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MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA Programa integrado de Pós-graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais da Amazônia Curso Genética, Conservação e Biologia Evolutiva CARACTERIZAÇÃO IN SILICO DE BIOSSENSORES EM Colossoma macropomum: DIAGNÓSTICO MOLECULAR E MONITORAMENTO DE AMBIENTES IMPACTADOS FRIDA MESEL CASANOVA Manaus, Amazonas Abril, 2008

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MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA

Programa integrado de Pós-graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais da Amazônia

Curso Genética, Conservação e Biologia Evolutiva

CARACTERIZAÇÃO IN SILICO DE BIOSSENSORES EM Colossoma macropomum: DIAGNÓSTICO MOLECULAR

E MONITORAMENTO DE AMBIENTES IMPACTADOS

FRIDA MESEL CASANOVA

Manaus, Amazonas Abril, 2008

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FRIDA MESEL CASANOVA

CARACTERIZAÇÃO IN SILICO DE BIOSSENSORES EM Colossoma macropomum: DIAGNÓSTICO MOLECULAR E MONITORAMENTO DE AMBIENTES IMPACTADOS ORIENTADOR: Dr. SÉRGIO RICARDO NOZAWA

Dissertação apresentada ao

PIPG-BTRN como parte dos

requisitos para obtenção do

título de mestre em Ciências

Biológicas, área de concentração

em Genética, Conservação e

Biologia Evolutiva.

Manaus, AM Abril, 2008

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Casanova, Frida Mesel

Caracterização in silico de biossensores em Colossoma macropomum: Diagnóstico molecular e monitoramente de ambientes impactados/ Frida Mesel Casanova – Manaus, AM: INPA/UFAM 2008. 84 p. ilust. Dissertação de Mestrado - Área de concentração Genética de Organimos Tropicais 1. Peixes. 2. Expressão gênica. 3. Metais pesados. 4. Biblioteca de cDNA.

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Sinopse:

Estudou-se o perfil genético do tambaqui frente a situações de estresse, além de avaliar alguns genes para o monitoramento de ambientes impactados. Palavras-chave:

Colossoma macropomum, metais pesados, biblioteca de cDNA, RT-PCR, qPCR

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A José Luiz e Glauce Casanova, dedico.

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“Uma das melhores coisas da vida é poder descobrir

sempre, seja lá o que for, mas é preciso estar renovando, recomeçando, rompendo e conquistando”

Edilmar Lima

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AGRADECIMENTOS _______________________________________________________

Agradeço, primeiramente, à Deus, em quem acredito plenamente e confio.

Aos meus pais, José Luiz e Glauce Casanova, pessoas que sempre me

apoiaram plenamente em tudo que fiz durante minha vida, sendo meu porto seguro

durante os momentos mais difíceis.

Aos meus irmãos, Gabriel e André Casanova, mesmo distantes fisicamente,

sempre vibram com minhas vitórias.

Aos meus avós, Joseph e Léa Mesel, e tios, Ismar e Renata Kaufman, que me

estimularam e incentivaram, sem duvidar, em nenhum momento, de minha

capacidade.

Ao Felipe Lira, pelos incentivos e conselhos otimistas durante momentos

críticos e pelo amor, companheirismo, compreensão e atenção que me foram e me

são dados em todos os momentos. Obrigada pela paciência.

Ao meu orientador, Dr. Sérgio Ricardo Nozawa, que apostou em mim como

uma profissional e pela sua conduta clara e objetiva, propiciando bastante segurança

e seriedade no decorrer desse projeto, dando-me oportunidades das quais serei

sempre grata.

Á professora Dra. Mônica Stropa Ferreira Nozawa, pelo seu apoio e

disposição, embora não sendo co-orientadora oficial deste trabalho, ajudou-me sem

cogitar.

Ao Dr. Rubens Tomio Honda, sempre presente e imprescindível nas horas de

execução dos experimentos.

Aos meus companheiros e companheiras de laboratório Danival, Paulo Aride,

Susy, Kácio, Andréa, Jordânia, Zizi, pelas ajudas de última hora e descontração do

dia-a-dia.

Aos meus amigos de turma Gisele, Natasha, Rafaela, “Cacá”, Marco,

“Rafolia”, Angrizani e Eduardo por muitos dos momentos de descontração durante o

período das disciplinas.

Ao Centro Universitário Niltons Lins, à Pró-Reitoria de Pesquisa e à Pós-

Graduação por ter cedido o laboratório de Expressão Gênica, onde foi possível

realizar todos os experimentos.

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Ao Laboratório de Ecofisiologia e Evolução Molecular (LEEM) do Instituto

Nacional de Pesquisas do Amazônia, por ter cedido o seqüenciador automático ABI

3130, equipamento imprescindível à realização do projeto.

A Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) pela

bolsa concedida e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq) pela verba destinada ao projeto (processos 553219/2005-7 e

553913/2006-7), sem a qual seria impossível a elaboração desta dissertação.

Ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, à coordenação do curso de

genética, conservação e biologia evolutiva, pela realização e conclusão do curso,

como também toda equipe de funcionários e professores.

A todos aqueles que contribuíram direta ou indiretamente, achando que não

foram importantes, mas que fizeram grande diferença.

Agradeço ainda aos que não acreditaram no meu trabalho, pois esses

serviram de desafio na trajetória de realização desta pesquisa. Ensinaram-me que

não se deve mirar nos obstáculos para não perder de vista os objetivos.

]

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RESUMO

Uma grande diversidade de peixes é encontrada na Bacia Amazônica, e estes

representam mais que metade das espécies de vertebrados aquáticos totais

conhecidos no mundo. O Colossoma macropomum (tambaqui) tem sido adotado

freqüentemente como espécie-modelo para o entendimento de processos fisiológicos

modulados por variáveis ambientais na Amazônia. Metais como o cobre e cádmio,

em ambientes aquáticos, podem interferir severamente nos processos biológicos dos

peixes em função da grande área branquial exposta ao meio. Juvenis de tambaqui

foram expostos a três diferentes tratamentos: (1) exposição de 1 e 3 horas a

concentrações subletais de cobre [CuSO4. 5H2O (20 µg/L)]; (2) exposição de 1 e 3

horas a concentrações subletais de cádmio [Cd(NO3).4H2O (10µg/L); (3) estresse

mecânico por 5 minutos diários durante 3 dias consecutivos. Foram extraídos fígado

(tratamentos 1 e 2) e músculo (tratamento 3) dos peixes expostos. No presente

estudo foram categorizados, através do BLAST2GO, os bancos de dados de Danio

rerio (zebrafish) e Ictalurus punctatus (bagre de canal), disponíveis no NCBI

(National Center for Biotechnology Information, USA, www.ncbi.nlm.nih.gov), e

usados para comparação das bibliotecas de cDNA de tambaqui expostos aos

referidos tratamentos. Paralelamente, foi verificada, por meio do RT-PCR, expressão

gênica em tambaqui das enzimas catalase, heat shock protein, glutamina sintase e

citocromo p450 obtidas do banco de dados do I. punctatus e D. rerio. Os genes rag 2

e trop foram selecionados da biblioteca de tambaqui e submetidos à análise de

qPCR. As atividades enzimáticas da GST e catalase foram dosadas em peixes

tratados com metais pesados. O banco de dados de Ictalurus punctatus mostrou

uma maior quantidade de genes (37%) agrupados em processos biológicos, da

mesma forma, apresentou-se o banco de Danio rerio (40%). As análises das

bibliotecas de tambaqui mostraram expressão de aproximadamente 900 gene,

dentre eles, o GST, catalase, CYP450 e HIF 2. Na reação de qPCR, o número de

transcritos dos dois genes, rag 2 e trop, destaca-se o aumento nos níveis de mRNA

ao ser exposto ao íon cádmio por 3 horas, enquanto que em músculo de peixes

submetidos a estresse mecânico, não houve alteração na expressão de transcritos

em relação ao controle. As atividades enzimáticas não mostraram diferenças, para

ambas enzimas, nos diferentes tratamentos.

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ABSTRACT

The large diversity of fish found in the Amazon Basin represents over half the total

aquatic vertebrate species known in the world. Colossoma macropomum (tambaqui)

is frequently used as a model species in the study of physiological processes

modulated by environmental variables in the Amazon. Metals in aquatic

environments, such as copper and cadmium, may interfere with the biological

processes of fish severely due to their large branchial area exposed to the

environment. Juvenile tambaquis were exposed to three different treatments: (1) 1-

and 3-h exposure to subletal concentrations of copper [CuSO4.5H2O (20 µg/L)], (2) 1-

and 3-h exposure to subletal concentrations of cadmium [Cd(NO3).4H2O (10 µg/L),

(3) mechanical stress for 5 min daily during 3 consecutive days. The liver (treatments

1 and 2) and muscle (treatment 2) of treated fish were removed for cDNA library

construction and sequencing analysis. The data obtained were categorized through

BLAST2GO, the Danio rerio (zebrafish) and Ictalurus punctatus (bagre de canal)

databases available from NCBI (National Center for Biotechnology Information, USA,

www.ncbi.nlm.nih.gov) and compared to the cDNA library of tambaqui exposed to the

same treatments. Simultaneously, gene expression of enzyme catalase, heat shock

protein, glutamine synthase, and cytochrome p450 obtained from the I. punctatus and

D. rerio, from ESTs. Databases were analyzed by RT-PCR. Genes rag 2 and trop

were selected from the tambaqui library and submitted to qPCR. The enzymatic

activities of GST and catalase in fish treated with heavy metals were determined. No

significant difference was found, possibly due to the short exposure time and the

expression of their respective mRNAs. The Ictalurus punctatus database provided a

larger amount of grouped genes (37%) in biological processes, similarly to the Danio

rerio (40%) database. The analysis of the libraries of tambaqui revealed the

expression of approximately 900 genes, including GST, catalase, CYP450, and HIF-

2. The number of transcripts of genes rag 2 and tropomyosin in the qPCR reaction

stood out for the increased levels of mRNA after the exposure of fish to cadmium ion

for 3 h, while the muscle of fish submitted to mechanical stress did not present

changes in the expression of transcripts in relation to the control.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

1.1 Região Amazônica ................................................................................................................

1

1.2 A importância da biodiversidade ..........................................................................................

2

1.3 Piscicultura na Amazônia .....................................................................................................

4

1.4 O tambaqui ...........................................................................................................................

5

1.5 Toxicidade em peixes ...........................................................................................................

7

1.6 Metais pesados .....................................................................................................................

11

1.6.1 Cobre (Cu) ...................................................................................................................

12

1.6.2 Cádmio (Cd) ................................................................................................................

12

1.7 Justificativa ...........................................................................................................................

14

1.8 Objetivos ..............................................................................................................................

15

1.8.1 Objetivo geral ..............................................................................................................

15

1.8.2 Objetivos específicos ................................................................................................... 15

2.

MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Análise e caracterização dos bancos de dados de Danio rerio e Ictalurus punctatus ...........

16

2.2 Busca de seqüências de genes de estresse em bancos de dados on-line e desenhos dos

oligonucleotídeos utilizados no RT-PCR ...............................................................................

17

2.3 Aquisição e aclimatação dos tambaquis .................................................................................

18

2.3.1 Indução de estresse por metais pesados e estresse físico ..............................................

18

2.3.2 Coleta e conservação dos tecidos ..................................................................................

19

2.3.3 Extração de RNA mensageiro .......................................................................................

20

2.3.4 Síntese de cDNA ...........................................................................................................

21

2.4 RT-PCR (Transcriptase reversa – Reação em cadeia da polimerase).....................................

22

2.4.1 Purificação dos fragmentos oriundos do RT-PCR ...................................................... 22

2.4.2 Ligação dos fragmentos purificados .............................................................................. 23

2.4.3 Transformação de bactérias ........................................................................................... 23

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2.4.3 Extração de DNA plasmidial em microtubos ................................................................ 24

2.5 Reação de sequenciamento .................................................................................................... .

25

2.6 Construção da biblioteca de cDNA de Colossoma macropomum .........................................

25

2.6.1 Construção da biblioteca de cDNA ...............................................................................

25

2.6.2 Síntese da fita simples de cDNA ................................................................................... 26

2.6.3 Síntese da fita dupla de cDNA ...................................................................................... 26

2.6.4 Digestão com a enzima proteinase K ............................................................................

26

2.6.5 Digestão com a enzima Sfi I .........................................................................................

27

2.6.6 Ligação e transformação de bactérias ...........................................................................

27

2.6.7 Extração de DNA plasmidial em placa. ........................................................................

27

2.7 Análise computacional ...........................................................................................................

29

2.8 qPCR ........................................................................................................................ ..............

30

2.8.1 Desenho dos oligonucleotídeos utilizados na reação de q-PCR ....................................

30

2.8.2 Reação quantitativa em cadeia da polimerase ...............................................................

31

2.8.3 Elaboração da curva padrão ..........................................................................................

31

2.9 Dosagem enzimática ...............................................................................................................

31

2.9.1 Glutationa S-tranferase (E.C 2.5.1.18) .......................................................................... 32

2.9.2 Catalase (E.C. 1.11.1.6) .................................................................................................

32

3. RESULTADOS

3.1 Categorização dos bancos de dados de Ictalurus punctatus e Danio rerio ............................

35

3.2 Amplificação das amostras com oligonucleotídeos em eletroforese de gel de agarose .........

37

3.3 Biblioteca de cDNa de Colossoma macropomum ................................................................

39

3.4 qPCR ......................................................................................................................................

51

3.5 Dosagem enzimática ...............................................................................................................

53

4. DISCUSSÃO ...........................................................................................................................

54

5. CONCLUSÃO .........................................................................................................................

63

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................

63

7. ANEXOS............................................................................................................................. ...... 83

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LISTA DE FIGURAS E TABELAS

Lista de Figuras

Figura 1. Tambaqui, Colossoma macropomum ............................................................................

7

Figura 2. Pipeline de bioinformática utilizado para anotação dos genes disponíveis nos bancos de dados .......................................................................................................................

16

Figura 3. Desenho experimental ...................................................................................................

18

Figura 4. Extração do tecido ........................................................................................................

19

Figura 5. Pipeline de bioinformática utilizado para anotação do sequenciamento dos fragmentos expressos ...................................................................................................

29

Figura 6. Categorização do banco de dados de Ictalurus punctatus utilizando software BLAST2GO, agrupando as seqüências em 3 categorias: componente celular, função molecular e processo biológico ....................................................................................

36

Figura 7. Categorização do banco de dados de Danio rerio utilizando software BLAST2GO, agrupando as seqüências em 3 categorias: componente celular, função molecular e processo biológico ........................................................................................................

36

Figura 8. Integridade do RNA utilizado no experimento. Expressão tecido-específica (fígado) de mRNA de HSP70, GLU, CAT e Citp450 em tambaqui, Colossoma macropomum, por RT-PCR .................................................................................................................

38

Figura 9. Freqüência dos genes encontrados nas bibliotecas de cDNA de tambaqui .................

41

Figura 10. Freqüência dos genes encontrados nas bibliotecas de cDNA de tambaqui .................

42

Figura 11. Freqüência dos genes encontrados nas bibliotecas de cDNA de tambaqui .................

43

Figura 12. Categorização do banco de dados de tambaqui (músculo) utilizando o software BLAST2GO ...................................................................................................................

45

Figura 13. Categorização do banco de dados de tambaqui (fígado) utilizando o software BLAST2GO ...................................................................................................................

46

Figura 14. Categorização do banco de dados de tambaqui exposto ao cádmio, utilizando o software BLAST2GO ....................................................................................................

48

Figura 15. Categorização do banco de dados de tambaqui exposto ao cobre, utilizando o software BLAST2GO .....................................................................................................

49

Figura 16. Categorização do banco de dados de tambaqui exposto ao estresse mecânico utilizando o software BLAST2GO .................................................................................

51

Figura 17. Expressão do mRNA, por meio de qPCR, do gene Rag 2 em tambaqui em resposta ao cobre, cádmio e estresse mecânico ........................................................................

52

Figura 18. Expressão do mRNA, por meio de qPCR, do gene tropomiosina de tambaqui em resposta ao cobre, cádmio e estresse mecânico .........................................................

52

Figura 19. Atividade enzimática da enzima glutationa s-transferase em tambaqui em resposta a cobre, cádmio em 3 horas de exposição e estresse mecânico ....................................

53

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Figura 20. Atividade enzimática da enzima catalase em tambaqui em resposta a cobre, cádmio

e estresse em 3 horas de exposição e estresse mecânico ...........................................

53

Figura 21. Metabolismo do glutamato em Danio rerio ....................................................................

58

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Lista de tabelas

Tabela 1. Seqüências dos oligonucleotídeos para RT-PCR .............................................................

17

Tabela 2. Concentração de cobre e cádmio total nas amostras dos tratamentos de exposição do tambaqui aos metais .........................................................................................................

19

Tabela 3. Oligonucleotídeos desenhados para análises de qPCR ..................................................

30

Tabela 4. Concentração final de formaldeído em 170 µL de reação para construção da curva padrão da catalase ............................................................................................................

44

Tabela 5. Análise em GO da biblioteca de músculo controle de tambaqui, Colossoma macropomum ....................................................................................................................

45

Tabela 6. Análise em GO da biblioteca de fígado controle de tambaqui, Colossoma macropomum......................................................................................................................

