Microprogramacao
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Antes de falar de processadores, vamos resolver uma espécie de enigma, apresentado em uma aula de Arquiteturas de Computadores, pelo professor Vinod
endereços
dados
controle (r/w)
memória
. . .
. . .
. . .
processador
1
O interior da CPUO interior da CPU
Dado o esquema do slide anterior, deseja-se que os dados lidos da memória passem por todos os nove pontos do processador, utilizando o mínimo possível de fios
Os fios são todos retos, ou seja, a solução para o problema será o mínimo de linhas retas que passem por todos os pontos
. . .
. . .
. . .2
Dado o esquema do slide anterior, deseja-se que os dados lidos da memória passem por todos os nove pontos do processador, utilizando o mínimo possível de fios
Os fios são todos retos, ou seja, a solução para o problema será o mínimo de linhas retas que passem por todos os pontos
. . .
. . .
. . .
Uma configuração óbvia seria:
3
Com essa solução, temos 5 retas Será que 5 é realmente o número mínimo de
retas? Pense mais um pouco e clique para ver a
resposta...
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4
Com essa solução, temos 5 retas Será que 5 é realmente o número mínimo de
retas? Pense mais um pouco e clique para ver a
resposta...
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Começando de uma forma diferente
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Com essa solução, temos 5 retas Será que 5 é realmente o número mínimo de
retas? Pense mais um pouco e clique para ver a
resposta...
. . .
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Começando de uma forma diferente
Seguindo por mais 2 pontos... Podemos usar apenas mais 2 retas!
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Com essa solução, temos 5 retas Será que 5 é realmente o número mínimo de
retas? Pense mais um pouco e clique para ver a
resposta...
. . .
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. . .
Começando de uma forma diferente
Seguindo por mais 2 pontos... Podemos usar apenas mais 2 retas! Por que não fazer isso...
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Com essa solução, temos 5 retas Será que 5 é realmente o número mínimo de
retas? Pense mais um pouco e clique para ver a
resposta...
. . .
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Começando de uma forma diferente
Seguindo por mais 2 pontos... Podemos usar apenas mais 2 retas! Por que não fazer isso... ...para depois fazer isso?
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Com essa solução, temos 5 retas Será que 5 é realmente o número mínimo de
retas? Pense mais um pouco e clique para ver a
resposta...
. . .
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Começando de uma forma diferente
Seguindo por mais 2 pontos... Podemos usar apenas mais 2 retas! Por que não fazer isso... ...para depois fazer isso? E finalmente isso. 4 retas!
9
CuriosidadesCuriosidades
Por que esta última solução não é tão óbvia quanto a primeira, se não havia nenhuma restrição de que as retas não podiam ultrapassar a caixa? Não estamos acostumados a pensar além do que temos de concreto. Em países como os EUA, por exemplo, os alunos são estimulados desde o primário a “pensar fora da caixa” Não é à toa que a maioria das descobertas e invenções vem de países desenvolvidos Então, lembre-se: “Think outside the box”
10
Processadores e Processadores e MicroprogramaçãoMicroprogramação
Vamos agora analisar mais a fundo o Modelo de Von Neumann
Vamos definir conceitos como registradores, barramentos, Unidade Lógica Aritmética (ULA), entre outros
Em seguida, construiremos nosso processador utilizando todas as componentes apresentadas
11
Registradores Locais onde são armazenadas informações A diferença dos registradores para as células da
memória principal é que os primeiros estão localizados dentro do processador. Isso faz com que informações contidas nos registradores sejam buscadas bem mais rapidamente para processamento
Representação*:
Registrador
*ATENÇÃO: tanto esta como as outras representações feitas aqui não fazem parte de nenhum tipo de convenção – são meras ilustrações!
