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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO Modalidade a Distância MEC/UAB/UFPEL Pelotas/2008

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO

CAMPO

Modalidade a Distância

MEC/UAB/UFPEL

Pelotas/2008

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DADOS CADASTRAIS 1- Entidade Executora: Universidade Federal de PelotasUF: Rio Grande do Sul Razão Social: Fundação Universidade de PelotasCNPJ/MF: CNPJ nº. 92.242.080/0001-00Endereço: Campus Capão do Leão Telefone: 53- 32757000Reitor: Antonio César Gonçalves Borges Assinatura:E-mail: [email protected]

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ÍNDICE

DADOS CADASTRAIS ..................................................................................................21 ­ CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO A SER ATENDIDA ...............................5

1.1­ Apresentação. .......................................................................................................51.2­ JUSTIFICATIVA .................................................................................................6

2­  Processo Seletivo..........................................................................................................93­ BASE CONCEITUAL DE REFERÊNCIA .................................................................94­ OBJETIVOS................................................................................................................12

Objetivos Gerais .........................................................................................................12. Objetivos Específicos................................................................................................12

5 ­ ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ...........................................................................13 ORGANIZAÇÃO DOS TEMPOS E ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM ..............16Estrutura curricular:....................................................................................................16 Rede Curricular..........................................................................................................24

 Edificações Curriculares                                                                                             .......................................................................................   25   Núcleo de Estudos Básicos                                                                                          ....................................................................................   27   Núcleo de Estudos Integradores                                                                                   ............................................................................   29   

 Carga Horária Curricular...........................................................................................30 Grade Curricular Educação do Campo......................................................................31

ATIVIDADES COMPLEMENTARES                                                                       .................................................................   35   ESQUEMAS DOS CONTEÚDOS.............................................................................36 Estágios......................................................................................................................40 SOBRE OS ESTÁGIOS OBRIGATÓRIOS.............................................................42. Trabalho de Conclusão de Curso..............................................................................43ESTÁGIOS NÃO OBRIGATÓRIOS:........................................................................44

6­ AVALIAÇÃO ............................................................................................................45INSTRUMENTOS E AÇÕES DE AVALIAÇÃO:....................................................46

7 ­ RECUPERAÇÃO DA APRENDIZAGEM ..............................................................478 ­ MATRÍCULA ...........................................................................................................489 ­ FREQUÊNCIA ..........................................................................................................4910­ CALENDÁRIO ESCOLAR .....................................................................................4911 ­CERTIFICAÇÃO .....................................................................................................5012­ INFRA­ESTRUTURA OPERACIONAL E RECURSOS DIDÁTICO PEDAGÓGICOS.............................................................................................................50

 Pólos Municipais........................................................................................................50. Pólo Sede..................................................................................................................51. Ambiente Virtual de Aprendizagem.........................................................................51. Centro de Educação a Distância...............................................................................53 Bibliotecas..................................................................................................................53

13 ­ RECURSOS HUMANOS .......................................................................................54CORPO DOCENTE....................................................................................................54DESCRIÇÃO DAS EQUIPES MULTIDISCIPLINARES........................................54

 COORDENAÇÃO DO CURSO                                                                                 ...........................................................................   55    previsão de equipe acadêmica                                                                                     ...............................................................................   55    o sistema de tutoria                                                                                                      ................................................................................................   55   

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O Professor responsável pela disciplina                                                                       .................................................................   57    o professor pesquisador                                                                                               .........................................................................................   58   . o professor­tutor na sede                                                                                            ......................................................................................   59    o professor­tutor nos pólos                                                                                          ....................................................................................   60   . Seleção de Tutor dos Pólos                                                                                        ..................................................................................   61   

14 ­ FINANCIAMENTO DO PROJETO .......................................................................6315 – REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................63

4

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1 ­ CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO A SER ATENDIDA 

1.1­ Apresentação. A presente proposta configura-se a partir da

compreensão de que é necessário qualificar os processos

educacionais que compõem os cotidianos de espaços

escolares e não escolares brasileiros, priorizando,

especialmente, a formação/qualificação/atualização das

Seguramente, investir na qualidade da educação

nacional significa dar continuidade às políticas

educacionais que promovam a capacitação dos professores e

inovem a gestão escolar e as práticas pedagógicas.

