INS 21.014 - Configuração Da ONT Alcatel-Lucent I 240G v02_MM
Minha apostila ont 2014
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ORGANIZAÇÕES E NORMAS DO TRABALHO Profº Villardo
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CAPÍTULO I
ORGANIZAÇÃO
Em sentido geral, organização é o modo como se organiza um sistema. É a forma escolhida para
arranjar, dispor ou classificar objetos, documentos e informações. Em administração organização tem dois
sentidos:
Combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos como exemplos
temos: empresas; associações, órgãos do governo etc.
Modo como foi estruturado, dividido e sequenciado o trabalho.
A estrutura de uma organização é representada através de seu organograma.
CÓDIGOS E NORMAS
Desde o início da civilização, existe a necessidade de regras e regulamentos para controlar, de uma
forma ou outra, as atividades humanas. Com o advento da revolução industrial, as atividades no campo
industrial, começaram a exercer um importante efeito sobre os indivíduos não diretamente envolvidos com os
processos de fabricação, tanto os usuários diretos como os não usuários dos produtos destes processos.
A falta de regulamentação nas diferentes etapas de um processo de fabricação, ou a não observância de
regulamentações existentes, têm ocasionado acidentes e outros problemas que podem ter sérias
consequências tanto para os produtores, como para os usuários, para a população em geral e para o meio
ambiente. Assim, um dos objetivos primários de um código/norma, é a prevenção de acidentes que poderiam
resultar em mortes de pessoas, perdas materiais e contaminação do meio ambiente.
Além disso, o uso bem sucedido de códigos e normas pode resultar em uma produção mais uniforme,
melhor controle de qualidade, maior rastreabilidade e possibilidade de correção de falhas em produtos e em um
método de produção mais sistemático.
Mais recentemente, a enorme ampliação das relações econômicas entre as nações, levando tanto a uma
aumento da competição como a uma maior necessidade de cooperação e padronização entre empresas de
diferentes países, a maior ênfase nas necessidades dos clientes e a maior demanda para a conservação de
recursos e proteção do meio ambiente tornaram o uso de normas técnicas(NR) e o desenvolvimento de
sistemas de garantia da qualidade (e do meio ambiente) fundamentais para empresas que anteriormente não
se preocupavam com estes aspectos.
Uma das características mais importantes de uma norma é a sua autoridade. Isto é, uma norma precisa
ter um grau de autoridade suficiente para garantir que as suas exigências sejam seguidas por seus usuários.
Esta autoridade é assegurada geralmente por organizações reguladoras internacionais, governamentais,
industriais ou de consumidores, às quais é dado o poder de policiar as atividades daqueles que falham em
seguir as suas regulamentações.
Algumas vezes, a autoridade associada a um código pode resultar em punições tais como a exclusão do
mercado de um fabricante que não observou os requerimentos da norma. Em alguns casos, grupos de
proteção ao consumidor podem exercer eficientemente este tipo de autoridade.
Uma outra característica importante é a “interpretabilidade” da norma. Para ser de algum uso, tanto para
o fabricante como para o comprador ou usuário, a norma deve ser escrita em uma terminologia clara, concisa e
não ambígua. Este aspecto é extremamente importante quando a obediência de uma dada norma se torna um
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assunto legal. Uma norma deve também ser prática. Isto significa que o seu usuário deve conseguir atender às
suas exigências e ainda produzir, com lucro, um dado produto que seja útil ao usuário.
Esta “praticabilidade” não é sempre fácil de ser conseguida. Ela requer discussões entre especialistas de
todas as atividades envolvidas com um dado produto ou serviço específico e, também, requer experiência. A
decisão de quanto controle é necessário é muito delicada e deve ser cuidadosamente avaliada, para se evitar o
problema muito comum da obediência à norma se tornar o maior obstáculo a uma produção eficiente e
lucrativa. Por outro lado, em muitos casos, a correta adoção de códigos e de um sistema de garantia da
qualidade em uma empresa é uma forma de se obter importantes ganhos de produtividade e de eficiência e de
se reduzir custos.
Para que o problema anterior seja evitado, muitos códigos são escritos por comitês constituídos por
grupos reguladores governamentais, produtores e representantes de consumidores. Da experiência acumulada
deste grupo, espera-se que o código resultante seja justo e adequado para todos os interessados.
A existência de dispositivos que possibilitem a eventual alteração do código, quando isto for necessário,
é também importante. Isto pode ocorrer quando a experiência acumulada ou o desenvolvimento de novas
técnicas de fabricação, inspeção ou controle indicarem que a alteração, substituição ou abandono de alguns
requerimentos, ou a adoção de novos, sejam necessários.
Para executar qualquer tarefa com sucesso, é preciso que nos organizemos antes. Organizar significa
pensar antes de iniciarmos a tarefa.
Mas pensar em quê?
• Na maneira mais simples de fazer a tarefa, evitando complicações ou controles
exagerados.
• No modo mais barato de fazer a tarefa.
• No meio menos cansativo para quem vai realizar a tarefa.
• Num procedimento que seja mais rápido.
• Em obter a melhor qualidade e o resultado mais confiável.
• Na maneira menos perigosa de fazer a tarefa.
• Numa forma de trabalho que não prejudique o meio ambiente, ou seja, que não cause
poluição do ar, da água e do solo.
É fácil tratar cada um desses itens isoladamente para tomar providências. O problema surge quando
desejamos tratar todos os itens juntos. Podemos, por exemplo, escolher uma forma mais rápida de realizar
uma tarefa. Entretanto, essa forma pode afetar a qualidade e a segurança, tornando o trabalho perigoso.
Além disso, precisamos pensar, também, na quantidade e qualidade das pessoas e dos materiais
necessários, na hora e no local em que eles devem estar.
Antes de iniciar o trabalho, precisamos providenciar:
• máquinas
• ferramentas adequadas e em bom estado
• matéria-prima
• equipamentos diversos, inclusive os de segurança
• tempo necessário
• pessoas qualificadas, etc.
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Quando fazemos, com antecedência, um estudo de todos os fatores que vão interferir no trabalho e
reunimos o que é necessário para a sua execução, estamos organizando o trabalho para alcançar bons
resultados.
Produtividade e produção
Com a Revolução industrial houve o crescimento acelerado e desorganizado das empresas, que se
tornaram mais complexas.
No final do século XIX e inicio do século XX houve um aumento da eficiência e competência das
organizações, observou-se que não basta crescer; é preciso crescer com eficiência, ou seja:
Eficácia razão dos objetivos sobre os resultados
≠
Eficiência razão dos objetivos sobre os custos
Obtemos maior produtividade quando organizamos nosso trabalho e tomamos as medidas adequadas
para a sua execução.
Mas o que é produzir com produtividade? É obter um produto de boa qualidade com menor preço de
custo, em menos tempo e em maior quantidade.
Isso é conseguido graças ao desempenho do trabalhador.
A produção é o aspecto da produtividade que indica a quantidade de produtos fabricados numa
determinada unidade de tempo.
Com o crescimento desordenado surge a necessidade de eficiência, e isto ocasionou a divisão do
trabalho gerando uma produção em massa.
Exemplo:
Suponhamos que, numa certa fábrica sejam produzidas dez bicicletas por hora. Esse fato refere-se à
produção. Já a produtividade é algo mais do que isso. Pode ser que as bicicletas não apresentem boa
qualidade que seu custo seja alto. Houve produção, mas não houve produtividade.
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CAPÍTULO II
PRECURSORES DA ORGANIZAÇÃO CIENTÍFICA DO TRABALHO
Fayol (1841-1925)
Henri Fayol era francês, formou-se Engenheiro de minas e atuou durante muito tempo como diretor de uma
empresa.
A teoria da Administração Científica e Teoria Clássica tinham o mesmo objetivo: A busca da
eficiência das organizações.
