Mesopotâmia Breve introdução à origem da cidade e da ... · PDF...
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Mesopotmia
Breve introduo origem da cidade e da sociedade Mesopotmica: A
IDADE PRIMITIVA DA HUMANIDADE
A histria da sociedade primitiva respeita aos recuados tempos, cujo estudo permite
esclarecer problemas to importantes como a origem do homem, o aparecimento da
religio, das artes e das cincias, a formao das classes e do Estado. Examina o difcil
caminho percorrido pela humanidade, a luta herica que os nossos antepassados travaram
contra a natureza. p.12
V. Diakov e S. Kovalev - HISTRIA DA ANTIGUIDADE A Sociedade Primitiva O Oriente Editorial Etampa
2Edio, Lisboa, 1976
Atravs de estudos de: Arqueologia e Etnografia
O HABITAT DO nmada: Paleoltico inferior:
Lentamente a experincia concentra-se e aprefeioa-se; em vrios lugares e de diferentes
modos, os homens passam ao fabrico de ferramentas mais pequenas e mais delicadas. ()
Provavelmente no tinham os Pitecantropos (os mais antigos homens fsseis) habitaes ou
residncias fixas. possvel que as rvores tenham servido durante muito tempo ao homem
como refgio contra os animais selvagens. Mas ele acaba por aprender a preparar resguardos,
a fim de se abrigar das intempries, e depois instalar-se- nas cavernas conquistadas s feras,
cuja pele utiliza para fazer uma cama ou uma vestimenta(). p.29
Os homens do Paleoltico inferior aprendem a utilizar-se do fogo. ()
() pela primeira vez, o imprio sobre uma fora da natureza, () separou-o definitivamente
do reino animal. Engelsanti-Dhring, Editions Sociales, Paris, 1956, p.147 p.31
Os homens fsseis sobreviveram e triunfaram por duas razes: primeiro, eram j seres com
raciocnio que fabricavam instrumentos; depois, agiam desde o princpio da colectivamente.
p.32
Cit. idem
Pensamento e Linguagem (sons e gestos): resultado da actividade produtiva colectiva.
Para estudar e perceber a arquitectura, enquanto parte integrante da vida quotidiana humana,
teremos de nos remeter ao entendimento dos limites e fronteiras do aglomerado edificado, e
perceb-los luz do conjunto urbano, formado pelas suas individuais tipologias
arquitectnicas.
Perceber as cidades de hoje, enquanto fruto das civilizaes da antiguidade, ou mesmo
enquanto resultado de um processo de evoluo que se comeou a gerar aquando dos
primeiros passos do homindeo no sentiddo de se abrigar e sobreviver fria do seu meio
envolvente, e consequentemente progredindo em inteligncia e memria para assegurar a
melhoria da sua qualidade de vida, talvez seja uma forma de compreender a arquitectura e
todas as artes enquanto obra do pensamento e da conscincia humana que tem buscado
incessantemente pelo conforto e bem estar, assim como pela compreenso do meio em que
habita usando as suas formas de expresso como veculo das suas consternaes.
As artes e ritos
Na sociedade primitiva aparecem os rudimentos das artes plsticas.
No fundo de sombrias cavernas, ao claro plido das brasas, os artistas desenharam pinturas
polcromas(). Na mesma poca, esculpem-se em marfim ou em osso figurinhas de veados
lanados a toda a velocidade ou seres humanos().
O homem primitivo () (d)ecora com amor a sua habitao, os seus utenslios domsticos, o
seu trem de cozinha.()
O instrumento de msica mais antigo era sem dvida o arco: uma das suas extremidade era
introduzida na boca que servia de caixa de ressonncia, enquanto que o som se obtinha com a
corda, ferindo-a com um pauzinho. Depois adaptou-se ao arco uma caixa de ressonncia
artificial, que conduziu criao dos instrumentos de corda. A msica acompanha
frequentemente danas prolongadas(). - p.67
Cit. idem
Ao passo de cada gesto, o homem foi gerando as infraestruturas, num tempo ainda vazio de
cdigos de comunicao elaborados e padronizados, infraestruturas essas, necessrias sua
utilidade, enquanto actor espacial, no territrio.
Desenvolveu utenslios, que por sua vez serviam para criar outros, como auxiliares caa e
pesca, para a sua sobrevivncia primria.
Depois de ocupar as cavernas e de ter aprendido a gerar e controlar o fogo, tornou o seu lar
apto habitabilidade segura e protegida. Ensinou, explicou e narrou os seus medos e
conquistas, em pinturas, com tinturas que aprendeu a produzir, e gerou a conscincia.
DO NMADA AO ESTADO - 6000-5000 a.C. Inveno do arado
poca do rebanho primitivo sucede a do regime dos cls, cujo apogeu geralmente
acompanhado pelo matriarcado, pela igualdade entre o homem e a mulher.