O curso de Licenciatura – Educação do Campo é um

curso oferecido em caráter experimental e emergencial pela

UAB/UFPel, inicialmente, em sete de seus pólos. Em seu

projeto político pedagógico articula as Diretrizes

Nacionais para formação de docentes, as Diretrizes do

Procampo, o Projeto Político Pedagógico da UFPel e as

demandas dos municípios pólos da UAB/UFPel.

Sua proposta prioriza a necessidade de formação de

profissionais da educação capazes de atender às

especificidades que caracterizam as áreas rurais e de

periferia urbana, de cidades do território nacional.

Cidades essas em que a periferia é caracterizada por uma

população trabalhadora rural ou vinculada a atividades

produtivas que dependem das condições de produção do meio

rural. Tais populações, vivendo no campo, ou não,

desenvolvem uma cultura toda própria, com hábitos e

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relações que procuram reproduzir a cultura características

do campo.1

Como   pode   ser   observado   no   quadro   abaixo,   a 

abrangência social desse projeto é muito grande:

1.2­ JUSTIFICATIVA O Curso de Licenciatura em Educação do Campo, proposto 

pela UFPel na modalidade da EAD, é oferecido a todos os 

Municípios   brasileiros   que   obtiveram   credenciamento   e 

autorização   da   oferta   junto   a   Universidade   Aberta   do 

Brasil. 

Na tentativa de alertarmos quanto à necessidade desse 

procedimento, entramos, previamente, em contato e enviamos 

correspondência aos municípios localizados nos estados do 

Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e do Espírito Santo 

1 Com é explicitado em um parágrafo do parecer 001/2006, p. 8, do Conselho Nacional de Educação:”A   educação   para   o   meio   rural brasileiro,  isto é, a Educação do Campo, considerando­se as dimensões do   país,   a   imensa   diversidade   que   o   caracteriza   e   a   extrema desigualdade entre as oportunidades educacionais oferecidas no meio urbano e no meio rural, está a merecer uma atenção prioritária”. O parecer não chega a fazer uma distinção entre rural e urbano quanto as suas   caracteríticas,   muito   pelo   contrário,   coloca­os   em   pé   de igualdade.  Colocando, ambos  os espaços,  com iguais  necessidades de atenção prioritária.

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que, na ocasião de seu primeiro cadastramento junto à UAB

Edital MEC/SEED de dezembro de 2005, manifestaram,

explicitamente, seu interesse pela oferta de um Curso de 

Formação de Professores voltado à realidade do campo.

No entanto,após   a   divulgação   do   resultado   do   2º 

edital em 2008, a UFPel ficou responsável pelo atendimento 

de 7 municípios que realizaram cadastro e solicitaram o 

curso   de   Licenciatura   em   Educação   no   Campo:  Itaqui, 

Rosário do Sul, São Francisco de Paula, São Lourenço do 

Sul, Sapiranga, Sapucaia do Sul e São Sepé, com turmas de 

50 alunos, e dois tutores presenciais, em cada pólo.

