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1 METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Este material é parte integrante da disciplina “Metodologia de Pesquisa Científica”

oferecido pela UNINOVE. O acesso às atividades, as leituras interativas, os

exercícios, chats, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser

feitos diretamente no ambiente de aprendizagem on­line.

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Sumário

AULA 01 • CONHECIMENTOS .......................................................................................................5 Conhecimento .............................................................................................................................5 Finalidade do Conhecimento .......................................................................................................5 Tipos de Conhecimento...............................................................................................................5 Conhecimento Empírico ou Popular.........................................................................................6 Características do saber popular .............................................................................................6 Conhecimento Teológico ou Religioso.....................................................................................6 Características do conhecimento teológico ou religioso...........................................................6 Conhecimento Filosófico..........................................................................................................7 Características do Conhecimento Filosófico ............................................................................7 Conhecimento Científico..........................................................................................................7 Características do Conhecimento Científico ............................................................................7

Exercícios....................................................................................................................................8 AULA 02 • TIPOS DE PESQUISA ...................................................................................................9 Pesquisa .....................................................................................................................................9 Tipos de Pesquisa.......................................................................................................................9 Pesquisa Bibliográfica .............................................................................................................9 Pesquisa Documental............................................................................................................10 Pesquisa de Campo ..............................................................................................................10

Pesquisa Social.........................................................................................................................11 Pesquisa Histórica.....................................................................................................................11 Pesquisa Teórica.......................................................................................................................12 Exercícios..................................................................................................................................12

AULA 03 • MÉTODOS CIENTÍFICOS – PARTE I..........................................................................14 Método Científico.......................................................................................................................15 Método Indutivo.........................................................................................................................15 Método Dedutivo .......................................................................................................................16 Exercícios..................................................................................................................................18

AULA 04 • MÉTODOS CIENTÍFICOS – PARTE II.........................................................................20 Método Hipotético ­ Dedutivo.....................................................................................................20 Método Dialético........................................................................................................................20 Métodos Específicos das Ciências Sociais................................................................................21 • Método Histórico .................................................................................................................21 • Método Comparativo ...........................................................................................................21 • Método Monográfico............................................................................................................21 • Método Estatístico...............................................................................................................22 • Método Tipológico ...............................................................................................................22 • Método Funcionalista ..........................................................................................................22 • Método Estruturalista...........................................................................................................23 • Métodos e Quadro de Referências ......................................................................................23

Exercícios..................................................................................................................................23 AULA 05 • PROJETO DE PESQUISA...........................................................................................25 Elementos componentes do Projeto de Pesquisa......................................................................25 2.1 Título ...............................................................................................................................26 2.2 Tema ...............................................................................................................................26 2.3 Justificativa /Problematização..........................................................................................26 2.4 Objetivos..........................................................................................................................27 2.5 Público­alvo .....................................................................................................................27

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2.6 Hipótese ..........................................................................................................................27 2.7 Metodologia .....................................................................................................................28 2.8 Contribuições...................................................................................................................28 2.9 Referências Bibliográficas................................................................................................28 2.10 Cronograma...................................................................................................................28 Sumário .................................................................................................................................29

AULA 06 • PADRÕES METODOLÓGICOS NA ELABORAÇÃO DE UMA MONOGRAFIA............31 A Importância do Padrão Metodológico .....................................................................................31 Metodologia...............................................................................................................................31 Elementos pré­textuais e elementos textuais.............................................................................33 Elementos pré­textuais ..........................................................................................................34 Elementos textuais ................................................................................................................34

A Importância da Citação ..........................................................................................................36 Numeração de Página...............................................................................................................38 Espaçamento e Paragrafação ...................................................................................................38 Como fazer a Referência Bibliográfica.......................................................................................39

AULA 07 • ENTREGA DO TRABALHO FINAL E SUA APRESENTAÇÃO EM BANCA .................42 Como entregar a monografia? ...................................................................................................42 Monografia.............................................................................................................................42 I) Elementos Pré­textuais.......................................................................................................42 II) Elementos Pós­textuais.....................................................................................................43

Bibliografia.................................................................................................................................43 Como apresentar o trabalho final?.............................................................................................44

AULA 08 • ELABORAÇÃO DE UM ARTIGO (PAPER) ..................................................................45 O que é um artigo (paper)? .......................................................................................................45 Roteiro de elaboração ...............................................................................................................45 Estrutura de apresentação ........................................................................................................45 Dicas para uma boa redação de um trabalho ............................................................................46 Modelo de apresentação de um artigo.......................................................................................46

AULA 09 • ESTUDO DE CASO.....................................................................................................47 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................48

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O objetivo desta aula consiste em levar o aluno a diferenciar o conhecimento científico de outros tipos de conhecimentos existentes e a identificar as principais características do

conhecimento científico, do conhecimento empírico (popular), do conhecimento filosófico e do conhecimento teológico.

AULA 01 • CONHECIMENTOS

Conhecimento

O que é conhecer para você?

Certamente você poderá encontrar várias definições sobre este tema.

Segundo Bello (2005, p.10): “ Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original,

sobre um fato ou fenômeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das

experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos

relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos” . Dentre os animais,

o homem é o único ser capaz de criar e transformar o conhecimento.

Finalidade do Conhecimento

O fim do conhecimento é alcançar uma verdade objetiva. Ao produzi­lo, o homem assimila

o mundo ao derredor, através de um processo dialético baseado na contemplação, sensação,

percepção e representação.

Tipos de Conhecimento

O ser humano, ao se utilizar de um conjunto de símbolos para ordenar o pensamento e,

assim, permitir a produção e transmissão de idéias, pode criar diversos tipos de conhecimentos,

deste modo definidos:

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Conhecimento Empírico ou Popular

É o conhecimento obtido de modo espontâneo, após inúmeras tentativas, por meio de

ações não planejadas. Obtido sem a aplicação de um método, o saber presente em nossa vida

cotidiana.

Características do saber popular

Superficial: porque se vê, sente, ouve dizer, todo mundo fala, ou seja, conforma­se com a

aparência; Sensitivo: refere­se a vivências do dia­a­dia; Subjetivo: pois é o próprio sujeito que

organiza as suas experiências de acordo com a sua ótica; Assistemático: pois não possui uma

ordenação das idéias; e Acrítico: independente de verdadeiro ou não, este conhecimento não se

manifesta de forma crítica. (Ander­Egg, 1978)

Para Trijillo (1974, p.11): “constituem­se características do conhecimento popular: valor

ativo, reflexivo, assistemático, verificável, falível e inexato”.

Exemplo de conhecimento popular: “Chá de boldo é bom para o estômago”.

Conhecimento Teológico ou Religioso

Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa, portanto, não pode ser

confirmado ou negado. Sua origem baseia­se nos valores das proposições sagradas, e, portanto,

são indiscutíveis pela sua relação com o sobrenatural. Depende da formação moral e das crenças

de cada indivíduo.

Características do conhecimento teológico ou religioso

Para Trijillo (1974, p.11): “constituem­se características do conhecimento teológico ou

religioso: valorativo, inspiracional, sistemático, não­verificável, infalível, exato”.

Exemplo: “O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus”.

Falível: qualquer idéia que possa ser submetida aos testes da observação, por

exemplo: o conhecimento popular e científico é falível, enquanto que o conhecimento

filosófico e teológico é infalível.

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Conhecimento Filosófico

É fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento sobre fenômenos, valorativo

que emerge da experiência e não da experimentação, portanto, não é verificável e as suas

hipóteses são filosóficas, nada é confirmado ou refutado no campo da ciência.

Características do Conhecimento Filosófico

Ainda segundo Trujillo (1974, p. 11), “o conhecimento filosófico é composto das seguintes

características: valorativo, racional, sistemático, não­ verificável, infalível e exato”.

Exemplo: “O homem é a ponte entre o animal e o além­homem”. (Friedrich Nietzsche)

Conhecimento Científico

É o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua origem está

nos procedimentos de verificação baseada na metodologia científica. O conhecimento científico é

fático: parte dos fatos respeita­os até certo ponto e sempre retorna a eles. A ciência procura

descobrir os fatos tais como são independentemente do seu valor emocional ou comercial. Em

todos os campos, a ciência começa por estabelecer os fatos: isso requer curiosidade impessoal,

desconfiança pela opinião prevalecente e sensibilidade à novidade.

Características do Conhecimento Científico

Para Galliano (1979, pp. 24­30), “o conhecimento científico: é racional e objetivo; atém­se

aos fatos; transcende aos fatos; é analítico; requer exatidão e clareza; é comunicável; é

verificável; depende de investigação metódica; busca e aplica leis; é explicativo; pode fazer

predições; é aberto; é útil”.

Exemplo: Albert Einstein descobriu a relação entre a energia e a matéria, expressa através

de sua famosa equação: E = mc 2 .

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Exercícios

1. Conhecer é estabelecer uma relação entre a pessoa que conhece e o objeto que passa a ser conhecido. Pode­se dizer que esta idéia está: a) Correta. b) Incorreta.

2. Pode­se dizer que se trata de um conhecimento científico: “A vacina contra a poliomielite foi descoberta por Albert Sabin em 1959”. a) Correto. b) Incorreto.

