Metodologia de Pesquisa II

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Metodologia de Pesquisa

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  • Metodologia de Pesquisa

  • Unidade:

    Epistemologia

    Responsvel pelo Contedo:

    Profa. Dra. Ana Barbara Ap. Pederiva

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    zzzzzzzzzzzzzzz

    ORIENTAO DE EST UDOS

    Alunos (as),

    Na Unidade Instrucional 2 Epistemologia, da disciplina Metodologia da

    Pesquisa Cientfica, estudaremos a Epistemologia, mais conhecida como teoria do

    conhecimento, tambm analisaremos a origem e o papel da cincia, e ainda, os

    aspectos filosficos quanto origem e natureza do conhecimento.

    Leiam sempre os Materiais complementares, pois eles contribuiro muito

    para a ampliao dos seus conhecimentos. Para que vocs encontrem mais detalhes

    sobre o tema Epistemologia, sugerimos a leitura de um texto que analisa a natureza

    humana, o conhecimento e o saber.

    Bom estudo!

    Lembrem-se que a participao e entrega das atividades / exerccios /

    fruns propostos em cada unidade instrucional obrigatria.

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    Unidade: Epis temologia

    Contedo Programtico

    Natureza, os limites e os problemas do conhecimento cientfico;

    Tipos de conhecimento: senso comum, filosfico, teolgico e cientfico;

    A verdade em cincia: objetividade e subjetividade;

    Critrios de cientificidade;

    Esprito cientfico: a funo da curiosidade;

    Evoluo e diviso das cincias;

    Viso moderna da cincia: anlise sistmica ou holstica

    Objetivos

    Ao final desta unidade o aluno ser capaz de:

    identificar a natureza, os limites e os problemas do conhecimento

    cientfico;

    diferenciar os variados tipos de conhecimento: senso comum, filosfico,

    teolgico e cientfico;

    conceituar verdade em cincia dentro dos critrios de objetividade e

    subjetividade;

    compreender os critrios de cientificidade, esprito cientfico: a funo da

    curiosidade dentro da Metodologia Cientfica;

    compreender o processo de evoluo e diviso das cincias;

    compreender a viso moderna da cincia sob as anlises sistmica ou holstica.

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    Unidade: Epis temologia

    Contextualizao

    Alunos (as),

    Como a Epistemologia busca analisar a origem e o papel da cincia, e

    ainda, os aspectos filosficos quanto origem e natureza do conhecimento,

    proponho a seguinte questo para sua reflexo:

    - O conhecimento existe somente no mundo acadmico, nas universidades

    e centros de pesquisa?

    Boa reflexo!

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    Unidade: Epis temologia

    Natureza, os limites e os problemas do conhecimento cientfico

    prprio do homem produzir conhecimento. Este conhecimento constitui o

    patrimnio histrico-cultural da humanidade, resultante de um processo

    cumulativo, decorrente de toda a histria da vida humana. De fato, o homem vem,

    incessantemente, construindo conhecimento, produzindo arte, cincia e tecnologia,

    organizando o espao fsico e social.

    Todavia, para que a sociedade possa caminhar e desenvolver-se,

    imprescindvel que todos tenham acesso a esse conhecimento, cuja apropriao

    pode dar-se de diversas maneiras.

    O conhecimento possui dois elementos bsicos: um sujeito e um objeto.

    O sujeito o homem, o ser racional e cognoscente1; o objeto a realidade na qual

    vive. Existe relao estreita entre o sujeito e objeto; o homem s sujeito quando

    est conhecendo o objeto, e a realidade s se torna objeto quando conhecida

    pelo sujeito.

    Tipos de conhecimento: senso comum, teolgico (religioso),

    filosfico e cientfico

    Entre os conhecimentos que o homem produz na tentativa de explicar e

    compreender o mundo, dar sentido para as coisas, destacam-se:

    o senso comum,

    o teolgico (religioso),

    o conhecimento filosfico e

    o conhecimento cientfico.

    Senso comum: o modo espontneo e pr-crtico de conhecer. Todo

    homem, no percurso de sua existncia, acumula conhecimentos e experincias

    1 Cognoscente o homem em processo de construo do conhecimento. (SILVA, 1998,

    p.29).

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    Unidade: Epis temologia

    daquilo que viveu, viu e ouviu de outras pessoas, interiorizando as tradies da

    sociedade.