Segundo Fayol, em uma indústria existem seis funções:
I.Operação técnica: produção, fabricação.
II.Operação comercial: compra, venda.
III. Operação financeira: gestão de capitais e recursos financeiros.
IV. Operação de segurança: proteção dos bens e pessoas.
V. Operações contábeis: inventário, balanço, custo.
Operação administrativa: Organização, comando, controle.
Resumidamente o que é administrar?
Para Fayol, administrar é:
• Prever;
• Organizar;
• Comandar;
• Coordenar ;
• Controlar.
Prever: sondar o futuro e traçar o programa de ação.
Organizar: constituir os órgãos que desenvolvem a atividade, que é a própria vida da empresa.
Comandar: Dar as diretrizes e as instruções, fazer o pessoal funcionar.
Coordenar: Entrosar, unir, harmonizar todas as atividades, todos os esforços.
Controlar: Verificar se tudo se desenvolve de acordo com o programa traçado.
A mais importante contribuição de Fayol no terreno da organização do trabalho foi o quadro das capacidades.
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TAYLOR
Taylorismo ou Administração científica é o modelo de administração desenvolvido pelo engenheiro
americano Frederick Winslow Taylor (1856- 1915), que é considerado o pai da administração científica.
Primeiros estudos essenciais desenvolvidos por Taylor
• Em relação ao desenvolvimento do pessoal e seus resultados objetivamente: acreditava
que, oferecendo instruções sistemáticas e adequadas aos trabalhadores, ou seja, treinando-os, haveria
possibilidade de fazê-los produzir mais e com melhor qualidade.
• Em relação ao planejamento a atuação dos processos: achava que todo e qualquer trabalho
necessita, de um estudo, preliminar, para que seja determinada uma metodologia própria, visando
sempre o seu máximo desenvolvimento.
• Em relação a produtividade e à participação dos recursos humanos; estabelecia a
coparticipação entre o capital e o trabalho, cujo resultado refletirá em menores custos, salários mais
elevados e, principalmente, em aumentos de níveis de produtividade.
• Em relação ao autocontrole das atividades desenvolvidas e às normas procedimentais:
introduziu o controle com o objetivo de que o trabalho seja executado de acordo com uma sequência e
um tempo pré-programados, de modo a não haver desperdício operacional.
Inseriu, também, a supervisão funcional, estabelecendo que todas as fases de um trabalho devem ser
acompanhadas de modo a verificar se as operações estão sendo desenvolvidas em conformidades com as
instruções programadas.
Finalmente, apontou que estas instruções programadas devem, sistematicamente, ser transmitidas a
todos os empregados.
Metodologia do estudo
Taylor iniciou o seu estudo observando o trabalho dos operários. Sua teoria seguiu um caminho de baixo
para cima, e das partes para o todo; dando ênfase na tarefa. Para ele a administração tinha que ser tratada
como ciência. Desta forma ele buscava ter um maior rendimento do serviço do operariado da época, o qual era
desqualificado e tratado com desleixo pelas empresas.
Não havia, na época, interesse em qualificar o trabalhador, diante de um enorme e supostamente
inesgotável "exército industrial de reserva". O estudo de "tempos e movimentos" mostrou que um "exército"
industrial desqualificado significava baixa produtividade e lucros decrescentes, forçando as empresas a
contratarem mais operários.
A empresa era vista como um sistema fechado, isto é, os indivíduos não recebiam influências
externas. O sistema fechado é mecânico, previsível e determinístico. Porém, a empresa é um sistema que
movimenta-se conforme as condições internas e externas, portanto, um sistema aberto e dialético, que oferecia
pagamento diferenciado para quem produzia acima de um certo padrão.
Princípios da Administração Científica
Taylor pretendia definir princípios científicos para a administração das empresas. Tinha por objetivo
resolver os problemas que resultam das relações entre os operários, como consequência modificam-se as
relações humanas dentro da empresa, o bom operário não discute as ordens, nem as instruções, faz o que lhe
mandam fazer. A gerência planeja e o operário apenas executa as ordens e tarefas que lhe são determinadas.
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HENRY FORD (1863-1947)
Fordismo Idealizado pelo empresário americano, Henry Ford
fundador da Ford Motor Company, o Fordismo é um modelo de
Produção em massa que revolucionou a indústria automobilística
na primeira metade do século XX.
Ford utilizou à risca os princípios de padronização e
simplificação de Frederick Taylor e desenvolveu outras técnicas
avançadas para a época.
Suas fábricas eram totalmente verticalizadas. Ele possuía
desde a fábrica de vidros, a plantação de seringueiras, até a
siderúrgica.
Ford criou o mercado de massa para os automóveis. Sua obsessão foi atingida: tornar o automóvel tão
barato que todos poderiam comprá-lo.
Uma das principais características do Fordismo foi o aperfeiçoamento da linha de montagem. Os
veículos eram montados em esteiras rolantes que se movimentavam enquanto o operário ficava praticamente
parado, realizando uma pequena etapa da produção. Desta forma não era necessária quase nenhuma
qualificação dos trabalhadores.
O método de produção fordista exigia vultuosos investimentos e grandes instalações, mas permitiu que
Ford produzisse mais de 2 milhões de carros por ano, durante a década de 1920. O veículo pioneiro de Ford no
processo de produção fordista foi o mítico Ford Modelo T, mais conhecido no Brasil como "Ford Bigode".
O Fordismo teve seu ápice no período posterior à
Segunda Guerra Mundial, nas décadas de 1950 e 1960, que
ficaram conhecidas na história do capitalismo como Os
Anos Dourados. Entretanto, a rigidez deste modelo de
gestão industrial foi a causa do seu declínio. Ficou famosa a
frase de Ford, que dizia que poderiam ser produzidos
automóveis de qualquer cor, desde que fossem pretos. O
motivo disto era que com a cor preta, a tinta secava mais
rápido e os carros poderiam ser montados mais
rapidamente.
A partir da década de 70, o Fordismo entra em
declínio. A General Motors flexibiliza sua produção e seu
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modelo de gestão. Lança diversos modelos de veículos, várias cores e adota um sistema de gestão
profissionalizado, baseado em colegiados. Com isto a GM ultrapassa a Ford, como a maior montadora do
mundo.
Na década de 70, após os choques do petróleo e a entrada de competidores japoneses no mercado
automobilístico, o Fordismo e a produção em massa entram em crise e começam gradativamente a serem
substituídos pela Produção enxuta, modelo de produção baseado no Sistema Toyota de Produção.
Em 2007 a Toyota torna-se a maior montadora de veículos do mundo e pôe um ponto final no Fordismo.
Organização Racional do Trabalho
Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: objetivava a isenção de movimentos inúteis,
para que o operário executasse de forma mais simples e rápida a sua função, estabelecendo um tempo
médio, afim de que as atividades fossem feitas em um tempo menor e com qualidade, aumentando a
produção de forma eficaz.
Desenho de cargos e tarefas: desenhar cargos é especificar o conteúdo de tarefas de uma função,
como executar e as relações com os demais cargos existentes.
Incentivos salariais e prêmios por produtividade.
Condições de trabalho: O conforto do operário e o ambiente físico ganham valor, não porque as
pessoas merecessem, mas porque são essenciais para o ganho de produtividade;
Padronização: aplicação de métodos científicos para obter a uniformidade e reduzir os custos;
Supervisão funcional: os operários são supervisionados por supervisores especializados, e não por
uma autoridade centralizada.
Homem econômico: o homem é motivável por recompensas salariais, econômicas e materiais.