46

Tabela 7. Análise em GO da biblioteca de tambaqui, Colossoma macropomum, exposto ao cádmio ..............................................................................................................................

47

Tabela 8. Análise em GO da biblioteca de tambaqui, Colossoma macropomum, exposto ao cobre

49

Tabela 9. Análise em GO da biblioteca de músculo de tambaqui, Colossoma macropomum, exposto ao estresse mecânico .........................................................................................

50

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1. INTRODUÇÃO ___________________________________________________________

1.1 Região Amazônica

A região Amazônica possui a maior bacia de drenagem do mundo, com cerca

de 7.000.000 Km2 (Santos & Ferreira, 1999). É formada por uma diversidade de

corpos d‟água, como grandes rios, lagos, paranás, igapós, várzea e inúmeros

pequenos riachos que constituem uma das redes hídricas mais densas do mundo.

Possui um quinto da disponibilidade mundial de água doce, com uma área total,

incluindo terras, águas e florestas, de 4.871.000 Km2 (Junk, 1983). Com exceção dos

rios maiores de águas brancas, cujas nascentes se encontram em altas cadeias de

montanhas andinas, quase todos os rios amazônicos resultam da junção de

pequenos riachos que drenam a floresta (Walker, 1991).

Os peixes representam mais da metade das espécies de vertebrados

aquáticos totais conhecidos no mundo (Nelson, 1984). Bem distribuídos pelo mundo

(Moyle & Cech, 1982), ele são explorados tanto no ambiente marinho quanto de

água doce devido ao seu significante valor econômico (Pitcher & Hart, 1996).

A América do Sul é o ambiente de um grande número de espécies de peixes,

entretanto, é sabido que há uma grande diversidade na Bacia Amazônica (Menezes,

1996). Böhlke e colaboradores (1978) igualaram o nível de conhecimento dos peixes

da América do Sul com o dos Estados Unidos e Canadá há 100 anos atrás. Segundo

Roberts (1972) há mais de 1.300 espécies na bacia, mais que em qualquer outra

bacia no mundo. Menezes (1996) colocou essas estimativas acima de 3.000

espécies.

A composição da ictiofauna Amazônica é baseada principalmente na super

ordem Ostariophysi, que inclui 85% das espécies amazônicas, onde 43% são

Characiformes, 39% Siluriformes e 3% Gymnotiformes. As espécies restantes

pertencem a 14 famílias de outras ordens (Lowe-McConnell, 1999).

A parte brasileira da Bacia Amazônica contém 68% do total de vertentes de

água. Avaliações da diversidade foram realizadas em diferentes regiões e Goulding e

Ferreira (1988) identificaram no mínimo 450 espécies de peixes no Rio Negro, mas

estimou que o total ultrapassa de 700 espécies onde diferentes biotipos são

amostrados. Santos (1986/1987) encontrou mais de 260 espécies nos rios Jamari,

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Machado, Guaporé e Marmoré do Estado de Rondônia. Bayley (1982) encontrou

mais de 220 espécies nas várzeas dos Solimões, próximo de Manaus. Santos e

colaboradores (1984) registraram mais de 300 espécies no baixo Tocantins. Ferreira

e colaboradores (1998) listaram mais de 130 espécies comerciais de peixes na

região de várzea de Santarém. Algumas espécies estão largamente distribuídas,

particularmente peixes migratórios como o tambaqui (Araújo-Lima & Goulding, 1998)

e o grande bagre de canal. Outros são restritos a regiões específicas devido a

barreiras ambientais.

1.2 Importância da Biodiversidade

Vários fatores tem sido a causa da grande diversidade na Região Amazônica.

Eles são: a idade e o tamanho da vertente de água; uma grande heterogeneidade de

ambientes, promovendo uma grande escala de nichos, a escala de tempo geológico

e o intercâmbio da fauna através do influxo dos rios das bacias vizinhas (Lowe-

McConnell, 1999). O conhecimento da ictiofauna Amazônica se estende ao

conhecimento das espécies que são bem conhecidas dos pescadores da região. De

acordo com Reis e colaboradores (2003), não é difícil imaginar pesquisas futuras

revelando que, nas cabeças de água dos rios Amazônicos, um grande número de

espécies que eram consideradas as mesmas, são de fato, espécies diferentes. Isso

pode incluir peixes comuns como filhotes e piraíba (Brachyplatystoma filamentosum).

Goulding & Ferreira (1996) dividem o ecossistema que sustenta os peixes

Amazônicos em três componentes: áreas alagadas, canais dos rios e os estuários da

Amazônia. Cada um suporta milhares de espécies de peixes com diversos habitats

energéticos, reprodução sazonal e proteção contra predadores. A cadeia trófica dos

peixes amazônicos é sustentada por quatro forças principais de produção primária:

florestas alagadas, vegetação flutuante, fitoplânctons e perifíton.

Na Amazônia, três classes de água são reconhecidas em função de sua cor

(Sioli, 1968): água branca, água clara, e água preta. Em linhas gerais, águas brancas

são ricas em minerais dissolvidos, apresentando uma alta turbidez resultante da

erosão dos escudos andinos, com pH em torno de 6,5 a 7,5 (rio Solimões). As águas

claras variam com relação à concentração de compostos orgânicos e minerais

dissolvidos; seu aspecto óptico é transparente, pois a maioria dos compostos

húmicos presentes nas águas claras encontra-se adsorvidos (complexados) a

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partículas de argila e/ou silte; o pH das águas claras situa-se na faixa de 5,5 a 7,0

(rio Tapajós). As águas pretas são singulares principalmente devido à baixa

concentração de íons e a elevada concentração de compostos contendo grupo de

SH, sendo tipicamente ácidas, com um pH variando em média entre 5,0 e 6,0 no

canal do rio Negro, e entre 3,0 e 4,0 nas florestas inundadas (igapós e igarapés) de

água preta (Walker, 1995).

Segundo Giacometti (1996), a perda da diversidade, como resultado da

destruição de habitats e exploração descontrolada das reservas naturais, pode ser

avaliada em termos de valores diretos e indiretos. Valores indiretos afetam a

sustentabilidade da população que depende desse recurso, assim como um dano no

pool genético. Essa é a principal forma de alcançar conseqüências para as espécies,

afetando seu potencial evolucionário por conta da redução da variedade genética.

Perdas nos valores diretos podem ser estimadas usando como base os valores de

produtos coletados e comercializados.

A destruição de habitats resulta na perda da biodiversidade. Entretanto,

existem poucos estudos que sugere o quanto desapareceu nas regiões.

Desflorestamento, poluição química, poluição orgânica, excesso de turbidez nos rios

causado pelas atividades de mineração, expansão urbana e agrícola, hidrelétricas

que bloqueiam o caminho migratório dos peixes são importantes fatores de impacto.

Por serem prejudiciais ao ambiente e difíceis de manejar, eles deveriam ser

controlados, caso contrário, danificarão todo o ecossistema, impactando a ictiofauna.

Nesse sentido, a extensão territorial, a complexidade de meio ambiente e

diversas atividades econômicas apresentam enormes desafios para o governo. O

sistema corrente, que é centralizado e não participativo, mostrou- se incapaz de uma

regulação eficaz do uso dos recursos naturais da Amazônia. Mesmo assim, o

homem da região tem convivido com esta realidade e está aprendendo a utilizar os

recursos biológicos. Tal aprendizado está sendo produzido por meio do convívio e da

necessidade, gerando um conhecimento precioso, o qual pode ser utilizado no que

denominamos manejo. Utilizar esses conhecimentos na atividade piscícola é uma

forma de fomentar a economia regional. Com isso, criam-se novas oportunidades

para a população local reduzindo-se os efeitos da sobre-pesca, que é prejudicial às

populações pesqueiras, e contribuindo para a promoção do desenvolvimento

sustentável da região.

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1.3 Piscicultura na Amazônia

De acordo com a definição atualmente usada pela FAO - Food and Agriculture

Organization of the United Nations (2001), aqüicultura é o cultivo de organismos

aquáticos, incluindo peixes, moluscos, crustáceos e plantas aquáticas, com

intervenção no processo de criação dos mesmos visando o aumento da

produtividade. Tal intervenção pode ser realizada por meio de estocagem regular,

alimentação, proteção de predadores, etc.

A piscicultura é a atividade zootécnica relacionada com a criação dos peixes

em condições controladas ou semicontroladas, tendo em vista a qualidade do

produto somada à produção em massa. Tal atividade tem sido considerada como a

mais promissora quando o objetivo é aumentar a produção de alimentos ricos em

proteína (Stickney, 1979; Freitas, 2002).

Segundo Val & Honczaryk (1995), a aqüicultura, desde o final do milênio

passado, tem sido aprimorada com o auxílio da tecnologia e do conhecimento

desenvolvidos em áreas como a genética, a fisiologia, a bioquímica, a nutrição, a

ecologia e outras áreas afins. A adaptação e o desenvolvimento de tecnologias

específicas para as condições regionais são de suma importância para que a

aqüicultura se torne uma atividade promissora e de alta rentabilidade.

Se, por um lado, os avanços no conhecimento da biologia dos peixes

amazônicos têm se tornado evidentes, por outro, a maioria dos criadores ainda não

conseguiu fazer o uso adequado desse conhecimento. A piscicultura não é vista

ainda como uma atividade econômica de destaque, ainda que seja a atividade

aqüícola predominante (Freitas, 2002). Não se pode contestar, entretanto, as

potencialidades e as perspectivas de desenvolvimento da piscicultura na Amazônia.

Clima, solo, qualidade e quantidade da água e, em especial, a diversidade da

ictiofauna (mais de 3000 espécies) são fatores que favorecem a piscicultura neste

Estado (Melo et al., 2001; Freitas, 2002; Val & Honczaryk,1995).

Estudos técnico-econômicos realizados por Melo e colaboradores (2001) e

Izel & Melo (2004) com tambaqui (Colossoma macropomum), em viveiros e

barragens localizadas em áreas de produtores, mostraram que o ciclo de produção

pode ser concluído entre 10 a 12 meses, com densidade de produção de 10

juvenis/m2, taxa média de sobrevivência de 85%, densidade de engorda de 3.250-

4000 peixes/ha, peso médio de venda de 1,8 kg em 10 meses de engorda e 3,1kg

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em 12 meses, com rendimento de 10.075 kg/ha/ano. Tais estatísticas mostram que

projetos relacionados à piscicultura na Amazônia são viáveis e bastante produtivos.

O conhecimento da biologia de cada espécie, bem como as principais

características do seu ambiente natural, são fatores importantes para o sucesso de

seu cultivo, visto que cada espécie possui hábitos alimentares, métodos

reprodutivos, crescimento, ciclo de vida e respostas diferenciadas às alterações

ambientais (Almeida-Val & Val, 1995; Baldisseroto, 2002).

1.4 O tambaqui

A espécie Colossoma macropomum (Cuvier, 1818) pertencente a subfamília

Serrasalminae (Teleostei, Characiformes, Characidae), é um peixe nativo da Bacia

Amazônica, conhecido popularmente por “tambaqui” (Figura 1). O tambaqui tem sido

adotado freqüentemente como espécie-modelo para o entendimento de processos

fisiológicos modulados por variáveis ambientais na Amazônia (Val & Almeida-Val,

1995).

Figura 1: Tambaqui, Colossoma macropomum. Fonte: Casanova, F.M.

Atualmente, a espécie já consta na lista oficial de espécies protegidas durante

o defeso (IBAMA, 2003). No estado de Rondônia a pesca do tambaqui esteve

suspensa até maio de 2006, à exceção dos rios Guaporé e Mamoré, com fins de

recuperar os estoques naturais da espécie (MMA, 2005)

Sempre esteve e continua entre as espécies importantes, de alto valor

comercial, desembarcadas no mercado de Manaus (Bayley & Petrere Jr., 1989). É

considerado um peixe excelente para cultivo por apresentar qualidades zootécnicas

e de manejo que permitem um bom rendimento em cativeiro. Alcança porte máximo

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em torno de 100cm de comprimento e peso superior a 30kg, atingindo maturidade

sexual entre o 4º e 5º ano de vida. Em cativeiro esta espécie atinge maturação

sexual em até três anos (Goulding & Carvalho, 1982; Araújo-Lima & Goulding, 1998).

Seu habitat favorito são os rios de águas brancas das bacias dos rios

Amazonas e Orinoco. Eventualmente, eles migram das águas claras para as

escuras para se alimentarem em florestas de áreas alagadas (Goulding, 1979, 1980,

1981; Goulding & Carvalho, 1982; Araújo-Lima & Goulding, 1998). Juvenis vivem em

áreas alagadas restritas por aproximadamente 5 a 6 anos. Quando adultos, ao invés

de se alimentarem periodicamente em florestas alagadas, eles raramente

permanecem em lagos de várzea quando esses são separados pela estação de

seca do rio principal (Costa, 1998).

O tambaqui apresenta uma combinação única de dentes molariformes, que

são adaptados a quebrar sementes duras e numerosas cerdas branquiais usadas

para retenção de zooplânctons (Goulding & Carvalho, 1982). Juvenis com tamanho

total inferior a 60 cm são em geral onívoros, se alimentando de frutas, sementes e

zooplânctons (Honda, 1974; Goulding, 1979, 1980; Goulding & Carvalho, 1982;

Villacorta-Corrêa, 1997). Os jovens podem também filtrar os fitoplânctons, e quando

adultos se alimentam exclusivamente de frutas como a Jauarí (Astrocaryum

january), e sementes, como as da Hevea spruceana, H. brasiliensis, o que faz

desses peixes um importante dispersor de sementes (Araújo-Lima & Goulding,

1997). Esses peixes aceitam facilmente alimentos artificiais, tem uma boa

reprodutividade e apresentam cuidado parental (Gomes et al., 2006).

Quando exposto a ambientes hipóxicos, o tambaqui usa sua principal

adaptação para esse tipo de estressor: tem a capacidade de expandir o lábio inferior

e o usa para captar a água da superfície, mais rica em oxigênio, e fazê-la passar por

suas brânquias. Além disso, sofre vários ajustes fisiológicos e metabólicos para

aumentar a eficiência na transferência de oxigênio do ambiente para os tecidos (Val

et al., 1998).

Na Amazônia, o gênero Colossoma se diferenciou precocemente entre os

demais gêneros da subfamília Serrasalminae (Ortí et al. 1996). As respostas

fisiológicas diferenciadas e um padrão gênico relativamente homogêneo, além de

sua ampla distribuição ao longo de toda bacia amazônica, candidatam o Tambaqui

como importante organismo para o biomonitoramento de ambientes impactados por

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diferentes xenobióticos. O desenvolvimento de marcadores moleculares que

possam diagnosticar concentrações críticas de compostos petrogênicos através da

identificação de alterações no padrão de expressão é uma alternativa sensível e

com potencial investigativo das estratégias de desintoxicação utilizadas pelos

organismos aquáticos.

1.5 Toxicidade em Peixes

A contaminação aquática é um problema ambiental mundial (Kingston, 2002).

Organismos aquáticos expostos a xenobióticos podem exibir respostas bioquímicas,

fisiológicas e/ou comportamentais adversas nos próprios organismos aquáticos como

também em receptores ecológicos de nível trófico mais alto (Hamilton & Lemly, 1999;

Stevenson & NG, 1999; O‟Connor & Paul, 2000). Uma vez no ambiente aquático, os

xenobióticos podem ser absorvidos por quatro vias: alimentação, ingestão de água,

pela pele e/ou através das brânquias (Heath, 1995; Roesijadi & Robinson, 1994)

sendo que para os peixes amazônicos, devido aos processos de osmorregulação, a

alimentação e a tomada branquial são as principais (Val & Almeida-Val, 1997, 1999).

A ingestão de água é a principal forma de contaminação para peixes marinhos,

enquanto a via cutânea é importante para peixes que encontram-se em estado larval

(Health, 1995; Roesijadi & Robinson, 1994).

As respostas aos agentes estressores, em termos gerais, podem ser

classificadas em respostas primárias, secundárias e terciárias (Iwama et al., 1999).

Entende-se por respostas primárias aquelas que ocorrem imediatamente após a

percepção do estímulo pelo organismo. Nesse caso há liberação de catecolaminas,

corticoesteróides, adrenocorticotróficos e outros hormônios de estresse na circulação

do animal. Respostas secundárias são, em termos gerais, as mudanças metabólicas,

fisiológicas e estruturais como resultado da persistência do agente estressor no seu

ambiente. A exposição crônica ao agente estressor pode atingir níveis mais amplos

como estes: crescimento, resistência a doenças, reprodução, desempenho na

natação etc. Ocorrem, então, as respostas terciárias.

Em peixes, a magnitude e a duração da resposta ao estresse variam de

acordo com o grau de severidade do agente estressor, bem como com a duração da

exposição àquele agente (Strange et al., 1978; Barton et al., 1986; Foo & Lam,

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1993). Além disso, as respostas podem variar de uma espécie para outra (Pickering

& Pottinger, 1989).

