Métodos de imagem em ortopedia -...

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Métodos de imagem em ortopedia Radiologia Mamografia Ultrassonografia Densitometria óssea Ressonância Magnética Tomografia Computadorizada Dr. Ricardo Ferreira Mestre em radiologia UFTP Prof. Ass. Radiologia FEPAR Prof. Ass. Anatomia FEPAR Diretor Centro do Diagnostico Água Verde Md radiologista do serviço de TC do Hosp. IPO Md radiologista do Hospital Costantini Dr. Ricardo Ferreira 1 WWW.CEDAV.COM.BR Área acadêmica Aulas de Diag. por imagem Métodos de imagem em ortopedia

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Métodos de imagem em ortopedia

Radiologia

Mamografia

Ultrassonografia

Densitometria óssea

Ressonância Magnética

Tomografia

Computadorizada

Dr. Ricardo Ferreira

Mestre em radiologia UFTP

Prof. Ass. Radiologia FEPAR

Prof. Ass. Anatomia FEPAR

Diretor Centro do Diagnostico Água Verde

Md radiologista do serviço de TC do Hosp. IPO

Md radiologista do Hospital Costantini

Dr. Ricardo Ferreira

1

WWW.CEDAV.COM.BRÁrea acadêmica

Aulas de Diag. por imagem

Métodos de imagem em ortopedia

Dr. Ricardo Ferreira

TCE epidemiologia

◼ Principal causa da morte do adulto jovem.

◼ 100.000 sequelados/ano.

◼ 70% das mortes ocorrem no local ou no transporte.

Determinantes do prognóstico1. Idade;

2. Diagnóstico tomográfico;

3. Escala de coma de Glasgow;

4. Reação pupilar;

5. Hipotensão pré-hospitalar.

(Chesnut, 1997)2

Trauma crânio/encefálico epidemiologia

Prevalência (%) de sequelas neurológicas, de acordo com a causa do trauma, em 555 vítimas admitidas no Hospital Geral do Estado da Bahia, Salvador, 2001.

Tipo de traumavítimas com sequelas

Projétil de arma de fogo 27,5 (15,8 - 41,7) 14/51

Agressão física 23,4 (14,5 - 34,4) 18/77

Meios de transporte 20,0 (14,7 - 26,1) 41/205

Quedas 16,5 (10,4 - 24,3) 20/121

Outros** 15,8 (9,3 - 24,4) 16/101

Total 19,6 (16,4 - 23,2) 109/555

Orçamento do SUS 2016 R$ 89 bilhõesCusto com acidentesR$ 29 bilhões

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TCE Fase pré-hospitalar

⚫ Notificar o hospital

⚫ Vias aéreas

⚫ Controle de sangramento externo

⚫ Imobilização do paciente

⚫ Relato do acidente

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Indicação para TC:Glasgow ≤ 8.Fratura com depressão.Diminuição do reflexo pupilar.Déficit neurológico.Piora do Glasgow.Piora do nível de consciência.Perfuração craniana.Uso de anticoagulante ou distúrbios de coagulação.

Lesão neurológica Escala de coma de glasgow

ABERTURA OCULAR4. ESPONTÂNEA3. AO COMANDO VERBAL2. AO ESTÍMULO ÁLGICO1. SEM RESPOSTA

MELHOR RESPOSTA VERBAL5. ORIENTADO4. DESORIENTADO3. PALAVRAS DESCONEXAS2. SONS INCOMPREENSÍVEIS1. SEM RESPOSTA

MELHOR RESPOSTA MOTORA6. OBEDECE A COMANDOS5. LOCALIZA ESTÍMULO ÁLGICO

4. RETIRADA INESPECÍFICA3. DECORTICAÇÃO2. DESCEREBRAÇÃO1. SEM RESPOSTA

Em crianças abaixo de 04 anos:

-palavras apropriadas, sorriso social, fixa objetos

-chora, mas é consolado

-irritação persistente

-inquieto e agitado

-sem resposta

◼A. Alerta◼V. Resposta a estímulo vocal◼P. Resposta a estímulo doloroso◼U. Não responde

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TCE

◼ Classificação: – Lesões traumáticas primarias

◼ Fraturas cranianas

◼ Ferimentos penetrantes

◼ Hemorragia extra axial traumática

◼ Lesões intra-axiais traumáticas

– Lesões traumáticas secundarias

– Lesões traumáticas em crianças

– Lesões traumáticas vasculares

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TCE Fratura com afundamento

Tipos de fratura:Linear.Afundamento.Multifragmentar.Aberta.

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TCEFratura da base de crânio

◼ otorréia e rinorréia

– Fistula liquorica

◼ equimose periorbital (“olhos de guaxinim”)

– Fratura etmoide

◼ equimose retroauricular (sinal de Battle)

– Fratura mastoide

◼ paralisia facial, perda de audição

– Fratura da base do crânio

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Primária

◼ Cisalhamento da Subst. Branca.

