Minha história

38

Transcript of Minha história

Copyright © 2015 – Editora Rodrigo.Vieira.Intternet Produções

Todos os Direitos Reservados ao Sr. Rodrigo de Oliveira Vieira. Nenhuma parte desta

publicação pode ser reproduzida ou vinculada em nenhum formato, seja físico ou

eletrônico, sem conhecimento e autorização expressa de seu autor.

Todos os erros de PORTUGUÊS, CONCORDÂNCIAS e ETC. Poderão ser

mandados para o meu e-mail particular. Agradeço muito por sua ajuda. Infelizmente

meu português se perdeu entre os AVC’s (Acidente Vascular Cerebral). Porém continua

vivo o português que vem do meu coração: IMENSO, GIGANTE e VERDADEIRO.

Site: http://rodrigoovieira.blogspot.com.br

Facebook: rodrigo.vieira.353803

Facebook: Autor - Sociedade Anônima

E-mail: [email protected]

YouTube: Rodrigo Vieira (Coração, Câncer, AVC e Marca-Passo)

Instagram: rodrigoovieira0001

Dedicado

“Dedico a minha família que me ama demais, aos meus amigos que são muito poucos,

mas moram no meu coração e minha psicóloga que resolveu um enigma dentro de meus

neurônios adormecidos. Aproveito para “esverdear” ainda mais a Floresta da Tijuca,

pois sem ela não haveria o tão sonhado livro. Amém! Amor! Paz! Felicidade!”

Índice

Parte 1 | Prefácio

Parte 2 | Primeira operação de coração

Parte 3 | O câncer da minha esposa

Parte 4 | Depressão e trabalho

Parte 5 | Primeiro acidente vascular cerebral

Parte 6 | Segundo acidente vascular cerebral e operação de coração

Parte 7 | Marca-passo

Parte 8 | Floresta da Tijuca

Parte 8 | Nossas vidas

Parte 9 | Fotos

Parte 10 | Prosas

Prefácio

Infelizmente meu português está muito precário, em relação aos grandes escritores que

existem. Verão erros de gramatica, concordâncias verbais, pontos onde não deveriam

existir e outras coisas graves, que eu como um escritor, não deveria cometer. Mas a

grande maioria das pessoas que verão a minha história tomar forma, optarão pela escrita

de uma vida abençoada e capaz de tudo. Então, peço milhões de desculpas, por que o

que escrevo agora é com o coração, é e nele que os sentimentos puros e verdadeiros

tomam formas extraordinárias.

Eu tinha uma vida inteira para fazer o que eu quisesse, ser um programador de TI ou um

grande publicitário ou até mesmo um jornalista. Porém, a vida me deu uma outra

alternativa, contar uma parte “viva” da minha história magnifica de luta, desafio e

vontade.

Mas essa luta, desafio e vontade é tão grande e tão linda de se ver e acreditar, que faz

com que a fé seja a minha luta principal. Uma vida que muitos dizem, que foi minha

força e minha capacidade de superar desafios. Não acredito que tenha sido isso a cura de

tudo. Ela foi a salvação e a cura do meu mal. Agora quero levar essa fé para vocês.

Tive vários problemas, porém todos foram superados. Mas começando a desvendar

meus grandes e audaciosos males, todos tiveram seu papel fundamental. Todos foram e

estão sendo fatores de crescimento extraordinário.

Vamos começar a intitular meus grandes problemas, assim fica mais fácil vocês

entenderem e perceberem o quanto foi grave certos momentos da minha vida. Operei o

coração, minha esposa teve um câncer e faleceu, minha vó faleceu no dia da descoberta

do câncer da minha esposa, eu entrei em depressão, tive dois AVC’S (Acidente

Vascular Cerebral) e operei o coração pela segunda vez e pus um marca-passo. Enfim,

acho que isso já está bom. Não acha?

A vida é tão incrível! Foi duro! Mas venci! Tenho problemas? Nenhum. Absolutamente,

sou um cara normalíssimo. Faça! Conquiste! Corra na frente! É isso que faço sempre e é

isso que me mantem vivo constantemente. Desculpe os erros de PORTUGUÊS mais

uma vez, pois é complicado para mim formar uma palavra perfeita. Enfim, é de coração

e com muito amor que escrevo para vocês.

"Escrever me é uma necessidade." Clarice Lispector

Não saberia o que eu faria se não escrevesse. É um complexo gigante de palavras

puras e verdadeiras, que não consigo não deixá-las de declarar o amor que sinto por

elas. São substantivo, adjetivos, advérbios e outros complexos gramaticas, que não

conheço mais, porém me tornam a virtude de escrever sem saber o que passa na cabeça

e sim no coração. O coração é tão gigante em termos de palavras grandiosas e

complexas nas virtudes do que a alma pretende dizer. Sou um afortunado, um projeto

de ser humano sensitivo de palavras que não fazem sentido, mas no final fazem. Isso é

uma loucura tamanha, que eu mesmo não consigo entender como escrevo sem saber

escrever. Acredito muito que o coração seja a forma mais natural e verdadeira para

escrever o que penso e desejo. Sou assim, pleno de atitude, pleno de consciência e

pleno de coragem. Por que é o coração que fala mais alto do que tudo.

Primeira operação de coração

Meu nome é Rodrigo Vieira, tenho 35 anos e trabalho em um multinacional no Rio de

Janeiro. Tenho uma história de vida com algumas superações e conquistas. Foram quase

10 anos de muita luta e superação em relação a saúde e a morte.

Era uma manhã normal de trabalho. Sempre chegava cedo para cumprir metas e

entregar meu material de trabalho sempre na hora certa. Era muito chato com isso, pois

era uma virtude de signo, que sempre cumpri suas metas. Eram 6 horas da manhã,

quando meu telefone tocou. Eu e minha namorada Ana Paula, sempre trabalhamos

juntos e isso era uma coisa boa, pois sempre tínhamos um papel importante dentro da

empresa. Ela me disse que estava com a pressão muito baixa, coisa normal para ela, pois

tinha a pressão hipotensa (pressão a baixo do normal). Achei muito estranho a voz dela

no celular, mas escutei o que ela tinha para dizer. Sua voz estava tremula e sentia uma

dor forte no coração. De duas uma, ela estava enfartando ou era uma crise de tensão no

metrô do Rio de Janeiro. Infelizmente, aqui no Rio de Janeiro, vindo da linha dois do

metrô era uma crise quase diária.

Disse que estava indo para o metrô da Carioca, que a pegaria e a levaria ao centro

médico da grande empresa que trabalhávamos. Como sempre fazia, era de praxe largar

tudo que eu estava fazendo, para socorrer minha namorada. Vocês vão sempre lembrar

que namoramos, noivamos e casamos, então não me julgue se em algum momento, errar

as conjugações do relacionamento. Era muito próximo o metrô do trabalho, e em cinco

minutos, lá estava eu de pé na multidão tentando ver a Ana Paula.

Quando vi atônita e sem cor, fiquei assustado. Empurrei todo mundo que estava a minha

volta e segurei ela pelos braços. Perguntei o que ela estava sentindo e ela sempre me

dizia a mesma coisa, uma dor forte no coração. Segui até o prédio mais seguro, onde

teríamos uma prévia do que estava acontecendo. Fui pé por pé, e sempre perguntando o

que ela estava sentindo, infelizmente as pessoas se desesperam e isso é ruim demais.

Chegamos até o prédio, coloquei o crachá dela e pedi ajuda para o primeiro guarda que

vi. Infelizmente não houve tempo, ela estava desmaiando. É tão estranho você ver uma

pessoa do seu lado, um ente querido, perder as forças e desmaiar. Prontamente todos a

minha volta estavam para me ajudar e fui rapidamente, com ela desmaiada, para o setor

médico.

Deixei ela aos cuidados do médico e fui para a sala de espera chorar. Não sabia o que

fazer e nem o que sentir. Liguei para minha mãe e liguei para minha sogra. Todas

estavam desesperadas e aguardando uma posição. Algum tempo depois, o médico veio

até mim, e me perguntou o que estava acontecendo, os remédios que ela tomava e outras

coisas pertinentes. Pelo que ele havia notado, não havia nada demais. Porém, era

necessário ir a um médico para fazer um check up geral. Então fomos um cardiologista

no mesmo dia.

Contamos o que havia acontecido e começamos a fazer os exames para determinar o

que estava acontecendo. Minha namorada, tinha o hábito de querer que eu fizesse

alguns exames para ver se estava tudo bem comigo. Achei totalmente desnecessário,

porém era a vida dela que estava em risco. Então fiz os exames também. Não satisfeito

fomos até uma clínica de Botafogo para fazer o ecocardiograma bidimensional com

doppler colorido para ela e para mim. Enfim, fazer o que? Partimos para os exames.

Fizemos os exames da minha esposa e o problema dela foi um puro estresse

momentâneo. Quando fiz o meu exame, a médica ficou uma hora olhando o meu

coração e pediu que eu aguardasse. Depois de uma ligação feita para o meu

cardiologista, ela me disse que meus exames eram graves, em um estado de severidade

avançado e provavelmente eu deveria operar o mais rápido possível. Meu chão começou

a se quebrar naquele exato momento onde a médica disse que era uma operação normal

e pedras rolavam pelo penhasco junto comigo.

Foi uma volta muito dolorosa para o Centro da Cidade. Era uma coisa que não esperava

e tão pouco imaginava que deveria passar por aquilo tudo. Infelizmente não gostei do

médico que me atendeu e de outros que também não me agradaram. Lembro que fui até

o plano de saúde e vi um nome desconhecido, porém liguei e fui até ele. Era a equipe do

Doutor Jazbik. Um dos melhores cirurgiões do Rio de Janeiro.