    Assim, o senso comum refere-se a opinies individuais e subjetivas das

    pessoas sobre as coisas e os acontecimentos, como resultado de suas prprias

    experincias. um conhecimento que se adquire independentemente de estudos

    ou pesquisas, entendido como sendo aquele que aborda os fatos sem lhes

    investigar as causas, sem recorrer fundamentao tcnica, sistemtica ou

    objetiva.

    Tambm chamado de vulgar, popular e emprico o

    conhecimento do dia-a-dia, do cotidiano, da vida das

    pessoas (...) Faz parte da tradio de uma comunidade e

    resulta de simples transmisso de uma gerao a outra.

    (BARBOSA, 2006, p. 45)

    Tais caractersticas, entretanto, no devem fazer supor que este tipo de

    conhecimento seja desprezvel ou desprovido de significao. O senso comum:

    (. . .) a primeira compreenso do mundo resultante da

    herana fecunda de um grupo social e das experincias atuais

    que continuam sendo efetuadas. Pelo senso comum, fazemos

    julgamentos, estabelecemos projetos de vida adquirimos

    convices e confiana para agir. (ARANHA; MARTINS,

    1992, p.56).

    Apesar do senso comum no poder ser desprezado, pois a partir dele que

    o indivduo acumula conhecimento e experincias de vida, ele muito subjetivo e

    pessoal. Uma opinio pessoal no pode ser considerada como verdade, a

    menos que seja demonstrada cientificamente.

    J os conhecimentos teolgico (religioso) e filosfico so

    inexperimentveis, pois dependem do exerccio do pensamento e advm da

    necessidade de transcendncia que o homem possui; um exerccio de pensar os

    acontecimentos alm de suas aparncias.

    Conhecimento Teolgico (religioso): a crena em divindades, foras

    superiores, manifestaes divinas. Esse tipo de conhecimento no admite

    questionamentos, no se baseia na razo e sim, na F. A verdade surge da

    revelao.

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    Unidade: Epis temologia

    Conhecimento filosfico: busca respostas na reflexo dos homens sobre

    si mesmos e sobre a realidade. Os temas de reflexo filosficos mudam na medida

    em que o contexto histrico se transforma.

    Quanto ao objeto de conhecimento da filosofia, pode-se

    indic-lo como sendo o tudo. Procura-se conhecer o ser e o

    no ser, o bem e o mal, o mundo dos seres, dos homens. As

    proposies filosficas so situadas em um contexto cultural

    que considera o homem inserido na histria.

    A filosofia , pois, uma reflexo crtica tambm da

    sociedade, da poltica, do direito e da educao, e o seu

    fundamento. (BARROS; LEHFELD, 2000, p.35)

    Pode-se pensar filosoficamente a cincia, a arte, a religio, o homem etc. e

    quando assim se procede, procura-se conhecer as causas primeiras dos fenmenos,

    contrariamente ao que sucede com o conhecimento cientfico, que fica restrito s

    causas prximas, s suas particularidades.

    Ao mesmo tempo em que produz conhecimentos, o homem interroga-se a

    respeito de sua validade: o que a verdade? Pode-se confiar na capacidade

    cognitiva do ser humano? Quando os conhecimentos advindos dela podem ser

    considerados verdadeiros?

    Historicamente, desde os primeiros filsofos at os nossos dias, debate-se o

    problema: a verdade est no objeto ou na relao do sujeito com o objeto? Este

    debate fecundo, fazendo com que surjam diversas interpretaes sobre a questo

    da verdade e da validade do conhecimento. Cada pensador, cada corrente

    filosfica, cada cientista responde a essas questes de maneira diferente.

    E at bom que no seja assim, para que os conceitos e achados cientficos

    sejam exaustivamente testados, comprovados, reduzindo as margens de erros.

    Toda essa polmica, tratada aqui de maneira bastante ligeira, na medida em

    que desafia o esprito humano e provoca divergncias aparentemente

    inconciliveis, benfica e s tem estimulado o aprofundamento de questes

    ligadas epistemologia e filosofia da cincia.

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    Unidade: Epis temologia

    Conhecimento cientfico: o conhecimento cientfico, ao contrrio do

    conhecimento comum:

    Busca compreender a realidade de maneira racional,

    descobrindo relaes universais e necessrias entre os

    fenmenos, o que permite prever acontecimentos e,

    conseqentemente, tambm agir sobre a natureza

    (ARANHA; MARTINS, 1992, p.89)

    O conhecimento cientfico no atinge simplesmente os fenmenos em sua

    manifestao global, mas investiga sua causa, sua constituio ntima,

    caracterizando-se, desta forma, pela capacidade de analisar, de explicar, de

    desdobrar, de justificar, de induzir ou aplicar leis, de predizer eventos

    futuros.

