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MESTRADO EM ODONTOLOGIA FÁBIO YAMANE HIRATA AVALIAÇÃO DA INTERFACE DE UNIÃO PRODUZIDA POR SISTEMAS ADESIVOS AUTOCONDICIONANTES, COM CONDICIONAMENTO ÁCIDO PRÉVIO E UNIVERSAIS APLICADOS EM ESMALTE E DENTINA Guarulhos 2013

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MESTRADO EM ODONTOLOGIA

FÁBIO YAMANE HIRATA

AVALIAÇÃO DA INTERFACE DE UNIÃO PRODUZIDA POR SISTEMAS ADESIVOS AUTOCONDICIONANTES, COM

CONDICIONAMENTO ÁCIDO PRÉVIO E UNIVERSAIS APLICADOS EM ESMALTE E DENTINA

Guarulhos

2013

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FÁBIO YAMANE HIRATA

AVALIAÇÃO DA INTERFACE DE UNIÃO PRODUZIDA POR SISTEMAS ADESIVOS AUTOCONDICIONANTES, COM

CONDICIONAMENTO ÁCIDO PRÉVIO E UNIVERSAIS APLICADOS EM ESMALTE E DENTINA

Dissertação apresentada ao curso de Odontologia da Universidade Guarulhos para obtenção do título de Mestre em Odontologia

Área de concentração: Dentística

Orientador: Prof. Dr. André Figueiredo Reis Co-orientador: Prof. Dr. José Augusto Rodrigues

Guarulhos

2013

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Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Fernando Gay da Fonseca

H668a

Hirata, Fábio Yamane

Avaliação da interface de união produzida por sistemas adesivos autocondicionantes, com condicionamento ácido prévio e universais aplicados em esmalte e dentina / Fábio Yamane Hirata. -- 2013.

66 f.; 31 cm.

Orientador: Prof. Dr. André Figueiredo Reis

Dissertação (Mestrado em Odontologia) – Centro de Pós – Graduação e Pesquisa, Universidade Guarulhos, Guarulhos, 2013.

1. Adesivos 2. Adaptação marginal 3. Resina composta I. Reis, André Figueiredo, orientador II. Universidade Guarulhos III. Título

CDD. 617.6

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Dedico este trabalho aos meus queridos e amados pais Carlos e Yaeca que me ensinaram a importância da dedicação, disciplina e foco na vida...

...À minha amada Mariana que alegra minha alma e enche meu coração de otimismo e força nos momentos mais difíceis...

Aos meus queridos avós que através de fortes alicerces baseados em educação e harmonia no convívio delinearam meus valores e princípios...

...Ao meu grande amigo e irmão Daniel e minha querida amiga e cunhada Patrícia que sempre me apoiaram e acreditaram em meu potencial ...

Muito Obrigado!

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Agradecimentos Especiais

À Universidade Guarulhos que propiciou a estrutura e o ambiente necessários para

o desenvolvimento de minha pesquisa científica.

Ao Prof. Dr. André Reis pela enorme humildade ao ensinar e orientar, nunca

perdendo a paciência ou o sorriso no rosto. Sempre ensinando de maneira tranquila

através de questionamentos corretos e equilibrados. André, muito obrigado por

sempre compartilhar seu conhecimento e sabedoria de forma aberta e honesta.

Ao Prof. Dr. José Augusto Rodrigues e Profª. Dra. Alessandra Cassoni pela enorme

disposição ao ensinar, apoiar e orientar. Ambos foram fundamentais para a

realização deste trabalho, pois sempre estiveram prontos em ajudar durante toda

minha pesquisa. Exemplos de paixão ao ensinar Odontologia.

Aos queridos amigos que conheci neste Curso de Mestrado, Ronaldo Viotti, Carlos

Eduardo Pena, Rodrigo Ehlers Ilkiu, Daiana Hernandes, Leonardo Colombo,

Wanessa Aras, pelo apoio, pela companhia agradável durante nossos jantares, pela

troca de experiências e pela grande amizade nestes dois anos.

Às estudantes de iniciação científica Giuliana Gonzalez e Daniele Bruno Falcão que

me auxiliaram em muitas atividades laboratoriais e sempre estavam prontas para

ajudar e aprender.

À funcionária Áurea Munhoz por sempre atender de forma eficiente nossas

necessidades no laboratório e atividades clínicas.

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Ao Laboratório de Caracterização Tecnológica / Depto. de Engenharia de Minas e de

Petróleo da Escola Politécnica da USP, onde foram realizadas as análises

microscópicas.

À minha grande amiga e madrinha Shaiana pelo apoio e suporte incondicional

durante a realização deste trabalho, dividindo sempre com muita humildade seu

conhecimento.

À admirável Ivana Maria e toda nossa equipe da Hirata Odontologia por sempre me

ajudar durante todos os momentos difíceis, possibilitando o equilíbrio entre a minha

rotina de atendimentos no consultório e os meus estudos.

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“ Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e

principalmente viver.”

Dalai Lama

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RESUMO

O objetivo deste presente estudo foi avaliar a integridade marginal de cavidades Classe I com margens em dentina e esmalte restauradas com dois sistemas adesivos universais em ambos os modos de condicionamento e comparar sua performance com sistemas adesivos estritamente autocondicionantes ou com condicionamento ácido prévio. A espessura da película resina-dentina e resina-esmalte dos sistemas adesivos universais também foi avaliada neste estudo. Para a avaliação da integridade marginal, seis sistemas adesivos foram utilizados, 2 autocondicionantes sendo um de 2 passos, Clearfil SE Bond (Kuraray) e um de 1 passo, Adper Prompt L-Pop (3M ESPE); 2 adesivos que utilizam a técnica com condicionamento ácido prévio de 2 passos, Optibond Solo Plus (Kerr) e Adper Single Bond Plus (3M ESPE); e dois adesivos que foram utilizados em ambos os protocolos de uso, Prime&Bond Elect (Dentsply Caulk) e Scotchbond Universal (3M ESPE). Foram coletados 40 terceiros molares, resultando em 40 blocos de dentina e 40 blocos de esmalte nos quais cavidades Classe I padronizadas foram restauradas com uma resina composta TPH3 (Dentsply Caulk) em um único incremento. Os espécimes foram termociclados durante 2.000 ciclos (5ºC–55ºC) e réplicas foram produzidas para avaliação da integridade marginal sob Microscopia Eletrônica de Varredura. Os resultados foram analisados estatisticamente pelo teste ANOVA. Para a avaliação da espessura da película resina-dentina e resina-esmalte foram utilizados apenas os sistemas adesivos universais. Dezesseis terceiros molares foram coletados, seccionados e restaurados com uma resina composta (SDR Dentsply Caulk). Os espécimes foram armazenados em água durante 24hs e seccionados em fatias para análise através de um Microscópio Eletrônico de Varredura. Os resultados foram analisados estatisticamente pelo teste ANOVA a dois critérios e pelo Teste de Tukey. Após os 2000 ciclos de termociclagem, o teste ANOVA não detectou nenhuma diferença significativa entre os grupos (p>0,05) quanto a integridade marginal. Com relação à espessura do filme, o sistema Prime&Bond Elect apresentou espessura significativamente menor. Os adesivos universais apresentaram integridade marginal similar aos sistemas adesivos testados e produziram espessuras diferentes de película adesiva.

Palavras-chave: Adesivos, Adaptação Marginal, Resina Composta.