TOYOTA
O Toyotismo é um modo de organização da produção capitalista originário do Japão, resultante da
conjuntura desfavorável do país. O toyotismo foi criado na fábrica da Toyota no Japão após a Segunda Guerra
Mundial, este modo de organização produtiva, elaborado por Taiichi Ohno e que foi caracterizado como
filosofia orgânica da produção industrial (modelo japonês), adquirindo uma projeção global.
Os primórdios no Japão
O Japão foi o berço da automação flexível, pois apresentava um cenário diferente dos Estados Unidos e
da Europa; um pequeno mercado consumidor, capital e matéria-prima escassa, e grande disponibilidade de
mão de obra não especializada, impossibilitavam a solução taylorista/fordista de produção em massa.
A resposta foi o aumento na produtividade na fabricação de pequenas quantidades de numerosos
modelos de produtos, voltados para o mercado externo, de modo a gerar divisas tanto para a obtenção de
matérias-primas e alimentos, quanto para importar os equipamentos e bens de capital necessários para a sua
reconstrução pós-guerra e para o desenvolvimento da própria industrialização.
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Contexto histórico pós-guerra e crescimento do Toyotismo
No contexto de reconstrução após a Segunda Guerra Mundial, a Guerra da Coréia [1] (ocorrida entre 25
de junho de 1950 e 27 de julho de 1953) também foi de grande valia para o Japão, a Guerra provocou
inúmeras baixas de ambos os lados e não deu solução à situação territorial.
Ao decorrer da guerra, os dois lados fizeram grandes encomendas ao Japão, que ficou encarregado de
fabricar roupas, suprimentos para as tropas na frente de batalha, além de caminhões Toyota, o que livrou a
empresa da falência. Essa medida foi conveniente aos Estados Unidos, já que a localização geográfica do
Japão favoreceu o fluxo da produção à Coréia e o aliado capitalista seria importante em meio ao bloco
socialista daquela região. A demanda Norte Americana incentivou a rotatividade da produção industrial e iniciou
a reconstrução da economia japonesa.
Características do sistema
O sistema pode ser teoricamente caracterizado por seis aspectos:
• Mecanização flexível, uma dinâmica oposta à rígida automação fordista decorrente da
inexistência de escalas que viabilizassem a rigidez.
• Processo de multifuncionalização de sua mão-de-obra, uma vez que por se basear na
mecanização flexível e na produção para mercados muito segmentados, a mão-de-obra não podia ser
especializada em funções únicas e restritas como a fordista. Para atingir esse objetivo os japoneses
investiram na educação e qualificação de seu povo e o toyotismo, em lugar de avançar na tradicional
divisão do trabalho, seguiu também um caminho inverso, incentivando uma atuação voltada para o
enriquecimento do trabalho.
• Implantação de sistemas de controle de qualidade total, onde através da promoção de
palestras de grandes especialistas norte americanos, difundiu-se um aprimoramento do modelo norte-
americano, onde, ao se trabalhar com pequenos lotes e com matérias-primas muito caras, os
japoneses de fato buscaram a qualidade total. Se, no sistema fordista de produção em massa, a
qualidade era assegurada através de controles amostrais em apenas pontos do processo produtivo, no
toyotismo, o controle de qualidade se desenvolve por meio de todos os trabalhadores em todos os
pontos do processo produtivo.
• Sistema just in time: Esta técnica de produção foi originalmente elaborada nos EUA, no início do
século XX, por iniciativa de Henry Ford mas não foi posta em prática. Só no Japão, destruído pela II
Guerra Mundial, é que ela encontrou condições favoráveis para ser aplicada pela primeira vez. Em
visita às indústrias automobilísticas americanas, na década de 50, o engenheiro japonês Enji Toyoda
passou alguns meses em Detroit para conhecê-las e analisar o sistema dirigido pela linha fordista
atual. Seu especialista em produção Taichi Ono, iniciou um processo de pesquisa no desenvolvimento
de mudanças na produção através de controles estatísticos de processo. Sendo assim, foi feita uma
certa sistematização das antigas idéias de Henry Ford e por sua viabilização nessa fábrica de veículos.
Surge daí o sistema just in time, que visa envolver a produção como um todo. Seu objetivo é
"produzir o necessário, na quantidade necessária e no momento necessário", o que foi vital numa
fase de crise econômica onde a disputa pelo mercado exigiu uma produção ágil e diversificada.
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• Personificação dos produtos: Fabricar o produto de acordo com o gosto do cliente.
• Controle visual: Havia alguém responsável por supervisionar as etapas produtivas.
ERA ATUAL
O Japão desenvolveu um elevado padrão de qualidade que permitiu a sua inserção nos lucrativos
mercados dos países centrais e, ao buscar a produtividade com a manutenção da flexibilidade, o toyotismo se
complementava naturalmente com a automação flexível.
Outro caso que vem a fazer a diferença é a crise do petróleo que fez com que as organizações que
aderiram ao toyotismo tivessem vantagem significativa, pois esse modelo consumia menos energia e matéria-
prima, ao contrário do modelo fordista. Assim, através desse modelo de produção, as empresas toyotistas
conquistaram grande espaço no cenário mundial.
A partir de meados da década de 1970, as empresas toyotistas assumiriam a supremacia produtiva e
econômica, principalmente pela sua sistemática produtiva que consistia em produzir bens pequenos, que
consumissem pouca energia e matéria-prima, ao contrário do padrão norte americano.
Com o choque do petróleo e a consequente queda no padrão de consumo, os países passaram a
demandar uma série de produtos que não tinham capacidade e, a princípio, nem interesse em produzir, o que
favoreceu o cenário para as empresas japonesas toyotistas.
Contudo, o reflexo do toyotismo no mundo e com ênfase nos países subdesenvolvidos gerou algumas
das fragilidades nas relações trabalhistas, onde os direitos trabalhistas e os vínculos entre proletariado e patrão
têm se tornados frágeis, já que a flexibilidade exige uma qualificação muito alta e sempre focando a redução
dos custos, assim o desemprego tem se tornado algo comum, como uma estratégia para evitar as
reivindicações e direitos que cada trabalhador necessita, portanto, apesar das maravilhas e novidades que o
toyotismo trouxe através da tecnologia nos modos de produção atual, esse mesmo modo desencadeou um
elevado aumento das disparidades socioeconômicas e uma necessidade desenfreada de aperfeiçoamento
constante para simplesmente se manter no mercado.
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CAPÍTULO 3
O ESTUDO DA EMPRESA E SUA ESTRUTURA
Princípios da Organização do Trabalho (do trabalho de Gilberto Cotrim)
Princípios da Divisão do Trabalho
Consiste na decomposição do trabalho em tarefas e operações elementares tornando-o mais fácil,
criando especialidades e, com isso aumentando a eficiência e a perfeição.
É uma técnica muito antiga, que serviu de base para toda a evolução humana; está incorporada a todas
as formas de trabalho e reflete a primeira fase da Organização no procedimento de todos os povos.
Foi estudada e confirmada por Adam Smith.
Vantagens
Economia de tempo e de pessoal;
Diminuição do custo dos bens;
Formação profissional, que é verdadeiro sentindo da Divisão do Trabalho.
Desvantagens
Repetição das tarefas capaz de anular a participação mental do mesmo no trabalho;
Perda do espírito de iniciativa.
Princípio da Racionalização do Trabalho
É um sistema de organização econômica que produz acréscimo de bem estar social, proveniente de uma
redução de preços, aumento da quantidade de bens e melhoramento das qualidades dos mesmos.
A Racionalização visa, principalmente, evitar desperdícios. (Simplificação do trabalho)
Vantagens
Para a empresa Para o pessoal (Trabalhadores)
Elevação da produtividade; Proporciona salários mais elevados;
Maior circulação da capital, trazendo maiores lucros;
Concorre para melhor aproveitamento das aptidões;
Redução de preço de custo. Proporciona melhor aproveitamento do tempo do trabalhador.