Lembro-me que fui no dia marcado com a minha mãe, encontrar o Dr. Carlos Jazbik, a

pessoa que iria me operar. Ele foi totalmente tranquilo e simpático. Estava entregando

em suas mãos a minha vida para ele. Felizmente era uma insuficiência congênita

aórtica, em vez de ser tricúspide, a válvula era bicúspide. Decidimos operar o mais

rápido possível e com a inclusão de uma válvula mecânica. Cirurgia datada, exames

marcados e eu estava pronto para ir trocar minha pequena válvula.

Sempre adorei a internet, pois achava de tudo e sempre mais um pouco. Claro que

coisas ruins e boas, mas sempre filtrando. Comecei a procurar casos de pacientes graves

de insuficiência congênita na válvula aórtica, operações similares e tudo que você pode

encontrar no mundo digital. Eu fiz a área bioquímica do colégio onde estudava, então

não me importava em ver pessoas mortas, pois já havia visto no anatômico da UERJ. Eu

queria saber o que eu iria passar e como era a cirurgia. Depois de muito custo, encontrei

uma operação realizada na integra, com cortes, peitorais de ossos, a máquina

extracorpórea para o sangue e detalhes técnicos que eu precisava saber e dominar. Sei

que não era uma coisa boa, mas eu precisava saber por curiosidade acadêmica e de vida.

Da minha vida!

Lembro como se fosse hoje, não dormi e nem precisava. Era uma noite perdida e tinha

que pensar em como era a minha futura instalação hospitalar, médica ou que fosse.

Tinha insônia desde pequeno, então pensar em saber, era melhor do que não saber, e

ficar vagando por aí. O dia foi marcado, era o dia 12 de março de 2004, às 7 horas da

manhã. Lembro que foi o Luiz (Manoel), um grandíssimo amigo da minha família, que

me levou ao hospital na Barra da Tijuca. Só não me pergunte o nome do Hospital, pois

não lembro e pretendo esquecê-lo para sempre.

Minha namorada Ana Paula já estava no hospital e junto com uma grande amiga minha

chamada Amanda. Conheço ela, agora, faz 24 anos ou mais. São pequenas amizades,

que crescem com o tempo, em alegrias e sofrimentos. Estava no hospital, minha mãe,

meu pai e minha querida e saudosa vó Gina. Mas para frente vocês saberão mais dela,

deixe por hora eu manter vivo a lembrança da sua presença. Todos muitos chorosos no

hospital, mas tinha que me manter firme e forte por todos. Era a minha vida e não

abriria mão dela jamais. Me despedi e fui para o centro cirúrgico.

Ri bastante, conversei com pessoas maravilhosas, fizeram minha tricotomia (depilação)

com 8 pessoas diferentes e a hora havia chegado, fui para a operação. Ocorreu tudo

muito bem, pois estava vivo. Infelizmente tiveram alguns altos e baixos em relação a

procedimentos, pois tive uma infecção nos pontos, entrei em depressão e fizeram o pior

exame que uma pessoa poderia fazer, eco transesofágico, sem anestesia e na cara e na

coragem. Mas com resultados ótimos, pois não havia o risco de uma endocardite

bacteriana. Depois de 30 dias no hospital, fui para casa.

Foram 4 meses de muita luta, dores fortes e agoniantes. Mas que logo se tornaram em

uma breve lembrança do que eu havia passado. A vida deve ser sempre viva na

plenitude.

"Se ficar muito tempo olhando para o abismo, o abismo olhará para você." Nietzshe

Fiquei tanto tempo parado olhando para um abismo sem fim, sem saída, sem rumo e

sem nada. Mas me reergui e subi por entre as rochas e fendas. Agora estou no topo

novamente, reerguendo minhas forças para subir mais alto do que jamais subiria.

Estou olhando para a escadaria que vai para o céu. Um céu cheio de oportunidades e

obstáculos grandes, porém superarei todos. Sabe por que? Por meu coração é gigante

aos olhos das pessoas, e que cresce a cada minuto e segundo. Isso para mim é a vitória

de tentar e conseguir. A vitória de ter conseguido sair da depressão para a felicidade.

O câncer da minha esposa

Foi no final de 2006, em 09/12/2006. Era um casamento florido e com um par de

padrinhos. Simples, porém, objetivo e feito com muito amor. Não tínhamos a ideia de

fazer um casamento para a história, mas um casamento bem feito aos olhos de Deus.

Felizmente nossa casa estava totalmente completa, pelo menos a sala era a única coisa

que faltava, mas os detalhes já estavam comprados e aguardando a chegada. Foi um

casamento muito bonito, feito por um diácono. No final do casamento recebemos uma

bíblia. No final de 5 anos, ela repousa as esperanças cheias de amor, de um casal

postumamente encerrado, por uma doença tão cruel e fria.

Não tenho medo de falar a palavra câncer. Sempre vejo pessoas batendo na boca,

olhando de rabo de olho ou nem querendo falar sobre isso. É uma doença incapacitante

como qualquer outra doença, como um ataque cardíaco ou um AVC ou AVE (Acidente

Vascular Cerebral ou Acidente Vascular Encefálico). Então não medirei esforço para

dizer sempre as palavras corretas e necessárias para cada doença.

Sempre juntávamos amigos para reuniões dentro de casa. Sempre tínhamos comida,

jogos, muito bate-papo, bebida e muito doce. Era uma festa regada de muita comilança

e um maremoto de medicamentos para o estomago. Em uma dessas festas, que minha

esposa passou muito mal e fomos a um Hospital Italiano, para tratar o enjoo e mal-estar.

O médico havia pedido que ela comparecesse a um gastroenterologista para verificar os

sangramentos retais e seus tratamentos para tratá-los.

Em alguns dias fomos fazer o exame, onde minha mãe estava presente para ajudar caso

necessário. Eu sabia que era um tumor, mas não sabia se era benigno ou maligno. Algo

me dizia isso, como se uma voz poderosa me guiasse dentro de um quarto escuro.

Entramos, conversamos com o médico e logo iniciou o exame feito pelo reto da

paciente, um exame completamente evasivo. Algum tempo depois, ainda sonolenta, ele

me chamou para o seu consultório e me disse que era um tumor e a patologia iria

determinar o grau do mesmo. Infelizmente ele achava que se tratava de um tumor

maligno. No final de consulta, grogue com os medicamentos, ele contou o que havia

visto e pediu que fosse imediatamente para um médico que não me lembro o nome e

nem faço questão de lembrar. Pois acredito que ele deva ter feito algo de muito errado

durante o tratamento da retirada dos tumores. Enfim, ele foi um homem antiético como

pessoa e profissional.

Aguardamos os exames ficarem prontos, quando recebi a notícia que minha avó estava

muito mal, pois tinha tido um terceiro AVC hemorrágico (Acidente Vascular Cerebral).

Alguns dias depois, quando o resultado do exame ficava pronto, e ela realmente tinha a

certeza que era um câncer maligno no intestino. Nesse exato momento, minha avó havia

falecido em São Paulo, com alguns parentes próximos, inclusive meu pai e minha mãe

presentes. Fazer o que: chorar a morte da minha avó amada em São Paulo ou dar forças

a minha esposa viva no Rio de Janeiro. Não tinha outra escolha a ser feita, a não ser dar

a força necessária para o tratamento da Ana Paula. Minha avó tinha ido com Deus e

sabia que era um lugar bonito e maravilhoso.

Nossas famílias sempre se deram bem na medida do possível. Não nós falávamos com

frequência, mas éramos sempre cordiais e educados com ambas as partes. Por parte da

minha mãe, ela não media esforços para ajudar no que fosse necessário, por parte da

mãe da Ana Paula a coisa era reciproca, porém com ressalvas a minha pessoa. Mãe é

mãe em qualquer lugar do mundo e não podemos ter o direito de questionar certos

aspectos. Mas não gostaria de comentar estes aspectos no meu livro.

Lembro que uma vez, durante a minha cirurgia de coração, eu havia dito que eu estaria

no lado dela no momento que ela precisasse. Infelizmente o momento dela foi o câncer.

Nunca sai do lado dela e sempre fiquei até o último suspiro de sua vida.

Não me lembro da data da operação, mas acredito que tenha sido bem próximo da

descoberta. Ela operou em um Hospital bem-conceituado no Rio de Janeiro e tudo

ocorreu perfeitamente bem. Só que minha esposa não estava bem cirurgicamente, pois

não e normal uma cirurgia causar tantas dores insuportáveis.

Na primeira cirurgia ela ficou internada durante 5 dias. Só que ela voltava para casa

com dores fortes e sem nenhuma conclusão plausível para esse tipo de conduta.

Voltamos ao hospital e ela foi internada por mais 7 dias. Exames foram feitos e ela

ainda se queixava de dores da cirurgia. Os médicos sempre falavam que isso era uma

coisa normal, mais as dores que ela sentia não eram normais. As pessoas quando fazem

qualquer procedimento cirúrgico melhoram com o tempo, porém ela só piorava.

Novamente ela foi para casa e alguns dias depois voltamos ao hospital. Não era normal

para mim saber que minha esposa sentia dores e ninguém fazia nada para ajudar ela. Eu

já havia ligado para os médicos dela e dito a forma absurda e inconsequente que

estavam tratando ela, e não haveria uma resposta negativa, queria uma solução. Fizeram

milhares de exames e um constatou que havia uma metástase no fígado.