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ABSTRACT

The aim of the present study was to evaluate the marginal integrity of class I cavities restored with two universal adhesive systems presenting margins in enamel and dentin conditioned with the etch-n-rinse and self-etch technique. The film thickness of resin-dentin and resin-enamel interfaces were evatuated. For the marginal integrity evaluation six adhesives were used: two self-etch, a 2-step self-etch, Clearfil SE Bond (Kuraray) and a 1-step self-etch, Adper Prompt L-Pop (3M ESPE), two 2-step etch-and-rinse adhesives, Optibond Solo (Kerr) and Adper Single Bond Plus (3M ESPE), and two universal adhesives utilized in both protocols, Prime&Bond Elect (Dentisply Caulk) and Scotchbond Universal (3M ESPE). Forty molars were used resulting in 40 dentin blocks and 40 enamel blocks, where standard class I cavities have been restored with a composite resin TPH3 (Dentsply Caulk) in one increment. The specimens were thermocycled during 2.000 clcles (5ºC-55ºC) and replicas were observed under an SEM. The results were statistically evaluated by ANOVA. For the film thickness evaluation only the universal adhesives were used. Sixteen molars were collected, seccioned and restored with a composite resin SDR (Dentsply Caulk). The specimens were stored in water for 24 hrs and seccioned beans were analised under an SEM. The results were statistically analised by two-way ANOVA and Tukey test. After 2.000 cycles the marginal integrity was evaluated in enamel and dentin and no significant differences were detected among groups by ANOVA (p>0,05). The film thickness evaluation resulted in significant differences for the factor adhesive system. Universal adhesives presented similar marginal integrity among tested groups and produced different film thickness after polimerization.

Key words: Adhesives, Marginal Intergrity, Composite Resin.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 1

1.1 Interação com a estrutura dentária ............................................................................................... 1

1.2 Protocolo de condicionamento ácido prévio (etch-and-rinse) ................................................... 3

1.3 Protocolo autocondicionante (self-etch) ...................................................................................... 5

1.4 Desempenho clínico ....................................................................................................................... 8

1.5 Sistemas adesivos universais ....................................................................................................... 9

2. OBJETIVOS ............................................................................................... 11

3. MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................... 12

3.1 Avaliação da integridade marginal ............................................................................................... 12

3.2 Avaliação de espessura da camada híbrida ................................................................................ 15

4. RESULTADOS .......................................................................................... 17

4.1 Avaliação da integridade marginal .............................................................................................. 17

4.2 Avaliação de espessura do filme resina-dentina / resina-esmalte ............................................ 28

5. DISCUSSÃO .............................................................................................. 39

6. CONCLUSÃO ............................................................................................ 43

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 44

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1. INTRODUÇÃO

O desenvolvimento tecnológico dos sistemas adesivos tem influenciado cada

vez mais a Odontologia Restauradora Moderna. Princípios de extensão cavitária

propostos por Black em 1917 não são mais aplicáveis na prática clínica atual e

deram espaço à protocolos cada vez mais conservadores e menos invasivos

(Degrange & Roulet, 1997). Adequações cavitárias que promovem somente acesso

suficiente à remoção completa do tecido cariado fazem parte da rotina do

odontólogo contemporâneo e a preocupação com extensões preventivas e

sacrifícios de tecido dental sadio foi reduzida a zero.

Os procedimentos restauradores atuais recaem sobre a efetividade de

materiais com característica adesiva à estrutura dentária como as resinas

compostas e os sistemas adesivos que possibilitam tratamentos mais conservadores,

estéticos e com maiores indicações e opções de tratamento. No entanto, a

longevidade clínica destas restaurações ainda é uma preocupação devido à

tendência de degradação progressiva da interface adesiva a longo prazo (De Munck

et al., 2005a).

A causa principal das falhas em restaurações adesivas é a presença de

infiltrações marginais, as quais clinicamente evidenciam descolorações marginais,

lesões de cárie secundárias e subsequente redução de sua resistência de união

(Gaengler et al., 2004; Opdam et al., 2004). Frente a este panorama o odontólogo

tende a substituir as restaurações de resina composta em intervalos curtos de tempo.

Assim, diversos aspectos quanto a resistência de união e a durabilidade destes

materiais à estrutura dental devem ser considerados, como a característica hidrófila

da superfície dentinária, as propriedades físico-químicas dos adesivos e sua

interação com o esmalte e a própria dentina (Van Meerbeek et al. 2003a; Cardoso et

al., 2008a).

1.1 Interação com a estrutura dentária

O mecanismo fundamental da adesão à estrutura dentária é baseado

essencialmente em um processo de substituição, onde os minerais removidos dos

tecidos duros dentários são substituídos por monômeros resinosos e após sua

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devida polimerização embricam-se micromecânicamente nas porosidades criadas

(Nakabayashi, 1982; Van Meerbeek et al., 2006).

A desmineralização dos tecidos duros dentários é obtida convencionalmente

pelo condicionamento com ácido fosfórico, processo introduzido por Buonocore na

década de 50 e considerado uma das maiores evoluções na Odontologia

Restauradora. No esmalte, o condicionamento ácido desmineraliza os cristais de

hidroxiapatita, criando microporosidades rapidamente preenchidas por monômeros

resinosos (Gwinnett et al., 1967). Após sua polimerização, este embricamento

micromecânico ainda promove a melhor adesão existente em Odontologia, pois

efetivamente mantém íntegras a longo prazo as margens das restaurações e

protege áreas de dentina mais susceptíveis à degradação (De Munck et al., 2003).

A adesão à dentina ainda é considerada difícil e menos previsível devido à sua

natureza heterogênea, na qual cristais de hidroxiapatita se depositam sobre uma

complexa rede de fibrilas colágenas. A dentina está intimamente relacionada com os

tecidos pulpares através de túbulos preenchidos por fluído dentinário, que seguem

da polpa em direção à junção amelodentinária. O fluído presente torna a dentina

exposta uma superfície naturalmente úmida e também intrinsecamente hidrófila

(Cardoso et al., 2008b; Pashley, 1992). Esta hidrofilia representa definitivamente um

grande desafio para os sistemas adesivos interagirem com a estrutura dentinária e

tem direcionado as pesquisas e o desenvolvimento destes materiais para diferentes

estratégias e protocolos de hibridização.

A formação de esfregaço decorrente do corte de instrumentos rotatórios na

forma de smear layer e smear plugs que obliteram os túbulos dentinários, é um fato

que não deve ser subestimado (Ermis et al., 2008). O primeiro protololo adesivo

aceito para utilização clínica baseia-se na remoção plena da smear layer por meio

do condicionamento com ácido prévio das estruturas dentais (Fusayama, 1979). No

intuito de lidar com a rede de fibrilas colágenas expostas de dentina após o

condicionamento ácido, estes sistemas adesivos possuem um primer contendo

monômeros de natureza hidrófila dissolvidos em um solvente orgânico.

Posteriormente à aplicação do primer, uma solução com monômeros de maior peso

molecular e características hidrófobas é aplicada e penetra na malha de colágeno

condicionada. Estes sistemas adesivos de condicionamento prévio com ácido

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fosfórico e etapas múltiplas estão disponíveis no mercado desde o princípio da

década de 90 e ainda são considerados o padrão ouro em adesão. Por outro lado, a

grande exigência e demanda por procedimentos e protocolos mais simplificados

levaram ao surgimento dos adesivos autocondicionantes. Este grupo de adesivos

somente modifica a smear layer sem removê-la por completo, permitindo a difusão

dos monômeros através desta zona de transição (Inoue et al., 2000).

Apesar da grande diferença quanto ao tipo de condicionamento realizado entre

os adesivos de condicionamento prévio com ácido fosfórico e autocondicionantes,

em ambos os protocolos existem abordagens em que o primer (monômeros

hidrófilos) e o bond (monômeros hidrófobos) são encontrados em fases distintas ou

combinados em uma única etapa (Van Meerbeek et al., 2003b).