3. Pode­se dizer que se trata de um conhecimento popular: “Passar por baixo de uma escada, dá azar”. a) Correto. b) Incorreto.

4. Pode­se dizer que se trata de um conhecimento teológico: “O homem foi expulso do paraíso por comer o fruto proibido”. a) Correto. b) Incorreto.

5. Pode­se dizer que se trata de um conhecimento filosófico: “Entre a concepção crematística de Céfalo e o paradoxo do Sofista, ficaram sem consistência os alicerces morais da Justiça”. (Platão, A República) a) Correto. b) Incorreto.

Respostas dos Exercícios

1. Conhecer é estabelecer uma relação entre a pessoa que conhece e o objeto que passa a ser conhecido. Pode­se dizer que esta idéia está: RESPOSTA CORRETA: A Pois o conhecimento depende das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais.

2. Pode­se dizer que se trata de um conhecimento científico: “A vacina contra a poliomielite foi descoberta por Albert Sabin em 1959”. RESPOSTA CORRETA: A

3. Pode­se dizer que se trata de um conhecimento popular: “Passar por baixo de uma escada, dá azar”. RESPOSTA CORRETA: A

4. Pode­se dizer que se trata de um conhecimento teológico: “O homem foi expulso do paraíso por comer o fruto proibido”. RESPOSTA CORRETA: A

5. Pode­se dizer que se trata de um conhecimento filosófico: “Entre a concepção crematística de Céfalo e o paradoxo do Sofista, ficaram sem consistência os alicerces morais da Justiça”. (Platão, A República) RESPOSTA CORRETA: A

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Nesta aula, “Tipos de Pesquisa”, abordaremos o conceito de pesquisa, alguns dos principais tipos de pesquisa necessários à realização da monografia (exigência parcial do seu

curso).

AULA 02 • TIPOS DE PESQUISA

Pesquisa

Segundo Lakatos e Marconi (2005, p.157), a pesquisa “é um procedimento formal, com

método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho

para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”.

Para realizarmos uma pesquisa, há a necessidade de elaborarmos um projeto de pesquisa

e um projeto da mesma, o qual será tratado nas próximas aulas.

Tipos de Pesquisa

Pesquisa Bibliográfica

Esse tipo de pesquisa é realizado por meio de fontes bibliográficas: periódicos, artigos,

boletins, monografias, dissertações, teses, até mesmo por meios de comunicações orais e visuais

(rádio, gravações, filmes e televisão).

Para tal, faz­se necessário ter disponibilidade de tempo para as leituras, que uma pesquisa

completa e aprofundada exige, uma boa quantidade de obras referentes ao tema e a possibilidade

de consultas com especialistas da área, com a finalidade de analisar e interpretar documentos

específicos.

Segundo Lakatos e Marconi (2005, p. 44), as oito fases de uma pesquisa bibliográfica são:

“a escolha do tema; elaboração de um plano de trabalho; identificação; localização; compilação;

análise e interpretação e redação”.

A pesquisa bibliográfica propicia a revisão de um tema sob diferentes enfoques e

conclusões inovadoras.

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Pesquisa Documental

Uma pesquisa documental caracteriza­se pela fonte da coleta de dados. Estes podem ser

escritos ou não desde que sejam primários e realizados num momento em que ocorrem os fatos

ou fenômenos.

Os dados primários são compilados pelo autor e classificados como contemporâneos

quando são atuais (exemplos: arquivos públicos, publicações parlamentares e administrativas,

gravações, censos, fitas, filmes, cartas e contratos) e retrospectivos, após o acontecimento dos

fatos (exemplos: diários, autobiografias e relatos).

Pesquisa de Campo

É o tipo de pesquisa baseada em documentação direta, o levantamento de dados é

realizado no local onde ocorrem os fenômenos com o objetivo de obter informações sobre um

problema, ou confirmar uma hipótese, ou descobrir novas relações entre fatos por meio da

observação.

Segundo Trugillo (1982, p. 229), a pesquisa de campo “não deve ser confundida com a

simples coleta de dados (este último tipo corresponde à segunda fase de qualquer pesquisa); é

algo mais que isso, pois exige contar com controles adequados e objetivos preestabelecidos que

discriminam suficientemente o que deve ser colocado”.

Constituem­se fases da pesquisa de campo, uma pesquisa bibliográfica sobre o assunto,

saber em que estado encontra­se o problema, estabelecer um modelo teórico de referência, a

determinação das variáveis, quais técnicas serão empregadas e a representatividade da amostra

e quais as técnicas que serão utilizadas para a análise e registro dos dados.

Conforme Tripod et.al. (1975), as pesquisas de campo podem ser divididas em três grupos,

são eles: quantitativos descritivos, exploratórios e experimentais.

Quantitativos descritivos: cuja finalidade principal é um delineamento ou análise dos

fatos, com precisão estatística e utiliza­se de instrumentos como entrevistas, questionários,

formulários, etc.

Exploratórios: investigações empíricas cuja finalidade é elaborar questões de um

problema para desenvolver hipóteses, aumentado a familiaridade do pesquisador com o ambiente

da pesquisa e analisar os dados.

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Há uma variedade de instrumentos para a coleta de dados, como: entrevista, observação

participante, análise de conteúdo para um estudo intensivo de um pequeno número de unidades,

realizada por meio de técnicas probabilísticas.

Os estudos exploratórios subdividem­se em exploratórios descritivos, que se utiliza de

procedimentos específicos para a coleta de dados, e estudos de manipulação experimental.

As pesquisas de campo experimentais são investigações baseadas em pesquisas

empíricas realizadas em ambientes naturais ou laboratórios, ou seja, em ambientes controlados,

que podem ser comparadas ou não por testes de hipótese e estabelecem relações de causa e

efeito.

Os estudos deste tipo utilizam, além dos grupos experimentais, os grupos de controle, as

técnicas de amostragem rigorosas para permitirem generalizações e descobertas advindas das

experiências.

Podemos sintetizar os tipos de pesquisa de campo conforme o diagrama a seguir:

Pesquisa Social

É toda pesquisa que busca respostas de um grupo social.

Exemplo: saber quais os hábitos de higiene de uma comunidade específica.

Pesquisa Histórica

É toda pesquisa que estuda o passado.

Exemplo: saber de que forma se deu a independência do Brasil.

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Pesquisa Teórica

É toda pesquisa que analisa uma determinada teoria.

Exemplo: saber o que é a Teoria da Relatividade.

Para os diversos tipos de pesquisas abordadas contamos com observações diretas,

assistemáticas, sistemáticas, observação não participante, observação participante, observação

individual, observação em equipe, observação na vida real, observação em laboratório,

entrevistas, questionários, pré­testes, dentre outros instrumentos.

Exercícios

1. Em conformidade com o texto, pesquisar é sinônimo de coletar dados? a) Correto. b) Incorreto.

2. Segundo Lakatos e Marconi (2005, p. 44), as oito fases de uma pesquisa bibliográfica são: a escolha do tema, a elaboração do trabalho, identificação, localização, compilação, fichamento, análise e interpretação e redação. Pode­se dizer que essa idéia está: a) Correta. b) Incorreta.

3. Uma pesquisa documental caracteriza­se pela fonte da coleta de dados primários. Tais dados podem ser classificados em quantitativos descritivos. Pode­se dizer que essa idéia está: a) Correta. b) Incorreta.

4. Uma pesquisa de campo pode ser dividida em três grupos: quantitativos descritivos, exploratórios e experimentais. Pode­se dizer que essa idéia está: a) Correta. b) Incorreta.

Respostas dos Exercícios

1. Em conformidade com o texto, pesquisar é sinônimo de coletar dados? RESPOSTA CORRETA: B A coleta de dados é apenas a segunda fase de qualquer pesquisa.

2. Segundo Lakatos e Marconi (2005, p. 44), as oito fases de uma pesquisa bibliográfica são: a escolha do tema, a elaboração do trabalho, identificação, localização, compilação, fichamento, análise e interpretação e redação. Pode­se dizer que essa idéia está: RESPOSTA CORRETA: A

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3. Uma pesquisa documental caracteriza­se pela fonte da coleta de dados primários. Tais dados podem ser classificados em quantitativos descritivos. Pode­se dizer que essa idéia está: RESPOSTA CORRETA: B Podem ser classificados como contemporâneos e retrospectivos.

4. Uma pesquisa de campo pode ser dividida em três grupos: quantitativos descritivos, exploratórios e experimentais. Pode­se dizer que essa idéia está: RESPOSTA CORRETA: A

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Nesta aula, “Métodos Científicos”, abordaremos alguns tipos de métodos científicos mais utilizados em pesquisas acadêmicas com a finalidade de que o aluno possa escolher, de acordo

com objeto de seu estudo, o método que mais se adequar ao seu trabalho.

Ao término desta aula, o aluno deverá ser capaz de diferenciar um método do outro bem como identificar as possibilidades de uso.

AULA 03 • MÉTODOS CIENTÍFICOS – PARTE I

Durante a observação da realidade, a constituição das hipóteses, a comprovação ou não

das mesmas e a generalização das teorias, alguns procedimentos são repetidos e aperfeiçoados,

os quais são denominados métodos. Ou ainda, os métodos podem ser entendidos como um

conjunto de atividades sistemáticas que nos levam a descobrir a realidade dos fatos.

