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Métodos e Técnicas de Pesquisa Elaboração de um Trabalho Acadêmico ou Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Luiz Márcio Assunção 2016 1

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Métodos e Técnicas de

Pesquisa

Elaboração de um Trabalho Acadêmico

ou Trabalho de Conclusão de Curso

(TCC)‏

Luiz Márcio Assunção

2016

1

Programa do Curso

1 INTRODUÇÃO AO CONHECIMENTO CIENTÍ-FICO

2 PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO CIENTÍ-FICO

3 ELABORAÇÃO DE UM TRABALHO CIENTÍFICO ACADÊMICO (TCC)‏

4 ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE TRABA-LHO ACADÊMICO/ TCC

5 ELABORAÇÃO DE UM ARTIGO CIENTÍFICO

6 TÓPICOS ESPECIAIS

2

Facilitador: Dr. Luiz Márcio Assunção

Graduação em Economia(UFPE), Sociologia (UFPE), Filosofia (UNICAP).

Especialização em Métodos e Técnicas de Pesquisa(FGV, RJ).

Mestrado em Economia (USP)

Doutorado em Economia do Desenvolvimento (Inglaterra),

Participação em Bancas de Mestrado das UniversidadesUPE, UFPE, Madrid, Barcelona e Valência.

Há 31 anos orientador e examinador de monografias de PGe de dissertações de Mestrado na FCAP/UPE.

Professor de Metodologia Científica em cursos de pós-graduação na FCAP e POLI da UPE e nas Universidades deMadrid e Valência, na Univ. Mackenzie (SP) e na FaculdadeMarista.

3

BIBLIOGRAFIA DO CURSO

básica

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos da Metodologia Científica. 7. e. São Paulo: Atlas, 2010.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. 7. ed. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2008

FORNARI, Carmem Lúcia; HORN, Geraldo Balduino. Orientações para elaboração de projetos de monografias. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2005.

SALOMON, Décio Vieira. Como fazer uma monografia 13. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2014.

complementarCOOPER, Donald R.; SCHINDLER, Pamela S. Métodos de Pesquisa em Administração. 10. ed. São Paulo: Bookman, 2011.

REA, Louis M.; PARKER, Richard A.. Metodologia de Pesquisa: do planejamento à execução. São Paulo: Pioneira, Thomson Learning, 2002.

RENDER, B.; STAIR JÚNIOR, R. M.; HANNA, M. E. Análise quantitativa para administração: com Excel e POM-QM para Windows. 10. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.

RICHARDSON, Roberto J. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 2007.

HESSEN, Johannes. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2003.4

BIBLIOGRAFIA DO CURSO - normasASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: Informação e documentação: Trabalhos acadêmicos: Apresentação. Rio de Janeiro, 2011.

_______ . NBR 6022: Informação e documentação -Artigo em publicação periódica científica impressa: Apresentação. Rio de Janeiro, 2003._______ . NBR 6023: Informação e documentação: Referências: Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

_______ . NBR 6024: Informação e documentação: Numeração progressiva das seções de um documento escrito: Apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

_______ . NBR 6027: Informação e documentação: Sumário: Apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

_______ . NBR 6028: Resumos: Procedimento. Rio de Janeiro, 1990.

_______ . NBR 10520: Informação e documentação: Citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002.

_______ . NBR 15287: Informação e documentação: Projeto de Pesquisa: apresentação. Rio de Janeiro, 2002.

5

Estrutura do Ensino Brasileiro

Ensino Básico

Ensino Superior: [método científico]

a) Graduação

b) Pós-graduação

- lato sensu : aperfeiçoamento

especialização ‏

- stricto sensu: mestrado

doutorado

6

1 Introdução ao Conhecimento Científico

1.1 Conhecimento Humano:

conceito

processo de funcionamento

problemas

níveis

1.2 O conhecimento Científico

conceito

características

7

1.1 O conhecimento humano: conceito

O conhecimento é

o ato do pensamento

relacionar-se com o

mundo exterior para

captar- lhe as caracte-

r íst icas.

(No conhecimento reflexivo o

pensamento relaciona-se consigo

mesmo, ocasião em que o analisa

como sendo um elemento do mundo

exterior). 8

1.1 O conhecimento humano:processo de funcionamento

O conhecimento principia pelo ato damente sair de si mesma, mediante os sentidosdo corpo ao qual está vinculada, colherelementos informativos dos objetos do mundoexterior, trazê-los até si e formar uma idéiadesses objetos.

A partir de então, novos conhecimentosserão gerados pela volta ao mundo exterior oupela combinação das idéias que já estãoformadas na mente.

9

PROCESSO DE FORMAÇÃO DO CONHECIMENTO

Conhecimento humanosentidos

outras ideias

interação

interpretação

Sujeito pensante Realidade Objetiva

informações

Condicionantes: estado emocional; bagagem cultural; cosmovisão; preconceitos.

S Oideia

ideia

PROCESSO DE FORMAÇÃO DO CONHECIMENTO

[Inconsciente, involuntário e desorganizado]

Conhecimento humanosentidos

interação

Condicionantes:

estado emocional interpretação

conhecimentos Sujeito pensante Realidade Objetiva

cosmovisão

preconceitos informações

Adaptado de: HESSEN, Johannes. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

S Oideia

ideia

outrasideias

12

1.1 O conhecimento humano: problemas1.1 Conhecimento Humano:

conceitoprocesso de funcionamentoproblemasníveis

A partir da explicação anterior (descrição fenomenológica), percebe-se problemas:

a) a falta de fidedignidade dos sentidos;

b) dúvidas sobre a possibilidade de o sujeito, de fato,

captar, as características da realidade objetiva;

c) a subjetividade da interpretação que a mente faz

dos elementos informativos colhidos pelos sentidos;

d) a falta de controle da interação entre as idéias, que

ocorre na mente. 13

1.1 Conhecimento humano: níveis1.1 Conhecimento Humano:

conceito

processo de funcionamento

problemas

níveis

Empírico: conhecimento que é obtido imediatamen-

te por uma ou mais dos sentidos;

Senso Comum: generalizações que são feitas a par-

tir de conhecimentos empíricos. Sem preocupação

com comprovação metodológica;

Científico [lato sensu]: generalizações feitas com

base no conhecimento empírico e/ou no senso

comum, com comprovação metodológica.

14

1.1 Conhecimento humano: níveis1.1 Conhecimento Humano:

conceitoprocesso de funcionamentoproblemas

níveis

CIENTÍFICO [lato sensu]: generalizações feitas com base no conhecimento

empírico e/ou no senso comum, com comprovação metodológica.

pode ser de três tipos:

a) científico empírico [stricto sensu], quando a comprovação

metodológica busca legitimidade na observação empírica;

b) filosófico, quando a comprovação metodológica busca legi-

timidade na razão;

c) revelado (ou teológico) quando a comprovação metodológica

busca legitimidade na revelação (informação de fonte exterior huma-

nidade terrestre).

15

Conhecimento científico: contextualização

Visão esquemática

O conhecimento científico é, portanto, um dos tipos de conhecimento humano

EMPÍRICOCONHECIMENTO SENSO COMUM

HUMANO científico (empírico)CIENTÍFICO filosófico

revelado

16

1.2 Conhecimento Científico (empírico, stricto sensu): conceito

1.2 Conhecimento Científicoconceitocaracterísticas

Conceito:

É uma generalização feita pela mente, utilizando uma metodologia apropriada, e que se fundamenta, em última análise, nu-ma revalidação empírica, ou seja, numaobservação realizada por um ou mais dos sentidos.

17

PROCESSO DE FORMAÇÃO DO CONHECIMENTO

CONHECIMENTO CIENTÍFICO

[Inconsciente, involuntário e desorganizado]

Conhecimento humanosentidos

interação

Condicionantes:

controlados estado emocional interpretação

conhecimentos Sujeito pensante Realidade Objetiva

cosmovisão

preconceitos informações

S Oideia

ideia

outrasideias

1.2 Conhecimento Científico (empírico, stricto sensu): conceito

1.2 Conhecimento Científicoconceitocaracterísticas

A CIÊNCIA COMO RELIGÃO CONTEMPORÂNEA

"A ciência deve parte da sua alta estima ao fato

de ser vista como a religião moderna, desempe-

nhando hoje papel similar ao cristianismo na

Europa, em séculos passados.

O homem contemporâneo dedica uma fé cega ao

que se chama respeitosa e mi(s)ticamente métodocientífico".

[CHALMERS, Alan. O que é a ciência, afinal? São Paulo: Brasiliense, 2003].

