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HÍRADÓ Ano 7 - Nº 19 - São Paulo, novembro de 2006 Informativo da Associação Húngara - Brazíliai Magyar Segélyegylet MINI MARAVILHOSO! Esta é a palavra que resume da melhor forma o que foi este baile. 50º BAILE DE GALA HÚNGARO SURPREENDE MAIS UMA VEZ A primeira grande e interessante novidade foi a mudança do local do baile, que deixou todos curiosos, com grande expectativa e satisfeitos no final das contas. Já na entrada, a recepção com uma taça de Prosecco e canapés variados, deixou os presentes alegres, comunicativos e de bom humor, num agradável encontro com amigos de longa data. Em seguida a entrada num salão majestoso, bem decorado e espaçoso, deixou os convidados ansiosos para o começo do baile, mesmo porque a orquestra já estava animando o ambiente. Após uma pequena introdução dos apresentadores e um breve discurso de “Boas Vindas” por parte do presidente da Associação Beneficente 30 de Setembro, Dr. Tibor Dénes, que esclareceu o caráter beneficente do evento, o baile foi oficialmente aberto. O grupo de danças folclóricas Pántlika com seus lindos trajes típicos, apresentou-se mais uma vez de forma exuberante, arrancando demorada salva de palmas dos presentes. E como não poderia deixar de ser, o grupo Zrinyi não deixou por menos e apresentou em primeira mão uma versão moderna do grupo NOX baseada em passos e roupas da região de Mezöség. O ambiente estava contaminado por um clima festivo, alegre e de grande expectativa para a apresentação das sete debutantes, anunciadas uma a uma pela incansável Sra. Ingrid Margareta Saurer, patronesse oficial do baile. As meninas, todas jovens e lindas, vestidas de branco, foram recepcionadas pelos seus pares na entrada da pista de danças e conduzidas para o meio do salão, onde a patronesse as aguardava com um abraço carinhoso e um anel, como presente. Veio então a valsa das debutantes, que com seus pares abrilhantavam o salão e, que em seguida dançaram com os seus pais felizes e orgulhosos como se fossem os únicos no salão. Continua na página 3. CONFIRA NESTA EDIÇÃO: 1956: E AS 1956: E AS 1956: E AS 1956: E AS 1956: E AS RETALIAÇÕES RETALIAÇÕES RETALIAÇÕES RETALIAÇÕES RETALIAÇÕES ............................... ............................... ............................... ............................... ............................... 4 O fogo da solidariedade ................................. ................................. ................................. ................................. ................................. 7 Nossa comemoração do dia de Santo Estevão.. .. .. .. ..8 Intercâmbio na Finlândia ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ 9

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HÍRADÓ Ano 7 - Nº 19 - São Paulo, novembro de 2006

Informativo da Associação Húngara - Brazíliai Magyar Segélyegylet

MINI

MARAVILHOSO! Esta é a palavra que resume da melhor formao que foi este baile.

50º BAILE DE GALA HÚNGARO SURPREENDE MAIS UMA VEZ

A primeira grande e interessante novidade foi a mudança do local do baile, que deixoutodos curiosos, com grande expectativa e satisfeitos no final das contas.

Já na entrada, a recepção com uma taça de Prosecco e canapés variados, deixou ospresentes alegres, comunicativos e de bom humor, num agradável encontro com

amigos de longa data. Em seguida a entrada num salão majestoso, bem decoradoe espaçoso, deixou os convidados ansiosos para o começo do baile,

mesmo porque a orquestra já estava animando o ambiente.Após uma pequena introdução dos apresentadores e um

breve discurso de “Boas Vindas” por parte do presidenteda Associação Beneficente 30 de Setembro, Dr. TiborDénes, que esclareceu o caráter beneficente do evento,o baile foi oficialmente aberto.

O grupo de danças folclóricas Pántlika com seus lindostrajes típicos, apresentou-se mais uma vez de forma exuberante,

arrancando demorada salva de palmas dos presentes. E como nãopoderia deixar de ser, o grupo Zrinyi não deixou por menos e apresentou

em primeira mão uma versão moderna do grupo NOX baseada em passos eroupas da região de Mezöség.O ambiente estava contaminado por um clima festivo, alegre e de grande expectativa para a apresentação das setedebutantes, anunciadas uma a uma pela incansávelSra. Ingrid Margareta Saurer, patronesse oficial dobaile. As meninas, todas jovens e lindas, vestidas debranco, foram recepcionadas pelos seus pares naentrada da pista de danças e conduzidas para o meiodo salão, onde a patronesse as aguardava com umabraço carinhoso e um anel, como presente. Veioentão a valsa das debutantes, que com seus paresabrilhantavam o salão e, que em seguida dançaramcom os seus pais felizes e orgulhosos como se fossemos únicos no salão. Continua na página 3.

CONFIRA NESTA EDIÇÃO:

1956: E AS 1956: E AS 1956: E AS 1956: E AS 1956: E AS RETALIAÇÕESRETALIAÇÕESRETALIAÇÕESRETALIAÇÕESRETALIAÇÕES ...........................................................................................................................................................4O fogo da solidariedade.....................................................................................................................................................................7Nossa comemoração do dia de Santo Estevão..........8Intercâmbio na Finlândia................................................................................................................................................................9

2 - MINI HÍRADÓ

A Diretoria da Associação

FUTURO ASSOCIADO!FUTURO ASSOCIADO!FUTURO ASSOCIADO!FUTURO ASSOCIADO!FUTURO ASSOCIADO!Junte-se a nós e seja um Amigo do Segélyegylet!

Isto significa:

*contribuir para o Lar de Idosos Pedro Balázs;

*ajudar a difundir a cultura húngara no Brasil.

Ligue (55) (11) 3849-0293 e diga-nos com quanto pode nos ajudar.Sua parcela faz a diferença!

