Métodos de Coleta de Plâncton
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Métodos de Coleta de Plâncton
Suélen Felix Pereira
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Os organismos planctônicos podem
ser coletados basicamente com a utilização de
três artefatos principais: a rede de coleta, a
garrafa oceanográfica e a bomba de sucção.
A rede de coleta, dentre os três, é o
mais comum e também o utilizado há mais
tempo, cerca de dois séculos. O material usado
na confecção das redes antigas era a seda,
porém, atualmente as redes são feitas de
materiais sintéticos como o nylon, apresentando
uma porosidade mais regular. As redes variam
no comprimento, na abertura da boca e no
formato (cônico, geralmente).
Métodos de captura e conservação de plâncton
Rede de coleta de plâncton (Fonte: PBA)
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Garrafa de Niskin (Fonte: Lunus)
Ao final de toda rede há um copo terminal, com uma tela de
mesma porosidade que a rede, responsável por conter o material
coletado.
Existem diversos tipos de garrafas oceanográficas, sendo as
mais comuns as garrafas de Van Dorn, Niskin e Nansen. Todas possuem a
mesma finalidade: recolher volumes variados de amostras de água a
diversas profundidades. As garrafas são munidas de um dispositivo
mecânico, o mensageiro, que permite o fechamento da garrafa e a
consequente coleta de água na profundidade desejada.
Rede de coleta de plâncton (Fonte: Mashpedia)
Uma outra maneira de realizar coletas é através do uso de bombas de filtração de água.
Com esse artefato é possível coletar organismos de uma determinada profundidade, ou integrar toda
a coluna d’água. No entanto, essa técnica é menos utilizada pois ela é muito invasiva para os
organismos, danificando as células ou causando alterações fisiológicas. 4
Garrafa de Nansen(Fonte: Ezerberus)
Garrafa de Van Dorn(Fonte: Consulpesq)
5Tipos de arrasto. ( ) vertical; ( ) oblíquo; ( ) horizontal
As redes de plâncton podem ser arrastadas de três maneiras: vertical, oblíquo e horizontal. No arrasto horizontal é coletada a distribuição planctônica nos estratos. É um arrasto simples,
podendo ser feito em várias profundidades. É realizada com o barco em movimento.No arrasto vertical é coletada a distribuição do plâncton na coluna d’água. É feito com o
barco parado.O arrasto oblíquo é feito em áreas com pouca densidade de organismos, sendo necessária
uma coleta de grande biomassa. É realizada com o barco em movimento.
Após a coleta dos organismos planctônicos, os mesmos devem ser conservados em potes de
plásticos. No entanto, este procedimentos, depois de um certo tempo, provoca a morte dos organismos
devido ao esgotamento do oxigênio dentro dos potes. Para análises que necessitam do plâncton vivo, os
procedimentos devem ser feitos rapidamente. Para análises que não precisam do plâncton vivo, existem
alguns métodos de conservação dessas amostras.
Existem dois métodos de conservação de plâncton:
1º) Métodos físicos: neste caso os organismos são resfriados ou congelados. Esse tipo de método de
conservação é menos utilizado pois pode acarretar danos ao material.
2º) Métodos químicos: esta forma de conservação é mais eficiente e muito mais utilizada. Causam
instantaneamente a morte dos organismos. Esta conservação consiste na adição de substâncias químicas
que impedem a atividade microbiana, que acabam decompondo as amostras planctônicas.
Métodos Físicos:
1 – Refrigeração: consiste em refrigerar os organismos, diminuindo apenas o metabolismo dos
organismos.
2 – Congelamento: método mais invasivo que o anterior, podendo danificar o material tanto no momento
do congelamento, quanto no descongelamento.
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Métodos Químicos:
A substância mais utilizada é o formaldeído (HCHO), um gás dissolvido em água. As
concentrações necessárias para conservar as amostras irão variar de acordo com o grau de complexidade
dos organismos. É bastante invasiva para as amostras, principalmente estruturas compostas por carbonato
de cálcio, que podem ser fragmentadas e corroídas. Para contornar os efeitos do formaldeído, pode-se
utilizar uma substância tamponante, como o bórax, no entanto, algumas estruturas não se mantêm
intactas mesmo na presença dele.
O glutaraldeído é um outro conservante, menos invasivo que o formaldeído, porém utilizado
em menor frequência, pois tem um custo muito elevado. Uma alternativa é a utilização do Lugol, um
conservante composto por iodeto de potássio, iodato de potássio e ácido acético. Além de conservar o
material, ainda dá uma coloração à amostra. O corante rosa de Bengala é uma outra substância utilizada
como corante. É possível utilizar ainda o cloreto de mercúrio, que é um ótimo conservante, no entanto,
altamente cancerígeno e prejudicial ao meio ambiente.
Triagem e contagem
• Equipamentos básicos
Pipeta de Hensel Stempel Placa de Dolfus Contador manual