Críticas ao princípio
Aumenta a defesa da empresa;
O homem fica subordinado à máquina;
Porém, no sistema racional, a máquina é apenas auxiliar do homem.
A Racionalização é o processo mental básico, presente em todas as fases da Organização,
constituindo instrumento.
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DIAGRAMA DO PROCESSO ORGANIZACIONAL E ADMISTRATIVO
A Organização
A empresa
Conceito: empresa do latim “prelensus” significa empreendimento organizado cujo objetivo é produzir ou
prestar serviços e obter uma remuneração condigna; através do lucro, a seus empreendedores e empregados.
Conceitua-se empresa com a entidade econômica que fixa entre os seus principais objetivos obter lucro.
Entidade econômica, por sua vez, pode ser conceituada como um conjunto econômico vinculado a um
sujeito jurídico, isto é, a entidade com o seu patrimônio. A entidade econômica abrange, portando, dois
elementos essências:
O patrimônio ou conjunto de valores econômicos.
A pessoa ou entidade que possui e administra esse patrimônio.
A empresa é constituída pelos fatores de produção, são eles:
a) Natureza- matéria-prima
Matéria-prima: é o material necessário à fabricação dos bens. É o meio que, transformado, dará origem ao
produto.
Ex.: na confecção de um sapato é utilizado o couro. O couro é a matéria-prima do calçado.
b) Mão-de-obra: é o esforço humano necessário ao comando do processo produtivo. Constitui-se na união de
pessoas treinadas e capazes de produzir o que a empresa se propõe a realizar.
c) Equipamento: são meios utilizados pela mão-de-obra para transformar matéria-prima em produto,
auxiliando o homem na obtenção dos bens, com maior produtividade.
Ex.: Ferramentas; maquinas; EPI; etc.
d) Trabalho: é a aplicação das atividades humanas na produção.
e) Capital: é toda a quantidade econômica aplicada.
f) Tecnologia: conjuntos de conhecimentos, especialmente princípios científicos, que se aplicam a um
determinado ramo de atividade.
Notas:
1ª) Na prática podermos definir empresa como a reunião de capital e mão-de-obra.
2ª) Onde o capital representa os bens da empresa, as máquinas, instalações, prédios, produtos (mercadorias)
e matéria-prima (natureza). E a mão-de-obra é representada pelas pessoas que irão operacionalizar (trabalho)
a empresa utilizando a tecnologia.
Racionalização
Organização
Administração
Previsão Planejamento Implantação
Comando Coordenação
Controle
Aumento da Produtividade
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Os fatores da produção
A formação da riqueza social depende de alguns fatores produtivos. A economia considera,
tradicionalmente, três fatores de produção: A Terra ou a Natureza, O Trabalho e o Capital.
A Terra ou Natureza – representada pela soma de todos os recursos naturais que podem ser utilizados
e transformados pelo homem.
O trabalho – representado pelos recursos humanos aplicados nas atividades de utilização e
transformação dos recursos naturais, visando à produção de bens.
O Capital – assume a forma de dinheiro, matérias-primas, equipamentos e instalações, aplicados na
produção, na forma a gerar riquezas.
Recursos
1º) Organograma Geral de uma Empresa
2º) Organograma Geral de uma Empresa Comercial
Para desenvolver suas atividades, a empresa comercial ou qualquer outro tipo precisa de recursos.
Os recursos que empresas necessitam são os seguintes:
Recursos Humanos – são as pessoas que desenvolvem atividades na empresa.
Ex.: gerente, supervisores, vendedores, escriturários e vitrinistas.
Recursos Materiais – são os recursos representados pelo dinheiro investido na empresa.
Ex.: capital, veículos, instalações, máquinas, vitrines, telefones e estoque.
Recursos Administrativos – são os recursos relacionados à administração de empresas.
Combinação dos Fatores de Produção da empresa
Vimos que a produção de riquezas, constituída de bens e serviços, depende da posse, do uso e da
aplicação dos fatores da produção.
Com o desenvolvimento da sociedade, as necessidades humanas, que antes se resumiam no alimento e
no abrigo, aumentaram consideravelmente. O homem moderno necessita de inúmeros bens e serviços que
atendem tanto às suas necessidades básicas como àquelas ligadas ao seu conforto e bem-estar.
EMPRESA
Fornecedores
Governo
Mercado
Bancos
EMPRESA
Fornecedores
Governo
Mercado
Bancos
Recursos Humanos
Recursos Administrativos
Recursos Materiais
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Para que a produção pudesse atender à crescente demanda de bens por parte da sociedade, foi
necessário organizá-la, cada vez mais racionalmente, de modo a se obter o maior rendimento possível dos
fatores da produção.
No mundo moderno, as atividades econômicas se caracterizam pela produção de bens e serviços dos
mais diversos tipos de empresa.
Definida, sucintamente, a empresa é a produtora ou o organismo econômico através do qual são
reunidos e combinados os fatores da produção tendo em vista o desenvolvimento de um determinado ramo de
atividade econômica, para obtenção de bens e/ou serviços, objetivando o lucro.
A classificação econômica e jurídica das empresas
Vimos quais são os fatores da produção e como são reunidos e combinados, através de unidades
produtoras denominadas empresas. Vejamos agora como as empresas podem ser classificadas segundo o
ramo de atividades econômicas a que se dedica, e a forma jurídica a que se revestem.
Classificação econômica
O conjunto de atividades de produção e distribuição de riquezas de uma sociedade, isto é, sua
economia, pode ser divido em três setores básicos:
1. O setor primário – que compreende agricultura, a pecuária e a exportação dos recursos naturais,
minerais, vegetais e animais.
2. O setor secundário – abrangendo a indústria e toda sorte de transformação de bens.
3. O setor terciário – compreendendo os serviços, isto é, o comércio, as atividades financeiras, as
atividades de transporte, de comunicações, de ensino, de atendimento médico e hospitalar etc.
Estando necessariamente incluídas num dos três setores básicos, podemos apresentar a seguinte
classificação das empresas, do ponto de vista de suas finalidades empresarias e dos ramos de atividade
econômica aos quais dedicam:
Empresas extrativas – extraem e coletam os recursos naturais, sejam minerais, vegetais
ou animais ( a caça, a pesca a mineração etc.).
Empresas agropecuárias, compreendendo:
a) Agrícolas – plantam, cultivam e colhem os recursos naturais, sejam minerais,
vegetais ou animais ( a caça, a pesca, a mineração etc.).
b) Pecuária – criam, reproduzem e exploram os derivados de animais bovinos, equinos,
suínos, etc.
Empresas de serviços, compreendendo:
a) Comerciais – lojas, bares, magazines, butiques, feiras, armazéns, farmácias etc.
b) Financeiras – bancos, companhia de seguros, financiadores etc.
c) Transportes – aéreos, marítimos, rodoviários e ferroviários etc.
d) Comunicações – rádio, televisão, imprensa, telégrafo etc.
e) Diversos – hospitais, casas de saúde, hotelaria, turismo, serviços públicos etc.
As atividades comerciais, em termos econômicos, são considerados serviços, pois são intermediárias
entre produtor e consumidor, realizando, assim, a distribuição dos bens.
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Conceito de Empresa e Entidade
Uma vez conhecidos os fatores de produção, estamos em condições de compreender o papel da
empresa no sistema econômico de um país.
A empresa representa a organização econômica com a finalidade de reunir ou combinar os fatores de
produção, tendo em vista produzir mercadorias e serviços para satisfação das necessidades humanas.
A economia moderna – mesmo considerando o processo de globalização com fusões e aquisições
empresarias – é a caracterizada pela existência de muitas e das mais variadas empresa produtoras de
mercadorias e serviços de consumo.
