Mini Sonho - rl.art.br fileSer Poeta não é trabalho, Nem é profissão. É sim ter um baralho De...

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Mini Sonho

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Mini Sonho

Decisão O passado é visão.

O futuro, a ilusão.

O presente, o momento da decisão

Que torna o sonho em realidade.

O mal interior Em mim há bondade

Mas também há escuridão.

E é contra a minha vontade

Que sinto esta solidão.

A maldade que eu vejo e sinto,

Mas que nego ou minto,

Faz parte do meu ser,

Do qual nem eu nem ninguém pode saber.

Mas esta vontade de contar,

Esta vontade de desabafar,

Não dá sinais de parecer

E com tudo isto, continuo a sofrer.

Alma do tal Uma sensação calma e suave,

E com uma intensidade amena,

Com tranquilidade e à vontade,

É ainda leve como uma pena.

Ser Poeta

Ser Poeta não é trabalho,

Nem é profissão.

É sim ter um baralho

De emoções no coração.

Ser Poeta é ver mais além,

Com uma mente curiosa,

E ter mais do que ninguém,

Uma alma misteriosa.

Ser Poeta é por vezes ser incompreendido

Por estar fora do que é comum.

O que para ele pode ser divertido,

Pode não ser para mais nenhum.

Ser Poeta é sonhar,

É sentir o que escreve

Com um puro olhar,

Puro como a brancura da neve.

Aula enfadonha Mas que seca!

Isto nunca mais acaba,

Até a Tcheca

Era menos macabra.

Que dilúvio de emoções,

Que estou a conter,

São como um monte de canções

Que uso para me entreter.

Não sei o que estou prá ‘qui a dizer

Nem quero saber.

Só quero que esta aula acabe!

Vida Passada Julguei ser feliz,

Só para estar cego.

Mesmo por debaixo do meu nariz,

Havia algo que não nego.

Escondendo a farsa,

De uma joia inocente,

Que estava ignorante

Ao momento presente.

O precioso só brilhava

De uma felicidade constante,

Incógnito de que se adivinhava

Uma verdade revoltante.

Fora de mão Por ali passava,

Uma moça jeitosa,

E eu imaginava

Como era dar-lhe uma rosa.

Desejos íntimos que já lá vão

E eu ainda sonhava

Com a rosa na minha mão.

Não consigo escapar desta miragem,

Rumo nesta paisagem

Sem conseguir sair,

Quando de súbito deu-se esta paragem

E sem saber, comecei a rir.

Alegria Ah! Que dia de alegria;

A crise da economia!

Nem mesmo isso me chateia,

Tudo porque me alegra o que rodeia.

Este dia encantador,

Em que só há luz,

Que com todo o seu esplendor,

É símbolo de Jesus.

Não sinto nem amargura,

E só em contraste,

Intuito uma sensação pura

Que também pode ser presságio de desastre.

Viagem Na segunda lá vou,

Na corrente camioneta,

Onde a minha mente pairou

Com a minha alma de poeta.

Um sentimento sem razão Havia um tipo que se chamava Tony,

Que não tinha medo de nada.

Mas quando chegou o Joaquim,

Levou uma palmada.

Este poema sem pés nem cabeça,

Simplesmente o decidi escrever,

E antes que me esqueça,

Há uma coisa que quero esclarecer;

Eu sou eu, não sou mais ninguém,

Quando quero algo feito,

Tenho que o fazer bem

Só assim ganho o “meu” respeito.

Quem não entende

Pode parar aqui,

Porque assim só mente

A mim e a si.

Continuando as minhas manias

Que se tornam a minha diversão,

Tão natural como magias

Que nascem de uma oração.

Vou sonhando, vou pensando,

Vou escrevendo, vou viajando

Tudo num ciclo sem fim.

Quanto mais não me encontro a mim.

Nesta busca perdida,

Mas ainda com esperança,

Nem com a minha alma partida

Paro esta dança.

Evasão Desejo a fantasia,

Não quero a realidade,

Que carece de magia

E também de felicidade.

Quero escapar.

Quero refúgio.

Nego esta paisagem.

Quero a miragem.

Ausentar-me deste lugar,

É algo que tenho estado a pensar

Contudo ao regressar

Vou ter que recomeçar.

Refletindo sobre isso,

Faz-me reconsiderar

Que ao pensar nisso

Talvez esteja a exagerar.

Liberta-te

Leva as coisas com calma.