12
Barramentos Conjuntos de fios por onde passam bits de dados
ou de controle Em outras palavras, artifícios utilizados para
transmitir sinais de um dispositivo para outro Representação:
ou
n
Onde n é o número de fios do barramento, lembrando que por cada fio passa um bit por vez 13
Multiplexadores (MUX) Circuitos que recebem entradas, selecionam uma
delas através de sinais de controle e as liberam como saída
Representação:
MUX
14
Unidade Lógica Aritmética (ULA) Dispositivo que recebe dois dados de entrada A e
B, opera-os sobre uma função pré-determinada e libera um dado de saída
Recebe bits de controle que especificam a operação a ser realizada
A ULA poderá fazer 4 operações em nossa abordagem, portanto são necessários 2 bits de controle (00, 01, 10 e 11 = 4 possibilidades)
Por ora, a única operação relevante é a soma (00) Representação:
ULA
A B
15
Deslocador Dispositivo que recebe um número binário e
multiplica ou divide por 2, se desejado for, através do deslocamento à direita ou à esquerda
Deslocar à direita significa “apagar” o bit mais à direita e adicionar um 0 à esquerda, e o procedimento é exatamente o oposto no deslocamento à esquerda
Exemplo: 0010 (=2) Deslocando à direita (divisão): 0001 (=1) Deslocando à esquerda (multiplicação): 0100 (=4)
Representação:DES
16
Vamos falar mais detalhadamente sobre registradores
Sabemos que registradores contém dados que tanto podem ser lidos quanto sobrescritos
Por isso, cada registrador precisa receber um bit que controla sua entrada, que chamaremos de HE, e outro que controla sua saída, HS
Registradores possuem na sua estrutura interna um circuito flip-flop para cada bit que armazena, cada um deles conectado a um fio tanto do barramento de entrada como do barramento de saída
17
Abaixo, esquematizada a estrutura interna de um registrador de 8 bits:
HE (habilita entrada)
ENTRADA
HS (habilita saída)
SAÍDA
Tri-state buffer 18
Tri-state buffers são circuitos que evitam conflitos entre as saídas para o barramento, fazendo um tipo de “desconexão virtual” entre registradores e barramentos
Esses conflitos seriam possíveis porque várias saídas de registradores estarão conectadas a um mesmo barramento
Nossa arquitetura terá 16 registradores para armazenar dados, dentre os quais alguns tem funções especiais: PC (Program Counter), IR (Instruction Register) e AC (Accumulator)
19
O Program Counter contém o endereço da próxima instrução a ser buscada na memória principal
O Instruction Register armazena a instrução buscada na memória. Ou seja, IR = MP[pc], sendo IR o conteúdo do registrador e pc um endereço da memória principal MP
Accumulator é um registrador que armazena valores intermediários, que não seriam úteis ao final da operação
Haverá em nossa arquitetura, além dos 16, outros registradores espalhados no processador: dois latches, A e B, o Memory Adress Register (MAR) e o Memory Buffer Register (MBR) 20
Os latches servem para “segurar” dados no barramento e evitar que sejam sobrescritos
Precisamos sempre lembrar que os fios do barramento apenas conduzem eletricidade, que já é instável por si mesma
Latches serão importantes então para captar dados do barramento que estão prontos para serem processados, isto é, estão estáveis
É como tirar uma foto: énecessário esperar até quetodos estejam parados
21
O MAR é ligado ao barramento de endereços, que controla exclusivamente o fluxo de endereços que o processador envia para serem consultados na memória
O MBR é ligado ao barramento de dados do sistema, e guarda os dados buscados na memória que serão processados na CPU ou os dados resultantes de algum processamento e que serão escritos na memória, ou até mesmo processados novamente
22
Podemos agora começar a “montar” o nosso processador
Já foi dito que, para começar, vamos pensar apenas em somar dados. Para isso, precisamos simplesmente ler dois deles e somá-los
Dois registradores e uma ULA são necessários
PCIRACR1R2....
ULA
Escolheremos então, dentre nossos 16 registradores, um registrador R1 e outro R2 para ler e somar seus dados
23
Intuitivamente, ligamos tudo através de barramentos
Vamos guardar o resultado da soma no registrador R3
ULA
PCIRACR1R2
.
.
.
R3
Barramento A
Barramento B
Barramento C
24
Ainda não é o caso, mas se quiséssemos multiplicar ou dividir um número por 2, precisaríamos adicionar um deslocador
Posicionando os 2 dispositivos separadamente, teríamos a vantagem de fazer operações simultâneas. Colocando ambos juntos, podemos usá-los consecutivamente, isto é, multiplicar ou dividir direto o resultado de uma soma, sem precisar armazená-lo antes
25
Mesmo que ainda não seja necessário, vamos adiantar um deslocador para a nossa máquina, colocando o mesmo logo após a ULA:
ULA
PCIRACR1R2
.
.
.
R3
DES
Barramento A
Barramento B
Barramento C 26
Agora, precisamos pensar fisicamente Imagine se nossa soma fosse R1 ← R1 + R2, isto
é, o registrador R1 receberia o resultado da soma de seu valor atual com o valor de R2
Enquanto a ULA processa os primeiros bits de cada dado, o barramento de saída está sendo modificado e, portanto, os novos valores já estão sendo salvos em R1, o que poderia causar um erro na soma
Uma das soluções para esse impasse é adicionar latches antes da ULA, que guardarão os valores originais de R1 e R2 enquanto são processados
27
ULA
PCIRACR1R2
.
.
.
R3
DES
LA LB
Barramento A
Barramento B
Barramento C
28
Ok, mas temos que pensar também na interação processador-memória
É preciso adicionar, então, MAR e MBR. O MAR controla apenas informações (endereços) que vão do processador para a memória, mas o MBR controla o fluxo de dados de toda a interação, incluindo os dados de saída do deslocador, dados de entrada para a ULA e dados que serão lidos ou escritos na memória
29
MAR MBR
Em nossa arquitetura, o MAR poderá ser carregado a partir do latch B
É interessante possibilitar o processamento de dados direto do MBR para a ULA, poupando assim o tempo de selecionar o registrador (entre 16 deles!) desejado para armazenar o resultado da operação, e depois selecionar o mesmo novamente para buscar os bits e processá-los
30
Porém, repare que o MBR estará conectado à ULA, junto com o latch A. Há um conflito visível nessa configuração
Lembre-se de que a ULA é apenas um circuito combinatório. Os bits de controle que recebe são apenas para especificar a operação a ser feita, o que significa que está sempre recebendo dados
31
MBR
ULA
Latch A
PCIRACR1R2
.