Nos sistemas econômicos capitalistas, como o nosso, também chamado de livre-empresa ou livre-
mercado, elas são constituídas para obtenção de lucro, (diferença entre o menor custo de produção e o maior
preço de vendas das mercadorias ou dos serviços). É para obter certa margem de lucro que o homem de
dispõe e reunir ou combinar os fatores de produção por intermédio da empresa. Quando o preço de venda das
mercadorias ou dos serviços for menor que o custo de produção a empresa terá prejuízo ao invés de lucro.
Depois destas considerações, nosso conceito de empresa pode ser assim enunciado:
“Empresa é um organismo econômico destinado à produção de mercadorias e/ou serviços, com o
objetivo de lucro para o empresário.”
O lucro das empresas tem dois destinos:
Ser distribuídos entre sócios ou acionistas;
Permanecer no giro dos negócios, figurando com reserva a acréscimo de capital.
Os organismos com fins não lucrativos são denominados entidades, tais como ONGs (Organizações Não
Governantes), clubes esportivos, fundações educacionais, etc.
O conceito de entidade não difere muito do conceito de empresa, a não ser quando à lucratividade do
empreendimento.
Os resultados alcançados pelas entidades são chamados de superávits ou déficits.
Os superávits (excesso de receitas sobre as despesas) são incorporados ao patrimônio da entidade, não
havendo distribuição entre os diretores ou membros associados. No caso de ocorrer déficit (excesso de
despesas sobre as receitas), o seu total permanece em suspenso para ser amortizado com superávits.
Constituição e Forma Jurídica
Para desenvolver suas atividades, as empresas necessitam estar legalmente constituídas.
As leis brasileiras distinguem as pessoas físicas da pessoas jurídicas da seguinte forma:
Pessoa física – é o individuo perante o Estado, no que diz respeito aos seus direitos e
obrigações.
Pessoa jurídica – perante o Estado, é a associação de duas ou mais pessoas numa
entidade, com direitos e deveres próprios e, portando, distintos daqueles indivíduos que a
compõem.
Sociedades
As empresas podem tornar de forma individual, quando representadas por um único empresário
(proprietário) que responda pelos seus negócios, e da sociedade, quando duas ou mais pessoas se associam e
constituem uma entidade com personalidade jurídica, para fins tributários.
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De acordo com o novo CC (Código Civil), há diferenças
entre constituir-se uma sociedade simples e uma sociedade
empresária, porém, o empresário é participante de ambas. Um
empresário individual pode exercer uma atividade empresarial a
partir de sua pessoa física, e que no caso de uma constituição de
uma pessoa jurídica, passa a ser uma sociedade empresária.
Porém, uma sociedade empresária tem a necessidade de
um objetivo de uma atividade própria de um empresário, ou seja,
que exerce atividade econômica organizada para a produção ou
circulação de bens ou serviços, além das sociedades acionárias.
Uma sociedade simples não exerce atividade econômica organizada para a produção ou circulação de
bens e serviços. Ela destina-se principalmente a cooperativas (força de lei), atividades intelectuais, científicas,
literárias ou artísticas que unem capitais e criam uma pessoa jurídica sem a adoção de uma organização
empresarial.
Uma sociedade caracteriza-se quando duas ou mais pessoas unem-se a fim de organizarem uma
empresa para desfrutar de seu exercício e assumir suas responsabilidades, através de um contrato social.
Pode-se diferenciar empresário, sociedade empresária e sociedade simples facilmente, onde:
Empresário: Constitui-se empresário individual, toda e qualquer pessoa, antes considerada autônoma,
que pretende circular bens ou serviços através de uma pessoa física.
Sociedade Simples: É caracterizada pela
formação de uma pessoa jurídica apenas
para o esforço de profissionais
desempenharem melhor suas funções,
temos como exemplo consultórios
médicos, dentários, escritórios de
advocacia, entre outros.
Sociedade Empresária: Caracteriza-se
pela união de empresários que, ao
contrário da sociedade simples, têm como objetivo exercer uma atividade econômica organizada,
constituindo elemento de empresa. Temos como exemplos de sociedade empresária as formas de
como devem se constituir sociedades anônimas e sociedades limitadas, entre outras.
Sociedade por firma ou nome coletivo – trata-se da associação de duas ou mais pessoas, operando
sob nome ou afirma em comum, comercialmente, industrialmente, etc., respondendo todos os sócios para
com os direitos e deveres da firma sem qualquer limite.
Sociedade em Comandita Simples: Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples, tomam partes
sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente
pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota.
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Uma das características da sociedade em comandita simples é o fato de que nem todos os sócios
podem ser gerentes. A gerência da empresa fica a cargo dos sócios comanditados ou, dentre eles, ao que for
ou aos que forem designados no contrato social.
Sociedade por quotas de responsabilidade limitada – neste caso, as responsabilidades dos sócios
para com as obrigações sociais, os direitos e deveres, é limitada ao valor do capital e respondem pelos
direitos e deveres da firma, e os que entram apenas com o trabalho, isentando-se da responsabilidade
solidária para com tais direitos e deveres.
Sociedade anônima – é a famosa S.A., onde o capital social é constituído à base de subscrição, isto é,
dividido em ações de um mesmo valor nominal, geralmente variando as quantidades em que são
possuídas pelos diversos acionistas. Os direitos e deveres da sociedade e as obrigações sociais são
assumidos pelos acionistas, em função de ações cujo poder detêm.
Sociedade cooperativa – é finalidade precípua da sociedade cooperativa, suprir as necessidades de
seus associados, sejam, essas necessidades, de consumo, de produção, de trabalho etc. O capital social
não é fixo, variando conforme aumenta ou diminui o número de associados.
Sociedade por conta de participação – conforme dispõe o Código Comercial Brasileiro, esta sociedade
ocorre quando duas ou mais pessoas, sendo ao menos uma comerciante, se reúnem sem firma social,
para lucro comum, em uma ou duas operações de comércio, determinadas, trabalhando um, alguns ou
todos, em seu nome individual para o seu fim social. Esta sociedade, por conta de participação existem
dois tipos de sócios:
a) O ostensivo, que é único que se obriga para com terceiros e;
b) O oculto, que fica unicamente obrigado para com o mesmo sócio por todos os resultados
das transações e obrigações sociais empreendidas nos termos precisos do contrato.
Empresa Privadas, Públicas e Mistas.
Há ainda, outro ângulo pelo qual podemos classificar as empresas. Trata-se do grau de propriedade, isto
é: da origem social do capital e dos participantes que constituem a empresa. Nesse sentindo, podemos
distinguir três espécies de empresas quanto o grau de propriedade:
Empresas privadas – o capital social que as constitui é de origem privada ou particular.
Consequentemente, assim será sua administração e gerência, arcando estes particulares com
seus direitos e deveres. As empresas privadas, como vimos, podem aparecer sob a forma de
firma individual ou de sociedades. No caso de sociedades, podem assumir qualquer dos tipos
que mencionamos.
Empresas públicas – são empresas que exploram um ramo de atividade que, por
conveniência, segurança ou interesse social, está confiando ao poder público municipal,
estadual ou federal, provindo do Governo as verbas para seu funcionamento, assim como sua
gerência e administração.
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Empresas de economia mista – são sociedades por ações de participação pública e
privada, com a diferença de que a União, o Estado ou Município, no caso, serão os sócios
majoritários, detendo a maioria das ações e portando, o controle administrativo. Estas
empresas, em geral, executam serviços de utilidade pública.
Estruturas das empresas no Brasil
Nos dias de hoje, as empresas têm sido estruturadas de acordo com as funções exercidas pelos seus
respectivos órgãos e do relacionamento hierárquico e funcional entre eles. E não de acordo com sua estratégia
adotadas, o que seria mais correto. A estrutura busca a melhor forma de se organizar e se desenvolver um
bom trabalho, objetivando sempre a redução dos custos e o aumento dos lucros.