Ao passo que o estresse severo pode resultar em altas taxas de mortalidade,

o estresse subletal pode comprometer várias funções fisiológicas e

comportamentais, levando à supressão de resistência a doenças e taxa de

crescimento. Isto contribui muito para uma produção abaixo no nível considerado

ótimo (Iwama et al., 1997). Segundo Barton (1997), a noção de que o estresse

constitui um importante ponto a ser considerado na economia pesqueira é hoje idéia

comum entre os piscicultores. O estudo de indicadores de estresse em peixes tem

sido usado como uma poderosa ferramenta para boas práticas de manejo (BPM) em

sistemas de criação. Assim, por meio de contínuo monitoramento, situações de

estresse podem ser evitadas, melhorando-se o perfil zootécnico nas atividades da

piscicultura. O reconhecimento de estados de estresse, bem como o controle da

saúde do peixe, é, portanto, críticos para o sucesso de atividades em aqüicultura

(Iwama et al., 1997). De fato, em ambientes livres de estresse, a produtividade dos

sistemas biológicos é acentuadamente maior que em outros onde haja algum tipo de

agente estressor (Almeida-Val & Val, 1995).

A intensidade e a duração da exposição ao agente estressor podem, em

última análise, determinar se o animal está capacitado a superar o estresse. Muitos

impactos negativos, especialmente na saúde, podem surgir quando o peixe é

exposto a um agente estressor por períodos prolongados. Outro conceito que precisa

ser esclarecido é que o estresse é a resposta fisiológica do animal, enquanto o

agente estressor é o fator causador do estresse (Iwama et al., 1999).

Pesquisas sobre as respostas secundárias e terciárias em peixes submetidos

a agentes estressores em aqüicultura têm crescido rapidamente desde a década de

80 (Barton, 1997). Tais respostas têm sido amplamente usadas como indicadores de

estados alterados em peixes.

Martin Jr & Black (1996) estudaram os efeitos da contaminação de uma

refinaria de petróleo em bagres de canal (Ictalurus punctactus). Utilizando um

conjunto de biomarcadores para avaliação aguda de metais pesados, eles

detectaram um aumento significativo nos níveis de glicose sanguínea e em dois

parâmetros hematológicos: hemoglobina e ácido α – aminolevulínico desidratase,

essas alterações indicam estresse e foram associadas às altas concentrações de

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chumbo encontradas em sedimento; este metal inibe a enzima alfa-aminolevulinato

desidratase (ALAD) requerida nos primeiros estágios da síntese de hemoglobina no

tecido hematopoiético. Esses distúrbios são etapas iniciais causadas pela presença

deste elemento.

A presença de uma combinação de xenobióticos em um ambiente aquático

gera efeitos deletérios em populações. Estes efeitos tendem a se manifestar apenas

depois de períodos mais longos de exposição. Quando finalmente o efeito torna-se

claro, o processo destrutivo pode ter ido além do ponto onde isto poderia ser

invertido por ações de recuperação. Desta forma, é melhor prever efeitos nos níveis

hierárquicos mais altos antes que ocorram e isto pode ser feito por meio de análise

de mudança nos processos biológicos em níveis hierárquicos mais baixos, com

identificação de biomarcadores de efeitos que se constituem na realidade em sinais

de advertência (Baker, 1991; Heath, 1995; Kingston, 2002).

Quando incorporados, esses contaminantes podem ser acumulados no

fígado, no rim, nas brânquias, no intestino e no músculo. Uma boa parte desses

elementos é transferida para o fígado e rim para serem biotransformados.

Aproximadamente, 30 enzimas diferentes catalisam reações envolvidas com o

metabolismo de xenobióticos, sendo esse processo bastante complexo. Uma das

reações envolvidas é a hidroxilação, catalisada por membros de uma classe de

enzimas chamada de monoxigenases ou citocromos P450 (CYP). Após esse

processo, o poluente torna-se mais hidrossolúvel e, desta forma, fica facilitada sua

excreção pelo organismo, quer seja pela pele, por meio do muco, pelo intestino, por

meio das fezes, por meio da urina, quer seja pelas brânquias (Heat, 1995; Roesjijadi

& Robinson, 1994; revisto por Oost et al., 2003).

Como se pode observar, alterações causadas por presença de contaminantes

no ambiente aquático atingem diretamente os peixes, causando mudanças adversas

nos mais variados níveis da organização biológica, desde o nível molecular até o

nível populacional (revisto por Oost et al., 2003). Porém, todos os efeitos de um

contaminante químico em um organismo vivo podem ser explicados por um evento

inicial no nível molecular/celular (Corcoran et al., 1994). Eles podem ligar-se a

proteínas de membrana alterando os processos celulares. Por conseguinte, são

afetados o status energético e os gradientes iônicos, dentre outras conseqüências,

conduzindo à interferência em importantes funções celulares, como exposto seguir.

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Algumas proteínas que funcionam como fator de transcrição são ativadas por

meio de contaminantes ambientais, por exemplo, ao ligar-se ao contaminante, é

induzida a expressão de genes específicos. Exemplos bem conhecidos são: o

receptor de hidrocarbonetos aromáticos (AhR) e o receptor de estrógeno (ER).

Enquanto hidrocarbonetos aromáticos planares interferem com AhR induzindo

citocromo P4501A, substâncias químicas de estrutura diferente interagem com ER

havendo a indução de genes alvo de ER, tal como o gene para a proteína

vitelogênica de peixe (Billiard et al., 2002; Monk et al., 2003; Teraoka et al., 2003).

Outro exemplo é a indução da proteína heat shock 70 (hsp70), uma proteína rica em

cisteína. Embora sua indução fosse inicialmente associada ao choque térmico,

estudos recentes mostraram que a indução de hsp70 acontece em resposta a uma

variedade de agentes de estresse, incluindo contaminantes aquáticos como metais e

certos praguicidas (Ryan & Hightower, 1994, 1996; Williams et al., 1996). A

metalotioneína é uma outra proteína rica em cisteína capaz de fazer várias ligações

com metais. Contaminação com metais pesados como o cádmio induz a expressão

dessa proteína, indisponibilizando o metal para a célula (Hogstrand & Haux, 1990;

Hyllard et al., 1995; Soazig & Marc, 2003; Simes et al., 2003).

Muitas substâncias agem via membrana. Essa toxicidade basal responde por

mais de 70% de todas as substâncias acumuladas. O distúrbio da membrana celular

também afeta gradientes iônicos, em particular o de Ca+2, que é parte de uma

cascata de sinalização intracelular. Muitas enzimas, como proteases, nucleases e

lípases são reguladas via nível intracelular de Ca+2. O aumento do nível de Ca+2 é,

por exemplo, associado com a indução de apoptoses, incluindo a modificação da

expressão de muitos genes e proteínas (Farber, 1990; Nicotera et al., 1990; Reed,

1990; Pan et al., 2001; Ermak & Davies, 2002).

Os esclarecimentos de como os xenobióticos atuam em nível celular é

importante para o delineamento de estratégias para prevenção dos danos

ambientais (Anjos, 2003). De uma maneira geral, biomarcadores ou biosensores são

utilizados para elucidar o comportamento aquático de contaminantes ambientais,

identificando substâncias tóxicas com baixos níveis na água e avaliando a exposição

de organismos aquáticos.

Um outro fator importante, em se tratando de características dos rios

Amazônicos, é que os organismos precisam sobreviver em condições crônicas de

hipóxia. Variações extremas de níveis de oxigênio dissolvido na água são muito

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comuns nos corpos de água de zonas temperadas. Embora variações sazonais de

O2 sejam observadas em sistemas de águas tropicais, variações extremas tendem a

ocorrer num pequeno espaço de tempo. Níveis de oxigênio podem chegar a zero

durante a noite em lagos de várzea e pode alcançar altos níveis de saturação até

meio-dia do dia seguinte (Kramer et al., 1978; Junk et al., 1983; Val, 1986). Essa

rápida variação de O2 disponível tem muitas implicações biológicas, particularmente

nas características respiratórias de animais aquáticos (Val & de Almeida-Val, 1995).

Estratificação termal diurna que é maior a tarde pode se desenvolver durante

estações de altos níveis de água resultando em hipóxia ou às vezes anóxia nas

camadas mais baixas de água (Junk, 1984).

1.6 Metais pesados

Metais como o cobre (Cu) e o cádmio (Cd) em ambientes aquáticos podem

interferir severamente nos processos fisiológicos dos peixes, em função da grande

área branquial exposta ao meio (Wood, 2001), sendo que os mecanismos de ação

tóxica destes metais em particular, a nível fisiológico, envolvem a inibição de

proteínas reguladoras do transporte de íons como a Na+K+ATPase (cobre) e

Ca2+ATPase (cádmio) (Laurén & McDonald, 1987; Verbost et al., 1989).

Segundo Playle e colaboradores (1993a,b), estes metais podem formar

complexos organometálicos com as substâncias húmicas (SH), as quais constituem

a maior parte da matéria orgânica dissolvida. Sendo assim, a toxicidade dos metais

aos organismos aquáticos, ao contrário do que se pensava anteriormente, não está

relacionada à sua concentração total na água, e sim, à sua forma livre (Campbell,

1995). A formação de compostos orgânicos e inorgânicos leva à redução da

toxicidade dos metais aos organismos simplesmente por diminuir a concentração da

forma livre (tóxica) na água que pode interagir biologicamente nos sítios ativos

(Matsuo, 2004)

A concentração de Ca2+ na água afeta a toxicidade do cobre e cádmio nos

peixes de água doce e, como regra geral, os efeitos adversos destes metais são

mais acentuados em águas com baixas concentrações de Ca2+ (Playle et al., 1993b;

Spry & Wiener, 1991; Wood, 2001). Isto pode ser explicado com base na interação

competitiva que existe entre o Ca2+ e os cátions metálicos pelos sítios de ligação nas

brânquias (Playle et al., 1993b; Campbell, 1995; Hollis et al., 1997)

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1.6.1 Cobre (Cu)

O cobre é um metal que existe em quatro estados oxidativos: Cu0 (íon

metálico), Cu+ (íon cuproso), Cu2+ (íon cúprico) e Cu3+ (íon trivalente) (Lide &

Frederikse, 1993). Nriagu (1989) estimou que 66% das emissões deste metal no

ambiente eram de origem antropogênica. Sua distribuição no ambiente aquático

pode ocorrer também por meio da precipitação e carreamento para os corpos

d‟água. Este metal é liberado na água como resultado de desgaste ou erosão natural

do solo, descargas de indústrias e estações de tratamento de esgoto (ATSDR,

1990). As concentrações naturais de cobre em águas não contaminadas são

geralmente menores do que 20 µg.l- 1 (Nriagu, 1979). Em águas impactadas pelo

cobre na Amazônia, as concentrações do metal podem superar 1.000 µg.l -1

(Sampaio, 2000).

No ambiente aquático, a disponibilidade do cobre aos organismos depende

principalmente de fatores como o pH, as concentrações de Ca2+ e matéria orgânica

dissolvida (SH) (Playle et al., 1993a,b; Wood, 2001). A influência do Ca2+ e SH na

toxicidade do cobre podem ser explicadas com base na competição mútua que

existe entre estes „ligantes‟ pelos sítios branquiais (Playle et al., 1993b)

A homeostase do cobre nos organismos está sob um rigoroso controle, pois

ao mesmo tempo em que este metal é tóxico, o cobre é um elemento essencial em

vários processos bioquímicos, como nas enzimas envolvidas na respiração celular,

na defesa contra os radicais livres, na função de neurotransmissão, na síntese de

tecido conectivo e no metabolismo celular do ferro. O cobre pode atuar na

transferência de elétrons, como cofator ou como um componente alostérico das

enzimas (revisto por Linder & Hazegh-Azam, 1996).

1.6.2 Cádmio (Cd)

O cádmio é um metal que existe nos estados oxidativos Cd0 e Cd2+, sendo

que a forma tóxica é a forma livre Cd2+. O cádmio, diferente do cobre, não constitui

um elemento essencial ao metabolismo dos organismos e, portanto, pode ser

extremamente tóxico, mesmo em concentrações relativamente baixas (Wood, 2001).

A precipitação de cádmio atmosférico contribui com um grande aporte do metal nos

ecossistemas aquáticos (Nriagu & Pacyna, 1988). Apesar da escassez de dados

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sobre a contaminação de cádmio em áreas industrialmente ativas na Amazônia, sua

presença pode estar elevada em função do descarte de efluentes no ambiente

(Matsuo, 2004).

Anualmente, estima-se que cerca de 25.000 a 30.000 toneladas de cádmio

são liberadas no ambiente, sendo que a maior parte resulta de atividades como

mineração e queima de combustíveis fósseis (ATSDR, 1999). Além disso, a

presença do cádmio na água de formação (efluente da indústria petroleira) na região

do rio Urucu (Coari, AM) é relativamente elevada (10 µg.l-1; CETESB). Mesmo que

estes resíduos contendo cádmio não sejam indiscriminadamente liberados no

ambiente aquático, o risco de contaminação está sempre presente.

A toxicidade do cádmio é afetada por vários fatores físico-químicos, entre os

quais o mais importante é a concentração de Ca2+ na água. O aumento na

concentração de Ca2+ também reduz a toxicidade do cádmio em peixes (Richards &

Playle, 1999), o que é explicado novamente com base na competição entre o Ca2+ e

o Cd2+ pelos sítios de ligação nas brânquias (Spry & Wiener, 1991; Hollis et al.,

1997)

A toxicidade do cádmio não é significativamente afetada pela presença de SH

(Playle et al., 1993b; Hollis et al., 1997), como ocorre para o cobre, porque a força de

ligação entre o cádmio e SH é cerca de 10 vezes menor do que entre cobre e SH

(Morel, 1983). Assim, no contexto da Amazônia, o eventual impacto do cádmio em

ambientes aquáticos, particularmente aqueles associados às baixas concentrações

de Ca2+ como as águas pretas, provavelmente resultaria em conseqüências

drásticas para a ictiofauna associada.

A atividade da Ca2+ATPase branquial nos peixes é extremamente sensível ao

cádmio, mesmo em concentrações baixas do metal. A inibição do influxo de Ca2+

transepitelial pelo cádmio é dependente do tempo e da concentração de cádmio

(Verbost et al., 1989). A extrema toxicidade do cádmio mesmo em baixas

concentrações pode ser explicada em função da alta afinidade com que este metal

se liga às brânquias (Playle et al., 1993b). A afinidade de ligação entre o cádmio e as

brânquias é maior do que entre o cobre e as brânquias (Reid & McDonald, 1991;

Playle et al., 1993b).

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1.7 Justificativa

Nos últimos anos, a comunidade científica de um modo geral, e as populações

dos países mais industrializados, tem voltado suas preocupações para o impacto

ambiental causado por profundas modificações feitas pelo homem, em particular no

ambiente aquático. O interesse por esse assunto é um reflexo crescente da

consciência mundial de que a água doce é um recurso natural esgotável e suas

fontes são cada vez mais escassas.

Como exposto anteriormente, qualquer dano no organismo se inicia em um

nível molecular e em particular efeitos abaixo da toxicidade sub-aguda podem ser

detectados pelas medidas de marcadores apropriados. Esses marcadores podem

servir como indicadores de contaminação (biomarcadores), mas também indicam

uma exposição que pode ter efeitos crônicos e de longo prazo em organismos e

populações.

Devido a estas flutuações ambientais fortes, torna-se difícil calcular o impacto

da poluição no ecossistema e os riscos potenciais. Peixes são organismos

indicadores bem estabelecidos, uma vez que: (1) foram estudados extensivamente

em muitas áreas impactadas ao redor do mundo; (2) são de grande importância

econômica e nutricional para a população humana; (3) estão expostos diretamente a

contaminantes jogados na água ou lixiviados; (4) estão distribuídos no início, meio e

fim da cadeia trófica aquática e; (5) vários biomarcadores sob nível de toxicidade de

iolagentes químicos presentes em águas contaminadas estão disponíveis.

Portanto torna-se urgente a pesquisa e conhecimento relacionando impacto

ambiental e expressão gênica, pois, por um lado pode auxiliar no biomonitoramento

de ambientes impactados e por outro, vai gerar conhecimento específico de biologia

molecular para characiformes, sabidamente de ampla distribuição na região

neotropical.

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1.8 Objetivos

1.8.1 Objetivo Geral:

Caracterizar in silico os biossensores em Colossoma macropomum para

diagnóstico molecular e monitoramento de ambientes impactados.

1.8.2 Objetivos específicos:

- Analisar e caracterizar bancos de dados disponíveis on-line de Danio rerio

(paulistinha) e Ictalurus punctatus (bagre de canal);

- Validar os dados obtidos através de ferramentas de bioinformática dos bancos de

dados citados acima por meio da técnica de RT-PCR em Colossoma macropomum;

- Construir bibliotecas subtrativas de cDNA de Colossoma macropomum (tambaqui)

e com o auxílio de análises de bioinformática, isolar potenciais genes biossensores

de cobre, cádmio e estresse por manuseio para monitorar a ictiofauna de uma região

impactada;

- Selecionar genes relacionados com ambientes impactados por metais pesados

(cobre ou cádmio) e estresse por manuseio nos bancos acima citados e validar

utilizando a técnica de qPCR;

- Dosar algumas enzimas do Colossoma macropomum que também servirão para

comprovar o nível de expressão gênica e o envolvimento com os vários tipos de

estresse citados.