Há cinqüenta anos, em uma fria

noite de agosto, alguns húngarosviviam as emoções que acompa-nham a gestão dos grandesempreendimentos. Eles tiveram aidéia de promover uma festa visandoangariar fundos para um projeto:construir e manter uma casa queservisse de abrigo para os húngarosimigrantes idosos e sem posses.Naquele momento eles não sabiam,mas estavam criando uma tradiçãoque este ano comemoramos: arealização do 50º Magyar Bál.Estas palavras são para homenagearseu caráter audacioso e ao mesmotempo, para reviver alguns momentosinesquecíveis de todos os bailes queantecederam e abriram o caminhopara a festa deste ano.Sempre durante as edições de bailesanteriores, com poucas exceções,inúmeras jovens - filhas, netas,sobrinhas ou filhas de amigos dehúngaros - desfilaram seu encantojuvenil ao serem apresentadas àcomunidade no Baile anual. Muitasdelas reviveram aquele momentoatravés de suas filhas que este anodebutaram.Como já se tornou uma tradiçãodesde 1968, o baile foi precedido de

danças folclóricas apresentadaspelos grupos Pántlika e Zrínyi, emum sinal de que a nova geração nãoesqueceu suas origens. A cessãogratuita do espaço da Associação

Húngara a esses dois grupos paraque eles possam ensaiar é uma formade apoio à iniciativa desses jovensem preservar a cultura húngara.Atendendo ao resultado de umapesquisa que havia sido feita no anoanterior, o baile deste ano teve nocardápio pratos de caráter húngaro,vinhos húngaros e música húngarapara ouvir e dançar além de músicaprópria para os jovens a partir deum certo momento da festa.Apesar da contribuição de patronos

de honra, patrocinadores eapoiadores e do enorme esforçoindividual e coletivo das pessoas quevoluntariamente doam seu tempo eseu talento, o sonho daqueleshúngaros de cinqüenta anos atrás seconcretizou de outra maneira: o BaileHúngaro é a mais importantemanifestação de nossa comunidadepromovida pela AssociaçãoHúngara, mas o baile já não conseguecobrir as despesas do Lar comoantes.As emoções dos dirigentes atuais daAssociação não diferem muitodaquelas de cinqüenta anos atrás.Todos nós temos orgulho que o Baileainda permaneça, mascompartilhamos com a comunidadeas perguntas gerenciais que nosfazemos: o retorno de umempreendimento de tal envergaduraé economicamente viável? Comogerenciar este projeto de forma queele volte a cumprir sua função socialque é angariar fundos para ofuncionamento do Lar Pedro Balázs?

50º Magyar Bál50º Magyar Bál50º Magyar Bál50º Magyar Bál50º Magyar Bál

(50º Baile Húngaro)Editorial

MINI HÍRADÓ - 3

Zsolt Maris

NOI-

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TETETETETE

BAILE DE GALA HÚNGARO50ºO Sr. Gedeon Piller,

presidente beneméritoda Associação abriu

em seguida obaile para ogrande publico,dançando com

a Sra. Ingrid M.Saurer.A grande surpresa, no entanto, aindaestava por vir; as debutantes de anosanteriores até 50 anos atrás foramhomenageadas, ganharam umalembrança que lhes foi entregue pelasdebutantes da noite em nome daAssociação Beneficente. Esta lindacomemoração culminou com umavalsa para as ex-debutantes e seusacompanhantes.

Quando todos já estavamembalados na dança foi anunciadoo jantar e imediatamente formou-seuma longa fila que valeu à penaenfrentar porque os pratos estavamsaborosos, mas o sucesso mesmofoi a sobremesa composta devariados quitutes deliciosos.O baile continuou muito animadocom todos os tipos de ritmos, atéque finalmente a orquestra tradicionalfoi substituída por um DJ que entãoassumiu o comando da musica e fezcom que os jovens e alguns maisidosos, amantes do ritmo frenético,tomassem conta do salão.Na saída ainda foram servidos“espumantes”, trufas, cafezinhos echás para terminar bem a noite.Como lembrança dos bailesanteriores, os convidados, aodeixarem o baile foram presenteadoscom um CD de músicas, que fizeramsucesso em bailes anteriores. Erammúsicas dos anos 60 e 70 e quefaziam bater com grande emoção,os nossos corações jovens, assimque ecoavam os primeiros acordes

Károly J. GombertVeja mais fotos no site

www.ahungara.org.br

durante os bailes. Lizi e Loránt Tirczka e Csaba Deák preparam este CDcom muito carinho e dedicação.A organização, o planejamento e a execução deste baile, foram perfeitos eexigiram dos voluntários grande dedicação e afinco. A eles todos, os nossossinceros parabéns e agradecimentos.

Fotos: Madalena Rath/ Tiago Gonçalves

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AAAAA manhã do dia 23 de outubro de1956 começou como qualquer ou-tra manhã de outono, mas durante atarde daquele dia, já vivíamos acon-tecimentos que nos asseguravam queeste dia entraria para a história hún-gara. Porém ainda não era possívelperceber que tudo aquilo traria mu-danças radicais para a vida de cen-tenas de milhares de pessoas, e queeu mesma teria que deixar minha pá-tria, que me tornaria uma apátrida eque teria que viver minha vida emterras estranhas.Como aconteceu tudo isso? Quan-do saímos à tarde da escola, toma-mos o bonde em Óbuda, o qual paranossa surpresa nos levou apenas àcabeceira da ponte Margit. A razãoera que havia manifestações. Nossurpreendemos com a palavra MA-NIFESTAÇÃO: quem se manifes-ta? Contra quem? Não podíamoscrer em nossos ouvidos: as pessoasfalavam abertamente que o povohúngaro se manifestava contra aocupação soviética.Olhávamos em volta, com medo deque houvesse polícia secreta ou al-gum delator por perto.

Do bonde, indo a pé na direção dePest a partir da ponte Margit, nóstambém já fazíamos parte da multi-dão vermelho-branco-verde, que sedirigia para a frente do Parlamento.

Das janelas dos prédios vinham vi-vas aos manifestantes. De uma des-sas janelas surgiu uma bandeira daqual havia sido recortado o odiososímbolo comunista: a estrela verme-lha e o escudo de Rákosi com a foi-ce e o martelo. Aquela bandeira as-sim purificada recebeu enorme ova-ção ao ser agitada no meio da multi-dão. Em questão de minutos, cente-nas de outras bandeiras recortadassurgiram, tornando-se assim estabandeira o símbolo de nossa revolu-ção. Os trabalhadores do turno damanhã também foram se agregandoaos manifestantes. Já éramos tantosque lotávamos a praça em frente aoParlamento. Alguém leu os 16 pon-tos, depois exigiram a presença deImre Nagy. Alguém gritou: “Abaixoo monumento de Stalin!” e ato con-

tínuo, um grupo se desgarrou nadireção da Praça Stalin, enquantoem frente ao Parlamento, aumenta-va o volume dos gritos pela presen-ça de Imre Nagy. Finalmente, elesurgiu, chamando a multidão de“camaradas”, ao que o povo vaioudando a resposta que já não éra-mos mais camaradas. Ao novovocativo de “queridos amigos” amassa retribuiu com uma salva depalmas. Enquanto isso, a enormeestátua de Stalin, que os comunis-tas tinham instalado no lugar da de-molida igreja católica RegnumMarianum, estava sendo prepara-da para a derrubada commaçaricos, serras e martelos. Maistarde, com guindastes e cabos deaço, a estátua veio ao chão em meioaos aplausos delirantes e a fervoro-sa entoação do Hino Húngaro.