Não existe um modelo ideal de estrutura organizacional. O importante é que ela funcione de maneira
eficaz, atingindo os objetivos e cumprindo a missão da organização. Atualmente, a organização mais
recomendável para cada empresa vai depender de sua realidade. Existem várias formas de se administrar uma
empresa, como as que serão mostradas ao decorrer do trabalho, porém, a tendência atual são organizações
horizontalizadas compostas por órgãos temporários. Ex.: força tarefa, fazendo uso da terceirização.
Composição das Empresas:
Estrutura - Organização de cada empresa. Nível estratégico.
Processos - Meios para chegar aos resultados. Nível tático.
Resultados - Os objetivos, o que realmente se espera da
empresa alcançado através das operações.
Classificação das Empresas
Quanto à Receita Bruta Anual
Empreendedor Individual (EI)
Microempresa (ME)
Empresa de Pequeno Porte (EPP)
Empresa de Médio Porte (EMP)
Empresa de Grande Porte (EGP)
Quanto ao número de Empregados
O SEBRAE utiliza o critério por número de empregados do IBGE como critério de classificação do
porte das empresas, para fins bancários, ações de tecnologia, exportação e outros.
Indústria:
Comércio e Serviços
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Capitulo 4
Organograma
Definição
Organograma (organo=grãos + grama=gráfico) – é a representação da estrutura organizacional, onde
são configurados os diversos órgãos, cargos ou funções, com as respectivas, linhas de autoridade e
subordinação.
Objetivos
O organograma pretende proporcionar a visualização da estrutura de um organismo.
Importância do Organograma
A elaboração do organograma também possibilita o planejamento da distribuição das funções primárias, do
fluxograma das principais rotinas, da preparação do layout e do plano de classificação de cargos. Nenhuma
providência de Organização é viável sem existência do organograma que constitui, em uma análise, a base do
organismo. O organograma deve possuir um caráter dinâmico ser altamente flexível e funcional, possibilitando
uma integração sistemática e sinérgica entre todos os setores da empresa. Deve ser estruturando visando a
satisfação de seus clientes, os quais devem ser colocados no topo da pirâmide. Organizacional.
Tipos de organogramas
Existem vários tipos de organogramas, os principais são: o Organograma Clássico, o Organograma Radial e o
Organograma Circular.
Organograma Clássico ou Linear – é basicamente, um organograma composto de
retângulos (que representam os cargos ou órgão) que são ligados entre si por linhas (que
representam as relações de comunicações entre elas). Quando as linhas são horizontais, elas
representam relações laterais de comunicação. Quando são verticais, representam relações de
autoridade (do superior sobre o subordinado) ou relações de responsabilidade (do subordinado
ao superior);
Organograma Radical ou Setorial – é elaborado através de Círculos Concêntricos, cada
qual representando um nível hierárquico. A autoridade máxima se localiza no centro do
organograma, diminuindo o nível hierárquico à medida que se aproxima da periférica.
Organograma Circular – é elaborado em círculos concêntricos que representam os
diversos hierárquico traçados em linhas pontilhadas ou tracejadas. As linhas cheias
representam os canais de comunicação existentes entre órgãos (ou cargos). Os órgão s são
representados por retângulos ou círculos.
Os princípios de construção, devem ser representados da seguinte forma:
1º) NIVEL – Órgãos Liberativos – órgãos de comando (do qual emanam ordens, que
decidem);
2º) NIVEL – Órgãos Executivos – gerenciam o foi deliberado;
3º) NIVEL – Órgãos de Função Técnica - são os que planejam e controlam a execução;
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4º) NIVEL – Órgãos Operacionais – os que realizam operações. Quanto a ligação dos órgão:
Linha de comando (fluxo de operações) e Linha de assessoria (fluxo de informações).
Tipos de organograma
I- Linear ou Clássico
II- Em Barras
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CAPÍTULO 5
Fluxograma
Conceito
É o gráfico que representa o fluxo de dados, informações, formulários e documentos da organização.
Representação grafia de operações, transportes, inspeções e estoques na sequência em que ocorrem,
definindo em fluxo de trabalho. É o diagrama do fluxo de material, que concede uma visão pratica de grande
valia aos analistas, constituindo-se na versão gráfica do processo.
O Processo e o Fluxograma
A análise do processo estuda o fluxo de trabalho que interliga o homem e a máquina, descrevendo a
sequência em que as operações ocorrem. O objetivo principal dessa analise é investigar a possibilidade de
simplificar o processo ao se conhecerem todas as suas fases, minimizando o tempo gasto na sua realização.
Objetivos
Permite a percepção dos detalhes complexos de um processo de trabalho;
Permite o levantamento de fluxos de processos operacionais e gerenciais;
Permite estabelecer referencias para diagnósticos de situações atuais e servir de instrumento de
proposta de melhoria dos processos existentes;
Consulta e orientação sobre os procedimentos adotados em relação as rotinas de trabalho;
Treinamento de funcionários novos;
Referencial para auditoria.
Tipos de Fluxogramas
Existem vários tipos de fluxogramas, os principais são: o vertical, o horizontal e de blocos.
a) Fluxograma Vertical – também denominado gráfico de analise de processo. A sua
elaboração se baseia nos símbolos ou convenções; é e onde existem colunas verticais e linhas
horizontais. Nas colunas verticais estão os símbolos ou convenções (de operação, transporte,
controle, espera e arquivamento).
b) Fluxograma Horizontal – enfatiza as pessoas ou órgãos que participam de uma
determinada rotina ou procedimento. É muito utilizado quando uma rotina envolve vários órgãos ou
pessoas, permitindo visualizar a parte que cabe a cada um comprar a distribuição das tarefas para
um possível racionalização ou redistribuição do trabalho.
c) Fluxograma de Blocos – é um fluxograma que representa a rotina através de uma
seqüência de blocos, cada qual com um significado e encadeados entre si. É muito utilizado pelos
analistas de sistemas para representação dos sistemas, isto é, para indicar entradas, operações,
saídas, conexões, decisões, arquivamentos etc constituem o fluxo ou a seqüência das atividades
dos sistemas.
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Símbologia
OBS: Outros símbolos poderão ser criados, porém deverão aparecer numa legenda.
Exemplos:
Início/Fim do Processo Processo Tomada de Decisão
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Capitulo 6
Cronograma – Gráfico de Gantt
Conceito
É um gráfico que serve para estabelecer e controlar a execução de um projeto ou programa de trabalho
criado pelo americano Henry Gantt.
Objetivos
Estabelecer as atividades e acompanhar a execução, estabelecendo seu inicio e fim de
forma geral e também das etapas intermediárias de um processo de trabalho.
Permitir que sejam observadas as seguintes variáveis: tempo, progresso do trabalho,
produção final orçada e ritmo de entrega, sempre que se tratar de acompanhamento da produção.
Representação Gráfica
O tempo de execução das atividades programadas e das executadas é geralmente
representado por barras horizontais duplas com caracteres diferentes, isto é, umas representam
as atividades programadas e outras as executadas.
A diferença entre os caracteres das barras é feita, geralmente, por meio de cores, sendo
indicados por legenda.
O programa de trabalho poderá ser mensal, quinzenal ou possuir outras formas de
especificação do tempo de duração das atividades, de acordo cm as conveniências do trabalho a
ser realizado.
Exemplo:
Legenda:
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Capitulo 7
Relações Humanas no Trabalho
Introdução
Como devo agir?
Depois de passar nove meses solando no aconchego do ventre materno, num belo dia fui expulso do
“paraíso” e comecei a encontrar pessoas... Êta, bichinho difícil de conviver que é essa tal de “pessoa”! e se
fosse apenas uma seria fácil, mas são várias...