19

1.2 Conhecimento Científico (stricto sensu): características

1.2 Conhecimento Científicoconceitocaracterísticas

a) Objetivo – no sentido de não-subjetivo, empírico, impessoal, sememoção, que leva em consideração também as posições antagôni-cas;

b) Universal – ou seja, o trabalho é dirigido para todos os pesqui-sadores que se interessarem, em qualquer lugar ou tempo;

c) Completo – enquanto acadêmico, o trabalho precisa incluir algunsaspectos que, de outra forma, poderiam não ser necessários:a consciência objetiva da sua importância, a descrição doambiente, uma revisão da literatura e a sua inclusão num quadroteórico;

d) Preciso – todas as informações devem ter um suporte empírico,bibliográfico ou racional; termos e expressões adequados;

e) Simples – no estilo, nos títulos e na apresentação

20

2 Preparação para o Trabalho Científico

[Como se faz, na prática]

2.1 Estudos preliminares

2.2 Esclarecimento de termos técnicos: pesquisa, projeto, metodologia

2.3 Definição do tema

2.4 Definição do Objetivo

2.5 Determinação da Metodologia

2.6 A Pesquisa Científica

21

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.1 Estudos preliminares

a) leitura de livros, revistas e trabalhos

acadêmicos;

b) disciplinas do curso

c) consultas a pessoas de reconhecido co-

nhecimento ou experiência;

d) visitas, quando o for o caso, aos locais

para os primeiros contatos.

22

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.2 Esclarecimento de termos técnicos

PESQUISA

a) estudo, trabalho científico [em inglês: research]

b) coleta ou levantamento de dados [em inglês: survey]

Neste segundo sentido usar sempre a expressão

pesquisa empírica.

METODOLOGIA

Genericamente: a maneira de se fazer alguma ação.

a) metodologia da pesquisa: a concepção geral da

pesquisa, do trabalho científico;

b) metodologia da pesquisa empírica: a maneira de

consultar a realidade empírica, ou realizar a coleta

de dados.23

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.3 Definição do Tema [assunto]

Assunto é uma idéia geral, preocupação genérica ou

indefinida.

Origem do assunto (sugestões):

Observação diretaConteúdos do senso comumExperiência pessoal (profissional ou familiar)‏Formação acadêmicaLeiturasSeminários, palestras, aulasControvérsias (ex. debate atual sobre qualidade,competitividade, etc.)‏Problemas do dia-a-dia (ex. assalto no cruzamento dasruas, empresas mal sucedidas, desemprego,privatização, etc.)

24

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.3 Assunto e Tema

Tema é um assunto já bem delimitado, em

condições de ser formulado e testado cienti-

ficamente.

Qualidades do tema

a) Determinado, preciso, específico;

b) De abrangência controlada;

c) Não contem juízos de valor;

d) Exprime uma relação entre duas ou mais

variáveis.

25

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.3 Assunto e Tema

Exemplos:

Assunto: Logística de suprimento

Tema: Análise da lógistica de suprimento de

peças para veículos na concessionária Jack, no

Recife.

Assunto: Qualidade de serviços

Tema: Identificar os principais fatores da má

qualidade dos serviços prestados pelas opera-

doras de telefonia no Brasil.

Qualidades do tema

a) Determinado, preciso, específico;

b) De abrangência controlada;

c) Não contem juízos de valor;

d) Exprime uma relação entre duas ou

mais ariáveis.

26

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.3 Assunto e Tema

Critérios para a escolha e determinação do tema:

Objetivos:

a) Importância (relevância social, científica ou organiza-

cional)

b) Originalidade

c) Viabilidade científica (condições de ser formulado e

testado cientificamente e ter informações possíveis de

serem obtidas).

Subjetivos:

a) Tempo

b) Qualificações pessoais (conhecimento, gosto, possibi-

lidades e aptidões).

27

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.3 Assunto e Tema

Como delimitar e operacionalizar o tema

1º. Identificar as variáveis centrais

2º. Qualificá-las, mediante uma tempestade

de idéias

3º. Definir os conceitos, se for o caso

4º. Definir as circunstâncias (tempo, lugar e

modo).

Logística de suprimentos

Qualidade de serviços

28

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.3 Assunto e Tema

Como delimitar e operacionalizar o tema

Ex. 1: Assunto “Organização do trabalho”

Sujeito: Trabalho Predicado: Organização

Qualificações: Qualificações:

infantil aspectos legais

agrícola evolução histórica

feminino métodos

artesanal causas

industrial conseqüências

social

Circunstâncias: - tempo: durante a idade média

- lugar: na Europa Ocidental

Tema: “Organização social do trabalho artesanal durante a Idade Média na

Europa Ocidental”

29

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.3 Assunto e Tema

Como delimitar e operacionalizar o tema

Ex. 1: Assunto “Organização do trabalho”

Sujeito: Trabalho Predicado: Organização

Qualificações: Qualificações:

infantil aspectos legais

agrícola evolução histórica

feminino métodos

artesanal causas

industrial conseqüências

social

Circunstâncias: - tempo: nos últimos dez anos

- lugar: em Tracunhaém

Tema: “Organização social do trabalho artesanal em Tracunhaém nos

últimos dez anos”

30

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.3 Assunto e Tema

Como delimitar e operacionalizar o tema

Ex. 2: Assunto “Delinqüência Juvenil”

Sujeito: Juvenil (jovem) Predicado: Delinqüência

Qualificações: Qualificações:

faixa etária (10 - 14 anos) com crime de morte?

sexo sob efeito de droga?

já presos maconha?

Circunstâncias: - tempo: entre 2005 e 2010

- lugar: Caruaru

Tema: “Consumo de maconha e crimes de homicídios cometidos por

jovens em Caruaru nos últimos cinco anos

31

2 Preparação para o Trabalho Científico

[Como se faz, na prática]

2.1 Estudos preliminares

2.2 Esclarecimento de termos técnicos: pesquisa, projeto, metodologia

2.3 Definição do tema

2.4 Definição do Objetivo

2.5 Determinação da Metodologia

2.6 A Pesquisa Científica

32

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.4 Definição do OBJETIVO

Definir o OBJETIVO da pesquisa é declarar exatamente o que

se pretende fazer [dentro do tema escolhido], como trabalho

de pesquisa.

Exemplos:

"Analisar a estrutura e a a formação da organização social

do trabalho artesanal durante a Idade Média na Europa

Ocidental”.

"Examinar se os crimes de homicídios cometidos por jovens

em Caruaru, nos últimos cinco anos, têm relação com o

consumo de maconha".

A redação de um objetivo de pesquisa científica deve ser

clara e precisa, de forma a não deixar nenhuma dúvida com

relação ao que o pesquisador pretende fazer. 33

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.5 Determinação da Metodologia

Determinar a metodologia significa especificar

o tipo de encaminhamento que vai ser dado ao

trabalho e as ações que vão ser feitas para

atingir os objetivos da pesquisa.

Primeiro, decidir se vai ser um trabalho teórico

ou aplicado;

depois, se vai ser uma pesquisa somente

bibliográfica; ou se vai precisar também de uma

pesquisa documental e de uma pesquisa

empírica.34

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.6 A Pesquisa Científica

O termo metodologia vai ser em-

pregado de ora em diante no sentido

de conjunto de métodos.

Não, no de Ciência que estuda o

caminho a seguir para chegar ao conhecimento

científico [Metodologia com M maiúsculo].

35

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.6 A Pesquisa Científica

PESQUISA no sentido de

estudo ou trabalho científico

e não de

coleta de dados, pesquisa

empírica ou de campo.

36

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.6 A Pesquisa Científica [estudo científico]

A palavra pesquisa vem do verbo latino

“perquirere” que significa procura diligente.

É um conjunto de atividades orientadas

para a busca de um determinado conhe-

cimento.

Ou ainda é o processo de adquirir e

produzir o conhecimento científico.

37

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.6 A Pesquisa Científica [trabalho científico]

Os seus elementos ou requisitos especiais são:

a) é uma procura sistemática;

b) de um conhecimento da realidade empírica;

c) utilizando método próprio;

d) aplicando técnicas específicas consagradas pela

ciência;

e) usando terminologia adequada e

f) que resulta numa comunicação apropriada dos

resultados.

38

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.6 A Pesquisa Científica

Um trabalho [pesquisa] científico é um relacio-

namento entre duas ou mais variáveis [idéias].

São elementos básicos de um trabalho

científico:

a) as variáveis [que constam de um núcleo e

de um contexto] e

b) o relacionamento entre elas.

39

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.6 A Pesquisa Científica

O relacionamento entra as variáveis pode

ser de dois tipos: teórico e aplicado.

É teórico quando se faz uma discussão do

relacionamento entre duas [ou mais]

variáveis;

é aplicado quando há a aplicação da

discussão a uma certa realidade

específica [ambiente, situação].

