Meu Guerreiro Escocês - Publicar seu livro agora ficou ... · Agradecimentos: Dedico este livro...

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Meu Guerreiro Escocês

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Marcia Pimentel

Meu Guerreiro Escocês

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Copyright © 2010 By Marcia Pimentel

Diagramação e revisão Marcia Pimentel

Capa Marcia Pimentel

Revisão Sabrina Pimentel da Silva

1º Edição Marcia Pimentel 1974 - Nome do livro: Meu Guerreiro Escocês Editora Perse – 2010

1. Romance. Ficção.

Todos os direitos autorais reservados a autora

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Agradecimentos:

Dedico este livro às pessoas que mais Amo neste mundo, minhas três filhas, Que sempre estão ao meu lado e Que me deram muito incentivo Para escrever esse romance. Yasmin, Sabrina e Karine.

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Prólogo

Dias atuais

a biblioteca imperava o silêncio, às vezes ouvia-se um arrastar de cadeiras e alguns risinhos, mas logo o silêncio voltava a

reinar. Há duas semanas este era o lugar que Isabela vinha frequentando assim que saía do trabalho. Saía correndo e chegava na porta da biblioteca quase tendo um ataque do coração de tanto correr pelas ruas do centro, parecia uma doida correndo e desviando das pessoas que estavam em sua frente, ela sempre tinha pressa em chegar a biblioteca. Hoje, além do coração disparado, por causa da corrida, também estava um pouco molhada. Estava um dia muito chuvoso, com muito vento e com um tempo desse o guarda-chuva não fazia diferença. Entregou seu cartão da biblioteca para a moça da recepção que a olhou com um sorriso no rosto, Isabela lhe dedicou um sorriso de reconhecimento, depois, foi até o armário guardar sua bolsa e o seu guarda-chuva, e foi direto para o corredor onde ficavam os livros da era medieval, os seus preferidos. Pegou um livro e foi para umas das mesas e começou a pesquisar o que dizia sobre a vida das mulheres daquela época.

N

O interesse de Isabela pela era medieval começou depois que seu amigo Rubens, um amigo do trabalho, lhe mostrou vários filmes sobre a Escócia medieval, Isabela ficou fascinada por essa época, então começou a devorar todos os livros que falavam sobre esse assunto e sobre esse país. Aprendeu algumas coisas lendo esses livros e cada vez que lia ficava mais fascinada. Várias vezes ficava imaginando como seria viver naquela época. Como seriam os homens medievais. Será que eles eram mesmo bárbaros como muitos livros os descreviam? Eles tratavam realmente os seus cavalos

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melhores do que as suas esposas? Como seria viver com essas pessoas numa época tão diferente da que ela vivia? Isabela pensava em tudo isso, enquanto lia esses livros. Ela sempre quis viver uma aventura e viver na Escócia da era medieval com certeza seria uma grande aventura. Depois de ler o livro que tinha pego da prateleira, Isabela olhou para o relógio e viu que já era hora de voltar para casa, já estava quase na hora da biblioteca fechar. Ela sempre saía alguns minutos antes da biblioteca fechar. Resolveu que levaria um livro para ler em casa. Isabela nunca levava livros para ler em casa, gostava de ler na biblioteca junto com as outras pessoas, só assim não se sentiria tão sozinha. Mas naquele dia, ela resolveu que levaria um livro. Aquele tempo chuvoso pedia uma boa leitura debaixo das cobertas. Então, ela voltou na prateleira para escolher o livro que levaria. Depois de uma rápida olhada pelos livros que poderia levar para casa, ela decidiu levar a biografia de uma dama inglesa que viveu durante um tempo na Escócia. Ao ler a palavra Escócia o livro já lhe interessou, pegou o livro e foi registrá-lo. Quando Isabela saiu da biblioteca já tinha escurecido, e para seu espanto chovia ainda mais. Olhou para cima e viu um raio atravessar o céu, isso fez com que ela se arrepiasse, não sabia se tinha se arrepiado pela intensidade do raio ou pelo vento frio que soprava em seu rosto. Nunca teve medo de tempestades, mas aquela parecia que anunciava que algo estava para acontecer. Isabela esperava que se fosse realmente acontecer alguma coisa de diferente naquela noite que pelo menos esperasse que ela tivesse chegado em casa e estivesse bem protegida dentro do seu apartamento. Fez sinal para um táxi e foi direto para casa. Seu apartamento estava silencioso como todas as noites. Isabela não se acostumava com aquela solidão que por um tempo até que havia sido boa, mas que agora gostaria de ter com quem conversar e até com quem brigar. Sentou na poltrona da sala e se aconchegou, fechou os olhos e imaginou que não estava sozinha, mas que braços fortes a rodeavam em um abraço forte e carinhoso, apertou mais os olhos para que a sensação não passasse, colocou as pernas em cima da poltrona e as abraçou. Isabela se encolheu e chorou. Depois de chorar por um tempo suspirou e secou as lágrimas, mas ainda