Ensinaram-me uma série de regras e de repente tiram-me do convívio familiar para a escola. Que
sofrimento aprender a conviver na escola! E foi um sofrimento longo, até que concluiu o ensino médio. Agora,
vou para empresa. Vou trabalhar. Como será?
Hoje é o meu primeiro dia de trabalho e já possuo várias responsabilidades, pois disseram-me que devo
ser O MELHOR, que não posso errar, que devo vestir-me adequadamente, ser criativo, etc..., etc..., etc...
Como devo agir?
A partir desta leitura podemos observar que trata-se de um trabalhador envolvido num pânico exagerado
para o qual existe solução.
As empresas estão exigindo muito de candidatos as suas vagas, mas não é nada que uma boa formação
profissional não resolva.
O SER HUMANO É UM SER SOCIAL QUE NASCE, CRESCEM E SE DESENVOLVE EM GRUPOS.
Logo, alem da formação profissional adequada temos que saber conviver com o outro.
A empresa atual está interessada em manter no seu quadro funcional pessoas que apresentam equilíbrio
emocional. Por isso, incluiu no processo seletivo procedimentos que avaliam o quociente emocional (QE) do
futuro empregado.
A este aspecto denominados INTELIGENCIA EMOCIONAL, que nada mais é do que o uso inteligente
das emoções.
Aprenda a utilizar sua inteligência emocional a seu favor (intrapessoal) e para melhorar seu
relacionamento com as pessoas (interpessoal).
INTRAPESSOAL – Está relacionada ao autoconhecimento, ou seja, saber o que esperam de você, o
seu papel na empresa, sua postura profissional, como controlar seus ímpetos, como ativar sua
automotivação;
INTERPESSOAL – Esta relacionada a maneira como você trata o outro. Lembre-se que nenhum ser
humano gosta de ser mal tratado. Na empresa estamos o tempo todo, lidando com clientes, sejam
internos ou externos. Logo, utilize uma linguagem acessível para que a comunicação se efetive,
conquiste a confiança das pessoas , demonstre boa vontade ao atender as pessoas, enfim, seja
receptivo.
VISÃO HOLÍSTICA
Do grego, hólos = inteiro, completo. No mundo do trabalho vivemos num ciclo onde indivíduo, empresa
e mercado de trabalho mantém uma relação de interdependência.
INDIVÍDUO -> CARGO -> SEÇÃO -> DEPARTAMENTO ->
<- MERCADO DE TRABALHO <- EMPRESA <-
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O indivíduo investe em sua formação profissional, ingressa na empresa, ocupa um cargo onde
prevalecem seus interesses particulares (por exemplo, garantir sua sobrevivência). Consequentemente, faz
parte de uma seção e passa a defender os interesses e passa a defender interesses profissionais da equipe. A
seção faz parte de um departamento que investe nos interesses da empresa e esta pode por fim devolver o
indivíduo ao mercado do trabalho, quando o mesmo não estiver mais atendendo as suas expectativas,
retornando ao processo inicial.
Aparentemente, este parece um processo negativo para o trabalhador, mas se analisarmos com a “visão
holística” perceberemos que ocorre um crescimento profissional do indivíduo e que a experiência adquirida
servirá de suporte para um novo emprego. Logo, a empresa que o demitiu ao contratar um novo empregado
também poderá receber alguém mais preparado.
O Processo da Comunicação
O estudo das relações humanas é baseado nos processos da comunicação social, o relacionamento
humano se estabelece através da comunicação seja ela falada, escrita, gesticulada, sinalizada, etc.
Independendo do estilo sempre estarão presentes os elementos da comunicação.
Os elementos da comunicação
a) emissor
b) receptor
c) canal ou meio
d) mensagem
Para que a comunicação se efetive todos os elementos devem estar presentes e claros. Caso contrário,
surgem as BARREIRAS NA COMUNICAÇÃO que devem ser eliminadas para não gerarem graves
consequências negativas no transcorrer do trabalho.
BARREIRAS NA COMUNICAÇÃO SOLUÇÕES
Falta Uso do meio adequado
Falta de clareza Uso de linguagem compatível a do receptor
O envio de recados Envio de mensagens escritas
Mensagem não compreendida Repetição simplificada da mensagem
Feedback
É o retorno na comunicação, ou seja, confirmação da compreensão da mensagem.
Caso o feedback não se efetive o processo da comunicação deve ser reiniciado, mas com o cuidado em
atender a capacidade de compreensão do receptor.
Comunicação Funcional
Estabelece-se através da comunicação escrita formal, através de moradores, circulares internas (CI’s),
relatórios, ofícios, etc. Sua maior vantagem é permitir arquivamento da documentação para posteriores
consultas.
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Relacionamento Funcional
Conceito
É o relacionamento que se dá no local de trabalho através de ordens de serviços, troca de informações,
experiências profissionais e de execução de tarefas.
Subdivide-se em: formal e informal.
formal – é o que está previsto no organograma;
informal – baseia-se mas relações extra- profissionais e se entendem entre todos os setores
da empresa, independente de hierarquia.
Chefia e Liderança
Chefe – ocupante de um cargo, normalmente, imposto ao grupo;
Líder - surge naturalmente no grupo e exerce sobre o mesmo uma influência muito forte.
Características do Líder
exemplo;
força de vontade;
iniciativa;
energia;
determinação e direção;
resolução.
Tipos de Chefia
AUTORITÁRIA OU
AUTOCRÁTICA
LIBERAL, ANÁRQUICA OU
LAISSES-FAIRE
DEMOCRÁTICA OU
LIDERADA
Dá ordem e decide sozinho;
Não se importa com o pensamento do
subordinado;
Predomina a sua vontade;
Não considera as necessidades do
grupo.
Não interfere nas decisões;
Limita-se a aceitar a vontade do
grupo;
Deixa estar para ver como é que
fica;
Age como mero observador.
Decide junto ao grupo;
Ouve os subordinados para depois
decidir;
Admite modificar suas decisões;
Respeita os limites de cada um.
Analisando friamente concluiríamos que tipo de chefia liderada é a mas perfeita, mas não podemos
esquecer que cada situação no trabalho é a única, com a necessidade de punições, ponderações, elogios,
incentivos adequados, portanto, o bom chefe é o coerente.
Retomando o texto “Como devo agir?”, concluímos que não há motivo para pânico diante de situações
novas, seja ela um emprego, um curso ou um namoro, uma decisão a ser tomada, enfim, o novo assusta, mas
traz o mais importante que o aprendizado, a experiência. Não tenha medo de errar, simplesmente evite repetir
erros, mas se repeti-los não se desespere , faz parte da natureza humana errar.
É uma ilusão tentarmos dominar corretamente todas as situações, assim permitimos que ansiedade nos
domine e adoecemos, de STRESS, doença nova, pouco conhecida, mas que assim como Aids mata.
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Palavras
1. As seis palavras mais importantes:
ADIMITO QUE O ERRO FOI MEU.
2. A cinco palavras mas importantes:
VOCÊ FEZ UM BOM TRABALHO.
3. As quatro palavras mais importantes:
QUAL A SUA OPNIÃO?
4. As três palavras mais importantes:
FAÇA O FAVOR.
5. As duas palavras mais importantes:
MUITO OBRIGADA.
6. A palavra mais importante:
NÓS (EQUIPE)
7. A palavra menos importante:
EU.
Os dez mandamentos das relações humanas
1- FALE com as pessoas. Nada há tão agradável e animador quanto uma palavra de saudação,
particularmente hoje em dia quando precisamos mais de “sorrisos amáveis”.
2- SORRIA para as pessoas. Lembre-se que acionamos 72 músculos para franzir a testa e
somente14 para sorrir.
3- CHAME as pessoas pelo nome. A musica mais suave para muitos ainda é ouvir o seu próprio
nome.
