Mestre DDavid RRibeiro TTelles - ..: O Jornal de Coruche:.. · O artesanato como forma de vida ......

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Página 10 João Alarcão, em artigo sobre os Símbolos Nacionais e os Sinais dos Tempos. Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores. Fundador: Abel Matos Santos – Director: José António Martins Ano 3 Número 25 Maio de 2008 • Mensal • Preço: 1 – Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222 Destaques Página 34 Zé da Quinta, expõe fotografias sobre o tema “O Toiro Bravo” na Praça de toiros. Crónicas de viagem, Luís António Martins desta vez escreve da Suécia. Página 20 João Santos, é o artesão em desta- que este mês na rubrica “Artesanato em Coruche”. Página 31 CORUCHE O Seu Supermercado e Posto de Abastecimento de Combustíveis LAVAGENS AUTO * SELF-SERVICE SUPERCORUCHE – Supermercados SA. Telef. 243 617 810 Fax 243 617 712 Rua Açude da Agolada 2100-027 CORUCHE PREÇOS BAIXOS * QUALIDADE * ACOLHIMENTO páginas 3 e 4 páginas centrais Paulo Fatela 1º DE MAIO dever cumprido!!! O artesanato como forma de vida... 50 50 Anos de Alternativa. Uma vida dedicada à Arte de T Anos de Alternativa. Uma vida dedicada à Arte de Tourear ourear. página 11 Mestre David Ribeiro Telles

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Página 10

João Alarcão, em artigo sobre osSímbolos Nacionais e os Sinais dosTempos.

Os artigos assinados são da inteiraresponsabilidade dos seus autores.

Fundador: Abel Matos Santos – Director: José António Martins – Ano 3 • Número 25 • Maio de 2008 • Mensal • Preço: € 1 – Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222

Destaques

Página 34

Zé da Quinta, expõe fotografiassobre o tema “O Toiro Bravo” naPraça de toiros.

Crónicas de viagem,Luís António Martins desta vezescreve da Suécia.

Página 20

João Santos, é o artesão em desta-que este mês na rubrica “Artesanatoem Coruche”.

Página 31

CORUCHEO Seu Supermercado e Posto de Abastecimento de Combustíveis

LAVAGENS AUTO * SELF-SERVICE

SUPERCORUCHE – Supermercados SA.

Telef. 243 617 810 • Fax 243 617 712Rua Açude da Agolada – 2100-027 CORUCHE

PREÇOS BAIXOS * QUALIDADE * ACOLHIMENTO

páginas 3 e 4

páginas centrais

Paulo Fatela 1º DE MAIOdever cumprido!!!O artesanato como forma de vida...

5050 Anos de Alternativa. Uma vida dedicada à Arte de TAnos de Alternativa. Uma vida dedicada à Arte de Tourearourear..

página 11

Mestre DDavid RRibeiro TTelles

Satisfeitos os paladaressiga a cultura. Saboreadoo toiro bravo nos seus

vários tons de boca é tempo dedigerir a actualidade.

Com Abril já celebrado pa-rece que os ventos revolucio-nários continuam a zurzir paraos lados dos sociais-democratasque de confusão escusada emambição obsoleta lá vão ofere-cendo de bandeja, sem querer, opoder a quem já o tem mas nadade concreto faz com ele.

O distúrbio instalado à direi-ta facilita e não pressiona o go-verno em (con)gestão, abre alasao disparate vindo de todas asdirecções do parlamento e tudosomado a conclusão é uma: con-tinuamos na mesma.

À direita fica a sensação quequando não cheira a poder man-dam-se os “descartáveis” para alinha da frente (Marques Men-des e Luís Filipe Menezes) mas

à mais pequena aberta, leia-seabébia, os históricos voltam àribalta espumando em direcçãoao poleiro (Ferreira Leite,Alberto João Jardim??, SantanaLopes,e Patinha Antão). Talvezo facto do único isento em gov-ernação ser o candidato maiscredível, Pedro Passos Coelhoavança com a sua candidaturacom promessas de mudança nopartido e na política.

À esquerda a coisa não vaimelhor. Jerónimo de Sousa re-gressado de Angola veio dizerque o MPLA e José Eduardodos Santos andam empenhadosna luta à corrupção, o que nãodeixa de causar um certo espan-to canibalesco, pois a ser ver-dade essa luta só podia ser leva-da a cabo com os mesmosMPLA e Eduardo dos Santos aesmurrarem-se em frente aoespelho, dado que corruptos ecaçadores de corruptos são um eo mesmo. PS segue mas nãosoma sem oposição. Já a minis-tra da educação e a Fenprof pare-cem finalmente ter chegado aacordo com cedências de parte a

parte no que a avaliação dosprofessores diz respeito.

E não é que num futuro pró-ximo deixaremos de escreverportuguês, para aprendermos aescrever uma espécie de brasi-leiro? Tudo graças ao novo acor-do ortográfico (será que estábem escrito?). Sinceramente,em forma de desabafo cá vai omeu constrangimento, se foramos portugueses que descobriramo Brasil, porque será que temosde ser nós a adaptarmo-nos àescrita deles e não o contrário?Será que vamos ter aulas debrasileiro, ou com esta espéciede acordo, iremos continuar aengrossar as taxas de analfabe-tismo europeu?

Enfim, nós por cá celebra-mos os 50 anos de alternativa deMestre D. R. Telles cuja figuraintemporal deixa adivinhar umatrégua da saudade à realidadenum jogo de emoções entre atradição, a paixão de um ho-mem, a família e “os toiros”.

No artesanato Paulo Fatelacontinua a redescobrir o conce-lho e fala-nos de si e da sua

exposição “Os Sabores do ToiroBravo”.

Coruche tem um finalista noconcurso de curtas-metragensda TMN Fantasporto, de nomeMiguel Santos que deixa o seutestemunho e ambições em en-trevista ao JC.

O Luís Martins algures naSuécia misturou-se numa mani-festação muçulmana em buscade opiniões “do lado de lá” acer-ca do conflito na faixa de Gaza.Coloque-se a par da região e do

mundo com as nossas crónicasvárias, deleite-se ou decepcio-ne-se com a realidade.

Desfrute do seu jornal e nãohesite em sugestões sempre quelhe aprouver. Cá estaremos parao ouvir. É para o seu prazer e anossa satisfação que continu-amos em frente com este projec-to que é o seu projecto.

Um Bom mês de Maio e boaleitura.

José António MartinsDirector

2 O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008

Sabores nacionais, docescaseiros.

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Fundador: Abel Matos Santos ([email protected])Director: José António Martins ([email protected])Redacção: Rua Júlio Maria de Sousa, 36 – R/c. 2100-192 CorucheAgenda e Notícias: [email protected] Fax: 243 679 404 • Tlm: 91 300 86 58Redacção: Mafalda Fonseca, Carlota Alarcão (CP 6731), José António Martins (TE-626) e pedro BoiçaEditor: ProSorraia – NIPC: 508 467 403 Registo ERC: 124937 Depósito Legal: 242379/06 ISSN: 1646-4222Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: Mensal Paginação e Grafismo: Manuel Gomes Pinto Assinaturas, Publicidade e Contabilidade: 91 300 86 58 • [email protected]ão: Empresa do Diário do Minho, Lda, Braga.Colaboraram neste número: Abel Matos Santos, António Gil Malta, Brandão Ferreira, Carlota Alarcão, CarlosConsiglieri, Domingos da Costa Xavier, Floriano Barbas, Guilara, Hélio Lopes, João Alarcão, Joaquim Laranjo, JoaquimMesquita, Jorge Florindo, Luís António Martins, Madalena Mira, Mafalda Fonseca, Manuel Alves dos Santos, MariazinhaMacedo, Marília Abel, Marina Jorge, Mário Gonçalves, Miguel Mattos Chaves, Mónica Tomaz, Os Corujas, OsvaldoFerreira, Paulo Fatela, Pedro Boiça, Pedro Orvalho, Rita Teles Branco, Rodrigo Taxa, Telma Caixeirinho, Telmo Ferreira,DECO, Caritas, EB1 - Coruche, EPSM, GI - GCS, GI -CMC, Paróquia de Coruche, Rádio ONUFotografias: Abel Matos Santos, Carlos Silva, Floriano Barbas, Hélder Roque, Joaquim Mesquita, José António Martins,Luís António Martins, Mafalda Fonseca, Manuel Pinto, Pedro Boiça, Rita Teles Branco, Telmo Ferreira, Zé da Quinta Cartoon: Pedro NascimentoWeb: Henrique Lima

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CONVOCATÓRIAAssembleia-geral Ordinária

Nos termos do Artigo 23º, parágrafo 3º e 6º dosEstatutos, convoco a Assembleia Geral Ordináriada Irmandade de Nossa Senhora do Castelo, parao dia 03 de Maio de 2008 às 20h30m a realizar-seno Salão Paroquial, com a seguinte ordem de traba-lhos:

Ponto1 – Apresentação, discussão e aprovação dorelatório e contas referentes ao ano de 2007 e pare-cer do Conselho Fiscal.

Ponto 2 – Admissão de novos irmãos.

Se à hora marcada não tiverem presentes a maioriados irmãos, convoco ao abrigo do artigo 18º, pará-grafo 1, uma segunda assembleia para as 21h30m.

Coruche, 31 Março de 2008

O Presidente de Mesa da Assembleia-geral

Irmandade deNossa Senhorado Castelo

Jornal de Coruche (JC):Quem é o Paulo Fatela?

Paulo Fatela (PF): Sou umcoruchense que viveu pratica-mente sempre em Coruche, ex-cepto em dois períodos da mi-nha infância que vivi com osmeus pais em Angola. Regresseiapós o 25 de Abril de 1974 e cáfiquei, apesar de ser um períodomuito difícil, tendo em contaque a minha vida poderia ter se-guido outro rumo em termosprofissionais.

Mas após o nosso regresso aPortugal os meus pais tinham dese concentrar no básico da vida.Aos 22 anos já estava a trabal-har, foi nessa altura também queconstitui família, mas foi quandoo meu filho atingiu uma fasemais adulta que comecei a termais tempo para fazer aquiloque realmente estava adormeci-do e para o qual tinha apetência.Que talvez tenha herdado dosmeus pais.

JC: Então o gosto pelo arte-sanato é hereditário?

PF: Penso que sim, pois aminha mãe era uma senhora ex-tremamente virada para a esté-tica, para o requinte, para a be-leza das coisas. O meu pai tinhauma habilidade estrondosa paracriar, desde trabalhar o ferro,construir móveis, etc.

JC: E como começou estaaventura no artesanato?

PF: Quando comecei a teralgum tempo para mim, come-cei a fazer algumas coisas emcasa. Surgiu então um convitedo actual Presidente da Câmara(que na altura não o era) para fa-zer um trabalho em larga escalaque iria ser visto por imensaspessoas. Foi uma primeira expe-riência que correu muito bem. Apartir daí seguiram-se outrostrabalhos.

JC: É fácil ser artesão emCoruche?

PF: Não é fácil ser artesãonem em Coruche nem em qual-quer ponto do país. Temos queolhar para o artesanato como umhobbie, apesar de conhecer al-guns artesãos, que fazem da sua

arte profissão. Actualmente émuito complicado competir coma indústria.

JC: Existem muitos artesãosem Coruche?

PF: Em 2000, houve umaexposição de artesanato aindano antigo pavilhão de exposições,

onde estavam alguns artesãoscoruchenses e alguns de fora doconcelho, e nós fomos margina-lizados, éramos quatro artesãoscoruchenses. Ainda nesse anoremei contra a maré e com oapoio da Junta de Freguesia deCoruche, realizamos uma expo-sição no antigo café “Coruja”,nessa altura passamos de quatroa treze artesãos coruchenses ehoje em dia temos muitos maisartesãos “recenseados”.

JC: A sua fonte de inspira-ção é espontânea?

PF: Puramente espontânea.Não procuro locais específicospara que as coisas nasçam, tudoacontece naturalmente.

JC: Quais os materiais quetem por habito utilizar?

PF: Como artesão tenho demudar, não consigo trabalharmuito tempo com os mesmosmateriais. Recentemente quan-do pedi a certificação de alguns

trabalhos, a pessoa da entidadecertificadora sorriu ao ver osmeus trabalhos feitos em váriosmateriais. Ele achou curioso.Posso pintar, fazer recortes, tra-balhar em papel, etc. São fases,gosto de usar a imaginação paranão chegar ao ponto de satura-ção, mesmo por isso vou usandovários materiais, desde a cerâ-mica ao têxtil.

JC: O ano passado o Paulocriou a colecção “Os Sabores doToiro Bravo”, foi por iniciativasua ou foi através do convite dealguém?

PF: Foi por minha iniciativa,dado que desenvolvi alguns pro-

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 3

G R A N D E E N T R E V I S T A

AArrtteessaannaattoo,, aa ppaaiixxããoo ddee uumm HHoommeemmPaulo Fatela é um daqueles coruchenses que merecem ser “copiados”, como é prova o seu empenho

em prol da comunidade, nomeadamente na promoção do artesanato local. Fruto da sua criatividade e paixão é a sua colecção “Os Sabores do Toiro Bravo”, que pela segunda vez será exposta

durante o certame com o mesmo nome, a realizar neste mês de Maio em Coruche.

> continua na página seguinte

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 20084

GG R A N D ER A N D E EE N T R E V I SN T R E V I S TT AA

Artesanato, a paixão de um Homem

> continuação da página anterior

jectos colectivos no passado, emque como coordenador de gru-po, a proposta seria termos pe-ças que contribuíssem para a pro-moção e divulgação de Coruche.Hoje em dia, numa fase individ-ual o meu propósito é o mesmo,desenvolvi o projecto “Os Sabo-res do Toiro Bravo”, que é umacolecção de peças relacionadascom o evento, que a CâmaraMunicipal de Coruche organiza.Isto acontece também, porquequando vou a algum lado gostode comprar uma peça de artesa-nato que identifica esses locais.

JC: Este ano vai expor no-vamente, onde poderemos ver aexposição?

PF: À semelhança do anopassado irei expor no espaço daFoto-Cine, pois foi um desafioque o Carlos Silva me fez e opróprio desempenhou um tra-balho fotográfico magnífico. Es-te ano o espaço Foto-Cine, serádiferente pois não teremos regis-to fotográfico, vai ser essencial-mente peças, repeti a colecção, einovei, tem uma nova imagemque está realmente ligada aocertame.

JC: Que peças iremos en-contrar na exposição?

PF: Iremos ter a mesmaimagem do ano passado, e asnovas peças artesanais serãoessencialmente de zinco pinta-das á mão.

JC: Quem tiver interessadoem adquirir alguma peça poderáfaze-lo no local da exposição,ou terá que encomendar?

PF: Poderá comprar no localou através do meu blog na In-

ternet emwww.paulofatela.blogs.sapo.pt

JC: Numa perspectiva local,o artesanato é bem ou mal di-vulgado?

PF: Como deve calcularnunca é demais divulgar o quese faz de bom na nossa terra.Quer nós individualmente naqualidade de artesãos, quer asso-ciações, quer entidades públicas,temos todos de promover, divul-gar e apoiar. Devem criar-semuitas mais situações, não só anível individual, mas também anível colectivo. As pessoas têmque sair do “casulo”, não podemficar à espera que um diaalguém se lembre delas.

JC: O Paulo é coordenadordo espaço de artesanato do Jor-nal de Coruche, acha que esseespaço tem contribuído para di-vulgar o artesanato e os artesãosdo nosso concelho?

PF: Sem dúvida, pois é umaforma de mostrar ao público em

geral que existem aquelas pes-soas a fazer aquele tipo de tra-balho. É um trabalho importan-te, porque por vezes ficamossurpreendidos que uma pessoaque conhecemos á muitos anos,que nós desconhecíamos e noentanto faz coisas lindíssimas.

JC: Enquanto artesão o queo fascina?

PF: Penso que tudo me fas-cina um pouco, mas colocandotudo numa balança, sem dúvidao que pesará mais será a promo-ção e a divulgação dos artesãose do artesanato, durante algunsanos desenvolvi esse trabalhoque foi um trabalho de entrega,de prazer e de paixão. E agoratodos os meses tenho um espaçono jornal, que de certa forma ali-menta esse prazer e essa paixãode promoção e divulgação.

O que também me fascinasão todas as peças que produzo.

____José António Martins

Reportando-me ao artigo, porV. Ex.as, publicado no número24 do “Jornal de Coruche” domês de Abril de 2008, no espaçodenominado “E ESTA HEIN?”,e titulado de “Os bons exem-plos!!!”, informo o seguinte:

1. Encontram-se, de facto,parqueadas nas traseiras desteAquartelamento várias viaturasque, por motivos que se enqua-dram no edifício jurídico por-tuguês, leia-se Código Penal,Código do Processo Penal eCódigo da Estrada, foram pelosefectivos deste Comando apre-endidas.

2. Estas viaturas encontram-se ali parqueadas há vários anose muitas delas, não obstante osproprietários, de algumas via-

turas, terem sido, por via postal,notificados no sentido do seulevantamento, não o fizeram atéesta data, o que originou e vemprotelando a sua permanênciano local em apreço.

3. Decorre também a situa-ção, objecto do já sobredito arti-go, do facto desta Guarda nãoser possuidora de local apropria-do para o efeito não lhe vindo arestar, por ora, outra alternativasenão aquela de que se vem so-correndo para parquear as cita-das viaturas.

4. Vem, este Comando, con-tudo, envidando esforços nosentido de procurar soluçõespara dirimir esta situação que,reitero, decorre de procedimen-tos legais, aos quais não é pos-sível outorgar outra solução.

5. Relativamente ao textoque constitui o artigo em aná-lise, este Comando permite-semanifestar o seu desagrado rela-tivamente ao carácter irónico –“... instalação de uma sucata nocentro da Vila” – e desprovidode conhecimento de causa –“...Já para não falar nos propri-etários que provavelmente fica-ram sem as suas viaturas e vãoter de pagar o Imposto de Cir-culação. ...”com que foi elabora-do, só sendo desculpável dado otipo de artigo, creio de “Opi-nião” e esta é apesar de tudolivre.

O Comandante do DestacamentoTerritorial

Carlos Alfredo Ramos Cavaco BotasTenente Infantaria

I torneio de golfe “Encostata a mim”18 de Maio

A favor da associação de apoio social e humani-tário do doente oncológico e seus familiares

Mais informação: Tel. +351 263 949 492Fax. +351 263 949 497Email: [email protected]

Ao abrigo da lei de Direito de Respostapublicamos o seguinte comunicado:

Golfe em Santo EstêvãoTorneio aberto de beneficência

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 5

No dia 4 de Abril, fomos noautocarro da C.M.C., com oscolegas do 3.º D da escola deCoruche, a uma visita de estu-do à Azinhaga de Santa Luzia.

___

O nosso guia foi o professorGil Malta. Ele disse-nos o nomee a utilidade das plantas quefomos observando pelo camin-ho até chegarmos à Ermida.

As plantas que vimos foram:o carrasco, com as suas maçãsde cuco, saramagos, sargaços,trevos, hera, salgueiro, giesta,carrapiteiro, funcho, erva da in-veja, erva de São Roberto, mal-va, erva azeda, cardo, cãezinhos,camomila, miosótis, aroeira emuitas mais.

De seguida, fomos ver aErmida de Santa Luzia, protec-tora da vista. Lá dentro, vimos aimagem nova de Santa Luziaporque a imagem antiga foiroubada. A igreja foi fundada,provavelmente, pelo D. NunoÁlvares Pereira, no séc. XV.Também vimos as imagens deNossa Senhora das Graças e deSanta Teresinha.

O dia de Santa Luzia come-mora-se a 13 de Dezembro. Osdevotos acreditam que ela tem opoder de curar as doenças da

vista, por isso ainda hoje muitaspessoas se deslocam à Ermida,especialmente naquele dia.

A quinta, com o mesmo

nome, que se situa junto à Er-mida e que é dividida pela Azi-nhaga, é também famosa pelaágua, pelas sementes secas da

galacrista (ou erva de Santa Lu-zia), que segundo o povo, lim-pam as impurezas da vista epelos raminhos de louro, que aspessoas gostam de levar paracasa, no dia 13 de Dezembro,para usarem como tempero nacomida para todo o ano.

Por fim lanchámos na Azi-nhaga.

Que bom! Respirar aquele arpuro... Lá no alto da Ermida.

E assim regressámos à esco-la.

Adorámos ouvir o nossoguia! Foi maravilhoso!

“Dedicamos estas poesias aoprofessor Gil”

O nosso guia Pronto para ensinarAmigo e dedicadoSem nunca se fartar.

O professor GilÉ muito solidárioÉ sábio e gentilUm guia extraordinário!

O nosso guia É uma pessoa especialTem muita sabedoriaComo ele não há igual!

____Escola Básica nº1 do Rebocho

Turma B - Professora UmbelinaFidalgo

Alunos do 3º/4º Anos

Foi num dia de muito solQue fomos à Horta de SantaLuzia,Conhecer plantas e floresFomos com muita alegria.

Nós, alunos do 3º DNão íamos sozinhos,Íamos com os meninos doRebocho Explorar novos caminhos.

Professoras e auxiliaresE também o professor Gil,Ensinaram-nos muitas coisasNessa tarde primaveril.

A natureza é bela Respeitá-la é um dever,Dela devemos cuidarNinguém se deve esquecer.

É o lar dos animaisE dá-nos plantas maravilhosas,Que tratam algumas doençasE são até saborosas.

Os raminhos de louroQue temperam a comida,São levados pelos crentesA esta linda ermida.

No meio de tantas plantasVimos a bela galacrista,Que serve como sabemosPara tratar problemas da vista.

E já dentro da ermidaCom os olhinhos a brilhar,Ouvimos com atençãoO que o professor nos foi contar.

A querida Santa LuziaEra corajosa e boa,Perdeu os seus olhosPorque não queria viver à toa.

Outros olhos lhe nasceramQue grande milagre afinal,Mas tiraram a vidaA quem era boa e não fazia mal.

É a santinha que cuida dos olhosMuito a vão visitar,O dia 13 de DezembroÉ um dia para se recordar.

Aprendemos e foi tão bomConviver e saber mais,Agora é hora de ir para casaContar tudo aos nossos pais.

Alunos do 3º D - E. B. 1 de Coruche /Professora Sílvia Ribeiro

A visita a Santa Luzia

ILUMINAO NOSSO CAMINHO!

Em conferência de imprensa opartido socialista justificou o aban-dono da Assembleia Municipal,alegando o não reconhecimento dacomissão de inquérito, e a não per-missão por parte da Mesa daAssembleia Municipal em dar apalavra ao Presidente da CâmaraMunicipal de Coruche, e aos elei-tos do Partido Socialista.

Recordando que não concorda-

ram desde o início com a criaçãoda Comissão de Inquérito às Obrado Observatório do Sobreiro e daCortiça, contestaram a prazo deentrega do relatório produzidopela Comissão e justificaram nãoter tido tempo para analisar oreferido relatório, nem para con-sultar um jurista que avaliasse alegitimidade da situação.

Partido Socialista deCoruche justificaabandono de AssembleiaMunicipal de 4 de Abril

Política LLocal

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 20086

Hélio Bernardo Lopes *

POLÍTICA

Já só pessoas politicamenteinteressadas podem continuar adefender a ideia de que as coisascorrem bem pelo País, mesmono domínio da segurança eordem pública.

A indiscutível verdade é aque todos os portugueses sen-tem, ou seja, a de que se viveum clima de grande intranquili-dade social, e de razoável riscono dia a dia da vida da nossasociedade.

O mais interessante de tudoisto, contudo, são as constantes

explicações dadas para os mil eum atos de violência que sesucedem sucessivamente semcessar, como se dizia em piadaantiga.

O leitor terá já certamentereparado nesta coisa tão simplesquão fantástica: toda esta vio-lência que percorre a nossa vidasocial nunca é explicada, porexemplo, com o problema dotráfico e do consumo de estupe-facientes. Fala-se de tudo e deumas botas mais, mas nunca dotráfico de estupefacientes como

causa principal e última dos ter-ríveis males da sociedade dosnossos dias...

De molde que estes nossospolíticos, como por igual os nos-sos analistas político-sociais,vivem completamente à procurada mais fantástica rolha, o quetem como consequência quetudo vá, como se vai podendover, ou seja, de mal a pior. É aevidência! Estes nossos políti-cos e analistas olham para a so-ciedade que é a nossa e deitam-se a copiar o que vêem lá por

fora, mas sempre fugindo darealidade que uns quantos cri-aram e que a maioria se mostrouincapaz de parar e de inverter.

O problema verdadeira-mente candente da sociedadeportuguesa é, nos dias que pas-sam, o das consequências dofantástico tráfico de estupefa-cientes que se opera por todo onosso tecido social, essencial-mente destinado à zona centraleuropeia, mas de que uma pe-quena parte fica também entrenós.

Esse, sim, é que é o grande erealíssimo problema que hojevarre a sociedade portuguesa.Infelizmente, como o meu caroleitor pode facilmente confir-mar, é um problema de que rara-mente se fala. E campanhas decombate nas televisões, bom,nem velas! Portanto, porquêtanta admiração com o estado aque chegou a violência emPortugal?

____* Analista político

Uma fantástica procura da rolha

O valor da Educação

Sendo este o valor maisalto de um povo, a sua maiorriqueza enquanto tal, deviatambém ser a primeira prio-ridade e constituir um inves-timento até ao limite. O limi-te possível para cada um,como ser individual, e o limi-te para o estado, enquantoprotector e, sobretudo, poten-ciador do seu povo.

Porquê?Um povo sem educação de

base, sem capital social e cultu-ral acumulado diverte-se e entre-tém-se tão só e apenas na exe-cução de manobras de distrac-ção, fazendo-se passar, quandoatinge a idade adulta, por sériose empenhados profissionais.

De facto, não conheço umaúnica pessoa que não trabalheaté quase á exaustão.

Levante-se, por favor, quemconheça um Português queassuma que poderia até fazermais e melhor do que actual-mente faz!!!! Todos trabalhamdemais, saem a desoras, pouco éo tempo que têm para almoçar,os fins-de-semana são raros,etc., etc.

Todos nós conhecemos estalenga, lenga. No entanto, comosabemos, o país guarda um doslugares cimeiros daqueles quemenos produz. Bom... pela maio-ria, paga a excepção – e, todosse consideram a excepção! Adificuldade está no arranque

desta educação de base – e não écertamente o encher com inglês,música (que, atenção, não é edu-cação musical) e prolongamen-tos – como ouvi o Sr. Primeiroministro referir (com orgulho)em entrevista a um canal detelevisão em Fevereiro, que meparece que se vá iniciar um ver-dadeiro processo de formação eeducação de valores.

Estas medidas, embora ne-cessárias (eventualmente), nãovão, de todo, ao problema defundo que se inicia com a for-mação de todo um sistema queparece torto á nascença – estádesenvolvido para formar pes-soas do sistema, ou seja pessoasque aceitavam a mediocridadee, mesmo que á partida não osejam, com o tempo, se torna-ram elas próprias indivíduosmedíocres ou, muito poucos,indivíduos resistentes e, inadap-tados... a lutar contra um sis-tema guardado e dirigido pelapersonificação, ela própria, damiséria mais baixa – a pobrezade espírito e de valores de con-vivência em sociedade.