Enfim, o desenvolvimento das foras produtivas, o nascimento da pastorcia, da cultura da
terra pela charrua e do tratamento dos metais (bronze, ferro) marcam o incio de uma poca
em que surgem os primeiros germes de explorao e de propriedade privada; o matriarcado
substitdo pelo patriarcado e a democracia do cl transforma-se em democracia militar, que
prepara o terreno para a fundao do Estado. p.17
A MO - NO SOMENTE O ORGO DE TRABALHO; TAMBM O PRODUTO DO
TRABALHO.. Engels, Dialtica da Natureza, ditions sociales, paris 1955, p.171
P.25
Cit. idem
http://www.historiageral.net/pre_historia.htm
5000 4000 a.C.
A formao das classes e dos estados na Baixa mesopotmia:
A mais antiga aldeia da Mesopotmia foi descoberta em Tell-Hassun, no Norte do pas:
pertence ao Neoltico e data do V Milnio. neste lugar, onde havia bastantes precipitaes
para a gricultura primitiva, que se instalaramos primeiroscultivadores e criadores de gado. ()
Cr-se que no principio do IV milnio passaram da para a Baixa Mesopotmia (Sumria) e
comearam a valorizar as pantanosas terras do curso inferior do Eufrates.
A populao antiga da Sumria estabelecia-se nas alturas inacessveis s cheias. Vivia da
pesca, da agricultura com a picareta, da criao de gado, fabricava cermica pintada ou
instrumentos de cobre (arpes, facas, etc.).
Arquitectura e envolvncia geogrfica
As pessoas alojavam-se em cabanas de argila e de juncos e ignoravam ainda a diferenciao
social e de fortuna. As numerosas estatuetas de mulheres em argila, que se encontraram,
permitem supor que na Sumria o matriarcado se conservou at primeira metade do IV
milnio.
A construo de obras de irrigao aumentou considervelmente as foras produtivas, pois
garantia a rega sistemtica dos campos, impedindo que o solo se tornasse pantanoso. Os
excedentes de gua eram conduzido dos locais submersos para reservatrios ou tanques e no
tempo seco a gua desses reservatrios e dos prprios rios chegava aos campos atravs de
canais. Para as perservar da inundao, as terras baixas eram cercadas de diques. p.121-122
Cit. idem
Isto exigia um esforo da colectividade.
AS CINCIAS E A ASTRONOMIA PRIMITIVAS
A experincia recolhida pelas geraes permite ao homem primitivo saber orientar-se no meio
ambiente() o rasto dos animais selgavens anunciam-lhe a chegada da Primavera. Inmeras
associaes e relaes lgicas entre fenmenos, conservados pela memria, constituem a
experincia da humanidade primitiva.
assim que se desenvolvem os conhecimentos sobre si mesmo e sobre o mundo que os cerca.
As longas marchas atravs das estepes e das florestas obrigam-no a orientar-se pelas estrelas
e, por conseguinte, a reter a carta das estrelas, a disposio dos astros no cu. Aprende
tambm rapidamente a traar, sobre areia ou sobre cascas, cartas geogrficas rudimentares.
ps.63-64
Cit. idem
Atravs da experincia acumulada e transmitida pelos meios de expresso que ento se
haviam conquistado, o Homem comeou a perceber os ritmos csmicos e celestes, assim como
a perceber as estaes cclicas, e a sua influncia nas zonas de caa. Com isto tambm a
populao ia aumentando em nmero e em longevidade, assim como atravs do aumento da
segurana o homem pde comear a sedentarizar-se por periodos regulares em lugares que
conferiam boa subsistncia.
Com o passar do tempo, foi progredindo, descobrindo materiais de construo para construir
as suas casas e cabanas, monumentos fnebres ou de culto astronmico, que erigia em lugares
epeciais e que materializavam a sua conscincia e as suas crenas.
Certamente foi organizando no s o seu territrio, mas tambm hierarquias iam surgindo. O
ancio e a mulher, smbolos da sabedoria e da fertilidade tinham um estatudo especial na
hierarquia dos grupos, significavam a continuidade da vida, e tinham um papel importante na
deciso do rumo das suas humanidades. De certa forma geraram-se os cls, e com eles a
supermacia de uns em relao a outros.
As mos do homem comearam a especializar-se na confeco de novas ferramentas, mais
esbeltas e eficazes, e surgiram as especificidades de ofcios.
Lentamente, mas progressivamente, medida que o homem comea a alimentar a sua
conscincia de mundo, comea tambm a ser lder ou chefe de cl ou tribo, substituindo a
mulher nesse papel, e comeam a gerar-se legies de armas e tropas para o ajudarem na arte
da guerra.
O aumento do territrio um objectivo, sendo dessas investidas, materializadas em invases
de territrios de outros cls, de onde resultam os escravos, e assim, progressivamente d-se o
aparecimento das democracias militares.
Enquanto isto acontece, vai-se percebendo que determinadas plantas podem ser colhidas,
percebe-se que podem ser semeadas, e com isto desenvolve-se um sedentarismo mais
prolongado, com a pr