Tais   municípios   apresentam   diferenças   quanto   a 

necessidade de formação para os professores em exercício, 

mas todos apresentaram desejo de verem trabalhados através 

do Programa Universidade Aberta questões que não estão bem 

resolvidas em seus sistemas de ensino, e que, se formos 

acompanhar   detalhadamente   os   resultados   do   Relatório 

Público do Plano de Ações Articuladas (PAR) dos estados e 

municípios, veremos que são questões apontadas por esse 

relatório em todo território nacional

Na   tabela   abaixo,   apresentamos   o   número   de   alunos 

previsto   para   cada   pólo   e   a   demanda   de   professores   em 

exercício   sem   graduação.   Sempre   levando   em   conta   que, 

mesmo   com   essa   demanda,   qualquer   pessoa   que   tenha 

concluído   o   ensino   médio   pode   participar   do   processo 

seletivo e ingressar no curso:

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Tabela: Demanda apresentada pelos pólos iniciais de

Educação do Campo

Município pólo

Professores

em exercício

sem

graduação

Professores

com

licenciatur

a curta que

desejam

ingressar

no curso

Pedidos

de

Portador

es de

título

Número

de

alunos

aprovado

s no

vestibul

ar2

TOTAL

Itaqui 96 31 30 157

Rosário do Sul3 82 3 25 110

São Francisco de Paula4 78 9 87

São Lourenço do Sul 97 37 134

Sapiranga 121 43 164

Sapucaia do Sul5 100  16 116

São Sepé Em estudo 13 13 26

Total6: 574 31 16 173 794

2 Os dados dessa célula foram retirados dos resultados publicados pelo CES/UFPel. Os coordenadores dos pólos os justificam dizendo que na época do vestibular os candidatos não possuíam dinheiro para confirmar suas incrições no vestibular.3 7 professores com graduação e sem licenciatura­ IDEB 20074 Mais a possibilidade dos professores estaduais 170 – dado a ser confirmado no início das aulas5 Em torno de 100 (segundo coordenadora), 327 (segundo IDEB 2007) e ainda segundo o IDEB 21 professores com graduação e sem licenciatura6 Somando o total final com os números presentes nessa nosta, fechamos um total de 1219 pessoas.

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2­  Processo Seletivo

O Processo Seletivo será realizado das várias formas

contempladas pelas políticas e normas de ingresso da UFPel.

3­ BASE CONCEITUAL DE REFERÊNCIA 

No cenário educacional brasileiro, década em que se vê

expresso, pela primeira vez, na Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional (LDB, Lei n. 9394/96), um artigo que

denota o reconhecimento da necessidade de formulação de

medidas de adequação da escola à vida do campo, e se

verifica a aprovação, pela Câmara de Educação Básica

vinculada ao Conselho Nacional de Educação das Diretrizes

Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo

(Resolução CNE/CEB n.1, de 3 de abril de 2002, se ressalta

a pertinência da apresentação de uma proposta que visa

conjugar esforços no atendimento de históricas demandas,

até então desconsideradas como prioridades em Governos

anteriores.

Como parte da política de revalorização do campo, em

vigor desde 2003, a educação passa a ser entendida, no

âmbito governamental, como uma ação estratégica para a

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emancipação e cidadania de todos os sujeitos que ali vivem

ou trabalham. Nessa perspectiva, o Ministério da Educação

institui, pela Portaria n.1374 de 3 de junho de 2003, um

Grupo Permanente de Trabalho, com a atribuição de articular

as ações do Ministério pertinentes à Educação do Campo.

É nesse contexto que são empreendidos estudos com a

finalidade de elaborar um diagnóstico sobre a situação das

escolas rurais e dos profissionais da educação que atuam em

áreas rurais.

A rede de ensino da educação básica da área rural, de

acordo com o Censo Escolar 2002, corresponde a 107.432

estabelecimentos, o que representa 50% das escolas do país.

Aproximadamente a metade dessas escolas têm apenas uma sala

de aula e oferece, exclusivamente, o ensino fundamental de

1 a 4 série.

As escolas rurais de educação básica apresentam

características próprias em função da dispersão da

população residente. Os estabelecimentos são, em sua

maioria, de pequeno porte. Cerca de 70% oferecem o ensino

fundamental de 1 a 4 série atendem até 50 alunos.

Quanto ao tipo de organização dessas escolas, o Censo

Escolar 2002 mostrou que 64% daquelas que oferecem o ensino

fundamental de 1 a 4 série são formadas, exclusivamente,

por turmas multiseriadas ou unidocentes.