É o salve-se quem puder,encapotado por preocupaçõesgovernativas cliché. Ora isto,aniquila a sociedade enquantoconcepção teórica – o vazio deideias e a má educação encon-tra-se ao virar de cada esquina...

É de facto muito difícil per-ceber como é possível que, pas-sado tantos anos de ‘tentativas’

democráticas de educação, ain-da não se conseguiu estabilizarum modelo eficaz e, eficazmen-te! Há sempre um turbilhão dereformas que nem sequer têmtempo de vingar.

Bem, talvez a nossa socie-dade seja isso mesmo – um con-junto de bombeiros que o quemelhor sabe fazer é apagar fo-gos e tratar de emergências.

Agora, não se diga que o sis-tema melhora porque há maisprolongamentos, actividades ouescolas que fecham por teremmenos de dez alunos! Isto trata-se tão só e apenas empoeirar osistema e alegremente propa-gandear, como aliás sempre foifeito.

Continua a não se atacar oproblema de fundo – a educaçãodas crianças e jovens. O modelocondutor não é apresentado, nãose percebe para onde estamos aencaminhar o próprio futuro. Asmedidas que se anunciam, aquie ali, parecem não ter uma travemestra...

Por mero acaso assisti aodesenvolvimento de dois filhosmeus em sistemas de ensinodiferentes – um Português e ou-tro estrangeiro. Pois, as diferen-ças de estruturação são abissais– desde os manuais até ás activi-dades, passando pelas própriasrotinas – tudo parece, e está,desenvolvido, controlado, cor-rigido e sobretudo suportado, deforma quase milimétrica, á me-

dida das necessidades da criançae jovem. Claro, há falhas mas,são falhas de circunstância, araiz e a essência não são abala-das – todos nós, temos acessoaos mais variados planos, sejameles pedagógicos, temáticos,financeiros ou de investimento.E mais, não tão poucas vezessomos convidados ou eleitospara ter uma voz activa.

São desenvolvidas activi-dades que ensinam a pensar, nãoa passar o tempo – o tempo queas crianças passam na escola édois terços, repito dois terços,do que as crianças portuguesaspassam, contudo, não andam láa “pastar”, quando estão para sedesenvolverem, para desenvol-vimento do intelecto e, sobretu-do, para fazer, não para ir fazen-do, ir lendo, etc!

Claro, não se está a dizer queaquela é a escola ‘Maravilha’ eque todos que a frequentamserão “grandes senhores”. Atéporque isso depende das especi-ficidades de cada um e, da pró-pria “conjuntura” mas, pelomenos, é uma tabelação porcima, é uma estruturação e for-necimento de instrumentos inte-lectuais que não existe no siste-ma de ensino português e, parao qual as reformas (já que temosque reformar!) deviam tender.

Quando em Portugal umacriança aprende desde cedo nãoa aproveitar o tempo mas, tão-somente a “passar o tempo”,

não admira que, quando adultotambém transfira esse modo devida para o local de trabalho!

Depois, tudo ajuda a acabareste belo quadro de produtivi-dade nacional – basta empantur-rar, encharcar e bombardeartodo e qualquer indivíduo comentretenimento, falsas carreirase todo, todo o tipo de porcariaque lhes bloqueie a massa cin-zenta – tornam-se assim formi-gas declinadas ou pombos ani-lhados. Ou seja, o máximo ondea sua autonomia chega é, sem-pre sob o olhar atento de umqualquer par superior, trabalhar,trabalhar, trabalhar (ou não, oque interessa é que pareça quetrabalham – para eles próprios epara os outros) intervalandocom entretenimento com falta,muita falta de rigor – a TV sen-sacionalista e intriguista, as via-gens em charters manada (tipoexcursões do antigamente), aida ao centro comercial – o com-pra, compra, compra para en-cher um vazio de necessidadesque não existem, o ler revistasdecrépitas, etc.

Enfim... Se calhar esse é omolde e, quem não se enquadraou vive exilado no seu própriopaís ou tem que sair – não fo-mos sempre terra que, por exce-lência e com orgulho, se apelidade emigrantes?! Sejamos entãotambém por essa razão!

____* Lic. em Gestão

Madalena Veiga Mira *

CRÓNICA DE COSTUMES

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 7

No dia 1 de Abril de 2008entrou em vigor um diplomalegal – Decreto-Lei n.º 57/2008,de 26 de Março - que vem con-tribuir de sobremaneira para aprotecção dos interesses econó-micos dos consumidores, namedida em que proíbe e san-ciona os profissionais que recor-ram a determinadas práticaspara pressionarem os consumi-dores a adquirirem determina-dos bens ou serviços.

De facto, algum tipo de estra-tégias comerciais adoptadas poralguns profissionais são mani-festamente desleais, pois, visamincentivar consumidores maisfrágeis, nomeadamente emrazão da idade, doença mentalou física, a comprar determina-dos produtos ou serviços, recor-rendo para tal a alegações enga-nadoras ou mesmo falsas.

Como consequência, muitosconsumidores tomam decisões

pouco esclarecidas e adquiremfrequentemente bens e serviçosque não desejam e que não ne-cessitam.

Este tipo de práticas é já co-nhecido de muitos consumi-dores, sendo, aliás, frequentes asreclamações apresentadas juntoda DECO a relatar situaçõescomo as seguintes: a partici-pação em excursões com umpreço aliciante, para promoçãode venda de porcelanas; a cha-mada telefónica para casa ainformar que recebeu um pré-mio, quando para obter o mes-mo é obrigatório o pagamentode determinada quantia ou asubscrição de um determinadoserviço; o telefonema a informarque se vai realizar um rastreiomédico em determinado local,quando não existe qualquer ras-treio e o que se pretende é ven-der colchões ou poltronas comalegadas características medici-

nais; as falsas alegações de quepoderá desistir a qualquer mo-mento do contrato e até mesmoque a não assinatura do contratopoderá colocar em risco a sub-sistência familiar do vendedor.

Esta nova legislação pre-tende pôr termo a este tipo decondutas agindo em duas fren-tes: possibilitando ao consumi-dor a anulação do contrato noprazo de um ano a contar doconhecimento da prática, sem-pre que o profissional lance mãoa este tipo de práticas limitado-ras da liberdade de decisão doconsumidor; e sancionando osprofissionais que adoptem estetipo de estratégias comerciaispara venderem os seus produtosou serviços, através de um pro-cedimento contra-ordenacionalque poderá implicar o pagamen-to de coimas até ao valor de €44.891,81.

Na luta contra estas práticas

comerciais desleais é impre-scindível a colaboração dos con-sumidores, através da denúnciadas mesmas junto das entidadescompetentes do sector em causa(nomeadamente, a ASAE, aANACOM, o Banco de Portu-gal e o Instituto de Seguros dePortugal), de modo a que estaspossam actuar desincentivandotais comportamentos.

Para os consumidores que sevejam confrontados com umasituação como as acima referi-das, a DECO deixa os seguintesconselhos:

– Leia sempre atentamente ocontrato proposto. Caso nãocompreenda alguma cláusulacontratual questione sobre o sig-nificado da mesma ou peça umacópia do contrato e recorra aosserviços de apoio ao consumi-dor;

– Caso se sinta pressionado aassinar um contrato que não lhe

interessa, saiba que dispõe de 14dias seguidos para desistir domesmo sem ter que dar qualquerjustificação ou pagar qualquerpenalização. Para o efeito, dev-erá enviar uma carta registadacom aviso de recepção ao ven-dedor, da qual deverá guardarcópia.

– Se o contrato for celebradocom base numa prática comer-cial desleal, recordamos quepoderá anular o mesmo noprazo de um ano.

Apesar deste diploma legalconstituir um importante passopara a protecção dos interesseseconómicos dos consumidores,é essencial que dê a sua colabo-ração, denunciando as práticascomerciais desleais.

____* Jurista na DECO

Delegação Regional de Santarém

Práticas Comerciais Desleaise a Nova Lei

Marta Costa Almeida *

DIREITOS DO CONSUMIDOR

Vinte e cinco de Abril HojeTinha pensado para esta edição

um pequeno apontamento sobre o25 de Abril de hoje. Fiquei senta-do de frente ao computador naesperança que com o decorrer dotempo me fossem surgindo ideias,mas tive que concluir que, quandonão há notícia não se pode fazernotícia.

O Povo cansou-se, o 25 de Abril émais um feriado que aproveitamospara tudo, menos para comemorar oque já não se comemora.

Quem deixava de usufruir de umbelo dia de praia para ouvir discursosde políticos demagogos, esses simusufrutuários das conquistas doPovo?

O que vão comemorar os 1.000funcionários da Yazaki Saltano e daDelphi e suas famílias? E tantos ou-tros de Norte a Sul do país que todosos dias vimos na Comunicação Sociala reivindicar os salários em atraso?

Parece que propositadamente ospolíticos que nos governam escolher-am este período, Abril e Maio, parapromover mais um corte nas conquis-tas de Abril com a introdução de alte-rações ao Código de Trabalho quecertamente irá tornar mais difícil a

vida dos trabalhadores portugueses.Hoje, 34 anos depois, terão os

Trabalhadores Portugueses algumarazão para festejar?

Com que alegria irão os trabal-hadores comemorar o 25 de Abril secada vez mais a ameaça do flagelo dodesemprego paira sobre a sua cabeça.

As falências, as deslocalizações, aprecariedade e toda uma série de situ-ações que dia-a-dia paira sobre asfamílias Portuguesas onde se assistejá a situações de verdadeira carenci-dade dos mais elementares direitos,onde cada vez há mais pessoas arecorrer à ajuda de terceiros nomea-damente de IPSS, onde os meios decomunicação social diariamente nosvão dando as tristes noticias de “maistantos desempregados” “mais umaempresa que fecha” etc., etc., etc.

Em 2005 havia uma taxa dedesemprego de 7,6 %, em 2006 - 7,7%, em 2007 já eram 8,2 %, onde ire-mos chegar?

Todos os dias ouvimos os nossosgovernantes prometerem emprego,emprego, emprego e todos os factosapontam para o contrário.

Festejar o QUÊ? J. L.

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 20088

A Problemática da substituiçãodo Bispo Castrense João José Brandão Ferreira

Medra, novamente, a maiorconfusão sobre a permanenciaou não, em funções do Sr. D.Januário como Bispo das ForçasArmadas e de Segurança, o quese arrasta desde que perfez 64anos, em 2002, altura em que oEstatuto do Serviço de Assis-tencia Religiosa das FAs, deter-minava que passasse à situaçãode reforma.

Vamos tentar dilucidar empoucas linhas uma questão com-plexa e não dispicienda de im-portancia.

Até 22/4/89,data de tomadade posse do Sr. Bispo, as FAseram servidas pelo Patriarca deLisboa, que nomeava um adjun-to da Capelania Mor, como Vi-gário Geral Castrense, podendoou não, ser bispo. Deste modo osr D. Januário foi nomeado, em25/8/89, Vigário Geral Castrense.

Mais tarde D. José Policar-po, Patriarcal de Lisboa, desde24/3/98, pediu à Santa Sé a no-meação de um Bispo Militar edas F. de Segurança, e que fossedesvinculado do Patriarcado deLisboa. Chegou até a falar emRoma, acompanhado de D. Ja-nuário, com o Cardeal Ré, sobreo tema. Entretanto a propostatinha aboborado cerca de trêsanos na Nunciatura em Lisboa...

Em 3/5/01 – a poucos mesesde D. Januário atingir o limitede idade como Vigário Cas-trense! –, Roma nomeia-o bispodas FAs e Segurança, criando-se

a suposição – já lá iremos – deque se teria também criado aDiocese com o mesmo nome.

Ora isto criou alterações desubstância, uma das quais deri-va do facto do Bispo, comoqualquer bispo depender de Ro-ma e ser um igual entre os seuspares.

Como nos habituámos emPortugal a apenas ligar ao fútil,ao fácil, às conveniências demomento e não às coisas real-mente importantes, ninguém seimportou com a assunto, até queno governo do Eng. Guterres,quiseram punir o Sr Bispo D.Januário por causa de várias en-trevistas que deu onde extrava-sou, em muito, o que a Lei daDefesa Nacional e das FAs pre-screvia, para quem vestisse umafarda, coisa que, curiosamente oBispo Castrense, nunca vestiuapesar de ser Major Generalgraduado.

Foi aí que repararam (final-mente), que o Sr. Bispo só erapassivel de ser punido.... peloPapa, por ausência de legisla-ção.

Metida a viola no saco, nãocuidaram, porém, de a produzir(existe desde há poucas sem-anas, propostas de diplomaslegais na posse do Cemgfa/Mdn,sobre o assunto). Agora voltou aestalar a “castanha”quando a ro-da da vida passou pelos 70 anosdo Sr. Bispo, o que ocorreu nopretérito dia 26/2.

Ora sendo supostamente bis-po de uma Diocese, o DireitoCanónico permite-lhe ficar atéaos 75 anos (ou mais...); poroutro lado a exigência legal decariz militar de passar à reformaaos 64 anos já tinha sido ultra-passada há seis; finalmente lev-anta-se a norma legal do Esta-tuto da aposentação da FunçãoPública (não aplicável a mili-tares), prever a reforma aos 70anos, podendo apenas abrir-seexcepção por despacho do Pri-meiro-ministro.

E aqui entronca a grandefalha de tudo: é que não sendo ahipotética Diocese Militar umaigual a tantas outras, é neces-sário fazer uma especie de inter-face entre as normas da Igreja ea Instituição Militar e as F.deSegurança, por estas terem umcaracter e fins muito próprios epeculiares, que saiem fora domunús habitual da Santa MadreIgreja. Ou seja, é necessário con-templar a existência do Serviçode Assistecia Religiosa no am-bito das leis organicas do MDN,EMGFA e Ramos, como haviado antecedente.Mais ainda, co-mo se alargou o âmbito do novelbispo às F. de Segurança torna--se ainda necessário compatibi-lizar tal assumpção com o MAI.E é isto que não se fez até agora.

Não se fez, não sabemos sepor desleixo, ignorância ou por-que não se podia fazer, dado quea Concordata revista e acordada,

em 2004,após anos de negoci-ações, foi aprovada, mas nuncaregulamentada. Ora esta falta deregulamentação constitui, aoque cremos, o principal pomode discórdia e de insatisfaçãoentre a Igreja e o Estado. Atéque ponto é que o que atrás sedisse influência o actual “statuosquo”não sabemos. Sabemos éque a actual situação não dá lus-tre a ninguém.

A complicar ainda mais ascoisas existem as maiores dúvi-das se de facto foi criada “dejure” uma Diocese Militar, ounão, pois não se conhece ne-nhum documento onde tal deci-são esteja consignada por quemde direito, ou seja o Papa.

Além do que uma diocese,apesar de não ter “território”como é o caso desta, necessitarter uma Sé; um tribunal ecle-siástico; os capelães poderemparticipar os casamentos ao civile o clero poder ser encardi nado,na sua diocese. Nada distoexiste.

Infelizmente a falta de pon-deração e tempestividade na ela-boração do ordenamento jurí-dico e legal, galopante na socie-dade portuguesa, também játocou a Igreja e a IM.

Consciente disto, o Sr. BispoD. Januário, aparentemente, atéjá pensa em mudar capelãesentre Ramos, à semelhança doque qualquer bispo faz nasdiferentes paróquias da sua dio-

cese. Esquecendo-se, muito con-venientemente, de que a FA; oExercito, a Armada, a GNR e aPSP, não são propriamente amesma coisa que a paróquia deFreixo de Espada à Cinta. Masquem será capaz de explicar istoa S. Ex.ª Revª, se há quase duasdécadas as mais altas instanciaspolitico-militares têm ignoradoolimpicamente o assunto?

Mesmo dentro da Igreja, nin-guém é capaz de dizer ao Sr.Bispo, por ex., que ele não pode,isto é, não deve – porque poderjá vimos que pode! – andar adefender, publicamente, o usode preservativo quando a hierar-quia o condena! E isto indepen-dentemente da razão que lhepossa assistir.

Creio que o “direito de ten-dência” ainda não foi instituidona Igreja, ou será que o Sr. Bis-po pretende que a mesma setransforme numa especie departido político?

Criou-se mais um nó górdioe agora ninguém sabe como odesatar. A bola anda de um ladopara o outro...

Lamentavelmente deixou-searrastar e baralhar uma questãolegal e organizativa séria, quan-do o cerne da questão, desde oinício, é muito mais prosaico ecomezinho e se resume a este: oque fazer com o senhor D. Ja-nuário?

____

TCor Pilav (Ref)

OPINIÃO

Em comunicado que chegouà redacção do Jornal de Co-ruche, o Partido Social Demo-crata de Coruche, critica vee-mentemente o abandono doPartido Socialista da Assem-bleia Municipal de Coruche nopassado dia 4 de Abril. Segundoos Sociais Democratas este com-portamento evidencia falta de

cultura democrática por partedos Socialistas, foram derrota-dos e não conseguiram suportara derrota da constituição de umaComissão para apurar a verdadedos factos sobre a construção doObservatório do Sobreiro e daCortiça.

Recordamos que a Assem-bleia Municipal de 4 de Abril,

havia sido marcada para discutiro relatório da Comissão deInquérito sobre as Obras doObservatório do Sobreiro e daCortiça, que fora constituída emAssembleia Municipal de 23 deNovembro, mas que o PartidoSocialista nunca chegou areconhecer.

A Escola Profissional deSalvaterra de Magos (EPSM)participou com grande êxito, nopassado dia 15 de Abril, numWorkshop Internacional de Co-zinha, que se realizou em Kato-wice, na Polónia. As mostras depratos gastronómicos, confec-cionados no local, envolveramchefes de cozinha de Portugal,Polónia, Dinamarca e China.Além das trocas de experiênciasa nível de métodos de con-fecção, artes decorativas, ingre-dientes e novos temperos gas-tronómicos, o evento, organiza-do pela Zespol Szkol Gastro-nomiczno - Hotelarskich (Esco-la de Gastronomia e HotelariaPolaca), serviu para se assina-

rem protocolos de cooperaçãoentre todas as escolas de hote-laria participantes. A EscolaProfissional de Salvaterra deMagos, representada por JoséPereirinha e Noélia Costa, apre-sentou aquilo que os dois chefesdesignaram por velhos saboresdo Mediterrâneo com novastendências.Como entrada, aEPSM apresentou peixinhos dazona saloia com carnes dofumeiro ribatejano e grão emprimavera. O prato principal foinaco de bacalhau em torricadocom grelos, molho de queijo deSerpa e redução de vinho doPorto. E a sobremesa foi consti-tuída por trouxinhas de ovos doalto Ribatejo e xarope de canela.

PSD de Coruchecritica abandono por partedo Partido Socialista daAssembleia Municipal

EPSM participa em WorkshopInternacional de Cozinha

na Polónia

Política LLocal

Concurso Nacional de Vinhos EngarrafadosEntre os dias 13 e 16 de

Maio o Centro Nacional deExposições, em Santarém, serápalco de mais uma edição doConcurso Nacional de VinhosEngarrafados (C.N.V.E.), ondeserão premiados os melhoresvinhos nacionais.

Os vencedores serão depoisconhecidos durante a Portu-guese Wine Fair – Festival Na-cional do Vinho (PWF | FNV),iniciativa a decorrer entre osdias 11 e 15 de Junho, no âmbitoda 45ª Feira Nacional deAgricultura – 55ª Feira doRibatejo, e que pretende retratara produção vinícola nacional epromover o encontro de produ-tores, empresas, técnicos, enólo-gos e curiosos.

Terminando o prazo deinscrições a 20 de Abril, este ini-ciativa pretende estimular a pro-dução de vinhos de qualidade,incentivar o seu consumo mod-

erado, dar a conhecer e apresen-tar aos consumidores os mel-hores vinhos produzidos nasdiferentes regiões do país, con-tribuindo assim para a Culturadeste produto.

Mais de 120 provadoresforam convidados a participarnos 10 júris do C.N.V.E. 2008,

presididos pelos mais conceitu-ados enólogos portugueses.Estes grupos de avaliadoresconstituídos ainda por escan-ções, profissionais de restau-ração, opinion makers e umreputado painel de jornalistasnacionais e estrangeiros, entreoutros, irão distinguir a excelên-

cia dos melhores vinhos com aatribuição das medalhas deOuro, Prata e Prémio Prestigioaos melhores classificados.

O concurso contará aindacom 12 provadores interna-cionais que avaliarão o “FineWines Board”, uma avaliaçãoda adaptabilidade dos vinhosaos mercados externos comoInglaterra, Estados Unidos eAlemanha. Durante o evento iráainda premiar-se “The BestCork in C.N.V.E. 2008” com aatribuição dos Prémios Prestí-gio, Ouro e Prata.

À semelhança da últimaedição, a apresentação dos ven-cedores do Concurso decorrerádurante o Portuguese Wine Fes-tival – Festival Nacional doVinho (PWF | FNV), iniciativa adecorrer entre os dias 11 e 15 deJunho, no âmbito da 45ª FeiraNacional de Agricultura – 55ªFeira do Ribatejo.

Procurando retratar a Produ-ção Vinícola Nacional, apresen-tando as principais denomi-nações e marcas do sector, epromover o encontro de produ-tores, empresas, técnicos, enólo-gos e curiosos a edição desteano do PWF | FNV irá receber avisita dos compradores da Asso-ciação Portuguesa de Empresase Distribuição (APED) assimcomo de restaurantes e profis-sionais de hotelaria que irão tera oportunidade de assistir aolançamento de novos vinhos,bem como jornadas gastronómi-cas e provas de vinho orientadaspor reputados enólogos.

Recorde-se que na edição de2007 do C.N.V.E. um júri com-posto por 103 provadores derenome nacional e internacionalclassificou 570 vinhos a concur-so, pertencentes a duas centenasde produtores, premiando 144amostras.

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 9

* Lic. em Economia

Pedro Boíça *

OPINIÃO

O Mundo parece ter-se voltado aocontrário. Duvido que alguém no Mundointeiro tenha previsto a situação deveraspreocupante, assustadora até, a que embreve nos podemos encontrar. Corremoso sério risco de se arrastar para umacatástrofe humanitária global. Uma criseque a minha geração nunca viveu, e asgerações mais velhas já quase não serecordam. E os sinais são cada vez maisfrequentes. No Afeganistão, o preço dafarinha mais do que duplicou, e isto sónos últimos dez dias. Longínquo. OBrasil decidiu impor a proibição daexportação de arroz. Estranho? NosEUA, uma cadeia de supermercados,decidiu racionar o arroz. Impensável!Tudo isto aconteceu nos últimos trêsdias! O que poderá surgir nos próximosseis? Procuram-se culpados. O BancoMundial acusa o FMI. O FMI a conjun-tura internacional. A somar os mercadosfinanceiros estão completamente destabi-lizados. Convém analisar e tentar perce-ber como chegamos a esta situação.Como é habitual nestas circunstâncias,existem várias teorias que a tentam expli-car. Há quem defenda que o motivo é oavassalador crescimento dos BRIC(Brasil, Rússia, Índia e China), que temcada vez mais necessidade de matérias-primas e fruto da sua pressão de procuraos seus preços chegam a patamares inau-ditos, provocando consequentementeinflação, a sua necessidade premente definanciamento fazem subir as taxas dejuro. (E destes o principal responsável éa China, irónico, um regime comunista, a

dar-se tão bem num sistema capitalista.) Há quem defenda que a razão é a uti-

lização do bio combustível, resultado deuma estratégia de alguns países ociden-tais que reivindicam as suas preocu-pações ambientais e fazem utilizar com-bustíveis menos poluentes, mas comotodos sabemos a principal razão é, namaior parte dos casos, o preço incom-

portável do petróleo; mes-mo a preocupação ambien-tal é posta em causa poralguns ambientalistas, se-gundo eles a utilização dosbio-combustíveis é antes debenéfica, nefasta, em vir-tude da necessidade de maisterras de cultivo e conse-quente desflorestação.

Já chegaram também aterreiro, os que justificam,pela tão terrível globaliza-ção, criadora das maioresdesigualdades, mas eviden-temente devemos verificarque nunca como agora, eem toda a humanidade semexcepção, se teve um nívelde tão elevado, é verdadeque os ricos estão cada vezmais ricos, mas também éinegável que os pobresestão cada vez menos po-bres.

Constroem-se cenários.Cada um mais assustadorque o outro. E se o petróleoatingir os cento e cinquenta

dólares por barril? E se forem duzentos?E se surgir uma crise Agrícola? Alguémconsegue imaginar o custo de vida numadestas situações? E de repente a salva-guarda da Agricultura como reservaestratégia ganha de facto outros con-tornos. Sérios demais por sinal.

Hollywood, já por diversas vezes nosapresentou projecções de um futuro ater-

rador, desertos do tamanho de conti-nentes, a vida humana a valer menos queo acesso a água, o mundo povoado pormercenários. Será esse o nosso destino?Certamente que não. Mas de vez quandoé importante conjecturar o pior dospesadelos, para podermos evitar que ahumanidade sequer chegue lá perto.

Durante demasiado tempo tomamoscomo garantido o nosso estilo de vida,terá chegado o momento de reavaliarmoso nosso comportamento e tomar real-mente atenção às notícias que o Mundonos vai trazendo. Não pretendo de formaalguma ser alarmista, mas que temosobrigatoriamente repensar o nosso com-portamento, não tenho dúvidas.

A chave do nosso sucesso, é estarmais informados, mais atentos, maisinconformados. Estabelecer princípios eregras bem definidas, de actuação, deintervenção, sermos fiscalizadores dasinstituições.

Não podemos esperar que tudo seresolva sem a nossa humilde partici-pação. Participar é ter sempre umapalavra a dizer. Participar é construir ofuturo.

Passam quarenta anos do Maio de 68,no meio de um fulgor económico nuncaantes verificado, na França libertária deDe Gaulle, estudantes universitários,uma geração inteira, vão para a rua,fecham-se em edifícios públicos, sabemque há mais que dinheiro nos bolsos,acreditam no sonho.

Quem diria, vejam só onde esta gera-ção nos trouxe.

Surpreendente? Ou Talvez não.

Um sinal de expressão popular, um “desabafo”

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 200810

João Alarcão Carvalho Branco *

IDENTIDADE

Quando em 2004 o Campeo-nato do Mundo de Futebolentrava na sua última fase, umjovem estudante, Bernardo Teo-tónio Pereira, desdobrou-se emtentativas de conseguir devolveraos portugueses o entusiasmode proclamarem em público oamor que tinham a um dos maisfortes símbolos nacionais: anossa Bandeira.

Escreveu cartas a meio mun-do sugerindo que fôssemos con-vidados a colocá-la nas janelas.Que as tirássemos do coraçãoonde estiveram guardadas du-rante as décadas em que exibi-las em público, substituindo-asàs dos partidos políticos, eraproclamado fácismo pelo jaco-binismo burguês disfarçado derevolucionário.