“Hoje as ciências utilizam uma tal diversidade de métodos que fica impossível para um

cientista dominá–los, mesmo uma pequena parte deles”. (Máttar Neto, 2003, p. 31)

Há métodos para estudar a física computacional, a genética molecular, os pigmentos de

fitoplâncton em oceanografia, o design estrutural de aeronaves, métodos probabilísticos,

metodologia para os estudos de renda familiar, métodos para estudos em Economia, em

Psicologia e muitos outros métodos. Desta forma, é objeto de estudo de cada ciência determinar

qual ou quais métodos específicos devem ser utilizados pelo pesquisador.

O objeto de estudo pode ser subdividido em: material, aquilo que se pretende estudar,

analisar, interpretar ou verificar, e formal, o enfoque dado às diversas ciências que contemplam o

mesmo objeto material.

Os principais métodos que estudaremos são: métodos científicos, método indutivo,

método dedutivo, método hipotético dedutivo (segundo Bunge), método dialético, método

especifico das ciências sociais.

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Método Científico

É a teoria da investigação que alcança os objetos de forma científica. Esse método é

composto das seguintes etapas: “descobrimentos do problema, colocação precisa do problema,

procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao problema, tentativa de solução do

problema com auxílio dos meios identificados, produção de novos dados empíricos, obtenção de

uma solução, investigação das conseqüências da solução obtida, comprovação da solução e

correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados empregados na obtenção da solução

correta”. (Bunge,1980, p.25)

Método Indutivo

“Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares,

suficientemente constatados, infere­se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes

examinadas”. (Lakatos, 2005, p.86)

Três elementos são fundamentais para a indução, são eles: a observação dos fenômenos

(observação e análise dos fatos para descobrir as possíveis causas ou manifestações), a

descoberta da relação entre os fatos (realizada por meio de comparações aproximações entre

fenômenos) e a generalização da relação encontrada entre os fatos ou fenômenos (inclusive os

não­observáveis, desde que sejam idênticos).

“O problema da indução científica é apenas um caso particular do problema geral do

conhecimento abstrato, pois a lei científica não é mais do que um fato geral abstraído da

experiência sensível”. (Jolivet, 1979, p. 89)

A indução pode ser apresentada de duas formas: completa ou formal, induzida de todos

os casos, cada um de seus elementos é comprovado pela experiência; e a forma incompleta ou

científica, que não se origina de elementos enumerados ou provados pela experiência, mas de

alguns casos observados, circunstâncias diferentes, sob vários pontos de vista e até mesmo de

uma única observação de uma mesma categoria; esta espécie de indução não leva a novos

conceitos, apenas a coleções de coisas já conhecidas, sem influência no progresso da ciência.

A força indutiva dos elementos, por enumeração, obedece aos seguintes princípios:

“quanto maior a amostra maior a força indutiva dos argumentos; quanto mais representativa a

amostra, maior a força indutiva do argumento”. (Souza et. al., 1976, p.64)

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Sendo assim, a amostra é muito importante para a força indutiva do argumento. Como

exemplo de interferências, podemos citar as amostras compostas de dados insuficientes para

sustentar uma generalização e as amostras tendenciosas que ocorrem quando a generalização

é realizada sem ser representativa da população.

Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 32), o argumento indutivo baseia­se na “generalização

de propriedades comuns a certo número de casos, até agora observados, a todas as ocorrências

de fatos similares que se verificam no futuro. O grau de confirmação dos enunciados trazidos

depende das evidências ocorrentes”. Parte das verdades particulares para as verdades gerais.

No método indutivo não há inferência, apenas uma simples substituição de uma coleção de

termos particulares por um termo equivalente.

Método Dedutivo

O método dedutivo apresenta três tipos de argumentos, são eles: dedutivos, indutivos e

condicionais.

“Os argumentos dedutivos ou estão corretos ou incorretos, ou as premissas sustentam de

modo completo a conclusão ou, quando a forma é logicamente incorreta, não a sustentam de

forma alguma, portanto, não há graduações intermediárias. Resumindo, os argumentos indutivos

aumentam o conteúdo das premissas com o sacrifício da precisão, ao passo que os argumentos

dedutivos sacrificam a ampliação do conteúdo para atingir a “certeza”. (Lakatos, 2005, p. 92)

Exemplo 1:

“Terra, Marte, Vênus, Saturno, Netuno são todos planetas.

Ora, Terra, Marte, Vênus, Saturno, Netuno, etc, não brilham com luz própria.

Logo, todos os planetas não brilham com luz própria”. (Cervo e Bervian, 2002, p. 32)

Exemplo 2:

“Os corpos A, B, C, D atraem o ferro.

Ora, os corpos A, B, C, D são todos imãs.

Logo, os imãs atraem o ferro”. (Cervo e Bervian, 2002, p. 33)

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Quadro 1 – Características básicas dos argumentos dedutivos e indutivos

Argumentos Dedutivos Argumentos Indutivos

Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão deve ser verdadeira.

Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente verdadeira, mas não necessariamente verdadeira.

Toda a informação ou conteúdo fatual da conclusão já estava, pelo menos implicitamente, nas premissas.

A conclusão encerra informação que não estava, nem implicitamente, nas premissas.

Fonte: (Salmon, 1978, pp.30­31)

O método dedutivo garante que se os axiomas e postulados forem verdadeiros, então os

teoremas deverão ser verdadeiros.

Para Cervo e Bervian (2002, pp.35­36):

“Duas regras gerais são apontadas quanto à validade das conclusões do processo

dedutivo:

1) Da verdade do antecedente segue­se a verdade do conseqüente.

Todos os animais respiram.

Ora, o mosquito é animal.

Logo, o mosquito respira.

2) Da falsidade do antecedente pode seguir­se a falsidade ou a veracidade do

conseqüente.

Todos os animais são quadrúpedes.

Ora, o cisne é animal.

Logo, o cisne é quadrúpede (conseqüente falso).

Ou então:

Toda árvore é racional.

Ora, Gilberto é arvore.

Logo, Gilberto é racional (conseqüente verdadeiro).

O raciocínio dedutivo pode ser expresso pelo silogismo, que poderá ter forma:

1) Categórica.

Todas as crianças têm pais.

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Ora, Gilberto é criança.

Logo, Gilberto tem pais.

2) Hipotética.

Se Henrique estudar, passará nos exames.

Ora, Henrique estuda.

Logo, passará nos exames.

No raciocínio dedutivo, a conclusão ou conseqüente está contido nas premissas ou

antecedente, como a parte no todo”. (Cervo e Bervian, 2002, pp.35­36)

Exercícios

1. As premissas do método científico sustentam o modo completo da conclusão. Pode­se dizer que essa idéia está: a) Correta. b) Incorreta.

2. Uma das características do argumento dedutivo é: se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão só pode ser verdadeira. Pode­se dizer que essa idéia está: a) Correta. b) Incorreta.

3. Esta característica não é dedutiva quando analisamos um argumento: toda informação ou conteúdo fatual da conclusão já estava, pelo menos implicitamente, nas premissas. Pode­se dizer que essa idéia está: a) Correta. b) Incorreta.

4. No método indutivo, se as premissas são verdadeiras, podemos afirmar que a conclusão logicamente é verdadeira. Pode­se dizer que essa idéia está: a) Correta. b) Incorreta.

Respostas dos Exercícios

1. As premissas do método científico sustentam o modo completo da conclusão. Pode­se dizer que essa idéia está: RESPOSTA CORRETA: A

2. Uma das características do argumento dedutivo é: se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão só pode ser verdadeira. Pode­se dizer que essa idéia está: RESPOSTA CORRETA: A

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3. Esta característica não é dedutiva quando analisamos um argumento: toda informação ou conteúdo fatual da conclusão já estava, pelo menos implicitamente, nas premissas. Pode­se dizer que essa idéia está: RESPOSTA CORRETA: A

4. No método indutivo, se as premissas são verdadeiras, podemos afirmar que a conclusão logicamente é verdadeira. Pode­se dizer que essa idéia está: RESPOSTA CORRETA: B Porque as conclusões no método indutivo possuem um conteúdo mais amplo do que as premissas nas quais foram baseadas. Assim, quando as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente verdadeira.

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Nesta aula, “Métodos Científicos”, abordaremos os métodos científicos Hipotético– Dedutivo, Método Dialético e alguns métodos específicos das Ciências Sociais, freqüentemente utilizados em pesquisas acadêmicas com a finalidade de que o aluno possa escolher, de acordo

com objeto de seu estudo, o método que mais se adequar ao seu trabalho.

Ao término desta aula, o aluno deverá ser capaz de diferenciar um método do outro bem como identificar as possibilidades de uso.

AULA 04 • MÉTODOS CIENTÍFICOS – PARTE II

Método Hipotético ­ Dedutivo

Karl R. Popper, conhecido como introdutor do critério da falseabilidade que diferencia

critérios científicos dos não­científicos. Seu método consiste na reputação das idéias ou não. Em

suma, admite­se uma hipótese, elabora­se uma proposta de teste, sob um critério rigoroso para a

eliminação do erro e, após os testes de falseamento (tentativas de refutação), sendo aprovada a

hipótese, a mesma vale para o momento e, sendo falseado o processo, renova­se em si mesmo

dando origem a novos problemas.