1.2 Protocolo de condicionamento ácido prévio (Etch-and-rinse)

Neste grupo de adesivos o condicionamento ácido inicial da dentina e do

esmalte é requerido removendo-se por completo toda a lama dentinária ou smear

layer existente. Tal condicionamento promove uma desmineralização dentinária com

profundidade entre 3 a 5 µ m e expõe um emaranhado de fibrilas colágenas

completamente desprovidas de hidroxiapatita (Van Meerbeek et al., 1992; Perdigão

et al., 1996). O passo seguinte consiste na aplicação de uma solução de monômeros

hidrófilos específicos como o HEMA (2-Hidroxietil metacrilato) dissolvidos em

solventes orgânicos como a acetona, o etanol ou a água. Enquanto o HEMA é

responsável pela manutenção do molhamento e reexpansão da rede de colágeno,

os solventes deslocam a água da superfície dentinária (Nakabayashi et al., 1992;

Carvalho et al., 2003a). Em um terceiro passo, um adesivo livre de solventes é

aplicado, levando à penetração de monômeros hidrófobos não somente nos espaços

interfibrilares da rede de colágeno mas também dentro dos túbulos dentinários. Após

esta infiltração, estes monômeros são polimerizados formando uma interface

adesiva denominada camada híbrida, a qual em combinação com extensões

resinosas no interior dos túbulos promove uma retenção micromecânica da

restauração adesiva (Van Meerbeek et al., 1993).

Através da evolução destes sistemas adesivos de 3 passos, uma versão mais

simplificada foi desenvolvida unindo composições distintas (primer e agente

hidrófobo) em uma única solução. Apesar do protocolo de uso mais simples, estes

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adesivos apresentam performance inferior quando comparados aos adesivos de

condicionamento prévio com ácido fosfórico de 3 passos. Devido à união em uma

única solução dos monômeros hidrófilos, solventes, ativadores e monômeros

hidrófobos; a resistência à degradação hidrolítica é menor se comparada aos

adesivos de 3 passos (Finger et al., 1999; De Munck et al., 2003). A natureza

hidrófila destes adesivos os torna mais susceptíveis à degradação hidrolítica, pois

muitas vezes os solventes utilizados não são completamente evaporados,

permanecendo presentes na interface adesiva após sua polimerização (Van

Meerbeek et al., 2005).

Na realidade, a infiltração adesiva através da dentina condicionada de ambos

os grupos demonstra-se parcialmente efetiva. Em algumas regiões, o preenchimento

adesivo de áreas desmineralizadas de dentina não ocorre, deixando espaços

nanométricos que podem favorecer a degradação através do tempo (Sano et al.,

1995; Wang & Spencer, 2003). Estas áreas de fragilidade nanométricas podem ser

demonstradas através da infiltração de nitrato de prata in vitro e referidas como

áreas de nanoinfiltração (Sano et al., 1994). Mesmo ocorrendo sem a presença de

fendas na interface adesiva, a nanoinfiltração favorece uma adesão menos efetiva e

duradoura (Hashimoto et al., 2000; Pioch et al., 2001), na qual inclusive os adesivos

de 3 passos que possuem uma performance clínica a longo prazo mais satisfatória e

denominados como padrão ouro parecem incapazes de prevenir tal fenômeno de

ocorrer (Van Meerbeek, 2007; Peumans et al., 2005).

A sensibilidade técnica dos sistemas adesivos de condicionamento prévio com

ácido fosfórico é relacionada comumente à dificuldade do controle da umidade no

processo de adesão. Uma quantidade desejável de água é fundamental para a

manutenção da integridade da matriz de colágeno e adequada infiltração dos

monômeros resinosos (Van Meerbeek et al., 1998; Pashley et al., 1993), porém sua

presença excessiva contribui de maneira negativa à adesão (Ozok, 2004). Um

excesso de umidade pode promover uma diluição do adesivo e levar a separação

dos componentes hidrófilos e hidrófobos levando à falhas de adesão (Tay et al.,

1996). Um molhamento excessivo também acarreta um menor grau de conversão

dos monômeros resinosos e redução das propriedades mecânicas da camada

híbrida (Jacobsen et al., 1995).

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Sistemas adesivos contendo monômeros hidrófilos dissolvidos em acetona

expressam maior resistência de união quando utilizados sobre uma superfície

dentinária visívelmente mais úmida (Kanca, 1992). No entanto, calibrar o quanto a

estrutura dentinária deve permanecer úmida é uma grande preocupação e dificulta a

padronização para a sua reprodução clínica, pois uma secagem excessiva e

desidratação severa da malha de colágeno sempre devem ser evitadas.

Recomenda-se que a superfície dentária seja gentilmente seca, interrompendo-se

este processo à um sinal visível de um esmalte branco e opaco e um tecido

dentinário sem brilho (Van Meerbeek et al., 1998).

De modo relevante, os primers com solventes compostos por água

demonstram um potencial evidente de reumidificação sobre a dentina desidratada.

Este conteúdo de água parece suficiente à rehidratação e reestruturação da matriz

de colágeno colabada, permitindo uma melhor interdifusão dos monômeros hidrófilos.

Consequentemente, adesivos com solventes baseados em água demonstram menor

sensibilidade à variações nos protocolo adesivos (Kanca, 1992).

Enfatiza-se que qualquer solvente residual deve ser totalmente evaporado da

superfície dentinária através de leves jatos de ar, processo mais complexo em

sistemas adesivos com solventes à base de água (Spreafico et al., 2006). Solventes

não removidos colocam em risco uma polimerização efetiva, gerando falhas na

interface adesiva. No intuito de melhorar a total remoção e evaporacão de água,

substâncias como o etanol e a acetona podem ser utilizadas conjuntamente na

composição como co-solventes resultando em uma mistura azeotrópica (Manhart et

al., 2010).

1.3 Protocolo autocondicionante (self-etch)

De maneira distinta, os sistemas adesivos autocondicionantes não exigem um

condicionamento ácido prévio da estrutura dental, pois contém monômeros ácidos

que simultaneamente condicionam e agem como um primer sobre os tecidos

dentários. Devido a natureza ácida destes adesivos, a smear layer pode ser

parcialmente dissolvida e as subestruturas de dentina e esmalte desmineralizados

(Tay et al., 2000). Este protocolo é considerado menos complexo e pouco sensível à

técnica, resultando em um desempenho clínico confiável. No entanto, certas

preocupações são levantadas quanto à sua durabilidade e efetiva resistência de

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união, tal apreensão tende a ser material-dependente e muitos adesivos

autocondicionantes demonstram desempenho clínico e laboratorial satisfatório

(Peumans et al., 2005).

Os monômeros funcionais presentes nestes adesivos e seu potencial de

interagir com o esmalte e a dentina definem o sucesso de uma camada híbrida

íntegra e efetiva. Os adesivos autocondicionantes são classificados de acordo com o

seu potencial ácido, sendo considerados como agressivos aqueles com pH ≤ 1,0,

moderados aqueles com pH≈1,5 e leves aqueles com pH ≥ 2,0 (De Munck et al.,

2005b). Adesivos autocondicionantes agressivos como o Adper Prompt-L Pop (3M

ESPE) produzem uma desmineralização mais profunda de esmalte e de dentina, em

que a análise morfológica interfacial destes adesivos se assemelha aos sistemas

adesivos de condicionamento prévio com ácido fosfórico. Por outro lado, adesivos

autocondicionantes suaves ou leves desmineralizam parcialmente a dentina,

deixando um montante considerável de cristais de hidroxiapatita ao redor e no

interior das fibrilas colágenas. Esta hidroxiapatita residual é fundamental para uma

interação química dos monômeros funcionais e um processo efetivo de adesão

química concomitante à adesão micromecânica (Yoshida et al., 2004). A camada

híbrida destes adesivos não é mais profunda do que 1 µm e extensões resinosas

raramente são observadas, porém tais critérios não são fundamentais para uma

adesão efetiva e estável (Manhart et al., 2010). Recentemente, um sistema adesivo

autocondicionante ainda mais suave (pH≈2,7) e com habilidade ainda menor de

dissolução da smear layer e desmineralização do tecido dentinário foi classificado

como um adesivo ultra-suave. Este expõe superficialmente as fibrilas de colágeno e

cria uma camada híbrida nanométrica, denominada zona nanométrica de

interdifusão (Koshiro et al., 2006). O fator primordial para o sucesso destes adesivos

é sua composição com a presença do monômero funcional 10-MDP e sua grande

interação química com o conteúdo parcialmente mineralizado existente.