Eu fiquei arrasado com a maneira como tudo aconteceu. Não sei se foi um erro médico,

do hospital ou qualquer coisa que fosse. Eu me senti impotente e incapaz naquele

momento. Uma única chance de corrigir o erro feito, era que o médico contasse a

notícia para ela, foi feito, porém não entendido por ela. Não sei se era a dor, os

medicamentos ou a ilusão de estar curada. Alguns dias depois, no dia da quimioterapia

dela, a médica foi plausível e contou da metástase do fígado. Um choque duro para um

coração tão esperançoso. Marcamos a cirurgia para o cateter e iniciamos a

quimioterapia o mais rápido possível.

A primeira quimioterapia a gente nunca esquece, não é? Foi algo terrível para ela e para

mim. Com algumas horas de infusão, vi seu corpo se deteriorando, dores nas juntas, dor

de cabeça, enjoo e outras coisas terríveis. Era um sofrimento inenarrável, porém ela iria

com a bomba de infusão para casa e depois de três dias retiraria a infusão. Um

sofrimento desse é para que gosta muito da pessoa e ama de coração.

Alguns meses se passaram e os tumores haviam começado a diminuir, mas não

completamente. O fígado dela estava repartido em 5 grandes tumores e todos

impossíveis de serem retirados em uma cirurgia. Mais exames foram feitos e em uma

cirurgia completa, retiraram o que podiam do fígado dela. Já havia conversado com o

médico sobre a possibilidade de seu falecimento, e ele sempre me confirmava a mesma

coisa. Possibilidade quase que nulas. Isto me deixava feliz, e ao mesmo tempo, triste e

arrasado por ver uma mulher linda, perfeita e de coração tão bom, se esvair através de

um câncer que correi a alma, ilusão e o sonho.

Nossa vida sempre foi completa, mesmo tirando os problemas de saúde. Sempre saímos

e íamos a bares, na casa de amigos e reuniões em nossa humilde residência. Sempre era

uma farra, com brincadeiras, comidas e muita bebida. Infelizmente a minha esposa não

poderia beber, ela também não era muito de beber, e mesmo com isso tudo era uma

farra tamanha, pois riamos e nos divertíamos com as besteiras que todo mundo falava.

Ela às vezes se recolhia para o quarto, com dores fortes, mas fazia parte do tratamento.

Era a luta que tínhamos que travar.

Com o passar dos anos e a luta sempre se agravando, descobrimos alguns outros

tumores, sempre fazendo exames e tratando conforme a doença progredia. Infelizmente

ela estava indo aos poucos, muito aos poucos e tinha certeza de possibilidade da morte.

Tivemos um episódio engraçado durante o tratamento de quimioterapia. Ela achava que

estava grávida. Meu coração foi a lua e voltou no raio de um trovão. Como ter uma

criança no estado que ela se encontrava. Mas, tudo foi desmistificado com um teste de

gravidez.

A última cirurgia foi a implantação de um DIU. Ela tinha miomas e precisavam ser

tratados o mais rápido possível. Foi feito uma pequena cirurgia e tudo ocorreu muito

bem. Mas com o passar dos dias, ela começou a piorar e sabia que a piora dela era uma

coisa inevitável. Ele foi no médico que implantou o DIU e o médico achou que era a

hora de ir para o hospital, ela não estava tendo forças nem para andar. Eu sabia e ela

sabia, de alguma forma, que era a última vez que nossas vidas iriam ter um final feliz.

Lembro que não havia falado da minha sogra. Mas ela foi uma pessoa excepcional no

final de sua vida. Ela estava lucida e plenamente capaz de me ajudar a cuidar dela até o

final da sua existência. Sempre escutava dos médicos que a vida da minha esposa, que

estava se esvaindo e não poderia contar isso para ela. Era uma sentença de morte que

somente eu deveria saber, nunca ela, apesar dela saber que estava indo para um outro

lugar.

Dois dias antes do seu falecimento, conversei com o médico de manhã, sobre a

possibilidade de poder ficar a última noite com ela, ao seu lado e lembrando das coisas

bonitas e maravilhosas que conquistamos juntos. A resposta dele sempre era não. Mas

naquela tarde ele havia me liberado para dormir com ela. Isso me deixou tão feliz e

triste, ao mesmo tempo, era a nossa despedida! Eu me senti sem chão! Tão arrasado! Na

mesma hora eu disse para ela que eu iria em casa pegar uma roupa e iria voltar logo para

o hospital, mas essa iria ser a única vez que eu encontraria ela lúcida e capaz de soletrar

uma única palavra. Aquilo me abalou de uma forma tão severa, mas me mantive forte

para a noite que eu teria com ela. Rezei muito, a todos os santos e arcanjos para que a

ida dela fosse em paz e sem sofrimentos.

No dia seguinte, eu estava tão triste e totalmente infeliz, que um padre passou no meu

leito e me viu chorando. Ele me acalentou e me perguntou se poderia fazer uma

extrema-unção, e eu respondi que sim. Meu irmão e minha cunhada estavam presentes.

Ela estava em paz e o médico já havia dado um remédio para aliviar a tensão dela. Na

parte da tarde ela se foi, para sempre.

“Há medicamentos para toda a espécie de doenças, mas, se esses medicamentos não

forem dados por mãos bondosas, que desejam amar, não será curada a mais terrível

das doenças: a doença de não se sentir amado.” Madre Teresa de Calcutá

Palavras bonita e perfeitas de uma mulher perfeita e bondosa. Não existe outra

explicação, para fatos tão verdadeiros e de sentidos tão nobres. Pessoas querem ser

curadas de doenças, mas a cura não está na pílula que você toma e sim na alma

caridosa de quem manipula. Eu fui muito cuidadoso diante de tudo que eu dava para

minha esposa. Remédios na hora certa, comida na hora certa, deitar ao seu lado nos

momentos de dores e rezava baixinho pela sua cura. Fui um homem de fé? Não sei!

Não faço ideia! Não tinha a perfeita mulher ao meu lado, dizendo o que eu precisava

ou não fazer. Lembro que na noite, antes do seu falecimento, ela dormia em paz e com

o coração levemente voltado para o céu. Eu segurava uma bíblia e li coisas lindas e

orações que ela nunca iria escutar com seus ouvidos, porém com o coração aberto pelo

amor que sentíamos um pelo outro. Li uma frase, que foi dita durante o nosso

casamento e dela me fez forte para tudo. Era assim: “Quem ouve esses ensinamentos e

vive de acordo com eles é como um homem sábio que construiu a sua casa na rocha.

Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa.

Porém ela não caiu porque havia sido construída na rocha.”. Enfim, não possuo mais

palavras e nem forças para escrever. Somente quem é amado, sabe o que é ser...

Depressão e Trabalho

A depressão é uma coisa muito ruim na vida de qualquer um. Não sabia o que era a

depressão e os efeitos que ela proporciona no nosso corpo. Me sentia, após a morte dela,

um vazio e nada podia preencher a falta que ela me fazia. Acordava pensando nela,

fazia as coisas pensando nela e dormia pensando nela. Foi um momento muito difícil,

que precisei utilizar um médico psiquiatra para tentar de alguma forma, resolver essa

falta que ela me fazia.

Apesar de tudo, eu ainda tinha que digerir algumas coisas que para mim não valia de

nada, mas era uma coisa que precisava ser feita. Não queria mais o apartamento, as

coisas que lembravam dela, o carro e tudo que podia ser recorrente a choro e tristeza.

Tudo foi passado para a minha sogra e sogro, porém com seus devidos poderes jurídicos

diante da lei.

Voltei ao trabalho e comecei a lutar e reerguer a cabeça novamente para a vida que

ainda eu tinha. Lembro que comecei a fazer faculdade, trabalhava demais, sempre tive

alguns sites que atualizava e estava abrindo uma pequena empresa. Às 24 horas não

eram o bastante para mim. Lembro que eu chegava no trabalho e sempre tinha dois

computadores ligados, o da empresa e o meu. Minha faculdade sempre foi prioridade,

pois adorava o que fazia, publicidade e propaganda, e sempre tirava notas boas. Os sites

sempre me rendiam dinheiro e era uma coisa que estava no meu sangue, não conseguia

deixar de não fazer. A empresa estava quase fechada, só precisava de uma assinatura.

Porém, veio o meu primeiro AVC (Acidente Valvular Cerebral).

"Se você sente tédio quando está sozinho é porque está em péssima companhia."

Jean-Paul Sartre

Me sinto só: como uma flor que morre ao cair de uma árvore, solitária, vazia e sem

esperança. Mas, ela teve esperança quando nasceu, cresceu, se floriu, murchou e caiu

na minha frente. Sou repleto de amigos, mas amigos são amigos. Na vida sempre

estamos só para a vida que segue em frente, por que nascemos, crescemos,

amadurecemos, envelhecemos e morremos. Isso tudo é um ciclo com um fim e

propósito. Temos que amadurecer nossas ideias, e expor ao mundo nossa ideologia e

crença pela humanidade. Eu sou forte, por demais! Mesmo que sozinho ou não, lutando

pela vida ou não, sou forte porque Deus me fez assim e é assim que tenho que lutar,

lutar e lutar, por uma vida que acredito e tenho fé que se tornará verdade.

Meu primeiro Acidente Vascular Cerebral

Meu primeiro Acidente Vascular Cerebral, foi difícil escrever sobre algo que você

realmente não sabe ou não entende a princípio. Mas lembro de muita coisa e também

lembro das pessoas me julgando como incapaz para o resto da vida. Isso dói tanto,

porque que eu não sou incapaz e nunca serei.

Meu lapso de memória é bem limitado ao tentar descrever como aconteceu. Mas juro

que tentarei escrever o máximo possível das coisas que aconteceram. Lembro que neste

dia eu fui ao para o centro da cidade assinar meu contrato com o meu amigo Rafael.