Estudos mostram as dificuldades enfrentadas pelas

escolas multisseriadas e ressaltam que, de um lado, está a

precariedade da estrutura física e, de outro, a falta de

condições e a sobrecarga de trabalho dos professores,

gerando alta rotatividade desses profissionais. Geralmente

permanecem aqueles com formação inadequada até o momento em

que adquirem maior escolaridade e pedem remoção para as

escolas da cidade.

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Além disso, os salários dos profissionais que atuam

nas escolas rurais tende a ser mais baixo. A conjugação

desses, entre outros fatores, acaba contribuindo para o

baixo desempenho dos alunos e a queda nos índices de

permanência dos mesmos nas escolas.

A literatura tem mostrado a importância destacada do

professor no processo de progressão e aprendizado dos

alunos. Porém, no caso específico da área rural, o nível de

escolaridade dos professores revela, mais uma vez, a

condição de carência. No ensino fundamental de 1 a 4 série,

apenas 9% dos professores têm formação superior, enquanto

nas áreas urbanas esse contingente representa 38% dos

docentes, isso sem considerar aqueles que, apesar de terem

formação em nível médio, não são portadores de diploma de

Curso Normal. Ou seja, atuam sem ao menos ter a formação

inicial para exercício docente.

Diante desse quadro é evidente a necessidade do

estabelecimento de uma política para a educação que

valorize os profissionais da educação do campo e que

viabilize a expansão do quadro, a formação profissional

adequada e a formação continuada, estimulando a permanência

de profissionais qualificados nas salas de aulas rurais.

É intenção do curso de Licenciatura em Educação do

Campo dar conta também de uma clientela que vive hoje em

espaços que geograficamente não são considerados como

rural, mas que carrega em suas raízes, de forma muito

arraigada uma cultura oriunda do chamado mundo rural.

Cultura essa que se manifesta no cotidiano dessas pessoas

provocando mudanças sutis nos espaços considerados urbanos.

Essa cultura é tão forte que hoje, diversos municípios do

Rio Grande do Sul, como São José do Norte, por exemplo,

foram caracterizados em seus planos diretores como

municípios rururbanos.

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4­ OBJETIVOS

Objetivos Gerais Criar e implantar um Curso Licenciatura em Educação

do Campo na modalidade da EAD.

Formar licenciados em Educação do Campo para

docência nos anos iniciais da Educação Básica , que tenha

conhecimento adequado sobre a modalidade de Educação de

Jovens e Adultos, de Educação Infantil e Gestão dos

processos educacionais em espaços escolares e não

escolares rurais, capacitados para participarem na

organização, no planejamento e na gestão de processos

educacionais, tendo a pesquisa e a inclusão como

princípios norteadores da ação docente.

. Objetivos Específicos1- Atingir populações que vivem em áreas rurais nos

espaços qualificados nesse projeto como campo, bem

como em regiões classificadas como rururbanas,

alijadas do acesso à Universidade Pública ;

2- Contribuir para o desenvolvimento sócio-cultural

dos municípios que serão atingidos por este

projeto;

3- Promover a formação de docentes que atuam em

espaços escolares e não-escolares, engajados em

processos de aprendizagem de sujeitos em diferentes

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fases do desenvolvimento humano, em diversos níveis

e modalidades do processo educativo.

4- Promover a articulação teoria-prática como eixo da

ação educativa e da construção do conhecimento não

fragmentado.

5- Capacitar os futuros educadores para a participação

nos processos de planejamento, organização,

avaliação e gestão educacional em uma perspectiva

democrática.

6- Investir na formação de educadores com perfil de

pesquisadores, comprometidos com a produção,

difusão e democratização do conhecimento

científico-tecnológico do campo educacional, com

vistas ao desenvolvimento da região de abrangência.