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continuou encolhida na poltrona tentando afastar a solidão. Estava morando sozinha há três anos, desde que seu casamento com Alexandre terminara. Isabela estava com 30 anos, completados há um mês atrás, sem festa, sem comemoração. Há tempos que ela não tinha vontade para badalações. Sentia que sua vida estava vazia, nada lhe dava prazer de viver. Sabia que não era uma mulher muito bonita, mas todos sempre diziam que ela era muito simpática e que tinha o seu encanto. Nunca encontrou um homem que ela realmente amasse, talvez esse fosse o maior vazio de sua vida, nunca ter vivido um grande amor. Seu casamento com Alexandre durou quatro anos, quatro longos anos, e não foram anos muito felizes. A verdade era que havia se casado para ver seus pais felizes. Por ela ser filha única seus pais sempre sonharam em vê-la casada para poder dar-lhes muitos netos, então fez o que achou ser certo. Conheceu Alexandre em uma festa de amigos e cinco meses depois se casaram em uma simples cerimônia no civil, sem direito a lua de mel pois ele tinha uma viagem para um congresso de corretores de imóveis naquela mesma semana. Na época Isabela já trabalhava como secretária na fábrica de cosmético, onde trabalha atualmente. Durante o tempo que ficaram casados, pouco se viam por causa das viagens de trabalho de Alexandre, a empresa onde ele trabalhava tinha escritórios em alguns estados do Brasil, e Alexandre era um ótimo vendedor, quando uma venda estava difícil ele era chamado pois sabiam que ele efetuaria a venda. Às vezes ele passava duas semanas viajando e quando chegava cansado em casa, não tinha tempo para carinhos com Isabela. Dois anos depois de casados que até pareciam dez, era como se fossem dois estranhos. Às vezes se passava uma ou duas semanas para que Alexandre a procurasse na cama, e cada vez mais sem carinho, como se fosse algo que simplesmente tivesse que fazer. Depois que se passaram mais dois anos de casados, Isabela não aguentou mais e pediu o divórcio, mesmo sabendo que isso magoaria seus pais, mas não havia outra solução para o seu casamento, ele já não existia há muito tempo. Isabela resolveu levantar da poltrona e esquecer a solidão. Foi tomar um banho para tentar relaxar depois de um dia muito estressante no trabalho. Depois de passar rapidamente pela cozinha, naqueles últimos dias Isabela quase não sentia fome, foi para cama

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ler o novo livro que trouxe da biblioteca. O livro era sobre uma dama de Londres que viveu no século XV, lady Mírian Wilmington. A família Wilmington era muito importante na Inglaterra daquela época, a biografia falava sobre sua vida devassa e misteriosa, algo bem diferente para aquela época, pois a maioria das mulheres eram muito recatadas, os escândalos sempre vinham dos homens, mas lady Mírian era muito diferente das mulheres de sua época. Alguns de seus amantes morreram em situações misteriosas, alguns diziam que ela mandava matar os amantes que a deixava, foi casada com um lorde escocês por um ano, depois que se casou foi morar com ele na Escócia, depois de um ano seu marido morreu em situação também misteriosa e que ninguém nunca soube explicar, mas pessoas da época afirmavam que lady Mírian tinha um amante e que ele era muito próximo e uma pessoa de confiança de seu marido, e que foi ele quem matou o lorde a mando dela, pois ele estava loucamente apaixonado por lady Mírian, mas que depois esse homem desapareceu misteriosamente. Depois que seu marido morreu, lady Mírian voltou para Londres e voltou a usar o seu nome de solteira. A biografia dizia que lady Mírian era uma mulher muito bonita, mas também muito má, desde pequena sempre tratou seus criados de modo perverso, dando sempre os piores castigos para quem lhe desobedecesse, às vezes por puro divertimento. Suas damas de companhia viviam constantemente com muito medo de fazer algo que não a agradasse e levassem uma bofetada de sua senhora, duas de suas damas de companhia haviam morrido por maus tratos de lady Mírian, e como eram camponesas e não tinham família, ninguém nunca reclamou pelo ocorrido. Antes de morrer ao 65 anos, lady Mírian frequentava muitos bailes e eventos, e muitas pessoas importantes estavam sempre à sua volta, mas nunca teve realmente alguém em quem confiasse ao seu lado, pois ela não confiava em ninguém. Teve muitos amantes em sua vida, fofocas da época diziam que ela teve mais de 100 amantes. Nunca voltou a se casar, dizia que amava seu falecido marido e que nenhum outro homem tomaria o seu lugar, mas sempre depois que dizia essa frase dava uma longa gargalhada. Lady Mírian morreu sozinha em sua grande mansão em Londres, em seu velório quase não tinha ninguém para lamentar a morte daquela senhora, nem