Outros monômeros como o 4-META e o fenil-P também possibilitam esta

interação química adesiva. Estes contém grupos carboxila e fosfato que são

capazes de promover uma adesão iônica com o cálcio existente na hidroxipatita

(Yoshida et al., 2000). No entanto, a adesão química promovida pelo monômero 10-

MDP não somente expressou-se mais efetiva como também mais estável em

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ambiente aquoso quando comparada a performance do 4-META e fenil-P (Sano et

al., 1999).

Usualmente, a efetividade da resistência de união dos sistemas adesivos

autocondicionantes é atribuída à sua habilidade em desmineralizar e infiltrar a

superfície dentinária simultaneamente em uma mesma profundidade, teoricamente

impedindo falhas adesivas (Tanumiharja et al., 2000). Porém, nanoinfiltrações foram

reportadas ao longo da interface de união produzida pelos adesivos

autocondicionantes, sugerindo que os monômeros ácidos de alguns sistemas

adesivos são gradualmente tamponados pelo conteúdo mineral do substrato e em

decorrência deste enfraquecimento condicionam parcialmente a dentina (Carvalho et

al., 2005). Consequentemente, zonas de dentina parcialmente desmineralizadas

mas não infiltradas podem ser produzidas abaixo da camada híbrida, contrapondo o

conceito de que não existe discrepância entre a profundidade de desmineralização e

a profundidade de infiltração adesiva. Tal fenômeno não é comum à todos os

adesivos autocondicionantes sendo material-dependente.

Um fator que pode interferir com a efetividade adesiva destes materiais é o tipo

de esfregaço produzido pelo substrato dentário (Koibuchi et al., 2001). A técnica e

instrumentos utilizados para a adequação cavitária produzem diferentes tipos de

smear layer com espessura, densidade e grau variável de ligação com a estrutura

dentária subjacente (Kenshima et al., 2006). Como os adesivos autocondicionantes

interagem com a smear layer, seu potencial ácido pode ser tamponado pelo

conteúdo mineral de uma smear layer densa e espessa, resultando em uma

interação pobre com o substrato dentinário subjacente (Camps & Pashley, 2000).

Assim sendo, advoga-se a utilização de técnicas e instrumentais que produzem uma

camada de debris mais delgada e menos compacta durante as adequações

cavitárias, utilizando-se pontas diamantadas ultra-finas, o que aumenta a efetividade

dos adesivos autocondicionantes.

Quanto à adesão sobre a estrutura de esmalte, alguns adesivos

autocondicionantes demonstraram desempenho razoável sobre esmalte desgastado.

Porém, preocupações maiores estão direcionadas ao condicionamento de esmalte

aprismático intacto no qual a retenção micromecânica é praticamente ausente

(Pashley & Tay, 2001; Perdigão & Geraldeli, 2003).

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18  

Na busca por sistemas adesivos ainda mais práticos e com protocolos rápidos

e simples, os adesivos autocondicionantes de 1 passo foram desenvolvidos

apresentando características mais ácidas e hidrófilas (Tay & Pashley, 2003). Estes

aspectos conduzem a uma grande gama de problemas tais como a criação de uma

camada híbrida mais susceptível a atrair água do substrato umidecido devido a uma

hidrofilia excessiva destes materiais, funcionando como uma membrana semi-

permeável após sua polimerização (Tay et al., 2002). Pequenas gotículas podem ser

encontradas na transição entre a camada híbrida e a linha do compósito. A

permeabilidade existente contribui para a hidrólise dos polímeros e consequente

degradação adesiva (Hashimoto et al., 2003a; Hashimoto et al, 2003b).

1.4 Desempenho clínico

Apesar da importância dos estudos laboratoriais ao analisar o comportamento

dos biomateriais, os estudos clínicos permanecem primordiais na coleta de

evidências científicas quanto à efetividade clínica de um procedimento restaurador

(Van Meerbeek et al., 2010). Utilizando-se estudos in vivo fatores como retenção,

integridade marginal e infiltração clinicamente visível das restaurações adesivas são

analisados, possibilitando a avaliação quanto ao desempenho dos sistemas

adesivos.

Os sistemas adesivos de condicionamento prévio com ácido fosfórico de 3

passos apresentam um bom desempenho clínico. Adesivos como o Optibond FL

(Kerr) demonstram índices de retenção superiores a 93% registrados após 13 anos

de acompanhamento, logo a durabilidade clínica destes sistemas adesivos coincide

com os resultados significativos observados em âmbito laboratorial (Van Meerbeek

et al., 2010; Wilder et al., 2009).

Simultaneamente, os adesivos autocondicionantes de 2 passos apresentam

tendência similar aos adesivos de condicionamento prévio com ácido fosfórico de 3

passos quanto às taxas de falhas anuais. Neste contexto, o Clearfil SE Bond

(Kuraray) tem sido vastamente testado e frequentemente empregado como grupo

controle, devido ao seu desempenho clínico satisfatório (Peumans et al., 2007). Sua

capacidade de prover uma camada híbrida uniforme e pouco profunda e uma união

química ao substrato dentinário, possibilita maior resistência à degradação hidrolítica

e relatos de baixos índices de sensibilidade pós-operatória. Frequentemente, o

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19  

desempenho clínico destes adesivos não apresenta diferenças significativas entre

estudos, indicando um protocolo de uso menos susceptível ao erro e uma técnica

mais simplificada para o clínico (Perdigão, 2007).

Usualmente, os adesivos de condicionamento prévio com ácido fosfórico de 2

passos apresentam resultados menos favoráveis quando comparados aos seus

correlatos de 3 passos. Estudos laboratoriais corroboram com este fato, validando

um desempenho inferior devido a sua alta hidrofilia e potencial reduzido de

hibridização. Adesivos com solventes baseados em acetona demonstram

desempenho pouco satisfatório quando comparados aos adesivos com solventes à

base de água / álcool, independentemente do número de aplicações sobre a

estrutura condicionada (Ritter et al., 2009).

O comportamento clínico dos adesivos autocondicionantes de 1 passo

apresenta-se como o menos previsível. Variações amplas de escores de retenção

foram reportados e indicam uma tendência elevada à sensibilidade técnica mesmo

com uma manipulação simplificada. Algumas versões mais recentes destes sistemas

adesivos como o G-Bond (GC) e o Clearfil S3 Bond (Kuraray) demonstraram uma

taxa de retenção de 98% em 2 anos de avaliação clínica e uma tendência de

melhores resultados quanto às próximas gerações de adesivos autocondicionates de

1 passo (Van Landuyt et al., 2008; Kubo et al., 2009).