Da estátua, só tinham sobrado asduas botas, dentro das quais colo-caram hastes com as bandeiras hún-garas. Mediante este gesto iria porterra o símbolo do regime: a estátuade Stalin do caminho DózsaGyörgy. A monstruosidade derru-bada foi arrastada até a Praça Blaha

Na parede: morte à polícia secreta.

Bandeira com o símbolo comunista recortado.

Estátua de Stalin derrubada.

23 DE OUTUBRO DE 1956,

4 DE NOVEMBRO DE 1956 E AS RETALIAÇÕES

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Lujza, onde o povo da capital a des-truiu. Enquanto isso, os manifestan-tes se dirigiram também à rádio, pro-tegida pela ÁVH (Departa-mento de Proteção do Esta-do), para a leitura dos 16pontos exigidos pelo povohúngaro. Os soldados natu-ralmente não deixaram osmanifestantes entrarem e nasequência, dispararam con-tra o povo, dando início à transfor-mação de um episódio pacífico emuma guerra sangrenta.Ao chegar em casa à noite, nossamãe estava muito aflita, preocupa-da por nós, pois embora não tives-se ido ao centro participar das ma-nifestações, sabia do ocorrido, e ti-nha certeza do revide. Alegria,medo, preocupação, confiança: emquestão de minutos todas essasemoções nos invadiram. Conhecen-do nosso pai, imaginei que ele jáestaria fazendo discursos contra osrussos. Nossa mãe sempre nos ha-via orientado para voltar diretamentepara casa ao menor sinal de pro-blemas, o que até me ocorreu, maspor um lado não era possível resis-tir ao ambiente da manifestação, epor outro lado, os bondes já não es-tavam mais circulando. A preocupa-ção e reprimenda tinham entretantosua razão de ser. Depois da meianoite, nas ruas de Budapest já seouvia o som das lagartas dos tan-ques: o governo tinha pedido a in-tervenção das forças do Pacto deVarsóvia estacionadas em outraspartes do país. Porém ele não haviaprevisto que o povo lutando por sualiberdade iria enfrentar os monstrosde aço com os coquetéis Molotovpreparados nas vielas pelos rapa-zes de Pest, com as armas distribu-ídas pelos soldados, pela adesão aopovo dos soldados e oficiais, entreeles Maléter Pál. O partido oficialse desintregou, Gerö foi destituído,

e Kádár foi colocado em seu lugar.A rádio vociferava que “contra-re-volucionários, inimigos do povo,

invadiram a nação”, a cada horamanifestos oficiais ameaçadoresexigiam a deposição das armas. Emquestão de dias se organizaram co-mitês revolucionários, conselhos detrabalhadores foram eleitos nasfábricas. Uma greve geral alastrou-se por todo o país. As batalhas derua duraram dias, até que finalmen-te, com os tanques russos queima-dos, seus condutores se renderamaderindo também aos revolucioná-rios. No dia 28 Nagy Imre, o pri-meiro ministro ovacionado pelopovo declarou que as forças sovié-ticas se retirariam de Budapest, quese discutiria sua retirada de todo opaís, que a ÁVH seria dissolvida,que os trabalhadores receberiamaumentos de salários.

A REVOLUÇÃO VENCEU!!!Nas ruas, nos abraçávamos em ale-gria, a partir de agora éramosLIVRES! Começamos a rebatizaros nomes das ruas e praças comseus nomes antigos, as estrelasvermelhas das fábricas, edifíciospúblicos e monumentos eram

derrubadas umas atrás das outras.Até a que estava sobre a cúpula doParlamento foi apagada. Material e

livros de propaganda ideo-lógica eram queimados nasruas. Nosso alimento prin-cipal, o pão, era distribuídopor caminhões: os padeirosnão estavam em greve, de-monstrando com honra seuposicionamento ao lado do

povo. Nas lojas destruídas, as mer-cadorias ficavam intactas, ou em al-guns casos, o dinheiro corresponden-te ficava no lugar da mercadoria reti-rada. A transparência e pureza darevolução era responsabilidade detodos. Os prisioneiros políticos, en-tre eles o símbolo da resistência ide-ológica, o Cardeal Mindszenty foramlibertados. As pedras do calçamentodas ruas centrais e os trilhos dos bon-des haviam sido transformados embarricadas, e até as sobras da está-tua de Stálin se transformaram em obs-táculo para os tanques russos.Em 1º de novembro, Imre Nagydeclarou a neutralidade de nossapátria, sua saída do Pacto de Varsó-via e pediu a inclusão do tema húngarona agenda da ONU. Para má sortedos húngaros no entanto, naquelesmesmos dias ocorria a questão doCanal de Suez, que naturalmente foivista como mais importante pelo mun-do do que a questão húngara. O povohúngaro estava novamente deixado àsua própria sorte.Em 3 de novembro, o CardealMindszenty publicou uma epístolapara a Nação: suas palavras nosincutiram confiança; planejávamoscomo será viver em liberdade na es-cola, no trabalho. Enquanto isso, oministro da Defesa Maléter Pál e seuspares foram chamados a Tököl, paradiscutir a saída das tropas soviéticascom o Estado Maior soviético. Al-gum tempo depois de iniciadas asconversações, oficiais da segurança

“As batalhas de rua duraram dias,até que finalmente, com os tanques

russos queimados, seus condutores serenderam aderindo também

aos revolucionários.”

Estudantes comemorando a vitóriaem cima do tanque soviético em Budapest.

6 - MINI HÍRADÓ

Hilda Budavári

de estado soviéticos armados,acompanhados do presidente daKGB (polícia secreta russa), Gene-ral Szerov, prenderam toda acomitiva húngara, ignorandoas leis do direito internacio-nal e todas as normas éticasfundamentais. Com isso, foidesarmado o exército húnga-ro (por enquanto de maneira sim-bólica), na véspera da invasão.Na madrugada do dia 4 de novem-bro, o exército soviético iniciou umataque em massa aos heróicos de-fensores da revolução. O “PEDIDODE AJUDA” exclamado por ImreNagy em várias línguas só foi ouvidopor nós. O mundo exterior perma-neceu surdo. Os pontos mais san-grentos da batalha foram o KiliánLaktanya, o Corvin köz, e a PraçaSzéna. As batalhas de rua se trans-formaram em resistência ao estilo“partizan”. Os suburbios deBudapest; Újpest e Csepel foramretomados. Imre Nagy solicitouasilo político na embaixadaiugoslava, o Cardeal Mindszenty nanorte-americana.A revolução fez enorme quantida-

de de vítimas. As tropas invasorasde 4 de novembro já nos dias se-guintes prenderam 4.700 pessoas.