Dos dirigentes políticos ins-talados à vez na (in)gestão dosdinheiros europeus com que nãoconseguiam debelar o descala-bro económico, não obteve qual-quer resposta.

Apenas Marcelo Rebelo deSousa, na TV, e Luis Felipe Sco-lari, do alto do seu eficientedesempenho no comando daselecção nacional, lhe pegaramna palavra. O resultado foi mag-nífico.

Através dos sucessivos ape-los deste último assistimos àqui-lo que nem Ministros da Edu-cação, nem da Cultura, nemquaisquer outros, tinham sabi-do, ou querido, fazer: o povo

português exibindo orgulhoso abandeira que actualmente tem ecantando de pulmões abertos oHino dedicado a D. Miguel II naépoca do Mapa Cor-de-rosa, eque a República depois apro-veitou para Hino Nacional.

Em contraponto a este salu-tar e equilibrado amor aos Sím-bolos colectivos, tão receosa-mente aceite pela ultrapassadaclasse política, vimos agora sur-girem e ressurgirem ataques aum outro Símbolo da Históriade Portugal: O Duque de Bra-gança, representante dos Reisque durante 8 Séculos, não sósmas em conjunto com a totali-dade do povo português, projec-taram o nome de Portugal pelosquatro cantos do mundo.

Com patéticas situações dotipo o Rei e Eu, ou o Rei sou Eu,apareceram-nos umas persona-gens que, com ares teatrais, sedesdobraram em ataques à CasaReal Portuguesa, património detodos nós. Num frenesim quenem deixa perceber quem équem, quem quer o quê. Um,um italiano de seu nome “Don”Rosário Poidimani, dizendo-se“Rei de Portugal” porque umasenhora lhe vendeu falsos direi-tos a ter as chaves do Reino.Mais ou menos como na nossainfância a malandragem lisboetavendia aos papalvos que vinhamà capital a Estátua de D. José, oTerreiro do Paço, ou os própriosEléctricos que iam passando.

Outro, o herdeiro de umaantiga família portuguesa aquem dois ou três amigos pre-tenderam dar voz de contesta-ção aos direitos aceites de DomDuarte, Duque de Bragança.

Mas, afirmarão aqueles quetiverem paciência para tais pa-lhaçadas: sendo estes últimosportugueses, certamente ataca-rão o incrível e quase inexplicá-vel italiano Poidimani, quecomeçou agora a ser julgado porburla em Itália, com mais vio-lência do que ao Duque de Bra-gança.

Nada mais errado! Nem se-quer combatem, convivem. Se-não vejamos a alegre sintoniacom que estes pretensiosos, oitaliano e o português, e seusapoiantes, se juntam em terrasdo velhíssimo Império Romano.Braço dado com o insólito aquios vemos, sorridentes e felizes,quando não sonhariam aindaque as ditas fotografias fossempostas a circular em inúmerosFóruns da Internet, inclusiva-mente no do PPM.

Não se sabe o que lamentarmais, se o azedume com que pu-blicamente atacam quem nãodeviam, se a irresponsabilidadeinfantil com que não atacamquem merecia.

Em qualquer dos casos, umtriste sinal dos tempos.

____* Investigador histórico

Em Itália: A surrealista figura de “Don” Rosário Poidimani, que começou a serjulgado por burla na passada semana, com Nuno da Camara Pereira autor da obra

“O usurpador”.

Dois pretendentes sui generis: o herdeiro da Casa Loulé, e o inacreditável “Don”Rosário Poidimani, ladeados pelo filho do segundo (de Cachecol) e pelo intitulado

“porta-voz” (para quê, valha-nos Deus) do primeiro.

Fotos retiradas do site do PPM (Partido Popular Monárquico)

Símbolos NNacionais ee SSinais ddos TTempos

A Escola Secundária com o 3.ºCiclo do Ensino Básico de Co-ruche, em colaboração com a Câ-mara Municipal de Coruche, vairealizar nos dias 9 e 10 de Maio de2008 uma actividade designada“Astrobio – do universo ao ho-mem” na qual se pretende abordarvários aspectos da alimentaçãohumana (hábitos alimentares sau-

dáveis, alimentos biológicos, coz-inha saudável, utilização de plan-tas aromáticas, medicamentos na-turais), alguns rastreios e estilos devida saudáveis.

Paralelamente realizam-se vá-rias actividades de astronomia.

Esta actividade é dirigida à co-munidade escolar e a toda a popu-lação do concelho.

Escola Secundáriade Coruche promove

actividade sobrealimentação saudável

No dia 27 de Maio de 2008 o projecto “Educar para ofuturo – programa ser criança” da Cáritas Paroquial deCoruche irá realizar no Auditório José Labaredas, doMuseu Municipal de Coruche, um Colóquio com o tema“Ser Criança... Não fique indiferente!”.

Este colóquio contará com a colaboração de váriostécnicos ligados à intervenção com crianças e jovens,bem como à intervenção com famílias e pretende dar aconhecer à população de Coruche o trabalho desenvolvi-do pelo projecto, em dois anos e meio de existência.

Colóquio “SerCriança… Nãofique indiferente”

Cáritas Paroquial de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 11

“O Farnel” éum dos

restaurantesque

mais uma vezparticipa

no certamegastronómico“Os Sabores

do ToiroBravo”,

comtoda a sua

experiênciae dedicação.

2008

O 11.º dde MMaio!Estava decidido acompanhar

uma das manifestações do 1.º deMaio, sentir a actualidade daconjuntura Nacional, moção decensura do PC na AR por causado código de trabalho, o desem-prego a níveis que começam aalarmar, o trabalho precário a afec-tar cada vez mais os jovens queingressam no mercado laboral.

Um grande dia Primaveril,Sol em vez da chuva costu-meira, enfim tudo a convidar aofervor contestatário. A escolhanão era fácil, as duas centraissindicais, obviamente, tinhammanifestações marcadas.

A UGT, em vez de Belém,descia, do Marquês ao Rossio, aCGTP, subia, do Martim Monizà Alameda. Estão mesmo deci-didas a nunca se encontrar.Opção um, descer a Avenida, ada Liberdade, parecia à partidamais simbólico. Descer a Liber-dade, numa manifestação detrabalhadores, no 1.º de Maio.Opção dois, apreciar o espalhafa-to esquerdista da CGTP. Opçãoum. Mais sensata.

Foi realmente o que estava àespera, uma grande caminhada,vinte a vinte e cinco mil mani-festantes, segundo a polícia.Sindicatos de Norte a Sul doPaís, ambiente de festa, de con-

testação, claro. As frases desempre, com mais força e entu-siasmo, mas as de sempre. Cabe-çudos, Zés Pereira, compunhama romaria. Várias pessoas sen-tadas ao longo da Avenida, deolhos bem atentos como de umdesfile se tratasse, mas vagos deesperança, talvez procurandoreencontrar o alento naquelevago fervor contestatário. Per-corrida a Avenida, felizmentemenos poluída do que habitual-mente, eis chegados ao Rossio.Um grupo musical ia animandoas hostes. Manifestantes extenu-ados da caminhada, perdiam-sepelos cafés para restabelecer agarganta ressequida de tanto gri-tar. Merecido. Recompostos nocorpo estavam prontos para

ouvir as palavras do Secretário-Geral, João Proença. Aindaantes do discurso, esperava-meuma surpresa, o principal orga-nizador de toda aquela grandemanifestação na Capital, eranem mais que um conterrâneonosso, o José Meirinho, é sem-pre uma alegria ver um Coru-chense destacar-se. ObrigadoMeirinho.

Antes do principal oradortomar a palavra, não pude dei-xar de notar num sinal evidentedo excessivo poder mediático,entre o púlpito e o público, astelevisões formavam uma bar-reira, os manifestantes não viamo seu Secretário-geral, e duvidoque este conseguisse ver muitomais que as bandeiras. Sacrifí-

cios necessários. João Proença,no seu discurso, destacou a pre-cariedade do trabalho que cadadia afecta mais Portugueses, odesemprego sem sinais deabrandar, falou especialmenteaos professores que, recorde-se,recentemente chegaram a acor-

do com o governo, estes respon-deram efusivamente. Sentindoque tinham ganho a batalha.Não deixou de sinalizar o PS,“fazemos acordos com os go-vernos de todas as cores políti-cas”. Ainda que subtilmenteaflorou, que a sua central nãoera como a outra, também sabiafazer acordos tripartidos, nãosabia só manifestar-se, tambémsabia negociar. Ao que se vaicomentando está a preparar-seuma greve geral, a UGT parecenão estar para aí virada. Findo o

discurso, cantou-se o hino. Osautocarros já esperavam paralevar toda a gente de volta acasa, de Norte a Sul do País.Cansados, mas satisfeitos com odever cumprido.

____Pedro Boiça

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 200812

Num barco que não construíFeito de lágrima e gritosCom motor do coração

E velas de homens aflitos

Meti-lhe dentro a ilusãoOs sonhos e as amarguras

Lancei-o ao mar das tormentasNa vida das nuvens escuras

Levei comigo a guitarraE o sonho que acalentavaNa ancora uma corrente

Onde as magoas amarrava

Perdi o controle do tempoMeu barco no mar se perdeu

Deixei-o ir com o ventoO seu destino era o meu

Fui parar em terra santaEm terra que Deus pisouPeguei na minha guitarraCantei o que Deus pregou

Meu barco tomou o rumoDei costas virei ao mar

Acordei e esfreguei os olhosE vi que estava a sonhar.

Guilara

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No passado dia 25 de Abrilfoi inaugurado na freguesia daFajarda um recinto Polides-portivo destinado fundamental-mente à população escolar dafreguesia, numa faixa etáriaentre os 5 e os 15 anos.

O polidesportivo será desti-nado à prática informal dedesporto devido às suas dimen-sões. Medidas essas que estãoestabelecidas pela Federação eque não podem ser alteradas.

Está inserido num terrenocom cerca de mil e quinhentosmetros adquirido pela CâmaraMunicipal, junto da escola Pri-mária; segundo Dionísio Men-des, Presidente da CâmaraMunicipal de Coruche “o localfoi escolhido porque reunia ascondições necessárias, e porqueestá projectada uma futuraampliação do espaço escolar”referiu ainda, que “este espaçotambém serve a restante popu-lação fora do horário escolaruma vez que o seu acesso éindependente do acesso à esco-la”.

Um projecto lançado pelaFederação Portuguesa de Fute-bol, que contemplou o Conce-lho de Coruche com dois Poli-desportivos, um que será breve-mente inaugurado e que se situajunto às piscinas Municipais deCoruche, e às escolas do ensinopreparatório e secundário; e oque foi inaugurado na Fajarda,freguesia escolhida por ser a quemais cresce em termos popula-cionais e onde habitam maisjovens.

A participação da CMC foi aaquisição do terreno e a prepa-ração da base em betão, o resto

da estrutura foi suportada pelaFederação Portuguesa de Fute-bol e pelo Banco Espírito Santo.

De referir ainda que será aautarquia que irá assegurar amanutenção do espaço.

O Presidente da Autarquiareferiu que “inicialmente aindase colocou a hipótese deste Poli-desportivo ficar situado junto aoparque das merendas num ter-reno da Junta de Freguesia, masapós conversação com a Juntade Freguesia chegámos à con-clusão que este seria essencial-mente para servir a populaçãoescolar e este seria o melhorlocal. Também a Junta de Fre-guesia mostrou algumas dificul-dades na colocação naqueleespaço devido à manutenção,numa zona com muitas árvorese muita folhagem...”

O presidente da Junta deFreguesia da Fajarda – IlídioSerrador mostrou-se um poucoindignado com toda a situaçãouma vez que a Junta de Fregue-sia não teve qualquer infor-mação formal acerca da mudan-ça da localização deste Polides-portivo, inicialmente previstopara terrenos da Junta.

Adiantou ainda que este foiassunto discutido na últimaAssembleia de Freguesia, e queum grupo de trabalho men-cionado pela assembleia irábrevemente solicitar esclareci-mentos à autarquia acerca dasituação e mostrar o desagradopela forma como a Junta de Fre-guesia foi ignorada no decorrerdo processo de candidatura parao Polidesportivo, uma vez queinicialmente foram utilizados oscomprovativos da posse dos ter-

renos da Junta de Freguesia.Ilídio Serrador, manifestou

também a vontade de se candi-datar à construção de um campoMultiusos com medidas oficiaispara servir toda a população daFreguesia, inclusive as associ-ações. Este um assunto que oPresidente da Câmara Munici-pal de Coruche recusou comen-tar para já.

Para os representantes daFederação Portuguesa de Fute-bol, da Associação de Futebolde Santarém e do Banco Espíri-to Santo, presentes na inaugu-ração o objectivo principal destetipo de iniciativas é o incentivoà prática desportiva, e o apoio àsociedade para a criação dasmelhores condições para a práti-ca.

Também nesta inauguraçãoestiveram presentes algumasdezenas de populares que mos-traram satisfação com a aberturadeste espaço.”...acho que nãosão só os jogos oficiais que sãoimportantes, uma vez que esta-mos a falar de desporto e odesporto faz falta sobretudo aosjovens...e este espaço é tambémuma mais valia para a freguesiada Fajarda...e o local é o ideal...”– As palavras de José Claro, umdos populares da freguesia.

População Escolar da Fre-guesia ganhou assim o localideal para a prática desportiva,enquanto a restante faixa etáriaaguarda a construção de umnovo espaço com o mesmoobjectivo mas com dimensõessuperiores.

_____Mafalda Fonseca

FAJARDAGanhou Polidesportivo

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 13

Jornal de Coruche (JC):De onde te surgiu a ideia e acoragem para esta curta-me-tragem?

Miguel Santos (MS): Tomeiconhecimento do concurso atra-vés dum amigo. As ideias foramaparecendo e só comecei a pre-pará-las pouco tempo antes defilmar. Muito do que se vê noresultado final é fruto de impro-viso, da interacção da imagina-ção com o meio e do mesmocom as personagens. Basicamen-te só o cerne da história é queestava definido e escrito, masnunca parei de ter novas ideiasao ponto de querer ter realizadomais do que as duas curtas queapresentei, não sendo possíveldevido ao prazo imposto.

JC: Em relação aos actorese á própria filmagem em si,como e em quanto tempopreparaste tudo?

MS: Foi bastante rápido, e apreparação prévia dos actoresfoi nula. Os meios eram escas-sos e usar uma câmara de tele-móvel não ajuda, por isso usou-se a imaginação e todos osartifícios possíveis.

Filmar em sequência foi umaprioridade, para ajudar ao fluirda criatividade e à envolvênciados actores com o espírito quese pretendia. Devo dizer que foióptimo ter amigos que estavamdispostos a passar horas semparar a filmar, algumas vezes aofrio e de tronco nu com vermesna pele. Raramente houve umapausa, foi sempre a correr, a vi-sualizar os planos e a ilumina-ção no momento. Fiquei combastante mais tempo de vídeoque os permitidos 3 minutos,logo tive de cortar bastantehistória, e essa foi a parte maisdifícil do processo. No conjun-to, foram 5 horas de filmagem

ininterruptas de tarde até à noite.Depois fiz a edição e pós-pro-dução no dia seguinte. Ou sejaem menos de dois dias completeia curta, e pelo que li de outrosfinalistas, foi em tempo record.

JC: Esperavas chegar asfinais?

MS: Sinceramente, e nãoquerendo parecer arrogante, sim,esperava. Aliás, não teria parti-cipado se não tivesse já umaenorme confiança em comoseria seleccionado para a final.Confiança essa reforçada ao veralguns dos vídeos de outroscandidatos, e aperceber-me, atémesmo antes de começar a fil-mar, que as minhas ideias e aimagem que tinha das mesmaseram melhores que as demais.

JC: Manoel de Oliveira,Bergman, Akira Kurosawa,Gus Van Sant ou João CésarMonteiro... fála-me das tuaspreferências e estilo...

MS: Após ter crescido adevorar tudo o que era filme novideoclube e no cinema, nosúltimos anos tenho vindo a apai-xonar-me pelo cinema asiático:

Shinya Tsukamoto, Takeshi Kita-no, Chan-wook Park, TakashiMiike, Kioyishi Kurosawa, Sato-shi Kon, Kim Ki-duk, Wong KarWai e claro, o mestre Akira, sópara citar alguns realizadores queadmiro bastante. Não só pela di-ferença cultural e o modo comoas personagens se expressamcom mais subtileza e retraimen-to, mas também como conse-guem ser exacerbados no rom-pimento das regras. Seja pelaestilização, pelo surreal, ou pelacinematografia poética, conse-guem cativar-me, mantendouma verosimilhança que nosaproxima daquilo que estamos aver.

Para esta curta, e conside-rando o género específico doconcurso, creio que as influên-cias mais notórias provêm derealizadores como John Carpen-ter, Hideo Nakata, Sam Raimiou Takashi Shimizu. Não possodeixar de referenciar também oKubrick, David Lynch, ClintEastwood e o Roman Polanskicomo realizadores que respeitoimenso e serão sempre uma

influência para mim.JC: Com a globalização no

ar, a política à cabeça dos con-flitos vão surgindo mais emais documentários de pro-testo como os de Michael Moo-re ou por outro lado por exem-plo o polémico filme anti-is-lâmico do deputado holandêsGeert Wilders que tanta ten-são está a gerar entre oriente eocidente, preferes ver o cine-ma como instrumento políticoou simples deleite dos sentidosno seu sentido mais artístico?

MS: Aprecio documentá-rios, até mesmo como um modode entretenimento, porque mui-tos não escapam ao sensaciona-lismo. E procuro não os levardemasiado a sério. No entanto,não gosto que questionem e aomesmo tempo respondam pornós. Se há algo que não procuronum filme, seja que género for,é a sensação que nos estão aestupidificar, e que não nos fa-zem pensar e absorver o conteú-do por nós mesmos. Por isso,primeiro que tudo, que seja umdeleite para os sentidos, o resto

será a marca pessoal que oespectador leva consigo.

JC: Até onde esperas ircom a arte de filmar?

MS: Só comecei há menosde um ano, após um percursoconturbado por diversos cursossuperiores que na realidade pou-co me diziam, e foi preciso depa-rar-me com a efemeridade da vi-da para mudar de rumo e seguirum dos meus sonhos.

Apesar de ter noção que optarpor um percurso artístico nestepaís é difícil, nunca hei-de pararde desenvolver as inúmerasideias que vou tendo ou que seme apresentam. Tenho mais pro-jectos em mente, mais ambi-ciosos, um deles já com guiãofinalizado, e outro que se encon-tra numa fase de desenvolvimen-to inicial. Também tenho trocadoe-mails com vista a ir para oJapão durante umas semanas eparticipar, pela aprendizagem, naequipa dum filme independentede um dos meus realizadoresfavoritos. Veremos se consigoconciliar tudo nos próximosmeses. Por agora resta-me irescrevendo, compondo, inter-agindo e aprendendo.

Resta-nos desejar Boa sorteao Miguel Santos na final doconcurso. Para ver ou rever asduas curtas (a finalista e a con-corrente) visite os sites:

Oneiros (a finalista)http://videos.sapo.pt/Y6kMko9f7c6T4PW9Y1ms

Contiguidadehttp://videos.sapo.pt/uNmPdvKIJZlV3Ph6Ms3Y

____Por: Luís António Martins

E N T R E V I S T A

Miguel SantosFomos ao encontro do autor do mais recente sucesso cultural do concelho.

Miguel Santos, 25 anos, natural e habitante de Coruche, aluno da “Restart” Escola de Criatividade e Novas Tecnologiasno curso de realização está nas finais do concurso “Curtas Fantásticas TMN: Salta para o Grande Ecrã”

inserido no Fantasporto, com um de dois projectos seus, feitos com meios amadores mas uma vontade profissional de tão pura.Seleccionado por entre umas centenas de concorrentes ao nível ibérico, o Miguel vê aberta a possibilidade de ganhar um curso

de realização em New York ou um estágio numa conceituada produtora portuguesa, até lá já chegou pelo menos à presençana final que será no Porto num evento organizado pela TMN onde serão divulgados os vencedores.

Uma sugestão à Câmara Municipal de CorucheA CMC teve a feliz ideia de colorir as pontes do Vale do Sorraia.

O Jornal de Coruche sugere que sejam os munícipes as escolher as cores. Será uma excelente formade participação cívica. Sentiriam, seguramente, as pontes ainda mais próximas.

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 200814

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 15

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Quem quiser abranger comum só olhar a vila ribatejana deCoruche e a sua lezíria devesubir ao santuário da invocaçãode Nossa Senhora, no outeiroonde outrora se erguia um caste-lo que a toponímia do lugar pre-serva.

Aí o silêncio impera, o es-pírito repousa e, acompanhadospela Padroeira deste povo devocação agrícola, podemos vis-lumbrar a alegre Princesa doSorraia, em cujo casario pontifi-ca a barra de azul celeste, debru-çada sobre as águas que fecun-dam os seus campos.

Ali mesmo à nossa frente seestende ao sol estival a verdelezíria, onde dos solos lusitanosmais úberes emergem para a luzviçosas searas de arroz que só aabundância de água permite,fruto do labor que não olha acanseiras destas obstinadasgentes, sob a bênção do Criadorque tanto nos ama.

E o calor do sol do verde fazoiro e quando a brisa que anun-cia o Outono se levanta a planí-

cie de dourado se reveste, cheiade espigas que irão ser o susten-to que o corpo requer.

Ao longe, uma mancha deum verde carregado se afirma: éa charneca onde o sobreiro é reie o pinheiro manso, de coparedonda, é formosa companhia.De árvores tão imponentes sou-be o engenho humano tirarproveito, revelando-se-lhe as-sim segredos e prodígios daDivina Criação, pela qual bra-ços ao Céu devemos louvar, tan-tas são as graças que sempreestamos a receber.

Do sobreiro aprendeu ohomem coruchense a extraircom mestria a sua casca, a cor-tiça, símbolo de riqueza, queprotege e dá conforto, e da qualé esta região líder na produçãomundial.

Do pinheiro manso colhe,corajoso, as suas sementes, deli-cioso aperitivo hoje tão procura-do.

E nas festas de Agosto, emhonra da Mãe, a quem humilde-mente estes seus filhos chamam

Senhora, ainda se recordamtempos áureos com a passagemdos toiros bravos pela várzea,guiados sem temor pelos cam-pinos de pampilho aguilhoantesempre em riste.

E pode acontecer que onosso olhar se cruze com umvulto branco a esvoaçar, embusca do alimento que os can-teiros de arroz têm guardado.São as cegonhas brancas, deporte altivo, rainhas das avesdeste recanto.

E se a 15 de Agosto alguémàquele santuário subir verácomo o olhar destas gentes sefixam na Senhora que dos Céusé Rainha, e em devota procissãoa seguem, Guia das suas vidas,Luz para um novo ciclo que seinicia.

(texto lido na 14.ª Pere-grinação Nacional a Fátima dasMissionárias Reparadoras doSagrado Coração de Jesus)

____* Investigador histórico

Um olhar sobreCoruche

No próximo dia 18 de Maioo Centro Cultural de Samora-Correia irá receber um espec-táculo de variedades onde asreceitas irão reverter a favor dajovem Vânia Correia.

Este espectáculo conta jácom diversos nomes do panora-ma Musical Português, entreeles a conceituada artista Cidá-lia Moreira.

Tem início marcado para as15 horas e as entradas custam osimbólico valor de 5 Euros. Umespectáculo a contar com aorganização da Amiga de Vâniae de todos... a Poetiza deSamora-Correia, – Piedade Sal-vador..

Vânia Correia, ainda contin-ua internada no centro de recu-peração de Alcoitão onde rece-beu um tratamento à base deinjecção de toxinas nas paredesda bexiga, o qual correu bem eem principio irá resolver par-

cialmente o problema, temcomo objectivo aumentar otamanho da bexiga, aumentan-do assim a capacidade de con-trolo.

Vânia ainda continua inter-nada até ter a certeza da eficáciado tratamento.

Para uma nova ida à clínicaem CUBA.

Vânia Correia agora precisade nova ajuda.

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Vânia Correia conta consi-go. Ajude quem precisa! Sejasolidário.

Vem aí mais uma edição da Escola em Festa,uma iniciativa que já faz parte do calendário cul-tural de Coruche.

Trata-se de uma montra privilegiada de todas asactividades desenvolvidas ao longo do ano pelosestabelecimentos escolares do concelho. Mas émais do que isso, com a qualidade dos espectácu-los apresentados tem conseguido afirmar-se comoum ícone cultural.

O ano passado o DZRT encheram o Parque doSorraia, para este ano espera-se mais uma enormesurpresa.

Fique atento à programação definitiva…

Espectáculo deVariedades afavor de VâniaCorreia

Escola em Festa

____Mafalda Fonseca

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 200816

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(parte II – última)

A CRIANÇA DOS SEISAOS NOVE ANOS

A partir dos seis anos a cri-ança entra numa fase de grandesadaptações ao envolvimento,nomeadamente pela importân-cia que a entrada para a escolairá adquirir.

Nesta etapa metade da suavida centra-se nas aprendiza-gens escolares, através da par-ticipação decidida no processode socialização e com a autono-mia em relação aos pais.

Mesmo podendo não ser oseu primeiro dia de escola o iní-cio do primeiro ciclo tem ocunho de algo diferente. Se até àpouco era uma criança que brin-cava na aula, tem agora queficar sentado e com muitaatenção.

O professor é agora maisexigente e quer que a aprendiza-gem seja visível. A disciplina naaula torna-se imprescindível ejá não lhe são permitidos gritose correrias. A diferença é aindamaior se é a sua primeira exper-iência escolar. A adaptação vaiexigir um esforço de todos.

Entre os seis e os sete anos,a criança já come sozinha, maslimita-se a poucas comidas.Não costuma mostrar dificulda-des na hora de se deitar e dormebem, embora possam surgiralguns pesadelos.

Já consegue vestir e lavar-sesozinha mas gosta que a aju-dem. Inicialmente tem dificul-dades de adaptação à nova esco-la, mas gosta de ler e fá-lo com

alguma facilidade. Estabelecerelações de dependência com osprofessores que se convertemem personagens importantes.

Com o tempo vai-se adap-tando e reconhecendo as dife-renças entre a casa e a escola. Acriança já percebe relações deproporcionalidade e utiliza sím-bolos semi-abstratos.

Também compreende a dife-rença entre o bom e o mau. Temuma melhor noção do tempo eestabelece seriações.

Começa a interessar-se porjogos de mesa (cartas, dominó,etc.), e se a deixarem passa mui-to tempo a ver televisão. Tempreferência por desportos degrupo e aceita as normas, masrapazes e raparigas separam assuas brincadeiras.

Os pais são ainda indes-trutíveis. A criança mitificou-os,imaginando-os cheios de todasas qualidades e capazes de darresposta a tudo. Com efeito atéesta altura, os pais foram comodeuses para as crianças que, apartir dos sete anos, começam atornar-se incrédulos: agora ospais respondem umas vezes emuitas outras não têm resposta.

As crianças percebem queos seus pais não são os mágicosque elas pensavam. Aos seteanos a criança é mais reflexiva ecomeça a interessar-se porquestões transcendentes: Deus,a morte, a vida....

