ANTROPOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES 1 PODER, LINGUAGEM E AÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES.
Mestrado em Gestão das Organizações. Questões a ver no início da aula.
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Mestrado em Gestão das Organizações
Comportamento Organizacional
Questões a ver no início da aula
Objectivos da Sessão
• Compreender e explicar a forma como as organizações se estruturam, bem como a influência que o ambiente exerce sobre este processo.
• Compreender e explicar as diferentes dinâmicas organizacionais, de acordo com a interacção entre configuração estrutural e ambiente.
Brainstorming
• Regras– Suspensão de qualquer julgamento– Livre Curso de Ideias– Procura da Quantidade– Combinar e melhorar
Comportamento Organizacional
• Brainstorming
Comportamento Organizacional - Conceito
• Estudo sistemático e cuidadosa aplicação do conhecimento acerca de como a pessoas (individualmente e em grupos) agem nas organizações (Newstrom, 2007).– Procura encontrar formas de os indivíduos agirem
de forma mais eficiente nas organizações
Comportamento Organizacional - Objectivos
• Descrever• Predizer• Controlar
Alguns fenómenos do Comportamento Organizacional
Comportamento Organizacional - Forças
• Pessoas • Estrutura• Tecnologia• Circunstância/Ambiente Externo
CO – um campo multidisciplinar
• “De todas as áreas, aquelas que mais marcam o CO são a psicologia e a sociologia” (Cunha et al, 2007)
Perspectivas Teóricas
• Não há nada mais prático que uma boa teoria (Lewin)
• Metáfora do Globo, Metáfora dos Óculos e o poder das Metáforas.
Metáfora do Globo
Metáfora dos Óculos
O que é uma organização?
• Unidades Sociais intencionalmente construídas e reconstruídas a fim de atingir objectivos específicos (Parsons, 1960)
• Caracterizam-se por serem estabelecidas na intenção explícita de atingir certos objectivos, tendo simultaneamente:– Regras e modelos de modelação dos
comportamentos para atingir os objectivos;– Uma estrutura formal de estatutos com canais de
comunicação e linhas hierarquicas claramente definidas (Blau & Scott, 1963)
Contextualização histórica
• Revolução Industrial (Inglaterra)• Invenção da máquina a vapor;• Quebra com a sociedade da agricultura e do campo;• Aglomeração de pessoas nas cidades com a
Industrialização;• Surgem questões sociais como a anomia, etc.• Lenda das Cegonhas (por pura curiosidade!)• O espírito da empresa e como o ser humano é visto.
Organização Científica do Trabalho (Taylorismo)
• Frederick Winslow Taylor • Filadélfia, 20 de Março de
1856— Filadélfia, 21 de Março de 1915
• Inicialmente técnico (mecânica) e operário, formou-se em Engenheira mecânico estudando à noite.
Organização Científica do Trabalho (Taylorismo)
• Aumento de produtividade = aumento do emprego (cf. Crash da bolsa e crise actual)
• Estudo de Tempos e Métodos• O homem é a melhor máquina, mas não gosta
de trabalhar.– Motivação=$– Fragmentação ao máximo das tarefas
Organização Científica do Trabalho (Taylorismo)
Separação entre a Concepção e a Execução do Trabalho
Controlo
Preparação
Planeamento
Organização Científica do Trabalho (Taylorismo)
• Críticas
Perspectiva Administrativa das Empresas (Fayol)
• Funções das empresas– Técnica– Comercial– Financeira– Segurança– Contabilidade– Administrativa
Perspectiva Administrativa das Empresas (Fayol)
1.º Grau Competência técnica
2.º Grau Aumenta a hierarquia, aumenta a competência administrativa
3.º Grau Director / Supervisor4.º Grau Etc.