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2. MATERIAL E MÉTODOS__________________________________________________

2.1 Análise e caracterização do banco de dados de Danio rerio e Ictalurus

punctatus

As seqüências dos genes disponíveis nos bancos de dados de Danio rerio e

Ictalurus punctatus disponíveis no NCBI (National Center for Biotechnology

Information – www.ncbi.nlm.nih.gov), foram submetidas ao fluxograma de

bioinformática conforme exposto na figura abaixo.

Figura 2: Fluxograma de bioinformática utilizado para anotação dos genes disponíveis em bancos de dados.

As seqüências disponíveis nos bancos de dados foram enviadas para o

programa BLAST2GO para busca de homologia e similaridade, por meio da

ferramenta BLAST. Os resultados foram automaticamente submetidos para análise

por GO (Gene Ontology) (Hu et al., 2007) onde as seqüências foram categorizadas

por processo biológico (BP), função molecular (MF) e componente celular (CC).

EST (NCBI)

Anotação MYSQL

(banco de dados

da NL)

Blast2GO GO:

BP, MF

and CC

Search: Keywords, GO,

gi, etc

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2.2 Busca de seqüências de genes de estresse em bancos de dados on-line e

desenho dos oligonucleotídeos utilizados no RT-PCR

Algumas seqüências de genes de estresses ambiental dos eucariotos Danio

rerio, Ictalurus punctatus, entre outras espécies depositadas no banco de dados do

NCBI foram usadas como base para busca de regiões consenso. Os

oligonucleotídeos foram construídos pelo alinhamento das seqüências encontradas

com o uso do programa ClustalW disponível no Software BioEdit Sequence

Alignment Editor versão 7.0.5.3. (Hall, 2001)

Os oligonucleotídeos (primers) redundantes no sentido forward e reverse

foram construídos para os genes das enzimas catalase (CAT), citocromo p450

(citp450), glutamina sintetase (GLU) e proteína de choque térmico 70 (Hsp70). O

RNA ribossomal 18S foi utilizado como controle da reação. Análises dos géis de

agarose foram realizadas com uso do software Sequentix

(www.sequentix.de/software.php). As análises estatísticas foram realizadas com o

uso do programa Statistica 6.0. Os níveis de expressão foram verificados através do

teste t de Student. O nível de significância foi mantido a 0,05 em todos os testes.

Tabela 1: Seqüência de oligonucleotídeos para RT-PCR. CAT: Catalase; Citp450: Citocromo p450; GLU: Glutamina sintase; HSP70: Heat shock protein 70; 18S: RNA ribossomal 18S. ∆*: Temperatura de anelamento de cada par de oligonucleotídeos.

Primer Forward 5’ – 3’ Reverse 5’ – 3’ ∆* Amplicon (pb)

CAT

AGAGCGGATACCAGAGAG GTGGATGAAAGACGGAAAC

48°C

320

Citp450

AAGGGATGGCAGCTGACC GTGATGAAGTCCTCCTCCAAGTT

60°C

400

GLU

ACTGTGGTGTGGGAGCGGAC CATTGTCCAGCCCTCCTTT

50°C

420

HSP70

CAGGTGGCCATGAATCCCC CGTCTTCAATGGTCAGGATGG

54°C

450

18S

AAGCATTTGCCAAGAATGTTTT TTAAGTTTCAGCTTTGCAACCA

42°C

100

.

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2.3 Aquisição e aclimatação do tambaqui

Juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum), com tamanho em torno de

6,5 ± 0,5 cm de comprimento e peso de 12,0 ± 3,0 g, foram adquiridos de criações

artificiais da fazenda Litiara, Km 240 da estrada AM-010, Manaus, AM e

transportados para o laboratório onde foram acondicionados em tanques de 1000L

contendo aeração constante e alimentação ad libitum. Transcorrido o período de

aclimatação de uma semana, 12 animais foram transferidos para recipientes

individuais de 4,5 L contendo aeração constante, onde permaneceram por mais 24

horas (Figura 3).

Figura 3. Desenho experimental; Foto: Arquivo pessoal.

2.3.1 Indução de estresse por metais pesado e estresse físico

O experimento consistiu em quatro grupos, cada um com três tambaquis. Os

grupos não expostos (controle) foram comparados com os três grupos

simultaneamente expostos. O primeiro foi exposto à água misturada com uma

solução de sulfato de cobre pentahidratado (CuSO4. 5H2O) na concentração de 20

µg/L do íon cobre (Julliard et al., 1995). O segundo grupo foi exposto ao nitrato de

cádmio pentahidratado [Cd(NO3).4H2O] na concentração de 10 µg/L de íon cádmio

(Hollis et al., 2000), ambos os grupos foram expostos durante uma e três horas. O

terceiro grupo foi submetido a estresse manual (mecânico) durante cinco minutos

diários por três dias consecutivos com intervalo de 24 horas entre as agitações

mecânicas. Valores iniciais e finais de oxigênio dissolvidos da água foram medidos

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com o uso do oxímetro YSI550 A (YSI Incorporated), onde a concentração foi

mantinda em torno de 6,6 mg/L. A temperatura da água foi 29 ± 0,5 °C. Valores

iniciais e finais de cada metal na água foram analisadas em espectrofotômetro de

absorção atômica (AAnalyst 800, Perkin-Elmer), conforme orientação do fabricante.

Transcorrido o período de exposição, os animais foram removidos dos recipientes

sacrificados para retirada de tecidos.

Tabela 2: Concentrações de cobre e cádmio total nas amostras dos tratamentos de exposição do tambaqui aos metais (Média ± SEM).

Concentração nominal usada nos

tratamentos

Concentração do metal nos tratamentos analisados por AAS-GF (em µg/L)

[Controle] [Inicial] [Final]

Cobre 20 µg/L 2,51±0,12 8,49±0,17 6,87±0,97

Cádmio 10 µg/L 0,08±0,03 5,62±0,07 5,04±0,32

2.3.2 Coleta e conservação dos tecidos

A extração dos tecidos foi realizada com auxílio de material cirúrgico

adequado e em seguida, fígado e músculo foram colocados em microtubos de 1,5

mL e congelados em nitrogênio líquido e transferidos para um freezer -80 C (Figura

4).

Figura 4: Extração de tecido. Foto: cedida gentilmente por Susy Góes.

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2.3.3 Extração do RNA mensageiro

A extração de RNAs de fígado e músculo foram extraídos com o uso do kit

Fast Track® Mag mRNA Isolation (Invitrogen), conforme instrução do fabricante. A

descrição de cada solução não foi fornecida pelo fabricante.

Para o preparo do tecido, foi adicionado o tampão de lise (L4) mais a enzima

proteinase K (20mg/mL), seguidos de homogeneização, posteriormente, as amostras

foram centrifugadas a 3000 x g, por 5 minutos, à temperatura ambiente.

Cuidadosamente, o sobrenadante foi transferido para um tubo de 1,5 mL estéril e

incubado 45°C por 10 minutos. Enquanto as amostras estavam sendo incubadas, foi

executado o procedimento de lavagem e ligação das esferas magnéticas.

No procedimento de lavagem e ligação das esferas magnéticas, as esferas

foram homogeneizadas com a pipeta, separando 30 µL em microtubos de 1,5 mL

estéreis para cada amostra de RNA extraído. Os tubos com as esferas foram

colocados na estante magnética e quando as esferas estavam claramente separadas

do líquido, este foi removido e descartado, sendo imediatamente adicionado 200 µL

de tampão de lavagem (W7) em cada tubo. Os tubos foram retirados da estante e as

esferas foram homogeneizadas com o auxílio da pipeta. Novamente, as esferas

foram colocadas na estante magnética e separadas do líquido e descartado.

Imediatamente, a lavagem com tampão (W7) foi repetida, seguida da separação do

líquido e descarte. Em seguida, foram adicionadas às esferas, as amostras de tecido

que estavam sendo incubadas a 45° C por 10 minutos, e 200 µL de tampão de

ligação (B6) previamente aquecido a 65 ou 70° C. Os tubos foram removidos da

estante e ressuspendidos na solução com ajuda da pipeta. As amostras foram

incubadas a 65 ou 70° C por 5 minutos e centrifugadas a 3000 x g por 10 minutos à

temperatura ambiente.

No procedimento de lavagem e eluição, os tubos foram inseridos na estante

magnética, quando o líquido tornou-se transparente, ele foi removido.

Imediatamente, foi adicionado 200 µL do tampão de lavagem (W6). As amostras

foram removidas da estante e as esferas ressuspendidas com auxílio da pipeta.

Adicionou-se 2 µL (2U) de DNase I, misturando cuidadosamente e incubando a 25°

C por 5 minutos. Os tubos foram reinseridos na estante e quando as esferas

estavam claramente separadas, o tampão de lavagem foi removido completamente e

descartado. Às esferas, adicionou-se imediatamente 200 µL de tampão de lavagem

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(W7), ressuspendendo-as. Quando as esferas tornaram-se transparentes, o líquido

foi descartado. O procedimento de lavagem com tampão de lavagem (W7) foi

repetido mais 2 vezes. Após todo esse procedimento de lavagens das esferas, foi

adicionado 20 µL de água livre de RNA, ressuspendendo as esferas e incubando-as

a 37° C por 3 minutos. Os tubos foram colocados na estante e quando as esferas

ficaram claramente separadas do líquido, este foi recuperado e transferido para outro

tubo limpo. A etapa de eluição com água foi repetido com 10 µL e o líquido presente

nesta última etapa foi combinado ao sobrenadante anterior, gerando um volume final

de 30 µL de mRNA extraído por amostra. Os RNAs mensageiros foram

armazenados em freezer -80°C.

A eletroforese foi realizada em gel de agarose 1% (m/v), com tampão TAE 1X,

corado com brometo de etídio, durante 30 minutos. O gel foi visualizado em

transiluminador de luz ultra-violeta (UV).

2.3.4 Síntese de cDNA

Após extração, as amostras de RNA foram convertidas em cDNA, por

tratamento enzimático com transcriptase reversa (M-MLV Reverse Transcriptase

(200 U/μL, USB). Para isto, foram misturados em um microtubo de 1,5 mL

aproximadamente de 2-5 µg RNAm, 1,0 µL de oligonucleotídeo dT(18) (1 μg), 1,0 µL

de dNTP mix (10 mM), tampão 5X M-MLV e água deionizada (q.s.p) para um volume

final de 50 μL, posteriormente, o tubo foi incubado 37° C por 1 hora para a conversão

e 70° C por 10 minutos para inativação da enzima.

Para confirmação da síntese de cDNA, foi realizada uma eletroforese em gel

de agarose 1% (m/v), com tampão TAE 1X, corado com brometo de etídio. O tempo

de corrida foi de 30 minutos e o gel foi visualizado em transiluminador de luz UV.

Com o sucesso da síntese de cDNA, as amostras foram quantificadas com

auxílio de espectrofotômetro utilizando comprimento de onda de 260nm. O cálculo da

concentração foi obtido pela multiplicação dos seguintes fatores: Abs260nm x 33 x

fator de diluição, onde 33 é o coeficiente de correção para cDNA fita simples

(Sambrook & Russel, 2001).

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2.4 Transcriptase Reversa - Reação em cadeia da polimerase (RT-PCR)

A transcriptase reversa foi conduzida para determinar a expressão relativa da

catalase, heat shock protein 70 (hsp70), glutamina sintase (GLU) e citocromo p450

em RNAs extraídos de tecidos de fígado de tambaqui.

Amostras com aproximadamente 2 µg de cDNA obtidas dos tecidos de

animais controle e submetidos ao estresses químicos e mecânico foram sintetizadas

em solução contendo enzima Paq5000 DNA polimerase (5U/μL), tampão de reação

10X Paq5000, 1,0 μL dNTP mix (10mM), primer F (5 pmol), primer R (5 pmol),

adicionando água para um volume final de 25 μL.

As amostras foram submetidas às temperaturas de 94° C por 30 segundos, 30

ciclos de 94° C por 20 segundos, ∆* por 45 segundos e 72° C por 1 minuto, extensão

de final de 72° C por 5 minutos.

Após término da PCR, a eletroforese foi realizada em gel de agarose 1,5%

(m/v), em tampão TAE 1X e corado com brometo de etídio. As bandas amplificadas

foram separadas durante 40 minutos. O gel foi visualizado no transiluminador de UV.

2.4.1 Purificação dos fragmentos oriundos do gel de RT-PCR

Após a eletroforese, os fragmentos amplificados foram recortados do gel com

auxílio de lâmina de bisturi estéril e purificados com o uso o Kit Concert Gel

Extraction Systems (GibcoBRL), para posterior clonagem e sequenciamento. Os

reagentes que compõem cada solução não foram disponibilizados pelo fabricante.

Antes de iniciar a purificação, o tampão TE (fornecido pelo kit) foi aquecido a

65° C. Os fragmentos excisados de um gel de agarose 1,5% (m/v) foram colocados

em tubos de 1,5 mL, lavados com 300 µL (30 µL para cada 10 mg de gel) de tampão

solubilizador de gel (L1) e em seguida, incubados a 50° C até que a agarose fosse

dissolvida (em torno de 8-10 minutos). Os filtros foram colocados em tubos coletores

(fornecidos pelo kit) e as amostras foram transferidas para os filtros, incubadas à

temperatura ambiente por 2 minutos e centrifugadas a 9000 x g por 1 minuto,

também à temperatura ambiente. O líquido foi descartado do tubo coletor e retornou-

se o filtro para o mesmo tubo para posterior lavagem. Foi adicionado, então, 700 µL

de tampão de lavagem (L2) e novamente incubado à temperatura ambiente por 5

minutos. As amostras foram centrifugadas a 9000 x g por 2 minutos à temperatura

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ambiente e o líquido coletado foi descartado. A centrifugação foi repetida para que

todo resíduo de tampão de lavagem fosse removido. O filtro foi transferido para um

tubo de 1,5 mL e posteriormente adicionado 30 µL do tampão TE aquecido

diretamente no centro da resina. As amostras foram incubadas por 5 minutos à

temperatura ambiente seguido de centrifugação por 12000 x g por 5 minutos. O

filtrado foi armazenado a -20° C para posterior análise.

2.4.2 Ligação dos fragmentos purificados

Os fragmentos purificados (100-200 ng) foram ligados em 1 µL de vetor p-

GEM-T-easy 50 ng/µL(Promega) (Anexo I), pela ação de 1 µL de T4 ligase e 2 µL de

10X Tampão de ligação, totalizando um volume total de 20 µL. A reação foi

incubada a 16° C durante 22 horas.

2.4.3 Transformação de bactérias

Após a ligação, as amostras foram transformadas utilizando células

competentes da linhagem MosBlue {Genótipo: endA1, hsdR17(rk12-mk12) supE44, thi-

1, recA1, gyrA96 relA1, lac [F‟proA+B+, laclqZ∆M15:Tn10(TcR)]} preparadas com

cloreto de cálcio (Sambrook & Russel, 2001). O volume total de cada ligação foi

adicionado em bactéria competente. As bactérias permaneceram no gelo por 30

minutos, seguido de um choque térmico de 42°C por 40 segundos e dois minutos no

gelo. Após o choque, foram adicionados 800 µL de meio LB (Luria-Bertani) líquido

sem antibiótico (10 g Triptona; 5 g extrato de levedura; 0,2 g cloreto de potássio; 0,6

g cloreto de sódio; água q.s.p. 1000 mL, pH 7,4) em cada tubo, que foram levados a

estufa 37° C, onde incubaram por 1 hora. Decorrido o tempo, as amostras foram

centrifugadas 3750 x g por 5 minutos à temperatura ambiente. O excesso de meio foi

descartado e o precipitado foi estriado em placas de Petri (9 x 11 cm) contendo 20

mL de LB sólido (10 g Triptona; 5 g extrato de levedura; 0,2 g cloreto de potássio; 0,6

g cloreto de sódio; 1,5% (m/v) agar; água q.s.p. 1000mL, pH 7,4) sólido com

antibióticos seletivos tetraciclina (15 mg/mL) e ampicilina (50 mg/mL). Além dos

antibióticos, foi adicionado em cada placa 20 µL de IPTG 1M (isopropyl-β-D-

thiogalactopyranoside) e 20 µL (20 mg/ml) X-Gal (5-bromo-4-chloro-3-indolyl-β-D-

galactoside) para seleção de colônias transformadas (vetores com inserto) das não-

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transformadas (vetores sem inserto). As placas foram incubadas a 37° C durante 18

a 22 horas até o desenvolvimento das colônias.

2.4.4 Extração de DNA plasmidial em microtubos

As colônias brancas (transformadas) foram selecionadas e isoladas em tubos

de 15 mL, tipo Falcon, contendo meio LB líquido com ampicilina (resistência do vetor

pGEM-T easy) e tetraciclina (resistência da bactéria Mos Blue) nas concentrações de

50 mg/mL e 15 mg/mL, respectivamente a 165 x g, 37º C por 22 horas.

Após o crescimento dos clones, foi realizada a extração de DNA plasmidial As

células cultivadas em tubo de 15 mL, tipo Falcon, foram transferidas para tubos de

1,5 mL e centrifugadas a 9000 x g por 1 minuto à 4° C. Em seguida, o meio foi

removido por aspiração, deixando o precipitado seco.