.
.
R3
DES
LA LB
MAR
MBR
Barramento A
Barramento B
Barramento C
32
ULA
conflito
PCIRACR1R2
.
.
.
R3
DES
LA LB
MAR
MBR
Barramento A
Barramento B
Barramento C
33
ULA
conflito
Sem pânico!
A solução é simples!
ULA
PCIRACR1R2
.
.
.
R3
DES
LA LB
MAR
MBR
AMUX
Barramento A
Barramento B
Barramento C
34
Basta adicionar um multiplexador, que chamaremos de AMUX (multiplexador A):
O multiplexador controlará qual dos dados deve ser enviado para a ULA
Mas e se a instrução a ser executada fosse R1 ← R1 + R2 + R3 + R4 ?
Intuitivamente, a solução seria uma ULA com 4 entradas, com a vantagem de resolver essa soma sem precisar guardar nenhum resultado intermediário
35
ULA
A B C D
Sendo assim, uma ULA com 4 entradas é mais vantajosa para os casos de soma com 4 parcelas. O problema é que isto não será econômico se essa
soma não ocorrer com frequência E pensando bem, de fato ela não é tão comum
quanto uma soma com apenas 2 operandos, para a qual basta uma ULA com 2 entradas
Unindo o útil ao agradável, por que não pensar em uma solução alternativa para realizar esta soma, ainda sem precisar salvar valores intermediários?
36
Eis a solução:
37
ULA 1 ULA 2
ULA 3
A B C D
E F
ULA 4
A B C D
CuriosidadesCuriosidades
Fabricar 3 ULA’s com 2 entradas é ainda mais econômico do que projetar uma única ULA com 4 Além disso, outra vantagem em reduzir o tamanho das ULA’s pode ser explicada fazendo uma analogia com a forma como são fabricados os próprios processadores
38
CuriosidadesCuriosidades
Processadores são obtidos através de fatias redondas de silício, que podem ser divididas em partes pequenas ou nem tanto:
39
CuriosidadesCuriosidades
Podemos pensar em cada um desses pedaços como uma componente do processador As fatias, porém, sempre tem impurezas Imagine, por exemplo, a fatia abaixo, onde as manchas vermelhas são suas impurezas
40
CuriosidadesCuriosidades
Cada parte atingida por uma impureza está inutilizada Pensando nas partes como componentes, aquelas que foram atingidas não irão funcionar Na partição em componentes menores, repare que bem mais delas saíram ilesas
41
CuriosidadesCuriosidades
Cada parte atingida por uma impureza está inutilizada Pensando nas partes como componentes, aquelas que foram atingidas não irão funcionar Na partição em componentes menores, repare que bem mais delas saíram ilesas
42
O que restou:
Recapitulando, temos então um processador que realiza a soma que queríamos
ULA
PCIRACR1R2
.
.
.
R3
DES
LA LB
MAR
MBR
AMUX
Barramento A
Barramento B
Barramento C
Dentro do Processador
Fora do Processador(memória)
43
É importante ressaltar que as linhas que ilustram os barramentos estão sendo mostradas apenas nos caminhos que queríamos para a soma
Na verdade, todos os registradores estão conectados aos barramentos A, B e C, e uma estrutura de controle é que determina de onde são lidos os dados e onde eles são gravados
Falando em controle, já vimos que não são só os registradores que precisam de bits de controle para que o processador possa funcionar
A seguir, vamos quantificar os bits de controle de todas as componentes e descrever para que eles servem em cada uma delas 44
Temos 16 registradores para leitura e escrita A intenção é ler sempre 2 dados (um vai para o
barramento A e o outro para o barramento B), realizar uma operação na ULA e/ou no deslocador e, quando necessário, armazenar o resultado em outro registrador
Isso faz com que precisemos de 16 bits de controle para cada uma dessas operações. Entenderemos o motivo logo a seguir
45
A posição do registrador-alvo seria dada pela posição do bit 1 em meio aos 16 bits de controle
Por exemplo, na operação de leitura cujo controle é: 0000000000001000 seria lido o dado do quarto registrador
PCIRACR1R2
.
.
.
R3
R13
00 00 000000001000
46
A posição do registrador-alvo seria dada pela posição do bit 1 em meio aos 16 bits de controle
Por exemplo, na operação de leitura cujo controle é: 0000000000001000 seria lido o dado do quarto registrador
PCIRACR1R2
.
.
.
R3
R13
47
000100
0
Mas não é por mágica que a informação do registrador é lida quando ele recebe o bit 1
Na estrutura interna dos registradores, vimos que eles recebem um bit HE para habilitar sua entrada e outro, HS, para habilitar sua saída
No exemplo anterior, a operação a ser feita era de leitura. Então, é a saída do registrador que precisa ser habilitada, para que a informação seja jogada em um dos dois barramentos (A ou B)
Bits de controle especificam qual dos dois barramentos será o destino dos dados, mas isso por ora não tem importância
48
Caso a operação fosse de escrita no registrador, o bit que iria para cada registrador corresponderia ao HE, e aquele que recebesse 1 seria sobrescrito
Mas, e se quisermos simplesmente gravar o resultado no MBR, e não gravar em nenhum registrador?