7- Formar professores capazes de atuar em diferentes

contextos, utilizando estratégias que respeitem as

diferenças, contribuindo para a superação de

exclusões sociais, étnico-raciais, culturais,

políticas e outras, tendo como referência as

práticas extensionistas no percurso de formação.

8- Capacitar os professores para o uso de diferentes

linguagens, bem como de tecnologias de informação e

comunicação e para sua aplicação nos processos

educativos.

5 ­ ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 

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O presente projeto de curso de Licenciatura em

Educação do Campo atende as demandas colocadas pelo

Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em

Educação do Campo –Procampo e as demandas apontadas,

inicialmente, pelos municípios parceiros.

O Procampo é

“(...) uma iniciativa do Ministério da Educação,

por intermédio da Secretaria de Educação

Continuada, Alfabetização e Diversidade - Secad,

em cumprimento às suas atribuições de responder

pela formulação de políticas públicas de combate

às desvantagens educacionais históricas sofridas

pelas populações rurais e valorização da

diversidade nas políticas educacionais”. 7

Segundo o documento do SECAD, do Programa de Apoio à 

Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo – 

Procampo:

“(...)   o   Procampo   tem   a   missão   de   promover   a 

formação superior dos professores em exercício na 

rede pública das escolas do campo e de educadores 

que   atuam   em   experiências   alternativas   em 

educação   do   campo,   por   meio   da   estratégia   de 

formação   por   áreas   de   conhecimento,de   modo   a 

expandir a oferta de educação básica de qualidade 

nas áreas rurais, (...).” (cf. nota 1: 1­2)

Segue o documento, apontando diretrizes para a 

organização desses cursos:

“Entre os critérios exigidos, os projetos devem 

prever:   a   criação   de   condições   teóricas, 

7 http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaodocampo/procampo.pdf

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metodológicas e práticas para que os educadores

em formação possam tornar-se agentes efetivos na

construção e reflexão do projeto político-

pedagógico das escolas do campo; a organização

curricular por etapas presenciais, equivalentes a

semestres de cursos regulares, em Regime de

Alternância entre Tempo-Escola e Tempo-

Comunidade, para permitir o acesso e permanência

dos estudantes na universidade (tempo-escola) e a

relação prática-teoria-prática vivenciada nas

comunidades do campo (tempo-comunidade); a

formação por áreas de conhecimento previstas para

a docência multidisciplinar – Linguagens e

Códigos, Ciências Humanas e Sociais, Ciências da

Natureza e Ciências Agrárias, com definição pela

universidade da(s) respectiva(s) área(s) de

habilitação; e a consonância com a realidade

social e cultural específica das populações do

campo a serem beneficiadas, segundo as

determinações normativas e legais concernentes à

educação nacional e à educação do campo em

Dentro dessa perspectiva, o curso de Licenciatura em

Educação do Campo, procura articular o proposto nas

políticas do SECAD para a educação do campo, com as

políticas nacionais de Educação Básica, Ensino Superior e

Educação a Distância, defendidas na Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional8.   Para   tanto   é   importante 

destacar   que   as   áreas   de   EJA,   Educação   Infantil, 

Alfabetização, Educação Especial, anos iniciais do Ensino 

Fundamental   de   9   anos,   Educação   Ambiental   e   Gestão 

Educacional   são   tão   prioritárias   para   os   municípios 

parceiros   quanto   as   áreas   de   conhecimento   que   são 

tradicionais nas Escolas de Educação Básica. Pois essas 

8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm

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áreas destacadas surgiram de dificuldades reais

enfrentadas pelos municípios na tentativa de organização e

gerenciamento de seus sistemas de ensino.

 ORGANIZAÇÃO DOS TEMPOS E ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM 

O Curso tem regime semestral. A duração formal

mínima é de quatro anos, com o desdobramento em oito

semestres. Cada semestre será executado em 17 semanas. Sua

estrutura está assentada em 3 pontos principais, 4 se

contarmos o estágio curricular.

