e profundo, nos primeiros semestres, e diretamente conectado às matérias essenciais do curso. A Estatística é fundamental na aquisição e validação de conhecimento em qualquer área.
Acredito que a disciplina precisa ser trabalhada de forma interdisciplinar, com olhar na atuação profissional e aplicação prática do estudante. Não adianta cobrar somente as fórmulas (memorização) e não entender o porquê de seu uso (interpretação), qual o sentido daquele cálculo (classificação), o significado ou não daquele resultado (aplicação, observação, crítica).
Como você acredita que deveria ser o ensino da estatística nos cursos de graduação da sua área de formação?
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• Rever o conceito de “disciplina de serviço”: ministrar disciplinas para alunos de cursos de
estatística é mais importante que ministrar disciplinas para alunos de outras áreas? Quem
são os professores que ministram essas disciplinas?
• Em que momento essas disciplinas são oferecidas?
• Quais são as necessidades dos alunos?
• Os alunos têm “medo de estatística”, ou o que eles sentem é insegurança na capacidade
técnica e/ou didática do professor? O “medo” é da disciplina, do professor ou da prova
(que exige muitas vezes memorizações e conteúdos que não são valorados?).
Melhorias para o ensino de estatística em disciplinas de serviço
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O que é ESTATÍSTICA? Como NÓS a conceituamos?
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I) como conscientizar os alunos de outras áreas sobre a importância da estatística na sua profissão
Resposta: Os alunos já sabem que é importante. Cabe a nós refletir se estamos transmitindo a eles o conteúdo que é importante às suas formações.
II) motivos pelos quais o modelo atual insiste em ensinar estatística básica usando metodologia tradicional, sem adaptação para cada área de interesse dos alunos
Resposta: O problema não é o método, mas o conteúdo abordado, que muitas vezes é ministrado sem conexões com as demais disciplinas do curso, com ênfase em cálculos, fórmulas e memorização, nos primeiros anos do curso de graduação.
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III) como pensar em conteúdos e formas que possam, de fato, ajudar os demais profissionais a usarem mais estatística no dia-a-dia
Resposta: Abandonar o conceito “estatística-ramo-da-matemática” e adotar o conceito de estatística como um componente do método científico.
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É importante iniciar sempre as disciplinas de estatística falando do método científico e da sua contribuição no desenvolvimento e prática de um pensamento ordenado para a resolução de problemas. Uma vez motivados sobre a importância do método científico, os alunos estarão aptos a compreender que a estatística não deve ser vista como um ramo da matemática, mas como um componente vivo e ativo do desenvolvimento da pesquisa, presente em todas as suas etapas. Poderão então entender que o conhecimento da estatística os tornarão capazes de planejar melhor uma pesquisa e de compreender mais profundamente os resultados de um artigo científico publicado em uma revista de sua área. Essa sensação de autonomia proporcionada pelo conhecimento é motivadora para a compreensão do conteúdo das aulas seguintes, que nunca deverão desvincular cada assunto do método científico. Cada tema deve ser ministrado com ênfase em sua utilidade, interpretação e alcance dos resultados, usos adequados e inadequados, sempre com um exemplo motivador com dados reais da área dos alunos, respeitando as especificidades dos cursos de cada turma.
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