Para isso, precisamos de um 17º bit de controle (EnC, Enable C),
ao barramento C, que impeçaescrita em qualquer um dos 16 registradores caso isso não sejadesejado 49
Os outros registradores (latches A e B, MAR e MBR) recebem, separadamente, também 2 bits de controle (HE e HS), exceto pelo MBR que recebe 4
Os outros 2 bits do MBR são comandos de leitura e escrita na memória (chamaremos RD, leitura, e WR, escrita)
Nossa ULA recebe 2 bits de controle para as 4 operações que pode executar a partir de dados de entrada A e B: 00 para A + B, 01 para a operação lógica A AND B, 10 para simplesmente retornar A, e 11 para retornar o inverso de A
50
O deslocador também precisa receber 2 bits de controle (00 para não deslocar, 01 para deslocar à esquerda, 10 para deslocar à direita e 11 nada faz)
Finalmente, o multiplexador recebe apenas um bit para controlar qual dos dois dados que ele recebe deve seguir (0 para seguir o valor de latch A e 1 para seguir o valor que veio de MBR)
Na ordem, temos então 16 + 16 + 17 + 2 + 2 +2 + 4 + 2 + 2 + 1 = 64
À primeira vista, precisamos apenas de um registrador especial para controle, de 64 bits, com um bit para cada sinal
Mas serão todos esses 64 bits realmente necessários? 51
A verdade é que muito desses bits podem ser
dispensados
Fazendo uma análise mais cuidadosa dos controles de cada componente, veremos por que muitos desses sinais são desnecessários
Mas, antes disso, vamos introduzir uma nova componente que será necessária para nos livrarmos de alguns bits
52
Decodificador Dispositivo que, para a nossa abordagem,
receberá um número binário de 4 bits e, com ele, liberará 16 bits onde o bit na posição i será 1 e os outros, 0
OBS: i é o valor na base 10 do binário original. Note que i está entre 0 e 15
Exemplo: se o decodificador recebe o binário 0011 (=3), a saída será 0000000000001000
Representação:
DEC
3 2 1 0
53
Afinal, qual a grande utilidade do decodificador? Pense: se com apenas 4 bits, podemos
representar até o número 15, então é possível especificar em 4 bits qual o registrador a ser selecionado
Adicionando decodificadores para A, B e C, passamos a conta de 16 + 16 + 17 bitspara 4 + 4 + 5, já que o bit EnCpermanece
Pois é, já economizamos 36 bitsde controle
54
Os latches A e B são registradores que não precisam de controle na saída. Precisam apenas controlar os dados que entram, que vão sobrescrever as informações que eles guardavam até então
A saída dos latches pode ficar sempre liberada, já que a função deles é simplesmente salvar valores e não deixar que outras informações de um barramento passem por cima deles
55HS
HE
Os latches A e B são registradores que não precisam de controle na saída. Precisam apenas controlar os dados que entram, que vão sobrescrever as informações que eles guardavam até então
A saída dos latches pode ficar sempre liberada, já que a função deles é simplesmente salvar valores e não deixar que outras informações de um barramento passem por cima deles
56HS
HE
Para a nossa abordagem, o MAR também precisa de controle apenas na entrada, para controlar os endereços que nele entram e que serão então enviados para a memória automaticamente
O mesmo serve para o MBR. Apenas um bit de controle é necessário, que é enviado para a saída do MBR, controlando se a informação nele contida irá ou não para a memória
As operações de leitura e escrita na memória continuam sendo comandadas pelos bits RD e WR descritos anteriormente
57
Ótimo, precisávamos de um registrador de 64 bits para controle, e agora conseguimos reduzir este tamanho para 24
Superficialmente, o que nós temos até então é:
Memória principal
Processador
Controle(24 bits)
N2 N0
N1
MAR
MBR
endereços
dados
controle (leit/esc)
58
Podemos imaginar N0 como um pobre estagiário, que trabalha e executa ordens
O controle, N1, seria o chefe, quem dá as ordens, através da busca das instruções e dos recursos presentes na memória principal
Aos poucos, iremos desvendaro que está por trás da nuvemno slide anterior
59
E nosso proces-sador ficou assim:
ULA
DES
LA LB
MAR
MBR
AMUX
Barramento A
Barramento B
Barramento C
16 registradores
A
B
C
4
4
4
1
16
16
17
1
1
1
2
2
1
1
2
Controle
60
01234..........