40

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.6 A Pesquisa Científica

O relacionamento pode ser de dois tipos: teórico e aplicado.

Teórico:

PÓS-VENDA - UMA FERRAMENTA COMPETITIVA PARA AS ORGA-

NIZAÇÕES.

AÇÕES DE RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS EMPRESAS: UM

FATOR DE COMPETITIVIDADE

Aplicado:

A CONTRIBUIÇÃO DO TURISMO DE EVENTOS PARA A GERAÇÃO

DE EMPREGO E RENDA NO MUNICÍPIO DE LAGOA DE ITAENGA –

PE

QUALIDADE DO ATENDIMENTO PRESTADO À PACIENTES DE UMA

MATERNIDADE EM SÃO LOURENÇO DA MATA41

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.6 A Pesquisa Científica - tipos

Uma pesquisa científica pode ser vista sob

diversos pontos de vista:

segundo a forma de execução, ela pode ser:

bibliográfica – documentos escritos e publica-

dos;

documental – documentos escritos que ficam

internos a alguma organização;

empírica [de campo] – informações obtidas da

realidade empírica.42

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.6 A Pesquisa Científica

Segundo o tipo de informações ou de

dados utilizados para a argumentação,

ela pode ser

quantitativa: quando se usam informa-

ções numéricas como argumento;

ou

qualitativa: quando o importante é a

interpretação dos dados e informações

(análise dos discurso) para argumentar.43

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.6 A Pesquisa Científica

Quanto à estrutura, a pesquisa pode ser

teórica: quando visa discutir algum

conceito ou relacionar um conceito com

outro;

ou

aplicada: quando visa a esclarecer ou

resolver algum problema real.

44

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.6 A Pesquisa Científica

Segundo o método de análise, ela pode ser

exploratória,

descritiva,

diagnóstica,

explicativa,

experimental,

propositiva.

Esta última chama-se também de projeto. Este

projeto pode ser de criação de algo novo ou de

melhoria da gestão de algo que já existe.45

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.6 A Pesquisa Científica

Segundo a estratégia de estudo, ela pode ser

um experimento;

um levantamento;

uma análise de arquivo;

uma pesquisa histórica;

um estudo de caso.

46

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.6 A Pesquisa Científica

Segundo a finalidade ou utilização, ela pode

ser

pura (básica, teórica) – quando visa a criar

uma teoria explicativa de algum assunto;

ou

aplicada – quando visa a testar algum

conhecimento do senso comum, ou esclarecer

ou procurar uma solução para um problema

real.

47

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.6 A Pesquisa Científica

Segundo a sua procedência, ou quanto à

instituição em que é produzido, pode ser

acadêmicatese – cursos de doutorado

disssertação – cursos de mestrado

trabalho de conclusão de curso – cursos de graduação

e especialização [pós-graduação lato sensu]

não-acadêmica.

relatório de pesquisa

48

2 Preparação para o Trabalho Científico

2.6 A Pesquisa Científica

O termo monografia, muito comum nos meios

acadêmicos, é definido pela ABNT [NBR 14724]como

qualquer trabalho “não seriado, isto é, ítem com-

pleto, constituído de uma só parte, ou que se pre-

tende completar em um número preestabelecido

de partes separadas”.

Portanto, o termo monografia deve ser utilizado

como contraposição ao termo periódico [revistas,

jornais, boletins, circulares, etc], e assim, inclui

além de trabalhos acadêmicos, também livros,

manuais, apostilas, catálogos, folders, etc, em um

sentido mais amplo do que o de trabalho acadêmico.49

Programa do Curso

1 INTRODUÇÃO AO CONHECIMENTO CIENTÍ-FICO

2 PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO CIENTÍ-FICO

3 ELABORAÇÃO DE UM TRABALHO CIENTÍFICO ACADÊMICO (TCC)‏

4 ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE TRABA-LHO ACADÊMICO/ TCC

5 ELABORAÇÃO DE UM ARTIGO CIENTÍFICO

6 TÓPICOS ESPECIAIS

50

3 ELABORAÇÃO DE UM TRABALHO

CIENTÍFICO ACADÊMICO

Estrutura geral

INTRODUÇÃO – parte em que se apresenta o que vai ser o

trabalho: o assunto de que vai ser tratado; a sua justificativa

ou importância; o(s) objetivo(s) a que o trabalho se propõe; a

metodologia empregada e a estrutura em que foi concebido.

DESENVOLVIMENTO – é o cerne do trabalho, onde se vai

empregar a metodologia para atingir os objetivos propostos.

CONCLUSÃO - é a parte que fecha o trabalho, em que se

relembra a situação problemática; informa a metodologia

empregada; e se apresenta os resultados [e a proposta, se

houver].51

3 ELABORAÇÃO DE UM TRABALHO

CIENTÍFICO ACADÊMICO

As normas para a apresentação escrita de

um Trabalho Científico Acadêmico são de

competência da Associação Brasileira de

Normas Técnicas [ABNT].

O conteúdo é competência da Metodo-

logia Científica.

52

3 ELABORAÇÃO DE UM TRABALHO

CIENTÍFICO ACADÊMICO [estrutura NBR 14724]

Parte externa Capa (obrigatório) Lombada (opcional)

Folha de rosto (obrigatório)Errata (opcional)Folha de aprovação (obrigatório)Dedicatória (opcional)Agradecimentos (opcional)Epígrafe (opcional)

Elementos pré-textuais Resumo na língua vernácula (obrigatório)Resumo em língua estrangeira (obrigatório)Lista de ilustrações (opcional)Lista de tabelas (opcional)Lista de abreviaturas e siglas (opcional)

Parte interna Lista de símbolos (opcional)Sumário (obrigatório)

IntroduçãoElementos textuais Desenvolvimento

Conclusão

Referências (obrigatório)Glossário (opcional)

Elementos pós-textuais Apêndice (opcional)Anexo (opcional)Índice (opcional).

53

3 ELABORAÇÃO DE UM TRABALHO CIENTÍFICO ACADÊMICO

Algumas

normas gerais

de apresentação

para o TCC todo

54

Papel tamanho: A4 (210 x 297 mm)‏

cor: branca (reciclado também)

Fonte tamanho: 12tipo: Arial, Times Roman, Courier,

Calibri, Verdana, etc.

cor : preta

estilo: normal

Margens

anverso: esquerda e superior: 3cm

direita e inferior: 2cm

verso: direita e superior: 3cm

esquerda e inferior: 2cm

Espaçamento

entre as linhas: 1,5

FORMALIDADES GRÁFICAS

PARA TODO O TCC

55

Numeração das páginas

1) A contagem começa a

partir‏da‏“Folha‏de‏Rosto”.

2) Mas, só começa a apare-

cer a‏partir‏da‏“Introdução”.

3) A numeração deve apare-

cer na parte superior direita

da página.

FORMALIDADES GRÁFICAS

PARA TODO O TCC

56

Modelo de CapaUNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco

Curso de MBA em Planejamento e Gestão Organizacional

Inácio José da Silva

O ENSINO DE MEDICINA EM PERNAMBUCO

E O MERCOSUL

Recife

201657

3 ELABORAÇÃO DE UM TRABALHO CIENTÍFICO ACADÊMICO

Lombada (opcional)

Inácio José da Silva

O ENSINO DE MEDICINA EM PERNAMBUCO E O MERCOSUL

Iná

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O E

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ME

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Inácio José da Silva

O ENSINO DE MEDICINA EM PERNAMBUCO E O MERCOSUL

58

3 ELABORAÇÃO DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

ACADÊMICO - estrutura [NBR 14724]

Folha de rosto (obrigatório)

Errata (opcional)

Folha de aprovação (obrigatório)

Dedicatória (opcional)

Agradecimentos (opcional)

Epígrafe (opcional)

Elementos pré-textuais Resumo na língua vernácula (obrigatório)

Resumo em língua estrangeira (obrigatório)

Lista de ilustrações (opcional)

Lista de tabelas (opcional)

Lista de abreviaturas e siglas (opcional)

Lista de símbolos (opcional)

Sumário (obrigatório) 59

Modelo de

folha de rostoInácio José da Silva

QUALIDADE DO ATENDIMENTO PRESTADO A

PACIENTES DE UMA MATERNIDADE

EM SÃO LOURENÇO DA MATA

Trabalho apresentado à Faculdadede Ciências da Administração de Pernambuco da Universidade de Pernambuco como exigência para a obtenção do título de MBA em Pla-nejamento e Gestão Organizacional.