Estava empolgado e não via a hora de começar a pôr em frente o projeto da minha vida.

Lembro que era um projeto de internet e venda online, mas só lembro disso.

Eu trabalhava no Maracanã, em uma das filiais. Como estava atrasado, peguei um taxi e

fui até o Centro da Cidade para encontrar com ele e sua esposa contadora. Como era

caminho, desci até a igreja Nossa Senhora do Parto, para rezar pela minha esposa e avó,

um habito bem normal na minha vida. Fui até a capela da igreja e comprei duas velas e

segui para o local para acende-las. Foi um momento bonito, onde chorei, rezei e pedi

que elas estivem em um lugar bem melhor do que eu. Sempre pensei assim e sempre

pensarei. A vida é curta, então precisamos sempre fazer as coisas que nos fazem felizes.

Depois que sai da igreja, uma nuvem escura bloqueou todos os meus pensamentos.

Quem eu era? Onde eu estava? Perguntas bobas, mas não sabia de absolutamente, mas

nada. Eu lembrava de certas coisas, como o meu amigo por exemplo, mas não lembrava

o nome dele. Eu encontrei ele na frente da igreja, ele me perguntou se estava tudo bem,

e eu respondi que sim. Mas uma pergunta retorica, pois eu não sabia se era bom ou ruim

o que estava acontecendo comigo.

Segui ele, como seguia uma formiga no meio de uma floresta. Fomos até o cartório

assinar os papeis para conclusão da empresa em questão. Lembro que me deram papeis

a serem assinados, mas não lembrava do meu nome, do meu endereço, da idade que

tinha, enfim eu não me lembrava de absolutamente nada. Meu amigo ficou um pouco

assustado comigo e ele mesmo não sabia o que estava acontecendo, pois poderia ser um

mal momentâneo. Ele pegou minha carteira para ver o endereço de casa, pois ele sabia

que eu tinha uma válvula mecânica no coração e tinha todos os dados referentes ao

mesmo e viu que tinha dinheiro suficiente para pegar um táxi. Ele já havia ligado para

meus pais e estes já me aguardavam na porta de casa. Quando cheguei, não disse nada.

Deitei e dormi durante uma hora.

Tive problemas de dor de cabeça? Não. Tive problemas motores? Não. Não tive nada

que acusasse um problema tão sério. Infelizmente só sabia dormir, ver televisão e

dormir novamente. Meus pais estavam preocupados comigo e fomos até um hospital,

onde não revelou nada de mais sobre o que aconteceu comigo. Infelizmente um hospital

que não possuía uma ressonância magnética não era um local digno para confiar. Me

deram quatro dias de atestado médico e poderia voltar para o trabalho normalmente.

Dormi nesses quatro dias initerruptamente, vendo televisão esporadicamente. Meu

irmão havia chegado de Brasília e foi me ver e saber o que estava acontecendo. Na

mesma hora ele havia percebido minha boca torta e não dizia coisa com coisa,

imediatamente fomos para um hospital, era um quadro típico de AVC (Acidente

Vascular Cerebral).

Até o presente momento era um AVC (Acidente Vascular Cerebral), porém não sabia se

era isquêmico ou hemorrágico. Mas, sabia que era um problema grave e difícil aceitação

pelo público em geral. Infelizmente as pessoas ditam as regras, como se fossem algo

natural, como uma pessoa entrevada, com parte do corpo paralisado e nenhum futuro

pela frente. Eu me via assim, desse jeito, sem futuro e sem perspectiva.

Fiz vários exames e passei por vários médicos cardiologistas a neurologistas, e o

diagnóstico foi um AVC Isquêmico por conta de uma coagulação de válvula aórtica que

estava abaixo de 1 de coagulação do INR (fator sanguíneo). Meu INR, deveria ser entre

2,5 ou 3,5 de coagulação. Sempre controlei os exames de sangue, mas por obra do

destino, estava totalmente descontrolado. Fiquei internado durante 15 dias entre CTI e

quarto, e logo fui liberado de alta hospitalar.

Foram alguns meses de muita introspeção. Não sabia mais falar, ler, escrever e dialogar.

Achei que isso era o fim da minha vida. Achei que não conseguiria mais ser o que eu

era e tão pouco o que queria ser no futuro distante. Lembro que quando cheguei em

casa, a minha mãe tinha se tornado o meu pai, meu pai tinha se tornado minha mãe, meu

cachorro se chamava cadeira e meu irmão e minha cunhada eram estranhos.

Cada dia que se passava no meu quarto escuro e debaixo dos edredons, era um

momento que não significava nada para mim, pois tinha uma televisão para suprir

minha vontade. Meu dinheiro estava na mão do meu pai, porém ele sempre foi claro e

honesto, deixava tudo em cima da escrivaninha, como notas, contas etc. Mas aquilo não

me interessava mais.

Meu humor ficou péssimo, minha memória era vazia e meus pensamentos estavam

totalmente dilacerados, pela doença que tinha me afetado. Lembro que meus remédios

eram dados na minha mão, porém eu não sabia o que estava tomando. A vida se torna

tão vazia quando tempos um problema tão sério e sem solução.

Comecei a ir a médicos como: fonoaudiólogos, fisioterapeutas e psicólogos. Eram

momentos chatos para mim, por que eu não queria fazer nada daquilo. Só queria ver

televisão e ficar deitado debaixo do meu edredom. Mas eu não sei o porquê, acho que

alguma coisa me puxava para a rua e me fazia ir por vontade própria, como se alguma

coisa me fizesse ver que aquilo tudo tinha um propósito, um algo a mais ou minha vida

de volta.

Momentos dificílimos e duros, onde a falta de interesse era totalmente justificada. Mas a

voz sempre dizia que eu estava no caminho certo e que não poderia deixar de ir nunca

fazer esses tratamentos chatos, porém necessários.

Fiz durante alguns meses o tratamento para fisioterapia, que corrigiu minha face

esquerda. Minha fonoaudióloga que larguei por falta de interesse meu. E minha

psicóloga Dra. Ângela Israel, que foi a grande salvadora do meu tratamento, pois sem

ela eu não existiria. Sou tão grato a tudo que ela fez por mim. Ela me conhecia antes da

doença e depois, e ela me garantiu que eu voltaria a ficar 100% curado. Mas para isso

foram meses difíceis, tratamentos e conversas chatas.

Uma vez, durante o tratamento do AVC, meu irmão havia me chamado para ir a São

Paulo, para mudar de ares. Foi um momento incrível, pois eu precisava disso para tentar

fazer com que minha vida fizesse sentido de alguma forma. Foram momentos incríveis,

pois conhecêssemos museus, shoppings, restaurantes e fomos a primeira estreia da peça

Família Addams. Não era a primeira vez que ia a São Paulo, mas era uma libertação que

eu precisava para manter a minha vida ativa novamente.

Sempre surgiu a vontades de querer conhecer o mundo. E foi então que chamei minha

amiga Amanda para conhecer a Argentina. Ela já havia conhecido o país, mas a vontade

de querer conhecer um pouco mais do mundo, era uma coisa nova para mim. Conheço

ela a 24 anos ou mais, uma amiga queridíssima e de um temperamento fortíssimo. Tanto

é que nos damos tão bem. Então compramos a passagem, hotel, passeios e viajamos. Foi

uma viagem linda e maravilhosa. Nunca vou esquecer o quanto foi bom esse momento

fora do Brasil: sem pais, sem irmão, sem médicos e sem nada que pudesse me manter

preso diante da luta que tinha no Brasil. Foram 4 dias maravilhosos!

Mas, eu queria mais... uma viagem minha, sozinho e fiz. Já havia conversado com a

minha psicóloga sobre o assunto e ela concordava que eu tinha a necessidade de

explorar o mundo, eu sentia a necessidade de querer aproveitar esse momento. Comprei

uma passagem para São Paulo e não me arrependo de nada, pois foi uma viagem que me

fez crescer e amadurecer. Meus pais tiveram um infarto, porém não poderiam fazer

nada, era a minha vida que estava sendo tratada e avaliada por mim mesmo. Foi uma

viagem maravilhosa e que me libertou das corretes de uma doença que para mim, não

existia mais.

Logo em seguida, viajem para Curitiba, de Santa Catarina, interior do Rio de Janeiro e

todos me fizeram crescer exponencialmente e de maneira gratificante. Sempre conversei

com a minha psicóloga sobre o Rodrigo que havia dentro de mim, de antes e depois o

AVC. A pergunta era simples e direta: Você se identifica com o Rodrigo de antes ou

depois do AVC? Sempre respondi que gosto do Rodrigo que sou agora: com um

coração gigante diante do mundo. Sempre acordo e faço a seguinte pergunta: Sou um

cara feliz ou triste diante o mundo? A resposta é feliz para a vida.

"Nós não podemos fazer nenhuma grande coisa - só coisas pequenas com grande

amor" Madre Teresa de Calcutá

É tão puro e verdadeiro as palavras de uma mulher de coração nobre, como a Madre

Teresa de Calcutá. Queria ter 0,0001% da sabedoria que essa divina mulher possuía.

Mas, não tenho o dom e o poder que ela tinha e tem dentro do coração das pessoas.