23
bits
RD/WR
Vamos dessa vez utilizar como exemplo a instrução R1 ← R1 + R2, para ilustrar como ficam os bits de controle durante o processo
61
A B C EnC AMUX ULA RD WR MAR MBR DES LA LB
Chamaremos o momento inicial de t₀ Os registradores R1 e R2 ficam nas posições 3 e 4,
respectivamente, lembrando que o primeiro registrador, PC, fica na posição 0. O valor em R1 será jogado no barramento A, e o valor de R2 no barramento B; logo, A = 0011 e B = 0100
O resultado será armazenado em R1, então o controle do barramento C deve também ser 0011
62
Obviamente, no início do processo ainda não podemos gravar nada no destino, então EnC tem de estar “desativado”
Neste momento, não há problemas em especificar qual dos 2 dados (vindos do MBR ou do latch A) o AMUX irá direcionar para a ULA. Sabemos que serão dados vindos de latch A, então o bit de controle para AMUX será 0
Já vimos que a combinação do controle para que a ULA opere uma soma é 00
63
Nada está sendo lido ou escrito na memória (RD = 0 e WR = 0)
MAR não receberá nenhum endereço de memória
MBR também não está realizando nenhuma atividade em t₀
Também já vimos que a combinação que faz com que o deslocador retorne a própria entrada é 00
As entradas dos latches A e B devem estar desabilitadas, pois as informações ainda não foram transferidas para os barramentos A e B
64
Temos então, no momento t₀:
65
A B C EnC AMUX ULA RD WR MAR MBR DES LA LB
t₀ 0011 0100 0011 0 0 00 0 0 0 000 00 0 0
Após um tempo para busca dos dados, tь, os únicos controles que se modificam são aqueles dos latches
Isso porque, agora que os dados já foram jogados aos barramentos, os latches precisam recebê-los, quando estáveis, para que sejam transferidos à ULA
Vamos considerar t₁ = t₀ + tь
66
Temos então, no momento t₁ :
67
A B C EnC AMUX ULA RD WR MAR MBR DES LA LB
t₀ 0011 0100 0011 0 0 00 0 0 0 000 00 0 0
t₁ 0011 0100 0011 0 0 00 0 0 0 000 00 1 1
Após um tempo de execução, tє, os latches precisam voltar a ser 0, para que nada presente nos barramentos A e B sobrescreva os dados armazenados nos latches, já que não sabemos se eles virão a ser ainda necessários para a ULA futuramente
Além disso, se queremos gravar o resultado de volta em R1, EnC precisa agora passar a ser 1
O resto permanece inalterado Agora consideremos t₂ = t₀ + tь + tє
68
Temos então, no momento t₂ :
69
A B C EnC AMUX ULA RD WR MAR MBR DES LA LB
t₀ 0011 0100 0011 0 0 00 0 0 0 000 00 0 0
t₁ 0011 0100 0011 0 0 00 0 0 0 000 00 1 1
t₂ 0011 0100 0011 1 0 00 0 0 0 000 00 0 0
Mas então, é necessário ler toda a sequência de bits de controle 3 vezes para uma simples operação de soma?
Vimos pela tabela que pouca coisa se altera durante o tempo que decorre desde a leitura dos dados nos registradores até o armazenamento do resultado em um deles
Então, deve haver uma maneira maisinteligente e menos custosa deexecutar instruções. Afinal,tempo é sempre precioso
70
Relógio (clock) Este é outro dispositivo importante, que emite
uma sequência de pulsos periódicos que controlam alguns circuitos da máquina
Se os pulsos são periódicos, quer dizer que possuem uma determinada frequência
O período de cada pulsação define o ciclo da máquina
A máquina realiza um conjunto de atividades durante um ciclo
Representação:
Marcador de frequência
Ciclo
Pulsos
71
Agora, podemos conservar todos os bits que se mantiveram inalterados na tabela, deixando por conta do relógio as alterações necessárias
Por exemplo, sabemos que o bit EnC está diretamente relacionado ao bit HE dos registradores
Os pulsos enviados pelo clock definem então o momento exato em que a entrada do registrador deve ser habilitada, caso se deseje armazenar o resultado de algum cálculo em um registrador
Isto pode ser feito através de um circuito bastante simples:
72
CK
EnC
HE
Com isso, já temos tudo de que precisamos para começar a ver o que está por dentro da nuvem que havia em N1
Em outras palavras, vamos agora entender como funciona toda a máquina de controle do processador e como ela executa o microprograma
Microprogramas são sequências de instruções (em binário, evidentemente) que controlam o funcionamento de cada componente em N0
Cada instrução de um microprograma é executada em um ciclo
73
O processamento de uma microinstrução se resume a: Busca da instrução Identificação da instrução “Execução”, entre aspas porque engloba na verdade:
Busca dos operandos Operação Armazenamento do resultado
Temos então 5 atividades que são realizadas pelo processador durante um ciclo
74
Dentre as 5 atividades listadas, o tempo necessário para a segunda (identificação de uma instrução) será quase nulo na nossa abordagem
Isto porque teremos na nossa arquitetura de controle (N1) um registrador especial chamado MIR (MicroInstruction Register), para onde cada microinstrução será carregada
O MIR já “entende” o significado dos bits de uma instrução de acordo com a posição de cada um
75
MIR
Visto isso, o relógio que utilizaremos poderá ser dividido em 4 subciclos:
O relógio terá 4 saídas, das quais 3 possuem
atrasos. Isso faz com que sejam gerados pulsos em momentos diferentes para cada saída
Cada uma dessas saídas consiste em um subciclo, como vemos na representação acima 76
Atraso
Atraso
Atraso
1 ciclo1 subciclo
Teremos também em N1 uma memória, chamada memória de controle, onde são armazenadas e de onde serão lidas as microinstruções
Nossa memória de controle poderá armazenar, no máximo, 256 instruções, cada uma com 32 bits
Se é no MIR onde cada instrução será carregada, concluímos que a largura do MIR será de 32 bits
77
MIR
Memória de Controle
Carrega instrução
Toda memória precisa estar ligada a um MAR e um MBR, e com a memória de controle não é diferente
Portanto, vamos adicionar um registrador MAR, que chamaremos de MPC (MicroProgram Counter), cuja função é encontrar a próxima instrução do microprograma a ir para o MIR
78MIR
Memória de Controle
MPC
Recebe endereço da próxima instrução
Envia endereço da próxima instrução
O MBR da memória de controlejá está em N1... ...é o próprio MIR!