Contempla o que te rodeia.

Sem pressa, sente com a alma

Sê livre, sai da cadeia.

Sereno e tranquilo,

Não há pressa.

Como o fluir do rio Nilo

Num deserto que seca.

Sê tu mesmo,

Pensa na vida,

Goza o momento.

Sê eremita.

Não há complicações

Apenas há distração.

Desperta a emoção,

Sem dizer que não.

Inconsciente O futuro, o amanhã.

O passado, o dia anterior.

O presente, com uma mente sã.

Corpo vivo a motor.

Nuvens brancas,

Céu azul.

Porta que trancas

O frio do Sul.

Afrodite de amor,

Com uma pinta de sensualidade.

Homem ao teu dispor,

Com estranha personalidade.

Narciso, o vaidoso.

Espelho da realidade,

Sendo duvidoso,

Com tamanha claridade.

Zeus, rei dos Deuses

És seu pai

Contudo por vezes

O teu elo cai.

Artemis, amante da floresta

No passado houveras sido caçadora,

Mas agora liga-se à tua testa

Uma mente sonhadora.

Amanhecer Recordo aquela sensação.

Aquele calor, aquela emoção

Sinto-a com o coração.

Tão especial e serena

Embora pequena,

Mas não a esqueço.

Um novo começo

Depois do fim

Isso eu penso.

Tenho esperança

Sinto a brancura

Que ainda perdura.

Um dia a mais que outro O tempo passa

Sem cessar.

Tem a sua raça,

Não quer parar.

Continua o seu ciclo natural

Rumo à morte

Num fluir sem igual.

Sem azar e sem sorte.

É apenas a natureza

Que segue o seu curso,

Com a certeza

Que nos corre no pulso.

Não é absoluto História do passado

Ela que se repete.

Não me deixa descansado

Nem nunca o pede.

Faz o que lhe apetece

Pensa que manda,

Como até que mexe

Na história que canta,

Sim, estou a falar do destino,

Consideram-no absoluto.

Basta o bater de um sino

Um torna-se vulto.

Eu não quero isso

Porque as decisões faço-as eu,

Por isso eu o atiço

Pois tudo isto é meu.

Destino salva e destrói,

Tal como um rato que rói

Um sapato que é o mundo

Onde tudo o que existe é mudo.

Mas não tem de ser assim,

Todos se levantem e gritem:

“Eu mando em mim”

E as vossas vidas pintem.

Amor Chama que arde,

É a chama do amor.

Parece o fim da tarde

Vendo o céu com a sua cor.

Arde tão fugazmente,

Queima o coração,

Faz a pessoa perder a razão

Tanto calma como loucamente.

Chama que não cessa,

Essa sim é genuína.

Uma vez que começa,

Só Deus sabe quando termina.

Quem ama não mente

E também não o consegue.

Não age livremente

Por algo que não pede.

O amor é uma epidemia,

Que pode provocar a alegria.

Ainda assim o nego

Porque torna-me cego.

Continua É demais.

Não dá para parar

A chegada das horas letais

Que não estão para tardar.

Os Ponteiros do relógio

Estão sempre em movimento.

O seu lugar é de pódio

Pois marca o momento.

E eu que sonho,

Com marcas passadas

Mas daqui proponho

Que já não passam de mágoas.

Sofrimento Radical Grito por dentro,

E silêncio por fora

Bem lá no centro

Já quase que chora.

Não tem a certeza

Está confuso

Sentado à mesa

Não é luso.

Pensa na imensidão.

Tudo o que existe.

Mas continua a escuridão

Que o deixa triste.

Sinto Triste!

Desilusão!

Deveras!

Canção

Tudo na mesma

Mau sentir

Mau querer

Mau ouvir.

Tudo black!

Tudo quente!

Em feedback!

Ele sente!

Não pára!

Não mente

Ara?

Aderente

Um são vários e vários são um Mundos diferentes

Janelas que os criam

Algumas com lentes

Outras que brincam.

Um torna-se vários

Cada casa o seu sonho

São todos sábios

É assim que o ponho.

Emoções constroem casas

Todas à sua maneira

Umas talvez rasas

Mas com lareiras.

Assim há a possibilidade

De aquecer a habitação

Adeus à maldade,

Olá coração.

Coisa negativa Coisa negativa

Vieste para ficar

Foste decisiva

Acabaste por mandar.

És forte como tudo

Uma grande peste

Preso como o musgo

Que grande dor deste.