Fazer coisas pequenas, porém com amor. Isso é a mais pura verdade e sinceridade que

uma mulher disse para mim. Sempre almejei coisas grandes e muito tortuosas diante do

que eu podia realizá-las. Porém, veio uma mulher: simples, de palavras

descomplicadas e com um jeito singelo, que me deu uma grande lição de vida. As

palavras são as grandes inspirações para a vida. São os pequenos projetos, feitos com

muito amor, que mudaram a vida de tanta gente que precisa e pode sair da escuridão

de um buraco cheio de ódio e angustia. Eu superei 4 vezes os buracos escuros que a

vida me impôs, cheio de palavras negativas e vontades nulas. Mas acreditei em uma

palavra que traz muita esperança na vida: fé. Se eu não tivesse a fé que tenho hoje por

tudo que vivo e acredito, eu ainda estaria em um dos 4 buracos escuros e sem

esperança.

Meu segundo acidente vascular cerebral e

operação de coração

Me lembro como se fosse hoje, foi no dia 19 de janeiro de 2013, o dia do aniversário da

minha esposa. Será que era um sinal? Acho que sim. Minha vida se transformou no

exato momento dos primeiros sintomas do segundo AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Foi um misto de pânico e ao mesmo tempo, eu já sabia o que eu deveria fazer. Foi um

lance repetitivo e normal, como se eu já estivesse pronto para aquele momento. Senti as

dores no braço esquerdo, porém descartei as possibilidades que poderia ser um infarto

ou um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Fui até o Rio D’or.

Estava na casa de um grande amigo meu chamado Anderson, que me levou prontamente

ao Rios D’or. Felizmente ele não saiu do meu lado em nenhum momento até quando os

médicos estavam presentes. Agradeço demais pela grande ajuda de coração, em um

momento tão difícil.

Entrei no Rios D’or, e disse para a atendente que estava tendo um infarto. Infelizmente,

uma pessoa que teve uma operação de coração e um AVC Isquêmico, não pode ficar um

minuto sem atendimento código vermelho. Fui conduzido rapidamente para um

eletrocardiograma e depois a uma médica que me vez uma bateria e perguntas. As

perguntas eram simples, mas as respostas eram complicadas para a minha cabeça

naquele momento. Eu sentia uma dor forte no braço esquerdo, porém ela havia passado

durante a vinda ao hospital. A memória estava um pouco confusa, não lembrava do

nome dos remédios, não lembrava de fatos ocorridos durante a minha vinda para o

hospital, mas sabia que alguma coisa estava errada e tinha certeza que poderia ser o

segundo AVC.

Fui prontamente levado para uma cama, na frente da equipe médica que me observava

atentamente. Acho engraçado ficar em uma cama prontamente voltada para os médicos

que estão sempre me avaliando. Claro! Eles não querem que eu tenha um infarto ou algo

do gênero, mas acho muito engraçado isso. Deve ser uma norma do hospital ou algo do

tipo. Fiz raio X, exames de sangue, eco cardiograma e por fim uma ressonância

magnética de crânio. O resultado saiu e eu tinha a absoluta certeza que minhas fontes

estavam seguras, eu tive um segundo AVC Isquêmico. Enquanto abriam uma vaga para

o CTI (Centro de Tratamento Intensivo), eu liguei para meus pais e avisei eles. Bom,

não preciso nem contar o drama da minha mãe ao saber que estava no hospital. Disse ao

meu pai que poderia vir amanhã, estava pronto para subir e que deveriam resolver o

pagamento das minhas contas junto ao INSS. Enfim, estava totalmente normal, pleno e

absoluto de tudo que fazia e pronto para lutar mais uma vez.

No dia seguinte conheci o médico responsável cardiológico o meu caso, conversamos e

decidimos realizar um exame chato, porém necessário, um eco transesofágico. Bom,

para quem não conhece esse exame, é feito através da garganta para ver o coração mais

por dentro, tipo uma endoscopia. No meu caso, realmente era necessário realizar uma

segunda operação, pois a coagulação de sangue estava muito pior e havia o risco de sair

do coração e ir para o cérebro. Enfim, Deus não foi uma pessoa maravilhosa comigo?

Eu tinha a vontade de trocar a válvula mecânica do coração, por uma válvula biológica.

Discutimos isso entre os médicos e eu e décimos optar pela válvula biológica. Daqui a

20 anos opero novamente, e será um milhão de vezes mais rápida é prática. Garanto!

No dia da cirurgia, tudo foi feito na mais perfeita ordem possível. Foi uma cirurgia

tranquila e perfeita. Percebi que muita coisa havia mudado nas duas cirurgias, e foram

coisas para melhor. Pontos, tempo de cirurgia, comida etc.

Em 2 semanas estava em casa, com minhas dores regulares para 3 meses de operação,

enfim fazer o que. Mas, estava vivo!

"Amor intenso não se avalia, apenas se dá " Madre Teresa de Calcutá

As pessoas precisam tanto acreditar no amor, pois isso salvaria o mundo. Eu faço

minha parte de forma a me expressar e contar a verdade que está no meu coração. É

difícil, muito difícil, mas nada importa se o que dizermos for de coração puro e sincero.

Não quero legiões em volta de mim, como se fosse um culto. Quero cativar as pessoas

pelo olhar, pelas expressões, pelo sentimento das palavras e dizer que elas podem ser

felizes. Todos nesse mundo podem ser felizes. Só basta querer! Então, o amor, é isso...

eu me dou por completo. Isso me faz um bem tão grande.

Marca-passo

Sempre faço caminhadas pela floresta da Tijuca, andava 10, 18 ou 24 km por dia nas

Paineiras ou Sumaré, ando trilhas pelos Picos do Papagaio ou Tijuca e depois faço

academia com musculação, spinning, abdominal e alongamento. Todos os dias a mesma

rotina e algumas folgas para ir a museus, cinemas ou nada para fazer, ver televisão é

bom também. Mas sempre conectado a tudo e todos, como Instagram, Facebook e e-

mails. Apesar de ajudar minha forma física, tenho que manter meus projetos que faço

com muito amor, sempre em primeiro plano na minha vida.

Na minha vida, sempre tive pressentimentos, e sempre corretos. Um belo dia, bem, uma

noite, senti um dor forte de cabeça muito forte. Achei que era uma dor de cabeça

normal, tomei remédio e passou. Porém, no dia seguinte me senti mal e sem ânimo para

nada. Na parte da tarde, depois do banho, senti meu rosto um pouco torto. Felizmente

sabia que aquilo não era muito bom. Seria um terceiro AVC? Rapidamente fui para o

Quinta D’or verificar o que estava ocorrendo.

Como de costume, dei todos os detalhamentos e históricos anteriores dos problemas que

já havia tido. Como sempre, entrei em um eletrocardiograma e duas médicas vieram dar

uma olhada no que que eu estava me checando. A princípio era um terceiro AVC,

porém elas estavam atônitas com os batimentos do meu coração. Batimentos? Coração?

Como assim?

Elas explicaram que os batimentos do meu coração deveriam bater acima de 60

batimentos por minuto, porém os meus batimentos estavam há 30 batimentos por

minuto e caindo. Iriam fazer exames o mais rápido possível de coração, inclusive os

relacionados aos celebrais e eu estava dando entrada para UTI (Unidade de Tratamento

Intensivo Coronariano).

A vida prega cada peça na gente! Coisas bobas se tornam coisas ruins e vice e versa.

Como diria Fernando Pessoa, temos que ter o coração gigante para o mundo. Coco

Chanel dizia que temos que ter cabeça para pensar em como realizar. Cora Coralina,

linda poetisa, dizia que temos que ter coração e emoção nas coisas simples da vida. Eu

penso assim! Eu sou assim! Eu serei sempre assim!

Então, para que pensar coisas negativas se posso pensar coisas positivas. Todos os

exames estavam péssimos, mas a realidade das coisas que vinham até mim eram de uma

energia tão profunda, que não tinha como dizer que eu não sairia vivo daquele hospital.

Eu sairia dali vivo e querendo minha floresta da Tijuca novamente, com o verde em

volta de mim e meus pés sujos de lama.

Meu diagnostico era a de um BAVT (Bloqueio Atrio Ventricular Total). Um nome

bonito para quem quer dizer que o coração está parando. Mas, era verdade, ele poderia

parar a qualquer momento. Por isso a inclusão do marca-passo. Infelizmente muitos

hospitais, médicos e afins ganham com isso. Porém, isso era a forma de me manter vivo.

Era a cereja que faltava no meu bolo!

Cada médico que passava e olhava os monitores, ficavam chocados com a vitalidade e

idade que eu tinha e mantinha em cada momento em cima do meu leito. Eu sempre

distribuía sorrisos, sempre dizia bom dia, boa tarde, boa noite, muito obrigado, de nada

e outras coisas que papai e mamãe me ensinaram. Eu não era um milagre ou um

guerreiro ou um herói ou qualquer coisa do tipo. Estava ali para manter minha vida

salvo do que poderia acontecer. Mas meus planos não eram a morte e sim a vida.

Uma médica cardiologista arritmologista veio até meu leito e conversou comigo sobre o

marca-passo, e trouxe uma luz maior sobre seus sintomas e benefícios. Meu único medo

era não poder fazer exercícios físicos e andar meus 15 à 24 km por dia. Mas hoje em

dia, vários atletas fazem isso e participam de maratonas. Então, a cirurgia estava

confirmada.

Fiz a cirurgia no dia 02/12/2014 e no dia 20/12/2014, estava andando na floresta da

Tijuca, somente Deus e eu, agradecendo por tudo que ele havia me dado. Dois meses

atrás, eu havia subido a Trilha da Gávea, com uma equipe sensacional, “Trilhas do Rio

de Janeiro”. Tenho grandes amigos como Claudinho Silveira, Marcos Rabello, Paulinho

Viveiros entre outros, que promovem essas trilhas pelo Rio de Janeiro. Mesmo não

sabendo do problema que eu tinha, eles foram de uma força colossal e subiram até o

final comigo. Vi à vista mais lida de todas do Rio de Janeiro. Chorando por uma coisa

que já passou! Manteiga derretida mesmo. Mas, foi a subida mais espetacular e com

amigos tão nobres e leais.