Orientador: Dr. Luís Azevedo

Recife

2016 60

Modelo de

folha de aprovaçãoInácio José da Silva

QUALIDADE DO ATENDIMENTO PRESTADO A

PACIENTES DE UMA MATERNIDADE

EM SÃO LOURENÇO DA MATA

Trabalho apresentado à Faculdadede Ciências da Administração de Pernambuco da Universidade de Pernambuco como exigência para a obtenção do título de MBA em Pla-nejamento e Gestão Organizacional.

Aprovado em ___ / ____ / 2016. Nota: __ ( )‏

Banca:

________________________________

____________________________________________________________

61

Modelo de

RESUMO

RESUMO

Fruto da experiência profissional voltada para aformação de docentes para o 3o. grau, foi idealizado comoinstrumento de compreensão/reflexão sobre a docência nauniversidade, onde, apenas parte dos professores éformalmente preparada para o exercício dessa profissão e aoutra parte assume o magistério sem nenhum preparoespecífico para a tarefa. O objetivo, então, dessa pesquisa foio de, conhecendo o perfil do profissional liberal, docente decursos superiores, traçar um projeto de educação continuadacom ênfase em sua capacitação pedagógica e voltado,principalmente, para a reflexão de sua prática docente,levando-o à conscientização de seu papel, e, em decorrência,ao comprometimento com essa mesma prática. A iniciativa eo incentivo ao envolvimento e à atualização constante deseus recursos humanos deve partir da própria universidade,que deve criar as condições necessárias para se transformarem local de educação permanente, também, para o seucorpo docente.

Palavras-chave: Ensino superior. Capacitação pedagógica.Educação continuada.

CONTEÚDO

Tema

Justificativa

Objetivo(s)

Metodologia geral

Resultados encon-

trados/ proposta

62

Modelo

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................... 07

2 O ENSINO SUPERIOR DE PERNAMBUCO .. 09

2.1 Histórico .............................................................. 10

2.2 Características ................... ................................ 15

3 O MERCOSUL .................................................. 21

3.1 Antecedentes ....................................................... 22

3.2 Funcionamento atual ......................................... 27

4 EFEITOS DO MERCOSUL NA QUALIDADE DO ENSINO SUPERIOR DE PERNAMBUCO 36

4.1 Evolução ............................................................... 37

4.2 Características ...................................................... 49

4.2.1 Básicas .................................................................................... 50

4.2.1 Decorrentes ............................................................................ 55

4.3 Perspectivas ......................................................... 58

5 CONCLUSÕES .................................................. 67

REFERÊNCIAS..................................................... 69

APÊNDICES

Apêndice A – O roteiro de entrevista ..................... 71

ANEXOS

Anexo A - Legislação do Mercosul ....................... 72

Anexo B – A Universidade .................................... 75

REGRAS

1. Título centra-

lizado

2. Numeração ali-

nhada à esquerda.

3. Títulos das se-

ções alinhados à

esquerda.

4. Destaques

gráficos para os

títulos mais

abrangentes.

63

3 ELABORAÇÃO DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

ACADÊMICO

Elementos pré-textuais

Introdução

Elementos textuais Desenvolvimento

Conclusão

Elementos pós-textuais

64

Trabalho Acadêmico: Parte Interna

Elementos textuais

INTRODUÇÃO [capítulo nº 1]

DESENVOLVIMENTO [capítulos típicos de um TCC]

Descrição do Ambiente

Fundamentação Teórica,

Revisão da Literatura

Pesquisa Empírica [de Campo]

Análise dos Resultados / Apresentação do Projeto

CONCLUSÃO [último capítulo numerado]

Introdução

Objetivos

Revisão da Literatura

Métodos

Resultados

Parte interna: elementos textuais

Introdução (conteúdo):

- Tema

- Justificativa /importância

- Objetivos

- Metodologia (se a pesquisa é só bibliográfica, ou se há

também pesquisa de campo)‏

- Estrutura do trabalho (seqüência e conteúdo dos

capítulos a seguir)‏

Trata-se de fazer uma apresentação do que vem a seguir

66

Parte interna: elementos textuais > desenvolvimento

Descrição do Ambiente Fundamentação Teórica, Revisão da Literatura Pesquisa Empírica [de Campo] Análise dos Resultados / Apresentação do

Projeto

Descrição do ambiente:

Trata-se de contextualizar o tema de que se

está tratando.

Caracterizar o local onde ocorre o problema

que se está estudando ou para o qual se está

tentando apresentar um projeto de solução.

Chama-se também de locus da pesquisa

É preciso fundamentar as informações

67

Parte interna > elementos textuais > desenvolvimentoDescrição do Ambiente Fundamentação Teórica, Revisão da Literatura Pesquisa Empírica [de Campo] Análise dos Resultados / Apresentação do

Projeto

Fundamentação teórica:

Trata-se de expor a teoria que embasa o

próprio trabalho.

É capítulo em que se apresenta uma base

teórica para controlar a interação entre as

ideias ou variaveis.

O pesquisador deve mostrar que domina o assunto e que conhece as obras básicas.

68

Parte interna > elementos textuais > desenvolvimento

Descrição do Ambiente Fundamentação Teórica, Revisão da Literatura Pesquisa Empírica [de Campo] Análise dos Resultados / Apresentação do

Projeto

Revisão da Literatura:

Trata-se de procurar na literatura outrostrabalhos que tenham tratado do mesmotema ou de temas semelhantes, para relataro que eles encontraram, e/ou como pro-cederam.

Literatura - conjunto de obras sobre umdeterminado assunto.

69

Parte interna > elementos textuais > desenvolvimento

Descrição do Ambiente Fundamentação Teórica, Revisão da Literatura Pesquisa Empírica [de Campo] Análise dos Resultados / Apresentação do

Projeto

Pesquisa Empírica:

É apresentada em um capítulo próprio em que:

a) se informa o objetivo da pesquisa;

b) se relata como foi feita a pesquisa decampo, em detalhes;

c) se apresenta os resultados encontrados,

mediante tabelas, quadros, gráficos, etc. e

d) se analisa e comenta esses resultados.

70

Parte interna > elementos textuais > desenvolvimentoDescrição do Ambiente Fundamentação Teórica, Revisão da Literatura Pesquisa Empírica [de Campo] Análise dos Resultados / Apresentação do

Projeto

Análise:

É um capítulo em que as informações e

argumentos conseguidos nos capítulos anteriores

são empregados para atingir os objetivos do

trabalho.

Quando se trata de um TCC que é um “projeto em-presarial”, em vez do capítulo de ANÁLISE, se apresenta como último capítulo antes das CONCLUSÕES, os deta-lhes do projeto.

. 71

Parte interna: elementos textuais

CONCLUSÃO (ou CONCLUSÕES)

É uma seção em que se relembram os

objetivos do trabalho, se repassa resumidamente a

metodologia seguida e em que se apresentam os

resultados alcançados e/ou a solução proposta.

É interessante que esses resultados sejam

comparados com os dos outros pesquisadores

(revisão da literatura) e com o que preconiza a teoria

(fundamentação teórica).

72

Um trabalho científico acadêmico segue tipicamente a seguinte linha de raciocínio:

1) Uma certa realidade, que tem tais e tais características, apresenta um problema ... (descrição do ambiente);

2) Sobre esse problema a ciência já disse o seguinte ... (fundamentação teórica);

3) Recentemente alguns autores têm publicado o seguinte sobre esse problema, ou relacionado a ele ... (revisão da literatura);

4) Além do que a ciência já disse e do que a literatura recente informa, foi preciso levantar mais algumas informações complementares ... (pesquisa empírica);

5) Tendo como base essas informações anteriores,

a) este trabalho defende que ... (análise); oub) este trabalho propõe que ... (projeto de intervenção).

Normas para a redação ↓

NORMAS PARA REDAÇÃO

1. Utilizar o parágrafo brasileiro

2. Um capítulo começa sempre em uma página

nova.

3. As diversas seções dos capítulos devem ser

separadas somente por espaço triplo e não passar

para outra página.

4. Os títulos dos capítulos e das seções devem ser

iguais aos do SUMÁRIO.

5. Evitar “topificação”: não se trata de um trabalho

didático.

6. Evitar expressões que indiquem elogio ou propa-

ganda.74

Parte interna: elementos pós-textuais

• Referências (bibliográficas)‏

• Apêndices e

• Anexos

75

Parte interna: elementos pós-textuais

Apêndices e Anexosaparecem na parte pós-textual, depois das REFERÊNCIAS.

São documentos que se coloca como comprovação, esclarecimento, ilustração e complementação a informações feitas na parte textual.