1.5 Sistemas adesivos universais

A busca por materiais adesivos cada vez mais práticos e dinâmicos quanto à

sua indicação clínica estimulou o desenvolvimento de um novo grupo de sistemas

adesivos caracterizado por uma abordagem flexível quanto ao tipo de

condicionamento da estrutura dental. Estes adesivos possibilitam ao odontólogo

eleger um protocolo com condicionamento total do substrato a ser restaurado,

trabalhar apenas com o condicionamento seletivo do esmalte ou utilizar o modo

autocondicionante destes materiais (3M ESPE, 2012).

Os adesivos universais apresentam composição similar aos adesivos

autocondicionantes de um passo. Monômeros metacrilatos como o UDMA e o

GDMA encontrados em adesivos de condicionamento total foram substituídos por

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20  

monômeros funcionais como o MDP, possibilitando sua função acídica e posterior

adesão química característica típica destes adesivos.

No modo de utilização autocondicionante estes adesivos comportam-se de

maneira similar aos adesivos autocondicionantes clássicos na versão de 1 passo,

onde os monômeros funcionais agem promovendo adesão à dentina e ao esmalte

cortado. Alguns adesivos universais podem ser considerados adesivos

autocondicionantes suaves ou leves com pH≈ 2,7. Logo, frente a este pH mais

elevado muitas vezes o condicionamento seletivo do esmalte deve ser realizado.

Consequentemente, estes adesivos podem ser aplicados em esmalte e dentina

previamente condicionados por ácido fosfórico, em que uma remoção plena do

esfregaço é realizada.

A previsibilidade e comportamento destes novos adesivos utilizados de modo

dinâmico e flexível em diversos procedimentos restauradores ainda não é conhecida

e validada por investigações de natureza laboratorial ou clínica. Assim, as hipóteses

nulas testadas neste estudo foram: (1) não existe diferença na integridade marginal

dos adesivos testados no presente estudo; (2) a termociclagem não afeta a

integridade marginal das restauracões avaliadas; (3) não há diferença na espessura

de película produzida pelos adesivos universais testados.

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21  

2. OBJETIVOS

O objetivo do presente estudo foi avaliar a integridade marginal de cavidades

classe I com margens em dentina e esmalte restauradas com dois diferentes

sistemas adesivos universais, por meio do condicionamento ácido prévio e do seu

modo autocondicionante, comparando sua performance com sistemas adesivos

autocondicionantes e de condicionamento total. E avaliar a espessura de película

produzida pelos sistemas adesivos universais testados neste estudo.

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22  

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Avaliação da Integridade Marginal

Seis sistemas adesivos (figura 1) foram utilizados na presente investigação, 2

autocondicionantes sendo um de 2 passos, Clearfil SE Bond (Kuraray) e um de 1

passo, Adper Prompt L-Pop (3M ESPE); 2 adesivos que utilizam a técnica com

condicionamento ácido prévio de 2 passos, Optibond Solo Plus (Kerr) e Adper Single

Bond Plus (3M ESPE); e dois adesivos que foram utilizados em ambos os protocolos

de uso, Prime&Bond Elect (Dentsply Caulk) e Scotchbond Universal (3M ESPE). A

tabela 1 ilustra a distribuição dos materiais de acordo com o modo de

condicionamento. Um montante de 8 grupos foram testados.

Figura 1 - Adesivos selecionados: Prime&Bond Elect (Dentsply Caulk), Scotchbond Universal (3M ESPE), Clearfil SE Bond (Kuraray), Adper Single Bond Plus (3M ESPE), Optibond Solo Plus (Kerr) e Adper Prompt L-Pop (3M ESPE).

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23  

Tabela 1. Modo de condicionamento e sistemas adesivos utilizados no presente

estudo.

Tipo de Condicionamento Sigla Produtos Dentina Esmalte

Autocondicionante ( SE )

PBE Prime&Bond Elect (Dentsply Caulk) 5 5

SBU Scotchbond Universal (3M ESPE) 5 5

SE Clearfil SE Bond (Kuraray) 5 5

LP Adper Prompt L-Pop (3M ESPE) 5 5

Condicionamento com Ácido Fosfórico

(ER)

PBE Prime&Bond Elect (Dentsply Caulk) 5 5

SBU Scotchbond Universal (3M ESPE) 5 5

OS Optibond Solo Plus (Kerr) 5 5

SIB Adper Single Bond Plus (3M ESPE) 5 5

Após aprovação do presente projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade Guarulhos foram coletados 40 terceiros molares recém extraídos e

armazenados sob refrigeração em uma solução de Timol 0,2%. Após a limpeza e

desinfecção, os dentes foram seccionados com disco diamantado, resultando em 40

blocos de dentina e 40 blocos de esmalte mensurando 4x4x4mm3 (n=5). As

superfícies de esmalte e dentina foram polidas com lixas de carbeto de silício de

granulação 600 para criar uma superfície plana e uma smear layer padronizada.

Uma ponta diamantada cilíndrica padronizada (figura 2) foi utilizada para preparar as

cavidades classe I (1,6 mm de profundidade e 1,6 mm de diâmetro) e substituída a

cada cinco preparos.

A B C

Figura 2 - Preparo de cavidades padronizadas. A. Broca diamantada calibrada; B. Preparação da cavidade; C. Cavidade padronizada.

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24  

Os sistemas adesivos foram aplicados de acordo com as instruções do

fabricante e as cavidades foram restauradas com uma resina composta TPH3

(Dentsply Caulk) em um único incremento. Após a fotoativação com LED

(1500mW/cm2), as cavidades restauradas foram devidamente polidas com um

sistema de polimento para compósito, Enhance/Pogo (Dentsply Caulk). Após os

procedimentos restauradores, os espécimes foram termociclados durante 2.000

ciclos (5ºC – 55ºC) (figura 3A).

A B

Figura 3 - A. Termociclagem dos espécimes.; B. Moldagem dos espécimes.

A moldagem das superfícies restauradas de cada espécime foi realizada antes

e depois da termociclagem com uma silicona de adição (Aquasil XLV) e réplicas

foram produzidas com resina epóxica (Expoxicure, Buehler) para avaliação da

integridade marginal sob Microscopia Eletrônica de Varredura (figura 3B). As

réplicas foram cobertas com carbono (MED 010) e observadas sob um Microscópio

Eletrônico de Varredura (LEO 440 VP). Áreas representativas das interfaces foram

fotografadas.

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25  

A extensão dos defeitos marginais foi determinada utilizando-se um programa

de análise de imagens (Image J, NIH) e um percentual de continuidade das margens

foi calculado. Os resultados foram analisados estatisticamente pela ANOVA com

nível de significância de 5%.

3.2 Avaliação de espessura da camada híbrida

Dois sistemas adesivos que são utilizados tanto com a técnica de

condicionamento ácido prévio como no modo autocondicionante foram utilizados no

presente estudo: Prime&Bond Elect (Dentsply Caulk) e Scotchbond Universal (3M

ESPE).

Após aprovação do presente projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade Guarulhos, foram coletados 16 terceiros molares recém extraídos e

armazenados sob refrigeração em uma solução de Timol 0,2%. Após limpeza e

desinfecção, os dentes foram seccionados para obtenção de superfícies de dentina

e esmalte. Um polimento com lixas de carbeto de silício de granulação 600 foi

realizado para criar uma superfície plana e uma smear layer padronizada.

Os adesivos foram aplicados de acordo com as instruções do fabricante e os

dentes restaurados com uma fina camada de resina composta SDR (Dentsply Caulk).