4- SEJA amigo e prestativo. Se você quiser ter amigos, seja amigo.
5- SEJA cordial. Fale e aja com toda sinceridade: tudo o que você fizer, faça-o com todo o prazer.
6- INTERERESSE-SE sinceramente pelos outros. Lembre-se que você sabe o que sabe, porém você
não sabe o que os outros sabem. Seja sinceramente interessado pelos outros.
7- SEJA generoso em elogiar, cauteloso em criticar. Os líderes elogiam. Sabem encorajar, dar
confiança, e elevar os outros.
8- SAIBA considerar os sentimentos dos outros. Existem três lados numa controvérsia: o seu, o do
outro, e o lado de quem está certo.
9- PREOCUPE-SE com a opinião dos outros. Três comportamentos de um verdadeiro líder: ouça,
aprenda e saiba elogiar.
10- PROCURE apresentar um excelente serviço. O que realmente vale em nossa vida é aquilo que
fazemos para os outros.
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Capitulo 8
Ética Profissional
O que é Ética?
A ética é uma disciplina filosófica que estuda as Normas de Comportamento adequadas para um bom
relacionamento entre os seres humanos.
Código de Ética Profissional
O código apresenta a seguinte orientação:
1) julgue-se igual ao seu colega independente do seu nível cultural ou profissional.
2) forneça sempre ajuda aos colegas.
3) saiba receber orientação de trabalho de colegas ou superiores.
4) troque ideias com os companheiros, sempre que houver necessidade.
5) mantenha o local de trabalho sempre em ordem e condições de uso.
6) quando não souber fazer, não faça, peça ajuda.
7) informe aos colegas o risco de acidentes do trabalho.
8) dê ideias para solucionar problemas de trabalho, não se preocupando se serão aceitas ou não.
9) transmita princípios morais no ambiente de trabalho.
10) ajude, opine, mas com discrição. Respeite as confidencias dos colegas.
11) seja responsável e cumpra com suas obrigações.
12) faça critica e concorde somente com a critica construtiva.
13) opine sempre educadamente quando algo estiver errado, sem medo de repreensão.
14) seja honesto com a empresa (fábrica), com os colegas, com os superiores e consigo mesmo.
15) mude de opinião quando perceber que está errado.
16) seja pontual nos horários de trabalho e compromissos.
17) respeite a opinião dos colegas.
18) faça sempre o trabalho certo
19) atualiza-se na sua profissão constantemente.
20) mantenha-se sempre atualizado.
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Capitulo 9
Normalização
As Normas Técnicas são documentos que estabelecem:
Requisitos de qualidade;
Desempenho;
Segurança;
Procedimentos;
Formas;
Dimensões;
Classificações ou terminologias;
Glossários;
Maneiras de medir ou de determinar características do produto, processo ou serviço.
Normalização no Brasil
Prefácio
A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Forum Nacional de Normalização. As Normas
Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de
Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (ABNT/CE), formadas por
representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros
(universidades, laboratórios e outros).
Os projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS circulam para Consulta
Pública entre os associados da ABNT e demais interessados.
Introdução
Geral
As normas da família NBR ISO 9000, relacionadas abaixo, foram desenvolvidas para apoiar organizações,
de todos tipos e tamanhos, na implementação e operação de sistemas da qualidade eficazes.
NBR ISO 9000 - descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e estabelece a
terminologia para estes sistemas.
NBR ISO 9001 - especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade, onde uma organização
precisa demonstrar sua capacidade para fornecer produtos que atendam os requisitos do cliente e os
requisitos regulamentares aplicáveis e objetiva aumentar a satisfação do cliente.
NBR ISO 9004 - fornece diretrizes que consideram tanto a eficácia como a eficiência do sistema de
gestão da qualidade. O objetivo desta norma é melhorar o desempenho da organização e a satisfação
dos clientes e das outras partes interessadas.
NBR ISO 19011 - fornece diretrizes sobre auditoria de sistemas de gestão da qualidade e ambiental.
Juntos estes documentos formam um conjunto coerente de normas sobre sistema de gestão da qualidade
facilitando a compreensão mútua no comércio nacional e internacional.
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Princípios de gestão da qualidade
Para conduzir e operar. com sucesso. uma organização, é necessário dirigi-la e controlá-la de maneira
transparente e sistemática. O sucesso pode resultar da implementação e manutenção de um sistema de
gestão que é concebido para melhorar, continuamente, o desempenho, levando em consideração, ao mesmo
tempo, as necessidades de todas as partes interessadas. A administrando uma organização contempla a
gestão da qualidade dentre outras disciplinas de gestão.
Oito princípios de gestão da qualidade foram identificados como uma forma de melhoria do desempenho
de uma organização. Eles têm como objetivo ajudar as organizações a alcançarem um sucesso sustentado.
a) Foco no cliente
Organizações dependem de seus clientes e, portanto, é recomendável que atendam as necessidades atuais e
futuras do cliente, e seus requisitos do cliente e procurem exceder as expectativas.
b) Liderança
Líderes estabelecem uma unidade de propósito e o rumo da organização. Convém que eles criem e
mantenham o ambiente interno, no qual as pessoas possam ficar totalmente envolvidas no propósito de
alcançar os objetivos da organização.
c) Envolvimento de pessoas
Pessoas de todos os níveis são a base de uma organização, e seu total envolvimento possibilita que as suas
habilidades sejam usadas para o benefício da organização.
d) Abordagem de processo
Um resultado desejado é alcançado mais eficientemente quando as atividades e os recursos relacionados são
gerenciados como um processo.
e) Abordagem sistema para a gestão
Identificar, entender e gerenciar os processos inter-relacionados, como um sistema, contribui para a eficácia e
eficiência da organização no sentido desta alcançar os seus objetivos.
f) Melhoria contínua
Melhoria contínua do desempenho global da organização deve ser um objetivo permanente da organização.
g) Tomada de decisão baseada em fatos
Decisões eficazes são baseadas na análise de dados e informações.
h) Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores
Uma organização e seus fornecedores são interdependentes, e uma relação de benefícios mútuos aumenta a
capacidade de ambas de agregar valor.
Estes oito princípios de gestão da qualidade formam a base para as normas de sistema de gestão da
qualidade na família NBR ISO 9000.
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Normalização – são critérios estabelecidos entre as partes interessadas – técnicos, engenheiros, fabricantes,
consumidores e instituições – para padronizar produtos, simplificar processos produtivos, e com isso garantir
um produto confiável, que atenda as suas necessidades.
Normas – dentro do processo de normalização; normas – são documentos que contêm informações técnicas
para uso de fabricantes e consumidores. Norma – aquilo que se estabelece como base ou medida para a
realização ou a avaliação de alguma coisa. (Dicionário do Aurélio – Nova Fronteira)
Norma Técnica - documento técnico que fixa padrões reguladores visando garantir a qualidade do produto
industrial, a racionalização da produção, transporte e consumo de bens, a segurança da pessoas, a
uniformidade dos meios de expressões e comunicação, etc.
Órgãos encarregados das fiscalizações no Brasil
ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas (produtos e serviços) – muito importante na
indústria.
SINMETRO – Sistema Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial – criado em 1973, pela Lei
Federal nº5966.
CONMETRO – Conselho Nacional DE Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.
INMETRO - Instituto Nacional DE Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.
Obs: e no atual modelo de Normalização.
C.N.N - criado 1992, Comitê nacional de Normalização e o O.N.S – Organismo de Normalização
Setorial.
ORGANIZAÇÕES E NORMAS DO TRABALHO Profº Villardo
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Obs: sempre que se fala em ISO 9000, lembre-se de:
Cliente;
Certificação
Programa de Qualidade
Treinamento
Fornecedores
Parcerias e
Gestão de Qualidade.