◼ Contusão/hematoma cerebral.

◼ Lesão do tronco cerebral.

◼ Hematoma epidural.

◼ Hematoma subdural.

◼ Higroma subdural.

◼ Hemorragia intraventricular.

◼ Hemorragia subaracnóide.

◼ Fratura do crânio.

◼ Lesão vascular direta.

◼ Lesão de par craniano.

Secundária

◼ Infarto cerebral.– Hipotensão.

– Embolia.

– Compressão com hérnia.

– Swelling.

– Trombose venosa.

◼ Hemorragia no tronco.

◼ Infecção

◼ Cisto Leptomeningeo

◼ Hidrocefalia

TCETipos de lesão cerebral

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Tomografia computadorizadaDensidade em UH

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SensívelSangue.Edema.Hidrocefalia.Coleção extra axial.Fratura

Pouco SensívelLesão não hemorrágica.Tronco CerebralSuperfície cortical.

Tomografia computadorizadaDensidade em UH

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Substancia HU

Ar −1000

Gordura −100 to −50

Agua 0

Liquor + 5

Sangue agudo +40 to +80

Subst, cinzenta +37 to +45

Subst branca +20 to +30

Osso cortical +700

Obs.A densidade pode ser influenciada pela quantidade de hemoglobina e de liquor diluído no hematoma

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Coleções extra-axiaistempo de evolução x densidade em UH

◼ Tempo de evolução: – Agudo (hiperdenso) <1 sem

– Subagudo (isodenso) <3 sem

– Crônico (hipodenso) >3 sem

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TCE prognostico baseado na TC

◼ Achados precoces:

80% dos pacientes com exame inicial normal tem boa evolução.

◼ Hematoma associado a edema precoce tem evolução ruim.

◼ Apagamento das cisternas basais e III ventrículo = pressão intracraniana aumento 20mm Hg

◼ Desvio da linha média maior que15mm tem mau prognóstico.

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TCE prognostico LEMBRAR

◼ 80% dos pacientes com exame inicial normal

tem boa evolução.

Sinais de mal prognostico:– Hematoma associado a edema precoce tem evolução ruim.

– Apagamento das cisternas basais e III ventrículo = pressão intracraniana maior que 20mm Hg

– Desvio da linha média maior que 15mm tem mau prognóstico.

– Coleção extra-axial maior que 2 cm de espessura

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Coleções extra axiaismorfologia

Hematoma subgalealHematoma subduralHigroma subdural.Hematoma epidural.Hematoma subaracnóide.Hemorragia intra-ventricular.

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Sinais de gravidade:HED maior que 2cmDesvio da linha média maior que 1,5cmSinais de sangramento continuoCompressão do tronco cerebralLesão parenquimatosa associada

Coleções extra axiaisHematoma subgaleal

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Coleções extra axiaisHematoma Epidural

◼ Localizados entre a dura-máter e a calota craniana

◼ Forma biconvexa ou de lente

◼ Mais frequente: temporal ou temporoparietal

◼ Comumente resultam de ruptura da a. meníngea média

◼ Fratura temporal

◼ Intervalo lucido (50%)

◼ Não cruza sutura

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Tratamento cirúrgico:SintomáticoDesvio da Linha Media > 10mmAssintomáticos quando hematoma > 10mm

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Coleções extra axiaisHematoma epidural

Controle evolutivo 1 semanaTratamento clinico

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Biconvexo

Hiperdenso

Fratura do crânio

Desvio da linha média (menor que 15mm)

Coleções extra axiaisHematoma subdural agudo subagudo e crônico com sangue agudo

Isodenso em 1 semana Hipodenso em 2 semanas

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O hematoma subdural ocorre na convexidade cerebral, não cruza pontos de

fixação dural e pode cobrir todo o hemisfério com forma biconvexa.

A causa mais comum é a ruptura de veias tributárias no espaçosubaracnóideo, que cruzam o espaço subdural rumo ao seio sagital.

A velocidade de formação do hematoma é variável de horas a dias.

Coleções extra axiaisHemorragia subaracnoide

Hiperdensidade nos espacos liquoricos

Sulcos da convexidade

Ventriculos

Cisternas basais

Trauma x lesao vascular (aneurisma MAV)

Raramente visível após 1 sem

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Coleções extra axiaisHemoventriculo

Extensão por contiguidade de sangramento cerebral

Estiramento de veias subependimarias

Extensão retrógrada de sangue subaracnóide pelos forames do 4 ventrículo

Pode causar enpendimite

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Coleções extra axiaisPneumocéfalo

Seio frontal e o mais comum

Pode surgir dias ou meses após um trauma ou por aumento abrupto na

pressão intrassinusal

Costuma desaparecer em alguns dias

Raramente hipertensivo (grave)

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Lesão ParenquimatosaLocais de contusão cerebral

◼ Concussão

◼ Contusão.