Método Dialético

É um método que descreve o movimento da realidade e do próprio pensamento por meio

de uma forma dialética tese / antítese / síntese. Defende a necessidade do trabalho com a

negação e com a contradição: por meio da confrontação entre as idéias. É possível gerar uma

síntese que, por sua vez, deveria ser submetida a uma nova contradição e assim por diante.

Popper discute ainda o problema da indução. Enquanto a indução tenta confirmar e

verificar a hipótese, esta tentativa procura todas as evidências para torná­la falsa. “Para

ele, em vez de esperarmos, passivamente, que as repetições impressionem ou

imponham regularidades sobre nós, procuramos, ao contrário, ativamente impor

regularidades sobre o mundo”. [Máttar Neto, 2003, p.73]

Page 21: metodologia pesquisa

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Métodos Específicos das Ciências Sociais

• Método Histórico

Podemos dizer que o método histórico preenche os vazios dos fatos e acontecimentos.

O método histórico, como o próprio nome diz, consiste em investigar acontecimentos,

processos e instituições do passado para verificar a sua influência na sociedade de hoje,

processos estes, desde o período de sua formação e suas modificações.

• Método Comparativo

Consiste no método que realiza comparações visando verificar similaridades e explicar

possíveis divergências entre os resultados obtidos, sejam estes dados de grupos em qualquer

tempo, seja no presente ou passado. Por constituir uma experimentação indireta, é usado em

estudos de grandes dimensões, tais como: desenvolvimento de uma sociedade, eleições, em

estudos quantitativos e qualitativos. Pode ser usado em qualquer etapa de uma investigação.

• Método Monográfico

É o método que busca fazer generalizações, já que parte do princípio de que em qualquer

objeto de um estudo aprofundado, é também representativo de outros casos semelhantes. Busca

partir um pequeno grupo, como o estudo de uma família, e ir tomando dimensões maiores, seja a

comunidade ou grupos maiores, como cidades, estados, países. Sua vantagem é que, ao se

iniciar em um grupo menor, preservam­se as características principais do próprio grupo.

São leis da dialética: ação recíproca, “tudo se relaciona”; mudança dialética, “tudo se

transforma”; mudança qualitativa e a interpenetração dos contrários.

Page 22: metodologia pesquisa

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

• Método Estatístico

O método estatístico significa redução de fenômenos sociológicos, políticos, econômicos,

etc, a termos quantitativos. Seu papel é fornecer uma descrição quantitativa da sociedade,

considerada como um todo organizado.

• Método Tipológico

Ao comparar fenômenos sociais complexos, o pesquisador cria tipos ou modelos ideais,

construídos a partir da análise de aspectos essenciais do fenômeno. A característica principal do

tipo ideal é não existir na realidade, mas servir de modelo para a análise e compreensão de casos

concretos, realmente existentes. Segundo Max Weber, o tipo ideal diferencia­se do conceito,

porque não se contenta com selecionar a realidade, mas também a enriquece. O papel do

cientista consiste em ampliar certas qualidades e fazer ressaltar certos aspectos do fenômeno que

se pretende analisar.

• Método Funcionalista

O método funcionalista, mais do que investigação, é um método de interpretação, em que

se considera a sociedade como um sistema organizado formado por partes, cada uma com suas

características desempenhando suas funções.

Por um lado, considera a sociedade como uma complexa estrutura de grupos reunidos

entre ações e reações sociais, por outro, um sistema de instituições agindo e reagindo umas

sobre as outras. Podemos considerar que sociedade é um todo em funcionamento em que as

partes têm suas funções a serem desempenhadas.

Para Merton, para o bom funcionamento da sociedade, as funções são divididas em duas

“funções manifestas e funções latentes”.

As funções manifestas são funções esperadas, como, por exemplo, uma das atribuições

da família é de satisfazer as necessidades econômicas de seus membros.

As funções latentes são as conseqüências não pretendidas das funções manifestas, como

exemplo, a democracia diz que todos devem ter as mesmas oportunidades e que todos são

iguais, mas, na realidade, isso não acontece, já que dentro do próprio sistema educacional

existem desigualdades entre os indivíduos em que a oportunidade de cursar um ensino superior

depende da classe social.

Page 23: metodologia pesquisa

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

• Método Estruturalista

Parte da investigação de um fenômeno concreto, eleva­se a seguir ao nível abstrato, por

intermédio da constituição de um modelo que represente o objeto de estudo, retornando, por fim,

ao concreto, dessa vez como uma realidade estruturada e relacionada com a experiência do

sujeito social.

O método estruturalista caminha do concreto para o abstrato e vice­versa, dispondo, na

segunda etapa, de um modelo para analisar a realidade concreta dos diversos fenômenos. A

diferença primordial entre os métodos tipológico e estruturalista é que o “tipo ideal” do primeiro

inexiste na realidade, representação concebível da realidade.

• Métodos e Quadro de Referências

Os métodos de procedimento muitas vezes são utilizados em conjunto, com a finalidade de

obter vários enfoques do objeto de estudo.

Quadro de referência é a totalidade que abrange dada teoria e a metodologia específica

dessa teoria. Teoria é considerada toda generalização relativa a fenômenos físicos ou sociais,

estabelecida com o rigor científico necessário para que possa servir de base segura à

interpretação da realidade; a metodologia engloba métodos de abordagem e de procedimento e

técnicas.

Exercícios

1. A afirmação “a tentativa consiste em eliminação de erros, tornando falsas as conseqüências deduzidas ou derivadas da hipótese. Quanto mais falseável for uma conjectura, mais científica será e mais falseável será, quanto mais detalhes houver”: trata­se do método dedutivo. a) Correto. b) Incorreto.

2. O método que reduz os fenômenos sociológicos, políticos, econômicos, etc, a termos quantitativos, e que fornece uma descrição quantitativa da sociedade, considerada como um todo organizado, é o Método Estatístico. a) Correto. b) Incorreto.

3. O método que consiste em realizar comparações visando verificar similaridades e explicar possíveis divergências entre os resultados obtidos, sejam estes dados de grupos em qualquer tempo, seja no presente ou passado, é denominado Método Funcionalista.

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

a) Correto. b) Incorreto.

4. O Método Funcionalista, mais do que investigação, é um método de interpretação, em que se considera a sociedade como um sistema organizado formado por partes, cada uma com suas características desempenhando suas funções. a) Correto. b) Incorreto.

Respostas dos Exercícios

1. A afirmação “a tentativa consiste em eliminação de erros, tornando falsas as conseqüências deduzidas ou derivadas da hipótese. Quanto mais falseável for uma conjectura, mais científica será e mais falseável será, quanto mais detalhes houver”: trata­se do método dedutivo. RESPOSTA CORRETA: B Corresponde ao Método Hipotético­Dedutivo.

2. O método que reduz os fenômenos sociológicos, políticos, econômicos, etc, a termos quantitativos, e que fornece uma descrição quantitativa da sociedade, considerada como um todo organizado, é o Método Estatístico. RESPOSTA CORRETA: A

3. O método que consiste em realizar comparações visando verificar similaridades e explicar possíveis divergências entre os resultados obtidos, sejam estes dados de grupos em qualquer tempo, seja no presente ou passado, é denominado Método Funcionalista. RESPOSTA CORRETA: B O método em questão é o método comparativo.

4. O Método Funcionalista, mais do que investigação, é um método de interpretação, em que se considera a sociedade como um sistema organizado formado por partes, cada uma com suas características desempenhando suas funções. RESPOSTA CORRETA: A

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Esta é a principal aula desta disciplina, porque, segundo o nosso programa, ao término dos conteúdos, todos os alunos deverão entregar um projeto de pesquisa, preferencialmente aquele

que se transformará na sua monografia (exigência parcial do curso).

Serão tratados aqui os elementos que compõem um projeto de pesquisa e como elaborá­ lo. Bom trabalho a todos!

AULA 05 • PROJETO DE PESQUISA

O projeto de pesquisa é uma das etapas componentes da elaboração e apresentação da

pesquisa.

Todo projeto de pesquisa requer estudos preliminares sobre escolha do tema, grau de

interesse do pesquisador, a possibilidade de execução do trabalho quanto ao tempo disponível,

limites das capacidades do pesquisador em relação ao assunto, facilidades de acesso aos dados

necessários à pesquisa, etc.

Elementos componentes do Projeto de Pesquisa

2.1 Título

2.2 Tema

2.3 Justificativa /Problematização

2.4 Objetivos

2.5 Público­alvo

2.6 Hipótese

2.7 Metodologia

2.8 Contribuições

2.9 Referências Bibliográficas

2.10 Cronograma

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Os demais elementos, como recursos, anexos e glossário podem ser acrescentados

dependendo da necessidade do autor.

2.1 Título

É mediante ao título que se indica o assunto do trabalho. O título “é a nomeação do tema

da pesquisa”. Severino (2000, p.160)

Exemplo:

Título: “Educação da Mulher: a perpetuação da injustiça”.