O precipitado foi ressuspendido em 100 µL de solução I gelada (Glicose

50mM; Tris-HCl 25mM, pH 8,0 contendo EDTA 10mM (pH 8,0). Após lavagem, foi

adicionado 200 µL de solução II [0,2N NaOH; SDS 1% (m/v)], misturado por inversão

e incubado no gelo por 5 minutos. Em seguida, foi adicionado 150 µL de solução III

(60 mL de acetato de potássio 5M; 11,5 mL de ácido acético; água para um volume

final de 100 mL), misturado por inversão e incubado no gelo por 5 minutos. As

amostras foram centrifugadas à 9000 x g por 5 minutos à 4° C e o sobrenadante

transferido para um tubo limpo.

Ao sobrenadante foi adicionado 5 µL de RNase (10 mg/mL) incubando a 65° C

por 1 hora e inativando-a à 85° C por 5 minutos. Em seguida, adicionou igual volume

de uma mistura fenol:clorofórmio:álcool isoamílico (25:24:1). Misturou-se em vortex e

em seguida centrifugou-se a 9000 x g por 2 minutos a 4° C para separação das

fases. O sobrenadante foi transferido para um tubo de 1,5 mL estéril. O DNA foi

precipitado com 2 volumes de etanol e 1/10 volume de acetato de potássio 3M,

mantendo no gelo por 5 minutos. Novamente, centrifugou-se a 9000 x g por 5

minutos a 4°C. O sobrenadante foi removido cuidadosamente e o precipitado lavado

com 200 µL de etanol 70% (v/v). O etanol foi removido e o precipitado seco a

temperatura ambiente. Em seguida, foi dissolvido em 30 µL de água estéril.

A extração do DNA foi verificada em gel de agarose 1% (m/v) corado com

brometo de etídio, corrido em tampão TAE 1X (TAE 50X – Tris base: 242 g; ácido

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acético glacial: 57,1 mL; 100mL de EDTA 0,5M, ajustado o pH em 8,0; água

destilada q.s.p. 1000mL) por 30 minutos. O gel foi visualizado sob luz ultravioleta.

2.5 Reação de sequenciamento

A reação de sequenciamento constou da adição de 1 µL de Big Dye V3.1

(Applied Biosystems), 1,5 µL de tampão big dye 2X, 3 µL de DNA (aproximadamente

100 ng) e primer M13 reverso (CAGGAAACAGCTATGAC) (3,2 pmol/µL), em placa

de 96 poços, com as seguintes temperaturas: 96° C por 2 minutos e 39 ciclos de 96°

C por 30 segundos, 50° C por 20 segundos e 60° C por 4 minutos.

Em seguida, foi realizada a precipitação adicionando 40 µL de isopropanol

65% (v/v) à temperatura ambiente, deixando 15 minutos ao abrigo da luz.

Centrifugou-se durante 30 minutos a 3000 x g à temperatura ambiente e o

sobrenadante foi descartado. Em cada poço foram adicionados 200 µL de etanol

60% (v/v) à temperatura ambiente, seguido de 5 minutos de centrifugação a 3000 x

g. O sobrenadante foi descartado e as amostras secas por 30 minutos a 37° C,

protegido da luz. As amostras foram ressuspendidas em 10 µL de formamida Hi-Di

(Applied Biosystems), aquecida a 95° C por 5 minutos e levadas ao gelo por mais 2

minutos. As amostras de DNA foram seqüenciadas com auxílio do seqüenciador

automático de 4 capilares - ABI 3130 Sequence Analizer (Applied Biosystems)

localizado no Laboratório de Ecofisiologia e Evolução Molecular (LEEM) do Instituto

Nacional de Pesquisas da Amazônia.

2.6 Construção das bibliotecas de cDNA de Colossoma macropomum

2.6.1 Construção da Biblioteca de cDNA

Para construção da biblioteca de cDNA foi utilizado o kit Creator™ SMART™

cDNA Library Construction (Clontech Laboratories, Inc.), conforme instruções do

fabricante. Cinco bibliotecas foram construídas: 1. controle de fígado (CF), 2.

controle de músculo (CM), 3. fígado de tambaqui expostos ao cobre por 3 horas

(Cu), 4. fígado de tambaqui expostos ao cádmio por 3 horas (Cd) e 5. músculo de

tambaqui submetido ao estresse mecânico (A).

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2.6.2 Síntese da fita simples de cDNA

Após síntese de mRNA com uso do kit “Fast TrackMAG micro RNAm

isolation”, foi realizada a síntese da fita simples das cDNA com uso de 3 μL de

mRNA (0.1 – 0.5 μg), adicionado a 1 μL de SMART IV Oligonucleotide e 1 μL de

CDS III/3‟ PCR Primer. As amostras foram incubadas a 72° C por 2 minutos e

geladas em gelo por 2 minutos. Em seguida, foram acrescentados aos tubos 2 μL de

5X First-strand Buffer, 1 μL de DTT (20mM), 1 μL de dNTP Mix (10mM) e 1 μL de

PowerScript Reverse Transcriptase, totalizando um volume final de 10 μL de cada

amostra. As amostras foram novamente incubadas a 42° C por 1 hora.

2.6.3 Síntese da fita dupla de cDNA

Para síntese da fita dupla das amostras de cDNA, os seguintes componentes

foram combinados: 2 μL da fita simples de cDNA, 80 μL água deionizada, 10 μL de

10X Advantage 2 PCR buffer, 2 μL de 50X dNTP mix, 2 μL 5‟-PCR primer, 2 μL CDS

III/3‟-PCR primer e 2 μL de 50X Advantage 2 Polymerase mix. A mistura foi incubada

segundo o programa do termociclador: 1 minuto a 95° C (hot start) e 26 ciclos de: 15

segundos a 95° C e 6 minutos a 68°C.

Após a finalização dos ciclos, 5 μL do produto de PCR foi verificado em gel de

agarose 1% (m/v) preparado com tampão TAE 1X contendo brometo de etídio foi

utilizado para visualização do cDNA através da luz ultravioleta.

2.6.4 Digestão com proteinase K

Num tubo estéril, 2 μL da enzima proteinase K (20 μg/μL) foi adicionada em

50 μL do cDNA (0,1 – 4kb) fita dupla oriundo da etapa anterior (2-3 μg) e incubada a

45° C por 20 minutos. Foi adicionado ao tubo 50 μL de água deionizada e 100 μL de

uma mistura de fenol:clorofórmio:álcool isoamílico (25:24:1). Em seguida, as

amostras foram centrifugadas por 5 minutos a 10500 x g a temperatura ambiente. A

fase superior aquosa foi removida para um tubo estéril e adicionado 100 μL de uma

solução de clorofórmio:álcool isoamilico (24:1) e novamente, foi centrifugado a 10500

x g por 5 minutos a temperatura ambiente. A fase aquosa foi removida e adicionado

10 μL de acetato de sódio 3M, 1,3 μL de glicogênio (20 μg/μL) e 260 μL de etanol

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95% (v/v) a temperatura ambiente. Imediatamente, foi centrifugado a 10500 x g por

20 minutos a temperatura ambiente. No final desta etapa, o sobrenadante foi

descartado e o precipitado lavado com 100 μL de etanol 80% (v/v). O precipitado foi

secado para evaporar resíduo de etanol e ressuspendido em 79 μL de água

deionizada.

2.6.5 Digestão com enzima SfiI

A amostra digerida com a proteinase K foi combinada a 10 μL de 10X SfiI

buffer, 10 μL da enzima SfiI e 10 μL de 100X BSA gerando um volume final de 100

μL de amostra. Essas amostras foram incubadas por 2 horas a 50° C.

2.6.6 Ligação e transformação

Após as amostras serem digeridas com as enzimas proteinase K e SfiI, o DNA

foi ligado a 0.1μg/μL do plasmídeo pDNR –LIB (Clontech) (ANEXO II) pela ação da

enzima T4 DNA ligase. Os DNAs ligados foram incubados na presença de tampão

de ligação 10X. O volume final da reação de ligação foi de 10μL. A ligação foi

incubada a 16° C durante 22 horas. A transformação foi realizada por choque

térmico em bactérias competentes da linhagem MosBlue, conforme citado

anteriormente (item 2.4.3, transformação de bactérias). As bactérias foram estriadas

em meio LB sólido contendo tetraciclina (resistência da bactéria) e cloranfenicol

(resistência do vetor pDNR-LIB) nas concentrações de 15 mg/mL e 10 mg/mL,

respectivamente. Os transformantes foram incubados a 37°C por 15 horas. Devido

ao vetor possuir um gene suicida, as bactérias cujos vetores não apresentaram não

sobreviveram.

2.6.7 Extração do DNA plasmidial em placas

A micro-prepeparação de DNA plasmidial de placa de 96 poços foi realizada

adicionando, em cada poço da placa de “deep well”, 800 µL de LB líquido contendo

tetraciclina e cloranfenicol nas concentrações 15 mg/mL e 10 mg/mL,

respectivamente. As colônias de bactérias transformadas foram transferidas para

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cada poço da placa, sendo essa selada com adesivo aluminizado e mantida sob

agitação mecânica (165 x g) a 37° C por 22 horas.

A placa foi centrifugada a 3000 x g por 6 minutos a temperatura ambiente. O

sobrenadante foi removido vertendo a placa bruscamente, deixando secar por 1

minuto. Em cada poço, adicionou-se 240 µL de GTE (Glicose 20% (m/v); EDTA

0,5M, pH 8,0 e Tris-HCl 1M, pH 7,4) e agitou-se em vortex por 2 minutos. Em

seguida, a placa foi centrifugada a 3000 x g por 6 minutos a temperatura ambiente. O

sobrenadante foi removido vertendo a placa bruscamente sobre um papel

absorvente.

Em cada poço foi adicionado 80 µL de GTE e agitado em vortex novamente.

Em uma placa de poço com formato em “U”, foi adicionado 5 µL de RNAse (10

mg/mL) e transferido 60 µL das células ressuspendidas em GTE. Em seguida, foi

adicionado 60 µL de NaOH (0,2N) e dodecilsulfato de sódio (SDS) 1% (m/v). A placa

foi selada com adesivo aluminizado e misturada por inversão 10 vezes, incubada por

10 minutos e centrifugada a 3000 x g por 5 minutos a temperatura ambiente.

Para precipitação do DNA cromossômico, foram adicionados 60 µL de acetato

de potássio 3M gelado (14,7g de KOAc; 0,75 mL ácido acético; água destilada q.s.p.

50mL), a placa foi selada com adesivo aluminizado e misturada por inversão 10

vezes, sendo incubada a temperatura ambiente por 10 minutos. Em seguida, foi

realizada uma centrifugação de 3000 x g por 5 minutos a temperatura ambiente, o

selo foi removido e a placa incubada a 90° C por 30 minutos. Após incubação, a

placa foi transferida imediatamente ao gelo por 5 minutos e centrifugada a 3000 x g a

20° C por 4 minutos.

Sobre uma placa de fundo “V”, foi colocada uma placa filtro (MAGV N22) e

transferido todo volume da placa fundo “U”, sendo centrifugada a 3000 x g por 4

minutos a 20° C. Em seguida, o filtro foi removido e adicionado ao filtrado 110 µL de

isopropanol em cada poço. A placa foi selada e misturada por inversão 10 a 20

vezes, seguida de 45 minutos de centrifugação a 3000 x g em temperatura de 20° C.

Para lavagem do DNA, o sobrenadante foi descartado e adicionado 200 µL de etanol

70% (v/v) gelado. A placa foi novamente centrifugada por 5 minutos a 3000 x g a

20°C. O sobrenadante foi removido e a placa, sem selo, secou a temperatura

ambiente por 60 minutos. O DNA foi eluído com 30 µL de água estéril e armazenado

a -20° C.

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A extração do DNA foi verificada em gel de agarose 1% (m/v) corado com

brometo de etídio, corrido em tampão TAE 1X por 30 minutos. O gel foi visualizado

sob luz UV.

Após extração do DNA plasmidial, a reação de sequenciamento foi realizada

conforme descrito anteriormente (Item 2.5).

2.7 Análise computacional

Seqüências obtidas com o software Sequence Analysis (Applied Biosystems)

foram submetidas ao fluxograma de bioinformática conforme abaixo:

Figura 5: Pipeline de bioinformática utilizado para anotação do sequenciamento dos fragmentos expressos.

Os arquivos obtidos diretamente do seqüenciador foram aplicados numa

seqüência de softwares para atribuição de qualidade (Phred), agrupamento (Phrap) e

geração de contigs (CAP3). Os contigs foram enviados para o programa BLAST2GO

para busca de homologia e similaridade, através da ferramenta BLAST. Os resultados

foram automaticamente submetidos para análise por GO (Gene Ontology) onde as

Anotação MYSQL

(banco de

dados da NL)

Sim Não

Blast2GO GO: BP, MF

and CC

Blast2GO BLASTn, BLASTx,

tBLASTx

Arquivo .ABI do

sequenciador

Phred/Phrap

CAP3

1

2

3 4

5

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seqüências foram categorizadas por processo biológico (BP), função molecular (MF) e

componente celular (CC). O valor de ponto de corte foi de e-value10-6. Em seguida,

todos os resultados obtidos nas etapas (3) e (4) foram armazenados no servidor do

Centro Universitário Nilton Lins, que possui um banco de dados desenvolvido para

comparar todas as informações obtidas com aproximadamente 1.500.000 ESTs

(Expressed Sequence Tags - Etiquetas de Genes Expressos) de peixes existentes em

outros bancos de dados da web.

2.8 qPCR

2.8.1 Desenho dos oligonucleotídeos utilizados na reação de PCR quantitativo

As seqüências dos genes “recombination activating 2” (Rag2) e alfa-

tropomiosyna (Trop) de tambaqui, oriundas do sequenciamento da biblioteca de

cDNA, foram utilizadas para o desenho dos oligonucleotídeos. Todos os iniciadores

foram desenhados com o uso do Software Oligo Explorer 1.2 (Gene Link)

(http://www.genelink.com/tools/gl-oe.asp). Os primers amplificaram produtos entre 98

-102 pares de bases de comprimento, estando assim, dentro do parâmetro 50 -150

pares de bases requeridos pelo fabricante para uso do ensaio SYBER Green

(Applied Biosystems).

Tabela 3: Oligonucleotídeos desenhados para análises qPCR. rag2: Recombination activating gene 2; trop: Alfa tropomiosina

Primer

Forward 5’ – 3’ Reverse 5’ – 3’

Amplicon

(pb)

Rag2

CTGCGTGCCATCTCATTCTC TACCTTCGGGACTCACAATG

102

Trop

TGAGAAGGCTGCTGATGAGA GTATGGCACCTTGTTTCGCT

98

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2.8.2 Reação quantitativa em cadeia da polimerase (qPCR)

As reações de PCR, para a análise de expressão por RT-PCR em tempo real,

foram feitas utilizando o aparelho ABI Prism 7300 Sequence Detection System

(Applied Biosystems, CA). As reações de PCR foram feitas com 5 µL de SYBR®

Green PCR Master Mix (Applied Biosystems, Foster City, CA), 0,5 µL do iniciador 1

(1pmol/μL) e 0,5 µL do iniciador 2 (1 pmol/μL) e 200 ng de cDNA. As condições de

reação foram: um passo inicial de 95° C por 10 minutos, seguidos por 40 ciclos de

95° C por 15 segundos e 60°C por 30 segundos. As reações foram realizadas em

triplicata, permitindo a detecção de possíveis erros. Quando os resultados das

triplicatas apresentaram uma variação maior que um ciclo, novas repetições foram

feitas. Controles negativos também foram feitos como uma forma de detectar

possíveis contaminações. Todas as análises foram baseadas no cálculo dos valores

do threshold cycle time (Ct) dos produtos de pcr. O Ct é definido como o ciclo do

PCR onde o sinal fluorescente intercepta a linha de threshold que é estabelecida na

fase exponencial da curva de amplificação. Baseline e threshold foram obtidos

automaticamente com o uso do software de análise ABI Prism 7300 SDS software

versão 1.3.1.

2.8.3 Elaboração da curva padrão

A curva padrão é feita a partir de um PCR em tempo real de alíquotas de

concentrações conhecidas do DNA do clone e seus respectivos iniciadores em 7

pontos diferentes (500 ng/L até 500 fg/L), onde a partir da equação da reta,

fornecida pela curva padrão de cada par de oligonucleotídeos, foi feito o cálculo do

número de cópias de cada gene.

2.9 Dosagem Enzimática

As dosagens destas enzimas serviram para comprovar a expressão gênica e

as integrações de vias metabólicas mediante a exposição ao estresse.

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2.9.1 Glutationa S-transferase (GST) (E.C 2.5.1.18)

A atividade da GST foi avaliada com auxílio do Glutathione S-Transferase

Assay Kit (Cayman Chemical), conforme instruções do fabricante.

Dez microlitros de tampão de reação concentrado foi diluído em 10 mL de

água deionizada (fosfato de potássio 100 mM, pH 6,5, contendo 0,1% de Triton X-

100). Cinco mililitros de tampão de amostra concentrado (fosfato de potássio 100

mM, pH 6,5, contendo 0,1% de Triton X-100, glutationa 1 mM e 1 mg/ml BSA) foi

diluído em 5 mL de água deionizada.

O tecido foi previamente lavado com solução PBS (tampão salino, pH 7,4)

para remoção de células vermelhas, em seguida, o tecido foi homogeneizado em 1

mL de tampão gelado (100 mM fosfato de potássio, pH 7,0 contendo 2 mM EDTA).