Após a fotoativação com LED (1500mW/cm2), os espécimes foram armazenados

em água durante 24hs. Os especimes foram seccionados em fatias com espessura

de 2,0mm, incluídos em resina epóxica (Epoxycure, Buehler Ltd, Lake Bluff, IL) e

posteriormente polidos com lixas de carbeto de silício 400, 600, 1200 e 2400; e

pastas diamantadas 6, 3, 1 e 0,25µm (Arotec, São Paulo, SP, Brasil). Os espécimes

foram desidratados em concentrações ascendentes de etanol e cobertos com uma

fina camada de ouro. As interfaces foram observadas através de um Microscópio

Eletrônico de Varredura (Quanta 600 FEG). Cinco imagens foram analisadas de

cada grupo.

A espessura da película de adesivo foi determinada utilizando-se um programa

de análise de imagens (Image J, NIH). Os resultados foram analisados

estatisticamente pela ANOVA a dois critérios e pelo Teste de Tukey considerando-se

um nível de significância de 5%.

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26  

Tabela 2. Composição dos sistemas adesivos utilizados no presente estudo.

Produtos Composição

Prime&Bond Elect (Dentsply Caulk)

Mono-, di e trimetacrilato, PENTA (monofosfato acrilato penta dipentaeritritol); diquetona; óxido orgânico fosfina, estabilizadores; cetilamina hidrofluorídrica; acetona; água.

Scotchbond Universal (3M ESPE)

MDP, dimetacrilato, HEMA, copolímero Vitrebond TM, partículas de carga, etanol, água, iniciadores e silano.

Clearfil SE Bond (Kuraray)

Primer: 10-MDP, 2-HEMA, dimetacrilato hidrófilo, canforoquinona, N, N-dietanol, água.

Bond: 10-MDP, Bis-GMA, 2-(HEMA), dimetacrilato hidrofóbico, canforoquinona, M, Ndietanol, sílica coloidal.

Adper Prompt L-Pop (3M ESPE)

Metacrilato, Bis-GMA, fotoiniciador, água, HEMA, polímero ácido polialquenóide.

Optibond Solo Plus (Kerr)

Bis-GMA, HEMA, dimetacrilato glicerol, fosfato dimetacrilato glicerol, etanol, canforoquinona, co-iniciador, inibidor, partículas de carga

Adper Single Bond Plus (3M ESPE)

Dimetacrilato, HEMA, copolímero ácido polialquenóide , sílica coloidal, etanol, água e fotoiniciadores

10-MDP: 10-methacryloxydecyl dihydrogen phosphate; HEMA: 2-hydroxyethyl methacrylate; Bis-GMA: bisphenol A diglycidyl ether methacrylate; UDMA: urethane dimethacrylate; TEGDMA: triethylene glycol dimethacrylate; BisEMA, Bisphenol-A etoxilated dimethacrilate; GPDM: glycerophosphate dimethacrylate; TCB: TetraCarboxylic acid, di-methacrylate Butan ester

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27  

4. RESULTADOS

4.1 Avaliação da integridade marginal

Imagens representativas antes e depois da termociclagem são apresentadas

nas Figuras 5 a 20. Após 2000 ciclos de termociclagem, nenhuma diferença foi

observada entre os grupos quanto à integridade marginal. A análise de variância não

detectou nenhuma diferença significativa entre os grupos (p>0,05).

A Tabela 3 descreve o número de margens livres de defeitos para cada grupo.

A Tabela 4 e a Figura 4 reportam o percentual de margens com continuidade

íntegras. Defeitos marginais foram detectados somente nas margens de esmalte. O

grupo Prime&Bond Elect apresentou uma performance similar ao Scotchbond

Universal, em ambos os modos de utilização. Ambos os sistemas adesivos

apresentaram apenas um espécime com defeitos marginais em esmalte, no entanto

o adesivo Adper Single Bond Plus apresentou 2 espécimes com defeitos marginais

de esmalte. O maior número de espécimes com defeitos marginais em cavidades de

esmalte foi observado nos grupos Clearfil SE Bond, Adper Prompt L-Pop e Optibond

Solo Plus.

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28  

Tabela 3. Número de margens livres de defeito para cada sistema adesivo aplicado em cavidades de esmalte e dentina.

Tipo de Condicionamento

Produto

No. Margens de Dentina Livres de

Defeito

No. Margens de Esmalte Livres de

Defeito

Autocondicionante ( SE )

Prime&Bond Elect (Dentsply Caulk)

5 4

Scotchbond Universal (3M ESPE)

5 4

Clearfil SE Bond (Kuraray)

5 2

Adper Prompt L-Pop (3M ESPE)

5 2

Condicionamento com Ácido Fosfórico

(ER)

Prime&Bond Elect (Dentsply Caulk)

5 4

Scotchbond Universal (3M ESPE)

5 4

Optibond Solo Plus (Kerr)

5 2

Adper Single Bond Plus (3M ESPE)

5 3

Tabela 4 . Percentual de margens contínuas íntegras (DV) para cada grupo.

Tipo de Condicionamento

Produto % (DV) de margens contínuas Dentina

% (DV) de margens contínuas

Esmalte

Autocondicionante (SE)

Prime&Bond Elect (Dentsply Caulk)

100,0 (0,0) 98,6 (3,2)

Scotchbond Universal (3M ESPE)

100,0 (0,0) 94,6 (12,1)

Clearfil SE Bond (Kuraray)

100,0 (0,0) 84,1 (15,2)

Adper Prompt L-Pop (3M ESPE)

100,0 (0,0) 89,0 (13,3)

Condicionamento com Ácido Fosfórico

(ER)

Prime&Bond Elect (Dentsply Caulk)

100,0 (0,0) 96,6 (7,6)

Scotchbond Universal (3M ESPE)

100,0 (0,0) 98,6 (3,2)

Optibond Solo Plus (Kerr)

100,0 (0,0) 83,2 (17,3)

Adper Single Bond Plus (3M ESPE)

100,0 (0,0) 90,1 (15,3)

.

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29  

Figura 4. Percentual de margens cavitárias contínuas para cada sistema adesivo

aplicado nas cavidades com margens em esmalte

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30  

Figura 5. Imagens representativas de uma cavidade em dentina restaurada com

Prime&Bond Elect aplicado com condicionamento ácido prévio (A) antes e (B)

depois da termociclagem.

Figura 6. Imagens representativas de uma cavidade em esmalte restaurada com

Prime&Bond Elect aplicado com condicionamento ácido prévio (A) antes e (B)

depois da termociclagem.

A B

A B

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31  

Figura 7. Imagens representativas de uma cavidade em dentina restaurada com

Prime&Bond Elect aplicado no modo autocondicionante (A) ante e (B) depois da

termociclagem.

Figura 8. Imagens representativas de uma cavidade em esmalte restaurada com

Prime&Bond Elect aplicado no modo autocondicionante (A) antes e (B) depois da

termociclagem.

A B

A B

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32  

Figura 9. Imagens representativas de uma cavidade em dentina restaurada com

Scotchbond Universal aplicado com condicionamento ácido prévio (A) antes e (B)

depois da termociclagem.

Figura 10. Imagens representativas de uma cavidade em esmalte restaurada com

Scotchbond Universal aplicado com condicionamento ácido prévio (A) antes e (B)

depois da termociclagem.

A B

A

B

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33  

Figura 11. Imagens representativas de uma cavidade em dentina restaurada com

Scotchbond Universal aplicado no modo autocondicionante (A) antes e (B) depois da

termociclagem.

Figura 12. Imagens representativas de uma cavidade em esmalte restaurada com

Scotchbond Universal aplicado no modo autocondicionante (A) antes e (B) depois da

termociclagem.

A B

A

A

B

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34  

Figura 13. Imagens representativas de uma cavidade em dentina restaurada com

Adper Prompt L-Pop (A) antes e (B) depois da termociclagem.