2.2 Tema

O tema é o assunto geral da pesquisa. Geralmente é escolhido por sua significação, sua

novidade, sua oportunidade e seus valores acadêmicos e sociais.

Exemplo:

Tema: “A mulher e a sociedade”.

2.3 Justificativa /Problematização

Esta etapa pode­se iniciar com uma apresentação em que se coloca a gênese do

problema, ou melhor, como o autor chegou até o mesmo, quais os motivos relevantes que

levaram ao assunto e trabalhos que já versaram sobre este problema.

O problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema escolhido. O autor, no caso,

criará um questionamento para definir a abrangência de sua pesquisa. Não há regras para se criar

um problema, mas alguns autores sugerem que ele seja expresso em forma de pergunta.

Particularmente, prefiro que o problema seja descrito como uma interrogação.

Desta forma, é enunciado o problema pelo autor e, depois de esclarecido o tema, e

delimitado o problema, deve­se apresentar a justificativa.

A Justificativa, num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o convencimento

de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser efetivado. O tema escolhido pelo pesquisador

e a hipótese levantada são de suma importância, para a sociedade ou para alguns indivíduos, de

ser ou não comprovada.

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Deve­se tomar o cuidado, na elaboração da justificativa, de não se tentar justificar a

hipótese levantada, ou seja, tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de

pesquisa. A Justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a grande

necessidade de se realizar tal pesquisa.

Exemplo: Problema: “A mulher é tratada com submissão pela sociedade?”

2.4 Objetivos

A definição dos objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realização do

trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim.

Alguns autores separam os objetivos em objetivos gerais e objetivos específicos, mas não

há regra a ser cumprida quanto a essas categorias.

Para se definir os objetivos, é preciso esclarecer tal coisa; definir tal assunto; procurar

aquilo; permitir aquilo outro, demonstrar alguma coisa, etc, ou seja, responder as questões: para

quê? Para quem?

O enunciado de um objetivo inicia­se com o verbo no infinitivo.

2.5 Público­alvo

É o público a quem se destina a pesquisa.

2.6 Hipótese

Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, a hipótese é uma das afirmações

categóricas, que tenta responder ao problema levantado no tema escolhido para pesquisa. É uma

pré­solução para o problema levantado. O trabalho de pesquisa, então, poderá confirmar ou negar

a hipótese levantada.

Exemplo: (em relação ao problema definido acima)

Hipótese: A sociedade patriarcal, representada pela força masculina, exclui as mulheres

dos processos decisórios.

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

2.7 Metodologia

A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação

desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa.

É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista, etc),

do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação

e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa.

“A especificação da metodologia da pesquisa é a que abrange maior número de itens, pois

responde, a um só tempo, às questões: como?, com quê?, onde?, quanto? Corresponde aos

seguintes componentes: método de abordagem, métodos de procedimento, técnicas de

observação, delimitação do universo (descrição da população) e tipo de amostragem”. Lakatos &

Marconi (2005, pp. 223­226)

2.8 Contribuições

Na escolha do tema, devemos tomar cuidado para não executarmos um trabalho que não

interessará a ninguém. Se o trabalho merece ser feito, então ele deverá ter uma importância para

pessoas, ou grupos de pessoas, ou para a sociedade em geral, essa relevância é o que

denominamos contribuição.

2.9 Referências Bibliográficas

É a relação de todas as obras ou documentos sobre os assuntos que foram utilizados na

elaboração da pesquisa.

As referências bibliográficas devem ser apresentadas em ordem alfabética, como já

dissemos anteriormente.

2.10 Cronograma

O Cronograma é a previsão de tempo que será gasto na realização do trabalho de acordo

com as atividades a serem cumpridas. As atividades e os períodos serão definidos a partir das

características de cada pesquisa e dos critérios determinados pelo autor do trabalho.

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Os períodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas, meses, bimestres,

trimestres, etc. Estes serão determinados a partir dos critérios de tempo adotados por cada

pesquisador.

Toda pesquisa deve ser dividida em partes e o cronograma vai dividir cada parte da

pesquisa no seu tempo, ou seja, o cronograma responde a pergunta “quando”.

Exemplo:

ATIVIDADES / PERÍODOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 Levantamento de literatura X 2 Montagem do Projeto X 3 Coleta de dados X X X 4 Tratamento dos dados X X X X 5 Elaboração do Relatório Final X X X 6 Revisão do texto X 7 Entrega do trabalho X

Sumário

“Segundo a norma NBR 6027, da ABNT, designa a enumeração das principais divisões,

seções e outras partes de um documento, na mesma ordem em que a matéria nele se sucede.

Não se deve confundir sumário com índice, nem com lista, pois são coisas distintas. O sumário

abrange todas as partes do trabalho, como listas de abreviaturas e ilustrações, tabelas, índices,

etc. Seu lugar é logo após a página de rosto”. Cervo (2002, p.127)

Exemplo de sumário

Título: “Educação da Mulher: a perpetuação da injustiça”

1. Introdução

2. Histórico do papel da mulher na sociedade

3. O poder da religião

3.1 O mito de Lilith/Eva

3.2 O mito da Virgem Maria

4. O processo de educação

5. O papel da mulher na família

5.1 A questão da maternidade

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Acrescentar à lista de quadros, tabelas e figuras se houver.

Observação: O documento final do Projeto de Pesquisa deve conter:

• Capa ou Falsa Folha de Rosto (obrigatório);

• Folha de Rosto (obrigatório);

• Sumário (obrigatório);

• Texto do projeto (baseado nas características enunciadas acima) (obrigatório);

• Referências (obrigatório);

• Capa (se quiser).

http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met05.htm José Luiz de Paiva Bello, Rio de Janeiro –

2004, acesso em 29/02/2008.

5.2 Direitos e deveres

5.3 A moral da família

5.4 Casamento: um bom negócio

5.5 A violência

6. Um capítulo masculino

7. Considerações finais

Observação:

Esta aula não contém exercícios, mas proponho que você, aluno, elabore o seu próprio

Projeto de Pesquisa.

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Esta aula desenvolve a importância dos padrões metodológicos na elaboração de uma monografia.

Os padrões referidos são: a definição de metodologia, quais os elementos pré­textuais e textuais, como fazer citações, a formatação do trabalho, as referências bibliográficas e as

exigências de uma monografia.

AULA 06 • PADRÕES METODOLÓGICOS NA ELABORAÇÃO DE UMA MONOGRAFIA

A Importância do Padrão Metodológico

Para iniciarmos o assunto acima, faremos alguns questionamentos cujas respostas foram

extraídas de: BARROS, Aidil Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. “A

metodologia e universidade” In: ___. Fundamentos de metodologia: um guia para a iniciação científica. São Paulo: Mc Graw­Hill, 1986, pp. 1­14.

Metodologia

1) O que é Metodologia?

Partindo da definição etimológica do termo, temos que a palavra Metodologia vem do

grego “meta” = ao largo; “odos” = caminho; “logos” = discurso, estudo.

A Metodologia é entendida como uma disciplina que consiste em estudar e avaliar os

vários métodos disponíveis, identificando as limitações de suas utilizações. A Metodologia, num

nível aplicado, examina e avalia as técnicas de pesquisa bem como a geração ou verificação de

novos métodos que conduzem à captação e processamento de informações com vistas à

resolução de problemas de investigação. Daí então surge a questão: qual a diferença entre

Metodologia e Método?

A Metodologia seria a aplicação do método através de técnicas. Constitui o procedimento

que deve seguir todo conhecimento científico para comprovar sua verdade e ensiná­la.

Page 32: metodologia pesquisa

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

O método é o caminho ordenado e sistemático, a orientação básica para se chegar a um

fim, e técnica é a forma de aplicação do método. Representa a maneira de atingir um propósito

bem definido. Têm­se então o método como estratégia e as técnicas como táticas necessárias

para se operacionalizar a estratégia.

Assim, o método seria o que fazer, e a técnica o como fazer, isto é, a maneira mais hábil,

mais perfeita de fazer uma atividade.

2) Qual a relação existente entre Ciência e Metodologia Científica?

A Metodologia, no quadro geral da ciência, é uma ‘Metaciência’, isto é, um estudo que tem

por objeto a própria Ciência e as técnicas específicas de cada Ciência. A Metodologia não procura

soluções, mas escolhe as maneiras de encontrá­las, integrando os conhecimentos a respeito dos

métodos em vigor nas diferentes disciplinas científicas ou filosóficas.

Com relação à importância da Metodologia Científica, esta é baseada na apresentação e

exame de diretrizes aptas a instrumentar o universitário no que tange a estudar e aprender. Para

nós, mais vale o conhecimento e manejo desta instrumentação para o trabalho científico do que o

conhecimento de uma série de problemas ou o aumento de informações acumuladas

sistematicamente. Estamos, pois, voltados para assessorar e colaborar com o crescimento

intelectual do aluno para a formação de um compromisso científico frente à realidade empírica.

3) Qual a importância da Metodologia Científica para o pós­graduando?

A Metodologia auxilia e, portanto, orienta não só o universitário como o pós­ graduando no

processo de investigação para tomar decisões oportunas na busca do saber e na formação do

estado de espírito crítico e hábitos correspondentes necessários ao processo de investigação

científica. O uso de processos metodológicos permitirá ao estudante o desenvolvimento de seu

raciocínio lógico e de sua criatividade.