Pelo menos 1.000 delas foramconduzidas a prisões em“Karpatalja” na União Soviética.Nagy Imre foi perfidamente atraídopara fora de seu asilo político e comoutros companheiros foi deporta-do para a Romênia onde permane-ceu preso. A Cortina de Ferro e osacampamentos de trabalhos força-dos foram restabelecidos; tribunaispopulares foram instituídos com oobjetivo de condenar os participan-tes da revolução. Trinta e cinco milpessoas sofreram algum tipo deação, dos quais 22.000 foram con-denados, 13.000 foram parar emacampamentos de trabalhos força-dos e 229 foram executados por suaparticipação no movimento.Os soviéticos aplicaram sua políti-ca anti-magiar também nos territó-

rios desanexados, fechando escolashúngaras, e muitos húngaros vivendonos países vizinhos foram presos, tor-

turados e jogados nas pri-sões.Entre os procurados estavatambém meu pai, que tinhasido o presidente do Comi-tê Revolucionário da XIV.

Região (a cidade de Budapest atéhoje é dividida em regiões adminis-trativas, correspondentes às Regio-nais da cidade de São Paulo e aosArrondissements de Paris). Não po-dia dormir em casa, porque todas asnoites éramos incomodados. Resol-vemos fugir. Outras 200.000 pesso-as fizeram o mesmo que nós, deixan-do a pátria com dor no coração.Finalmente nos restou a missão de –onde tivéssemos que viver, onde noslevasse a sorte – sermos cidadãosúteis e agradecidos pela oportunida-de de ter uma nova pátria, mas antesde tudo, representar bem o espíritodo povo húngaro.

Na madrugada do dia 4 de novembro, o exército soviético iniciou

um ataque em massa aos heróicosdefensores da revolução.

CARTAS DOS LEITORES“Agradeço o envio do “Híradó” sendo interessante sabercomo os húngaros vivem fora do seu país. Normalmenteestes se preocupam mais com a vida política da Hungriado que nós que aqui vivemos. Creio que esta publicaçãoajuda a manter unidos os húngaros que vivem fora dopaís e, é bom que haja quem a faça”.

Erzsébet Szunyog,Missionária ProtestanteVác – Hungria

“O que mais me emocionou foi a saudação do CirculoBíblico e o fato de o mesmo já ter sido convocado 270vezes. Isto é grandioso e devemos dar graças à Deus”.

István GemesPastoStuttgart – Alemanha

“Agradeço muito a carta que vocês me enviaram porocasião do jubileu de 25 anos. Leio comovido os queridosnomes e, vejo na penumbra os seus rostosinesquecíveis. Que Deus abençoe sempre o vossoconvívio dentro do circulo bíblico. Foram momentosexcelentes de troca de pensamentos e de intervençõesinteligentes. Recebo sempre com alegria o “HIRADÓ”.

Tibor GörögPastorÓbuda - Hungria

MINI HÍRADÓ - 7

O musical sobre o aniversário de50 anos da revolução de 1956pela luta da liberdade está empreparação. A estréia aconte-ceu no Papp László Sportarena,em um palco de 2400 m², o maiorjamais construído na Hungria. Ahistória funde os várioselementos de um drama clássicomundial, ao descrever osemocionantes momentos darevolução.A idéia de Pintér Tamás,musicada por Mihály Tamás ecolocada em texto por HorváthPéter é uma adaptação da peçade Sheakespeare, Romeu eJulieta, ambientada para aquelemomento histórico dos anoscinquenta. Os autores pretendemcom isso transmitir para os jovensde hoje os valores que imperaramdurante o período da revolução;sentimentos tragicamenteentrelaçados como o amor, aresponsabilidade, a honra e opatriotismo, em uma homenagemaos heróis húngaros darevolução.Tudo isso atendendo àsexigências do estilo musical-pop,suportado por uma estóriaeletrizante, e com instantes dehumor permeando a tragédia.Mikolt Gyuricza nasceu em 25 demarço de 1985 em São Paulo ecresceu na nossa comunidadehúngara. Em 1997 mudou-se paraa Hungria acompanhando suafamília e um ano depois, foi aceitana Krónásének Zeneiskola (umafamosa academia musical), ondeterminou seus estudos em 2001como cantora-guitarrista.Durante o período escolar,apaixonou-se também pela arteteatral, e em 2004 foi aceita noShakespeare SzínmûvészetiAkadémia, na qual continua atéhoje.Seu papel como “Potentá-tosasszony” na peça, é o seuprimeiro papel verdadeiro.Mikolt: estamos orgulhosos devocê! Parabenizamos você, seuspais, seus avós e desejamoscontinuidade para seu sucesso!

“56 Gotas de sangue”Musical sobre a revolução com Mikolt Gyuricza

O FOGO DA SOLIDARIEDADEEm 2006 as chamas tambémarderam entre nós, que tambémfizemos parte do elo da corrente, quereuniu todos os húngaros espalhadospelo mundo no dia 19 de agosto. Nestedia, velas e fogos de conselho foramacesos em homenagem a todosaqueles que vivem nos territóriosdesmembrados da Hungria e dos quevivem exilados no exterior.Sentimos tristeza, grande dor eincompetência, causadas pelodesmembramento do país através doTratado de Trianon, sentimentos estesque não encontram eco mundo afora,mas não desistiremos nunca dareunificação.A escritora Kata Szilágyi escreveu asseguintes linhas no “A MagyarNemzet” (A Nação Húngara) do dia 17de agosto: Com o título “Justiça paraa Hungria” foi lançado o DVDdocumentário de Beatrix Siklósi eGábor Matúz, que foi preparado no dia

04 de junho por ocasião do protestohúngaro em Paris. Este movimentoprocurou chamar a atenção da opiniãoeuropéia sobre as injustiças causadaspelo Tratado de Trianon.A organização do Fogo de Conselhoficou ao encargo dos nossosescoteiros e aconteceu noacampamento de Embu. Toda aprogramação como; fogo de conselho,jantar, canções folclóricas e até otradicional “szalona sütés” (assartoucinho no fogo) ficou ao encargodeles com direito a um gole de vinhoquente para os adultos.Foi ainda convidado o grupo deescoteiros de Moema que abrilhantouo fogo de conselho, cantou conoscoe fez algumas apresentações dasquais nós também participamos.As chamas do Fogo de Conselhodo acampamento de Embu foramde verdadeira solidariedade.