Figura 14. Imagens representativas de uma cavidade em esmalte restaurada com

Adper Prompt L-Pop (A) antes e (B) depois da termociclagem.

A B

A B

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35  

Figura 15. Imagens representativas de uma cavidade em dentina restaurada com

um adesivo de 2 passos autocondicionante, Clearfil SE Bond (A) antes e (B) depois

da termociclagem.

Figura 16. Imagens representativas de uma cavidade em esmalte restaurada com

um adesivo de 2 passos autocondicionante, Clearfil SE Bond (A) antes e (B) depois

da termociclagem.

A B

A

B

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36  

Figura 17. Imagens representativas de uma cavidade em dentina restaurada com

um adesivo de 2 passos e condicionamento ácido prévio, Adper Single Bond (A)

antes e (B) depois da termociclagem.

Figura 18. Imagens representativas de uma cavidade em esmalte restaurada com

um adesivo de 2 passos e condicionamento ácido prévio, Adper Single Bond (A)

antes e (B) depois da termociclagem.

A B

A B

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37  

Figura 19. Imagens representativas de uma cavidade em dentina restaurada com

um adesivo de 2 passos e condicionamento ácido prévio, Optibond Solo Plus (A)

antes e (B) depois da termociclagem.

Figura 20. Imagens representativas de uma cavidade em esmalte restaurada com

um adesivo de 2 passos e condicionamento ácido prévio, Optibond Solo Plus (A)

antes e (B) depois da termociclagem.

A B

A B

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38  

4.2 Avaliação de espessura da película resina-dentina / resina-esmalte

Os valores médios de espessura e desvios padrão para os diferentes grupos

estão presentes na Tabela 5. A análise de variância a dois critérios detectou

diferenças significativas para o fator sistemas adesivos (p<0,05), mas não identificou

diferenças significativas para o fator modo de condicionamento (p>0,05) e para a

interação entre os fatores.

As Figuras 21 a 30 são imagens representativas das interfaces de resina-

dentina e resina esmalte produzidas pelo sistema adesivo Prime&Bond Elect e

Scotchbond Universal aplicados no modo autocondicionante e com condicionamento

prévio com ácido fosfórico.

Tabela 5. Valores médios da espessura da película (µm) e desvios padrão para os

diferentes grupos.

Tipo de Condicionamento

Prime&Bond Elect (Dentsply Caulk)

Scotchbond Universal (3M

ESPE)

Autocondicionante

Dentina 3,70 ±1,64 B 16,41 ± 6,45 A

Esmalte 5,89 ± 0,52 B 16,73 ± 7,24 A

Condicionamento com Ácido Fosfórico

Dentina 1,61 ± 0,10 B 18,98 ± 13,39 A

Esmalte 2,64 ± 1,43 B 11,81 ± 2,58 A

Médias seguidas por diferentes letras são diferenças significativas pelo Teste de Tukey ( p≤0,05).

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39  

Figura 21. Imagem de Microscopia Eletrônica de Varredura ilustrativa de uma

interface resina-dentina produzida com Prime&Bond Elect aplicado no modo

autocondicionante. CR – resina composta , AD – película adesiva; D – dentina .

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40  

Figura 22. Imagem de Microscopia Eletrônica de Varredura ilustrativa de uma

interface resina-dentina produzida com Prime&Bond Elect aplicado no modo

autocondicionante. CR – resina composta , AD – película adesiva; HL – camada

híbrida; RT – tag resinoso; D – dentina.

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41  

Figure 23. Imagem de Microscopia Eletrônica de Varredura ilustrativa de uma

interface resina-dentina produzida com Prime&Bond Elect aplicado com

condicionamento ácido prévio. CR – resina composta , AD – película adesiva; HL –

camada híbrida; RT – tag resinoso; D – dentina.

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42  

Figure 24. Imagem de Microscopia Eletrônica de Varredura ilustrativa de uma

interface resina-dentina produzida com Prime&Bond Elect aplicado com

condicionamento ácido prévio. CR – resina composta , AD – película adesiva ; HL –

camada híbrida; RT – tag resinoso; D – dentina.

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43  

Figura 25. Imagem de Microscopia Eletrônica de Varredura ilustrativa de uma

interface resina-esmalte produzida com Prime&Bond Elect aplicado no modo

autocondicionante. CR – resina composta , AD – película adesiva; E – esmalte.

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44  

Figura 26. Imagem de Microscopia Eletrônica de Varredura ilustrativa de uma

interface resina-esmalte produzida com Prime&Bond Elect aplicado com

condicionamento ácido prévio. CR – resina composta , AD – película adesiva; E –

esmalte.

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45  

Figura 27. Imagem de Microscopia Eletrônica de Varredura ilustrativa de uma

interface resina-dentina produzida com ScotchBond Universal aplicado no modo

autocondicionante. CR – resina composta , AD – película adesiva; D – dentina.

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46  

Figura 28. Imagem de Microscopia Eletrônica de Varredura ilustrativa de uma

interface resina-dentina produzida com ScotchBond Universal aplicado com

condicionamento ácido prévio. CR – resina composta , AD – película adesiva; HL –

camada híbrida; RT – tag resinoso; D – dentina.

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47  

Figura 29. Imagem de Microscopia Eletrônica de Varredura ilustrativa de uma

interface resina-esmalte produzida com ScotchBond Universal aplicado no modo

autocondicionante. CR – resina composta, AD – película adesiva; E – esmalte.

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48  

Figura 30. Imagem de Microscopia Eletrônica de Varredura ilustrativa de uma

interface resina-esmalte produzida com ScotchBond Universal com condicionamento

ácido prévio. CR – resina composta, AD – película adesiva; E – esmalte.

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49  

5. DISCUSSÃO

Os adesivos denominados universais permitem a opção da escolha entre

protocolos distintos de condicionamento das estruturas de esmalte e dentina,

flexibilizando o processo clínico restaurador à situação mais conveniente e previsível.

Estes adesivos seriam materiais ideais, pois eliminariam a necessidade de grandes

estoques específicos para cada situação operatória. No entanto, devido a recente

disponibilidade destes materiais no mercado um número reduzido de estudos

investigou o comportamento dos sistemas adesivos universais.

A literatura reporta de forma mais evidente o comportamento de adesivos

autocondicionantes de 1 ou 2 passos testados com ou sem a influência de

condicionamento ácido prévio em esmalte e dentina. Estes estudos indicam que o

condicionamento seletivo de esmalte com ácido fosfórico e o emprego de adesivos

autocondicionantes em dentina é a conduta mais segura e efetiva a ser empregada

(Van Meerbeek et al., 2011).

No presente estudo foi testada a hipótese nula que os adesivos universais não

apresentariam um desempenho discrepante quando comparados aos adesivos

autocondicionantes e de condicionamento total. Esta hipótese é válida, pois não

houve diferença significativa entre os grupos quanto à sua integridade marginal após

2000 ciclos de termociclagem. No entanto, a hipótese de que não ocorreria

diferenças entre os dois adesivos universais testados é inválida, pois na observação

do padrão de espessura entre os materiais, houve diferença significativa entre o

fator sistemas adesivos.

O grupo Prime&Bond Elect apresentou comportamento similar ao grupo

Scotchbond Universal, uma vez que apesar das composições distintas dos materiais

apenas um espécime apresentando falha na margem de esmalte foi observado em

cada grupo. Uma explicação plausível para a falha em esmalte no modo

autocondicionante, pode ser atribuída à característica similar dos adesivos

universais aos adesivos autocondicionantes classificados como moderados. Devido

a natureza menos agressiva dos seus monômeros funcionais ocorre um

condicionamento mais superficial e menos evidente do esmalte e uma indicação de

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50  

menor resistência de união da restauração. No entanto, os adesivos universais

apresentaram um menor número de margens livres de defeitos frente aos grupos de

adesivos autocondicionantes Clearfil SE Bond e Prompt L-Pop.