Assim, a disciplina de Metodologia Científica se propõe a desenvolver a capacidade de

observar, selecionar e organizar cientificamente os fatos da realidade.

Portanto, o objetivo desta disciplina no curso é de capacitar o estudante, através de

reflexões, práticas e reflexões sobre estas mesmas práticas, a uma análise do conhecimento e do

seu processo de produção.

É através da Metodologia Científica que criaremos estímulos para o desenvolvimento do

espírito crítico e observador do aluno para que ele possa ver a realidade com toda sua nudez,

analisando­a e refletindo­a à luz de concepções filosóficas e teóricas.

Page 33: metodologia pesquisa

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Assim, através do estudo da Metodologia Científica vão sendo apresentadas diretrizes

para a formação paulatina de hábitos de estudos científicos, já que a pesquisa e a reflexão devem

constituir­se em objetivos principais da vida universitária.

4) Quais as contribuições da Metodologia Científica?

Metodologia Científica não é um amontoado de técnicas, embora elas devam existir, mas

sim um conhecimento que deve estar sempre em relacionamento e a serviço de uma proposta

nova de Universidade e conhecimento.

A Metodologia Científica estrutura­se para contribuir para que a Universidade desenvolva

as funções que lhe são impostas frente às necessidades culturais e econômicas emergentes.

Assim, a Metodologia Científica vem para auxiliar na formação profissional do estudante.

Pretende­se alcançar uma formação profissional competente bem como uma formação sócio­

política que conduzirão o aluno a ler crítica e analiticamente o seu cotidiano.

A formação profissional competente está diretamente relacionada ao crédito dado ao

estudo e à elaboração de um projeto de estudo. Isto é, deve estar implícita a preocupação em

aprender as funções advindas de sua carreia profissional.

Considerando­se a Universidade como centro do saber, como uma instituição preocupada

com a qualificação do ensino, com o rigor da aprendizagem e com o progresso da ciência, ela terá

na Metodologia um valioso ajudante quanto ao desenvolvimento de capacidades e habilidades do

universitário. Vem, portanto, fornecer os pressupostos do trabalho científico, ou seja, normas

técnicas e métodos reconhecidos pelo uso entre cientistas, referentes ao planejamento da

investigação científica, à estrutura e à aplicação, apresentação e comunicação dos seus

resultados.

Elementos pré­textuais e elementos textuais

Em uma monografia, encontramos dois tipos de elementos: os que antecedem o texto,

denominamos de elementos pré­textuais, e o próprio texto denominamos de textuais.

“Aprendendo a pensar, a pesquisar e formando o seu espírito científico, o universitário

estará obtendo conhecimentos novos e, ao mesmo tempo, construindo­se como ativo e

participante da História”.

Page 34: metodologia pesquisa

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Como elementos pré­textuais, podemos citar: a identificação do autor do trabalho, o tema e

a instituição de ensino. Esses elementos despertam o interesse do leitor em conhecer o trabalho.

Elementos pré­textuais

Em uma monografia, encontramos dois tipos de elementos: os que antecedem o texto,

denominamos de elementos pré­textuais, e o próprio texto denominamos de elementos textuais.

Capa ­ Capa é a cobertura de papel ou de outro material, flexível (brochura) ou rígida

(capa dura ou cartonada), que reúne e protege as folhas que constituem o trabalho. Contém os

seguintes elementos: o nome do autor na ordem normal, com letras maiúsculas (no alto da

página); o título completo do trabalho (no centro da página); nome da instituição, a cidade e o

ano (embaixo).

Folha de Rosto – Também chamada de página de rosto, apresenta os seguintes

elementos: o nome completo do autor (no alto); se o trabalho foi escrito por mais de um autor,

relacionar os nomes em ordem alfabética; o título completo do trabalho (no centro da página);

indicação da natureza do trabalho, seu objetivo acadêmico, a instituição a que se destina e o

nome do professor orientador do trabalho (abaixo do título e à direita); nome da instituição de

ensino, cidade e ano da realização do trabalho (embaixo).

Sumário ­ Enumeração das principais divisões (capítulo, seções, artigos, etc) de um

documento, na mesma ordem em que a matéria nele se sucede; visa facilitar a visão do conjunto

da obra e a localização de suas partes, e indicar, para cada parte, a página inicial correspondente.

Devem estar relacionados no sumário:

Os títulos dos elementos textuais que compõem o trabalho: introdução, capítulos, tópicos e

subtópicos. Os capítulos, tópicos e subtópicos são relacionados com o indicativo numérico e

alinhados à esquerda. Uma linha pontilhada, não negritada, liga os títulos aos números da página

inicial, cujo alinhamento é à direita.

Elementos textuais

Esta é a parte em que o trabalho é apresentado e desenvolvido. Os elementos textuais são

compostos por: introdução, desenvolvimento e conclusão.

Page 35: metodologia pesquisa

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Título ­ * Os textos abaixo foram extraídos e adaptados de: JARDILINO, José Rubens;

ROSSI, Gisele; SANTOS, Gerson T. Orientações Metodológicas para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos. São Paulo: Gion, 2000.

“Reporta­se diretamente ao objeto de pesquisa e procura dar indicações do tema

pesquisado, do problema a ser resolvido. Ou seja, dirige a atenção do leitor para o foco da

pesquisa e dá pistas para a interpretação da mensagem”. (p. 61)

O título é composto de uma parte geral (indica o teor do trabalho. É amplo e chamativo) e

de uma parte específica ou técnica (explica, especifica o tema ­ subtítulo).

Introdução ­ “O objetivo da introdução é apresentar de maneira clara o tema (...)

levantados pela pesquisa. (...) Não deve ser longa nem adiantar questões fundamentais a serem

tratadas pelo desenvolvimento. (...) Não se deve aqui fazer longas análises. O tom é de

colocações breves que ajudem o leitor a se dar conta daquilo que deverá ser discutido no

desenvolvimento. Neste sentido, cabe, também, na introdução, uma breve antecipação do que

cada capítulo tratará. Isto ajuda a se perceber a articulação do trabalho com um todo”. (pp. 61­62)

Desenvolvimento ­ “O desenvolvimento é o núcleo central da monografia. (...) Não há

uma regra geral de como cada divisão da monografia deve ser feita, porém a articulação das

partes que compõem o desenvolvimento deve obedecer alguns princípios lógicos e psicológicos

salutares ao trabalho acadêmico: partir do conhecido para o desconhecido, do mais simples

para o mais complexo, do que é consenso geral para o que é polêmico, dos pontos mais

evidentes para os mais obscuros. Isso auxilia o leitor a perceber com maior clareza o problema,

acompanhar melhor os passos da demonstração e aceitar como válida a conclusão em função da

coerência entre os enunciados e seus objetos na realidade e da coerência entre os vários níveis

lógicos da argumentação”. (p. 63)

Considerações Finais ­ Se a introdução é abertura do trabalho, as considerações finais

são seu fecho. É a síntese dos argumentos mais importantes apresentados no desenvolvimento, é

a apresentação dos resultados e a retomada das contribuições proporcionadas pelo estudo do

tema.

As considerações finais são caracterizadas pela brevidade (em poucas linhas, recuperar a

idéia central e os resultados), pela concisão (uso de expressões precisas, claras e objetivas) e

pela consistência (os argumentos apresentados demonstrarão se a hipótese do trabalho foi

confirmada ou negada).

Page 36: metodologia pesquisa

36

METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

A Importância da Citação

A citação é a referência de uma idéia extraída da obra de outro autor.

A utilidade da citação é dar suporte, ratificar e fundamentar as idéias que o autor deseja

transmitir, aclarar ou questionar em relação ao tema em discussão.

Para citar a idéia de outro autor, no entanto, algumas regras devem ser seguidas para os

diferentes tipos de citações. São elas:

Citação Direta ­ Chamada também de citação textual ou citação literal. Consiste na

transcrição integral de parte do texto de outro autor.

Não é recomendável o uso excessivo da citação direta, pois pode sinalizar insegurança por

parte do autor ao redigir e argumentar suas idéias.

Se a idéia citada for igual ou inferior a cinco linhas, deverá ser apresentada dentro do

seu próprio parágrafo, entre aspas, e, ao final da mesma, após o ponto e entre parênteses, vem a

indicação bibliográfica (SOBRENOME DO AUTOR, ano de publicação da obra: número da

página).

Exemplo:

A citação superior a cinco linhas deverá ser apresentada em parágrafo separado do

texto do autor, com o dobro do recuo da primeira linha, com espaço duplo antes e depois da

citação, espaçamento simples, fonte 11, sem aspas e, ao término da citação, indicação

bibliográfica (SOBRENOME DO AUTOR, ano de publicação da obra: número da página).