Os que forem da autoria de quem faz o trabalho se chamam APÊNDICES;

os que forem da autoria de outrem, ANEXOS.76

Parte interna: elementos pós-textuais

ReferênciasCITAÇÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA

CITAÇÃO é a menção de forma resumida que o autor faz ao longo do trabalho a obras, como forma de comprovação ou de fonte de onde tirou as informações.

REFERÊNCIAS é a lista completa das obras que foram citadas ao longo do trabalho.

BIBLIOGRAFIA uma lista ou um conjunto de obras sobre um determinado assunto.

77

BIBLIOGRAFIA

Pode fazer parte de uma Bibliografia

todo o material impresso (livros, perió-

dicos, dissertações e teses acadêmicas,

apostilas, panfletos, folders, documentos

internos das organizações, etc) e o

disponível nas redes internacionais de

computador (sites).

78

BIBLIOGRAFIA

O uso de bibliografia num trabalho científico temas seguintes finalidades:

a) esclarecer mais sobre o Tema/Assunto;

b) fundamentar a Metodologia a empregar;

c) fundamentar a formulação da(s) Hipótese(s);

d) possibilitar a Revisão da Literatura e explicitaro Quadro Teórico dentro do qual está situado oTema;

e) conseguir dados/informações de caráter secun-dário;

f) prover argumentos básicos e/ou adicionais paraatingir os Objetivos e comprovar a(s) Hipó-tese(s).

79

BIBLIOGRAFIA

Podemos considerar o uso da bibliografia

em três situações:

• ao ler: anotações de leitura;

• ao redigir o trabalho: citações;

• no fim do trabalho: referências

80

BIBLIOGRAFIA

Ao ler a bibliografia

Além de fazer as anotações do conteúdo lido

[ficha de conteúdo], é aconselhável anotar

imediatamente os dados bibliográficos exigidos

pela ABNT (NBR 6023) e, se for o caso, com a

indicação do número da(s) página(s) ou do(s)

capítulo(s) [ficha bibliográfica].

81

CITAÇÃO

Ao redigir o trabalho

Ao redigir o texto do trabalho é imprescin-

dível fazer as citações, ou seja, indicar as

fontes:

a) de onde copiou as citações,

b) de onde tirou as informações,

c) ou em que se simplesmente se baseou.

82

CITAÇÃO

Ao redigir o trabalho

É necessário colocar logo junto a

indicação resumida da fonte de que se

serviu, sempre que ao longo do texto se

fizer uso ou referência a conteúdos que

não são próprios do autor.

83

CITAÇÃO

São considerados conteúdos não próprios do

autor:

a) uma transcrição literal da obra de alguém;

b) resumo, adaptação ou paráfrase do pensa-

mento de outro autor

c) apresentação de informações precisas (como

dados estatísticos ou históricos, quadros e

gráficos) ou complexas,

d) referência a acontecimentos e entidades reais;

e) manifestação de posições “fortes” ou polêmi-

cas ou que possam parecer exageradas

84

CITAÇÃO – como fazer

curta [até 3 linhas]

direta

CITAÇÃO longa [mais de 3 linhas]

indireta

Citação direta: transcrição literal da obra de alguém

Citação indireta: resumo, adaptação ou paráfrase do pensa-

mento de outro autor

85

CITAÇÃO – como fazer

Ex 1.: Transcrição literal curta

Segundo Kerlinger (1969, p.34) “uma definição

operacional é uma definição que atribui a uma

variável um significado, enumerando as ativi-

dades e operações necessárias para medir essa

variável”.

ou:

“Uma definição operacional é uma definição

que atribui a uma variável um significado,

enumerando as atividades e operações neces-

sárias para medir essa variável” (KERLINGER,

1969, p.34).86

CITAÇÃO – como fazer

Ex 1.: Transcrição literal curta [da Internet]

Segundo Kerlinger (2015,www) “uma definição

operacional é uma definição que atribui a uma

variável um significado, enumerando as ativi-

dades e operações necessárias para medir essa

variável”.

ou:

“Uma definição operacional é uma definição

que atribui a uma variável um significado,

enumerando as atividades e operações neces-

sárias para medir essa variável” (KERLINGER,

2015, www).87

3. Uso da Bibliografia ( ou literatura)

3.2 Ao redigir o trabalho – como citar

Ex. 2: Transcrição literal longa:

Podemos, inclusive falar nas tecnologias intelectuais como

extensão da memória de longo e curto prazo:

A lógica é um desses sistemas de codificação gráfica. Elasó foi mais ou menos formalizada há vinte e quatro séculos(um curto lapso de tempo comparado à duração daaventura humana). A teoria das probabilidades só existe hátrês séculos, e as estatísticas há duzentos anos. O quemostra o caráter histórico e provisório de toda definição daracionalidade que se apoiasse sobre estas tecnologiasintelectuais (LÉVY, 1993, p. 153).

88

3. Uso da Bibliografia ( ou literatura)

3.2 Ao redigir o trabalho – como citar

Ex. 2: Transcrição literal longa [na Internet]:

Podemos, inclusive falar nas tecnologias intelectuais como

extensão da memória de longo e curto prazo:

A lógica é um desses sistemas de codificação gráfica. Elasó foi mais ou menos formalizada há vinte e quatro séculos(um curto lapso de tempo comparado à duração daaventura humana). A teoria das probabilidades só existe hátrês séculos, e as estatísticas há duzentos anos. O quemostra o caráter histórico e provisório de toda definição daracionalidade que se apoiasse sobre estas tecnologiasintelectuais (LÉVY, 2015, www).

89

3.2 Ao redigir o trabalho – como citar

Ex. 3: Transcrição literal longa:

Podemos, inclusive falar nas tecnologias intelectuais

como extensão da memória de longo e curto prazo, nas

palavras de Lévy (1993, p. 53):

A lógica é um desses sistemas de codificação gráfica.

Ela só foi mais ou menos formalizada há vinte e quatro

séculos (um curto lapso de tempo comparado à duração

da aventura humana). A teoria das probabilidades só

existe há três séculos, e as estatísticas há duzentos anos.

O que mostra o caráter histórico e provisório de toda

definição da racionalidade que se apoiasse sobre estas

tecnologias intelectuais.

90

3.2 Ao redigir o trabalho – como citar

Ex. 3: Transcrição literal longa [na Internet]:

Podemos, inclusive falar nas tecnologias intelectuais

como extensão da memória de longo e curto prazo, nas

palavras de Lévy (2015, www):

A lógica é um desses sistemas de codificação gráfica.

Ela só foi mais ou menos formalizada há vinte e quatro

séculos (um curto lapso de tempo comparado à duração

da aventura humana). A teoria das probabilidades só

existe há três séculos, e as estatísticas há duzentos anos.

O que mostra o caráter histórico e provisório de toda

definição da racionalidade que se apoiasse sobre estas

tecnologias intelectuais.

91

3. Uso da Bibliografia ( ou literatura)‏

3.2 Ao redigir o trabalho – como citar

Ex 4.: Paráfrase

Assim, na visão de Ackoff (1953, p. 337), pré-testes já podem ser realizados como estudos-piloto, quando ainda se procura formularalternativas, isto é, projetar escalas demensuração e experimentar diversas etapas damensuração.

ou

Assim, pré-testes já podem ser realizadoscomo estudos-piloto, quando ainda se procuraformular alternativas, isto é, projetar escalas demensuração e experimentar diversas etapas damensuração (ACKOFF, 1953, p. 337). 92

3. Uso da Bibliografia ( ou literatura)‏

3.2 Ao redigir o trabalho – como citar

Ex 4.: Paráfrase [de texto da Internet]

Assim, na visão de Ackoff (2015, www), pré-testes já podem ser realizados como estudos-piloto, quando ainda se procura formularalternativas, isto é, projetar escalas demensuração e experimentar diversas etapas damensuração.

ou

Assim, pré-testes já podem ser realizadoscomo estudos-piloto, quando ainda se procuraformular alternativas, isto é, projetar escalas demensuração e experimentar diversas etapas damensuração (ACKOFF, 2015, www). 93

3. Uso da Bibliografia ( ou literatura)‏

3.2 Ao redigir o trabalho – como citar

Ex 5.: Resumo do pensamento de um autor:

Cunha Filho e Neves (2000, p. 143-158) pro-põem uma interessante discussão e tentativa dedefinição do termo hipersigno como um doselementos que estruturam a hipermídia.

ou

Para os interessados no assunto, há umainteressante discussão e tentativa de definiçãodo termo hipersigno como um dos elementos queestruturam a hipermídia (CUNHA FILHO e NEVES,2000, p. ‏(143-158

94

3. Uso da Bibliografia ( ou literatura)‏

3.2 Ao redigir o trabalho – como citar

Ex 6.: Afirmações fortes ou polêmicas

Recife, a quarta metrópole do Brasil (IBGE, 2001,p.43), é hoje o segundo pólo médico do país, superadoapenas pelo de São Paulo (CASTRO, 2000, p.58).