Nos dois anos que se se-guem a criança começa a esta-belecer melhor relação com oprogenitor do seu próprio sexo,

imitando o seu comportamentoe querendo colaborar nos seustrabalhos.

Ajuda nas tarefas caseirasembora se queixe do trabalho ereivindique o seu próprio espa-ço na casa. Começam a ser fre-quentes os conflitos entre ir-mãos. À refeição já vai aceitan-do novos pratos.

Pode começar a sentir pudorpela sua nudez e gosta de esco-lher a sua roupa, estando maisconsciente do seu aspecto exte-rior.

A escola torna-se um mundosó seu e por vezes a opinião dosprofessores torna-se mais im-portante que a dos pais. Aceitaas normas mas opõe-se quandosente que não são justas.Interessa-se por todos os assun-tos procurando saber como eporquê.

Tem capacidade para orde-nar e classificar. Gosta de colec-cionar. Cada vez tem mais jeitopara o desporto, gosta de com-petição e reage, por vezes, comintensidade consoante ganhe ouperca.

A partir desta altura estãoadquiridas as competências ba-se que permitirão à criançaenfrentar os futuros e complica-dos anos da adolescência.

ATENÇÃO

• Nem todas as crianças sedesenvolvem dentro das faixasetárias descritas nos livros erevistas e outras não passam portodas a etapas do desenvolvi-

mento – Há crianças que apren-dem a andar sem nunca gati-nhar.

• Se a criança apresentaalgum indicador de inadaptaçãoao ambiente familiar e/ou esco-la procure saber se os proble-mas estão na criança ou na real-idade que a envolve.

• Os primeiros anos de esco-la são o momento ideal para odespiste precoce de algumasdificuldades, pois é nesta alturaque muitas delas se expressão.

• Se for diagnosticado algumdesvio do desenvolvimento,todos os contextos em que a cri-ança se encontra inserida (famí-lia, escola, actividades extracurriculares) devem ser infor-madas e tem de ser realizadoum esforço conjunto na imple-mentação de estratégias deintervenção no sentido de aju-dar a criança a minorar e/ouultrapassar as suas dificuldades.

• A imaturidade não é sinón-imo de dificuldade/problema.Dê tempo ao seu filho paracrescer!

• Não confunda falta de re-gra com patologia/doença/pro-blema.

PROCURE SABER

• Se se sente preocupada(o)com algum aspecto do desen-volvimento/comportamento doseu filho procure falar com aescola ou técnicos de outro con-textos onde a criança se encon-tre inserida para ver se tambémaí se verificam. É indispensável

falar com médico assistente doseu filho, dos seus anseios, econjuntamente avaliarem adimensão do problema.

• Alguns indicadores dealterações de desenvolvimen-to/comportamento:

• No ambiente escolar, a cri-ança, não consegue acompan-har as exigências da sala em queestá integrada (ex: a criança nãose consegue manter sentada arealizar as tarefas que o exigem;a criança não se interessa pelasactividades propostas peloseducadores/professores).

• No ambiente social (esco-la) a criança brinca isolada-mente, não se relacionando comos seus pares.

• A criança apresenta umaaltafrequência de comporta-mentos desviantes (agressivi-dade, birras, comportamentosdisruptivos).

• Por fim, procure saber se oseu filho ouve e vê realmentebem. Muitas alterações dedesenvolvimento/comporta-mento devem-se a défices sen-soriais não diagnosticados.

A QUEM PODE RECOR-RER

Médico de Família, Pedia-tra, Pedopsiquiatra, Psicólogo,Técnico Superior de EducaçãoEspecial e Reabilitação.

* Psicólogo Clínico e SexologistaHospital de Santa Maria, Lisboa

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 17

Foram constituídas 45 equi-pas e cerca de 800 pessoas ins-creveram-se neste Projecto queteve o seu lançamento em 28 deOutubro 2007, culminou numagrandiosa festa, numa tendamontada no Parque das Tílias,junto à Praça de Touros.

Estima-se que por lá tenhampassado cerca de 18 mil pessoasnuma festa que começou às9.30h da manhã e que continuoutodo o dia até de madrugada.

Tudo começou com umaarruada ao som da Banda Mar-cial de Almeirim onde os Ca-minhantes Pela Vida convida-vam a população a aderir à festa.Chegados à tenda com a Voltados Vencedores, feita unica-mente por sobreviventes ao can-cro, mostrou-se a todos que épossível ter um cancro e sobre-viver e que o caminho mais cur-to para a cura é a prevenção.

De salientar, que esta Voltafoi feita na companhia da Res-ponsável Local pela projecto emAlmeirim, Maria do AmparoCid, da Coordenadora RegionalSul, Rita Teles Branco e do Pre-sidente da Câmara ProfessorSousa Gomes, os três sobrevi-ventes à doença e que segura-vam uma faixa onde se podia ler“Somos Vencedores”.

Meia centena de pessoasseguiam atrás e desde este mo-mento e durante cerca de 16horas essa Pista da CaminhadaPela Vida nunca mais estevesem gente. Foram muitos os quese juntaram nesta caminhada,num ambiente de festa ondealém da Caminhada se podiam

ouvir artistas a cantar, ranchosfolclóricos em actuação, onde sepodia comprar artesanato, adqui-rir esculturas e pinturas ofereci-das por artistas de renome paraque se angariasse fundos queapoiassem o trabalho da LPCCno combate à doença.

Outro ponto alto da festa

aconteceu por volta das 22,00 hcom a Cerimónia das Luminá-rias. Mais de 2000 luzes foramacesas em honra ou memória dealguém, vítima desta doença.

Ao som da guitarra portu-guesa de Custódio Castelo foideclamado o Poema Magnificatde Miguel Torga.

Em seguida, foi dado um tes-temunho de uma jovem sobre-vivente ao cancro que contou oseu percurso desde a descobertada doença, aos tratamentos aque foi submetida. Depois disso

foi feito um minuto de silêncio.Foi sem dúvida um momento demuita emoção para todos os quepuderam participar nesta festa.

Numa altura em que as esti-mativas apontam para que 1 emcada 4 pessoas venha a deparar--se com a doença em algum mo-mento da sua vida, torna-se ur-gente mostrar a todos que o ca-minho mais curto para a cura docancro passa certamente pelaprevenção e por uma mudançade atitude perante a doença.

Educar para a prevenção,mudar mentalidades e CaminharContra o Cancro Pela Vida, é omote deste movimento que jáexiste em 26 nações por todo omundo e há mais de 22 anos.

Portugal Caminha contra oCancro, desde 2005, numa mar-cha pela vida que avança portodo o País e que mesmo antesda Festa de encerramento doEvento de Almeirim, já avançoupara Moura, onde celebrará asua Festa de Encerramento a 14de Junho 2008.

11º “Um Dia pela Vida” em AlmeirimRealizou-se no passado dia 15 de Março em Almeirim a festa de encerramento do 11º evento

“Um dia pela Vida”.

Num acordo entre o Município de Coruche e as Farmácias Higienee da Misericórdia, ficou estabelecida uma parceria que permitedescontos na aquisição de vacinas de prevenção contra o colo doútero.

Trata-se de um esforço mais que meramente simbólico entre asvárias entidades.

Na Farmácia da Misericórdia os preços das três doses serão repar-tidos por 8.02€, 16.04€ e 24.06€ respectivamente.

Na Farmácia Higiene cada dose terá o preço único de 14.04 €.

Após vários meses deinvestigação a GNR de Coru-che deteve dois suspeitos devários roubos, no acto dadetenção conseguiu recuperaralgum material na posse dosarguidos.

Suspeitos de diversos rou-bos, as forças de autoridadeconseguiram detê-los, por uti-lizarem sempre o mesmo mo-do de operar, seleccionando

para alvo viaturas estacionadasem zonas comerciais, de lazere cemitérios. A operação efec-tuada é já familiar das autori-dades, com a execução de umpequeno furo no canhão daporta, e depois subtraindo todoconteúdo do veículo. A GNRvolta a renovar o alerta, para osmais incautos nunca deixaremobjectos de valor à vista dostranseuntes.

Farmácias de Coruchena luta contra o cancro

do colo do útero

GNR de Coruchedeteve suspeitos

de roubo

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 200818

Do ponto de vista da tec-nologia houve uma substancialtransferência de tecnologias soba forma de conhecimentos,equipamentos, técnicas e méto-dos de gestão derivados de ummais estreito, frequente e maisfácil contacto entre os técnicosportugueses e estrangeiros, dospaíses mais desenvolvidos.

Do ponto de vista educativoalargou-se a escolaridade obri-gatória de seis para nove anos,aplicadas às faixas etárias entreos 6 e os 15 anos, tendo-se ataxa de escolarização, no 3ºciclo, expandido de 64%, em1985/86, para 85% em1994/1995, enquanto que nosecundário a taxa crescia de 36para 58%. Na agricultura embo-ra o número de explorações,entre 1986 e 1996 tenha caídocerca de um terço, houve umaumento de 16% da produçãoagrícola tendo grande parte daexpansão sido devida à intro-dução de novas unidades pe-cuárias. No campo da produtivi-dade verificou-se um cresci-mento de 22 pontos percentuaisentre 1985 e 1991.

No campo das exportações opeso dos países comunitáriossubiu de 58% em 1985 para81% em 1995, com a conse-quente queda de importânciarelativa dos outros destinostradicionais das nossas expor-tações.

Em termos do crescimentoeconómico verificado, tiveramum grande impacto as transfer-ências da CE para o nosso país,embora tenham representado,entre 1986 e 1992, apenas 1,4%do PIB, recebendo Portugalmenos do que a Grécia e do quea Irlanda. Portugal recebeu, porexemplo em 1991, transferên-cias líquidas no valor de 1.516milhões de ECU's (2,4% doPIB) contra 2.357 da Irlanda(6,7% do PIB), 2.926 da Grécia(4,1% do PIB) e 2.295 daEspanha (0,5% do PIB). Astransferências através dos Fun-dos Estruturais representaramem 1991, em relação às impor-tações totais, para Portugal6,1%, para a Irlanda 4,7%, paraa Grécia 5,0% e para a Espanha1,9%.

Quadro resumo das IntervençõesEstruturais (incluindo Fundo de Coesãoe Iniciativas Comunitárias), no períodode 1989 a 1993 em médias anuais.

Este quadro apresenta valo-res absolutos e as percentagensem relação ao PIB das transfer-ências brutas, no âmbito doPacote Delors I.

No pacote Delors II, emvigor entre 1994 e 1999, já coma Comunidade com quinzemembros a situação, em termosdas médias anuais foi um poucodiferente:

Portugal recebeu dos fundosestruturais (incluindo iniciativascomunitárias) o equivalente a3,98% do PIB seguindo-se aGrécia com 3,7, a Irlanda com2,8 e a Espanha com 1,7%. Emtermos do benefício líquido porEstado Membro, reportado aoano de 1997 temos o seguintequadro:

Tendo os maiores con-tribuintes, nesse mesmo ano,sido a Alemanha com 10.000milhões de ECUS seguida daHolanda e do Reino Unido com2.400 e 2.300 milhões deECUS, respectivamente.

Apesar do quadro de 1997,Portugal é dentre os pequenospaíses, com rendimento abaixoda média comunitária, o quemenos recebeu em termos líqui-dos, em transferências da CE.

Assim, nos sete primeirosanos de adesão, Portugal apenasrecebeu o equivalente a 11% doPIB enquanto a Irlanda recebeu17% e a Grécia 21%.

Esta situação deveu-se auma deficiência no contratode adesão, pois Portugal quasenada recebeu do FEOGA” (Fun-do Europeu de Organização eGarantia Agrícola) e o orçamen-

to comunitário foi enviesadocontra Portugal, porque a políti-ca agrícola comum favoreciacultivos em que o país não esta-va especializado.

O Investimento directo emPortugal, no período da pós-adesão, caracterizou-se por umagrande subida entre 1987 e1991, acompanhando o ciclo in-ternacional, tendo a partir daí

declinado acentuadamente.Entre 1986 e 1989 os mon-

tantes de IDE duplicaram todosos anos atingindo um máximode 2,2 biliões de dólares em1990 e 1991, o equivalente a3,8% do PIB e a 14% daFormação Bruta de CapitalFixo. Em resultado da recessãoverificada na CE o IDE caiu

para cerca de 1,5% do PIB em1992.

Os principais investidores,no período de 1986/1995 eramoriginários do Reino Unido(22,8%), de França (13,9%),Espanha (12,1%), Alemanha(7,5%), Suíça (7,3%) e EUA(6,8%). A Espanha viria aaumentar a sua quota de investi-mento em Portugal, represen-tando no final dos anos 1990cerca de 23 % do investimento.Por sectores, foi a banca (32,3%)o maior receptor, seguida dosector imobiliário (21,2%).

Entre 1985 e 1996 a econo-mia portuguesa cresceu à taxamédia anual de 4,2%.

Os Critérios de convergên-cia nominal e sua influênciana economia portuguesa

Portugal teve de fazer esfor-ços no sentido de cumprir as

metas traçadas para os paísesque quisessem entrar na UniãoEconómica e Monetária. Metasque foram estabelecidas e queteriam de ser cumpridas pelosEstados Membros candidatos.

Apresentam-se a seguir osquadros referentes ao períodode1992 a 1996 em que se com-para a evolução de Portugalcom a média da União, e com osvalores-limite estabelecidos pa-ra cada item dos critérios deconvergência.

(1) Convergência Nominal– Inflação – A inflação teria queestar dentro do intervalo de 1,5pontos percentuais, relativa-mente à média dos 3 EstadosMembros com menor infla-ção.(fonte: European Commis-sion, European Economy, TheEU Economy, 2001 Review nº73, 2001)

Como se pode verificar,Portugal não cumpriu estecritério de convergência.

(2) Convergência Nominal– Taxas de Juro de LongoPrazo – teriam que estar nointervalo máximo de 2 pontospercentuais face aos 3 EM commenores taxas).

Como se pode verificar,Portugal também não cum-priu este critério de convergên-cia.

(3) Convergência Nominal- Défice Público – Máximo 3%do PIB

O Conselho de Julho de1995 adoptou as Recomen-dações dos 12 Estados Mem-bros com défices excessivos,preconizando a implementaçãode medidas de médio prazo efixando os objectivos para osrácios dos défices e dívida

pública. Uma questão relevantepara Portugal foi a relação entreas condições macro-económicado regulamento do Fundo deCoesão (art.º 6º) e os critérios deconvergência.

Ficou decidido que Portugalteria de cumprir objectivosintermédios de 1995 – 5,8% e1996 – 4,3%, portanto maisfavoráveis que o prescrito noprograma de convergência paraa UEM, o que fez com que opaís cumprisse este critério nos

dois últimos anos. Só a Irlanda e o Luxemburgo

cumpriram o que pode traduzirduas coisas: ou o critério foimal definido ou foi definidointencionalmente para servirde objectivo a atingir, tentando“forçar” os Estados Membros aadoptar as medidas julgadasnecessárias para atingir estameta.

(4) Convergência Nominal– Dívida Pública – Máximo60% do PIB

Nunca se cumpriu este cri-tério nos anos considerados.Mas o nosso país foi acompan-hado nesse incumprimento porpaíses como a Bélgica, a Dina-marca, Holanda, Grécia, Itália eIrlanda.

O desempenho real daeconomia portuguesa face àsnovas exigências de con-vergência real da UEM.

(5) Convergência Real –Crescimento do PIB - Var.anual em percentagem

(European Commission, Eu-ropean Economy, Directorate-General for Economic andFinancial Affairs, Bruxelas, The

Dr. Miguel Mattos Chaves *

A UNIÃO EUROPEIA

* Gestor e Mestreem Estudos Europeus

pela Universidade Católica

A Europa em mutação e as opções PortuguesasA Orientação de Política geral Portuguesa do final da 2.ª República

A Ruptura Política do 25 de Abril e os novos desafios Político-Diplomáticos

(parte IX)(continuação do número anterior)

(1)

(2)

(3)

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 19

A Comissão de Festas de Coruche em honra de Nossa Senhora doCastelo, reunida em assembleia geral, no passado dia 18 de Abril, elegeuos seguintes corpos sociais, para o biénio 2008/2009.

MESA DE ASSEMBLEIAPresidente: Paulo José Henriques TomásSecretário: Patrícia Isabel Prates MartinsVogal: Joaquim António Lopes Borda d'Água

DIRECÇÃOPresidente: Filipe Claro JustinoSecretário: Maria de Jesus S. Caeiro RosaTesoureiro: António da Piedade Justino DiasVogal: Vasques Freitas GomesVogal: Silvana Maria Ribeiro Teles Vogal: Joaquim Manuel Lopes dos SantosVogal: Mário João Santos RosaVogal: Ana Sofia Lopes de MoraisVogal: Tânia Sofia Oliveira Prates

CONSELHO FISCALPresidente: Joaquim Filipe Coelho SerrãoVogal: Faustino José da SilvaVogal: Carlos Manuel Baião Matos Galamba

Festas de Coruchejá têm Comissão

EU Economy, 2001 Rewiew,Investing in the future nº 73,2001)

Verifica-se que Portugalcresceu mais do que a médiacomunitária, excepto em 1994,tendo os melhores desempen-hos, em termos do diferencial,face aos 15, sido obtidos nosanos 1995, 1996 e no período1986/1990.

(6) Convergência Real –Economia Portuguesa – Taxade Desemprego em %

European Commission, Eu-ropean Economy, The EU Eco-nomy, 2001 Rewiew nº 73

A taxa de desemprego, emPortugal, manteve-se no perío-

do da análise sempre abaixo damédia dos 15 países da Comu-nidade Europeia.

O desempenho globalmenteé bom no que se refere à con-vergência real que se pretendeatingir, mais do que a nominal,em termos do crescimentoeconómico do país. Já no que serefere ao desemprego, o desem-penho da economia portuguesa

é francamente melhor que amédia comunitária. Poder-se-ásempre dizer que podemosfazer melhor.

Claro que sim, mas odesempenho português foibom face ao seu quadro refer-encial.

(4)

(5)

(6)

>>

Realizou-se no passado dia 21 deAbril, no Complexo Desportivo daspiscinas de Coruche o I Torneio de Na-tação do Sorraia. Uma organização daCâmara Municipal de Coruche e da Bú-zios, Associação de Nadadores Salva-dores de Coruche, que contou com a pre-sença de 12 clubes, num total de 113nadadores.

A prova, com características competi-tivas invulgares no nosso país, contoucom o apoio técnico da Associação de

Natação do Distrito de Santarém e o avalda Federação Portuguesa de Natação.

Foram disputadas duas sessões: elimi-natórias no período da manhã e finais noperíodo da tarde.

O Torneio do Sorraia foi programadode acordo com o modelo utilizado pelaFederação Internacional de Natação(FINA), o que poderá vir a suscitar nofuturo o interesse de outros clubes dopaís, elevando ainda mais o nível com-petitivo do torneio.

I Torneio de Nataçãodo Sorraia

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A lojados seus filhos!

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 200820

Tel. 243 618 875 • Tlm. 917 785 703Est. Nacional 251 • Montinhos dos Pegos

2100-045 CORUCHE

Passeio-me em Gotemburgo.Trabalho também, mas dá paraconciliar. Foi-se a neve norue-guesa venha o frio amarelo des-te longo país. “Está a aquecer,está a aquecer” digo de mimpara mim em jeito de conforma-do a rapar de frio.

Como começar sem me re-

petir? Bem, passemos às curio-sidades. Em conversa com umprofessor sueco, ia eu na minhaargumentação convicta, discu-tindo a neutralidade de suecos eportugueses em plena II GuerraMundial, ao que eu afirmavaque uma das consequências dadita era o facto de Portugal ain-

da ter um número razoável deedifícios, ruas desgastadas e umcerto ar físico envelhecido poister-se-á preservado à destruição(e no pós-guerra reconstrução)das suas cidades principaiscomo o foram Alemanha, Fran-ça, Inglaterra, Polónia e por aífora.

Suécia do Oriente

CRÓNICAS DE VIAGENS

A barca não pára. As águas fluem. É tempo de atracar.A beleza sendo estranha e fraccionária tem um denominador comum

a toda a Escandinávia. “É bonito pois” diria a vã glória turística.

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 21

Preparava-me eu para sus-tentar a minha tese de neutrali-dade positiva e negativa quandoo tal professor me respondeu“nós mantivemo-nos neutrosmas renovámos todo o país, daíque a neutralidade na guerra nãoé desculpa para falta de obras aolongo do tempo”.

Raio do sueco. Tive para lheperguntar se ele queria um boca-do de sol, praia ou comida em-prestada ou talvez mandar umapiada acerca da alta taxa de

suicídio dos suecos que não seajusta à sua riqueza aparente,mas com um sorriso limitei-mea responder “sabe nós usamos anossa preguiça em favor dopatrimónio, é sempre bom terrecordações em cada esquina”...afundava-me na minha pró-pria justificação. Mais cincominutos e estava a defender asbarracas do antigo casal vento-so. Adiante.

Logicamente que há, porestas bandas, outro estilo da vi-

da. Digamos que a coisa é maisleve em proporção a uma car-teira mais pesada.

Nas montras de uma paste-laria mulheres de recorte finosentam-se em almofadas cola-das ao vidro como que expondoa essência de se estar bem.

Em frente, observador, sinto--me à entrada de uma loja defelicidades, em que se entra coma predisposição para ser feliz, seusufrui de tal sentimento se hou-ver dinheiro para isso e consu-

mida a efeméride volta-se aomundo cá fora que até pode sercruel mas não para este tipo declientes. A falsa estupidez queme acompanha neste tipo de juí-zos alimenta-me a imaginação.

É mais fácil deduzir malda-des que acrescentar virtudes, e opróprio vocabulário flui melhorem ordinarices que no elogiofácil. Sigo por entre pontes e te-lhados tingidos a verde baço “Àla Viena D´Austria”, dividindoo espaço com transeuntes pro-fissionais e uns quantos perdi-dos na civilização, gajas boas edistribuidores de jornais.

Avisto um ajuntamento degente. Pouco loiros e com tur-bantes. Muçulmanos e algunsolheiros de ocasião.

Acontecimento: Manifes-tação pró-Palestina exigindoboicote a Israel. Demoro umminuto entre o que avisto e adecisão de me misturar.

Caneta e bloco em punhofinjo-me jornalista e todos pou-sam quer para a fotografia querpara a caneta. Abeiro-me dosmais velhos e vou descendo naescala etária. Homens e mulhe-res, jovens e menos jovens.

Pausa. Alguns suecos comuma tarja. Definição: o PartidoComunista Sueco está com eles.Não hesito em sorrir.

Onde haja cheiro a confusão,embrulhada, bofetada e pontapéhá sempre um comunista com owalkie-talkie pronto a chamar oresto da malta. Está-lhes nosangue, não interessa quem temrazão no conflito, desde quehaja conflito podem contar, elesestarão lá.

Pergunto-lhes o que fazemali, respondem-me que são con-tra a opressão e de seguida fa-lam das 500.000 Krones anuaisque pagam à causa.

Remisturo-me por quemrealmente sente o conflito. Gen-te da Somália, Eritreia, Líbano,Síria, Iraque, Irão... Palestinatodos com uma característicacomum: o islamismo.

Alguns exaltados relatam asua fuga da Palestina em 48,outros exigem a libertação deGaza. “Enquanto o ocidente ca-lar a Palestina e permitir as atro-cidades israelitas o sangue con-tinuará a ser derramado”; “ali-

mentaram o monstro (Israel)agora não o conseguem domi-nar” gritava

Ali, “Eu estou oprimido eainda por cima chamam-me deterrorista?” dizia Younes.

Não interessa para o mo-mento quem terá razão nesteinfindável banho de sangue emGaza, mas há que concordar queas Nações Unidas sendo exímiasa condenar o mal e aprovar obem nada fazem de objectivoapós os seus juízos e julgamen-tos absolutos e a atirar para odivino.

Estava na Suécia sentindo-me no Médio Oriente. A globali-zação não é só o mercado avul-so e liberal à esquina de cadapaís com o mandatário-mor chi-nês à espreita na torre de vigia, étambém a globalização dos pe-cados mais que a expiação dosmesmos. Pode-se ir onde querque seja que um conflito públicoe internacional superará quais-quer barreiras geográficas.

Onde há gente há nacionali-dade, há história, há memória,há acordo e desacordo, há, natu-ralmente, passividade e vontadede mudança daí que os proble-mas públicos sejam sempre daordem dos lugares privadossejam eles cá no fundo de nós,na Escandinávia, na ponta dosexplosivos, no táxi ou no dorsode uma oração a um deus qual-quer.

A Suécia é da família daNoruega, da estirpe da Finlândiae tem ares de Dinamarca, e coma mesma máquina de silogismosse diz que Portugal é da famíliada Espanha, da estirpe da Fran-ça e com ares d´Itália. São todosespeciais como outra coisa qual-quer o é quando por alguém édesejada.

De regresso à Noruega fica-me a saudade dos preços suecos,a paisagem limpa sem o teimosobranco de neve, a imagem con-trastante entre manifestantes deuma já velha causa que fala demorte e do passado e outros tan-tos “aspirantes ao prazer contí-nuo” cuja causa fala de vida edo futuro, entre uns e outrosolho de lado e fujo, é que tantoódio enjoa e tanto prazer depri-me.

Malas aviadas siga a bandapara outros coretos com maisferrugem. E anda-se...

– Problemas públicos emlugares privados

Suécia, Abril de 2008

Lic. em Filosofia

Luis António Martins

Coruche, terra de toiros,cavalos, cavaleiros, forcados,ganaderos e também de muita,muita aficion. Quis Deus, quedesde muito cedo se afirmassecomo uma das mais toureirasregiões de Portugal, tendo daquipartido para o Mundo Tauromá-quico, vários nomes que consi-go elevaram e transmitiram poronde passaram, a alma e a garrado que é ser-se Português e tam-bém toureiro. Assim de entrevários nomes salienta-se dentroda classe da cavalaria “Mestre”David Ribeiro Telles, que a 18deste mesmo mês de Maiocomemora o 50.º aniversário dasua alternativa.

“Mestre” David, nasce a 11de Novembro de 1927 emAlmeirim, e desde muito cedosendo filho de ganaderos, eestando ligado muito ao campo,aos cavalos, aos toiros, e aoscampinos cedo vai cultivar o seuinteresse por estas mesmas te-máticas, e assim desde muitocedo também começa a montarcom a ajuda do seu avô DavidGodinho, que aliás também elena sua época foi um bom cava-leiro amador, adquirindo assimos primeiros ensinamentos naarte de marialva, tendo posteri-ormente pela salutar amizade econvívio que mantinha comSimão da Veiga e também com

o saudoso cavaleiro AntónioLuís Lopes e família, adquiridoos primeiros conhecimentosacerca da arte de tourear.

Assim, aumentando conse-cutivamente a sua aficion, “Mes-tre” David, começa por tourearnas conhecidas garraiadas daescola Agrária de Santarém,onde é aluno, e onde após assuas boas prestações decideentregar-se de alma e coração áprofissão de cavaleiro profissio-nal.