"O que você fez daquilo que te fizeram?" Jean-Paul Sartre

Às vezes penso no que eu era e no que sou. Comparação esdrúxula em relação a uma

doença, bem várias doenças que me tornaram o que sou hoje. Enfim, vamos aos fatos:

poderia ter sido uma pessoa bem-sucedida profissionalmente ou uma pessoa triste e

derrotada por não fazer mais nada. Ignoro essas opções, pois sou totalmente avesso no

que de fato eu sou. Nunca me senti tão feliz da minha vida, tanto de coração, alma e

esperança. Sempre tive uma resposta positiva da minha psicóloga, em relação ao que

eu era e no que sou. Não falarei no passado, pois não lembro e não faço questão de me

lembrar. Lembro do presente que ganhei diante da vida e das obras que cresceram

durante a vida. Deus foi uma pessoa que escreveu coisas lindas, porém com letras

garrafas, atônitas e de sentidos paradoxais. Mas sou eternamente grato por tudo que

ele escreveu e continuará escrevendo, de maneira majestosa e imperfeita. Deus não é o

cara?

Floresta da Tijuca

Não posso tentar descrever algo que muitos viram, poucos desfrutaram e nunca

apreciaram de fato. A floresta da Tijuca é um imaginário ímpar para qualquer um, e foi

para mim. O recomeço de uma vida cheia de muitas esperanças e amor junto ao

coração.

Um dia você me verá subindo as Paineiras, Sumaré ou os grandes Picos da Tijuca.

Andando meus 10, 15, 18 ou 24 km todos os dias e sempre realizando minha famosa

academia.

Sempre estou uniformizado, com a camisa “Minha História – Coração, Câncer, AVC e

Marca-Passo”. Muitos acham que é piada. Mas é a pura e sincera verdade. Venci e

continuo vencendo a cada dia, a cada hora, a cada minuto e a cada segundo.

Isso para mim é a mais pura força de vontade que existe no mundo e não troco por nada

e por ninguém...

"É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do quer

falar e acabar com a dúvida." Abraham Lincoln

Às vezes eu penso exatamente assim. Acho melhor ficar quieto e deixarem a dúvida

infligir nas mentes das pessoas. Mas não consigo (rindo). É muito mais forte do que eu.

Porém, para um bem necessário e expor um pouco à minha vida, algumas pessoas

precisam saber o que aconteceu comigo. É uma coisa chamada, lei do retorno. Acho

que você sabe o que é? Enfim, às pessoas plantam o que colhem, mais umas plantam

coisas ruins e outras plantam coisas boas. Para mim, sempre é bom falar com pessoas

que colheram frutos bons, isso me faz bem. Agora, aquelas que plantaram e não

colheram nada ou quase nada, eu sempre ajudo com uma frase amiga. Tenho sempre

uma frase em mente para cada situação. Algumas aceitam, refletem e outras não estão

nem aí. Bom, estou aqui para ajudar, é só aceitar. A minha lei do retorno está

transbordando de alegria e felicidade, então estou sempre disposto a ajudar. Quem

sabe você não seja o próximo? Só avisando, não cobro nada. It's free.

Nossas vidas

Fico tão feliz em contar algo que nunca havia posto no papel em letras garrafas e com

um toque de emoção e gratidão por tanta gente. É um alívio tão grande escrever algo tão

bonito e maravilhoso que aconteceu comigo. Poderia ter acontecido com qualquer um,

mas a esperança de acontecer comigo, foi algo incrível. Tive ânimo para escrever coisas

que não lembrava mais e me desculpe se ainda não lembro de tudo. Felizmente o foco

sempre é esse, a verdade nua e crua de uma história verdadeira. Sempre que lembrar de

algo retornarei e escreverei novamente, pois o ciclo nunca se fecha, ele é contínuo.

Me veio esse pequeno poema escrito por Gonçalves Dias, que diz assim: “Minha terra

tem palmeiras, | Onde canta o Sabiá; | As aves que aqui gorjeiam, | Não gorjeiam como

lá...”. Esse lindo poema é a verdade que sinto pelo Rio de Janeiro, pois não podemos ter

palmeiras e sabiás como aqui existem.

Sempre que ando pela imensa e tortuosa floresta da Tijuca, me trazem recordações

incríveis. Recordo-me de quando tentei lembrar de um poema e frustrei-me ao me dar

conta de que já não me lembrava mais. Foi um poema feito na terceira série, que muitos

não lembrariam, mas eu me lembro, porém foi esquecido por entre meus pensamentos.

Um belo dia, subindo a floresta, lembrei, como se fosse uma coisa que eu sabia e nunca

iria me esquecer. Foram segundos preciosos e um choro de alegria. Lembrar de uma

poesia tão pura e simples é lindo demais. Alguns segundos depois, eu esqueci das doces

palavras de um verso novamente esquecido por mim. Lembro que era sobre as águas,

sobre sereias e tesouros. Um dia lembrarei, com ternura e afeição que um belo poema

merece ter.

Esse é o final do meu livro, que conta uma história verdadeira cheia de orgulho, amor e

paz. Espero que tenham gostado. Pois eu com certeza adorei...

“A paciência não é senão uma energia.” George Sand

A paciência é uma energia tão poderosa, que temos sempre que possuir ela em nossos

corações. Eu ultimamente não tenho muita paciência com as coisas que surgem na

minha vida, pois quero para ontem e não para um futuro distante. Mas, preciso muito

da paciência intacta e revigorada a cada segundo. Ela me dá forças para continuar

levando a minha longa jornada de vida, para as pessoas que acreditam nas minhas

palavras de amor e felicidade.

Fotos

Prosas

A prosa é o que alimenta a alma e o espírito. Espero que gostem de minhas prosas, pois

é feito com todo o coração gigante que tenho.

"Ser feliz é para quem tem coragem." Dona Canô

Realmente a felicidade é algo exorbitante para mim. Não tenho como descrever em

palavras o quanto isso é belo. Ser feliz é para quem pode e tem a coragem de dizer isso

de maneira tão singular e ímpar para quem escuta. Dona Canô, você era uma pessoa

de coragem. Amém para você...

"Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces.

Recomeça." Cora Coralina

Eu recrio minha vida constantemente! Como se delas viessem coisas belas e delas

viessem coisas mais belas ainda, e tudo se transforma em algo maravilhoso. A vida é

uma lição a ser apresentada a cada segundo. Não podemos deixar a vida se acomodar

e ser simples espetadores da própria vontade. Devemos ser as pessoas que fazem nossa

própria orquestra. Isso é a vida sendo vivida. Minha vida, eu já tracei. E você?

"Mais esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros." Cora Coralina

Nos meus passos não existem tristezas. Somente conto com as alegrias que a vida me

proporciona e nada mais. Para que, levar tristezas, se posso viver alegrias intensas.

Dos ombros caídos diante de meus aborrecimentos, não existem nas minhas costas

cansadas, a desilusão. Sou um perito, mas temos que vivê-las cada vez mais e nos

tornarmos fortes diante de suas desilusões. Por isso que sempre digo que as pernas são

a trajetória da nossa existência. Pois sem elas, não viveríamos e não gozaríamos de

uma beleza pura e divina, que é uma caminhada sem pesos adicionais aos ombros.

"Não lamente o que podia ter e se perdeu por caminhos errados e nunca mais

voltou." Cora Coralina

A vida nos leva a caminhos errados sempre, durante toda a sua vida. Devemos ter a

hombridade de saber qual caminho tomar. Sempre tive um pensamento bem peculiar

em relação a caminhos a serem traçados. Lembro com muita saudade, de uma conversa

que tive com minha esposa. Era tarde da noite, um céu estrelado, lindo por sinal.

Falávamos sobre caminhos a serem seguidos, diante de obstáculos gigantes e enormes

que deveríamos tomar. Porém, que deveríamos seguir juntos a estrada correta. Eu

sempre dizia a mesma coisa: que temos dois caminhos a serem percorridos. Um era o

caminho mais curto, podendo ser mais rápido, porém mais incerto. O outro era o

caminho sinuoso e tortuoso, cheio de obstáculos, porém esse seria a caminhada que

levaria a felicidade. Tomamos o segundo caminho. Infelizmente a morte era certa para

ela, havia falecido de câncer. Infelizmente não tinha mais solução. Continuei seguindo

o mesmo caminho, tortuoso, cheio de magoas, cheio de arrependimentos superados,

cheio de grutas escuras, onde fiquei durante um bom tempo. Mas o sol brilhou e veio

uma voz dizendo que eu estava no caminho certo. Ainda cruzo a mesma estrada

sinuosa, porém com muito mais alegria e amor no coração. São esses sentimentos que

sempre aprendemos com nossos pais e avós. Eu juro, de coração aberto e livre de

tristezas, que sou muito feliz. Eles são impecáveis nos seus ensinamentos.

"É preciso primeiro encontrar, depois cortar, para chegar à carne nua da emoção."

Claude Debussy

Eu encontrei a carne nua da emoção algumas vezes da minha vida. É uma cena

deplorável, mas senti que era necessário chegar ao ponto onde estava. A emoção não

existia e o pudor não me abalava mais. Por que chegar nesse ponto da vida? Não sei.

Acho que era um ponto que eu precisava passar. Porém, o tempo cura todas as feridas,

principalmente o da emoção estraçalhada e destruída. Hoje sou um novo homem, cheio

de vigor e um alto astral impecável. Acredito muito na dor que nos inflige durante a

vida, mas não para a pura dor de fato, e sim pela maturidade que construímos.