MENSAGENS DOMENSAGENS DOMENSAGENS DOMENSAGENS DOMENSAGENS DOHÍRADÓHÍRADÓHÍRADÓHÍRADÓHÍRADÓ

Nossos cumprimentos ao grupo de danças “Zrinyi”que completa 25 anos de vida! Torcemos por novasapresentações de sucesso e agradecemos as muitasjá realizadas que nos alegram e ajudam divulgar acultura da dança folclórica húngara.

Parabenizamos os alegres ex-dancarinos do grupos“Ropogós”, unidos por uma amizade que já dura 20anos e que comemoram com grande prazer o seutradicional convívio.

VOLUNTÁRIO

A Associação Beneficente 30 de Setembroestá buscando o seu talento para ajudar.Importa apenas a sua vontade em fazer o bem,direta ou indiretamente a quem precisa.

Ligue para 4439.8547 ou 9688.7426com Árpád.

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Comemoração do

Este ano a comemoração não foi diferente da dos anos anteriores;houve hasteamento da bandeira, procissão, missa, programa culturale o excelente almoço preparado e servido pelas voluntáriasincansáveis para o publico faminto.Novidade foi a apresentação magistral de Ronaldo Rolim, um jovempianista de apenas 20 anos de idade que tocou musicas de Brahmse de Liszt. O conjunto de danças folclóricas “Zrinyi”, que este ano

comemora 25 anos de existência, fez uma bela apresentação e o grupo “Pántlika” tambémencantou os presentes com uma coreografia da região de “Mezöség”.Durante o almoço, duas entradas para o 50º Baile Húngaro foram sorteadas para o público.Nossos parabéns aos ganhadores!

Estátua de Santo Estevão (Szent István) em Budapeste.

20 de Agosto de 2006

ENCONTRO SUL- AMERICANO DE DANÇAS FOLCLÓRICASBUENOS AIRES, 2006

Buenos Aires, 1986. O PrimeiroEncontro Sul-Americano de DançasFolclóricas Húngaras dava início a umanova forma de divulgação emanutenção da cultura húngara noexterior. Jovens descendentes dehúngaros, vindos de diferentes países,se uniam para resgatar suas raízesculturais através da dança. Tambémconhecido como Festival de DançasFolclóricas Húngaras, foi ganhandodestaque nos anos seguintes,transformando-se num eventotradicional que é realizado a cada doisanos de maneira alternada na Argentina,no Brasil ou no Uruguai.Em julho de 2006, completando 20anos de existência, mais um Festivaltomou parte na capital platina. Em suaoitava edição, reuniram-se os gruposZrínyi Müvészegyüttes e PántlikaTáncegyüttes (de São Paulo), DunántúlNéptáncegyüttes (de Jaraguá do Sul),Tündérkert Néptáncegyüttes (deMontevideo) e o anfitrião RegösNéptáncegyüttes (de Buenos Aires).Eles brilharam nos palcos do TeatroMarín e do Auditório Belgrano, nasduas noites de espetáculo. A platéiaportenha praticamente lotou os teatrosque têm capacidade para 800 e 1300pessoas, respectivamente.Em ambas as noites, cada grupoparticipante teve a oportunidade deapresentar seu repertório de danças de

diversas regiões da Hungria. Além dadiversidade das roupas que coloriramo palco, o público ainda pôde apreciaras vozes do Coral Hungaria (compostopor integrantes da comunidade húngarade Buenos Aires) e o retinir do címbalotocado por Ágnes Szakály (convidadaespecial da Hungria). Contudo, aspalmas vibrantes vieram com aapresentação do último e grandiosonúmero das noites: o “gran finale”, noqual todos os grupos dançaram emconjunto. A cada festival é escolhidauma dança de uma região distinta paracompor o “gran finale”. Dessa vez, foiuma coreografia de Mezöség, ensaiadainstantes antes da apresentação, coma orientação dos professoresconvidados da Hungria, TiborMakovinyi e Gyöngyvér Hortobágyi(ambos destaques da CompanhiaHúngara de Dança Honvéd).Os conceituados professores tambémparticiparam do Simpósio que serealizou nos cinco dias posteriores àsapresentações. Como de costume nosdemais festivais, os professoresconvidados ensinaram novas dançaspara os grupos. Alojados num Lar paracrianças órfãs, na cidade periférica deLong Champs, os dançarinos suarammuito a camisa para absorver osensinamentos de Tibi e Gyöngyvér.Durante os cinco dias de farra eoverdose de folclore húngaro, foram

ensinadas duas novas danças: Sárpilis(da região de Sárköz) e Marossárpatak(da Transilvânia).A aventura ainda rendeu divertidasnoites de táncház no Clube Húngarode Buenos Aires e muitas amizadescom os “hermanos” do sul. No fim desemana de apresentações, ainda foipublicado um artigo no jornal LaNación ressaltando a importância desseevento cultural. Esperamos que em2008 o sucesso desse encontro emprol da cultura húngara possa se repetiraqui no Brasil!

Participantes do PántlikaPedro Marques (diretor), Gedeon Piller,Loránt Tirczka, Gabriel Santucci,Thomas Kiss, Luis Ruff, Ana Abidor,Paula Abidor, Ligia Csipai, LucianaCsipai, Alessandra Bester, DianaFekete, Beatriz Kiss.

Participantes do ZrínyiAlexandre Borbély (diretor), AndrásMalatinszky, João Carlos Soares,Andreas Szakmáry, PauloWissinievski, Marilda Ferreira, NatháliaFerreira, Alessandra Crispin, PatríciaEgrí, Erica Fernandez, Larissa Rubio,Catarina Tóth.