Com efeito em 1945 vaientão fazer a sua primeira corri-da formal, nas festas em Honrade Nossa Senhora do Castelo,alternando com António LuísLopes, e com os matadores Ca-nito e Aguado de Castro, ondepor toda a sua desenvoltura,intuição e torería começa já aser encarado como um futurobom cavaleiro. Posteriormenteao começar a tourear com maisregularidade adquire o famosocavalo “Espartero”, de ferro Ga-ma, e que sendo um craque, du-rante vários anos ajudou o “Mes-tre” no embate com inúmeros

O HHomem, oo SSenhorio, AA ffinura

“Mestre” DDavid RRibeiro TTelles50 AAnos dde AAlternativa

Rodrigo Taxa

Tauromaquiasuplemento

Coordenação de Domingos da Costa Xavier

Não pode ser vendido separadamente.

Director: José António Martins • Registo ERC 124937Este suplemento é parte de O Jornal de Coruche nº 25 de Maio de 2008

CORUCHECORUCHELISBOALISBOA

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Cruzamento de CorucheTel. 243 618 319

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Encerra ao Domingo

> Continua a página III

Jornal de Coruche (JC):Mestre David, passados 50 anoscomo recorda o momento da suaalternativa?

Mestre David RibeiroTelles (MDRT) – Eu tive sortena alternativa porque me correumuito bem, portanto recordocom saudade, mas uma saudadeboa. Nessa tarde toureei doistoiros “Coimbras”. O primeirotinha o número treze, e estavatudo muito preocupado comisso, mas eu não me importeinada e toureei-o.

Chamava-se “Criminoso”,foi um toiro extraordinário, e eutoureei-o no meu cavalo “Per-digão”, e o segundo não merecordo agora o nome, mas lem-bro-me que assim que saiu ápraça saltou a trincheira, edepois eu esperei-o e cravei-lheo primeiro ferro num cavalo queeu tinha que era o “Manolete”,tendo vindo depois buscar o“Malmequer”, um cavalo Veiga.

Agora recordo ainda é que foium corrida que me ficou muitoporque nessa tarde toureou tam-bém Curro Romero, grande figu-ra do toureio a pé, e que tambémeste ano comemora os seuscinquenta anos de alternativa.

JC – Como define o seutoureio, ou qual aquele que lhedava mais gosto fazer?

MDRT – O que mais gostome dava, e que eu pretendia fa-zer era o de não enganar o toironem o cavalo, mas nem sempreisso é possível, de maneira que omeu conceito de toureio variavamuito consoante o toiro que mesaía, mas procurando semprerespeitar o público assim comoprocurar a verdade, que noentanto também nem sempre éfácil de alcançar.

JC – Considera-se um tou-reiro realizado?

MDRT: – Não. Não, e julgo,e muitas vezes eu disse queainda não toureei, como gostavaque toureasse, mas no entantotive algumas tardes que medeixaram realizado.

JC – O toureiro quer sempremais não é?

MDRT – Sim, pelo menos

eu via e sentia o toureio dessamaneira.

JC – Considera que o tou-reio de hoje é muito diferentedaquele que se praticava á 30 ou40 anos. Em que pontos é quepensa que houve mais altera-ções?

MDRT – Sim, o toureio é

hoje muito diferente do de anti-gamente, e nem te o sei apreciarporque não só é muito diferentedaquele que se realizava no meutempo, como é também daqueleque os antigos ensinavam, e quese realizava no tempo deles.

JC – E no toiro pensa quetambém existiram alterações?

MDRT – Sim penso que háalgumas, mas considero que ho-je também há toiros muitovoluntariosos. Agora o que ostoiros hoje são, é mais templa-dos na investida, fazendo-a deforma mais certa…é o que meparece.

JC – Mestre concertezacomo pai e avô considera-se fe-liz com as carreiras dos seus fi-lhos, e agora dos seus netos…

MDRT – Ah pois sinto…não é só pelas carreiras, basta sóo facto de eles serem toureirospara que eu me sinta feliz, comgrande alegria e satisfação..!!

JC – E foi o Senhor quecriou toda esta afición, e tudoisto em sua casa…

MDRT – Ah.., eu ajudei acriar as pessoas, eles é que erammesmo para isto, e quiseram sertoureiros, agora eu ajudei, apoieie empurrei…

JC – Se tivesse que definiros seus filhos e netos como tou-

reiros, como é que o faria?MDRT – Não é fácil. Eles

são todos muito diferentes unsdos outros a tourear. Cada umtem o seu estilo, um é mais artis-ta, outro mais espectacular…,mas a verdade é que os vejo a

todos a procurar a verdade notoureio, procurando tambémtodos respeitar o cavalo, o toiro,e o público, o que considero sermuito importante.

JC – Mestre David, parafinalizar, se tivesse que dar umconselho a um jovem, que talcomo os seus netos estivesse acomeçar a sua carreira a fim dese tornar um bom cavaleiro, quelhe diria?

MDRT – Dir-lhe-ia quefalasse de toiros. Com quem eleentendesse, mas com pessoasque soubessem, porque o tou-reio não se aprende só dento dapraça a dizer puxa para aqui, oupuxa para ali olha que estámal… tem de se falar de toiros,e tem de se sentir o toureio cáfora, para depois então se inte-grar nesta profissão se a qui-sesse seguir…

IITauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008

EEnnttrreevviissttaa aa ““MMeessttrree”” DDaavviidd RRiibbeeiirroo TTeelllleessPor: Rodrigo Taxa

Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008III Tauromaquiasuplemento

toiros, alcançando juntos muitose bons sucessos, pelo que aindahoje a cabeça do “Espartero” seencontra colocada no corredorda toureira casa da Torrinha.

Depois com o evoluir da car-reira, toureia ainda com maisassiduidade, ainda como ama-dor, e quando tem em sua posse,os cavalos “Malmequer”, deferro Veiga, “Manolete”, de fer-ro Infante da Câmara, e o “Per-digão” de ferro Palha, “Mestre”decide então partir para o douto-ramento que aconteceu assim a18 de Maio de 1958, na Monu-mental praça de toiros do Cam-po Pequeno, sendo seu padrinhoA. Luís Lopes, e testemunhandoo acto os matadores de toirosAbelardo Vergara, e ainda CurroRomero, lidando toiros de Ma-nuel Coimbra, resultando a cor-rida em mais um sucesso para oagora recém doutorado, comoaliás se pautava toda a sua car-reira. Após a alternativa, e tendojá marcada a sua posição defigura, assim como o seu públi-co fiel, “Mestre” David toureiamuito, sendo de salientar a tem-porada de 59, onde actua vari-adas vezes por diversas praças,marcando ainda nove presençasno Campo Pequeno, e tendo nototal esse ano toureado cerca deonze vezes com “Mestre” JoãoBranco Núncio, ao passo quevem também depois a marcarpresença em corridas em Espa-nha, onde actuou várias vezesna Monumental de Madrid,assim como nas principais pra-ças de França, em Angola, Mo-çambique e Macau, pautando-semais uma vez as suas presençaspela regularidade de êxitos.

Após todo este grande tra-jecto, com uma carreira de gran-de categoria, recheada de bonsmomentos, e onde teve ainda aalegria de ver os seus filhosseguirem-lhe as pisadas, conce-dendo a alternativa a João, e aAntónio, autênticos figurões dafesta, e não esquecendo tambémo Manuel que até ao momentoda sua retirada, também elevoubem alto a “marca” RibeiroTelles, e os ensinamentos de seupai, decidiu então nos princípiosdos anos 90, retirar-se do activo,voltando depois excepcional-mente a colocar o pé ao estribopara conceder as alternativas aAlberto Conde, e no ano passa-

do ao seu neto Manuel, aguar-dando já quem sabe, o mesmodestino seu neto João, ainda esteano.

Porém falar de “Mestre”David não se resume somente adescrever a sua trajectória tau-romáquica; aliás pessoalmenteconsidero que dificilmente pos-sam existir palavras capazes detranscrever para a simplicidadede uma folha de papel, a exce-lência que o Mestre em si encer-ra, e assim sendo fora de seruma figura consumada da festa,dando a beber a muitos, que de-cidiam na sua vida seguir estatão bela, mas também tão difícilprofissão, há que referir aindatodo um papel social, que pormérito próprio recebeu já pordiversas vezes, várias distin-ções, e condecorações, comosendo por exemplo em 91, aatribuição da medalha da cul-tura, entregue pelo secretário deestado da mesma pasta da altu-ra, ou mais recentemente aatribuída pelo Padre Vítor Melí-cias, condizente a alto Benemé-rito das Misericórdias Portugue-sas, e por fim, mas sem dúvida,o mais importante de tudo, ofacto de “Mestre” David repre-sentar para muitos, um exemplode vida, e um amigo semprepronto a receber com vontade,alegria, e satisfação todos aque-les que procurem a sua compan-hia, sendo também o “patriarca”de uma família da mesma di-mensão, e que propícia a todosos que tenham a honra de usu-fruir da sua presença, todo umlote de princípios e ensinamen-tos da mis fina linha, e queficam sempre guardados nocantinho da melhores e maissábias recordações, que não sóvalem para o campo tauromá-quico, como também muitasvezes para a própria vida.

Pelo Toureiro, pela finura,pelo homem, pelo amigo, portodas as facetas que é impossív-el enumerar, e embora afirman-do mais uma vez a impossibili-dade de estas palavras seremcapazes de fazer justiça ao quãogrande é o Mestre…, Mestre umgrande abraço amigo neste mo-mento especial, e um grandeobrigado por tudo o que repre-senta e tem feito dentro e foradas arenas.

Bem-haja!

O número de abonados doCampo Pequeno cresceu 40%em 2008, relativamente a2007.

A empresa mantém à vendaaté 6 de Maio os abonos para atemporada, tendo deduzido aoseu valor total, o preço da corri-da realizada a 17 de Abril, res-tando assim, 13 corridas e umanovilhada.

Para esta temporada, a em-presa do Campo Pequeno desen-volveu uma atractiva política deabonos que representa, em ter-mos gerais, uma poupança de15% sobre o custo corrida a cor-rida.

Como benefício suplementarproporciona-se o estacionamen-to gratuito no parque subterrâ-neo, sendo atribuído um lugarde estacionamento por cada

cliente abonado, um por cadaabonado de camarote de 4 en-tradas e dois por camarote supe-rior a 4entradas.

Foi também criado o “CativoJúnior” destinado a jovens atéaos 21 anos, representando 50%de desconto na compra de umlugar para toda a temporada nasfilas 2 a 5, das Galerias de 1.ªOrdem.

Joaquim Mesquita

O Homem, o Senhorio, A finura

“Mestre” DDavid RRibeiro TTelles50 AAnos dde AAlternativa

> Continuação da página I

Abonados do CampoPequeno aumentam em 40%

O ambiente criado à volta dacorrida de alternativa de ManuelLupi, que terá lugar no CampoPequeno, no dia 8 de Maio,extravasa em muito o de umasimples legitimação de estatutoprofissional.

Manuel Lupi vai receber aalternativa das mãos de seu pai,José Samuel Lupi, cavaleiro deincontornável projecção mundi-al e um dos grandes responsá-veis pelo momento esplendo-roso que o toureio a cavalo vivena actualidade. Na transição dadécada de sessenta para a déca-da de setenta do século XX,José Samuel Lupi, juntamentecom os rojoneadores espanhóisAngel e Rafael Peralta e ÁlvaroDomecq constituíram o quartetodos “Ginetes da Apoteose”. Sobesta denominação actuaram emEspanha e França com tal êxitoque as “corridas de rejoneo”rapidamente conquistaram cen-tenas de milhares de adeptos, aomesmo tempo que surgiamjovens praticantes da “Arte delRejoneo”, de elevado nível. Unse outros foram a base para que,hoje em dia, o toureio a cavalotenha conseguido o estatuto deimprescindibilidade em todas asgrandes feiras taurinas. Logoem 1973, os quatro “Ginetes daApoteose” superaram as cemcorridas numa só temporada,número nunca antes atingidopelas “corridas de rejoneo”.

O aparecimento dos “Gine-tes da Apoteose” mudou radi-calmente o posicionamento dotoureio a cavalo em Espanha eem todo o mundo taurino, àsexcepção, óbvia, de Portugal,uma mudança tão radical quan-to o passar do tolerado “númerodel caballito” para uma arte

maior que esgota sistematica-mente as grandes arenas mundi-ais. Angel e Rafael Peralta quis-eram afirmar o seu apreço ecompanheirismo para com JoséSamuel Lupi, estando presentesna cerimónia de doutoramentode Manuel Lupi, na qualidadede testemunhas de honra. Estegesto, para além do apreço quedemonstra para com a famíliaLupi, é também o reconheci-mento do estatuto de “Catedraldo Toureio a Cavalo” de que oCampo Pequeno desfruta nomundo taurino e uma prova dedeferência para com os afi-cionados de Lisboa.

Os toiros a lidar, da gana-daria de José Samuel Lupi terãopela frente, os cavaleiros JoãoMoura, Rui Fernandes e ManuelLupi. João Moura tem sido, aolongo de mais de 30 anos deactividade, o maior continuadorda gesta iniciada por JoséSamuel Lupi. É uma referênciamundial para a evolução dotoureio a cavalo no último quar-tel do século XX e um triun-

fador absoluto em todas as lati-tudes. Por seu turno, Rui Fer-nandes um cavaleiro triunfadornas arenas mais importantes dePortugal, Espanha, França eAmérica Latina, inicia a suatemporada de 2008 em Portugalnesta corrida, depois de uma tri-unfal campanha no México, queincluiu também o triunfo naarena da capital do país e de umnão menos triunfal início detemporada em Espanha, com ocorte de uma orelha em Cas-tellón e a saída em ombros deVistalegre (Madrid), no dia 6 deAbril. Quanto a Manuel Lupi,chega à alternativa depois deuma sólida campanha comocavaleiro-praticante recheada deêxitos, que fazem dele uma dasmais legítimas esperanças danova geração de cavaleiros tau-romáquicos.

Pegam os valorosos gruposde forcados amadores Monte-mor e do Aposento da Moita,capitaneados respectivamentepor José Maria Cortes e TiagoRibeiro.

Alternativa de Manuel Lupi

IVTauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008

Foto: Joaquim Mesquita

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Joaquim Mesquita

crítico taurino

A Palha Blanco abriu a suasportas pela primeira vez a 5 deAbril para homenagear umafigura castiça que à sua praçadedicou toda uma vida, Júlio“Pitorrilha”, inaugurou tambéma era do empresário da terraRicardo Levezinho. Um cartelde luxo que atraiu muitos afi-cionados à praça preenchendo-apor metade, com a sombra qua-se cheia.

A cavalo destacou-se Antó-nio Ribeiro Telles perante umoponente que exigia um toureiropor diante, António deu-lhe umalide em plano de maestro.

Francisco Palha não tevesorte com o seu oponente, tantoesperava como se adiantava aoqual o jovem ginete conseguiudeixar ferros com muito méritoempenhando-se e arriscando emterrenos difíceis.

Esteve com dignidade aonão dar volta. Na forcadagemBruno Casquinha à segunda eDiogo Pereira à primeira con-

sumaram as duas pegas da tarde.Maestro José Júlio também nãoteve sorte com o seu oponente,um mansote ostentava o ferro deDias Coutinho. Esteve enormecom o capote para na muletanão alcançar igual distinção,sofreu uma voltareta perigosamas sem consequências, voltoua arrimar-se com valor mas nãopode brilhar ao seu melhornível.

Vítor Mendes voltou à suaPalha Blanco em plano demaestria com uma faena deinteresse e entrega perante umnovilho que a pouco e pouco ecom o seu profissionalismo foi-se impondo com um trasteiomandão sacando tandas meri-tórias por ambos os pitons.Antes havia preenchido um tér-cio de bandarilhas superior comDavid Antunes.

Ivan Vicente substituiu Sebas-tian Palomo Linares, em boa ho-ra o fez pois deixou excelenteambiente em Vila Franca. En-

cantou com uma faena bemdelineada, templada, correndo amão levou o de “Casquinha”embebido na muleta em muleta-zos expressivos e bem remata-dos, principalmente os naturais.

André Rocha, jovem novi-lheiro da escola de toureio JoséFalcão brilhou diante do novi-lho da tarde. Tardou em perce-ber o que tinha por diante, quan-do se confiou toureou a gosto edeu largas á sua imaginaçãorecriando-se artisticamente emmuletazos largos e profundoscom o oponente a corresponder.

O novilho foi extraordinário,nobre e codicioso, repetitivo ecom classe, foi o encerrar o fes-tival com chave de ouro, notapositiva para o comportamentogeral dos novilhos de NunoCasquinha.

Excelente tarde de toiros emabertura de temporada na PalhaBlanco. Dirigiu superiormenteJoaquim Gonçalves de regressoao palco da presidência.

Vila FFranca HHomenageouJúlio ““Pitorrilha”

Júlio Pitorrilha, a homenagem merecida

Vítor Mendes num largo derechazo Vítor Mendes num largo derechazo

Anuncie neste espaço do seu jornal de referênciana tauromaquia nacional. Você só tem a ganhar!

Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008V Tauromaquiasuplemento

Montemor, Sábado 3 de Maio, 17 hrs. Cavaleiros: JoaquimBastinhas, Vítor Ribeiro e Manuel Ribeiro Telles Bastos.Forcados Amadores de Montemor e Vila Franca de Xira.Ganadaria: Veiga Teixeira.

Vila Franca de Xira, Domingo 4 De Maio, 17 hrs.Cavaleiros: João Moura Caetano, Manuel Ribeiro Telles Bastose João Salgueiro da Costa. Forcados Amadores de Vila Franca deXira e Amadores de Coruche. Ganadarias: David RibeiroTelles, Hrds. de Branco Núncio, Pinto Barreiros, Mário e Hrds.de Manuel Vinhas, Pégoras e Canas Vigourox em disputa dostroféus bravura e apresentação.

Salvaterra de Magos, Domingo 11 de Maio, 17,30 hrs. 3.ºCorrida do Melão. Cavaleiros: António Ribeiro Telles, RuiSalvador e Ana Batista. Forcados Amadores de Coruche,Alcochete e Salvaterra de Magos. Ganadaria: Sociedade Agrícolade Rio Frio. Em disputa 2 troféus para a melhor lide e melhorpega.

Évora, Sábado 17 de Maio, 18 hrs. 49º Concurso deganadarias, 1º Concurso Luso-Espanhol. Cavaleiros: AntónioRibeiro Telles, Luís Rouxinol e Vítor Ribeiro. ForcadosAmadores de Montemor e Évora. Ganadarias: Miura, Palha,Partido de Resina (ex Pablo Romero), Victorino Martin, Grave ePassanha. Em disputa os troféus bravura e apresentação.

Vendas Novas, Domingo 18 de Maio, 16,30 hrs. Cavaleiros:Luís Rouxinol, José Prates e Rui Fernandes. ForcadosAmadores de Montemor e Coruche. Ganadaria: Rodolfo AndréProença.

Soito (Beira Alta), Domingo 25 de Maio, 16.30 hrs. Porocasião da 4.º Mostra Agro-alimentar do Alto do Côa.Cavaleiros: António Ribeiro Telles e António D’Almeida.Espada: Javier Castaño. Forcados Amadores de Coruche eCoimbra. Ganadaria: Eng. Luís Rocha.

Está assegurada a participação do CoronelJosé Henriques, reputado cronista tauromá-quico e historiador, na palestra tauromáquica“A Mexicana” a ter lugar no próximo dia 28de Maio, pelas 20 Horas, cujo tema a abordarserá a “Evolução do Toureio”.

Considerando o interesse que a mesma estáa despertar, aconselha-se a inscrição dos inte-ressados com a maior antecedência.

A mesma pode ser feita no balcão da paste-laria ou pelos telefones:

218 486 117, 218 485 241ou pelo telemóvel: 966 015 058

Cartéis comPerfume Sorraiano

Tertúlia

próximo evento

EEmm sseeuu ssiittiioo!!José Alexandre Da Silva,

tem sabido construir enquantotaurino mais profícua carreiraque construiu (pesem os seusmuitos méritos…) enquantotoureiro.

Por assim ser, são vários os

ecos de eventos de Postín emque solicitam a sua presença;desta vez, temos notícia de queno passado dia 1 de Abril foiprotagonista com o empresárioMaximino Pére em “LosMartes Taurinos de Argan-

zuela”, colóquio celebrado noauditório do centro cultural“Casa do Relógio” de Madrid.

É-nos grato saber de coru-chenses de prestígio!!!

FFoorrccaaddoo Francisco Romeiras foto-

grafou, Joaquim Grave escreveue aí está para gozo do públicoum dos mais belos livros tauri-nos dado à estampa nos últimosanos. Tão parco que é o nossomeio editorial em tal matéria, háque saudar tal iniciativa, pelo de

positivo em que se traduz para oaprofundamento da mais genuí-na das actividades táuricas emque o povo português se en-volve.

Este livro contou com oapoio da Associação Nacionaldos Grupos de Forcados, e por

assim ser também está de pa-rabéns o nosso conterrâneo JoséFernando Potier.

Aos autores, que aqui deixeo meu obrigado pelo trabalhodesenvolvido, honesto, profícuoe belo.

A festa merece-os…!

DDooss AAççoorreess vveemm oo eexxeemmppllooDe há muito que é conhecida

a profunda afición da IlhaTerceira, Balvarte do taurinismoaçoreano. Levaram a efeito aconstrução de uma praça detoiros capaz de exibir dignidadeem qualquer parte do mundo,em que realizam das melhoresfeiras taurinas que ocorrem no

todo português e não paramnunca as suas iniciativas.

Por iniciativa da TertúliaTauromáquica Terceirense, nopassado dia 10 de Abril foi mos-trada a público a maqueta deimportante monumento ao toirobravo que pretendem instalar nailha.

Bem que podia o nosso con-celho, solar ganadero tão esti-mável copiar este exemplo quevem dos Açores; ao dar relevoao toiro em Coruche, creio quedaríamos sítio a uma das maistradicionais actividades que seinserem na matriz das gentes.

AAlltteerr ddoo CChhããooComo tradicionalmente acon-

tece, dia 25 de Abril houvetoiros em Alter de Chão. Lida-vam-se toiros coruchenses doConde de Murça, e abriu praça,o amador Solles Garcia, que seviu com agrado.

Quanto a Vítor Ribeiro dire-mos que esteve igual a si pró-prio, até na polémica que susci-tou ao não querer continuar alidar um toiro que se estropioudurante a lide, tendo por gen-tileza da empresa lidado o So-brero. João Moura Caetanoesteve algo apático nesta tardede Alter, diremos mesmo quemuito abaixo da bitola em que

colocou no ano transacto.O praticante Tiago Carreiras,

de quem tinha ouvido dizermaravilhas, ao vivo e a cores,como agora se diz; é fácil nacolocação e parece que se espe-cializou a rodar vezes sem contaà volta dos toiros no que tão sódeveria ser o remate. Outrascoisas também o não ajudam,mas quanto a essas questões otempo o dirá.

Presença digna a dos forca-dos de Montemor e de Alter,sendo que a pega de João Ta-vares, por Montemor se credi-tou muito justamente com o pré-mio em disputa.

No todo a tarde foi agradá-vel, como sempre acontece quan-do nos é dado desfrutar do con-vívio de velhos amigos do nortealentejano. Que aqui destaquetambém duas manifestaçõesparalelas à corrida ocorridas noPalácio do Alámo – MarcoGomes deixou-nos ver parte doacervo taurino que ao longo davida tem reunido e Élia SofiaRamalho alguma da sua pro-dução pictórica de temáticatáurica, em que a arte é patente.Sempre nos congratulamos coma festa de toiros como factor deprodução cultural e por assimser parabéns aos citados.

EE,, QQuuee SSaabboorreess……!!De novo a vila de Coruche

volta a ser cenário de uma mani-festação gastronómica, “Saboresdo Toiro Bravo”, em que se podeapreciar o que justificadamenteconsidero, a mais acabada eecológica das carnes.

O evento, que começa a sertradicional, permite que nas “tas-quinhas” se deguste o sabor dacarne brava, em receitas apuradas

muito bem confeccionadas, e porassim ser susceptíveis de agradaraos paladares exigentes.

A Confraria Gastronómica doToiro Bravo saúda efusivamentetal realização com que se dignifi-ca a carne de uma das mais im-portantes das nossas raças autóc-tones.

Assim, os comensais queacorrem a Coruche que levem as

papilas despertas, porque vale apena demoradamente apreciar ossabores propostos.

Bons apetites…

De facto, como postula, apopular “Sevilhana”, a terratem uma cor especial, quemais se evidencia quando ostrajes de luzes na “maestran-za” estendem seus brilhos aoserviço da beleza da festa.__

Com tempo instável, tive asorte de poder gozar emo-cionadamente as corridas, sendoque até a última que vi, de ven-tania e aguaceiro, valeu a penapela importância da faena queManzanares receitou ao últimoda ordem de lide.

Desfrute as corridas de 5, 6 e7 de Abril.

Dia 5 face a toiros com ferrode “El Ventorrillo”, o Maestro“El Juli”, José Maria Manzana-res e Miguel Angel Perera; omadrileno abriu o livro face aum toiro sem classe, dificílimo,basto de tipo e soube transfor-mar as acometidas em trajectostemplados, deixando constânciada responsabilidade que assumede puxar o carro do toureio.

Exibiu valor e saber e maisse lhe não podia pedir, dado quepor não poucas vezes pôs a vidaem risco na sua justificada ânsiade triunfo. Sem dúvida que lhevi uma das grandes faenas dafeira. Manzanares vinha a portodas e com bom gosto credi-

tou-se com uma orelha, talcomo El Juli, o que não é poucoem Sevilha. Ligou naturais emredondo que recordaram a tau-romaquia de seu pai, esteve emtoureiro e o saldo parece curto,mas justifica-se face à coloca-ção por demais traseira da esto-

cada. Miguel Angel Perera, aca-bou sendo o triunfador da tardecom duas orelhas de lei, con-seguidas após faena plena eemocionante. Começou com osseus câmbios pelas costas e logoaí meteu o público no bolso da“jaquetilla”, depois exibiu man-do que se não descreve e de péscolados à arena bordou o tou-reio. Sem ser uma corrida deexcepção, até porque os toirospouco serviram, convenhamosque o saldo foi positivo, porquena arena estiveram toureiros.

Domingo dia 6, toiros deParladé, o outro ferro de JuanPedro Domecq, que curiosa-mente pasta nas cercanias daGranja (Amareleja) em Portu-gal, apareceram no “AmarilloAlbero” sem classe, nem bravu-ra, nem trapio para o nível dapraça; dão mal resultado osnegócios em pacote, própriosque são das farinhas lácteas, quecom n tampas davam direito aalguidares de plástico (no tempoem que campeava o nosso barroe eram novidade…)

No “Passeíllo”e na sua lide,“ Finito de Cordoba”, “Morantede la Puebla” e Salvador Cortés,toureiros consagram, que sem-pre despertam o interesse da afi-ción. Como os toiros não tinhamuma grama de potabilidade,Juan Serrano tão só se creditoucom os dois mais extensos

“derechazos” da tarde e poucomais poude dizer.