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    Unidade: Epis temologia

    A verdade em cincia: objetividade e subjetividade

    Ao contrrio do uso pouco rigoroso que o homem comum faz da palavra

    cincia em seu cotidiano, no meio acadmico, esta palavra tomada no seu

    sentido estrito: trata-se de uma forma de conhecimento sistemtico dos fenmenos

    naturais, sociais, biolgicos, matemticos, fsicos e qumicos, pelos quais se pode

    chegar a um conjunto de concluses lgicas, demonstrveis por meio de pesquisas.

    (...) a cincia busca um ideal de comunicao universal: a

    linguagem cientfica comunica informao a quem quer que

    possa entende-la, merc de um treinamento anterior (...) a

    comunicao dos resultados e das tcnicas da cincia serve

    no apenas para divulgar, mas tambm para multiplicar as

    possibilidades da confirmao ou refutao do

    conhecimento que est sendo comunicado por parte da

    comunidade cientfica (...) (MOREIRA, 2004, p. 10)

    Por mais que a mensagem, ou a cincia seja "objetiva", no devemos

    esquecer que, no momento exato em que a pessoa - o sujeito - toma conscincia

    de sua existncia, esta se torna tambm, "subjetiva".

    Cada ser possui sua prpria viso de realidade, seu modo de guardar

    informaes, baseado em sua experincia de vida. Ou seja, todos os esforos

    buscando a objetividade e carter universal do conhecimento tornam-se nulos no

    momento em que atingem seu objetivo, a divulgao. Isso ocorre, pois, milhares

    de pessoas com milhares de experincias de vida diferentes iro criar interpretaes

    pessoais das mais variadas categorias.

    Assim, as verdades cientficas so provisrias, pois so datadas, ou seja,

    com as transformaes sociais, polticas, econmicas e culturais nos diferentes

    contextos histricos, as cincias se transformam e, consequentemente, as verdades

    tambm sofrem alteraes.

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    Unidade: Epis temologia

    Critrios de cientificidade

    Um dos requisitos primordiais para um assunto ou fato estudado alcanar o

    estatuto da cincia a utilizao de mtodos cientficos2. O entendimento do

    mtodo passou a ser condio necessria ao estabelecimento de limites, na

    demarcao do que se considera cientfico ou no.

    Nos dias de hoje, muitas reas da cincia se sobrepem de tal

    forma que estudiosos de reas diferentes podem se dedicar a um

    mesmo tipo de problema, com pontos de vistas distintas

    (OLIVEIRA, 1997, p.48).

    Se diversos so os enfoques, diversos tambm os modos de se levantar fatos

    e de se produzir idias. Ou seja, as formas de procedimentos tcnico e lgico do

    raciocnio cientfico so variadas, como vrios so os mtodos3 para o

    desenvolvimento da cincia. O mtodo guia o trabalho intelectual (produo das

    idias, experimentos e teorias) e avalia os resultados obtidos.

    No processo de produo do conhecimento, o pesquisador elege o mtodo

    que lhe parece mais apropriado natureza do assunto que vai estudar. Mtodo e

    contedo devem estar relacionados, uma vez que, to importante quanto o

    conhecimento, a maneira como se chegou a ele.

    2 Os diferentes mtodos cientficos sero estudados na Unidade Instrucional III.

    3 O mtodo constitudo por um conjunto de procedimentos que devem ser observados na busca do conhecimento e transformao da realidade. Em resumo: em seu sentido mais geral, o mtodo a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessrios para atingir um fim dado ou um resultado desejado (CERVO; BERVIAN, 1996, p.23).

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    Unidade: Epis temologia

    O estudante pesquisador deve compreender que se existem diversos

    mtodos para a realizao de pesquisas que buscam contribuir para o

    desenvolvimento das cincias, algumas questes so fundamentais e devem ser

    respondidas para uma maior compreenso do que cincia e da importncia da

    cincia, tais como:

    Afinal, quais so os critrios de cientificidade?

    O que diferencia teorias cientficas de outros tipos de teoria (teorias

    metafsicas e especulativas)?