Os solventes que compõem os sistemas adesivos são fatores importantes a

serem considerados, pois influenciam diretamente o manuseio e o desempenho

clínico destes materiais (Tay et al., 1998; Carvalho et al., 2003b). Todos os sistemas

adesivos contemporâneos são desenvolvidos com características hidrófilas e contém

monômeros resinosos dissolvidos em acetona, etanol, água ou alguma combinacão

destes solventes (Swift et al., 1997). Os mecanismos de adesão ao esmalte e à

dentina são completamente distintos. A adesão ao esmalte depende da retenção

micromecânica do adesivo sobre a sua superfície condicionada. Em sistemas

adesivos com condicionamento ácido prévio atuando sobre o esmalte, devido a sua

secagem efetiva e ausência de resíduos de água à serem removidos pelos solventes,

não foram reportadas diferenças siginificativas quanto à resistência de união na

presença ou não de solventes (Reis et al., 2003).

De maneira distinta, a adesão à dentina envolve maiores cuidados no

manuseio dos sistemas adesivos de condicionamento ácido prévio. Desde a

introdução do conceito da técnica úmida de condicionamento à dentina (Kanca,

1992) o controle adequado da umidade dentinária para posterior difusão dos

monômeros resinosos é fundamental para o sucesso dos procedimentos

restauradores sobre este substrato. O clínico deve estar atento quanto à

característica volátil e a importância dos solventes ao condicionar adequadamente a

superfície dentinária. Aspectos como um solvente com uma pressão de vapor mais

alta ou baixa pode influenciar diretamente na qualidade adesiva do material, onde

adesivos mais viscosos tendem a demonstrar menor resistência de união (Reis et al.,

2003).

Nos sistemas autocondicionantes, o solvente utilizado normalmente é a água e

alguns sistemas apresentam também o etanol em pequena quantidade. A presença

de água é essencial para permitir a ionização dos monômeros ácidos e a

desmineralização do esmalte e da dentina subjacente (Tay & Pashley, 2001). Uma

maior concentração de água no primer ou no adesivo autocondicionante resulta em

uma maior agressividade (capacidade de desmineralização) (Hirashi et al., 2005).

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51  

Adesivos autocondicionantes de um passo com solventes baseados em água

devem ser utilizados de maneira cuidadosa através de múltiplas aplicações de

camadas adesivas. A água como solvente tem sido relacionada à inibição de

polimerização, separação de fase e redução de vida útil do material. Por isso, a

aplicação de um jato de ar é muito importante para a eliminação do solvente antes

da polimerização (Silva e Souza et al., 2010).

O método de termociclagem utilizado no presente estudo é uma técnica

vastamente utilizada para a aceleração de envelhecimento in vitro que simula a

ingestão de alimentos quentes e frios na cavidade oral e possibilita a avaliação dos

materiais restauradores e o seu coeficiente de expansão térmico-linear

(Rossomando & Wendt, 1995; Li et al., 2002). O padrão ISO TR 11450 (1994)

indica como teste ideal um regime de termociclagem comprimindo 500 ciclos em

água com variações de temperatura entre 5 e 55ºC. No entanto, uma revisão de

literatura concluiu que 10,000 ciclos correspondem a aproximandamente 1 ano de

função in vivo, evidenciando um número de ciclos insuficiente proposto pelo padrão

ISO para avaliação da efetividade adesiva ao longo do tempo (Gale & Darvell, 1999).

Este protocolo de envelhecimento pode ocorrer de duas maneiras: (1) a água

aquecida pode acelerar o processo de hidrólise da interface adesiva e adsorção de

água (Hashimoto et al., 2000); ou (2) devido ao elevado coeficiente térmico de

contração e expansão dos materiais restauradores, estresses são gerados na

interface dente/biomaterial. Estes aplicados de modo repetitivo podem conduzir à

formação de trincas ao longo da interface adesiva e consequentemente à criação de

fendas ou gaps; onde diferentes dimensões de fendas levam à presença de fluídos

orais e percolação (Gale & Darvell, 1999). Logo, as falhas de integridade marginal

em esmlate no presente estudo após a influência de 2000 ciclos de termociclagem

podem ter ocorrido devido ao elevado fator de configuração cavitária presente nas

cavidades de classe I, à aplicação da resina composta em apenas um incrememento

e resultante contração de polimerização; e à própria característica do substrato.

A contração de polimerizacão das restaurações em resina composta

permanece como um fator limitante para o sucesso clínico destes procedimentos à

longo prazo. As resinas compostas contemporâneas usualmente contraem durante

seu processo de polimerização, resultando em uma redução volumétrica variável

entre 1,5 a 5%, diretamente dependente da estrutura molecular monomérica, da

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52  

quantidade de partículas de carga e da taxa de conversão do compósito utilizado

(Bouillaguet et al., 2006). A contração de polimerização produz estresses ao longo

da interface resina composta/estrutura dentária resultando em falhas em sua

adaptação marginal, sensibilidade pós-operatória e reincidência de cáries (Ghulman ,

2011).

As fendas nos espécimes de esmalte ocorreram provavelmente devido ao seu

alto módulo de elasticidade próximo à 48 GPa e à natureza friável presente no

substrato. Antagonicamente, a dentina apresenta um módulo de elasticidade mais

baixo em torno de 18 GPa e possível potencial para superar ou dissipar os estresses

de contração produzidos pela polimerização da resina composta (Versluis et al.,

1996). Investigações reportam uma incidência mais elevada para presença de

trincas e gaps em margens com interfaces em resina/esmalte do que em

resina/dentina (Iida et al., 2003). Do mesmo modo, microtrincas em esmalte podem

estar relacionadas à orientação dos seus prismas; no presente estudo não foram

realizados bizéis na margem das cavidades dos espécimes de esmalte, logo

diferentes resultados poderiam ter sido obtidos. Uma margem biselada com prismas

de esmalte cortados rigorosamente perpendiculares ao seu longo eixo, possibilita

uma configuração restauradora mais favorável e equilibrada (Carvalho et al., 2000;

Dietschi et al., 2002). Em investigações in vitro envolvendo testes mecânicos de

carga, uma proporção ampla de microtrincas em esmalte foram observadas em

cavidades não biseladas como as produzidas no presente estudo (Dietschi et al.,

1998; Dietschi et al., 1999; Dietschi et al., 2003).

A simplificação progressiva dos protocolos de uso dos sistemas adesivos e o

aparecimento de materiais com maiores indicações clínicas, parece expressar uma

grande tendência na odontologia restauradora atual. Os adesivos universais

permitem ao clínico determinar a melhor indicação para seus procedimentos

restauradores, reduzindo a sensibilidade técnica e a necessidade de grandes

estoques de material. No entanto, maiores investigações quanto ao seu

desempenho a longo prazo devem ser realizadas.

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53  

6. CONCLUSÃO

Em relação à análise da integridade marginal não houve diferença siginificativa

entre os grupos. Os sistemas adesivos Prime&Bond Elect e Scotchbond Universal

apresentaram um desempenho similar comparado aos adesivos autocondicionantes

e aos que necessitam de condicionamento ácido prévio utilizados neste estudo,

quando aplicado em cavidades com dentina e esmalte e quando utilizado em ambos

os modos de aplicação.

Em relação à espessura das interfaces resina-dentina e resina-esmalte, o

sistema adesivo Prime&Bond Elect produziu uma interface significativamente mais

delgada quando comparada a produzida pelo adesivo Scotchbond Universal.

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