Morante, reiteradamente otoureiro que explanando genial-idade é ao momento o que maisme interessa ver, não me defrau-dou e tirando água de um poçoseco, creditou-se face ao seuprimeiro com uma faena esqui-sita, “pinturera”, com o tal “em-paque” e “duende” que caracter-izam o melhor do toureio de artee deslumbrou-me, apesar deremate me ter cansado de lhecontar os “pinchazos”.

Nada pode roubar mérito doestar de José António, sendo quea aficionados de mérito ouviessa noite de motu próprioproclamar tal faena irrepetível.

Abriu o livro da beleza eexplanou o seu direito à dife-rença, e isto repito perante umtoiro que sequer era flor que secheirasse. Face ao seu segundosequer viu que lhe valesse oesforço, mas de saída a fortíssi-ma ovação deixou claro quesempre se espera por ele.

Salvador Cortés limitou-se aestar em toureiro, não podendorepetir os seus êxitos nestapraça, sendo até um milagre vê-lo sair por seu pé, face aos bron-cos que teve que lidar; que malempregues as rotundas esto-cadas com que os despachou.

Segunda, dia 7, São Pedrozangou-se com Sevilha logo

pela manhã e quer em chuvinhaquer em bordanada a água caiucomo bem lhe apeteceu; inclu-sive uma hora antes da corrida océu parecia estar roto. No entan-to não choveu na bilheteira eassim sendo, à hora regulamen-tarmente pontual, Ponce Sebas-tian Castella e José Maria Man-zares, debaixo de vento de fazervoar “Capacinhos”, desfilarampelo ensopado “Albero” paralidar uma infame corrida deJuan Pedro Domecq, imprópriapara consumo, indigna da praçae da casa. Ponce, face a umbasto que mais parecia o produ-to da leviandade da mãe comum figurão e mais não disse,que o outro do seu lote era aindapior.

Castella, sob vendaval exi-biu valor no centro da arena, ati-tude pouco inteligente porque alide em tal sítio era impossível,pelo que mudou para tábuas,mas o tempo e o oponente, como outro o mesmo se passou, nãoestavam para triunfos.

Manzanares parecia ter re-servado a mesma sorte; no seuprimeiro nem fu nem fá, limi-tando-se aos decompostos pas-ses possíveis que também tem-poral e vento o não ajudaram.

Quando soou o clarim para asaída do último, ninguém pare-cia acreditar que algo de positi-vo aconteceria. Uma carga deágua desabou no início da lide eaté ao fim jamais parou.

O de Alicante percebeu queencontrava perante o únicoexemplar da tarde com som, epese a chuva esqueceu-se doincómodo e esteve toureiríssimocom ele, numa faena longa quese viu de guarda-chuva aberto.Bem nas distâncias e alturas,soube enrolar o toiro à cintura,com mando, emoção e arte.

Rematou com um “estoco-nazo”em seu sítio e foi o delírio,e ainda estou para descobrironde se encontraram mãos paratanto lenço ocupadas que esta-vam com as umbrelas.

Como vos dizia, Sevilha,mesmo com chuva tem uma corespecial, e eu, uma sorte gene-rosa, que me permitiu ver faenasimportantíssimas em feira abri-lenha que em seu todo não vaientrar na história pela regulari-dade dos sucessos.

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* Médico veterinárioe escriba taurino

VITauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008

Maio RRecheadode AActividade

Sevilha tem uma cor especial

Os pupilos de Amorim Ribeiro Lopes, durante o mês deAbril realizaram alguns treinos em preparação da temporada.

A 19 treinaram na ganadaria de Conde Murça, Agolada deCima e a 26 na Igrejinha de Hrs. de Cunhal Patrício.

Muita gente jovem com vontade de envergar a jaqueta doSorraia dá uma segurança na continuidade dum grupo compergaminhos de figura.

Já com um festejo realizado, domingo de Páscoa em Arraio-los, é em Maio que a temporada ganha contornos de maiorseriedade com todos os domingos preenchido.

Dia 4 em Vila Franca de Xira alternando com os Amadoreslocais num concurso de ganadarias; a 11 em Salvaterra na 3.ºcorrida do melão; a 18 em Vendas Novas e a 25 no Soito (BeiraAlta).

Para o mês de Junho já tem assegurado a sua primeira pre-sença desta época no Campo Pequeno, perspectiva-se mais umatemporada em grande para o Grupo de Forcados Amadores deCoruche.

Dr. Domingos da Costa Xavier *

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 200828

No passado dia 3 de Abrilforam apresentadas, no Go-verno Civil de Santarém, as 60novas equipas de SapadoresFlorestais que irão integrar odispositivo nacional para osincêndios já este Verão.

O Secretário de Estado doDesenvolvimento Rural e dasFlorestas, Ascenso Simões,anunciou ainda algumas alte-rações a efectuar, principal-mente ao nível legislativo.

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A prevenção estrutural é avertente dos fogos florestais quemaiores fragilidades apresenta.Por isso mesmo, é necessárioconstruir uma “nova visão dafloresta”, afirmou o Secretáriode Estado, tornando-a mais sus-tentada, num processo que de-verá envolver todas entidades.“O que é importante para Por-tugal é nós olharmos a florestacomo um espaço de futuro es-truturado, credível e economi-camente viável”, defendeu As-censo Simões.

Neste sentido, o objectivo deconstituir 500 equipas de Sapa-dores Florestais até 2018 seráagora antecipado para 2012,pois, para o governante, é ur-gente “acelerar o exército daprevenção”. Para este ano, o dis-positivo nacional contará commais 60 equipas distribuídas portodo o país.

No distrito de Santarém, aCâmara Municipal de Constân-cia foi a única entidade contem-plada, o que, a acrescentar às jáexistentes, perfaz um total denove equipas de Sapadores Flo-restais. Por outro lado, é neces-sário alterar algumas políticas,nomeadamente no que diz res-peito à Direcção Geral dos Re-cursos Florestais.

Será elaborada uma nova leiorgânica, que atribua à entidadeuma igualmente nova dimensão,com carácter de autoridade flo-restal nacional. A sua estruturaserá adequada à reforma admin-istrativa actualmente em curso eserá, por isso, criada umaDirecção Regional de Lisboa eVale do Tejo.

Outro dos grandes proble-mas apontados por Ascenso Si-mões é a burocracia existente nacriação das Zonas de Interven-ção Florestal (ZIF). Num man-

dato em que se procura agilizaros processos “na hora”, a consti-tuição de uma ZIF “é tudomenos “na hora” e nós não nosconformamos””, afirmou o Se-cretário de Estado, para quem aAdministração Central deve pro-curar encontrar as soluções e“não ver os cidadãos comomaus”. Quanto ao distrito deSantarém, Ascenso Simões elo-

giou o trabalho efectuado, prin-cipalmente pelos municípios“que têm uma perspectiva jámuito desenvolvida de inter-venção na floresta, que até sãoestudados em Portugal e fora”.

Para o Governador Civil deSantarém, importa dar um novoimpulso ao sector da prevençãoaos incêndios florestais, nãoesquecendo a vertente económi-

ca associada à floresta. Em ter-mos de Sapadores, a “coberturado distrito não é satisfatória,precisa de um reforço”, lamen-tou Paulo Fonseca, até porqueestas equipas têm um papel degrande relevo na prevenção.

No entanto, esse númerodepende das candidaturas apre-sentadas e, por isso, os propri-etários têm também que se orga-

nizar. “O Estado não pode geriro que é de cada um de nós, masdar cobertura e mecanismos”,defendeu o Governador Civil,acrescentando que as ZIF sãouma boa ferramenta de gestãoda floresta que permite dar-lhemaior valorização económica econtribuir para a riqueza na-cional e do próprio proprietário.

O anúncio da criação de umaDirecção Regional de Lisboa eVale do Tejo foi motivo de gran-de satisfação para Paulo Fonse-ca, já que “estaremos mais pró-ximos das decisões, da infor-mação que é necessária e dainfluência que também devefazer um responsável políticocomo eu, no sentido de ajudar aresolver os problemas”.

Quanto à possibilidade de asede ficar no distrito de Santa-rém, o representante do Governomanifestou o seu empenho e aboa receptividade nesse sentido.

____

Na cerimónia, estiveramainda presentes os DirectorGeral dos Recursos Florestais,o Presidente da AutoridadeNacional de Protecção Civil erepresentantes das entidadescontempladas com equipa deSapadores Florestais.

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Prevenção aos incêndioscom mais homens e novas políticas

NOTÍCIAS DO DISTRITO

A prevenção é, para o Gover-nador Civil, a vertente do siste-ma dos incêndios florestais quemaior atenção merece. Em ter-mos de vigilância e combate, odispositivo encontra-se bempreparado, mas o factor preven-tivo continua a apresentar fragi-lidades, nomeadamente no cum-primento do Decreto-Lei n.º124/2006, de 28 de Junho. Porisso mesmo, foi organizado esteencontro com as Juntas de Fre-guesia, não apenas para valo-rizar o conhecimento mais por-menorizado dos locais e o papelde proximidade entre as autar-quias e a população, mas tam-bém para que “cada Junta deFreguesia fique dotada dos ele-mentos informativos necessá-rios a reforçar o pilar da pre-venção”, afirmou o GovernadorCivil. Para Paulo Fonseca, “senão dermos uma componenteeconómica à floresta, provavel-mente as pessoas tenderão adesvalorizar esse aspecto, a terdificuldade no investimento pa-ra a limpeza, e a reforçar ou aaumentar de forma perigosa ascondições de ocorrência de umfogo florestal”.

Em 2008, haverá uma maiorrepressão e fiscalização por par-te das forças de segurança, ga-rantiu o Governador. Paulo Fon-seca considera que, em 2007,existiu alguma tolerância, masintransigência, acutilância e exi-gência serão as palavras deordem para o próximo Verão:“É preciso que sejamos duros,porque se não o formos e nãohouver cumprimento das limpe-zas exigidas por lei, não há bom-beiro que chegue, nem há equi-pamento que chegue, nem háforça de segurança que che-gue”, afirmou.

Questionado sobre a falta decontrolo sobre as condições me-teorológicas, o Governador Ci-

vil respondeu que, embora nãosejam controláveis, “há umacapacidade técnica para sepoder fazer alguma previsão”.Paulo Fonseca referia-se ao Sis-tema de Informação Geográficae Emergência de Santarém(SIGES), criado em sede de Go-verno Civil, que, congregandoum vasto conjunto de informa-ções, permitirá comandar qual-quer teatro de operações commelhor eficácia. Este programaestará a funcionar já este Verão,em fase experimental, acrescen-tou o representante do Governo.

Esta foi uma das duas reu-niões a realizar com as Juntas deFreguesia e os Gabinetes Técni-cos Florestais.

Realizou-se no passado dia10 de Abril, no Governo Civilde Santarém, uma reunião deemergência para avaliaçãodas consequências do tornadoregistado ontem no Distrito.

No encontro esteve pre-sente o Ministro da Adminis-tração Interna que anuncioujá algumas medidas de apoioàs pessoas e empresas afec-tadas.–––

Segundo o Governador Ci-vil, Paulo Fonseca, a reunião ser-viu para que Rui Pereira tomas-se conhecimento dos porme-nores da ocorrência e para quese possa “desenhar uma formade resposta com eficácia e comrapidez para que a vida conti-nue e possamos repor a situ-ação com a maior normalidadee brevidade possível”.

O Ministro da Administra-ção Interna afirmou que o Go-verno está “empenhado em apro-var medidas muito rápidas e,por isso mesmo, serão avali-adas em Conselho de Ministrosalgumas propostas de apoio”.Dentro dessas medidas está umdiploma legal de âmbito geralque prevê a criação de uma con-ta de emergência para situaçõesde catástrofe. Centrado na Auto-ridade Nacional de ProtecçãoCivil (ANPC), este mecanismo“disporá de saldos disponíveisda ANPC e de contribuições deentidades públicas e privadas”,explicou Rui Pereira. Será ainda

discutida a possibilidade deaprovação da abertura de umalinha de crédito.

Quanto à situação dos traba-lhadores das empresas afecta-das, o Governador Civil estabe-leceu contactos com o Minis-tério do Trabalho e da Solida-riedade Social, no sentido de seraplicado um layoff, que permi-tirá o pagamento de 70 por cen-to do ordenado.

Não existe, contudo, umaprevisão concreta para a aplica-ção prática destas medidas, umavez que é necessário cumprir osprocedimentos legais, nomea-damente a promulgação peloPresidente da República e a suapublicação no jornal oficial. RuiPereira apenas apontou para“algumas semanas”.

O Presidente da CâmaraMunicipal de Santarém subli-nhou “a actividade exemplar doMinistro da Administração In-terna” e, questionado sobre umcálculo dos prejuízos, FranciscoMoita Flores adiantou que de-verá rondar os cinco e os setemilhões de euros, só no conce-lho escalabitano.

Na reunião de emergência,estiveram ainda presentes a Câ-mara Municipal de Alcanena, asJuntas de Freguesia afectadas,representantes das empresasmais atingidas pelo tornado,Comando Distrital de Opera-ções de Socorro e Guarda Na-cional Republicana.

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 29

NOTÍCIAS DO DISTRITO

Governo Civil esclarecee sensibiliza paralimpeza da floresta

MAI reúneem Santaréme anuncia respostasàs vítimas do tornado

Realizou-se, no passado dia 7 de Abril, no Governo Civil deSantarém, uma reunião com Juntas de Freguesia e GabinetesTécnicos Florestais do Distrito, para esclarecimento e sensi-bilização para a limpeza da floresta.

Junto à Estação da CP – 2100 Coruche

Oficina – 243 617 392Resid. – 243 679 868

Tlm. – 965 019 629

José Francisco dos Santos(Zé Nambaia)

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 200830

• BAPTISMOS •

IGREJA DO CASTELODia 12 - Cláudia Margarida Malta Luís

Maria Eduarda Marques BaltazarRodrigo Miguel Gonçalo BacalhauMaria Gonçalves Ferreira Cortez

Dia 19 - Dinis Filipe De Silva Frade LaranjoMartim Alexandre Ferreira Fernandes

IGREJA MATRIZDia 27 - Margarida Filipa Messias Ferreira

IGREJA DA FAJARDADia 20 - Luísa Bento Cordeiro

• FALECIMENTOS •Dia 1 - Joaquim Da Costa Teles - 71 anosMª da Piedade Consolação Brito Pereira 84Dia 3 - Maria Ferreira - 86 anosDia 4 - Ernesto Marques - 76 anosDia 5 - Delfina Custódia - 86 anosHelena Guiomar de Melo e Lima Lopes de

Vadir Pina Monique - 76 anosDia 7 - Maria Emília - 90 anos

Maria Zulmira Borda Dàgua - 70 anos

Dia 8 - António João Fernandes - 81 anosDia 9 - Manuel António Serafim Mestre - 67 Dia 10 - Maria Pereira - 69 anos

Joaquim Coelho - 81 anosDia 11 - Maria Jacinta Pirralho - 84 anosDia 12 - Sofia Isabel Maximiano Oliveira -

14 mesesMaria Augusta Emereciana Coelho - 84

Dia 18 - Manuel Silva - 90 anosDia 20 - Alberto Rodrigues Félix - 80 anos

Antónia Maria Teodoro - 72 anosDia 22 - Albertina De Jesus - 87 anosDia 25 - Joaquim Henrique Constantino - 76

Bruno Gonçalo Teles Guia - 25 anosDia 26 - Jorge Henrique Nunes Bento - 39Dia 30 - Carlos Manuel Gonçalves Pereira

Filipe - 59 anos

• CASAMENTOS •IGREJA DO CASTELO

Dia 25 - Nuno Miguel Virote Ferreira comSofia Isabel de Sousa David

Dia 26 - António Miguel Simões Alves comAndreia Sofia Tadeia Balsa

Informações da Paróquia de Coruche

Abril dde 22008

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JUNTA DE FREGUESIADE CORUCHE

EDITALJazigo Particular Prescrito

Jacinto Amaro de Oliveira Barbosa, Presidente da Junta de Freguesia de Coruche,nos termos da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, Artigo 38.º, alínea h), com as altera-ções introduzidas pela Lei n.º 5-A/2000, de 11 de Janeiro, torna público que:

No cumprimento do estipulado no Regulamento dos Cemitérios de Santo Anto-nino, Azervadinha e Rebocho, Capítulo VI, Artigo 41.º, n.º 1, consideram-se abando-nados, podendo declarar-se prescritos a favor da Freguesia, os jazigos, cujos conces-sionários não sejam conhecidos ou residam em parte incerta e não exerçam os seusdireitos por período superior a dez anos, nem se apresentem a reivindicá-lo dentro doprazo de sessenta dias, depois de citados por meio de editais afixados nos locaishabituais e publicados em dois dos Jornais mais lidos no Concelho.

Ultrapassado o prazo referido de sessenta dias sem que o(s) respectivo(s) con-cessionário(s) se tenha(m) apresentado a reivindicar os seus direitos, de acordo como estipulado no artigo 43.º, n.º 1, do Capítulo VI, do Regulamento do Cemitérios deSanto Antonino, Azervadinha e Rebocho, o executivo desta Junta de Freguesia deli-berou unanimemente, em reunião de 22.04.2008, depois do processo instruído comtodos os elementos comprovativos dos factos constitutivos do abandono e do cumpri-mento das formalidades exigidas, declarar a prescrição do Jazigo a favor da Fregue-sia de Coruche.

Assim, O ÓRGÃO EXECUTIVO DESTA JUNTA DE FREGUESIA FAZ SA-BER QUE, FOI DECLARADAA PRESCRIÇÃO DO JAZIGO NÚMERO QUINZEDO CEMITÉRIO DE SANTO ANTONINO A FAVOR DA FREGUESIA DE CO-RUCHE.

Para constar se passou o presente e outros de igual teor, que vão ser legalmenteafixados nos locais habituais e publicados em dois Jornais do Concelho.

Este Edital entra imediatamente em vigor a partir da data da sua publicação.Junta de Freguesia de Coruche, 02 de Maio de 2008

O Presidente da JuntaJacinto Amaro de Oliveira Barbosa

Faleceu Dª. MargaridaCunhal Patrício OliveiraFaleceu no dia 20 de Março a Sra. D. Margarida Maria Alves do Rio

Cunhal Patrício de Oliveira, proprietária da ganadaria de Hrds. deCunhal Patrício. D. Margarida havia sofrido um acidente vascular cere-bral de alguma gravidade ao qual o seu estado de saúde se viria aagravar vindo a falecer no dia 20 de Março.

O seu funeral efectuou-se no dia seguinte à tarde com missa de corpopresente na capela da herdade da Raposeira seguindo depois para ocemitério do Biscaínho onde ficou sepultada.

A toda a sua família o Jornal de Coruche e seus colaboradores apre-sentam os mais sinceros votos de pesar.

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 31

•• Artesanato eem CCoruchePaulo Fatela

Fotos: João Santos

ARTE & CULTURA

João Romão Santos, fala de si.

Em meados de 2002, ligado à cons-trução civil, comecei a ocupar os temposlivres fazendo peças decorativas empedra, ferro e madeira, usando métodosartesanais.

Fiz e faço também alguns trabalhosde carácter decorativo, elaborados comum vasto tipo de materiais, bem comorestauro e reciclagem de peças.

A pedra mais utilizada é o Moleano,esta rocha é de formação calcária, apre-senta côr bege e por vezes alguns fósseisdependendo da localização da sua extrac-ção.

Ainda podem ser utilizados os grani-tos, mármores, entre outras pedras e ou-tros materiais como o ferro e a madeiraque podem ser trabalhados, separados ouem conjunto.

Já expus um pouco por todo o país,fazendo feiras de artesanato, bienais deartes, lojas, etc.

____João Romão Santos poderá ser contactado peloe-mail: romã[email protected]

Freguesia de Coruche

Artesão: João Romão SantosArtesanato Contemporâneo

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Cruzamento de CorucheTel. 243 618 319

Encerra à Segunda-feira

R. das Necessidades, 18-20Tel. 213 958 304/5Fax 213 958 306Tlm. 917 505 313

Encerra ao Domingo

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 200832

O Grão de Areia • Padre Elias Serrano

Ontem, dia 10, o Sr. Padre Elias con-tou-nos a história do “Grão de Areia”na biblioteca da nossa Escola. A men-sagem desta história ensinou-nosque não devemos mentir porque amentira não nos ajuda a resolver osproblemas.Também falámos sobre a criação doMundo e do primeiro homem – Adãoe da primeira mulher – Eva.É importante acontecer este tipo deactividades porque gostamos e deve-mos aprender com as pessoas maisvelhas e sábias.

O grão de areia

Deus criou o homem e a mulher quetiveram filhos e foi havendo cadavez mais pessoas.

Essas pessoas não tinham alma e sentiam-se infelizes.Deus resolveu ir para o laboratório criar as almas.No dia em que Deus as foi distribuir estava a chover e algumas almas ficaram estra-gadas. Um dos homens que recebeu uma dessas almas resolveu mentir.Deus desceu à terra, reuniu todas as pessoas e disse:– Por cada mentira mandarei um grão de areia.As pessoas pensavam que um grão de areia não fazia mal.Continuaram a mentir e começaram a aparecer os desertos.

Os Alunos do 2.º ano

A Raposa e a Cegonha • Enfermeira Isilda Alves Cordeiro

A Enfermeira Isilda, veio contar a história da Raposa e da Cegonha.A história foi-nos contada na biblioteca.A história, falava de uma raposa muito matreira que queria enganar uma cegonha.Essa história, foi muito bonita e até nos ensinou uma lição que foi: se um amigonos fizer mal, nós não vamos fazer o mesmo por vingança. Nós aprendemos estalição com a raposa e a cegonha e devemo-nos lembrar sempre dela.Depois, tivemos a oportunidade de fazer perguntas.Uma das perguntas foi se elas continuaram a ser amigas.Ficamos a saber como era a televisão no tempo em que a Enf. Isilda tinha a nossaidade. Ficamos surpreendidos porque a televisão trabalhava a bateria, visto quenaquela altura não existia electricidade onde ela morava. Ficamos ainda a sabermuitas coisas acerca da infância da Enfermeira Isilda.Fomos ainda informados que existe no Centro de Saúde, um Gabinete onde pode-mos falar da nossa vida pessoal e dos nossos problemas sem vergonhas. Tudo oque contarmos é segredo.

Conservámos também sobre a profissão que cada um de nós gostaria de ter quan-do crescermos. Havia diferentes profissões mas ninguém escolhe enfermagem.No fim da visita, a Enf. Isilda ofereceu-nos a fotocópia da história da Raposa e daCegonha para nós pintarmos.Gostámos muito de saber estas curiosidades e achamos que a visita da enfermeiraIsilda foi espectacular.

Os alunos do 3.º A

Visita de um Jornalista • José Alves volta à Escola

Nós, na nossa escola E.B.1 de Coruche 2, tivemos a visita do jornalista José Alves,no dia 7 de Abril. Ele contou-nos 3 histórias:

1.ª História:Tinha ele 10 anos quando começou a trabalhar, ganhava por dia 2$50. Na alturahavia uma colecção de cromos das raças humanas, quando acabou a colecção fal-tavam-lhe 3 cromos, para comprar avulso precisava de 2$50. Um dia quando iabuscar o almoço ao patrão olhou para o céu e disse: Tu, se existes faz com quequando eu olhar para o chão que me apareça 2$50. E a verdade é que quando olhoupara o chão apareceu o dinheiro que precisava.

2.ª História:Um dia andava a passear com o seu pai, e o pai encontrou uma moeda de ouro doano do terramoto de Lisboa (1755). Ele tentou convencer o pai a dar-lhe a moeda,tentou, tentou, tentou, até que conseguiu. Um dia perdeu a moeda. O que aconte-ceu de extraordinário foi que o pai dele encontrou a moeda novamente. Pena quequando foi para França teve de a vender.

3.ª HistóriaQuando ele foi para Madrid, no ano de 1981, um ano de muitas catástrofes e entreelas a queda de uma avião, onde só houve 4 sobreviventes e todos da mesmafamília. Estes 4 sobreviventes foram para uma clínica e um deles deu uma confe-rência de imprensa, onde disse que foi após este acidente é que começaram aacreditar em Deus e até foram baptizados na própria clínica, porque para eles estefoi um verdadeiro milagre.

E após estas 3 histórias podemos fazer perguntas.Gostámos muito!!!

Por: Maria Leonor CaprichoCorrespondente das turmas 4.º B e 4.º C

Semana da Leitura de 7 a 11 de Abril de 2008

Durante a semana de 7 a 11 de Abril, a Biblioteca Escolar dinamizou a Semana da Leitura, e convidou algumas pessoas a vir à escola con-tar uma história da qual gostassem muito. Todos os nossos convidados acederam com simpatia e voltaram à escola, voltaram a ser criançaspor um par de minutos. Contaram-nos a sua história e fizeram sorrir e pensar as crianças de hoje – Histórias de ontem … contadas hoje.A todos o nosso muito obrigado.

“Histórias de ontem … contadas hoje”

Actividades Culturais da Biblioteca Escolar

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 33

A Escola Segura veio à Escola … contar histórias

Helena Nogueira contou “O lago da cor do céu”

Era uma vez um casal de andorinhas que vivia muito feliz com os seus três filhos,no ninho abrigado num beiral de um telhado.Num belo dia de sol, os filhotes, que ainda não sabiam voar, resolveram sair doninho para dar um passeio. Foram andando aos saltinhos, até que chegaram ao péde um belo lago chamado Lago Azul.À beira do lago estava numa túlipa e as andorinhas colocaram-se umas em cimadas outras para tentar subir para cima da linda flor. Nesta brincadeira, elas dese-quilibraram-se e caíram para dentro do lago. Ficaram muito aflitas, pois não sabi-am nadar, até que um pato que andava por ali perto as foi salvar. Agarrou uma decada vez com muito jeitinho com o seu bico e levou-as até à Berna.Os pais andorinhas andavam muito aflitos à procura dos filhotes, mas não haviamaneira de os encontrar. Voaram, voaram e quando passaram por cima do LagoAzul avistaram os filhos a ser salvos pelo pato. Ficaram muito aliviados e desce-ram. Foi tão grande a emoção que até se esqueceram de lhes dar umas valentes pal-madas. Agradeceram ao pato e conservaram com os filhos para nunca mais saíremde casa sem autorização dos pais. Deram-lhe muitos abraços e beijinhos e voltaramde novo para o ninho para mais tarde aprenderem a voar.

Esta história deu-nos uma grande lição: Não devemos ausentar-nos sem avisar osnossos pais.

Os alunos do 1.º ano

O Príncipe com Orelhas de Burro A história da Educadora Teresa Dias

A vice-presidente do Conselho Executivo, Teresa Dias, que também é Educadora deInfância, veio à BE/CRE da nossa escola, contar uma história do seu tempo à nossaturma, “O Príncipe com Orelhas de Burro”.Foi muito interessante porque nenhum de nós conhecia esta história.No fim falámos sobre a história e sobre as flautas feitas de cana. A partir desta con-versa, a professora Teresa falou-nos que antigamente os instrumentos musicais eos brinquedos eram feitos com materiais que a Natureza nos dá. Convidou-nos avisitar uma exposição sobre este tema que está patente no Centro Social da Branca.Nós ficámos muito entusiasmados com a ideia e convidámo-la a ir connosco.O que nós aprendemos com esta História!