Mas precisamos voltar a falar do MPC. De onde ele recebe a próxima microinstrução?
Podemos supor que as instruções são executadas sequencialmente. Neste caso, basta incrementar o endereço atual, e teremos o endereço da próxima
Precisamos então de uma componente simples, mas que ainda não tínhamos visto
79
Incrementador Circuito relativamente simples de poucas portas
lógicas que, como o nome já diz, recebe um número binário como entrada e retorna o seu sucessor
O número binário de entrada, no incrementador que usaremos no nosso exemplo, será composto por 8 bits
Representação:
80
INC
Temos até agora:
Visivelmente, temos um problema MPC precisa ser controlado para
não ficar o tempo todo selecio-nando endereços na memória! 81
MIR
Memória de Controle
MPCINC
Vamos inserir agora o relógio, que será uma componente fundamental para todo o processador, tanto em N0 quanto em N1
Por enquanto, não falaremos da atuação do relógio em N0, e já podemos ligá-lo a duas das componentes de N1 que temos até agora:
82
MIR
Memória de Controle
MPCINC
Atraso
Atraso
Atraso
1
2
3
4
Fazendo isso, permitimos que uma instrução seja carregada da memória para o MIR apenas no início do ciclo (subciclo 1), que é quando a instrução começará a ser processada
Além disso, permitimos que a próxima instrução seja selecionada na memória pelo MPC apenas ao final de um ciclo (subciclo 4), para que seja recebida pelo MIR no início do ciclo seguinte
Note que o MIR estará desabilitado e não irá mudar durante os subciclos 2, 3 e 4. O mesmo vale para o MPC durante os subciclos 1, 2 e 3
83
Nosso nível N1 está quase concluído, mas precisamos estudar o interior do MIR antes de continuar
Você certamente achou estranho quando dissemos que o MIR entende a função de cada bit de uma instrução apenas pela posição. Observe:
84
ULA
DES
MBR
MAR
RD
WR
EnC
CAMUX
B A
MIRMIR
No MIR, os bits da instrução que ele recebe se encaixam em cada uma das partes da figura
Cada divisão do MIR serve para especificar o destino em N0 de cada bit. Por exemplo: o bit mais à esquerda será o controle de AMUX; do bloco DES saem os dois bits de controle para o deslocador; e assim por diante
Não são mais necessários bits de controle para os latches. Já que eles possuem um momento certo para serem ativados e este é o mesmo em todos os ciclos, podemos deixar os latches por conta do relógio
Para continuar a montagem do interpretador de microinstruções, precisamos primeiramente do que está por trás de
85
Alguns slides atrás, fizemos uma suposição de que as instruções do microprograma seriam processadas sequencialmente. Porém, nem sempre isso acontece
É comum que ocorram desvios de endereços durante o processamento, e por isso precisamos reservar bits em uma instrução que especifiquem o endereço da próxima, para quando for necessário que esse desvio ocorra
Já podemos substituir por ADDR, conjunto de bits que representam cada endereço da memória de controle
Se nossa memória de controle armazena até 256 instruções (= 2⁸), ADDR deve ser composto por 8 bits para poder representar todos os endereços
86
87
. . . .
Memória de Controle
MPCINC
Atraso
Atraso
Atraso
1
2
3
4
ADDR
Ops, o problema do conflito de novo Ainda se lembra da solução?
88
. . . .