Estrutura curricular:o quadro abaixo, elaborado no período de discussão

inicial do projeto com os pólos iniciais, dá idéia de por

onde caminhou um primeiro movimento de organização do

currículo.

A nossa proposta de curso, nasce de uma necessidade

de profissionais qualificados que dêem conta dessa cultura

que se manifesta tanto no campo como nas cidades, das

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constantes mudanças da legislação sobre Educação do Campo

e de aspectos constitutivos das singularidades do rural

brasileiro. Tais como a delimitação dentro dos espaços

ditos urbanos de áreas batizadas como rururbano. Tais

áreas caracterizam-se incorporarem em seus elementos

geográficos, políticos e sociais, características marcantes

da cultura do meio rural, bem como formas de organização

muito semelhantes apesar de viverem em um espaço geográfico

caracterizado como urbano.

Além da questão do campo, a formação do curso abrange

processos de qualificação em:

• EJA,

• Anos iniciais do ensino fundamental de 9 anos

• Educação Infantil,

• Educação Especial

• Gestão Educacional

• Educação Ambiental

Tais processos estão vinculados ao presente projeto

de curso de Licenciatura em Educação do Campo e procuram

atender as demandas colocadas pelo Programa de Apoio à

Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo –

Procampo e as demandas apontadas, inicialmente, pelos

municípios parceiros. Elas se apresentam na forma de

formação complementar e permeiam todas as etapas do curso.

Tal formação:

“(...) se constitui em uma dimensão obrigatória

da arquitetura curricular dos cursos. No entanto,

ainda que presente na estrutura curricular do

curso, ela possui um caráter opcional para os

estudantes. De fato, o que caracteriza esse

núcleo formativo é a abertura de possibilidades

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ao estudante para adquirir conhecimentos e

vivenciar experiências acadêmicas (...)”.(Brito,

2008:18)

Nesse contexto de formação de professores apresenta-

se o Procampo, que é

“(...) uma iniciativa do Ministério da Educação,

por intermédio da Secretaria de Educação

Continuada, Alfabetização e Diversidade - Secad,

em cumprimento às suas atribuições de responder

pela formulação de políticas públicas de combate

às desvantagens educacionais históricas sofridas

pelas populações rurais e valorização da

diversidade nas políticas educacionais”. 9

Segundo o documento da SECAD, do Programa de Apoio à 

Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo – 

Procampo:

“(...)   o   Procampo   tem   a   missão   de   promover   a 

formação superior dos professores em exercício na 

rede pública das escolas do campo e de educadores 

que   atuam   em   experiências   alternativas   em 

educação   do   campo,   por   meio   da   estratégia   de 

formação   por   áreas   de   conhecimento,de   modo   a 

expandir a oferta de educação básica de qualidade 

nas áreas rurais, (...).” (cf. nota 1: 1­2)

Segue   o   documento,   apontando   diretrizes   para   a 

organização desses cursos, e o núcleo que em nosso projeto 

chamaremos de formação específica:

“Entre os critérios exigidos, os projetos devem 

prever:   a   criação   de   condições   teóricas, 

metodológicas e práticas para que os educadores 

em formação possam tornar­se agentes efetivos na 

9 http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaodocampo/procampo.pdf

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construção e reflexão do projeto político-

pedagógico das escolas do campo; a organização

curricular por etapas presenciais, equivalentes a

semestres de cursos regulares, em Regime de

Alternância entre Tempo-Escola e Tempo-

Comunidade, para permitir o acesso e permanência

dos estudantes na universidade (tempo-escola) e a

relação prática-teoria-prática vivenciada nas

comunidades do campo (tempo-comunidade); a

formação por áreas de conhecimento previstas para

a docência multidisciplinar – Linguagens e

Códigos, Ciências Humanas e Sociais, Ciências da

Natureza e Ciências Agrárias, com definição pela

universidade da(s) respectiva(s) área(s) de

habilitação; e a consonância com a realidade

social e cultural específica das populações do

campo a serem beneficiadas, segundo as

determinações normativas e legais concernentes à

educação nacional e à educação do campo em

Dentro dessa perspectiva, o curso de Licenciatura em

Educação no Campo, procura articular o proposto nas

políticas do SECAD para a Educação do Campo, com as

Políticas Nacionais de Educação Básica, Ensino Superior e

Educação a Distância, defendidas na Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional10. 