As amostras foram centrifugadas a 10000 x g por 15 minutos em temperatura de 4°C

e no final da centrifugação o sobrenadante foi removido e utilizado para realização

das análises.

O controle negativo foi amostrado com 170 L de tampão de reação e 20 L

de glutationa. Controle positivo (GST de fígado de rato) foi amostrado com 150 L de

tampão de reação, 20 L de glutationa e 20 L de GST diluída (10 L da enzima

diluída em 190 L de tampão de amostra previamente diluído). Às amostras, foram

adicionados 150 L de tampão de reação, 20 L de glutationa e 20 L de amostra. A

reação foi iniciada adicionando 10 L de 1-cloro-2,4-dinitrobenzeno (CDNB) em

todas as amostras seguida de breve agitação. Cuidadosamente, a placa foi agitada

por poucos segundos. Em seguida, foram tomadas medidas de absorbância

utilizando comprimento de onda de 340 nanômetros. Para o cálculo da atividade foi

utilizado coeficiente de extinção molar (ε) de 9,6 mM-1.cm-1. Todas as amostras

foram analisadas em triplicata. A concentração final foi expressa em nmol/min/mL.

2.9.2 Catalase (CAT) (E.C 1.11.1.6)

A atividade da CAT foi medida com auxílio do Catalase Assay Kit (Cayman

Chemical), conforme instruções do fabricante.

O tampão de reação concentrado foi diluído em 18 mL de água deionizada (

fosfato de potássio 100 mM, pH 7,0). Tampão de amostra concentrado foi diluído em

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45 mL de água deionizada (fosfato de potássio 25 mM, pH 7,5, contendo EDTA 1

mM e BSA 0,1%). À catalase liofilizada, foi adicionado 2 mL de tampão de amostra

diluído. Cem microlitros da enzima catalase foi diluída em 1,9 mL de tampão de

amostra diluído. Quarenta microlitros de peróxido de hidrogênio (8,82 M) foi

adicionado a 9,96 mL de água.

A amostra foi preparada lavando o tecido com solução PBS (solução salina

pH 7,4) para remoção de células vermelhas. O tecido foi homogeneizado em 1 mL

de tampão gelado (100 mM fosfato de potássio, pH 7,0 contendo 2 mM EDTA). As

amostras foram centrifugadas a 10000 x g por 15 minutos à 4°C. O sobrenadante foi

removido e utilizado para realização das análises.

Os padrões de formaldeído foram preparados com 10 L de formaldeído

diluído em 9,99 mL de tampão de amostra (diluído) para obter uma solução estoque

de 4,25 mM. Quantidades do estoque de formaldeído e tampão de amostra (diluído)

foram separados em tubos conforme descrito na tabela abaixo.

Tabela 4: * Concentração final de formaldeído em 170 L de reação para construção da curva padrão da catalase.

Tubo Formaldeído (L) Tampão de amostra (L) Concentração final

(µM formaldeído)*

A 0 1,000 0

B 10 990 5

C 30 970 15

D 60 940 30

E 90 910 45

F 120 880 60

G 150 850 75

Aos poços com formaldeído padrão, foi adicionado 100 L de tampão de

reação (diluído), 30 L de metanol e 20 L de padrão (tubos A-G) por poço

(duplicata). O controle positivo (F-G) foi preparado com 100 L de tampão de reação,

30 L de metanol e 20 L de catalase diluída em duplicata. Aos poços com amostras

a serem analisadas foram adicionados 100 L de tampão de reação diluído, 30 L de

metanol e 20 L das amostras (triplicata). A reação foi iniciada adicionando 20 L de

peróxido de hidrogênio diluído, cobrindo a placa com selo e incubando em agitação

por 20 minutos a temperatura ambiente. Em seguida, foi adicionado 30 L de

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hidróxido de potássio 10M para finalizar a reação e então aplicado 30 L de Purpald

(4-amino-3-hydrazino-5-mercapto-1,2,4-triazole em 0,5M de ácido hidroclorídrico). A

placa foi selada com selo transparente e incubada em agitação por 10 minutos em

temperatura ambiente. Após incubação, 10 L de 0,5M periodato de potássio foi

adicionado em cada poço, seguido de 5 minutos de agitação em temperatura

ambiente. A absorbância foi obtida a 540 nanômetros e a concentração foi

interpolada da curva padrão. A concentração foi expressa em nmol/min/mL.

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3. RESULTADOS ___________________________________________________________

3.1 Categorização dos bancos de dados de Ictalurus punctatus e Danio rerio

Foram analisadas 11.721 seqüências únicas com ontologia do banco de

dados do bagre de canal (Ictalurus punctatus), disponível no NCBI. Dessas, 4.069

foram agrupadas na categoria de função molecular (MF) onde estão incluídas as

atividades estruturais das moléculas, atividades catalíticas, ligação, atividades de

transporte, atividades transdutoras de sinais, atividades regulatórias da transcrição e

atividades regulatórias enzimáticas. Na categoria de processos biológicos (BP), onde

estão 4.408 seqüências únicas, pertencem às funções de regulação do processo

biológico, processo fisiológico, processo celular, desenvolvimento e comportamento.

As 3.244 seqüências restantes foram agrupadas como componente celular (CC), da

qual fazem parte a célula, o meio extracelular e seqüências com funções

desconhecidas (Figura 6).

Do banco de dados do Danio rerio disponível no NCBI, foram analisadas

41.379 seqüências únicas com ontologia. Dessas, 10.790 agruparam-se na categoria

função molecular, constando de funções como ligação, atividades catalíticas,

atividade estrutural da molécula, atividade reguladora da transcrição, atividade de

transdução de sinais e atividade de transporte. Dentro da categoria de processos

biológicos, observou-se 16.643 seqüências únicas, das quais fazem parte processo

celular, processo fisiológico, regulação do processo biológico, desenvolvimento e

resposta à estímulos. E, por último, contendo 13.946 sequências, está a categoria

componente celular, onde estão inseridas as funções das células, organelas,

complexo protéico, região extracelular, envelope celular e membranas do lúmen

(Figura 7).

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Ictalurus punctatus

14,10%

12,04%

17%13,50%

2,74%2,61%

16,50%

10%1% 5%

1,80%

1,20%

1,60%

0,90%

Ligação Atividade catalíticaAtividade estrutural da molécula Atividade de transporteFunção molecular obsoleta Atividade transdutora de sinalProcesso fisiológico Processo celularDesenvolvimento Regulação do processo biológicoCélula Função desconhecidaExtracelular Função com <1% representatividade

Figura 6: Categorização do banco de dados do Ictalurus punctatus (bagre de canal) utilizando o software BLAST2GO que determina a ontologia do gene [Ontology (GO)], agrupando as seqüências em 3 categorias de GO: componente celular (CC), função molecular (MF) e processo biológico (BP).

Danio rerio

9,93%

12,50%

12%5,14%4,80%

12,50%

9,90%

2,50%1%

7,01%1,70%

1,30%1,00%

1,90%

5%

2,27%5,64%

1,90%

1,50%

1,50%

Ligação Atividade catalíticaAtividade estrutural da molécula Atividade reguladora da transcriçãoAtividade de transdução de sinais Atividade de transporteProcesso celular Processo fisiológicoRegulação do processo biológico DesenvolvimentoResposta a estímulo ReproduçãoCélula OrganelasComplexo protéico Componente celular desconhecidoMembrana do lumen Região extracelularEnvelope celular Funções com <1% representatividade

Figura 7: Categorização do banco de dados do Danio rerio utilizando o software BLAST2GO que determina a ontologia do gene [Ontology (GO)], agrupando as seqüências em 3 categorias de GO: componente celular (CC), função molecular (MF) e processo biológico (BP).

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3.2 Amplificação das amostras com oligonucleotídeos em eletroforese de gel

de agarose

Com quase 70 mil ESTs analisadas foi possível selecionar vários genes de

interesse para o comportamento da expressão gênica de tambaqui expostos a

estresses químicos com relação a exposição ao cobre e ao cádmio.

Foram avaliadas as variações de expressão dos genes heat shock protein 70

(hsp70), catalase (cat), glutamina sintase (glu) e citocromo p450 (citp450) em fígados

de tambaquis submetidos à exposição ao cobre e ao cádmio, separadamente, em

intervalos de tempo de 1 e 3 horas de exposição (Figura 8).

Um aspecto importante antes do início de cada experimento foi verificar a

integridade de cada RNA extraído (Gilsbach et al., 2006; Olsvick et al., 2007), como

mostrado na figura a seguir.

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Figura 8: Integridade do RNA utilizado no experimento. Amplificação do RNA ribossomal 18S (A) foi usada como controle. Expressão tecido específica (fígado) de mRNA de Heat Shock Protein 70 (B), Glutamina sintase (C), Catalase (D) e Citocromo p450 (E) em tambaqui, Colossoma macropomum, por RT-PCR.

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Em extrações de mRNA de fígado de peixe foi possível observar uma

expressão basal do gene HSP 70 no tecido controle (CF). Para os peixes expostos

ao cobre, em ambos os tratamentos (1 e 3 horas), o nível de expressão do gene

HSP70 foi elevado, mostrado ser um agente estressor intenso, Entretanto não houve

diferença significativa de expressão entre os tempos de exposição a este metal. Em

fígado de peixe exposto ao cádmio, pode-se observar um aumento dos níveis

transcricionais quando o peixe é submetido ao metal por 3 horas, em relação ao

exposto por 1 hora.

Quanto ao gene da glutamina sintase, nos tecidos de fígado controle (CF) foi

observado uma alta expressão dos transcritos. Nos tratamentos com cobre e cádmio,

embora seja possível observar um acentuado aumento em relação ao fígado (tecido

controle), esse aumento variou pouco em relação ao metal e nem ao tempo de

exposição.

Desde a situação controle é possível verificar expressão de mRNA da

catalase, variando conforme o tempo e o íon utilizado como agente estressor. Em 1

hora de exposição, para ambos os metais, houve um aumento de significativo da

expressão, mas diminui quando expostos por 3 horas.

Para a expressão do gene Citp450 em tambaquis controle e expostos, um

padrão de expressão foi observado. Embora na amostra controle de fígado (CF), foi

observada uma reduzida expressão deste gene, os tecidos cujos peixes foram

submetidos à exposição ao cobre por 3 horas apresentaram o dobro da expressão

em relação aos peixes submetidos ao cobre por 1 hora. No tratamento com o íon

cádmio houve uma expressão 2 a 3 vezes mais elevada no tratamento exposto por 1

hora em relação ao peixes expostos, neste solução iônica, por 3 horas. Todos os

genes analisados por RT-PCR foram seqüenciados e mostraram uma alta

similaridade com os genes de outras espécies de peixes dispostas no banco de

dados. (Figuras 9, 10 e 11).

3.3 Biblioteca de cDNA de Colossoma macropomum

Os resultados obtidos do sequenciamento e análise funcional dos genes

referentes às bibliotecas de cDNA em diferentes condições de tratamento estão

representados nas figuras 9, 10 e 11 onde é apresentado um resumo dos genes

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obtidos e, pela diferença da cor, a freqüência de ESTs do gene encontrado em cada

biblioteca.

Cada seqüência das bibliotecas de cDNA construídas (aproximadamente 900

seqüências totais) foi comparada com aproximadamente 500 mil EST contidas no

Banco de Dados (FISH-DNA) do Laboratório de Bioinformática do Centro

Universitário Nilton Lins utilizando o pipeline mostrado anteriormente. Dentre os

transcritos obtidos podemos destacar a presença de algumas proteínas (traduzidas

destes transcritos) de interesse, como por exemplo: metaloproteinase 9, superóxido

dismutase, citocromo p450, CD4, CD45, CD6 e MHC classe II. Estes genes

correspondem, respectivamente, a genes da cadeia oxidativa e do sistema imune

que mostraram uma quantidade de transcritos maiores em situações submetidas ao

estresse.

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Figura 9: Freqüência dos genes encontrados nas bibliotecas de cDNA de tambaqui. CM: controle músculo; CF: controle fígado; A: músculo agitado; Cu: fígado submetido a cobre; Cd: fígado submetido a cádmio. Tarja preta: transcritos encontrados em grande quantidade na biblioteca; tarja cinza escura: transcritos encontrados em quantidade mediana na biblioteca; tarja cinza claro: transcritos pouco expressos; tarja branca: não observado na biblioteca.

CM CF A Cu Cd

Putative uncharacterized protein

Putative membrane progestin receptor beta

Proteasome-macropain

PERK

Olfactory receptor 3

Nonspecific cytotoxic cell cationic anti-microbial

Nedd4 WW domain-binding protein

Natural resistance-associated macrophage protein

MHC class II antigen

Metabotropic glutamate receptor

Matrix metalloproteinase 9

GST

Latrophilin 2

Integrin beta

Galactosylceramidase

ER-resident chaperone calreticulin

Eif-1a

E2A2 transcription factor

MyoD2 protein

DNA-directed polymerase alpha

(+) (-)

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Figura 10: Freqüência dos genes encontrados nas bibliotecas de cDNA de tambaqui. CM: controle músculo; CF: controle fígado; A: músculo agitado; Cu: fígado submetido a cobre; Cd: fígado submetido a cádmio. Tarja preta: transcritos encontrados em grande quantidade na biblioteca; tarja cinza escura: transcritos encontrados em quantidade mediana na biblioteca; tarja cinza claro: transcritos pouco expressos; tarja branca: não observado na biblioteca.

CM CF A Cu Cd

Heat shock protein 90 beta

Heat shock cognate 70 kDa protein

HIF 2 alpha

Cytochrome P450 19A1

Collagen a1(I)

CYP-1A

CD63

CD4-like protein 1

CD45

CBF1 interacting corepressor

Catalase

BRD2

Sox 8

Bradykinin receptor B2

Bifunctional aminoacyl-tRNA synthetase-like protein

Beta-1 integrin

Alpha 3 type I collagen

6-phosphofructo-2-kinase

60S ribosomal protein L24

40S ribosomal protein S30

(+) (-)

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Figura 11: Freqüência dos genes encontrados nas bibliotecas de cDNA de tambaqui. CM: controle músculo; CF: controle fígado; A: músculo agitado; Cu: fígado submetido a cobre; Cd: fígado submetido a cádmio. Tarja preta: transcritos encontrados em grande quantidade na biblioteca; tarja cinza escura: transcritos encontrados em quantidade mediana na biblioteca; tarja cinza claro: transcritos pouco expressos; tarja branca: não observado na biblioteca.

O resultado da análise de similaridade e identidade (BLASTn e BLASTx)

foram submetidos, automaticamente ao software BLAST2GO que determina a

ontologia do gene [Gene Ontology (GO)] e consequentemente agrupadas em 3

categorias de GO: componente celular (CC), função molecular (MF) e processo

biológico (BP).

Os transcritos encontrados na biblioteca de músculo controle foram

agrupados, em sua maioria, em genes relacionados aos componentes celulares

(45%), seguido de função molecular e processos biológicos, conforme exposto na

CM CF A Cu Cd

NADH-ubiquinone oxidoreductase chain 1

XAP-5 protein isoform 5-like

WW domain binding protein 2

Voltage-gated calcium channel subunit Cav2.2-2

Voltage-gated calcium channel subunit Cav2.2-I

unknow protein

Tyrosylprotein sulfotransferase-2

Tyrosinase

Tropomyosin

Taurine transporter

Superoxide dismutase

Stabilin 1-like

Spp1

Sodium channel 5

Small nuclear ribonucleoprotein polypeptide A

Ribosomal protein L13a

Rag-2

Rag-1

RAD 23B protein

Pyruvate dehydrogenase kinase isoenzyme 4

(+) (-)

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figura 12 e tabela 5). De mesma maneira, foi possível observar para biblioteca

controle de fígado, onde também 42% dos transcritos foram reunidos no grupo de

componentes celulares (Figura 13, tabela 6). Isso sugere uma estabilidade na

transcrição de genes quando o organismo se encontra em uma situação normal, sem

estresse.

Na biblioteca de tambaqui exposto ao cádmio, pode-se observar e destacar a

expressão de genes relacionados à componente celular, categoria que comporta

30% dos transcritos (Figura 14; tabela 7). Enquanto que na biblioteca de tambaquis

expostos ao cobre, uma maior quantidade de transcritos são agrupados na categoria

de componentes celulares, 45% das ESTs (Figura 15; tabela 8). Na biblioteca de

tambaquis expostos a estresse mecânico, os resultados revelaram que 40% dos

genes foram agrupados na categoria de funções moleculares (Figura 16; tabela 9)

.

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Tabela 5: Análise em GO da biblioteca de tambaqui, Colossoma macropomum.

Figura 12: Categorização do banco de dados de tambaqui (músculo) utilizando o software BLAST2GO que determina a ontologia do gene [Ontology (GO)], agrupando as seqüências em 3 categorias de GO: componente celular (CC), função molecular (MF) e processo biológico (BP).