Considerada uma das mais violentas cidades domundo, o Rio de Janeiro é ainda uma das cidadesbrasileiras mais visitadas por turistas pelas suasbelezas naturais e alegria contagiante do seu povo(ALMEIDA, 1996, p.123).

Furtado (1998) defende que o modelo de desenvol-vimento brasileiro adotado depois do golpe militar temsido um modelo dependente e periférico, em contrastecom o modelo anterior de potência hegemônica.

95

Ex 7.: Citação de citação (citação indireta)‏

[quando se cita um autor que foi citado por outro

autor]

Georgescu (apud CAVALCANTI, 2001,

p. 157) percebeu um desafio fundamental

enfrentado pela humanidade: a necessi-

dade de substituírem-se combustíveis

fósseis por energia solar.

96

CITAÇÕES

Ex 8.: Citação de citação (citação direta)‏

Para Leys (apud CAVALCANTI, 2001, p. 233) “osinesperados problemas ecológicos surgidos nasúltimas décadas permitiram „tirar‟ a Natureza dolaboratório e „colocá-la‟ outra vez em seu lugar”.

ou:

“Os inesperados problemas ecológicos surgidosnas últimas décadas permitiram „tirar‟ a Natureza dolaboratório e „colocá-la‟ outra vez em seu lugar”(LEYS apud CAVALCANTI, 2001, p. 233) .

97

CITAÇÕES

Ex 8.: Citação de citação (citação direta)‏ [da Internet]

Para Leys (apud CAVALCANTI, 2015, www) “osinesperados problemas ecológicos surgidos nasúltimas décadas permitiram „tirar‟ a Natureza dolaboratório e „colocá-la‟ outra vez em seu lugar”.

ou:

“Os inesperados problemas ecológicos surgidosnas últimas décadas permitiram „tirar‟ a Natureza dolaboratório e „colocá-la‟ outra vez em seu lugar”(LEYS apud CAVALCANTI, 2015, www) .

98

Parte interna: elementos pós-textuais

Referências

CITAÇÃO é a menção de forma resumida que o autor faz ao longo do trabalho a obras, como forma de comprovação ou de fonte de onde tirou as informações.

REFERÊNCIAS é a lista completa das obras que foram citadas ao longo do trabalho.

BIBLIOGRAFIA uma lista ou um conjunto de obras sobre um determinado assunto.

99

3. Uso da Bibliografia ( ou literatura)‏

3.2 No fim do trabalho: as “Referências”

Lista de todos os autores citados no

texto do trabalho (e somente os citados) na

ordem alfabética dos sobrenomes, acompa-

nhados das informações bibliográficas

essenciais completas, segundo a norma

NBR 6023 da ABNT.

Monografias, periódicos e artigos da

Internet devem constar juntos na mesma

ordem alfabética de sobrenomes.

100

REFERÊNCIAS: modelos

Monografias são trabalhos que não são

seriados, são completos em si mesmos,

como livros, teses, dissertações, aposti-

las, etc.

Periódicos são publicações que se

repetem a intervalos de tempo, como

revistas, jornais e boletins.

Internet são trabalhos apresentados em

meio eletrônico.101

REFERÊNCIAS - modelos de monografias (livros, teses, disserta-ções,

TTC, apostilas, etc.)‏ALMEIDA, José Maria de. O turismo no Brasil. 2. ed. Riode Janeiro: Paz e Terra, 1996.

CASTRO, Josué. Qualidade em medicina. São Paulo: Sa-raiva, 2000.

CUNHA FILHO, Paulo C.; NEVES, André.Conceituandoo hipersigno para uma abordagem da hipermídia. Reci-fe: UFPE, 2000.

FURTADO, Celso. O desenvolvimento do Brasil. 3. ed..Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.

KOURGARNOFF, Wladimir. A face oculta da universi-dade. Trad. Cláudia Schilling e Fátima Murad. São Paulo:UNESP, 1990.

LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro dopensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Trinta eQuatro, 1993.

MÁTTAR NETO, João Augusto. Metodologia Científicana Era da Informática. São Paulo: Saraiva, 2002. 102

REFERÊNCIAS - modelos

Monografias (livros, teses, dissertações,

apostilas, etc)‏

Parte de uma monografia:

ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na

era moderna. In: LEVI, G.; SCHMIDT, J.

(Org.). História dos jovens. São Paulo:

Companhia das Letras, 1996. p. 7-16.

103

REFERÊNCIAS - modelos

Monografias (livros, teses, dissertações, apos-tilas, etc)‏

Apostila:

ASSUNÇÃO, Luiz Márcio. Metodologia doTrabalho Científico. Apostila de aula do Curso deAdministração da Universidade de Pernambuco(UPE). Recife, 2015.

Trabalho Acadêmico:

AZEVEDO, L. Eduardo. Logística reversanuma usina de açúcar. TCC (MBA em GestãoHospitalar), Universidade de Pernambuco (UPE).Recife, 2013.

104

REFERÊNCIAS - modelos

Periódicos

a) assinados

GURGEL, C. Reforma do Estado e segurança pública.Política e Administração, Rio de Janeiro, v.3, n.2, p. 15-21, set. 1997.

LEAL, L. N. MP fiscaliza com autonomia total. Jornal doBrasil, Rio de Janeiro, p.3, 25 abr. 1999.

b) não assinados

MÃO-DE-OBRA e Previdência. Pesquisa Nacional porAmostra de Domicílios. Rio de Janeiro, v.7, 1983.

LAGOS andinos dão banho de beleza. Jornal do Com-mércio, Recife, 28 mar. 2003. Caderno de Turismo p.3.

105

REFERÊNCIAS - modelos

Internet

CASTRO, Josué. Geografia da Fome. Disponível em: <www.ministériodaeducacao.gov.br/docs>. Acesso em: 25 maio 2004.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambi-ente. Entendendo o meio ambiente. Disponível em: <http://www.bdt.org.br/sma/entendendo/atual/htm>. Acesso em: 8 mar. 2001.

GURGEL, C. Reforma do Estado e segurança públi-ca. Política e Administração, Rio de Janeiro, v.3, n.2, p. 15-21, set. 1997. Disponível em: <http:/www.politicaeadministracao.edu.br>. Acesso em: 20 dez. 2007.

106

REFERÊNCIAS (concl.)‏

Nas REFERÊNCIAS devem ser

listadas todas as obras mencionadas ao

longo do trabalho (e somente as menci-

onadas) na ordem alfabética segundo os

sobrenomes, independentemente de serem

monografias, periódicos ou trabalhos em

meio eletrônico, com todos os detalhes, e

na forma determinada pela NBR 6023 da

ABNT.107

Programa do Curso

1 INTRODUÇÃO AO CONHECIMENTO CIENTÍ-FICO

2 PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO CIENTÍ-FICO

3 ELABORAÇÃO DE UM TRABALHO CIENTÍFICO ACADÊMICO (TCC)‏

4 ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE TRA-BALHO ACADÊMICO/ TCC

5 ELABORAÇÃO DE UM ARTIGO CIENTÍFICO

6 TÓPICOS ESPECIAIS108

4 PROJETO DE TRABALHO ACADÊMICO

Um projeto é um planejamento para a realização metódica

e eficiente de um trabalho acadêmico.

É um documento simples e composto de poucas páginas.

Não tem capa padronizada, mas alguns elementos

informativos são imprescindíveis na mesma:

nome da instituição,

nome oficial do curso,

título da futuro trabalho,

indicação de que se trata de um projeto,

nome do autor e

data da apresentação.

Na prática, trata-se de preencher os ítens a

seguir. 109

Itens de um projeto [lista completa]

1. Título

2. Tema

3. Justificativa ou importância

4. Descrição do ambiente

5. Fundamentação teórica

6. Revisão da Literatura

7. Bibliografia

8. Objetivos

9. Metodologia

10. Estrutura do trabalho

11. Cronograma

12. Orçamento

110

1.Título

Um título científico deve ser indicativo e

elucidativo do conteúdo real do trabalho. É

recomendável evitar títulos jornalísticos ou

de fantasia.

2.Tema

O Tema tem, em geral, um enunciado

semelhante ao título do trabalho, às vezes até

igual. Freqüentemente tem mais detalhes

informativos.

111

3. Justificativa/importância

Explicar porque escolheu o temaproposto e destacar a sua importância,atualidade ou interesse (científico, soci-al, institucional).