"A poesia é ao mesmo tempo um esconderijo e um altifalante." Nadine Gordimer

A poesia, a simples poesia de um velho ou um novo escritor, é uma coisa maravilhosa

aos ouvidos das pessoas cultas de coração e alma. Seria hipócrita em dizer que a

poesia deve ser contada aos quatro ventos e estimulada ao saber de cada criança? Sim,

eu acho. Tenho a plena convicção de que a poesia em sim, bruta ou não, deva ser

estingada e projetada nas cabecinhas de cada ser humano. Seria bom um altifalante,

gigante e do tamanho de um prédio. Assim, todos saberiam as poesias que escondemos

debaixo do coração.

"Tudo o que não se conhece é tido por magnífico." Tácito

Nada é tão magnífico quando o amor que sentimos pelas pessoas desamparadas de

saúde e de alma. Infelizmente as pessoas não lembram do sentido básico da vida, que é

a saúde. O objetivo desse site é promover a saúde a cima de tudo. Não tenho vergonha

de contar meus casos e dizer o quanto foi difícil para mim sair de onde eu estava.

Foram mais de 10 anos de muita luta, muita dor, muitos sentimentos ruins e desesperos

inaudíveis para vocês, porém uma tortura para mim. Porém, tive a chance de lutar e

ver que a vida é repleta de muita alegria e vontade de viver. Para que ficar deitado

atoa e não levantar e pegar um pouquinho de sol! Penso muito nas pessoas que

precisam de ajuda ou nas famílias que precisam de apoio. Fico pensando o quanto é

difícil saber que você tem uma doença, mas a cura é negada, negada pelos próprios

contribuintes e não só ao Governo. Fico triste em saber que coisas ruins que falam de

doenças que são totalmente curadas ou que possuem um tratamento digno para a

sobrevivência, sejam esquecidas. Hoje, lembrei de Fernando Pessoa, que dizia assim:

“Tenho em mim todos os sonhos do mundo.” Eu tenho esse sonho de ajudar e acolher

pessoas que precisam de ajuda, que precisam de uma sabedoria ou que precisam de um

abraço amigo. Isso não dói! Não dói mesmo! Isso alimenta a alma e o coração de quem

faz acontecer. Pense nisso...

"Se alguém procura a saúde, pergunta-lhe primeiro se está disposto a evitar no

futuro as causas da doença; em caso contrário, abstém-te de o ajudar." Sócrates

A doença é uma das coisas mais tristes que existem. Não julgo uma dor de dente com

um câncer terminal. A dor é a mesma, cada ser humano reage de formas adversas. Uns

podem ficar tristes, abalados, chorosos etc. Mas a dor, é dor. Sei como é difícil passar

por um câncer na família, minha esposa viveu isso e eu vivi diretamente isso também.

Foram momentos tristíssimos, porém foram momentos de gargalhadas extremas e

revigorantes. Como assim, você ria com sua esposa em um momento tão crucial, entre

a vida e a morte? Claro! Não podemos nunca deixar de viver e ser feliz da maneira

como a vida nos leva. Felizmente, nossa casa era a atração de vários amigos queridos e

pessoas maravilhosas. Sempre iam na sexta ou sábado e voltavam no domingo. Era

uma fará de salgados, doces, bebidas, jogos etc. Era a vida que eu poderia

proporcionar para ela, uma vida de muita alegria e muito amor com seus grandes

amigos. Todos sabiam dos tumores malignos e não se importavam com isso. Só a

presença dela, era o suficiente para manter a casa linda, serena e cheia de paz. Não sei

se já disse o nome dela, acho que ocultei essa informação para não expor mais ainda

sua bela lembrança. Seu nome era Ana Paula, linda, de caráter forte e destemida como

nunca vi. Ela não tinha medidas para nada, se queria dançar, dançava. Se queria sair,

saia. Se queria dirigir, dirigia. O esforço para viver, vinha naturalmente e a vontade de

viver sempre era exposta e nunca contida. Tivemos muitas lutas, várias operações,

internações, exames, remédios, porém sempre com um sorriso largo no rosto e a

vontade de ser sempre o que ela era: feliz! Sempre tive uma frase muito famosa, que era

assim: Sempre minha, sempre sua, sempre nosso...

"Às vezes as coisas são o que apenas parecem ser, sem nada demais." Charles

Bukowski

Será que estou louco? Não sei se estou. Apenas seguindo um caminho, que acho justo e

sincero comigo e com as pessoas que precisam de mim. Pode ser loucura ou não, mas

acredito tanto nas coisas que seguem minha jornada e que abrem portas tão expeças.

Acredito nas coisas como elas devem surgir, naturalmente. Não sou um doido, varrido,

de cabelos imundos, batendo de porta em porta, procurando algo para dizer. Eu busco

uma identidade própria para minha vida, uma verdade única para minha existência e

uma singela harmonia de todos os fatos. Isso para mim, não é loucura e sim fatos a

serem traçados e perpetuados diante do mundo. Mundo tão gigante! Eu querendo

abraçar o mundo inteiro. Acho que cheguei ao início da questão. Não sou louco não, só

quero abraçar uma pessoa por vez.

"Todos nós vamos morrer, que circo! Só isso deveria fazer com que amássemos uns

aos outros, mas não faz." Charles Bukowski

Todos nós vamos morrer. Fato! Indiscutivelmente é um processo natural, biológico e

moralmente apto a qualquer julgamento. Só que as pessoas deveriam se amar mais,

beijar mais, abraçar mais, fazer muito carinho e outras coisas bem cativantes. Porém,

as pessoas não fazem nada disso. Felizmente sou um pequeno e medíocre poetinha, que

vive das ilusões de outros grandes e perfeitos mestres da escrita e do saber. Isso me

ensinou muito a pensar e entender o quanto a vida é curta, e que não vale nada se

decepcionar com questões tão pequenas. Eu penso sempre grande, sempre em um ótimo

astral, para que eu possa ver o quanto eu sou feliz e pretendo levar essa felicidade para

outras pessoas. Isso é a forma que quero crescer, viver e morrer de uma maneira

normal. Porém, jubiloso aos olhos das pessoas que acreditam ou iram acreditar nas

minhas palavras, em um futuro bem distante.

"O mais irritante no amor é que se trata do tipo de crime que exige um cúmplice."

Charles Baudelaire

Detesto amar! Sempre me complico com atos tão simples e complexos. Simples, por que

para amar, não precisa de nada, só de um amor correspondido. Seria tão bom se todos

tivéssemos uma chave, e nela pudéssemos encontrar um amor correspondido entre dois

corações. Seria o amor perfeito! Mas amor perfeito, é exceção. Os complexos, amores

complexos, esses são totalmente fora de contexto e habilmente fora de diagrama.

Felizmente temos algo para controlar nossa ansiedade entre corações complexados: a

calma. Sim, realmente é a busca do amor que falo, com toda e absoluta razão. Hoje, é

difícil encontrar pessoas que se julgam capazes de amar, de se relacionar, de se

conhecer, de se dar uma chance, por pequena que seja. Penso muito nas relações que

tive, e vejo que aprendi muito em cada situação. Sou bem cauteloso em amar alguém,

porém se amo, é para sempre. Então, não vamos buscar amores simples e complexos

para nossas vidas. Vamos simplesmente procurar o coração que bate um pelo outro.

"Uma alma morta é uma alma completamente conformada." Charles Péguy

Não acredito em almas que se sustentam somente no fio da navalha ou se conformaram

em não existir. A alma é tudo na vida de uma pessoa. Eu tenho uma alma maravilhosa,

cheia de muita esperança e repleta de muita alegria. As pessoas que se iludem e dizem

que estão conformadas, estão completamente erradas. Todo o ser humano tem uma

alma, triste ou feliz. Por que não trazer sua alma para a felicidade, para a harmonia de

bons amigos e livre de preconceitos. A vida seria uma coisa perfeita e humana, diante

de tudo que acontece no mundo. Eu penso nas pessoas que não possuem uma alma

piedosa e carente de afeto. Infelizmente existem pessoas que passam por problemas, e

esses problemas sempre possuem uma solução. Imagine uma criança com câncer, um

adulto prestes a morrer sem um coração, pessoas com acidentes vasculares cerebrais,

derrames e até mesmo uma profunda depressão. São coisas horríveis e inimagináveis a

olhos humanos. Eu passei por tudo isso: tive duas operações de coração aberto, tive

dois acidentes vasculares celebrais, depressão profunda, pus um marca-passo e sofri

igualmente com o câncer da minha esposa. Agora te faço uma única pergunta: Minha

alma estava morta diante da conformidade da vida? Em absoluto, sempre esteve viva e

sempre estará diante de qualquer sacrifício que irei passar no futuro. Não pense que

minha vida será um mar de rosas ou floridas com laranjeiras. Infelizmente terei que

operar novamente, novamente e novamente, até que Deus me chame. Isso me deixa

triste e infeliz, com a alma conformada em viver assim para sempre? Claro que não!

Terei várias cirurgias para troca de bateria para o marca-passo e terei mais duas

operações de peito aberto para trocar as válvulas do meu coração. Graças a Deus

tenho forças para lutar e animo para fazer o que eu quiser. Agora te faço uma

pergunta: E você, meu amigo e amiga, você possui uma alma conformada diante da

maravilha que a vida pode proporcionar? Desculpe, mas você realmente precisa muito

conversar com alguém e ver que tudo, absolutamente tudo, vale muito a pena ser

vivida.