Os alunos do 3.º C

“Um Livro em viagem” • Norberto Esperança veio contar …

Estamos a comemorar a “ Semana da Leitu-ra” e por isso fomos à Biblioteca da Escolaouvir o Sr. Norberto contar-nos uma his-tória. O Sr. Norberto disse-nos que, comohavia crianças que não podiam ir à Biblio-teca, ele e a sua colega iam às escolas levarlivros para essas crianças lerem.Um dia ele teve a ideia de pedir aos alunosdas escolas para fazerem uma história colec-tiva. Assim foi. Os alunos de várias escolasparticiparam nessa proposta e assim surgiu ahistória que ouvimos hoje.O título da história é “Um livro em viagem”.As personagens são: o Mocho, a meninaLeonor e os livros que iam nos baús.Os livros eram muito importantes. Faziamcom que as crianças lessem mais, fossem mais criativas, aprendessem coisasnovas, dessem menos erros na escrita, …No meio desses livros todos, havia um que quase nunca era escolhido porque eraescrita em código Braille. Um dia esse livro foi escolhido por uma menina, aMaria, que era invisual (cega) e lia os pontinhos do código Braille, com a pontados dedos. Então o livro percebeu que era muito importante e especial. Gostámos de ir ouvir esta história e ficámos a saber muitas coisas novas.

Os alunos do 3.º B

O Principezinho • Contado por Isabel Chaparro

Durante a Semana da Leitura decorreram na Biblioteca da nossa Escola sessões deleitura. A nossa turma teve a visita da Professora Isabel Chaparro que nos mostroua história que mais gostou quando tinha aproximadamente a nossa idade: “OPrincipezinho” Antoine de Saint-Exupéry.Como a nossa turma já conhecia bem esta história acabou por acontecer uma con-versa agradável, interessante e participada por todos.Conservámos sobre o significado da história e sobre os sentimentos que nostransmite, orgulho, amizade, ganância, vaidade, tristeza, saudade…Foi uma conversa muito harmoniosa onde nos sentimos bem e unidos.

Os alunos do 4.º A

Os senhores da Escola SeguraÀ biblioteca vieram contar,Duas histórias maravilhosasQue nos fizeram sonhar!

O senhor José António Falou de um menino preguiçoso,Ele não queria estudarEra casmurro e teimoso.

Entrou numa casa assombradaE que susto ele apanhou,Havia lá dentro um monstroQue muito o assustou.

Afinal foi só um sonhoMas serviu-lhe de lição,Agora acorda sempre a horasE às aulas toma atenção!

Gostamos muito desta históriaPois tinha uma moral,Ser preguiçoso não é bemÉ sim muito prejudicial.

Foi a vez do senhor Luís FirminoContar uma história bem bonita, Eram três irmãos viajantesQue chegaram a uma floresta Catita.

Mama na Burra, Arrasa Montanhas eMata PiolhosQue nomes tão divertidos,Três homens corajososE muito destemidos.

Enfrentaram um gato mauE entraram numa gruta,Salvaram a linda princesaE ao gato deram muita luta!

Mas que bravos, mas que heróisQue homens tão valentesAprendemos, foi divertidoSaímos de lá contentes!

Os alunos do 3.º D

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Créditosde 24 a 84 Meses

Semi-NovosOpel Astra Carav. 1.3 CDTI 5p (Diesel) 2007Opel Astra Enjoy 1.3 CDTI 5p (Diesel) 2007Opel Corsa Enjoy 1.3 CDTI 5p (Diesel) 2007Peugeot 207 Trendy 1.4 5p 2007Renault Megane Break 1.5 DCI (Diesel) 5p 2006Mazda 6 STW 2.0 MZR-CD 5p (Diesel) 2006Peugeot 307 Break 1.6 HDI 5p (Diesel) 2006Seat Ibiza 1.4 TDI 5p (Diesel) 2006Seat Ibiza 1.2 12v 5p 2006

RetomasOpel Astra Carav. Cosmo 1.4 16v 5p 2005Opel Astra Carav. 1.7 CDTI 5p (Diesel) 2005Opel Astra Elegance 1.7 CDTi 5p (Diesel) 2005Citroen C-3 1.1 SX Pack 5p 2005Peugeot 206 Look 1.1 5p 2005Renault Clio 1.2 16v C/AC 5p 2005Peugeot 307 XT Prem. 1.4 16v 5p 2004Seat Ibiza 1.2 12v C/AC 5p 2004BMW 320D 20 Anos Baviera 4p (Diesel) 2003Mercedes C-200 CDI STW 5p (Diesel) 2002Volkswagen Golf 1.9 TDI 5p (Diesel) 2001

ComerciaisMitsubishi Strackar 2.5 TD CD 4X4 2006Peugeot Partner Reforce 1.9 D Van 2006Citroen Berlingo 1.9 D Van 2006Seat Ibiza 1.4 TDI Van C/AC 2006Citroen C-3 1.4 HDI Van 2005Renault Clio 1.5 DCI Van C/AC 2004Opel Corsa 1.3 CDTI Van 2004Toyota Corolla 1.9 D Van C/AC 2001Opel Corsa 1.7 DI Van 2001

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 200834

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Zé da Quinta expõe em Coruche

José Ribeiro da Cunha énatural de Coruche e fotógrafofreelancer desde 2005, privile-gia a fotografia de animais, vi-da selvagem, natureza e des-porto, passando ainda pela tau-romaquia, tema desta exposi-ção, em que o movimento e acor são as notas dominantes.

Pela 1.ª vez, a sua terra vaiapreciar 25 das suas fotos, nosdois fins-de-semana em queCoruche, vai receber milharesde visitantes num certame quepretende divulgar os saboresda carne de toiro bravo.

Sabores que se completarão

com o olhar, na apreciação daluz e da sombra que a fotogra-fia consegue captar em milési-mos de segundo. Momentosúnicos que só a sensibilidade deum fotógrafo consegue reter.

Deleite para todos os que sepropuserem apreciar este tra-balho feito por quem usa a câ-mara para se exprimir em ima-gens, usando uma perspectivaque procura a inovação.

A rotura com os conceitosassimilados desde há anos, nafotografia do “toiro bravo” eem tudo o que o rodeia, no-meadamente na fotografia da

actividade tauromáquica são apedra de toque dos trabalhosapresentados nesta exposição.

Zé da Quinta – como assi-na os seus trabalhos – faz estasua 1.ª exposição em Coruche,na mesma altura em que lançao seu site de fotografia

www.zedaquinta.com

As fotos estarão à venda e,como sempre tem feito o seuautor, o produto dessas vendasreverte a favor APCL – Asso-ciação Portuguesa Contra aLeucemia.

Durante os “Sabores do Toiro Bravo”, vão estar expostas fotografiassobre o tema “O Toiro Bravo” no espaço do restaurante Sal&Brasas,

na Praça de Toiros de Coruche.

[email protected]

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 35

Vivemos num tempo de slo-gans e palavras de ordem, numtempo de emocionalismos exa-cerbados e sensações à solta. Onihilismo de mensagem forte,de pistola em punho e bombaescondida debaixo do colchão, éhoje uma longínqua memóriado século XX, tendo sido substi-tuído por uma pieguice emo-cional sem qualquer tipo de fun-damentação ou razão última.

O momento é “pós-moder-no” e não existe uma justifi-cação para nada. Observem-seos liberais de outrora, defen-sores de direitos naturais e deum “estado de natureza” pré-político que justificava as suasposições políticas. Olhe-se ago-ra para os liberais dos nossosdias que se justificam nas con-venções da nossa sociedade e noprogressismo (autêntica explo-ração da avidez humana).

Observem-se os conserva-dores de outros tempos, que jus-tificavam a sua acção com aordem natural das coisas e dassociedades. Atente-se nos con-servadores dos nossos dias,sempre dispostos a sacrificar aqualquer tipo de noção de or-dem às exigências da massa eaos ídolos do nosso tempo

Olhemos os comunistas deoutrora e veremos um desejoirreprimível de mudança dasociedade que só podia ser apla-cado pela Revolução. Cuidemosos esquerdistas de agora e nadamais encontraremos senão umpartido de distribuição da rique-za, pronto a criar milhares deburguesinhos, cheios de livres-escolhas que anteriormente lhesestavam vedadas pela mensa-gem poderosa da “ditadura doproletariado”.

Pena que tanta linha escritaem jornais falhe este diagnósti-co simples. Na verdade nãoexiste qualquer alternativapolítica ou ideia nova na socie-dade portuguesa. Existem dife-rentes perspectivas sobre asociedade, mas uma mesmaconcepção que abraça todos ospartidos.

Quem estranha a forma can-ina como os dirigentes “direita aque temos direito” se prostramperante a memória de ÁlvaroCunhal e visitam as festas quecelebram genocidas de esquer-da, ainda não percebeu que essaé a sua fonte espiritual.

Há quanto tempo não temosa felicidade de ver um políticodefender que alguma coisa deveser feita por ser boa? Há quantotempo não existe um políticoque afirme que há coisas quenão são negociáveis?

O CDS é contra o aborto,mas acha bem que o voto popu-lar posse subverter o Direito àVida. O PSD nem sequer temuma posição sobre o assunto,colando-se à infeliz ideia de quea vida de outrém (e o seu inícioe fim) pode ser determinado poruma contagem de papéis.Háqualquer coisa de profunda-mente estranho nestas posiçõespolíticas, dispostas a serem re-vogadas, não por um argumentomais claro ou uma asserçãomais próxima da verdade, maspor mera opinião de outrém.Um mundo e um conjunto decrenças que se renovam e rein-ventam ao esvaziar de umaurna.

Ao contrário do que se querfazer crer o Totalitarismo não setrata de uma longínqua memóriado século XX composta decidades superpoliciadas e cam-pos de extermínio. O Totalita-rismo reside sobretudo nos cam-inhos do pensar que propicia-ram todas essas maravilhas dacivilização que se estenderamentre Bergen Belsen e o gelodos campos de reinserção daSibéria.

A obra de Leo Strauss surgenesse ponto como um verda-deiro guia, traçando os elemen-tos que nos colocaram na escra-vatura de uma moral políticaque nos é alheia, porque inde-

pendente de uma racionalidade.Na obra de Rousseau, Hobbes eNietzsche a obediência políticaé absolutamente independentede qualquer razão ou argumentopolítico, o que remete invari-avelmente para uma condiçãode absoluto que é elemento deuma relação escravo-senhor(onde a obediência é questão depropriedade e legalidade) e nãode uma relação de mútua van-tagem (bem-comum).

Esta abordagem não podedeixar de nos elucidar sobre anossa sociedade. Vivemos nummundo em que não existe qual-quer tipo de racionalidade, ondeos homens escolhem os seusrepresentantes pela mitificaçãodo indizível a que Weber con-vencionou chamar carisma,onde a população encara o Es-tado como luz messiânica aofundo do túnel, num momentoético onde os valores mais ele-vados e ordenadores do mundosão a materialidade e um bem-estar físico. Aras em que tudo sesacrifica.

Vivemos num país onde osassíduos das missas mais con-corridas do país fazem parte departidos que se propõem adestruír todo o resquício de vidacristã no país.

Como se pode aderir a umprojecto político absolutamenteoposto dos valores que se dizemdefender?

Não me parece que existamelhor exemplo de arbitrarie-dade e irracionalidade interior...

____

A Junta de Freguesia da Fajarda organizou mais umavez a Prova de Cicloturismo, no já habitual dia 25 deAbril, um convívio de ciclistas amadores onde percor-reram alguns quilómetros num trajecto pelas ruas dafreguesia, e pela mata até terras de Glória do Ribatejo.

Este ano no convívio participaram cerca de 100 pop-ulares da freguesia das mais diversas idades sendo omais jovem de sete anos e o menos jovem de setentasete anos.

A Junta presenteou os participantes com bonés ebolsas e no final um almoço nas instalações anexas ásede. Um dia bem passado para os Fajardenses que par-ticiparam.

____Mafalda Fonseca

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25 de AbrilJorge Azevedo Correia

• SUGESTÕES DE LEITURA de Mário Gonçalves

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 200836

A bela cidade de Lisboa é opalco principal de uma históriacheia de mistérios. Tudo começaquando o professor Raimundimpede uma desconhecida decometer a loucura de se atirar deuma ponte. Raimund descobre queessa mulher, que desaparece entre-tanto, é portuguesa. Após esteacontecimento, Raimund encontranovamente algo relacionado comPortugal, um livro do autor Amadeude Prado. Depois de aprender a lín-gua de Camões decide aventurar--se numa viagem, num comboionocturno, rumo a Lisboa. Depois…é mesmo melhor ler este livro dePascal Mercier.

A não perder . . .

Telma Leal Caixeirinho

SUGESTÕES

LIVRO

Sobre este filme jámuito se escreveu,desde o facto da prota-gonista Norah Jonester tido a difícil tarefade beijar 90 vezes oactor Jude Law, e poresta ser a sua primeiraincursão na sétimaarte. Mas de que trataMy Blueberry Nights?Trata-se da história deElizabeth, uma jovemque, como tantas outras, após sofrer um desgosto de amor resolve viajarpela América para (re)pensar na sua vida. É durante essa viagem que sedepara com uma série de situações e conhece várias pessoas que a aju-darão a ultrapassar esse momento e lhe dão novas perspectivas de futuro,sobretudo no que respeita a questões do coração. Vale a pena ver!

CINEMA

My Blueberry Nights de Wong Kar-wai

Comboio Nocturno para Lisboade Pascal Mercier

Ela está de volta!!! A rainhada Pop regressa com HardCandy. O primeiro single 4minutes (to save the world) já écantado em todo o mundo.Madonna conta com váriasparcerias de peso (do mundomusical), aliando a sua capaci-dade de surpreender tudo etodos, Hard Candy é, semdúvida, um dos sucessos de2008 e um CD obrigatório!

CD

Hard Candy de Madonna

• Dislexia - Compreensão, Avaliação e EstratégiaÉ uma obra muito importante para todas as crianças com dislexia, pois alia a teoriaà prática através da compreensão, avaliação e intervenção pedagógica. Pela mão daQuarteto, Angelina Bedo Ribeiro e Ana Isabel Baptista, que muito têm investigadosobre o assunto e trabalhado com crianças disléxicas, lembram que a dislexia atingeactualmente um grande número de crianças e adultos. São normalmente pessoascomuns, no entanto, apresentam quase sempre problemas de leitura e escrita queinterferem com as suas vidas pessoais e profissionais. Então, o que nos mostra estelivro? Aqui, aprendemos que é possível contornar este problema. As duas investi-gadoras em educação especial mostram que, através da utilização de algumas estraté-gias práticas e inovadoras, pode-se auxiliar os jovens no sentido de conseguiremobter sucesso educativo e pessoal.

• O Padre António Vieira e as Mulheres"O Padre António Vieira e as Mulheres" é uma recente aposta da Campo das Letras.Trata-se de um livro de estudos da nossa cultura portuguesa que retrata aquilo que osautores - José Eduardo Franco e Maria Isabel Morán Cabanas - designaram de "omito barroco do universo feminino". Contrariamente ao que se pode pensar, ao longodesta obra, não se encontra o contacto que este jesuíta, escritor e orador teve com asmulheres na sua vida, mas o papel destas nos seus sermões. É analisada, com todo odetalhe, a forma como o missionário encara algumas figuras femininas da Bíblia esantas da tradição cristã que tantas vezes foram evidenciadas nos sermões que pre-gou em terras do Brasil, Portugal e Itália.

• São PedroEsta é uma grande biografia de São Pedro. Como em qualquer outra biografia, aolongo de dezenas de páginas, aparecem descritas as mais importantes passagens davida e obra daquele que ficou conhecido como o apóstolo da coragem e da abne-gação. Segundo Joel Schmidt, autor desta obra publicada em Portugal pela EuropaAmérica, tudo parece ter começado em terras de Israel. Pedro, homem casado,pescador modesto, faz parte do pequeno grupo de discípulos que seguem um homemque diz ser messias. Segundo este historiador, especializado na antiguidade romana,nada se sabe de Pedro até ao seu encontro com Cristo, tinha ele já vivido metade dasua vida. Sabe-se que, antes de ser santo, ele era homem. Teve momentos de dúvidae fraqueza, e chegou a trair por várias vezes aquele por quem morrerá mais tarde,crucificado de cabeça para baixo.

• Maddie, Joana e a Investigação CriminalUm ano depois do seu desaparecimento (1 de Maio de 2007), continuamos a nadasaber relativamente ao desaparecimento de Maddie. O mesmo se pode dizer emrelação ao caso Joana (12 de Setembro de 2004). Estes foram dois acontecimentosmediáticos que marcaram - a nível mundial - a investigação criminal portuguesa nosúltimos anos. Uma investigação posta em causa pelo autor, Barra da Costa. Este con-hecido especialista em criminologia, através dos Livros d´ Hoje (Dom Quixote), falanesta obra de uma "verdade escondida", e lembra que "em ciência, o conhecimentose altera em 30% de cinco em cinco anos. Frontal, destemido, numa prosa fluida, nãohesita ao longo da obra em apontar uma série de erros que poderiam ter sido evita-dos pelos investigadores.

Segundo relator especial para oDireito à Alimentação, JeanZiegler, mais afetados estariamnos países em desenvolvimento.

O relator especial das NaçõesUnidas para o Direito à Alimenta-ção, Jean Ziegler, afirmou que aatual crise dos alimentos podeatingir 2,2 bilhões de pessoas.

O número é quase três vezesmaior, do que os 854 milhões de

pessoas que não têm o que comerno mundo, no momento.

Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.

Crise de alimentospode atingir

2,2 bilhões, diz ONU

cortesia: http//radio.un.org/por

www.un.org/av/radio/portuguese/partnerships.html

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 37

Na primeira parte deste temafoi abordada a forma como oComportamento Organizacionalinfluência a vida das organiza-ções e as definições mais co-mummente aceites na área dasciências económicas e empre-sariais.

Vimos também que a mu-dança e a aprendizagem orga-nizacional assumem-se comofactores críticos para a sobre-vivência e aumento da produ-tividade. Começamos tambémpor distinguir a mudança e aaprendizagem organizacionalcomo elementos fundamentaispara um desígnio tão aclamado,como é o aumento da produtivi-dade das organizações.

A mudança é normalmenteaceite como um processo natu-ral ao longo da vida de umaorganização, e este, é resultadoda resposta que esta vai dandoàs pressões provenientes doambiente onde estão inseridas.

Pettigrew e Whipp decom-põem o processo da mudançaem três aspectos que importa terem conta. Estes autores consid-eram que a mudança pode seranalisada segundo o seu âmbito,o conteúdo e o processo.

De forma sucinta, o âmbito

da mudança tem em conta osfactores contextuais fora daempresa e que podem afectar oprocesso de mudança, e.g., ataxa de desemprego, as leis lab-orais, entre outros. Relativa-mente ao conteúdo, há a preocu-pação em saber o que vai sermudado. Pode ser uma máqui-na, um equipamento ou materialutilizado, ou podem ser mudan-ças na estrutura organizacionalou nas formas e procedimentosutilizados. Quanto mais rela-cionadas com a parte física(equipamentos, materiais), maisfáceis de conduzir serão asmudanças. Por último, o proces-so de mudança está relacionadocom o estilo de liderança utiliza-da na mudança, que pode variardo participativo ao autocrático,e quanto à velocidade da mu-dança. Seja qual for a mudançae o seu nível dentro da organiza-ção, é preciso conhecer as ra-zões da mudança; gerir oprocesso de mudança; realizarum diagnóstico organizacional;definir a direcção da mudança;Estabelecer um plano estratégi-co de mudança; monitorizar eavaliar o processo.

A aprendizagem organiza-cional está na essência de uma

organização dinâmica que tem acapacidade de captar sinais,quer seja do seu interior querseja do exterior, e de se adaptarde acordo com esses sinais. Aaprendizagem organizacionalpode ser entendida como oprocesso de optimização dosprocedimentos de uma organi-zação através de um melhorconhecimento e compreensãodos mesmos.

Argyris e Schon (1978) iden-tificaram três tipos de apren-dizagem organizacional, queainda hoje são consideradoscomo válidos. A classificação éefectuada tendo em conta os“tempos” de reacção às mudan-ças provenientes do ambienteem que a organização se insere.

Quando a aprendizagem ora-nizacional ocorre apenas comouma reacção a um erro que foidetectado e que se procura corri-gir, estamos perante o que osautores denominam de “single-loop learning1”. Quando a orga-nização possui alguma capaci-dade de reflexão sobre os seusprocedimentos, para além deresolver um erro detectado, estánum processo de aprendizagemorganizacional um pouco maisavançado que o primeiro e que

ficou conhecido por “double-loop learning2”. Num estádiomais avançado de aprendizagemorganizacional, estão as organi-zações que se instruem sobre osdois primeiros tipos, ganhandocom essa antecipação vantagenscompetitivas significativas, no-meadamente pelo facto de nãoincorrerem no mesmo tipo deerros que as organizações estu-dadas. Este tipo de aprendiza-gem é conhecido pelo “deutero-learning3”.

Mas como se processa estaaprendizagem organizacional?Actualmente existem várias per-spectivas sobre a aprendizagemorganizacional para além daabordagem tradicional, centradana aprendizagem dos indivídu-os. Cook e Yanow procuramcomprovar essa ideia. Estesautores consideram que a abor-dagem centrada apenas nascapacidades cognitivas dos indi-víduos ignora a importância pri-mordial da cultura organiza-cional.

Kim considera a aprendiza-gem organizacional orientadapara a acção. Para este autor osmodelos mentais dos indivíduosincorporam influências internase externas da organização pelo

que, a aprendizagem organiza-cional não se pode cingir apenasa um processo intra-organiza-cional.

As organizações, indepen-dentemente da sua natureza,mais ou menos complexas, sãosistemas abertos pelo que, so-frem influências externas. Nestesentido, estas não deverão sub-relevar as ligações relacionaisda aprendizagem organiza-cional.

O processo de mudançarequer uma especial atenção porparte dos seus actores. É impor-tante que estes entendam eanalisem correctamente osobjectivos da organização, iden-tifiquem as principais dificul-dades que vão encontrar e osfacilitadores da mudança. Destaforma é possível planear e exe-cutar as mudanças que venhama contribuir para o desempenhoorganizacional. Hampton sali-enta que os principais actores damudança devem ser bons pla-neadores do processo e devemter em conta a arquitecturacomunicacional para disseminaresse plano estratégico.

No próximo número abor-darei a importância da comuni-cação organizacional e procu-rarei estabelecer uma relaçãoentre estes dois comportamentos– mudança e comunicação – e aprodutividade das organizações.

Para Saber Mais:

ARGYRIS, C. (1977). Double-loop learning in organizations. HarvardBusiness Review, September–October,pp. 115 - 125.

ARGYRIS, C. (2003). A life full oflearning. Organization Studies, n.º 24,pp. 1178 - 1192.

DAVENPORT, T. e PRUSAK, L.(1998). Working Knowledge: HowOrganizations Manage What TheyKnow. Boston, MA: Harvard BusinessSchool Press.

WINTER, S. (2003). Understandingdynamic capabilities. StrategicManagement Journal, n.º 24, pp. 991 -995.

____1 Termo técnico de tradução sem

relevância

Dr. Osvaldo Santos Ferreira *

ECONOMIA

A Produtividade e oComportamento Organizacional * Economista

“O processo de mudança requer uma especial atenção por parte dos seus actores. É importante que estesentendam e analisem correctamente os objectivos da organização, identifiquem as principais dificuldadesque vão encontrar e os facilitadores da mudança.”

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 200838

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O que é o Abuso SexualInfantil?

Constitui-se como “contac-tos e interacções entre uma cri-ança e um adulto, quando oadulto (agressor) usa a criançapara se estimular sexualmente asi próprio, à criança ou outrapessoa” (National Center ofChil Abuse and Neglect, 1998).“Consiste no envolvimento decrianças e adolescentes depen-dentes, imaturos em termos dedesenvolvimento, em activida-des sexuais que elas não com-preendem verdadeiramente, praas quais são incapazes de dar oconsentimento informado e queviolam os tabus sociais dos papeisfamiliares” (Schechter e Roberge,1976, cit. por Tranter, 1988).

O abuso sexual pode envol-ver ou não o toque, como o exi-bicionismo, carícias, penetraçãovaginal, anal ou oral, manipu-lação dos genitais do abusadorou do menor, masturbação, usoda criança para a criação de ma-teriais pornográficos, prostitui-ção infantil e imposição ao me-nor de assistir a actividades sex-uais de outras pessoas.

O abuso sexual pode ocorrerem todas as classes sociais,económicas e étnicas. E em am-bos os sexos, embora com maiorincidência no sexo feminino.

Quem é o abusador?O abusador sexual é normal-

mente uma pessoa comum,inserida na sociedade, nas quaisse verifica, na maioria dasvezes, características como, bai-xa auto-estima e imaturidade,dificuldade no relacionamentointerpessoal, desejo de poder ede controlar os outros, impulsi-vidade e baixa tolerância à frus-tração. Num grande número desituações, é uma pessoa conheci-da da criança, na qual ela confia.

Nem todos os abusadoressexuais de crianças são pedófi-los, uma vez que a pedofiliaimplica sempre uma perturba-ção mental e a satisfação sexualé centrada exclusivamente nacriança. O abusador encontra-sesempre numa posição de poderou controle sobre o menor.

Que sinais podem indicarque uma criança está a servítima de abuso sexual?

Quando uma criança é víti-ma de abuso sexual podem sur-gir sinais físicos, psicológicos ecomportamentais:

Sinais físicos: doenças sexu-almente transmissíveis; irritaçãoou feridas nos genitais ou nazona anal; dor quando anda ouquando se senta; inflamações ehemorragias.

Sinais psicológicos: baixaauto-estima; depressão; senti-mentos de culpa; medos inde-finidos permanentes.

Sinais comportamentais:perda de apetite, pesadelos, in-sónia, desistência das activida-des habituais; medo em ir paracasa; evitamento das pessoas;pouco relacionamento com oscolegas; retrocessos (enurese ouchuchar no dedo); dificuldadesde concentração nas aulas; me-do de uma pessoa, ou um desa-grado intenso em ficar numdeterminado sítio ou com umadeterminada pessoa; gravidez;agressividade, delinquência, fu-ga de casa ou prostituição; com-portamento auto-destrutivo; co-nhecimento sexual invulgar oucomportamento sexual desade-quado para a sua idade (promis-cuidade, verbalização); vitimi-zação sexual de outras crianças.

Tal como acontece com ou-tras situações, a observação dealguns destes sinais deve serfeita com precaução, uma vezque alguns são comuns a outrasproblemáticas. A confirmaçãodo abuso passa quase semprepela denúncia por parte da cri-ança e exame médico.

O que devo fazer se o meufilho(a) diz que é alvo deabuso sexual?