GO Class ID Definições Fração

GO:0005575 Componente celular 20.00%

GO:0005623 Célula 17.50%

GO:0005886 Membrana plasmática 2.50%

GO:0005737 Citoplasma 1.25%

GO:0005576 Região extracelular 1.25%

GO:0005622 Intracelular 1.25%

GO:0005578 Matriz extracellular (sensu Metazoa) 1.25%

GO:0003674 Função molecular 10.62%

GO:0005216 Atividade de canais de íons 6.25%

GO:0004871 Atividade de transdução de sinais 2.50%

GO:0004872 Atividade de receptor 2.50%

GO:0005198 Atividade estrutural da molécula 1.88%

GO:0005488 Ligação 1.25%

GO:0008150 Processo biológico 8.75%

GO:0006810 Tranporte 8.75%

GO:0006811 Transporte de íons 6.25%

GO:0005215 Atividade de transporte 6.25%

Total 100.00%

Controle músculo

20%

18%

11%9%

9%

6%

6%

6%

3%3% 3% 2% 1% 1% 1% 1% 1%

Componente celular Célula Função molecular

Tranporte Processo biológico Transporte de íons

Atividade de canais de íons Atividade de transporte Atividade de transdução de sinais

Membrana plasmática Atividade de receptor Atividade estrutural da molécula

Citoplasma Região extracelular Intracelular

Ligação matriz extracellular

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Tabela 6: Análise em GO da biblioteca de tambaqui, Colossoma macropomum.

GO Class ID Definições Fração

GO:0005575 Componente celular 28.68%

GO:0005623 Célula 10.87%

GO:0005622 Intracelular 2.85%

GO:0008150 Processo biológico 18.75%

GO:0008152 Metabolismo 6.66%

GO:0005215 Atividade de transporte 2.78%

GO:0006139 Metabolismo dos ácidos nucléicos 2.35%

GO:0006810 Transporte 1.51%

GO:0006811 Transporte de íons 1.36%

GO:0006350 Transcrição 1.20%

GO:0003674 Função molecular 7.48%

GO:0005488 Ligação 2.73%

GO:0003676 Ligação de ácidos nucléicos 1.04%

GO:0003677 Ligação ao DNA 1.01%

Função com <1% representatividade 10.73%

Total 100.00%

Figura 13: Categorização do banco de dados de tambaqui (fígado) utilizando o software BLAST2GO que determina a ontologia do gene [Ontology (GO)], agrupando as seqüências em 3 categorias de GO: componente celular (CC), função molecular (MF) e processo biológico (BP).

Controle fígado

28,68%

18,75%

10,87%

7,48%

6,66%

2,85%

10,73%1,20%

2,78%

2,73%

2,35%

1,51%

1,36%

1,01%1,04%

Componente celular Processo bio lógico Célula

Função molecular M etabolismo Intracelular

Atividade de transporte Ligação M etabolismo dos ácidos nucléicos

Transporte Transporte de íons Transcrição

Ligação de ácidos nucléicos Ligação ao DNA Funções com < 1% de representatividade

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Tabela 7: Análise em GO da biblioteca de tambaqui exposto ao cádmio.

GO Class ID Definições Frações

GO:0005575 Componente celular 10.34%

GO:0005623 Célula 9.72%

GO:0005622 Intracelular 4.39%

GO:0005634 Núcleo 1.57%

GO:0005737 Citoplasma 1.25%

GO:0005886 Membrana plasmática 1.57%

GO:0005840 Ribossomo 1.25%

GO:0008150 Processo biológico 11.44%

GO:0008152 Processos metabólicos 4.08%

GO:0007165 Transdução de sinais 3.29%

GO:0007154 Comunicação celular 3.29%

GO:0006139 Metabolismo de ácidos nucléicos 1.88%

GO:0006350 Transcrição 1.25%

GO:0019538 Metabolismo de proteínas 1.25%

GO:0003674 Função molecular 13.64%

GO:0005488 Ligação 4.39%

GO:0004871 Atividade de transdução de sinais 3.92%

GO:0004872 Atividade de receptor 3.45%

GO:0003824 Atividade catalítica 3.29%

Função <1% representatividade 14.74%

Total 100.00%

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Figura 14: Categorização do banco de dados de tambaqui (fígado) exposto ao cádmio ambaqui utilizando o software BLAST2GO que determina a ontologia do gene [Ontology (GO)], agrupando as seqüências em 3 categorias de GO: componente celular (CC), função molecular (MF) e processo biológico (BP).

Exposição à cádmio

13,64%

11,44%

10,34%

9,72%

4,39%4,39%4,08%3,92%3,45%3,29%

24,76%

3,29%

3,29%

1,25%

1,25%

1,88%

1,25%

1,25%

1,57%

1,57%

Função molecular Processo bio lógico Componente celular

Célula Intracelular Ligação

M etabolismo Atividade de transdução de sinal Atividade de receptor

Transdução de sinal Comunicação celular Atividade catalítica

M etabolismo de ácido nucleido M embrana plasmática Núcleo

Citoplasma Transcrição M etabolismo de proteínas

Ribossomo Funções com <1% resentatividade

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Tabela 8: Análise em GO da biblioteca tambaqui exposto ao cobre.

GO Class ID Definições Frações

GO:0005575 Componente celular 29.39%

GO:0005623 Célula 13.18%

GO:0005622 Intracelular 2.77%

GO:0005886 Membrana plasmática 1.22%

GO:0008150 Processo biológico 16.35%

GO:0008152 Processos metabolismos 9.19%

GO:0007165 Transdução de sinais 1.49%

GO:0007154 Comunicação celular 1.49%

GO:0006629 Metabolismo de lipídeos 1.42%

GO:0003674 Função molecular 6.76%

GO:0005488 Ligação 2.36%

GO:0004871 Atividade de transdução de sinais 1.76%

GO:0003824 Atividade catalítica 1.69%

GO:0004872 Atividade de receptor 1.55%

GO:0016787 Atividade hidrolase 1.28%

Função com <1% representatividade

8.10%

Total 100.00%

Figura 15: Categorização do banco de dados de tambaqui (fígado) exposto ao cobre de utilizando o software BLAST2GO que determina a ontologia do gene [Ontology (GO)], agrupando as seqüências em 3 categorias de GO: componente celular (CC), função molecular (MF) e processo biológico (BP).

Exposição à cobre

29,39%

16,35%

13,18%

9,19%

8,10%1,49%

1,42%1,28% 1,22%

1,55%

1,49%

1,69%

1,76%

2,36%

2,77%

6,76%

Componente celular Processo bio lógico Célula

M etabolismo Função molecular Intracelular

Ligação Atividade de transdução de sinal Atividade catalítica

Atividade de receptor Transdução de sinais Comunicação celular

M etabolismo de lipídeos Atividade de hidro lase M embrana plasmática

Funções com <1% representatividade

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Tabela 9: Análise em GO da biblioteca de tambaqui, Colossoma macropomum, exposto ao estresse mecânico.

GO Class ID Definições Frações

GO:0005575 Componente celular 8.61%

GO:0005623 Célula 7.94%

GO:0005622 Intracelular 2.34%

GO:0005634 Núcleo 1.84%

GO:0008150 Processo biológico 11.71%

GO:0007165 Transdução de sinais 5.02%

GO:0007154 Comunicação celular 5.02%

GO:0008152 Metabolismo 3.76%

GO:0006139 Metabolismo de ácidos nucléicos 2.34%

GO:0006350 Transcrição 2.34%

GO:0019538 Metabolismo de proteínas 1.09%

GO:0003674 Função molecular 13.55%

GO:0004871 Atividade de transdução de sinais 6.35%

GO:0004872 Atividade de receptor 5.43%

GO:0005488 Ligação 4.10%

GO:0003824 Atividade catalítica 2.68%

GO:0016787 Atividade de hidrolase 2.09%

GO:0005515 Ligação de proteínas 1.42%

GO:0008233 Atividade peptidase 1.34%

GO:0003677 Ligação de DNA 1.34%

GO:0003676 Ligação de ácidos nucléicos 1.34%

GO:0000166 Ligação de nucleotídeos 1.17%

GO:0005102 Ligação de receptores 1.00%

Função com <1% representatividade

7.18%

Total 100.00%

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Figura 16: Categorização do banco de dados tambaqui (músculo) exposto ao estresse mecânico, utilizando o software BLAST2GO que determina a ontologia do gene [Ontology (GO)], agrupando as seqüências em 3 categorias de GO: componente celular (CC), função molecular (MF) e processo biológico (BP).

Assim, como foram destacados alguns genes expressos diferencialmente,

podemos destacar, também, algumas GO de interesse. Para isto foi realizado uma

mapeamento destas GOs utilizando o software (on-line) Gene Ontology Tools

(www.geneontololy.com).

3.4 q-PCR

Dentre os genes encontrados nas bibliotecas, o Rag-2 e tropomiosina foram

escolhidos e analisados por q-PCR. Nesta análise foi verificada a expressão dos

genes em diferentes tratamentos e exposição. O tratamento com cádmio (10 µg/L)

aumentou significativamente a expressão de mRNA do gene Rag-2. A máxima

resposta foi observada para o maior tempo de exposição (3h). Para este gene, o

número de transcritos em fígado de peixe submetido ao cádmio por 1 hora foi

elevado, enquanto que na exposição ao cobre por 1 hora não houve alteração. Em

músculo de animais estressados, houve um diminuição na expressão do mRNA

(Figura 17).

Exposição a estresse mecânico

13,55%

11,71%

8,61%

7,94%

6,35%5,43%5,02%5,02%

4,10%

3,76%

2,68%

1,34%1,34%

1,17%1,34%

1,09% 1,00% 6,18%

1,42%

1,84%

2,09%

2,34%

2,34%

2,34%

Função molecular Processo bio lógico Componente celular

Célula Atividade de transdução de sinais Atividade de receptor

Transdução de sinais Comunicação celular Ligação

M etabolismo Atividade catalítica Intracelular

M etabolismo de ácidos nucléicos Transcrição Atividade hidro lase

Núcleo Ligação de proteínas Atividade peptidase

Ligação de DNA Ligação de ácidos nucleicos Ligação de nucleotídeos

M etabolismo de proteínas Ligação de receptores Funções com <1% representatividade

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0,001

0,01

0,1

1

10

C F C M C u1h C u 3h C d 1h C d 3h A

T ratamento

Ra

g2

(N

úm

ero

de

pia

s 1

01

0)

Figura 17: Expressão do mRNA do gene Rag2 (Recombination Activating gene 2) em fígado de tambaqui, Colossoma macropomum, em resposta ao cobre, cádmio e estresse mecânico; (CF) Controle fígado; (CM) Controle músculo; (Cu1h) Exposição ao cobre por 1 hora; (Cu3h) Exposição ao cobre por 3 horas; (Cd1h) Exposição ao cádmio por 1 hora; (Cu3h) Exposição ao cádmio por 3 horas; (A) Exposição a estresse mecânico (N=3)

O nível de transcritos do mRNA da tropomiosina em fígado aumentou na

exposição ao cádmio por 3 horas. A exposição ao cobre por 3 horas induziu uma leve

diminuição da expressão do gene em questão. Níveis elevados do gene podem ser

observados na situação onde o músculo (controle não exposto) e uma leve

diminuição do mesmo em músculo submetido a estresse (Figura 18).

0,00001

0,0001

0,001

0,01

0,1

1

CF CM Cu 1h Cu 3h Cd 1h Cd 3h A

Tratamento

Tro

p (

mero

de c

óp

ias 1

01

0)

Figura 18: Expressão do mRNA do gene tropomiosina (Trop) em fígado de tambaqui, Colossoma macropomum, em resposta ao cobre, cádmio e estresse mecânico; (CF) Controle fígado; (CM) Controle músculo; (Cu1h) Exposição ao cobre por 1 hora; (Cu3h) Exposição ao cobre por 3 horas; (Cd1h) Exposição ao cádmio por 1 hora; (Cu3h) Exposição ao cádmio por 3 horas; (A) Exposição a estresse mecânico (N=3)

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3.5 Dosagem enzimática

Não houve diferença estatística significativa das atividades da GST (Figura

19) e da catalase (Figura 20) nos tecidos do músculo e fígado dos animais expostos

ao cobre e ao cádmio,

Figura 19: Atividade enzimática da enzima glutationa s-transferase (GST) em fígado e músculo de tambaqui, Colossoma macropomum, em resposta a cobre, cádmio em 3 horas de exposição e estresse mecânico.

Figura 20: Atividade enzimática da enzima catalase em fígado e músculo de tambaqui, Colossoma macropomum, em resposta a cobre, cádmio em 3 horas de exposição e estresse mecânico.

GST- Glutationa s-transferase

0

50

100

150

200

Branco Controle

positivo

(kit)

Controle

fígado

Contole

músculo

Agitado Cobre 3

horas

Cadmio 3

horas

% d

e a

tivid

ad

e (

nm

ol/m

in/m

L)

Catalase

0

20

40

60

80

100

120

Branco Controle

positivo

(kit)

Controle

fígado

Contole

músculo

Agitado Cobre 3

horas

Cadmio 3

horas

% d

e a

tivid

ad

e (

nm

ol/

min

/mL

)

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4. DISCUSSÃO _______________________________________________________________

A análise in silico de genes pode fornecer um conjunto de informações para

espécies, sempre considerando um laborioso processo de isolamento dos genes. O

projeto de EST em larga escala gera um perfil de expressão baseado nas

seqüências transcritas e esse tipo de abordagem é muito importante para pesquisas

no genoma de uma dada espécie, podendo ser utilizada em análises genômicas

comparativas por exemplo (Li et al., 2007). Estudos comparativos em sistemas de

defesa antioxidante em peixes são difíceis de serem feitos devido à diferenças

quantitativas reportadas em várias espécies analisadas (Marcon & Wilhelm, 1999).

O Daio rerio é utilizado constantemente em estudos de desenvolvimento

biológico e genética molecular e seu valor em toxicologia é reconhecido. São

conhecidas mais características em D. rerio que em qualquer outra espécie de peixe,

isso inclui morfologia, bioquímica e informações fisiológicas em todos os estágios de

desenvolvimento, tanto em juvenis quanto em adultos de ambos os sexos. Isso faz

do D. rerio um bom organismo modelo para pesquisas em toxicologia onde um dos

objetivos é identificar efeitos adversos por exposições químicas. Por conta dos

genes, receptores e processos moleculares serem altamente conservados no filo

animal, estudos em outros animais podem ser extrapolados ou deduzidos (Revisto

por Hill et al., 2005).

O bagre de canal (Ictalurus punctatus) também é uma importante espécie

modelo para estudos de imunologia comparativa, fisiologia reprodutiva e toxicologia.

O sistema imune desse organismo está entre um dos mais caracterizados em

peixes, pois houveram décadas de pesquisas direcionadas ao estabelecimento da

maquinaria da imunidade adaptativa em teleósteos. Vinte bibliotecas de cDNA foram

construídas do bagre de canal, gerando aproximadamente 20.500 seqüências, onde

1.067 pertencem ao fígado e 546 foram encontradas em músculos. Das 20.500

seqüências, 14963 foram consideradas ESTs únicas (Li et al., 2007), destas, 11721

foram comparadas no presente trabalho.

Comparações entre os bancos de ESTs de Danio rerio, Ictalurus punctatus e

Colossoma macropomum nos permitem concluir que não houveram diferenças entre

as funções apresentadas. Mas esse resultado é em função da análise de

aproxidamente 900 ESTs do tambaqui que foram seqüenciadas, ao contrário das

analisadas neste trabalho para D. rerio e I. punctatus, 41.379 e 11.721,

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respectivamente. Um projeto genoma requer esforços e grandes investimentos, um

grande número de laboratórios e inúmeros pesquisadores qualificados. Para

obtenção do genoma do Danio rerio, foi formada uma equipe de aproximadamente

4500 pesquisadores em laboratórios ao redor do mundo, com investimentos do

Sanger Institute e iniciativa do Wellcome Trust

(http://www.sanger.ac.uk/Projects/D_rerio/), numa cooperação estabelecida desde

2001 que se estende até os dias de hoje (The Zebrafish Model Organism Database -

www.zfin.org). O sequenciamento das bibliotecas de músculo e fígado de tambaqui

foi realizado em seis meses por um grupo muito pequeno de pesquisadores e

aproximadamente 800 clones ainda estão para ser seqüenciados. Sendo assim, é

preciso maiores esforços e investimentos no sequenciamento do organismo em

estudo, já que este organismo é uma das principais fontes de proteína animal na

região norte e possui grande valor comercial. Segundo Li e colaboradores (2007),

outros fatores devem ser considerados em comparações de genomas de diferentes

espécies. Primeiro, uma rápida diversificação intra-específica de família dos genes

apresenta homologia ainda obscuras entre as espécies estudadas. Segundo,

pequenas e/ou seqüências de proteínas divergentes podem ter sido excluídas com a

estringência de parâmetros usados (e-value 10-6). Terceiro, foram encontrados uma

grande número de ESTs com altos valores de qualidade, porém, não foram

observadas homologias em bancos de dados. Os fatores mencionados acima,

especialmente a diversificação de famílias gênicas, pode ser responsável pelo

modesto número de hits em tambaqui.