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amigos e nem família, tudo o que era seu passou para a coroa inglesa, pois não possuía nenhum herdeiro. Depois que leu sobre a história de lady Mírian Wilmington, Isabela não conseguiu dormir, ficou pensando em tudo o que tinha lido sobre aquela misteriosa mulher. Uma mulher bonita, misteriosa e má. Apesar de tudo o que ela viveu, de tantos amantes que teve, tinha morrido sozinha e sem ninguém para chorar à sua morte. Isabela pensou que com certeza não gostaria de ter sido aquela mulher. Mas algo chamou a atenção de Isabela, a biografia de lady Mírian quase não falava de seu marido, só que ele era um lorde escocês e que morreu um ano depois que se casou com ela, nem seu nome tinha sido mencionado no livro. Isso fez com que Isabela começasse a se fazer um monte de perguntas: Quem seria aquele lorde? Por que ela o teria matado? Seria ele um homem violento para que ela o tivesse matado? Como teria sido o casamento deles? Como tinha sido a aparência dele? Por que o livro não mencionava nada sobre o marido de lady Mírian? Não conseguia parar de pensar em todas aquelas perguntas. O que teria acontecido durante esse um ano de casamento de lady Mírian e esse lorde escocês? Isabela fechou os olhos, segurando o livro no peito. De repente, sentiu seu corpo diferente, sentiu seu corpo pesado. No começou Isabela não pensou em nada, só ouvia o barulho da tempestade do lado de fora, sua respiração acelerou, com olhos fechados Isabela começou a pensar na vida de lady Mírian, imaginou como seria se ela fosse lady Mírian. Será que ela se apaixonaria por esse lorde? Ela teria ficado na Escócia mesmo depois da morte do marido? Isabela estava tão envolvida com os seus pensamentos que não percebeu as mudanças que aconteceram, mas algo a fez parar de pensar. Ainda com os olhos fechados ela sentiu um corpo de um homem em cima do seu, ouviu o barulho que ele fazia, ela continuava deitada em sua cama, pelo menos era o que ela pensava. Estava esticada na cama e ele estava em cima dela, ele estava lhe fazendo amor. Isabela ficou em pânico. Como aquele homem havia entrado em seu quarto? Quando abriu os olhos viu uma parede em sua frente, era uma parede que nunca tinha visto antes. Isabela sentiu o pânico crescendo dentro dela, o que estaria acontecendo? Sem mexer a cabeça ela percorreu com os olhos a parede que estava em

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sua frente. O quarto estava escuro, a pouca luz que tinha era a luz do luar que entrava pela única janela no quarto e que estava aberta. Isabela sentiu cheiro de fumaça e percebeu que o quarto estava um pouco enfumaçado. Ela queria gritar, mas estava tão aterrorizada que não conseguia formar nenhuma palavra em sua boca. Devagar, Isabela virou a cabeça para olhar para o homem que estava em cima dela, ele também estava com o rosto virado para o lado. Sua cabeça estava alguns centímetros afastada da cabeça de Isabela. Isabela olhou para ele durante um tempo, mas a única coisa que via era o cabelo dele que estava preso por uma fita, de repente ele levantou a cabeça e virou para ela, nesse momento seus olhares se cruzaram. Isabela quase perdeu o ar, ela se obrigou a lembrar que tinha que respirar. Como era lindo aquele olha! Era de um azul tão lindo, tão límpido que parecia um céu sem nuvens. Isabela pensou que poderia passar horas olhando para aqueles olhos. Ele parou e olhou para ela como se não tivesse entendendo o que estava acontecendo, ela também queria dizer a ele que não entendia o que estava acontecendo. Olharam-se por alguns instantes em silêncio. O coração de Isabela quase parou ao perceber que aquele olhar tão lindo tinha uma tristeza tão profunda, Isabela viu que aqueles olhos eram como um poço vazio, sem sentimentos, ela sentiu uma tristeza tão grande por ele que aquele sentimento a assustou. Ela fechou os olhos.