Tal característica curricular também dá conta do que é 

proposto nos itens 5, 6 e 7 do Parecer 776/97 do Conselho 

Nacional de Educação:

“5­   Estimular   práticas   de   estudo   independente, 

visando uma progressiva autonomia profissional e 

intelectual do aluno;

10 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm

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6- Encorajar o reconhecimento de conhecimentos,

habilidades e competências adquiridas fora do

ambiente escolar, inclusive as que se referiram à

experiência profissional julgada relevante para a

área de formação considerada;

7- Fortalecer a articulação da teoria com a

prática, valorizando a pesquisa individual e

coletiva, assim como os estágios e a participação

em atividades de extensão.”

Tais movimentos de organização da estrutura

curricular do curso são importantes, pois nos ajudam a

visualizar os aspectos necessários a formação do educador

que dê conta dos contextos para os quais esse projeto de

curso se destina.

O Curso de Licenciatura em Educação do Campo na

modalidade da EAD, centra-se na aprendizagem enquanto um

processo que está diretamente relacionado com a

arquitetura curricular a qual focaliza a formação como

centro do processo. Ao colocar as aprendizagens como

centro do processo de formação descarta-se a lógica da

mistificação da técnica (que valoriza os meios em

detrimento dos fins) presente em muitos cursos em EAD.

Rompe-se desta forma com a racionalidade tecnológica.

Para Pierre Lévy, em termos de tecnologia, o

ciberespaço tem se mostrado um ambiente mais acolhedor do

que dominador. O ciberespaço não se caracteriza como um

instrumento de difusão a partir de centros, como é o caso

da imprensa escrita, do rádio e da televisão, mas sim,

como um dispositivo de comunicação interativo de

coletividades humanas e de contato para comunidades

heterogêneas. Para ele, “aqueles que vêem no ciberespaço

um perigo de ‘totalitarismo’ cometem um grave erro de

diagnóstico. E aqueles cujo papel consistia em impor

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limites e territórios estão ameaçados por uma comunicação

transversal, multipolar, que rompe compartimentos”.

A apropriação do conhecimento poderá se libertar das

amarras das instituições de ensino e, desta forma, o saber

tornar-se mais acessível aos sujeitos que se integrarem às

comunidades virtuais destinadas ao aprendizado

cooperativo. Pierre Lévy defende que os meios de

informação, imprensa, rádio, cinema e TV, seguem, de certa

forma, a linha do universal totalizante iniciada pela

escrita. Já a Internet se difere desta proposta, na medida

em que, em sua rede, emerge uma nova forma de universal

que não se dispõe a totalizar os sentidos.

De forma resumida, pode-se dizer que mesmo que

orientados por diferentes pressupostos conceituais, o fato

é que as teorizações contemporâneas nos levam a admitir

que, a crise da modernidade colocou em questão a

linearidade da história e possibilitou o emergir de

rupturas de diversas forças: sociais, culturais,

econômicas, educativas gerando uma dimensão de

imprevisibilidade que é preciso admitir. Neste contexto,

ao aceitarmos a idéia de que a história do conhecimento,

da verdade, da certeza, se encontra em conflito, temos

também que admitir que outras formas de educar e de

habitar nossa contemporaneidade possam existir.

Estas questões apontam grandes desafios para os

sistemas educacionais, de modo geral, e para a formação de

professores, em particular. É preciso compreender que a

disseminação e a popularização das novas tecnologias da

informação e da comunicação permitem passar de um modelo

que privilegia a transmissão de conhecimentos e sua

suposta assimilação para um modelo pedagógico cujo

funcionamento se baseia na aprendizagem colaborativa, na

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abertura aos contextos sociais e culturais, a diversidade

dos alunos, aos seus conhecimentos, experimentações e

interesses (Cf. Silva, 2002, p.81).