◼ Hematoma

◼ PAF.

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Concussão

◼ Perda temporária da função neurológica que pode ser desde amnésia e confusão até breve perda da consciência.

– Leve

– Clássica – recuperação consciência < 6 horas

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Contusão cerebral e hematoma intraparenquimatoso

Tempo de evolução: As contusões aumentam e coalescem em 2 a 4 diasA retração do coagulo faz com que a densidade aumente (hiperdenso em relação ao córtex).A densidade do sangue depende do seu conteúdo de hemoglobinaA densidade diminui tornando-se isodensa entre 10 e 14 diasA densidade chega a 0 UH a partir do 21 dia

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Comprometimento da superfície cerebral com vários graus de hemorragia petequial, edema e destruição tecidual.

Hemorragia intraparequimatosa: Podem ocorrer alguns dias após TCE

TC contusão hemorrágica

Sangramento em aneurisma

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Contusão hemorrágica e sangramento de aneurisma

hematoma subdural hemoventriculohemorragia subaracnoideedema cerebralhematoma subgaleal

Contusão cerebral e hematoma intraparenquimatoso

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Fratura por PAF

◼ A gravidade da lesão está diretamente relacionada ao calibre e velocidade do projétil e o nível de consciência do paciente.

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Lesão axonal difusa

◼ Lesão do axônio por estiramento da substancia branca, por trauma de alta velocidade

◼ Exame inicial normal (50%)

◼ Hemorragias petequeais subcorticais e junto ao corpo caloso, que podem aparecer na evolução

◼ Lesões múltiplas e profundas indicam severidade

◼ Consequente ao movimento brusco do sistema nervoso sobre si mesmo

◼ Mortalidade: até 33%

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Edema cerebral

◼ 10 a 20% lesões cerebrais graves

◼ Mais comum em criancas

◼ Mais intenso entre 24 e 48h pos trauma

◼ Apagamento dos sulcos e cisternas

◼ Diminuicao dos ventriculos

◼ Perda da diferenciacao cortico medular

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Fim

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PAF PÓS OPERATÓRIO TARDIO

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Radiologia do Traumatismo cranioencefálico

(TCE)

Para aprender a tratar uma doença, primeiro

é preciso aprender a reconhece-la.

Jean Martin Charcot 1825-1893

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TCE

Indicação para TC:Glasgow ≤ 8.

Fratura com depressão.

Diminuição do reflexo pupilar.

Déficit neurológico.

Piora do Glasgow.

Piora do nível de consciência.

Perfuração craniana.

Uso de anticoagulante ou distúrbios de coagulação.

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Tomografia Computadorizada

Sensível

◼ Sangue.

◼ Edema.

◼ Hidrocefalia.

◼ Coleção extra axial.

◼ Fratura

Pouco Sensível

◼ Lesão não hemorrágica.

◼ Tronco Cerebral

◼ Superfície cortical.

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Hematoma epiduralmorfologia

Biconvexo

Hiperdenso

Fratura do crânio

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Hematoma subdural agudo Desvio da linha media

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Hematoma subdural subagudo

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Hematoma subdural subagudo com componente agudo

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Hematoma subdural cronico

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Contusão cerebral e hematoma intraparenquimatoso

Comprometimento da superfície cerebral com vários graus de hemorragia petequial, edema e destruição tecidual.

Déficit: localização e tamanho da lesão

Hemorragia intraparequimatosa: Podem ocorrer alguns dias após TCE

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Hematoma extra axial

Subdural

O hematoma subdural ocorre na convexidade cerebral, não cruza

pontos de fixação dural e pode cobrir todo o hemisfério com forma

biconvexa.

A causa mais comum é a ruptura de veias tributárias no espaçosubaracnóideo, que cruzam o espaço subdural rumo ao seio sagital.

A velocidade de formação do hematoma é variável de horas a dias.

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Clínica: Alteração nível consciênciaDéficits localizadosAnisocoriaPosturas patológicas

Grande efeito massa -> herniação:Tríade de Cushing (hipertensão, bradicardia e bradipnéia)

LESÃO AXONAL DIFUSA (LAD)RM

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Lesões múltiplas e profundas indicam severidadeComa prolongado sem lesão isquêmica ou massaPostura de decorticacão ou descerebracãoDisfunção autonômica (hiperhidrose tensão pirexia)Considerar RM

TCE contusão hemorrágica

hematoma subdural hemoventriculohemorragia subaracnoideedema cerebralhematoma subgaleal

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