Tomi Kiss

DIA DE SANTO ESTEVÃO

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INTERCÂMBIO NA FINLÂNDIA

Vivendo lá

A primeira coisa que vem a cabeçade muitas pessoas quando ouvem“Finlândia” é o frio. Em minhaexperiência, foi o que menos contou:o corpo se acostumarápido, além do fato queem todos os lugares háaquecimento, inclusiveônibus. É claro que um friode -23°C quando se estána rua não é fácil deignorar, mas tais forameventos isolados. Poroutro lado +15°C já é umdia quente, e todos saemàs ruas para aproveitar,tomar sol e sorvete...A escuridão, essa sim incomoda. Porestar em uma região de altas latitudes,no Inverno os dias são mais curtose, no Verão, mais longos. Quandocheguei, no final de Dezembro, oalvorecer era por volta da 10h e oSol se punha por volta das 15h30.Mas a cada semana que se passavao Sol nascia 15min mais cedo e sepunha 15min mais tarde (ou pelomenos foi essa a impressão). Eudeixei a Finlândia dois dias depoisdo Solstício de Verão: durante asemana inteira não houve noite. Masnada de sol à pino, como nos nossosverões: lá ele não cruza o céu, masacompanha o horizonte.Vindo do Brasil, porém, o que maischama a atenção na Finlândia são osfinlandeses em si. Não porque hámais loiros do que aqui. Aliás, háfinlandeses que dizem que finlandesesloiros são meio suecos ou meiorussos, e que os finlandeses deverdade têm cabelo escuro. Averdade é que é difícil de não notaro silêncio nos locais públicos, a

incrível organização de tudo e aausência de discrepâncias que poraqui se vê por todos os lados. Issotudo passa a fazer maior sentido

quando se conhece pessoalmentealguns finlandeses.Os finlandeses se orgulham bastantede serem honestos: não falam nadada boca para fora, e, emcontrapartida, tratam tudo que éfalado com a maior seriedade. Elestambém valorizam muito aprivacidade, e a respeitam mesmoem locais públicos: puxar um papoem um ônibus, numa fila, ou com ovendedor de uma loja, algo normalno Brasil, por lá causa muitoestranhamento, mas não por isso elesdeixam de ser solícitos. Emboraadorem a simplicidade, e apesar deesconderem bem, são pessoas muitocuriosas e se interessam bastante peloque é diferente. Gostam de poucascoisas mais do que viajar e fazersauna. Na sauna é o local ondemelhor se socializam, afinal todosestão lá para relaxar: é um momentotão sagrado para os finlandeses queelementos tão específicos como oburaco que se faz no gelo de um lago

para se entrar na água depois dasauna, têm nomes próprios, no casoavanto. Já fora da sauna, asocialização se dá com maior

dificuldade e muitas vezesrecorrem ao álcool(principalmente a vodka)para facilitar; frequentementetambém abusam dele... Háquem diga que o melhoramigo de um finlandês é o seucelular, e tem uma habilidadeinata para se equilibrar nogelo; andam muito debicicleta, algumas vezessobre o gelo, com uma mãono bolso, para protegê-la do

frio e com a outra segurando ocelular! Mas o esporte nacional écertamente a corrida. Têm um humornegro muito peculiar...Em Turku, na cidade onde fiquei,esse quadro recebe cores adicionais.É a terceira maior cidade daFinlândia, com cerca de 180.000habitantes, atrás somente de Helsinkie Tampere. É a cidade mais antigano país, fundada por exploradoressuecos. Foi capital do país duranteo período de ocupação sueca;Helsinki se tornou a capital somentena época do domínio russo. Hoje emdia continua sendo uma cidadeimportante no país, contando comvárias indústrias, porto e estaleiros,três universidades (a de Turku, aTuKKK e a Abo Akademi, únicainstituição de ensino superior daFinlândia em língua sueca) e seispolitécnicas. Os habitantes de Turkusão vistos pelos outros finlandesescomo muito frios e arrogantes. Defato eles se orgulham de sua história,e, embora se considerem todos

Helsinki: porto e a catedral ortodoxa ao fundo

Gustavo foi para Finlândia através da faculdade onde estuda economia.Pedimos desculpas, por não termos dado prosseguimento ao seu relatointeressantíssimo no número anterior do MINI Híradó.

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finlandeses, muitos têm como a línguamaterna o sueco e não o finlandês,em proporção maior que a médiafinlandesa (afinal é um país bilíngüe).Humorizam eles que Helsinki é acapital russada Fin-lândia, emoposição àTurku, acapital finlandesa do país; quanto aTampere, é uma terra de lobos eursos. Eles vêem os russos comalgum receio, senão até com rancorpela vizinhança turbulenta ao longodo século XX. Gostam de falar maldos escandinavos: para eles ossuecos são frescos e pomposos e osdinamarqueses desvairados; odinamarquês não é uma língua, masdor-de-garganta; os noruegueses,por sua vez, são uma mistura dedinamarqueses com suecos... já comos húngaros eles simpatizam muito:“os primos distantes do sul” dizem...mas muito diferentemente doshúngaros, têm a auto-estima muitobaixa e adoram falarmal de si pró-prios.Geralmente contam apiada de que, quandoos povos fino-ugrianosdeixaram seus laresancestrais na Sibériaem direção ao oeste,se depararam comuma placa dizendo“Finlândia: norte,Hungria:sul”. Os sóbrios e que

Já com os húngaros elessimpatizam muito:

“os primos distantes do sul” dizem.

A língua finlandesa

O finlandês é uma língua aparentadado húngaro, embora de grau distante.Assemelha-se mais evidentementena tonicidade, sempre na primeirasílaba das palavras. Gramaticalmentetambém, já que também é uma línguacom harmonia vocálica e sintética,fazendo uso extensivo dedeclinações, embora menosnumerosas ao lado do húngaro (e asexistentes não exatamente análogas

às do húngaro); também são menos

Turku: Rio Aura congelado

új= uusijég= jääkéz= käsivíz= vesivaj= voimenni= mennäszem= silmäalma= omenafa= puufej= päähal= kalakútya= koiraszületés= syntymä

Gustavo Dénes

numerosas as exceções. Por outrolado faz-se pouco uso de entonação,diferentemente do húngaro.Tem umafonética bem restrita, inexistindo ossons, de grafia convencionada nohúngaro como “s”, “zs”, “z”, “cs”, “f”,“ty”, “gy”, “ny”, embora faça usobem maior de vogais longas econsoantes duplas. A ortografia ébem regular, sendo “y” pronunciadoigual ao “ü” do húngaro e o “ä” comoalgo entre “e” e o “á” do húngaro. Ovocabulário tem menos empréstimoslexicais que o húngaro,fundamentalmente do latim, russo,sueco e inglês, mas são semprebastante modificados a fim deadaptarem-se a fonética da língua, demodo que muitas vezes é difícilreconhecê-los. Existem muitasvariações regionais e dialetos bemdistintos.Segue-se uma pequena listade palavras cognatas nasduas línguas:

sabiam ler rumaram para o sul, os..demais, para o norte.Para quem chega à Finlândia parauma permanência longa, certochoque é inevitável, mas não insu-

p e r á v e lapós umper íodode adap-tação. Os

finlandeses, a princípio não muitorecep-tivos, são certamente muitorespeitosos. Por outro lado, a altaqualidade de vida no país é inegável.