No início da televisão, no Brasil, era nítida a divisão entre ficção e realidade. Os

telejornais apresentavam os fatos ocorridos como uma cópia fiel da realidade, enquanto

as telenovelas contavam histórias imaginadas pela mente criativa de um autor. Hoje,

essa separação não é mais visível, há uma inversão entre realidade e ficção. “(...) a tese

é a de que a telenovela é o mundo real e o noticiário de televisão (os telejornais, as

reportagens, os documentários), esse sim, é um mundo ficcional”. (MARCONDES

FILHO, 1994: 39)

Page 37: metodologia pesquisa

37

METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Exemplo:

Citação Indireta ­ É a síntese das idéias extraídas do texto de outro autor, ou seja, dar­se­

á redação própria às idéias desenvolvidas por outro autor. Primeiro, indique a fonte à qual

pertencem as idéias (SOBRENOME do autor), em seguida, entre parênteses, o ano de publicação

da obra. Na citação indireta, não se usam aspas.

Exemplos:

Citação de Citação (Apud) ­ Se a idéia a ser citada for extraída da obra de um outro autor e não do autor da obra original, far­se­á a citação de citação, também chamada de citação de

segunda mão.

A expressão latina apud significa: segundo fulano, referido por. Portanto, a citação é feita em nome do autor da obra original, em seguida, vem a expressão apud e os dados do autor e da obra consultada.

No início da televisão, no Brasil, era nítida a divisão entre ficção e realidade. Os

telejornais apresentavam os fatos ocorridos como uma cópia fiel da realidade, enquanto

as telenovelas contavam histórias imaginadas pela mente criativa de um autor. Hoje,

essa separação não é mais visível, há uma inversão entre realidade e ficção.

Em primeiro lugar, a tese é a de que a telenovela é o mundo real e o noticiário de

televisão (os telejornais, as reportagens, os documentários), esse sim, é um mundo

ficcional. E por que isso? As pessoas ligam a televisão e acompanham com assiduidade

quase religiosa os capítulos das novelas. Assistem regularmente cada episódio, todas

as noites, com exceção dos domingos, mas sem cancelar feriados, Natal, Carnaval ou

qualquer outra data universal de guarda. A novela é tão cotidiana quanto a própria vida.

(MARCONDES FILHO, 1994: 39­40)

Segundo MARCONDES FILHO (1994), atualmente, já não existe mais divisão entre

realidade e ficção, há uma inversão entre ficção e realidade na televisão.

Para MARCONDES FILHO (1994), atualmente, já não existe mais divisão entre

realidade e ficção, há uma inversão entre ficção e realidade na televisão.

MARCONDES FILHO (1994) defende a inexistência de fronteira entre realidade e

ficção, há uma inversão entre ficção e realidade na televisão.

Page 38: metodologia pesquisa

38

METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Exemplo:

Numeração de Página

A numeração de páginas será em algarismos arábicos quando o trabalho apresentar

poucos elementos textuais. Nesse caso, todas as folhas, a partir da folha de rosto, devem ser

contadas seqüencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada a partir da primeira

folha da parte textual (introdução), em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2

cm da borda superior.

Espaçamento e Paragrafação

• Tamanho do papel: A4 (210 x 297 mm)

• Tipo, Tamanho e Estilo da Fonte Usada no Texto

­ Texto geral: times new roman ou arial tamanho 12 ­ estilo: normal

­ Capítulo: times new roman ou arial tamanho 14 ­ estilo: negrito

­ Tópico: times new roman ou arial tamanho 12 ­ estilo: negrito

­ Subtópico: times new roman ou arial tamanho 12 ­ estilo: itálico

­ Citação em parágrafo distinto (citação direta): times new roman ou arial tamanho 11 ­

estilo: normal

• Configuração de Página

­ Margem superior: 3,0 cm

­ Margem inferior: 2,0 cm

“Os pensadores liberais defendem a idéia de que a globalização econômica e a

liberdade de mercado possibilitaram que todas as pessoas, em qualquer parte do

mundo, tenham um padrão de consumo igual ao das pessoas que vivem nos países

industrializados. “Essa idéia interessa aos ricos dos países pobres, pois justifica a

concentração da riqueza nas mãos de poucos, em nome do progresso tecnológico e do

desenvolvimento econômico que, como eles querem fazer crer, futuramente irão

beneficiar toda a população”. (FURTADO apud OLIVEIRA, 2000: 208)

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39

METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

­ Margem esquerda: 3,0 cm (justificado)

­ Margem direita: 2,0 cm (justificado)

­ Cabeçalho: 1,25 cm

­ Rodapé: 1,25 cm

• Paragrafação e Espaçamento:

­ Paragrafação direta com recuo da primeira linha de 1,25 cm

­ Espaçamento antes: 6 pt

­ Espaçamento depois: 0 pt

­ Espaçamento do texto geral: 1,5 linha

­ Espaçamento das citações e notas de rodapé: simples

­ Espaçamento entre capítulo e texto: duplo

­ Espaçamento entre tópico e texto: 1,5 linha

­ Espaçamento entre subtópico e texto: 1,5 linha

Como fazer a Referência Bibliográfica

Referência bibliográfica é a relação ordenada, alfabeticamente, de todas as obras citadas

ao longo do trabalho. A apresentação das obras é feita em folha separada, logo após a conclusão

e segue as normas da ABNT para referências bibliográficas.

Os documentos lidos, porém não citados no trabalho, poderão ser apresentados em outra

lista, nomeada de Bibliografia Recomendada ou Obras Consultadas.

a) Livros ­ SOBRENOME, Nome. Título. Edição. Cidade de publicação: Editora, ano de publicação.

Exemplo:

CHAUI, Marilena. O que é ideologia. 42. ed. São Paulo: Brasiliense, 1997.

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40

METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Até três autores: indica­se o nome dos três autores.

Exemplo:

Mais de três autores: indicar o nome do organizador ou do coordenador da obra.

Exemplo:

Referência bibliográfica de parte da obra ou capítulo.

SOBRENOME, Nome do autor do capítulo. Título do capítulo. In: SOBRENOME, Nome do

autor do livro. Título do livro. Edição. Cidade de publicação: Editora, ano de publicação.

Exemplo:

b) Artigos de publicações periódicas ­ SOBRENOME, Nome. Título do artigo. Título do periódico, cidade de publicação: Editor, número do volume, número do fascículo, páginas: inicial­final, mês e ano.

Exemplo:

c) Artigo de jornal ­ SOBRENOME, Nome. Título do artigo. Título do Jornal, cidade, data. Número ou título do caderno, seção ou suplemento, páginas inicial­final.

JARDILINO, J. R. L.; ROSSI, G.; SANTOS, G. T. Orientações metodológicas para elaboração de trabalhos acadêmicos. São Paulo: Gois Editora e Publicidade, 2000.

DANTAS, Audálio (org.). Repórteres. São Paulo: Editora SENAC, 1998.

MEIRELLES, Domingos. Acerto de Contas. In: DANTAS. Audálio (org.). Repórteres. São Paulo: Editora SENAC, 1998.

SILVA, Dalmo O. Souza. Ágora ou o Zoológico Humano?­ uma contribuição para o

debate sobre os Reality Shows. Cenários da Comunicação, São Paulo: UNINOVE, v. 1, n. 1, pp. 57­71, set. 2002.

Page 41: metodologia pesquisa

41

METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Exemplo:

d) Trabalhos de fontes eletrônicas ­ SOBRENOME, Nome / EDITOR. (Ano). Título do trabalho, Tipo de mídia. Produtor (opcional). Disponível: identificador (data de acesso).

Exemplo:

Veja os modelos de capa, folha de rosto e sumário, disponíveis no ambiente de

estudo.

CARDOSO, Raquel. Zeca, o pivô da guerra das cervejas. Diário de S. Paulo, São Paulo, 16 de março de 2004. Economia, p. B3.

ARAÚJO, J.G.F. e MOREIRA, A.Z.M. (1999). Mass Media: um enfoque político­social. (On­line). INTERCOM. Disponível: http://www.intercom.org.br/papers/xxii­

ci/gt27/27z02.PDF , (14 de junho de 2004).

Page 42: metodologia pesquisa

42

METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Esta aula refere­se à entrega do trabalho final e sua apresentação em banca. Para atender aos objetivos da aula, responderemos as duas perguntas a seguir.

AULA 07 • ENTREGA DO TRABALHO FINAL E SUA APRESENTAÇÃO EM BANCA

Como entregar a monografia?

Segue um exemplo de como deve ser entregue o trabalho final.

Monografia

Texto ilustrativo: “ Aspectos formais para elaboração da Monografia”

I) Elementos Pré­textuais

1) Tamanho da folha de papel: A4 (210mm x 297mm);

2) Fonte (tipo de letra): Arial , tamanho 12;

3) Capa da Monografia: (vide Anexo I);

4) Folha de Rosto: (vide Anexo II);

5) Dedicatória (opcional): de apresentação livre. É a folha onde o autor poderá fazer

dedicatórias do seu trabalho a pessoas queridas (vide Anexo III);

6) Agradecimentos (opcional): de apresentação livre. Encabeçada pela palavra

“Agradecimentos”, centralizada no papel, incluem­se os agradecimentos à assistência

relevante na realização e preparação do trabalho (vide Anexo IV);

7) Epígrafe (opcional): Frase ou provérbio de terceiros que tem vinculação com o

tema/conteúdo da monografia (vide Anexo V);

8) Resumo: Breve síntese do(s) objetivo(s), do trabalho em si e das conclusões da

pesquisa realizada. No máximo 30 linhas, com 70 toques cada uma (vide Anexo VI);

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

9) Sumário (Índice): Indicação dos capítulos e seções, com os números e títulos

respectivos, seguidos, cada capítulo, da página em que se inicia (vide Anexo VII);

II) Elementos Pós­textuais

1) Anexos e/ou Apêndices: São partes extensivas ao texto, com a finalidade de

complementar a argumentação principal, e destacados do próprio texto para evitar

descontinuidade na seqüência lógica das seções ou capítulos.