• Oiça a criança com atençãoe acredite nela. São raras assituações em que as criançasmentem sobre este tema;

• Não negue o problema, por

mais doloroso que seja. Nãoculpe a criança, a culpa não estánela, mas sim no abusador;

• Mantenha a calma, fale deforma tranquila, para que elanão fique assustada;

• Diga à criança que fez bemem falar e tranquilize-a, expli-cando-lhe que ela não fez nadade errado, que está segura e quenão lhe vai acontecer nada demal;

• Não confronte directamen-te o abusador;

• Fale com as autoridadespoliciais.

Como posso prevenir oabuso sexual no meu filho(a)?

O primeiro passo na pro-tecção do seu filho(a) passa pelaboa comunicação que estab-elece com este(a).

A prevenção faz-se ao longodo tempo. Não torne as conver-sas sobre este tema um “bichode sete cabeças”. Faça-o deforma simples, como o faz, porexemplo, na prevenção dos peri-gos domésticos e numa alturaem que a criança está tranquila.

A prevenção deve começarmal a criança tenha idade paracompreender, normalmente porvolta dos três anos.

Comece por explicar ao seufilho(a) que o seu corpo é espe-cial, é dele(a) e deve ser protegi-do;

Esclareça-lhe que tem o dire-ito a dizer “Não”, se alguémquiser tocar nele de formadesconfortável e que o faça sen-tir medo ou confuso;

Diga-lhe que há partes doseu corpo que são privadas eque ninguém tem o direito delhe tocar nas suas partes íntimas,

se se sentir desconfortável. Queos pais ou educadores podem-no fazer quando lhe estão a darbanho ou a tratar da sua higiene,mas ninguém tem o direito de omagoar e ele deve dizê-lo;

Alerte-o para estar atento aosseus sentimentos sobre as pes-soas que lhe tocam;

Se alguém o chateia, diga--lhe para falar com uma pessoaem quem confie, que irão acredi-tar nele e que a culpa não é sua;

Ensine à sua criança quenem sempre os adultos fazem ascoisas bem;

Brinque ao “E se...” Porexemplo: E se uma pessoa queconheces te tentasse tocar deuma forma que te faça sentirdesconfortável, como reagirias?

Não se esqueça que emmuitos casos as crianças sãoabusadas sexualmente por pes-soas que ela conhece e confia(os pais, amas, educadores, viz-inhos, outros familiares) e emlocais onde ela se sente con-fortável ou segura.

O abusador procura tirarvantagem da confiança que acriança tem nele ou amizade eusa ameaças para manter oabuso em segredo. Como: “façomal aos teus pais”, “ninguémvai acreditar em ti”, “vou mago-ar-te”, “eu vou para a prisão”,“vais destruir a família”. Nor-malmente estas ameaças resul-tam porque a criança é ensinadaa acreditar e a obedecer aosadultos. Muitas vezes não sa-bem que a forma como o abusa-dor lida com ela é errada, embo-ra se sintam desconfortáveiscom o que está a acontecer. Oacto é muitas vezes perpetuadopelos sentimentos de vergonha eculpa.

O Abuso sexual traz conse-quências a curto e a longo prazo,cuja gravidade é influenciadapela proximidade da criança aoabusador, a duração do abuso, agravidade da violência física, atensão relacionada com o abusoem si e com o processo dedenúncia e o balanço entre osfactores de risco e os factoresprotectores, associados à crian-ça enquanto indivíduo e à suarede social de apoio.

A vítima de abuso sexualdeve ser observada de perto eacompanhada por técnicos espe-cializados, que a possam ajudara minimizar as consequênciasdo abuso sexual.

____

Se quiser falar connosco,contacte-nos:

Cáritas Paroquial de CorucheApoiar – Gabinete de

Aconselhamento Parental

Travessa do Forno n.º 16-18,2100-210 Coruche

Telefs: 243 679 387 / 934 010 534

E-mail:aconselhamentoparental.apoiar

@hotmail.com

O atendimento é realizado àssegundas-feiras à tarde

Equipa Técnica:

Isabel Miranda(Psicóloga Clínica/Coordenadora)

Mauro Pereira(Psicólogo Clínico/Psicoterapeuta)

Gonçalo Arromba(Técnico de Psicologia Clínica)

Sara Luís(Técnica de Psicologia Clínica)

Noémia Campos(Assistente Social)

Sílvia Caraça(Assistente Social)

O Abuso Sexual Infantil

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 39

EDUCAR AGORA

Mariazinha A.C.B. Macedo*

* Educadora de Infância

TOCA A FAZER RETRATOS

Queridos meninos,

Agora que vem aí o calor… já podem sair de casa e irao jardim da Zona Verde para desenhar cá fora porque émuito mais divertido do que dentro de casa.

Levem umas folhas grandes de papel e muitas canetasde feltro. Ou lápis de cores ou, até, um lápis só: Um lápispreto.

Porque também é muito divertido desenhar só a preto.As árvores, as casas, os meninos, os passarinhos, as nu-vens, tudo fica da mesma cor. Mas não faz mal porquenós sabemos que quando desenhamos… se o nosso lápisfor azul…tudo fica azul: casas, flores, árvores e crianças.Mas nós imaginamos tudo como queremos, não é ver-dade?

Aqui vos mandoum retrato meu feitopelo António (que émeu sobrinho). E osmeninos?

Porque não fazemagora um retrato dovosso Pai, ou davossa Mãe, ou dosvossos Avós, paralhes oferecerem?

Depois mostrem--nos para nós os co-nhecermos melhor,está bem?

Mas não se esque-çam: façam os vossodesenhos nos jardinsde Mondim porquefica muito mais bo-nito de certeza.

Muitos beijinhosda Mariazinha.

ERAERA UMAUMA VEZVEZ . . .. . .

Pois, queridos pais, conti-nuemos a falar sobre as garatu-jas, pois, como vimos no últimonúmero, elas são autênticas men-sagens das crianças.

Normalmente, à semelhançada mãe, ou das pessoas crescidas,as crianças querem não só de-senhar mas, também, escrever.

Há uma distinção nítidaquando rabiscam ou desenhame quando “escrevem” “cartas”que, na realidade, são o começoda verdadeira escrita. E “escre-vem-nas” com um ar muito sé-rio. É impressionante como elastêm consciência de que querem“dizer” alguma coisa. De quequerem comunicar.

Mas só depois de um enor-me progresso que permite aocérebro coordenar as sensaçõesauditivas com as sensaçõesvisuais é que a criança pode, deuma forma alternativa rabiscar oque quer e dizer o que escreve.

Não sabe ainda formar letrasisoladas, mas é mais uma provade que atinge primeiro o aspec-to global de conjunto.

Nessas garatujas que faz,antes de desenhar ou escrever, acriança revela, contudo, sem osaber, as particularidades do seumundo. Particularidades essas,sem as quais nós, educadores,por mais esclarecidos que seja-

mos, não conseguimos atingiros objectivos da verdadeira edu-cação, a educação da nossa sen-sibilidade e inteligência.

Por isso a importância de lheproporcionar as condições mín-imas exigidas para a livre exe-cução das suas garatujas e de-senhos.

Da garatuja passam a umapretensa figuração de coisas,seres ou objectos, a que a crian-ça atribui um significado quedepende da sua imaginação domomento e não de qualquersemelhança com o desenho querealizou.

Assim, o traço, o círculo, afigura estranha que a criançadesenha são: um homem, umacasa, ou um avião… ainda quenada no desenho se assemelhe àdesignação que lhe dá “o autor”ou “autora”.

A figura humana é, sem dú-vida, um centro de interesse pre-dominante em todas as crianças.

Além do desenho é impor-tantíssimo favorecer o desen-volvimento da sua personali-dade através da pintura, da mú-sica, e da dança, entre outrasactividades que podem ajudá--los no seu desenvolvimento.

Como já disse no últimonúmero a observação minuciosadas garatujas da criança podem

ajudar-nos a decifrar muitostraços importantes do seu carác-ter: A vontade, mais ou menosforte; calor e delicadeza de sen-timentos; imaginação; sentidode observação; capacidade devariar… enfim, tantas e tantasoutras características que, so-bretudo as mães e os pais, com asua capacidade e instinto ini-gualáveis, conseguem entendernas entrelinhas.

Exemplos? O traço muitasvezes bem carregado e sólidonum desenho diz-nos da forçadessa criança. Ora são estes etantos outros sinais que nóspodemos ir juntando e reco-nhecendo que nos vão ajudar aconhecê-las melhor. Nunca fa-zendo críticas ou sugestõessobre os resultados destas suasactividades.

Muitas vezes, enquanto de-senham, as crianças falam evão, por vezes, dando explica-ções sobre aquilo que estão afazer.

Não se esqueçam, portanto,de anotar por trás do desenho,além do nome e da idade, a dataou quaisquer outras anotaçõesque considerem importantes.

E até para o mês que vem emque continuaremos a falar sobreesta fascinante actividade dacriança.

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 200840

Conforme prometido, estamos devolta para informar os leitores, daprestação das equipas de futebol doGrupo Desportivo " O Coruchense". Masantes de passar toda a informação recol-hida nas últimas 4 semanas, gostaria dedeixar uma mensagem para todos osCoruchense, que gostam, amam e vivemo futebol.

Como é de conhecimento geral, oClube de todos nós passa por grandesdificuldades financeiras, dificuldadesessas, que temos esperança que sejam

resolvidas a curto prazo. Mas isso não épossível sem a ajuda e o empenho detodos nós, há dois anos que não existeequipa sénior, no último ano não houveequipa júnior, mas não nos podemosesquecer que mesmo assim, existem qua-tro equipas de jovens, que todas as sem-anas trabalham com vontade e comorgulho, só de saber que no fim-de-sem-ana vão representar o Clube da sua terra.O futebol não é só feito de equipasseniores, sem uma formação adequada ebem conseguida, será impossível recru-

tarmos jovens jogadores para a represen-tar, e como consequência disso, voltarãoa ser cometidos os mesmos erros do pas-sado, a contratação de jogadores que emnada se identificam com o Clube, quenão vivem nem amam a nossa vila comonós, os verdadeiros Coruchenses, aquelesque tudo fazemos para que o nosso clubeseja reconhecido em todo o lado, pelosaspectos positivos de outrora, e não peloque o nome do Coruchense representaactualmente.

Aproveito para informar todos os

associados, que a partir do próximo dia09 de Maio de 2008, irá tomar posse umanova direcção, cujo principal objectivoserá o saneamento económico do nossoClube, e posteriormente reunir todas ascondições para que futebol sénior emCoruche, volte o mais rápido possível.

Espero que esta que esta mensagemchegue ao coração de todos os associa-dos, para que se unam ao Clube, paraconseguirmos atingir os nossos objec-tivos.

Saudações Coruchenses.

DEPARTAMENTO DE FUTEBOL DE FORMAÇÃO– • –

TORNEIO COMPLEMENTAR DE ESCOLAS – SÉRIE E

CAMPEONATO DISTRITAL INFANTIS 2ª FASE – NÍVEL II – SÉRIE F

RESULTADOS DA JORNADA

Grupo DDesportivo OO CCoruchense

RESULTADOS DA JORNADA

CAMPEONATO DISTRITAL INICÍADOS 2ª FASE – NÍVEL II – SÉRIE D

RESULTADOS DA JORNADA

por: Jorge Florindo

Novos Órgãos sociaisda Casa do Benfica

em CorucheTomaram posse no passado dia 12 de

Abril os novos órgãos sociais da Casa doBenfica em Coruche para o triénio 2008/2011sendo compostos pelos seguintes elemen-tos:

Assembleia GeralJosé João Coelho (Presidente), João

Leitão (Vice-presidente), Carlos Leitão(1º secretário), Gonçalo Rodrigues (2ºsecretário) e António Roque (Vogal).

DirecçãoLuís Ferreira (Presidente), Mário Justino

Silva (Vice-presidente), Luís Militão(Dir.Adm. e Financeiro), Carlos Dinis

(Dir. Inst. e Equipamento), João Marçal(Dir.Act. Soc. e Desportivas), RogérioFarinha (Dir. Act. Culturais) e Pedro

Dourado (Vogal).

Conselho FiscalAntónio Dionísio Pinto (Presidente),

António José Neves (Vice-presidente),Marco Ferreira (Secretário), SebastiãoJúlio Pereira (Relator) e José Páscoa

Vieira (Vogal).

A actividade desportiva tem sido umarealidade no nosso Clube, tendo-se reali-zado nos dias 5 e 6 de Abril o Cam-peonato distrital de Patinagem Artística,que movimentou cerca de quarenta atle-tas, acompanhantes e directores.

Realizaram-se no pavilhão municipalsendo organizado conjuntamente pelaAssociação de patinagem do Ribatejo epor “Os Corujas”, tendo o Município deCoruche e Junta de Freguesia dado o seuapoio e colaboração, que bastante agra-decemos.

Não podemos esquecer os patrocí-nios de: Cecílio S.A., DAI-Fábrica deaçúcar, Promatur-Viagens, Algodão Do-ce, Foto-Cine e individualmente agrade-cer à Sr.ª Enfermeira Maria José. Umapalavra para a comunicação social deCoruche, pela divulgação dada ao evento.

Por último agradecer aos pais dasatletas todo o seu trabalho e empenhopara possibilitar que a organização doevento fosse um sucesso.

Tivemos a presença, conjuntamentecom “Os Corujas” das equipas: ACRSanta Cita, C.N. Rio Maior, H.C.Santarém, H.C. Tigres, Juventude Ouri-ense, S. C. Tomar e U.F. Entroncamento.

O comportamento das nossas partici-pantes foi meritório mas não podemosdeixar de salientar o 2.º lugar obtido pelanossa júnior Ana Coutinho.

O Hóquei em Patins não teve parado,continuando os Benjamins a disputar osseus jogos/convívio e os seniores a dis-putar o torneio das 4 regiões.

As aulas de Dança de Salão vão con-tinuando a ser frequentadas.

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 41

26 DE ABRIL EM ALCANENA

1º LugarLeandro Oliveira (Escalão Benjamins)

2º LugarJessica Felipe (Escalão Benjamins)Ana Fonseca (Escalão Benjamins)Rafael Vinhas (Escalão Infantis)

3º LugarRaquel Barbas (Escalão Benjamins)Madalena Paules (Escalão Benjamins)Emanuel Vicente (Escalão Benjamins)

4º LugarMiguel Pereira (Escalão Infantis)Diogo Ferreira (Escalão Infantis)Telmo Teles (Escalão Benjamins)

27 DE ABRIL EM ALVITO1º Lugar

Leonor Barbas (Escalão Juvenis)Ana Fonseca (Escalão Benjamins)Leandro Oliveira (Escalão Benjamins)

2º LugarRafael Vinhas (Escalão Infantis)

3º LugarMaria Fonseca (Escalão Juvenis)Jessica Felipe (Escalão Benjamins)Diogo Ferreira (Escalão Infantis)Raquel Barbas (Escalão Benjamins)

O Judo Clube de Coruche aproveita paralouvar todos os atletas acima mencionadosnão deixando de igual modo agradecer tam-bém aos treinadores Mestre Joaquim eMestre Manuel, pelo trabalho com que seempenham, para que o clube alcance osseus objectivos.

Também não se pode deixar de agrade-cer aos pais dos atletas e atletas, que sedisponibilizaram a ceder as suas própriasviaturas, para garantir o transporte dos par-ticipantes, pois sem eles era de todo impos-sível participar nestes torneios, como porvezes acontece, em que não se participamais nos campeonatos por falta de trans-porte.

Cordiais Saudações Desportivas.Floriano Barbas

Judo Clube de Coruchearrecada 18 Medalhasem dois torneios

JUDO

Envie por e-mail [email protected] as imagens

ou situações que deseje ver aqui publicadas

“Casas com gente...ou não….”Sinceramente desconheço o proprietário desta “linda obra de arte" que há muitos,muitos anos "embeleza" a nossa zona ribeirinha, mas com as obras de requalificaçãoque estão a fazer, decida-se, ou manda esta aberração ao chão ou termine-a,aproveite o repto da Câmara Municipal e pelo menos tente pôr gente lá dentro….

T.F.

Campeonato Distritalde Patinagem Artística

Nos passados dias 26 e 27 de Abril, os atletas do Judo Clube de Coruche, participaramem dois torneios (dia 26 em Alcanena e dia 27 em Alvito), onde dignificaram da melhorforma o nome de Coruche, tendo conseguido 4 – 1º lugares, 4 – 2º lugares, 7 – 3º lugarese 3 – 4º lugares.

Ficam as classificações destes jovens judocas coruchenses:

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 200842

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O Município de Coruche ea Greenclub deram um passogigante para fomentar o Golfeno concelho e assim popula-rizar a modalidade, até agoravista como sendo só para al-guns.___

As crianças e os jovens doconcelho de Coruche, com ida-des compreendidas entre os 8 eos 18 anos, podem praticar golfede forma totalmente gratuita, nocampo do Santo Estêvão Golfe.

Esta realidade é possíveldepois da Câmara Municipal deCoruche ter assinado um proto-colo com a Greenclub – Turis-mo e Desporto, S.A., empresadetentora do campo de SantoEstêvão.

A autarquia de Coruche dis-ponibiliza-se para transportar osjovens até ao campo, o acesso atodo o tipo de equipamento ne-cessário para a prática do golfe égarantido pelo Santo EstêvãoGolfe, bem como o devidoacompanhamento por professo-res e monitores.

Os jovens interessados de-verão organizar-se em gruposdentro dos estabelecimentosde ensino que frequentam,solicitando para isso a colabo-ração dos professores de edu-cação física.

O presidente da CâmaraMunicipal de Coruche não hesi-tou em classificar esta parceriapúblico-privada como muito

interessante, “o golfe não temainda tradição em Portugal,mas estas iniciativas estão aaproximar cada vez mais os jo-vens da modalidade, que come-ça também a deixar de ter orótulo de elitista”.

Dionísio Mendes sublinhaainda “este protocolo tem omérito de alargar o leque deoferta desportiva aos jovenscoruchenses, pois esta é umamodalidade para qual dificil-mente iríamos conseguir con-struir um campo municipal”.

O representante da Green-club, Luis Alves Catarino dizque o principal objectivo da em-presa é promover o golfe eassim conseguir chamar para amodalidade mais praticantes.

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Luís Catarino da Greenclub e Dionísio Mendes,presidente da Câmara Muncipal de Coruche,assinando o protocolo.

Assine o Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 2008 43

Preparação

• Cozem-se as carnes para o cozido em água ee ssal: chispe, carne dde ccozer dde vvaca,carne dda aaba dde nnovilha bbrava e enchidos (chouriço dde ccarne, mmorcela dde ssanguee mmorcela dde aarroz). A farinheira é cozida à parte. Depois de cozidas as carnes reti-ram-se da panela com um pouco de água para manter a carne, numa outra vasil-ha, em lume muito brando para não arrefecer.Na água que ficou de cozer as carnes deitam-se as hortaliças: primeiro, ascenouras, batatas e cabeça dde nnabo; 2 a 3 minutos depois junta-se a couve ppor-tuguesa ee aa llombarda.Colocam-se todos os ingredientes cozidos numa travessa – carnes, hortaliças e afarinheira. No fim enfeita-se de raminhos de hortelã.A morcela de sangue é a que dá mais paladar por levar cominhos e, em especial,o cravinho.

Carlos ConsiglieriMarília AbelMarina Jorge

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DO PRADO AO PRATO

A Segurança Alimentardo nosso século

Desde o final do SéculoXIX que se registam altera-ções significativas nos hábitosalimentares das populações,com especial incidência a par-tir da Segunda Guerra Mun-dial.

O aumento da capitação dealimentos de origem animal,como carne, leite, ovos ou pro-dutos da pesca, tornou-se noséc. XX um índice do nível dedesenvolvimento da civilização,bem como da prosperidade eco-nómica dos povos e do seu nívelde vida (Bernardo, 2002). Damesma forma, o acesso à infor-mação e à formação originouquestões que outrora não susci-taram preocupação nos consu-midores e na própria comu-nidade científica, como a per-

cepção do risco alimentar. É hoje claro que as sucessi-

vas crises no sector alimentarfizeram diminuir a confiançados consumidores e aumentar oseu temor, não só quanto à qua-lidade dos alimentos que inge-rem, bem como da sua mani-pulação e produção.

Sendo a segurança dos pro-dutos alimentares um direitofundamental dos consumidores,o enquadramento legal europeuatribui ao agente económico aresponsabilidade legal de pro-duzir géneros alimentícios segu-ros e fiáveis.

Com o aumento do númerodas “doenças alimentares”, osgovernos de todo o mundo, reú-nem esforços e tomam medidaspreventivas, de modo a asse-gurar a segurança e qualidade

dos alimentos e, deste modo ga-rantir a protecção da saúde pú-blica.

As doenças alimentares tra-tam-se de doenças infecciosasou tóxicas, provocadas pelaingestão de alimentos contami-nados. São cada vez maiores osnúmeros destas doenças, emtodos os países. É difícil fazerestimativa destes números. Noentanto, reportou-se em 2005 amorte de 1.8 milhões de pes-soas, por diarreia. A maioriadestes casos, atribuiu-se à inges-tão de alimentos e água.

Em países industrializados,as doenças alimentares têm sidoreportadas como afectando maisde 30% da população (dados daOMS – WHO).

Na origem da maioria dastoxinfecções alimentares encon-

tram-se microrganimos como:Salmonella (um dos maioresproblemas a nível mundial),Campylobacter, Listeria, Ecoli eVibrio cholerae (o maior proble-ma de saúde pública em paísesem desenvolvimento).

A segurança dos alimentostambém é afectada pela existên-cia de toxinas no ambiente,como as micotoxinas, bio toxi-nas marinhas, entre outras, quepodem causar intoxicações sev-eras; por agentes causadores daBSE (encefalopatia espongi-forme bovina) e a variantehumana – Creutzfeldt-Jakob(vCJD); pela acumulação dePOPs (poluentes orgânicos per-sistentes) no ambiente; pela acu-mulação de metais pesados,etc…

As doenças alimentares, têm

um verdadeiro peso social eeconómico ao nível das popu-lações e seus sistemas de saúde.

Assim, o desenvolvimentoda segurança alimentar seráessencial. A biotecnologia usadaneste campo, deverá ser bemavaliada e bem utilizada, de mo-do a providenciar bases científi-cas para a tomada de decisõespara a protecção da saúde públi-ca. Deste modo, e de acordocom as directrizes da organiza-ção mundial de saúde, o futuropara a segurança alimentar, pas-sa por um controlo ao longo detoda a cadeia, desde a produçãoao consumo (do prado ao prato).

As intervenções para a pre-venção das doenças passam pelaeducação e treino dos manipula-dores de alimentos, assim comodos próprios consumidores.

Mónica Tomaz *

* Médica veterinária

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 25 • Maio de 200844

A Quinta Grande é uma propriedade situada em terras de várzea echarneca do concelho de Coruche onde a par de uma vasta área florestal demontado de sobro e pinhais, são produzidos 60 ha de modernas vinhas e aindauma vasta área de regadio onde se cultiva desde o tradicional arroz e milho àsHorto-Industriais.

Desde a sua fundação, em 1860, pelo primeiro Visconde de Coruche quea viticultura merece uma atenção muito especial.

Hoje em dia, a área de vinha ocupa 60 hectares de solos franco-arenosos,na qual se aplicam as mais modernas tecnologias vitivinícolas

Aadega da Quinta data de 1905, bem como primeiro edifício, onde se situ-am os lagares e depósitos subterrâneos e de 1921 o dos depósitos aéreos, comum total de 4.800 hectolitros de capacidade.

Mantendo a estrutura antiga, a vinificação actualmente decorre nas maismodernas tecnologias e instalações recorrendo-se não só a moderno equipa-mento como ao revestimento em epoxi dos antigos depósitos.

Nos lagares, tal como no início, pode-se ainda assistir durante as vindimas,à pisa das uvas pelos homens.

De cada ano de colheita é seleccionado o melhor vinho para fabrico doQuinta Grande Reserva que, apenas se fabrica de diferente do Vaca Negra, emalgumas castas e no estágio em pipas de Carvalho Nacional.

Os vinhos VACA NEGRA, destacam a faixa do lenço e a faixa de chita,em justa homenagem a todos os que ao longo destes mais de cem anosdedicaram o seu trabalho nas vinhas do concelho.

O típico monte ribatejano, o vinho, o rio Sorraia, a barragem, o gado e acaça existentes, fazem dos 1.400 ha da herdade as delícias de quem a visita.

Longe de tudo mas perto de todos, a Quinta Grande situa-sena EN 119 a 40 minutos de Lisboa.

A Quinta Grande é um dos principaisfornecedores de Vinho do certame

“Os Sabores do Toiro Bravo”

A 1 de Janeiro de 1926, chegou a Coruche Francisco Tomaz, conhecido por“Chico do Talho” o primeiro cortador de carne da família Tomaz. Na altura traba-lhador por conta de outrem no talho camarário junto ao Edifício dos Paços deConcelho. Em 1937 estabeleceu-se por conta própria num talho sito na Rua dosGuerreiros, passando mais tarde para o Mercado Municipal aquando da sua inau-guração em 1944.

Dos seus quatro filhos, apenas os dois rapazes Manuel Tomaz (Manel do Talho)e Alfredo Tomaz, trabalhavam junto de si. “Manel do Talho”, abre o seu primeirotalho em 1946 no Mercado Municipal, aí vendia unicamente carne de porco.Enquanto o seu pai e irmão no talho do lado vendiam carne de vaca e borrego.

Em 1966,morre o irmão ficando Manel, com o talho que vendia vaca e borrego,entregando-o à mulher e aos filhos.Gerindo a família os dois talhos por mais de 20anos, em meados da década de 80,Alfredo Tomaz filho mais velho de “Manel doTalho” assume a gerência do talho de carne de porco,é também por esta altura queseu neto, também ele de nome Alfredo dá as suas primeiras “facadas na carne” notalho do pai.

No início da década de 90 Alfredo Tomaz (neto) gere o talho de seu pai durantealguns anos.

Em 2007, junta-se a seu avô criando assim a marca registada “O Talho do Manel”.

O “Talho do Manel” é um dos principaisfornecedores de carne brava no certame“Os Sabores do Toiro Bravo”

Telm. 91 25 37 181Telef. 243 675614

Mercado MunicipalCORUCHE

No “Talho do Manel” a nossa aposta é em carne de qualidade, alian-do todos os critérios de segurança alimentar com o objectivo de queos nossos clientes possam contar sempre com um alimento seguro.Inovamos e chamamos o comércio tradicional,proporcionamos aos nos-sos clientes um cartão do “Talho do Manel” que além de dar descon-tos de 10% aos reformados, também permite acumular pontos que aoserem trocados por vales, podem ser descontados nos estabelecimen-tos aderentes.

No “Talho do Manel”, para além de encontrar todos os tipos decarne, também pode encontrar carne de novilha brava, projecto queabraçamos com o intuito de desenvolver e dar a conhecer os saboresdesta que consideramos ser das melhores carnes, tão próprias donosso concelho.

Tentamos lutar por aquilo em que acreditamos.

O Talho do Manel – Breve história