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Patrícia Bircsák

COMENTÁRIOS DAS DEBUTANTES

Para mim, debutar no 50º Baile húngaro, foi uma grande emoção euma experiência inesquecível... A começar por todas as pessoaspresentes, que tornaram a festa mais alegre e divertida. Fiqueimuito contente também com a companhia das debutantes, garotassimpáticas, bonitas e carismáticas que tive a oportunidade de conhecer,graças ao baile.................................................................................Dias antes da festa, eu não estava nervosa, porém na hora em que eu coloquei o vestidoe pisei no salão pela primeira vez, me veio aquele friozinho na barriga... Poderia escreverlinhas e mais linhas sobre o que passou pela minha cabeça, ou sobre tudo que eu senti,mas resumidamente, foi para mim uma alegria e uma honra poder fazer parte desta festa,principalmente por ela ser húngara!

Klara Budavári

O baile foi simplesmente espetacular! Senti-me flutuando no salão, uma sensação que nuncahavia sentido antes. O ambiente, as pessoas, a música, tudo perfeito. Fomos ensaiadas pelafantástica Marthinha, a quem devo agradecer eternamente todo o apoio e paciência com nosdebutantes.A noite foi mágica, inesquecível; lembrarei por toda a minha vida da noite em que fui “apresentada”para a encantadora comunidade húngara!Agradeço a todos que tornaram isso possível, e principalmente ao meu par Tomi, e aos meusavos, sem eles não estaria tão feliz e realizada como agora.

Gabriella Padilha

No começo estava muito nervosa, mas aos poucos fui me acalmando. O Baile estava maravi-lhoso, foi uma experiência única e inesquecível e não poderia deixar de falar das novasamizades que conquistei no período dos ensaios e durante o baile. Espero poder rever todoso mais breve possível e podem contar com minha presença no próximo ano.

Camila Spanier

Foi um prazer muito grande participar do evento. Conhecer a comunidade húngara émuito gratificante, pois tive a oportunidade de começar a conhecer a cultura das minhasorigens.O baile foi maravilhoso, porém as músicas para nós jovens, poderiam ter começado maiscedo, assim teríamos aproveitado mais.Aproveito ainda a oportunidade para fazer um agradecimento especial à patronesse - Sra.Ingrid Margareta D. Saurer - pelo presente de muito bom gosto o qual sempre usarei ecuidarei com zelo. De modo que sempre quando usá-lo terei a doce recordação da data,do momento especial proporcionado.Adoraria fazer parte do grupo de danças...o que me impede é a distância; o trânsito maisprecisamente.E o mais gostoso ainda foi fazer novas amizades. Assim espero que as mesmas nãotenham se limitado ao baile, espero que a turma mantenha contato, que possamos organizarencontros, nos conhecermos mais, enfim... fazer uma bagunça gostosa!!!Deixo aqui registrado um grande beijo a todos.

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“O baile húngaro de 2006 foi extraordinário para mim por diversas razões, tais como o marco dedebutar pela 2a geração da família, estar com amigos, participar da bela festa e comemorar seumeio século de existência. O lugar era excelente, a musica entusiasmante, o grupo de debutantese pares muito entrosados, um baile inesquecível, um jubileu que ficou para a nossa história!”

Sofia Fekete

É muito legal debutar... mas o mais legal de tudo, não é só a festa em si. os preparativos, aansiedade a procura do vestido, pensar o que fazer no cabelo...tudo isso é muito bom, pois afesta dura pouco, e os preparativos fazem parte dela.Também é a primeira vez que participei do baile húngaro, e fico feliz de saber que muitas pessoaso consideraram o melhor de todos já realizados.Esse baile foi uma das melhores coisas que já aconteceram na minha vida, é uma lembrançamuito linda que estará guardada comigo para sempre.Nos ensaios, pude conhecer pessoas maravilhosas, aprendi a dançar valsa (até então eu nãosabia) e no baile pude reencontrar amigos e conhecer mais pessoas.Espero também que todas debutantes tenham curtido muito.Agradeço também à minha querida Ilona Marta Koszka Kiss, que participou da organização dobaile, nos ajudou em tudo e foi uma das pessoas que contribuíram para que nosso baile fosselindo.Abraços a todos.

Larissa Messani

O Baile foi um momento inesquecível em minha vida, embora eu já tivesse completado 15 anos, foimuito emocionante.Fiquei um pouco nervosa no dia, um frio na barriga, mas nada que assustasse, pois eu tinhaamigos com os quais mesmo não tendo muito tempo de convivência, eu já sentia total confiança.A Ilona, ali do nosso lado no momento da entrada, foi tudo, ela me passou muita segurança. OGustavo, que foi o meu par, também foi uma pessoa muito especial; teve total paciência e tambémme ajudou muito.Só tenho a agradecer a todos desta colônia maravilhosa.

Parabéns a todas as debutantes, que estavam lindas por sinal e, a todos vocês que ajudaram colaborando diretaou indiretamente para que esse Baile fosse novamente o sucesso que já é há 50 anos. Raissa Barbosa

Patronos de Honra

ALBERT KISS E SRA.ALEXANDRE KENÉZ E SRAAMÉRICO GÉZA DÉNES E SRA.ANDRÁS DOBROY E SRA.ANTAL ALMÁSY E SRA.ÁRPÁD KOSZKA E SRA.ARTHUR TOTHCARLOS A MARTINS RIBEIRO E SRA.DANIEL DUPONT-LIOT E SRA.EGON JÁNOS SZENTTAMÁSY E SRA.ELEMÉR SURÁNYI E SRA.FRANCISCO TIBOR DÉNES E SRA.GÁBOR KISS E SRAGÁBRIEL JESZENSZKY E SRAGEORGE BLEIERIFJ. FERENC KIENAST E SRA.INGRID MARGARETA D. SAURER

JÁNOS GYURICZAJÁNOS JUSTUSJÓZSEF LEVENTE MIKLÓS E SRA.JÓZSEF NÉMETH E SRA.JUAN CABEZA SASTRE E SRA.KÁROLY KÖGLLÁSZLÓ LESZCZNSZKI E SRA.MARIA GISELA PIROSMÁRTA KÁLMANRICARDO ARDUINI E SRA.RICARDO BESTER E SRA.ROBERT ROHONCZYROBERTO VALKO KAPOS E SRASÁNDOR SZEGÖ E SRA.TAMÁS MAKRAY E SRA.TIBOR SOTKOVSZKI E SRA.ZOLTÁN TOTH