4. Descrição do ambiente

Descrever o ambiente ou caracterizar o lo-

cal onde ocorre o problema que se está estu-

dando ou tentando apresentar um projeto de

solução. É preciso fundamentar as informa-

ções..

112

5. Fundamentação teórica

Apresentar a teoria que embasa o

trabalho.

6. Revisão da Literatura

Indicar os assuntos que vão ser alvo de

procura e revisão, na literatura.

7. Bibliografia:

Listar as obras (livros, artigos de periódico,

sites, etc.) que o autor considera básicas ou

sobre que baseará o estudo (segundo a NBR

6023).113

8. Objetivos

Declarar de forma clara e precisa o que

pretende apresentar como trabalho. O que é que

vai mostrar/explicar/propor com o trabalho.

Pode haver mais de um objetivo geral. E cada

objetivo geral pode ter objetivos específicos.

9. Metodologia

Indicar em ordem as principais ações que

pretende executar para realizar o trabalho.

Isso inclui dizer se, além da pesquisa

bibliográfica [que sempre acontece], vai precisar

fazer alguma pesquisa documental e empírica, e

dar algum detalhe delas.114

10. Estrutura Capitular do Trabalho

Indicar como vai ser a estrutura geral

prevista do trabalho, em termos da seqüência

de capítulos e, se já for possível, também de

seções.

Essa indicação deve deixar transparecer o

fio condutor que seguirá o estudo.

Essa estrutura (Sumário) não é imutável.

Ela poderá sofrer alterações posteriormente

durante o decorrer do estudo.

115

11. Cronograma

Trata-se do planejamento aproxi-

mado do tempo disponível para concluir

o trabalho, em termos das principais

ações a serem executadas, e que foram

mencionadas na Metodologia.

Utilizar a semana como unidade de

medida temporal.

116

CRONOGRAMA - exemplo

ATIVIDADES

2015 2016

Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun

Entrega de Pré-Projeto x

Revisão de literatura x x x

Pesquisa Bibliográfica x x x x x x x x x x x x x

Realização de entre-vistas x

Redação do TCC x x x x

Revisão da elaboração x x x

Entrega do TCC x

CRONOGRAMA - exemplo

ATIVIDADESAGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO

1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª

Entrega de Pré-Projeto x x

Pesquisa Documental x x x

Pesquisa Bibliográfica x x x x x x x x x x x x x

Realização de entrevis-

tas x x x

Redação do TCC x x x

Revisão da elaboração x x

Entrega do TCC x

12. Orçamento

Para se ter uma estimativa dos gastos

com o trabalho, convém que seja elaborado

um orçamento.

Para ser adequado, o orçamento deve

considerar os custos referentes a cada fase do

trabalho, segundo os itens de despesas.

Esses itens, por sua vez, podem ser

agrupados em duas grandes categorias:

custos de pessoal e custos de material.

119

Programa do Curso

1 INTRODUÇÃO AO CONHECIMENTO CIENTÍ-FICO

2 PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO CIENTÍ-FICO

3 ELABORAÇÃO DE UM TRABALHO CIENTÍFICO ACADÊMICO (TCC)‏

4 ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE TRA-BALHO ACADÊMICO/ TCC

5 ELABORAÇÃO DE UM ARTIGO CIENTÍFI-CO

6 TÓPICOS ESPECIAIS 120

5 ESTRUTURA DE UM ARTIGO CIENTÍFICO [NBR 6022 - 2003]

ARTIGO CIENTÍFICO

Parte de uma publicação com

autoria declarada, que apresenta e

discute idéias, métodos, técnicas,

processos e resultados nas diversas

áreas do conhecimento.

5 ESTRUTURA DE UM ARTIGO CIENTÍFICO [NBR 6022 - 2003]

PUBLICAÇÃO PERIÓDICA CIENTÍFICA IMPRESSA

Um dos tipos de publicações seriadas, que:

1) se apresenta sob a forma de revista, boletim, anuário etc.,

2) é editada em fascículos com designação numérica e/ou

cronológica,

3) em intervalos pré-fixados (periodicidade),

4) por tempo indeterminado,

5) com a colaboração, em geral, de diversas pessoas,

6) tratando de assuntos diversos,

7) dentro de uma política editorial definida, e que

8) é objeto de Número Internacional Normalizado (ISSN).

5 ESTRUTURA DE UM ARTIGO CIENTÍFICO [NBR 6022 - 2003]

O artigo pode ser:

original (relatos de experiência de pesquisa,

estudo de caso etc.): parte de uma publi-

cação que apresenta temas ou abordagens

originais;

de revisão: parte de uma publicação que resu-

me, analisa e discute informações já publi-

cadas.

Papel tamanho: A4 (210 x 297 mm)‏

cor: branca (reciclado também)

Fonte tamanho: 12tipo: Arial, Times Roman, Courier,

Calibri, Verdana, etc.

cor : preta

estilo: normal

Margens

anverso: esquerda e superior: 3cm

direita e inferior: 2cm

verso: direita e superior: 3cm

esquerda e inferior: 2cm

Espaçamento

entre as linhas: 1,5

FORMALIDADES GRÁFICAS

PARA TODO O ARTIGO

5 ESTRUTURA DE UM ARTIGO CIENTÍFICO [NBR 6022 - 2003]

a) título, e subtítulo (se houver);

b) nome(s) do(s) autor(es);2.1 Elementos pré-textuais

c) resumo na língua do texto;d) palavras-chave na língua do texto.

a) introdução;

2.2 Elementos textuais b) desenvolvimento;

c) conclusão.

ARTIGO a) título, e subtítulo (se houver) em línguaestrangeira;

b) resumo em língua estrangeira;

c) palavras-chave em língua estrangeira;

2.3 Elementos pós-textuais d) nota(s) explicativa(s);

e) referências;

f) glossário;

g) apêndice(s);

h) anexo(s).

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5.1 Elementos pré-textuais [nesta ordem]

5.1.1 Título e subtítulo

O título e subtítulo (se houver) devem figurar na página deabertura do artigo, diferenciados tipograficamente ou sepa-rados por dois-pontos (:) e na língua do texto.

5.1.2 Autor(es)

Nome(s) do(s) autor(es), acompanhado(s) de breve currí-culoque o(s) qualifique na área de conhecimento do artigo.

O currículo, bem como os endereços postal e eletrônico,devem aparecer em rodapé indicado por asterisco na páginade abertura ou, opcionalmente, no final dos elementos pós-textuais, onde também devem ser colocados os agrade-cimentos do(s) autor(es) e a data de entrega dos originais àredação do periódico.

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5.1.3 Resumo na língua do texto

Elemento obrigatório, constituído de uma seqüência de frasesconcisas e objetivas e não de uma simples enumeração detópicos, não ultrapassando 250 palavras, seguido, logo abaixo,das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é,palavras-chave e/ou descritores, conforme a NBR 6028.

5.1.4 Palavras-chave na língua do texto

Elemento obrigatório, as palavras-chave devem figurar logoabaixo do resumo, antecedidas da expressão "Palavras-cha-ve:", separadas entre si por ponto e finalizadas também porponto.

Exemplo:

Palavras-chave: Referências. Documentação.

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5.2 Elementos textuais [nesta ordem]

5.2.1 Introdução

Parte inicial do artigo, onde devem constar a delimitação doassunto tratado, os objetivos da pesquisa e outros elementosnecessários para situar o tema do artigo.

5.2.2 Desenvolvimento

Parte principal do artigo, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto tratado. Divide-se em seções e subseções, conforme a NBR 6024, que variam em função da abordagem do tema e do método.

5.2.3 Conclusão

Parte final do artigo, na qual se apresentam as conclusões correspondentes aos objetivos e hipóteses.

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5.3 Elementos Pós-textuais [nesta ordem]

5.3.1 Título, e subtítulo em língua estrangeira

O título, e subtítulo (se houver) em língua estrangeira,diferenciados tipograficamente ou separados por dois pontos(:), precedem o resumo em língua estrangeira.

5.3.2 Resumo em língua estrangeira

Elemento obrigatório, versão do resumo na língua do texto,para idioma de divulgação internacional, com as mesmascaracterísticas (em inglês Abstract, em espanhol Resumen, emfrancês Résumé, por exemplo).

5.3.3 Palavras-chave em língua estrangeira

Elemento obrigatório, versão das palavras-chave na língua dotexto para a mesma língua do resumo em língua estrangeira(em inglês Keywords, em espanhol Palabras clave, em francêsMots-clés, por exemplo).

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5.3.4 Nota(s) explicativa(s)

A numeração das notas explicativas é feita em algarismos arábicos, devendo ser única econsecutiva para cada artigo. Não se inicia a numeração a cada página.

Exemplos:

No texto

Os pais estão sempre confrontados diante das duas alternativas: vinculação escolar ouvinculação profissional1.