5.º Grau Domínio Absoluto da F. Administrativa ( Funções de Planeamento Estratégico)
• Funções básicas da administração– Planear– Organizar– Comandar– Coordenar– Controlar
As virtualidades da racionalidade burocrática (Weber)
• A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo (1905);
• A cada tipo de sociedade corresponde um tipo de dominação.– Autoridade Racional (lei) - BUROCRACIA– Autoridade Tradicional (passado)– Autoridade Carismática (personalidades
excepcionais)• “Burocracia rules”
Então, até aqui…
• Racionalidade organizacional– Como maximizar o
trabalho
A Escola das Relações Humanas (Mayo)
• Elton Mayo – problemas sociais, humanos e políticos decorrentes da civilização industrial f
• Estudo de Hawthorne– Engenheiros industriais montam uma série de
experiências para verificar os efeitos da alteração de condições de luminosidade na produtividade
A Escola das Relações Humanas (Mayo)
• Hawthorne1. Sem investigadores• Não conclusivo• Haveria factores não considerados?
2. Com investigadores• 6 mulheres (grupo de trabalho padrão)• Mudança de condições de trabalho
• A importância do factor humano na produção!!
A Escola das Relações Humanas (Mayo)
• Hawthorne – conclusões:– Factor humano como factor de estimulação,
participação e satisfação no trabalho;– Interdependência dos subsistemas técnico e humano,
como base de eficiência das Organizações;– Grupos como factores de socialização e de cooperação
humana essenciais nas organizações– Organizações são fundamentalmente sistemas sociais.
Escola das Relações Humanas (Mayo)
• O factor humano nas organizações não é produto nem função de uma acção social racional lógica baseada exclusivamente em motivações e interesses de tipo económico;
• Os seres humanos dinamizam, por vezes, uma acção social “não lógica” nos grupos e nas organizações
• Para liderar as relações sociais e as interacções que enformam grupos informais, é necessário que os líderes tenham um conhecimento e uma formação aprofundada.
Teoria Geral dos Sistemas (Bertallanfy)
• Biologia!Sistema Fechado Sistema Aberto
autónomos do meio ambiente Trocas constantes com o meio ambiente
entropia positiva (origina a destruição do equilíbrio)
entropia negativa (importando energia do exterior, cria-se homeostase)
“O estado final é unicamente determinado pelas condições iniciais”
Equifinalidade (há várias formas de chegar ao mesmo objectivo)
Teoria Geral dos Sistemas (Bertallanfy)
• Para as organizações isto significa que...– Interdependência directa com indirecta com o
meio ambiente;– Totalidade (qualquer alteração tem impacto no
todo);– Sinergia (1+1=3)
• Evolução e refinamento da teoria (Spencer; Parsons; Katz & Kahn)
Teoria Geral dos Sistemas (Bertallanfy)
• Enquanto sistemas abertos, as organizações interagem de forma sistemática com o ambiente circundante, importando e exportando energia, informação e matéria na forma de inputs e outputs.
Abordagem Sociotécnica (Tavistock Institute)
• Para uma mesma tecnologia pode haver diferentes organizações do Grupo
• O Grupo é quem controla realmente a tarefa, não existindo uma supervisão externa do mesmo – fomento da coesão grupal e da interdependência.
• A comunicação e a interacção entre os difernetes membros do grupo originam satisfação e motivação no trabalho.
Abordagem Sociotécnica (Tavistock Institute)
• Trabalho – actividade humana e social relacionada com qualquer tecnologia, atinge uma maior eficácia em grupo do que circunscrito a uma função polarizada no trabalho individual centrado na especialização e na competição entre os diferentes indivíduos que executam de forma interdependente uma determinada tarefa.
Em suma, TGS e AST…
• As organizações são o resultado de uma construção de síntese assente na interdependência e na interacção entre os seus subsistemas estruturais e funcionais– Execução de tarefas– Processo de tomada de decisão– Organização do trabalho
Ou seja…• Quando os trabalhadores
colaboram na organização do trabalho, a sua criatividade e responsabilidade em relação ao carácter interdependente e cooperativo na execução de tarefas aumenta;
• Para a mudança organizacional poder ser positiva tem de existir um diálogo profundo e sistemático com os trabalhadores.
Referências
• Cunha, M., Rego, A., Cunha, R. & Cabral-Cardoso, C. (2007). Manual de comportamento organizacional e gestão. Lisboa: Editora RH
• Ferreira, J. C., Neves, J. & Caetano, A. (2001). Manual de psicossociologia das organizações. Amadora: McGraw-Hill.
• Newstrom, J. (2007). Comportamento organizacional – o comportamento humano no trabalho. São Paulo: McGraw-Hill.