Veja quem foram os Patronos de Honra, Patronos, patrocinadorese apoiadores do 50º Baile de Gala Húngaro

MINI HÍRADÓ - 13

PatronosADMAR MARQUES DA SILVAÁGNES BÁNFFYALEXANDRE KOKRON E SRA.ALINKA SZILYÁLMOS HANKÓ E SRA.ANDRÉ BEKESANDRÉ G. E. MILOSANDREA M. SZEGÖ E JÁNOS SZEGÖANDREA SORG DE MORONIANDREA VON KUHNANDRÉS KOKRON E SRA.ANTAL MÖSSMER KÁTAYANTONIO CARLOS DERANI E SRA.ÁRPÁD DOBRANSZKIBENEDEK BUDAVÁRI E SRA.BENTO SANTOS E CRISTINA MARIA KOKRONCARLOS GALVÃO VENISS E SRA.CATARINA MOORCATERINA MENDIONDOCHARLOTTE NÉMETHCSABA DEÁK E SRA.DANIEL SANCHEZ E LOUISANNE SENNYEYDRÁJA MIHAJLOVICELIZABETH SZONGOTTEMIL PURGLYEVA E GEDEON PILLERG.QUAGLIOTTI SILVESTRI FAÁ E SRA.GÁBOR DÖMÖTÖRGÁBOR IMRE NAGY E SRA.GEORGES HEGEDUS E DANIELA ROTSCHILDGUSZTÁV NÉMETH E SRA.GYÖRGY PALLÓSGYULA MARTITSHELY DE ANDRADE E SRA.ILONA MARIA KOKRONIMRE GRIDI-PAPP E SRA.ISTVAN NÉMETH E SRA. IN MEMORIAN

IVAN ERÖDI E SRA.JÁNOS LÁSZLÓ FEKETE E SRA.JEAN NÉMETH IN MEMORIAN

JOSÉ EDMUNDO A MARTINS E SRA.JOSÉ GABRIEL WEINBERGER E SRA.

JOSÉ ROBERTO SCHLEIFFER ESRA.JOZSEF PURGLY E SRA.JUDITH VERÖJULIANA MARTA KOSZKA E SAMGOLDY ODAJULIUS VAJDA E SRA.KÁROLY GOMBERT E SRA.LÁSZLÓ BATHÓ E SRA.LÁSZLÓ KAPOS E SRA.LÓRÁNT TIRCZKA E SRA.LUIZ AMÉRICO NEDAVASKA ESRA.LUIZ CARLOS BIRCAK E SRAM.TERESA SURÁNYI DEANDRADEMARIA ANNA KOKRONMARIA ISABEL DE THURZOSIPOS ALTILIOPÁL STEPHAICHPAUL JEAN JESZENSZKY E SRA.PEDRO MARQUES DA SILVAPÉTER ALMAY E SRA.PÉTER SZENTTAMASYRAUL WASSERMANN E EDITHELEKROBERT KOZMANN E SRA.ROBERTO ABIDOR E SRA.ROBERTO BERKES E SRA.SÁNDOR KISS E SRA.SÁNDOR KOKRON E SRA.STEFAN KANITZ E SRA.SZABOLCS FEJÉRTAMÁS GÖNCZÖLTAMÁS JÁRMY E SRA.TAMÁS VARGHA E SRA.TIBOR RABOCZKAYVERONICA RUTTKAY E MANUELPEREIRAZSOLT MARIS E SRA.

Patrocinadores Apoiadores

INDUSTRIAS SABO

AERCAMP

GRUPO DE DANÇAS PÁNTLIKAGRUPO DE DANÇAS ZRINYIEMPÓRIO HÚNGAROFIRTS FOTOLITGOLDEN EVENTOS

14 - MINI HÍRADÓ

Oportunidade excelente para quem quer reatar com suas raízes húngaras, assim como aprender afalar o húngaro fluentemente.

O Ministério da Educação da Hungria está oferecendo novamente, bolsas de estudos para descendentesde húngaros, residentes no Brasil, jovens entre 18 e 28 anos que queiram ir à Hungria estudar a línguae cultura húngara, no Instituto Balint Balassi de Cultura Húngara, em Budapest. As bolsas são oferecidaspara cursos com duração de dez meses (dois semestres) a partir de janeiro de 2007.Na bolsa estãoincluídos a hospedagem (alojamento com dois estudantes por quarto), ajuda de custo mensal mínima eseguro saúde e dental pelo período acima.A passagem até a Hungria, despesas com viagens pelaHungria e Transilvânia, exame de proficiência e outras despesas ficam por conta do aluno.Aosinteressados pedimos que contatem por e-mail a Associação, para obter maiores informações:[email protected] Veja também: http://www.ahungara.org.br/site/bbi.htm O prazomáximo de inscrição em São Paulo, com envio dos documentos, vai até 20 de novembro próximo.Osresultados serão divulgados em meados de dezembro. Os escolhidos deverão estar na Hungria no finalde janeiro de 2007.Quem já recebeu esta bolsa sabe que vale a pena. Boa chance a todos!

A cultura e a gastronomia de um país definem bem o seu ethos. É esse conjuntode valores, artes, reminiscências, aromas e sabores, linguagem, histórias elendas, que encanta o leitor dessa obra, cujo título nos remete a uma viagemnão apenas gastronômica, e sim, a um passeio pela cultura húngara.

18/11/2006 as 16:00 hViagem Gastronômica pela Hungria de Maria Isabel Thurzó Sipos AltílioEditora LandyCasa das Rosas Av Paulista, 37

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19/11/2006 as 12:00 hCasa Húngara - Rua Gomes de Carvalho, 823faça sua reserva de mesa +55 (11) 3849 0293

Preço almoço R$ 30,00 para associados contribuintes R$ 25,00

Lançamento Livro Receitas

BOLSA DE ESTUDOS NA HUNGRIA

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A autora doou seus direitos para a manutenção do Lar Pedro Balázs.

No dia 23 de outubro, foi divulgado em Budapest o resultado do concurso de arte em homena-gem a Revolução Húngara de 1956. A ganhadora do concurso foi Elizabeth Mérö Santucci,que criou a bandeira acima. Ficamos orgulhosos da nossa querida Lizi.