Memória de Controle
MPCINC
Atraso
Atraso
Atraso
1
2
3
4
ADDR
Basta adicionar um multiplexador Chamaremos este de MMUX
MMUX
É bastante comum que esses desvios de endereços sejam condicionais
Por exemplo, voltar ao primeiro endereço da memória de controle se uma condição X for satisfeita. Senão, selecionar o endereço seguinte
Isto nos leva a revelar o que há por trás de no nosso MIR: um par de bits, o qual chamaremos de COND, que determina se ocorrerá desvio ou se o endereço da próxima instrução será simplesmente o endereço atual + 1
Se você entendeu isso, então você pode concluir que COND será o controle de MMUX. Ou pelo menos parte dele, como veremos mais adiante 89
Lógica de microssequenciamento Diferente de todos os circuitos que apresentamos
até aqui, este foi projetado para uma única situação, bem específica
Ele recebe da ULA informações sobre o resultado de uma operação: um sinal N que diz se foi negativo e um sinal Z que diz se foi igual a 0
Recebe também o par de bits COND do MIR Enfim, sabendo se o resultado da operação foi
positivo, nulo ou negativo e sabendo a condição de desvio da microinstrução atual, podemos indicar se o endereço da próxima microinstrução será simplesmente o atual + 1 ou algum outro
90
Lógica de microssequenciamento Talvez seja uma explicação confusa. Podemos
clareá-la com um exemplo prático:
Por que o trecho de programa acima é válido? Temos todas as informações necessárias para
decidir se x será ou não retornado: sabemos qual a condição para retornar x, e sabemos se x satisfaz a condição (se x é 5, então x é maior que 0)
A saída será o bit de controle para o nosso MMUX Representação:
91
x = 5;if (x > 0)
return x;
LMS
92
Memória de Controle
MPCINC
Atraso
Atraso
Atraso
1
2
3
4
MUX
AMUX
COND
N1
N0
LMS
ULANZ
Controle
Controle
Temos enfim:
ULA . . . . .
ADDR
Agora, convencionando os significados dos bits COND: 00 = não desviar; a próxima instrução estará no endereço
seguinte na sequência de instruções 01 = desviar para o endereço em ADDR se N = 1, isto é, se
o resultado da operação realizada pela ULA for negativo 10 = desviar para o endereço em ADDR se Z = 1, isto é, se
o resultado for 0 11 = desviar independente do resultado da ULA
O sinal de controle de MMUX é resultado de R.N + L.Z + L.R (L é o bit à esquerda, e R é o bit à direita no par COND)
Relembrando: ‘+’ é o operador lógico OR e ‘ . ’ é AND93
Nosso processador completo, incluindo N0 e N1, fica assim:
94Figura retirada e adaptada do livro Organização Estruturada de Computadores, de Andrew S. Tanenbaum (p. 140)
Para concluir, falta apenas falar sobre as ligações do relógio com as componentes de N0, que ainda não havíamos visto
Para isto, vamos supor um microprograma qualquer que interpreta a soma de x + y, que foi executada com x recebendo o valor 3 e y recebendo o valor 5
Para simplificar o exemplo, escolheremos o ciclo em que a soma será efetuada. Isto significa que as constantes 3 e 5 já foram buscadas na memória e armazenadas nos registradores (suponhamos R1 e R2), e está pré-determinado que o resultado será armazenado em R3
Assim, a microinstrução deste ciclo será r3 := r1 + r2 (o símbolo “:=“ denota atribuição)
95
Para conseguir passar esta microinstrução para sua forma real (binária), vamos relembrar as divisões do MIR:
96
Depois, vamos analisar quais os bits de controle necessários para cada um desses campos e, dessa forma, teremos nossa instrução em bits
ULA
DES
MBR
MAR
RD
WR
EnC
CCOND
AMUX
B A
ADDR
Sabemos que ambos os operandos virão dos latches, já que não buscamos nada do MBR. Para que AMUX direcione à ULA a informação contida no latch A, o controle deve ser 0
97
ULA
DES
MBR
MAR
RD
WR
EnC
CCOND
AMUX
B A
ADDR
Não há desvios nesta instrução, então COND = 00 A operação é de soma. Esta operação é realizada
pela ULA quando o controle é igual a 00
0 00 00
Nada será feito além da soma, então o controle do deslocador precisa ser 00 para que sua saída seja igual à entrada
98
ULA
DES
MBR
MAR
RD
WR
EnC
CCOND
AMUX
B A
ADDR
Nada sairá de MBR para a memória ou vice-versa O campo MAR também será 0 já que não enviará
nenhum endereço para a memória principal
0 00 00 00 0 0
Nada será lido da memória neste ciclo (RD = 0)...
99
ULA
DES
MBR
MAR
RD
WR
EnC
CCOND
AMUX
B A
ADDR
...nem escrito (WR = 0) O bit EnC deve ser 1 porque neste ciclo haverá
armazenamento de um valor (o resultado da soma está sendo atribuído a R3 na microinstrução). Evidentemente, o relógio irá ditar o momento certo do armazenamento
0 00 00 00 0 0 0 0 1
Lembra-se dos nossos registradores?
100
ULA
DES
MBR
MAR
RD
WR
EnC
CCOND
AMUX
B A
ADDR
Começando da posição 0, R1, quecontém o primeiro operando, está na posição 3. Logo, A = 0011 (3 na base 2)
R2, que contém o segundo operando,está na posição 4. Logo, B = 0100
0 00 00 00 0 0 0 0 1
PCIRAC.......