As comparações entre quantidade de ESTs analisadas em diferentes tecidos

de tambaqui nos sugere uma estabilidade de funções entre os tecidos controle de

fígado e músculo, isto é, houve uma constância nas atividades celulares, biológicas e

moleculares. Por outro lado, a expressão de novas funções em peixes expostos a

estresse, sugere uma resposta fisiológica do animal frente a um desafio ambiental.

em se adaptar ao novo estado. Em peixes expostos cádmio, houve a expressão de

genes de resposta ao estresse (GO:0006950). De forma diferente, peixes expostos

ao cobre apresentaram genes associados a respostas a estímulos endógenos (GO:

0009719). Quanto aos peixes submetidos a estresse mecânico, houve o

aparecimento de genes responsáveis pela morte celular (GO: 0008219) (dados não

divulgados).

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A análise conjunta destes dados sugere que há diferentes respostas a

diferentes estímulos. Por exemplo, o cádmio é extremamente tóxico, mesma em

baixas concentrações, fato que é relacionado por não ser um elemento traço

essencial (Wood, 2001). Por outro lado, o cobre é um elemento traço essencial e

frequentemente está sob um controle rigoroso homeostase (revisto por Linder &

Hazegh-Azam, 1996). Portanto, estes fatores podem explicar os diferentes padrões

de expressões dos genes descritos para o tambaqui.

Segundo Bustin (2002), o nível de transcritos de apenas um gene pode ser

usado como biomarcador de estresse em animais. Exposições a metais como o

cobre e o cádmio induzem as proteínas de choque térmico em invertebrados e

peixes (Kohler et al., 1996; Williams et al., 1996). As proteínas de choque térmico

(HSPs) têm a função de manter a propriedade de enovelamento das proteínas

celulares agindo como chaperonas (Frydman & Hartl, 1996). A concentração de

HSPs na célula muda quando ela é submetida a estresse físico e químico (Sanders

& Martin, 1993). O gene Hsp70 é expresso sob condições não estressadas de

maneira tecido-específica (Ali et al., 2003). Assim, como observado em tambaqui, De

Boeck e colaboradores (2003) constataram que a exposição de Cyprinus carpio ao

cobre na concentração de 1.9 mM aumentou o nível de HSP70 em brânquias,

eritrócitos e fígado. Por meio de técnicas diferentes, como o “differential display”,

também pôde ser confirmado a mudança dos níveis de expressão desse gene em

fígado do peixe Chionodraco hamatus submetido a doses subletais de cádmio

(Carginale et al., 2002). Em Danio rerio, após 4 horas de exposição ao cobre e

cádmio, análises utilizando RT-PCR em fígado revelaram que, embora o cádmio seja

conhecido como indutor de Hsp, a expressão do gene não foi significantemente

afetada nesse tecido, em contrapartida a indução do cobre foi observada (Airaksinen

et al., 2003).

A enzima glutamina sintase catalisa a formação dependente de ATP da

glutamina oriunda da amônia e glutamato. Devido a esse papel importante no

metabolismo de nitrogênio, incluindo a biossíntese de nucleotídeo, aminoácido e

uréia, essa enzima possui uma longa história evolutiva (Kumada et al., 1993). A

enzima funcional é composta de 8 subunidades idênticas, com algumas

microheterogeneidade entre as unidades, possivelmente devido a modificações pós-

traducionais (Smirnov et al., 2000). Em peixes, a glutamina sintase é uma enzima

multifuncional, sendo um produto da glutamina, tem diferentes papéis metabólicos.

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Segundo Iwata e colaboradores (2000), o fígado é um importante local de

detoxificação da amônia em peixes.

Por meio da análise de RT-PCR foi observado mostrado que o gene da

glutamina sintase é constitutivamente expresso. Para todos os tratamentos, o nível

de mRNA do gene foi induzido no fígado, na primeira e terceira hora de exposição,

em resposta aos metais usados nesse estudo. Um similar aumento nos níveis de

mRNA também foi observado em outras espécies. Em Arabidopsis, A glutamina

sintase foi induzida sob condição de ausência de aminoácidos e expostas a

herbicida (Zhao et al., 1998). Além disso, células selecionadas da planta alfafa, que

contém uma grande número de cópias do gene da glutamina sintase, mostrou um

aumento do nível de mRNA em resposta ao herbicida 1-phosphinothricin (Donn et

al., 1984).

Elevados níveis de expressão do gene, assim como observado no presente

experimento, suporta a hipótese de que a glutamina sintase possui um importante

papel no metabolismo intermediário de aminoácidos, colaborando com detoxificação

da amônia durante a exposição. Segundo Tanguy e colaboradores (2005),

diferenças no padrão de expressão da glutamina sintase em ostras do pacífico

(Crassoteras gigas) observado em exposições a hidrocarbonetos, hipóxia e

pesticidas podem ser parcialmente explicadas pelos diferentes processos de

desintoxicação ativado em resposta aos diferentes estresses usados. Num estudo

prévio desses autores (Boutet et al., 2004), observaram que o metabolismo

energético foi afetado pela contaminação de hidrocarbonetos e a glutamina sintase

que está envolvida na primeira e na segunda fase de detoxificação de xenobióticos

foi regulada. Todos esses processos fisiológicos em resposta a estresse geram

amônia que é parcialmente responsável pela ativação da glutamina sintase.

Por conta dos xenobióticos poder alterar o metabolismo de carboidratos, pelo

aumento do consumo de energia, isso pode aumentar a capacidade enzimática de

metabolizar proteínas do catabolismo para produção de glicose. A via do glutamato é

uma via alternativa para síntese de glicose quando existe esse carboidrato em

pequenas quantidades na célula. Quando o organismo está sob estresse, existe uma

tendência de ativação dessa via, dividindo com o ciclo de krebs o aumento do

potencial de oxidação da célula, conforme mostrado para enzima glutamina sintase

em Danio rerio (Figura 21, enzima destacada em vermelho).

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Figura 21: Metabolismo do glutamato em Danio rerio. Fonte: www.genome.jp/kegg

O sistema de defesa antioxidante consiste de algumas enzimas, entre elas

está a catalase, que desempenha um papel importante na manutenção da

homeostase celular e defesa antioxidante pela remoção das espécies reativas de

oxigênio (ROS) (Rudneva, 1999). A catalase é uma oxidoredutase que quebra duas

moléculas de peróxido do hidrogênio em duas moléculas de água e oxigênio (2H2O2

→ 2H2O+O2), removendo assim, a toxicidade do peróxido de hidrogênio (Kashiwagi

et al., 1997)

O estresse oxidativo causado pelas ROS leva a peroxidação lipídica,

desnaturação protéica e dano no DNA nos constituintes do corpo. Isso também leva

a mudança, inibição e uma variedade de ativações enzimáticas que causa dano

celular e um desbalanço da célula, resultando em, por exemplo, apoptose (Choi et

al., 2007).

A atividade deste sistema pode ser ativada ou inibida sob estresse químico

(Cossu et al., 2000). Tanto uma resposta como outra irá depender da intensidade e

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duração do estresse aplicado ao organismo, assim como da susceptibilidade deste

organismo ao agente estressor.

Análises de RT-PCR da catalase, em tambaqui expostos por 1 hora a cobre e

cádmio, sugerem que ativação do gene, em ambos os tratamentos, pode ser

considerada como um mecanismo do organismo a fim de enfrentar um estresse

ambiental, prevenindo assim a toxicidade. Quanto aos organismos expostos por 3

horas aos metais, houve uma diminuição dos níveis transcricionais, que pôde ser

gerada pela adaptação do organismo à nova condição ou indicando uma maior

susceptibilidade à contaminação química, podendo ser esperados efeitos adversos

neste caso (Ventura, 2004). Quanto à dosagem enzimática, realizada com o uso de

kits, peixes submetidos aos mesmos tratamentos citados acima, não apresentaram

mudanças de valores de atividade. Esse resultado pode ser em função de que o kit

dosa níveis de proteínas, sendo assim, o tempo de exposição dos organismos aos

agentes estressores foi insuficiente para produzir uma resposta a nível traducional.

A atividade da CAT, como indicadora de estresse oxidativo, tem sido utilizada

em alguns trabalhos no Brasil (Bainy et al., 1996; Wilhelm Filho et al., 2001) e em

outros países (Livingstone et al., 1993; Stephensen et al., 2000; Akcha et al., 2000;

Roméo et al., 2003, Jo et al., 2008). Apesar de grande parte dos trabalhos indicarem

que um aumento de sua atividade significa um mecanismo preventivo à ação de

espécies reativas de oxigênio, autores como Ventura (2004) tem demonstrado

inibição de sua atividade à exposição a certos tipos de poluentes ambientais.

O citocromop450 não é um gene constitutivamente expresso em vários

tecidos de mamíferos e peixes (Olsvik et al., 2007). Experimentos de qPCR em

Platichthys flesus, tratados com cádmio, foi constatado a diminuição da expressão do

gene (Sheader et al., 2006). Conforme observado em tambaqui, a exposição ao

cádmio por 1 hora levou a um aumento do nível de transcritos, seguido de

diminuição, após 3 horas de exposição. Em Anguilla anguilla L exposta ao cobre

numa concentração de 2.5 µM foi observado o aumento dos níveis de Citp450 no

fígado (Gravato et al., 2006), da mesma maneira, pôde-se constatar em tambaqui,

onde houve um aumento gradual de transcritos decorrente do tempo de exposição.

O PCR em tempo real (qPCR) é uma técnica sensível e acurada para

comparar a expressão de mRNA de genes alvos em amostras transcritas

reversamente (Gilsbach et al., 2006). Os genes Rag 2 e tropomiosina foram

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submetidos a análises por qPCR para verificação dos níveis de expressão do mRNA

nos tratamentos propostos.

De uma maneira geral, a diversidade de receptores de antígeno é gerada pelo

rearranjo aleatório entre os segmentos variáveis (V), diversos (D) e junção (J) –

V(D)J dos genes das células B e T em desenvolvimento. Essa diversidade de

receptores garante uma resposta imune eficiente a diversos tipos de agentes

estressores (Jankovic et al., 2004).

As proteínas RAG 1 e RAG2 catalisam a combinação V(D)J com o conjunto

de genes de anticorpos (Oettinger et al., 1990). O Rag se liga e cliva o DNA numa

seqüência de recombinação conservada que flanqueia a imunoglobulina (Ig) e

segmentos dos genes do receptor da célula (TCR). Essas proteínas são essenciais

para reação de recombinação e a perda de uma delas em camundongo e humanos

resulta no completo bloqueamento do desenvolvimento dos linfócitos (Jancovik et al.,

2004).

As proteínas Rag1 e Rag2 são co-expressas em linfócitos em

desenvolvimento e o nível de expressão é regulado de uma maneira estágio –

especifica (29,30). A expressão dos genes Rag é diminuída no ciclo pré-B das

células dos linfócitos, mas não se sabe ao certo se essa regulação é mediada a

níveis transcricionais ou pelo nível de estabilidade do mRNA (Jancovik et al., 2004).

A ausência da expressão deste gene foi explicada por Takeda e

colaboradores (2001) que demonstrou que camundongos mutantes para o gene rag-

2 podem sofrer de linfopenia celular dos linfócitos B e T, além do bloqueio na

maturação de células B e T em fases precoces, provocando um profundo déficit

funcional do sistema imunológico. Essa explicação aplicou-se a expressão do gene

em músculo de peixes controle (expressão elevada) e submetido a estresse físico

(diminuição da expressão), mas não foi aplicado em tambaqui expostos aos metais

pesados. Após 3 horas de exposição do tambaqui ao cádmio, o número de

transcritos do gene Rag 2 foi elevado (1000 vezes maior que o controle), o que pode

ser explicado pela inativação da expressão de genes responsáveis pelo sistema

imune, conforme observado nos genes expressos da biblioteca de tambaqui cujos

tecidos de fígado foram submetidos ao cádmio. Houve um aumento da freqüência de

transcritos do gene Rag 2, enquanto que, na biblioteca onde os peixes foram

expostos ao cobre, a freqüência do Rag 2 foi menor, além disso, houve a expressão

de genes do sistema imune, como o CD45, CD4 like–protein e CD63, não sendo

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estes observados em peixes expostos ao cádmio (Figura 9), corroborando com a

explicação acima.

A tropomiosina é uma proteína regulatória que está alinhada dentro dos

pequenos filamentos em músculos (Matsunaga et al., 1999). Elas coordenam as

interações entre o complexo troponina e actina e regula as contrações de músculos

esqueléticos, dependentes da interação actina-miosina, entretanto, sua função em

músculos lisos e células não musculares não está bem elucidada (Toramoto et al.,

2004). A tropomiosina, proteína regulatória do músculo, desempenha um papel

fisiológico significante no processo regulatório da atividade ATPase da actimiosina e

na regulação da contração do músculo estriado (Squire & Morris, 1998).

Análises de qPCR em Fundulus heteroclitus submetidos a arsênio mostrou um

aumento dos níveis de mRNA de tropomiosina (Gonzales et al., 2006). No presente

estudo, a aplicação de cobre, durante 1 e 3 horas, levou a uma diminuição dos níveis

de mRNA de tropomiosina em fígado, enquanto que a exposição ao cádmio, durante

3 horas, houve uma aumento dos transcritos. Pode-se observar como resultado do

sequenciamento de tambaqui exposto ao cádmio, a expressão dos genes relativos à

abertura de canais de cálcio com uma alta frequência (Figura 11). A síntese de

cálcio, em humanos, pode se dar pela ativação dos fatores de transcrição NF-Kβ,

NFAT e AP-1, que por seguinte, estimulam a interleucina-2 (IL-2) e ativam as vias da

fosfolipase C e fosfolipase A2 (via proteína G). Dessa forma, há um aumento na

produção do cálcio no retículo endoplasmático causando aumento da contração

muscular (Nozawa, S.R., comunicação pessoal), o que condiz com o aumento dos

níveis de mRNA da tropomiosina em situações de estresse ao cádmio.

As GSTs são uma superfamília multigênica de enzimas diméricas,

multifuncionais, preferencialmente solúveis e bem distribuídas na natureza, sendo

encontradas em organismos desde bactérias até mamíferos, onde são mais

estudadas (Henson et al., 2000). As GSTs desempenham um papel importante no

processo de biotransformação de compostos derivados dos xenobióticos como:

antibióticos, vasodilatadores, herbicidas, inseticidas, analgésicos, agentes anti-

cancerígenos e carcinogênicos (Hodgson & Levi, 1994).

Sua função é tradicionalmente considerada como sendo a de desintoxicar os

eletrófilos pela conjugação da glutationa durante a fase II da biotransformação

(Strange et al., 2001). Pouco é sabido a respeito da indução de GST em peixes

expostos a vários elementos tóxicos (Olsvick et al., 2007). Segundo Van der Oost e

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colaboradores (2003), a atividade da GST é um parâmetro complexo de ser avaliado,

devido ao fato desta enzima poder tanto ser ativada quanto inibida na presença de

certos tipos de contaminantes. No entanto, o aumento de sua atividade tem sido

relatado em vários estudos após a exposição de peixes a contaminantes do tipo

HPAs, BPCs, entre outros (Rodriguez-Ariza et al., 1993; Vigano et al., 1995; Otto &

Moon, 1996).

Possivelmente esta inalteração da GST esteja associada à diminuição do

“pool” citosólico de GSH (a qual não foi medida no presente trabalho), co-substrato

desta enzima, que poderia estar associada a uma condição de estresse oxidativo

hepático, comumente observada em peixes de regiões contaminadas (Bainy et al.,

1996). Um outro fator a ser considerado é que a dosagem se refere ao nível de

tradução da enzima, sendo a proteína expressa mais tardiamente, dessa forma, o

tempo de exposição pode ter sido um fator limitante para observação em nível de

tradução. Não pode deixar de ser comentado que o kit utilizado, tanto para dosagem

da GST quanto da catalase, é para dosagem da enzima em humanos, o que mostra

a necessidade de kits de diagnósticos para peixes para monitoramento de ambientes

impactados.

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5. CONCLUSÃO___________________________________________ _________________

O estresse oxidativo causado pelo cobre e cádmio causou variações na

intensidade de expressão de mRNA de enzimas no tecido de fígado. A construção

das bibliotecas de ESTs de tambaqui expostos aos metais e estresse mecânico gerou

um grande número de genes importantes para o metabolismo do organismo, além

daqueles do ciclo oxidativo, expressos em situações de estresse ambiental. Foi

observada uma relação tempo-dependente entre as concentrações de cobre e cádmio

utilizadas para os testes de RT-PCR, o que nos leva a ter genes potenciais que

podem ser usados como indicadores ambientais. Análises de qPCR no Rag 2 e

tropomiosina corroboraram com os resultados encontrados nas bibliotecas cujos

tambaquis foram submetidos a estresse. Os resultados deste projeto abrem uma

gama de opções para novos trabalhos, uma vez que, genes nunca antes descritos

para o tambaqui foram observados. Então, é possível que mRNA de genes

antioxidantes, como a catalase e glutamina sintase, mRNA de genes do ciclo

oxidativo como o HSP70 e a citocromo p450 possam ser usados como biomarcadores

de metais pesados em ambientes contaminados por cobre e cádmio em tambaqui.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _______________________________________

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7. ANEXO_____ ________________________________________________________

1. Vetor pGEM-T Easy

Fonte: www.promega.com

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2. Vetor pDNR-LIB

Fonte: www.clontech.com

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7. ANEXO_____ ________________________________________________________

1. Vetor pGEM-T Easy

Fonte: www.promega.com

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2. Vetor pDNR-LIB

Fonte: www.clontech.com