    O que leva cientistas a considerar uma teoria melhor do que a outra,

    quando ambas se propem a explicar os mesmos fenmenos?

    Para responder estes dilemas, a prpria comunidade cientfica / acadmica

    estabelece critrios para que uma teoria, estudo ou descoberta tenha valor

    cientfico, tais como: coerncia, consistncia, originalidade e objetividade,

    aplicabilidade, replicabilidade, alm de se submeter, necessariamente, apreciao

    crtica da comunidade cientfica, aps sua imprescindvel divulgao.

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    Unidade: Epis temologia

    Esprito cientfico: a funo da curiosidade

    A histria humana a histria das lutas pelo conhecimento da

    natureza para interpret-la e para domin-la. Cada gerao recebe

    um mundo interpretado por geraes anteriores. Esta histria est

    constituda por interpretaes msticas, profticas, filosficas,

    cientficas, enfim, por ideologias. Cada indivduo que vem ao

    mundo j o encontra pensado, pronto: regras morais

    estabelecidas, sociedade organizada, religies estruturadas, leis

    codificadas, classificaes preparadas. No entanto, tal estruturao

    do mundo no justifica a algum se sentir dispensado de repensar

    este mundo, porque caso contrrio tem-se o lugar comum, a

    mediocridade e, o que pior, a alienao. (BASTOS; KELLER,

    2000, p.54)

    A cincia experimental surgiu e desenvolveu-se no incio do sculo XVII,

    sempre imersa nas discusses filosficas que tratavam sobre os limites do raciocnio

    cientfico, sobre o que a cincia considerava como verdade e questionava a

    capacidade do homem em conhecer o universo atravs dos seus falhos

    instrumentos pessoais. Havia uma urgente necessidade de aperfeioar os sentidos

    fsicos: viso, audio e tato, bem como amplificar o poder por meio das

    mquinas.

    O esprito humano, sempre curioso e duvidando de tudo, tentava se apoiar

    nas variadas filosofias, na tentativa de encontrar solues para os problemas

    humanos. Apesar de todos os avanos nos campos das cincias, foi somente no

    sculo XX que a filosofia cientfica ganhou autonomia como disciplina. A cincia

    passou a ser um fator de histria e de cultura entrelaando-se com concepes de

    ordem moral, poltica e tica.

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    Unidade: Epis temologia

    A evoluo constante do homem, por meio do conhecimento cientfico tem

    aumentado a longevidade, solucionado problemas seculares e, conseqentemente,

    levar a humanidade a padres de vida cada vez melhores. Pelo menos este o

    objetivo da cincia.

    O ser humano vive em constantes questionamentos sobre a prpria

    existncia e deseja ansiosamente encontrar respostas e, para isso, cria

    representaes da realidade que percebe e a isso chama de conhecimento. Esse

    conhecimento sistematizado, comprovado por outras pessoas, chama-se

    conhecimento cientfico.

    O conhecimento cientfico aquele que resulta da investigao cientfica,

    seus mtodos e tcnicas. Deriva da necessidade de achar solues para os diversos

    problemas do dia-a-dia e tambm de explicar de modo sistematizado e

    comprovado, teorias capazes de replicao, testagem e de comprovao emprica.

    Desta forma, o conhecimento cientfico surge no apenas da necessidade de

    encontrar solues para problemas de ordem prtica da vida diria, mas do desejo

    de fornecer explicaes sistemticas que possam ser testadas e criticadas por meio

    de provas empricas.

    Essa busca do ser humano para achar soluo para os seus problemas levou

    ao desenvolvimento do conhecimento cientfico, que ajuda na soluo dos

    problemas. Paradoxalmente, muitos homens tm criado problemas no uso de

    muitas descobertas e invenes. Mas o mau uso que traz conseqncias

    indesejveis. Certamente o bom uso das descobertas e criaes humanas traz bem-

    estar, sade e conforto. D uma olhada ao seu redor: a luz eltrica, o celular, o

    computador, o avio, a Internet, no so boas solues?

    A investigao cientfica se inicia quando se descobre que os conhecimentos

    existentes originrios, quer do senso comum, quer do corpo de conhecimentos

    existentes na cincia, so insuficientes para explicar os problemas surgidos. O

    conhecimento prvio que nos lana a um problema pode ser tanto do

    conhecimento ordinrio quanto do cientfico.