R1R2R3
Enfim, R3, destino do resultado, está na posição 5. Logo, C = 0101
0101 0100 0011
0
1
2
3
4
5
Agora só nos resta o campo ADDR. Nossa microinstrução contém uma simples soma, sem desvio de endereços. Então, podemos atribuir qualquer valor para ADDR, já que ele será ignorado. Sendo assim, vamos optar por todos os bits sendo 0
101
ULA
DES
MBR
MAR
RD
WR
EnC
CCOND
AMUX
B A
ADDR
0 00 00 00 0 0 0 0 1 0101 0100 0011 00000000
Enfim, nossa microinstrução na forma binária é: 00000000000101010100001100000000
Agora, podemos começar a processar a instrução No subciclo 1, o relógio ativa apenas o MIR,
porque estamos ainda na etapa da busca da instrução
Vimos que a instrução é automaticamente identificada no MIR e não leva praticamente tempo algum. Consideramos então que a identificação também ocorre no subciclo 1
102
0 00 00 00 0 0 0 0 1 0101 0100 0011 00000000
Memória de Controle
MIR
.
.
.
.
.
Agora, podemos começar a processar a instrução No subciclo 1, o relógio ativa apenas o MIR,
porque estamos ainda na etapa da busca da instrução
Vimos que a instrução é automaticamente identificada no MIR e não leva praticamente tempo algum. Consideramos então que a identificação também ocorre no subciclo 1
103
0 00 00 00 0 0 0 0 1 0101 0100 0011 00000000
Memória de Controle
MIR
.
.
.
.
.
No subciclo 2, os bits dos campos A e B do MIR serão enviados aos decodificadores, para habilitar as saídas dos registradores R1 e R2
Com isso, os valores 3 e 5 são jogados aos barramentos A e B, respectivamente
Neste subciclo, o relógio ativa os latches, para que possam receber esses valores
Retomaremos a figura do livro Organização Estruturada de Computadores para mostrar o caminho dos dados durante este subciclo
104
105
33 55
O subciclo 3 é o intervalo em que ULA e deslocador irão operar sobre os dados recebidos
Aqui seria também o momento certo para que o MAR fosse carregado, se fosse necessário. Mas a microinstrução deste ciclo não envolve essa necessidade, e por isso tivemos o bit 0 na parte do MIR destinada ao MAR
106
5 + 35 + 3
------
88
88
00 (soma)
00 (saída = entrada)
E finalmente, é no subciclo 4 em que ocorre o armazenamento do resultado em um dos nossos 16 registradores, quando a instrução assim determina
Nossa microinstrução r3 := r1 + r2 atribui o resultado da soma a R3, o que significa que temos, sim, que armazenar dados em um dos 16 durante este ciclo
O valor 8, neste instante, está no barramento C Já vimos que EnC é 1 durante todo o ciclo, pois é um
dos sinais de controle fornecidos pelo MIR. Cabe ao relógio habilitar a entrada de R3 no momento certo, que é o subciclo 4 para qualquer microinstrução
Agora que 8 está em R3, podemos começar um novo ciclo com uma nova microinstrução, caso ela exista
107
Podemos dividir o nosso MIR em 2 conceitos:
ADDR é formado por 8 bits, e A, B e C por mais 4 cada. Ou seja, 20 bits compõem os operandos
Os outros 12 do MIR compõem então o código da operação. Isto quer dizer que temos 2¹² (= 4096) possíveis instruções diferentes
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ULA
DES
MBR
MAR
RD
WR
EnC
CCOND
AMUX
B A
ADDR
OPCODE(determina a operação da microinstrução)
Operandos
Porém, queremos economizarnovamente. Será que é possível?
Com uma análise mais cuidadosa,veremos que podemos reduzir de4096 para 2048 possibilidades
109
Para iniciar nossa “eco-nomia”, precisamos ter em mente que alguns pares de bits do MIR não admitem todas as 4 combinações (00, 01, 10 e 11)
Mais especificamente, o par de bits RD e WR não admite a combinação 11, já que é impossível que aconteçam simultaneamente operações de leitura e escrita na memória
Vamos raciocinar: tínhamos 2¹² possibilidades
Quantas possibilidades teríamos se o par RD/WR apenas admitisse a combinação 11, isto é, se RD fosse sempre 1 e WR fosse sempre 1?
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2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 20 ou 1
= 2 x 2 x 2 x 2 x 2 x 2 x 2 x 2 x 2 x 2 x 2 x 2 = 2¹²
2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 2
= 2 x 2 x 2 x 2 x 2 x 2 x 2 x 2 x 2 x 1 x 1 x 2 = 2¹⁰
Daí, temos que o nosso total de possibilidades agora é 2¹² - 2¹⁰, isto é, 4096 - 1024 = 3072
Podemos usar um raciocínio análogo para o deslocador, que nunca receberá a combinação 11
Teremos 3072 - 1024 = 2048 microinstruções Assim, já reduzimos as possibilidades de
instruções pela metade. Poderíamos levar em conta outras restrições, mas chega de ser pão duro e vamos voltar ao que interessa
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