Anexo: É um documento que pode ou não ser do autor da monografia, e que serve de

fundamentação, comprovação ou ilustração do estudo ou de suas partes (Ex: leis, decretos,

modelos de formulários, etc...).

Apêndice: É um documento de uma página ou mais, elaborado pelo próprio autor, que

visa complementar a argumentação principal do estudo. (Ex: ilustrações, gráficos, tabelas, etc.)

Ex: Anexo I: Questionário

Anexo II: Plano amostral

Bibliografia

As referências bibliográficas são um conjunto de elementos que permitem a identificação,

no todo ou em parte, de documentos impressos ou registrados em diversos tipos de materiais. As

regras a serem seguidas compreendem:

a) A relação das obras deverá ser apresentada em ordem alfabética, pelo último

sobrenome do autor (em letras maiúsculas), seguido de vírgula, para separá­lo do(s)

prenome(s), (só com a primeira letra em maiúscula). Ao final do nome completo do

autor, colocar ponto final;

b) O título principal da obra deverá ter apenas a primeira letra em letra maiúscula e deverá

ser destacado em itálico ou sublinhado, seguido de ponto final;

c) Indicar edição (número);

d) Indicar local de edição (cidade), seguido de dois pontos;

e) Nome da editora, seguido de vírgula;

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

f) Indicar o ano de publicação, seguido de ponto final, quando não houver citação de

páginas. Caso contrário, após o ano de publicação, colocar vírgula e citar o(s)

número(s) da(s) página(s).

Exemplo:

SELLTIZ, Claire. Research methods in social relations. 5. ed. New York: Holt, Rinehart and Winston, 1959.

HEMINGWAY, Ernest. Por quem os sinos dobram. São Paulo: Nacional, 1956, pp.434­440.

MATTAR, Fauze Nagib et al. Redação de Documentos Acadêmicos. v. 1, n. 3, São Paulo, Caderno de Pesquisas em Administração, 1996.

THOMPSON, Augusto. Manual de Orientação para preparo de Monografia. 2. ed. Rio de Janeiro, Forense, 1991.

CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA. Manual de Orientação para Monografia em Economia. São Paulo, 1995.

Veja os anexos referentes a capa, folha de rosto, dedicatória, agradecimentos,

epígrafe, sumário(índice) e resumo disponíveis no ambiente de estudo.

Como apresentar o trabalho final?

A apresentação oral não é uma exigência de um trabalho monográfico, porém algumas

instituições ou apenas alguns cursos possuem como prática este tipo de apresentação.

Caso seja solicitada a apresentação oral da monografia, para a obtenção do título, não há

segredos; será composta uma banca de três professores (seu orientador mais dois professores da

instituição), o autor terá aproximadamente 15 a 20 minutos para sua exposição e cada professor

da banca 15 minutos para a realização de questionamentos, quer seja da parte escrita ou da

apresentação oral.

Após as respostas, a banca se reúne e emite o parecer aprovado ou reprovado.

Page 45: metodologia pesquisa

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Esta aula tem como objetivo ensinar o aluno a elaborar um artigo (paper), bem como os passos para tal elaboração.

AULA 08 • ELABORAÇÃO DE UM ARTIGO (PAPER)

O que é um artigo (paper)?

É uma abordagem sintética reflexiva em relação aos argumentos apontados por um autor

sobre um determinado assunto. O artigo representa um posicionamento crítico relatado pelo

participante sobre um ou mais aspectos da realidade apresentada que podem ser expressos em

termos de concordância e/ou discordância daqueles argumentos.

Roteiro de elaboração

Os principais passos na elaboração de um paper são os seguintes:

1) Identificar informações que tratam acerca do assunto escolhido;

2) Selecionar o material;

3) Ordenar as idéias (fichamento, apontamentos, entre outros);

4) Escrever o artigo.

Estrutura de apresentação

a) Resumo (abstract);

b) Introdução: objetivo, delimitação, metodologia;

c) Revisão bibliográfica: sobre o assunto (no mínimo dois autores);

d) Reflexão e posicionamento: do autor sobre o assunto;

e) Conclusão;

f) Referências.

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Dicas para uma boa redação de um trabalho

Para começar escrever um trabalho, considere alguns conselhos úteis, segundo Israel Belo

de Azevedo, em seu livro “O prazer da produção cientifica” (2001:61):

1) Escreva para ser lido;

2) Procure o melhor modo de comunicar suas idéias;

3) Seja original no tratamento do assunto, desenvolvendo um modo diferente de se redigir,

criativo e agradável;

4) Cultive a simplicidade;

5) Seja claro (escreva para ser entendido);

6) Seja objetivo procurando dizer o máximo no mínimo;

7) Seja preciso nas palavras e nos conceitos;

8) Seja honesto com o assunto, com as fontes e com o leitor;

9) Não sobrecarregue uma frase com dados e idéias, pois elas devem conter somente uma

idéia forte e a informação indispensável, tanto para o autor quanto para o leitor;

10) De igual modo, os parágrafos não devem também ser longos;

11) Encadeie as frases, os parágrafos, os tópicos e capítulos entre si. Procure tornar cada

frase um desenvolvimento do que veio antes, numa seqüência lógica;

12) Cite pouco e reescreva muito, pois o excesso de citações transforma o trabalho em

uma colcha de retalhos;

13) Pese cada palavra antes de escolhê­la;

14) Evite abreviaturas no texto;

15) Evite abusar de destaques (negrito, itálico, etc);

16) Evite apelar para a generalização (do tipo “ a maioria acha” , “ todos sabem” ). Seja

preciso em suas informações.

Modelo de apresentação de um artigo

Veja um paper elaborado, bem sua formatação final, disponível no ambiente de estudo.

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METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

AULA 09 • ESTUDO DE CASO

Aqui é o momento de aplicar todos os conceitos estudados nesta disciplina. Lembre­se

que o Estudo de Caso será postado pelo seu professor no botão "Atividades/Tarefas".

Page 48: metodologia pesquisa

48

METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

BIBLIOGRAFIA

ANDER­EGG, E. Introducción a las técnicas de la investigación social: para trabajadores sociales”. 7. ed. Buenos Aires: Humanitas, 1978.

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HASTREITER, Silvana, MARCHETI, Renato & PRADO, Paulo. Tipologia de Consumidores Baseada nas Razões e Motivações de Freqüência em Shoppings Centers – artigo publicado na ENAMPAD, 2000.

JARDILINO, José Rubens; ROSSI, Gisele; SANTOS, Gerson T. Orientações Metodológicas para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos. São Paulo: Gion, 2000.

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LIMA FILHO, Alberto de Oliveira. Shoppings Centers EUA vs. Brasil – Uma análise mercadológica comparativa. Guanabara, RJ: Fundação Getúlio Vargas – Instituto de

documentação e serviço de publicações, 1971.

Page 49: metodologia pesquisa

49

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MATTAR NETO, J. A Metodologia Científica na área de informática. São Paulo: Saraiva, 2003.

MEDEIROS, Ethel Balzer. O Lazer no Planejamento Urbano RJ: FGV, 1971.

MEIRA, Paulo Ricardo dos Santos. Shoppings centers de Porto Alegre – Um estudo de serviço ao cliente final. Dissertação de mestrado, Escola de Administração, Porto Alegre: UFRS, 1998 (Março).

NIETZSHE, F. W. A Gaia Ciência. São Paulo: Ediouro, 1987.

POLITI, Cláudio. Escola de Shopping. São Paulo: IV Anuário Brasileiro de Shoppings Centers, 1996.

POPPER, K. S. A lógica da pesquisa científica. 2. ed. .São Paulo: Cultrix, 1975.

SALMON, N.; W. C. Lógica. 4. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

SELLTIZ e outros. Métodos de Pesquisa nas Relações Sociais. São Paulo: EPU/EDUSP, 1975.

SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 21. ed. São Saulo: Cortez, 2000.

SOUZA, A. J. M et.al. Iniciação à lógica e à Metodologia da Ciência. São Paulo: Cultrix, 1976.

TRUJILLO, Ferrari A. Metodologia da ciência. 2. ed. Rio de Janeiro: Kennedy, 1974.

VASQUES, Mônica H. B. Um estudo sobre o lazer e entretenimento nos shoppings centers regionais do município de São Paulo. Dissertação de Mestrado, Administração, São Paulo: UNICID, 2003 (março).

VERRI, Maria Elisa Gualande. Shoppings Centers. Belo Horizonte: Del Rei, 1996.

VIDIGAL, Heloisa. Lazer e serviços. IV Anuário Brasileiro de Shopping Centers. São Paulo: Emep, 1996.