'' ... Se você vive julgando as pessoas, não tem tempo para amá-las ... '' Madre Teresa

de Calcutá

Será que não tenho mais amor para dar as pessoas? Será que meu amor é vazio como o

vento gelado de inverno? Será que meus pensamentos sobre o amor são secos e áridos

como o verão do Saara? Não sei dizer e nem responder essa pergunta tão difícil para

mim, nesse exato momento. Eu tenho certeza que o amor que sinto pelas pessoas é

gigante, do tamanho do mundo, porém não me sinto assim hoje. Por que? Tive uma

noite maravilhosa de sono e no lado do travesseiro, tinha a pessoa mais linda e sem

maldade no coração, meu cachorrinho chamado Pitty. Na verdade, é Brand Pitty,

batizado pela minha esposa. Enfim, fazer o que! Acordei de manhã como sempre faço e

fiz a pergunta a Deus: Quero ser feliz ou triste hoje? Não tinha uma resposta definida e

tão pouco conclusiva para o dia de hoje. Sempre fui tão alegre, feliz, contente, amável,

carinhoso, humano e muitas outras coisas que me importam. Mas, agora, não sou nada.

Ninguém quer um corpo vazio, entre outros corpos vazios, andando por aí, sem

sentimentos e alma. Será que Madre Teresa de Calcutá poderá me ajudar a responder

minha questão de amor? Só de ver o sorriso lindo, me sinto emocionado. Mas, e o amor

que sinto, onde está? Não sei, não faço ideia e juro que não está debaixo do meu

travesseiro.

"Tem sempre presente que a pele se enruga, que o cabelo se torna branco, que os dias

se convertem em anos, mas o mais importante não muda: tua força interior." Madre

Teresa de Calcutá

As pessoas envelhecem. Se tornam mais vivas e menos vivas. Se tornam mais maduras e

menos maduras. Se tornam menos enrugadas e mais enrugadas. Se tornam mais felizes

e menos infelizes. Poderíamos por milhares de situações que acontecem com uma

pessoa entre a tenra idade e a velhice propriamente dita. Não sei se estou ficando

velho, com meus cabelos brancos, minha barba por fazer e com rugas aparecendo por

entre os olhos. Sei que estou ficando maduro e consciente de que o mundo pertence aos

mais velhos, porém velhos de maturidade exacerbada. Eu sei que a palavra

exacerbada, pode conter algo mais exagerado ou alguma coisa que aumentou

exponencialmente. Mas, não digo nesse sentido, e sim na projeção de zelo que temos

que ter com as pessoas a nossa volta e o mundo a nossa frente. Graças a Deus, sou uma

pessoa madura, exacerbada, exagerada e feliz com meus aspectos controversos. Porém,

que, não é? Escrevo o que penso, o que passa pelo meu coração e assim mantemos um

diálogo saudável. Vamos nos tornar pessoas mais felizes a partir de agora, sempre

levando com sigo uma pitada de amor, de esperança, de alegria e felicidade. Isso é o

que falta para tornar o mundo mais humano. Por favor, vamos esquecer das doenças.

Tenho milhares de problemas de saúde, mais sou feliz e contente, isso que importa e é

isso que me deixa feliz.

“Todos os seres humanos têm desejos extraordinários. Há momentos em que você se

rejubila com as coisas, outros em que elas o entristecem. Os altos e baixos fazem

parte da vida de cada um. O mais importante nessa existência é fazer algo que seja

benéfico para os demais. É preciso verdadeiramente ter uma atitude altruísta: isso é o

que dá sentido à vida." Dalai Lama

Eu estava sendo totalmente benéfico a minha própria razão. Não estava pensando nos

outros, somente em mim. Essa atitude foi errada, egoísta, prejudicial a mim mesmo.

Como posso pensar em ser algo que não sou. Todos os seres humanos são

extraordinários a sua maneira, e temos que ser rejubilados diante das coisas boas e

tristes, nos seus momentos de alto e baixo astral. O sentido da existência humana, se dá

no controle do verdadeiro sentido da vida, que é o amor verdadeiro.

"Esta é minha simples religião. Não há necessidade de templos; Não há necessidade

de filosofia complicada. Nosso próprio cérebro, nosso próprio coração, é nosso

templo; A filosofia é a bondade." Dalai Lama

A bondade é a coisa mais natural dentro de uma religião. Sou Católico Apostólico

Romano, e dentro das minhas posições religiosas, sou um Espirita também. Sei que

muitas pessoas fazem de seu Deus, uma pessoa própria e divina. Acredito muito nisso,

cada um com sua religião e vivendo em paz com as outras. Isto tudo é a bondade vinda

do coração das pessoas. Não podemos acreditar, que somente “dizeres”, é o que o

senhor diz. Pois a filosofia vem de dentro e cada um, em uma interpretação espontânea

de vida e fé. A filosofia é a bondade que levamos dentro de nós e fazemos com que ela

se expanda para outras pessoas de maneira natural e simples. Eu queria poder dizer

coisas bonitas para as pessoas. Mas as pessoas precisam estar abertas a aceitar e

entender minhas palavras, pois são minhas. A interpretação de quem escuta, vem da

filosofia de quem vive e acredita. Vamos aceitar as coisas como são: aprendendo,

ensinando, dizendo e cuidando. Isso é a melhor sabedoria que existe dentro de cada

religião.

"Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria

história. É saber falar de si mesmo. É não ter medo dos próprios sentimentos…"

Augusto Cury

Não sou vítima da minha própria história e nem quero que as pessoas pensem que sou

um pobre coitado. Sou digno de respeito e desejo respeito de qualquer um. Não sou um

doente! Sou uma pessoa viva e de caráter espontâneo, latente e com a certeza que tenho

muito a oferecer. Sei que não sou um grande escritor, mas o que faço traz benefícios

aos pobres e necessitados e trago humanidade para quem precisa de amor e carinho.

Não ando pelas Paineiras, Sumaré e Picos por que gosto, faço por que quero sentir a

necessidade de estar entre aventureiros dignos de muito respeito. Gosto de sentir a

adrenalina dentro do coração e o sangue batendo por entre minhas artérias. Adoro

tirar fotografia, por que isso me mantem vivo e pleno, isso é algo maravilhoso de se ver

e sentir o verde nas fotos. Gosto de escrever, por que a ideologia e a sinceridade de

cada escritor, me faz amadurecer e crescer como pessoa a cada segundo. Não escrevo

por mim, e sim por pessoas que sentem a emoção que brotam do meu coração. Podem

ter erros de português ou falhas gramaticas, mas o texto não vem do meu subconsciente

e sim das entranhas de um coração valente e destemido. Tenho meus projetos de mídias

espalhados pelo mundo, não somente no Brasil, pois acredito que o que falo e escrevo,

deva ser lido por qualquer um. Estou escrevendo um livro sobre minha vida, contando

histórias tristes, porém humanas e verdadeiras, que podem fazer uma pessoa chorar de

emoção. Sigo agora para o voluntariado: um desafio. Sou capaz de mudar muito a

forma de pensar e de agir, e sei que irei aprender muito com as histórias que irei

escutar e absorver. Essa é minha pequena vida, corrida e cheia de obstáculos, que

conduzo muito bem e de maneira própria e capaz. Infelizmente não posso fazer um

curso, pois existem interfaces neurais que me impedem, porém estou tentando fazer com

que elas voltem. Infelizmente nada é tão fácil e simples na vida. Minha psicóloga

sempre me pergunta se quero ou não a vida que eu tinha antes. Sempre respondo: viver

a vida como ela deve ser vivida. Este sou eu, alegre, amoroso, feliz e capaz de abraçar

o mundo. Então, meu caro amigo, não sou uma pessoa triste e muito menos

amargurada de sofrimento. Sou uma pessoa livre, e capaz de saltar de asa delta e

parapente.

"O prêmio por uma coisa bem-feita é tê-la feito." Ralph Waldo Emerson

Sempre merecemos um prêmio diante da conquista alcançada. Mas que prêmio seria

esse? Ouro para o primeiro lugar. Não acredito nisso e tão pouco acredito que

tenhamos prêmios a serem alcançados, se não nos dedicarmos ainda mais aos

propósitos que merecemos. A vida é curta e ela deve ser vivida intensamente e

plenamente diante de qualquer vitória. Precisamos de muitas pessoas capazes de fazer

o bem e não alcançar um prêmio no final de cada jornada. Essa é a luta que tenho

comigo mesmo, pois os prêmios não me bastam. Quero ver o sorriso, maroto, de uma

criança com câncer em remissão. Esse sorriso não tem prêmio!

"O que nos outros chamamos de pecado, para nós é experiência." Ralph Waldo

Emerson

A experiência de vida é uma coisa magnifica. Queria poder ter a experiência de vida há

muitos anos atrás. Mas, ela vem com o tempo, com os problemas e com as soluções

obtidas neste percurso árduo. Eu cresci muito durante anos e foram momentos

dificílimos, porém com um valor de vida inestimável. São as experiências que devemos

sempre pôr a prova e enaltecer a vitória que devemos sempre alcançar.

"Sempre que puder, fale de amor e com amor para alguém. Faz bem aos ouvidos de

quem ouve e à alma de quem fala." Irmã Dulce

Faz algum tempo que não escrevo sobre o amor ou felicidade. Não sei se perdi o tom

ou se dei um tempo para as coisas que me fazem tão bem. Sinceramente não sei o que

aconteceu, mas estou aqui para tentar corrigir o meu erro e poder escrever sobre a

coisa mais linda do mundo, que é o amor. As palavras da Irmã Dulce é a prova viva de

que o amor é uma dádiva tão linda e complexa, que só quem sabe intende.