Na nota explicativa

1 Sobre essa opção dramática, ver também Morice (1996, p. 269-290).

No texto

O comportamento liminar correspondente à adolescência vem se constituindo numadas conquistas universais, como está, por exemplo, expresso no Estatuto da Criança edo Adolescente2.

Na nota explicativa2 Se a tendência à universalização das representações sobre a periodização dos ciclos devida desrespeita a especificidade dos valores culturais de vários grupos, ela é condiçãopara a constituição de adesões e grupos de pressão integrados à moralização de taisformas de inserção de crianças e de jovens.

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5.3.5 Referências

Elemento obrigatório, elaborado conforme aNBR 6023.

5.3.6 Glossário

Elemento opcional, elaborado em ordem alfa-bética.

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5.3.7 Apêndice(s)

Elemento opcional. O(s) apêndice(s) são identificados porletras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respec-tivostítulos. Excepcionalmente utilizam-se letras maiús-culasdobradas, na identificação dos apêndices, quando esgotadas as23 letras do alfabeto.

Exemplo:

APÊNDICE A – Avaliação numérica de células inflama-tóriastotais aos quatro dias de evolução

APÊNDICE B – Avaliação de células musculares presentesnas caudas em regeneração

5 ESTRUTURA DE UM ARTIGO CIENTÍFICO [NBR 6022 - 2003]

5.3.8 Anexo(s)

Elemento opcional. O(s) anexo(s) são identificados por letrasmaiúsculas consecutivas, travessão e pelos respec-tivos títulos.Excepcionalmente utilizam-se letras maiús-culas dobradas, naidentificação dos anexos, quando esgotadas as 23 letras doalfabeto.

Exemplo:

ANEXO A – Representação gráfica de contagem de célulasinflamatórias presentes nas caudas em regeneração

ANEXO B – Representação gráfica de contagem de célulasnão-inflamatórias presentes nas caudas em regeneração

5 ESTRUTURA DE UM ARTIGO CIENTÍFICO [NBR 6022 - 2003]

5.4 Indicativo de seção

O indicativo de seção precede o título, alinhado à esquerda,dele separado por um espaço de caractere.

5.5 Numeração progressiva

A numeração progressiva deve ser apresentada conforme aNBR 6024.

5.6 Citações

As citações devem ser apresentadas conforme a NBR 10520.

5.7 Siglas

Quando aparecem pela primeira vez no texto, a formacompleta do nome precede a sigla, colocada entre parênteses.Exemplo: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Programa do Curso

1 INTRODUÇÃO AO CONHECIMENTO CIENTÍ-FICO

2 PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO CIENTÍ-FICO

3 ELABORAÇÃO DE UM TRABALHO CIENTÍFICO ACADÊMICO (TCC)‏

4 ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE TRA-BALHO ACADÊMICO/ TCC

5 ELABORAÇÃO DE UM ARTIGO CIENTÍFICO

6 TÓPICOS ESPECIAIS135

6 A PESQUISA EMPÍRICA

ou de campo

É o ato de se consultar a realidadeempírica de forma intencional e metódica.

A pesquisa empírica é realizada quando as

informações necessárias para atingir os objetivos do

trabalho científico não estão disponíveis na

literatura ou em documentos.

136

6 A PESQUISA EMPÍRICA

Quando houver pesquisa empírica, ela deve

ser apresentada em um capítulo próprio, nesta

sequência:

objetivo

metodologia,

resultados e

análise.

137

6 A PESQUISA EMPÍRICA

Os dados então obtidos são chamados de

primários porque são gerados em primeira mão

pelo pesquisador.

Os encontrados na literatura são chamados de

secundários.

138

6 A PESQUISA EMPÍRICA

Metodologia:

1o. Conscientizar-se/explicitar a finalidade

2o. Listar as informações

3o. Selecionar as fontes de informação

4o. Selecionar as técnicas de coleta

5º. Informar como vai apresentar os resultados

(dados coletados)‏

6º. Declarar como vai fazer a análise tendo em

vista o objetivo da pesquisa empírica e/ou o do

TCC em geral. 139

6 A PESQUISA EMPÍRICA

6.1 Finalidade

É preciso ter consciência, clareza e

precisão sobre o que se quer saber com a

pesquisa EMPÍRICA.

140

6 A PESQUISA EMPÍRICA

6.2 Lista das Informações

a) as variáveis que sejam possíveis de

serem observadas diretamente, e

b) os indicadores daquelas que não sejam

passíveis de serem observadas direta-

mente.

141

6 A PESQUISA EMPÍRICA

6.3 Fontes das Informações: tipo

Devem ser escolhidas as pessoas mais

aptas e mais qualificadas para prestar

cada informação.

142

6 A PESQUISA EMPÍRICA

6.3 Fontes das Informações: lugar

É preciso também atentar para a

escolha de um local adequado para a

coleta das informações.

143

6 A PESQUISA EMPÍRICA

6.3 Fontes das Informações: lugar

Quando se tratar de fonte de

informação não-pessoal (fichas de um

arquivo, por exemplo), o cuidado deve

voltar-se para o lugar onde encontrá-la e,

provavelmente, para uma análise da sua

fidedignidade.

144

6 A PESQUISA EMPÍRICA

6.3 Fontes das Informações: quantidade

a) Todas (universo/população)‏

b) Uma amostra probabilística

c) Uma amostra não-probabilística

145

6 A PESQUISA EMPÍRICA

6.3 Fontes das Informações: processo

Trata-se de determinar como escolher as

unidades de informação (os informantes).

Regra geral: representatividade

Processos: sorteio

outros: probabilísticos

não-probabilísticos146

6 A PESQUISA EMPÍRICA

6.3 Fontes das Informações: lugares

Lugares onde espera encontrar as

informações não-pessoais: cadastros, fi-

chários, prontuários, etc.

147

6 A PESQUISA EMPÍRICA

6.4 Técnicas de coleta das Informações

a) tipos:

- questionário,

- entrevista,

- observação

b) escolha:

- não é subjetiva;

- deve ser a mais adequada, e possível.148

6 A PESQUISA EMPÍRICA

6.4 Técnicas de coleta das Informações

a) Questionário

É um conjunto de perguntas escritas quedevem ser respondidas também por escrito,sem interferência do pesquisador.

Formas de distribuição

Vantagens

Desvantagens

149

6 A PESQUISA EMPÍRICA6.4 Técnicas de coleta das Informações

b) Entrevista

É uma técnica de coleta que se caracteriza pelainterferência do pesquisador.

Tipos: - com formulário

- com roteiro

- informal

- disfarçada

Vantagens

Desvantagens150

6 A PESQUISA EMPÍRICA6.4 Técnicas de coleta das Informações

c) Observação

Técnica de coleta que se caracteriza pelaausência de comunicação entre o pesquisa-dore o informante.

Tipos: - participante

- não-participante

Vantagens

Desvantagens

151

6 A PESQUISA EMPÍRICA6.5 A aplicação das técnicas de coleta das Infor-

mações: o coletador.

6.6 A apuração varia dependendo do tipo de dado

a) pesquisa qualitativa: registros verbais não

quantificados;

b) pesquisa quantitativa: se aplica números

(quantidades) às variáveis >

TABELA

QUADRO

MATRIZ DE DADOS152

6 A PESQUISA EMPÍRICA

Bibliografia

COSTA, Sérgio Francisco. Introdução Ilus-trada à Estatística. São Paulo: Harbra, 1988.

REA, Louis M.; PARKER, Richard A. Me-todologia de Pesquisa: do Planejamento à Execução. São Paulo: Pioneira, 2000.

MÁTTAR NETO, João Augusto. MetodologiaCientífica na Era da Informática. São Paulo:Saraiva, 2002.

153

6 A PESQUISA EMPÍRICA6.7 A análise dos dados coletados

a) pesquisa qualitativa

b) pesquisa quantitativa:

- tratamento estatístico dos dados (variá-

veis);

- exploração racional dos dados coletados

tendo em vista a finalidade da pesquisa e a

do estudo em geral.

154

6 A PESQUISA EMPÍRICA

Ao redigir o TCC, os quatro primeiros

detalhes explicados até agora (fina-lidade,

fontes, técnicas de coleta e co-letor) deverão ser

descritos (alguns até justificados) antes de

se apresentar os resultados da pesquisa

EMPÍRICA.

155

6 A PESQUISA EMPÍRICA

Esses detalhes são importantes do

ponto de vista metodológico porque

estão relacionados aos dados gerados

pelo pesquisador, que são novos, e

precisam ser cercados de cuidados para

merecerem a confiança da comunidade

acadêmica.

156