    Quando o homem sai de uma posio meramente passiva, de testemunha

    dos fenmenos, sem poder de ao ou controle dos mesmos, para uma atitude

    racionalista e lgica, que busca entender o mundo por meio de questionamentos,

    que surge a necessidade de se propor um conjunto de mtodos que funcionem

    como uma ferramenta adequada para essa investigao e compreenso do mundo

    que o cerca. O homem quer ir alm da realidade imediatamente percebida e lanar

    princpios explicativos que sirvam de base para a organizao e classificao que

    caracteriza o conhecimento.

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    Unidade: Epis temologia

    Por meio desses mtodos se obtm enunciados, teorias, leis, que explicam as

    condies que determinam a ocorrncia dos fatos e dos fenmenos associados a

    um problema, sendo possvel fazer predies sobre esses fenmenos e construir um

    corpo de novos enunciados, qui novas leis e teorias, fundamentados na

    verificao dessas predies, e na correspondncia desses enunciados com a

    realidade fenomenal.

    A cincia se vale da crtica persistente que persegue a localizao dos erros,

    por meio de procedimentos rigorosos de testagem que a prpria comunidade

    cientfica reavalia e aperfeioa constantemente. Esse mtodo crtico de constante

    identificao de dificuldades, contradies e erros de uma teoria, garante cincia

    uma confiabilidade.

    O que se ope ao esprito cientfico o dogma4, que bloqueia a crtica por

    se julgar auto-suficiente e clarividente na sua compreenso do mundo, e acaba por

    impedir eventuais correes e aperfeioamentos, muitas vezes induzindo ao erro,

    fraudes, ignorncia e comportamento intolerante. , portanto, errneo achar que a

    dogmatizao de um conhecimento superior s porque imutvel.

    A curiosidade que leva ao desenvolvimento do esprito cientfico uma

    busca permanente da verdade, com conscincia da necessidade dessa busca,

    expondo as suas hipteses constante crtica, livre de crenas e interesses pessoais,

    concluses precipitadas e preconceitos.

    Embora no se possam alcanar todas as respostas, o esforo por conhecer

    e a busca da verdade continuam a ser as razes mais fortes da investigao

    cientfica.

    4 Dogmas so doutrinas que nos so apresentadas como inquestionveis e indiscutveis.

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    Unidade: Epis temologia

    ANOTAES

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    Unidade: Epis temologia

    REFERNCIAS

    ALVES, R. A filosofia da cincia: introduo ao jogo e suas regras. So Paulo: Loyola, 2000. BARBOSA, Derly. Metodologia de estudos e elaborao de monografia. So Paulo: Expresso & Arte, 2006. BARROS, Aidil Jesus da Silveira.; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metodologia cientfica: um guia para a iniciao cientfica. So Paulo: Pearson Makron Books, 2000. BASTOS, Cleverson; KELLER, Vicente. Aprendendo a aprender: introduo metodologia cientfica. Petrpolis: Vozes, 2000. BITTAR, Eduardo C. Metodologia da pesquisa jurdica: teoria e prtica da monografia para os cursos de direito. So Paulo: Saraiva, 2001. DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento cientfico. So Paulo: Atlas, 2000. DIONE, J.; LAVILLE, C. A construo do saber. Porto Alegre:UFMG, 2004. FREIRE-MAIA, N. A cincia por dentro. 6 Ed. Petrpolis: Vozes, 2000. GALLIANO, A . C. O mtodo cientfico: teoria e prtica. So Paulo: Harbra, 1986. GIL, A . C. Mtodos e tcnicas de pesquisa social. 2 ed. So Paulo: Atlas, 1989. HAGUETTE, T. M. F. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrpolis: Vozes, 2003. JAPIASSU, H. Nascimento e morte das cincias humanas. Rio de Janeiro: F. Alves, 1978. KCHE, J. C. Fundamentos de metodologia cientfica. 12 Ed. Petrpolis: Vozes, 1997. KUHM, T. S. A Estrutura das revolues cientficas. So Paulo: Perspectiva, 1991.

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    Unidade: Epis temologia

    MTTAR NETO, J. A. Metodologia cientfica na era da informtica. So Paulo: Saraiva, 2002. MOREIRA, Daniel A. O mtodo fenomenolgico na pesquisa. So Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. SALONON, D. V. Como fazer uma monografia. So Paulo: Martins Fontes, 2001. SEVERINO, A. Joaquim. Metodologia do trabalho cientfico. 21 Ed. So Paulo: Cortez, 2000.

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