Ao abrir os olhos novamente, ela estava de volta em sua cama. Foi como acordar de um sonho muito louco, ela ainda podia sentir o peso do corpo daquele homem. Isabela olhou para o seu quarto para ter certeza que estava no lugar certo. Sim, era o seu quarto, estava quente ao contrário daquele quarto onde estava que era tão frio, ela pôde sentir o ar gelado que estava naquele quarto. Que sonho estranho que teve! Mas ela não sentia que havia dormido, ela só tinha fechado os olhos por uns instantes. Ela sentou na cama e se sentiu perdida por um momento. Mas o que teria acontecido? Quem era aquele homem que tinha visto em seu sonho? De repente, Isabela sentiu uma dor muito grande, uma vontade de estar de novo com aquele homem, de abraçá-lo e de amá-lo, sentiu uma necessidade de fazê-lo feliz. Isabela levou as mãos ao rosto e chorou, chorou sem saber porque chorava, ela chorou como nunca havia chorado antes em sua vida, ela sentia uma grande dor em seu peito. Era como se

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ela tivesse magoado alguém que amava muito e agora estava muito arrependida. O que estava acontecendo com Isabela? Por que estava sentindo tanta dor? O que tudo aquilo significava?

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O Casamento

Escócia 1423

udo tinha acontecido tão depressa que não tinha dado tempo para lady Mírian tentar reverter aquela situação em que estava

vivendo. Agora estava casada com um homem que nem conhecia, e que a levaria para bem longe de Londres. Tudo foi decido apenas em uma única noite, em uma única conversa, onde ela não teve permissão de opinar, seu destino já tinha sido decidido. Seu pai tinha acertado seu casamento com aquele homem que ela ainda nem conhecia, tudo arranjado pelas suas costas, ela se sentia traída por seu pai, a única pessoa no mundo que ela amava, mas que já não amava tanto, já que ele a tinha colocado naquela situação. Ela agora estava em sua carruagem, sacolejando pelas estradas das terras altas da Escócia, indo ao encontro de seu marido. Enquanto passava os dias dentro daquela carruagem, junto com sua única criada, pois ela só fora permitida levar somente uma criada, o que a aborreceu muito. Lady Mírian sempre gostou de ter muitas criadas lhe servindo, mas assim que chegasse no castelo de seu marido mandaria que ele providenciasse mais duas criadas para ela. Como não tinha nada para fazer dentro daquela carruagem, pois ela não era dada a bordar, sempre achou essas coisas muito entediante, ela ficava revisando várias vezes como tudo tinha acontecido, como sua vida tinha tomado um rumo totalmente diferente do que tinha imaginado para ela.

T

Cinco dias atrás, ela estava em seu quarto se aprontando para dormir, depois de ter se divertido muito em mais um baile da corte, estava feliz e pronta para se deitar quando uma de suas criadas veio

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avisá-la que seu pai a estava esperando em sua sala particular, pois precisava vê-la com urgência. Lady Mírian teve que se vestir novamente para o encontro com o seu pai. Estava muito curiosa para saber o que era tão importante para que ele mandasse chamá-la aquela hora da noite. Seu pai era o lorde Wilmington, um homem muito respeitado na corte inglesa por causa do bom nome e da fortuna que tinha. Por causa disso ela sempre tinha muitos cavaleiros à sua volta nos bailes da corte. Assim que entrou na sala, ela deu de cara com um homem enorme em sua frente, quem ela nunca tinha visto. Ele era o tipo de homem que ela nunca flertaria em um baile. O homem não era feio, mas com aquele tipo de roupa, uma saia escocesa, tudo indicando que era um escocês, e Mírian não gostava dos escoceses. Mírian minha querida, esse é Sir John Alexander MacKay,― ele veio representando seu irmão, Lorde Robert William MacKay, senhor de Strathnaver e líder do clã MacKay na Escócia, ele está em uma campanha de batalha pelo clã de seu primo, por isso não pode estar aqui pessoalmente. Mírian percebeu que seu pai estava― muito eufórico enquanto lhe apresentava aquele homem, como se ele fosse uma pessoa muito importante. Seu pai continuou com as mãos em seu ombro. Amanhã, você se casará com Lorde Robert,― representado aqui pelo seu irmão John... Nesse momento Mírian interrompeu seu pai. Ela virou-se de encontro a ele e o encarou. Como?... Vou me casar amanhã?... Não estou entendo,― papai?... Quem é esse Lorde Robert?... Por que vou me casar com ele?

Mírian até aquele momento tinha ouvido tudo calada como se― tudo aquilo não fizesse sentido algum, mas quando ouviu a palavra casar, olhou para seu pai com um olhar furioso. Não podia acreditar que aquilo estivesse acontecendo. Tinha chegado de um baile na corte, tinha flertado com muitos cavaleiros, tinha sido cortejada por outros tantos, como que do dia para noite ela teria que se casar, e com um desconhecido? O senhor está certo do que está fazendo― papai? Vai acabar com a minha vida. O que eu fiz para merecer esse castigo? Estou certo no que estou fazendo minha filha. Agora o― ― seu pai não estava mais eufórico, mas falava muito sério. Será―

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