Nessa concepção, a proposta de um Curso de

Licenciatura em Educação do Campo a distância não pode

significar uma mera transposição do tipo de lógica que

comumente alicerça os cursos de formação de professores

presenciais. Sabe-se que as Diretrizes Curriculares para

as licenciaturas tencionaram novas configurações nos

currículos de formação de professores. No entanto, as

fragmentações por disciplinas ou por campos de

conhecimentos especializados ainda persistem. Em outros

casos, o esforço tem sido por um currículo de formação

orientado pela interdisciplinaridade.

Sobre isto, Edgar Morin (2001), em “Ciência com

consciência”, defende a necessidade de irmos além de

práticas interdisciplinares. Sua proposta é a de que

passemos da interdisciplinaridade para a

transdisciplinaridade no contexto de um paradigma da

complexidade, capaz de romper com as barreiras entre os

vários campos de saber, possibilitando-lhes ampla

comunicação. E, é na perspectiva, de um novo paradigma de

formação de professores que o Projeto Pedagógico do Curso

de Licenciatura em Educação do Campo, na modalidade da

EAD, pretende aproximar-se.

A partir da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases

da Educação, de 1996, ficou determinado que a formação de

profissionais da educação básica far-se-á em nível

superior em cursos de licenciatura, de graduação plena

(Art. 62). Em relação a estes cursos, a Resolução do

Conselho Nacional de Educação, CNE/CP 1/2002, diz em seu

artigo 7°, inciso I, que "a formação deverá ser realizada

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em processo autônomo, em cursos de licenciatura plena,

numa estrutura com identidade própria”. Isso significa

inserir a formação de professores em campos de

conhecimentos que permitam formar profissionais com um

perfil próprio, que deve ser formado em um curso com uma

estrutura própria.

Neste sentido, o desenho curricular proposto se

beneficiou do movimento de reestruturação curricular

ocorrido no Brasil nos últimos anos em seus diversos

fóruns de discussão. Igualmente se beneficiou das

experiências bem sucedidas no campo da EAD, especialmente,

àquelas voltadas à formação de professores. O desenho

curricular contou ainda com a longa caminhada da UFPel nos

Cursos de Pedagogia, com a experiência e qualificação de

seus profissionais e com o apoio de uma Equipe

interdisciplinar com experiência de pesquisa e de docência

em EAD e Educação do Campo (dentro da perspectiva desse

projeto) para criar uma identidade singular voltada às

especificidades a que se propõe.

As seguintes diretrizes curriculares foram traçadas a

partir do profissional que se espera formar para atuar no

contexto das relações que se constroem em espaços

educativos escolares e não escolares, na docência nos anos

iniciais da Educação Básica, envolvendo a qualificação

para atuar com turmas de Educação infantil e do Ensino

fundamental de nove anos,ne modalidade de Educação de

Jovens e Adultos e na gestão de processos educacionais.

São elas:

• Valorizar o cotidiano da escola como campo de

integração dos processos de ensino-aprendizagem;

• Incorporar a pesquisa como metodologia de

trabalho pedagógico de modo a favorecer a

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integração dos campos de saberes que compõem o

currículo, desde o inicio do curso;

• Enfatizar a diferença em suas dimensões

políticas, poéticas e filosóficas e suas

implicações para as pedagogias;

• Significar os processos de aprendizagens a

partir das experiências pessoais dos alunos de

modo a criar situações interativas que os ajudem

a superar o isolamento e os permitam construir

comunidades de aprendizagens;

• Fortalecer vivências extracurriculares que

favoreçam a criatividade e a invenção de novas

práticas educacionais;

• Integrar a utilização das tecnologias da

informação e comunicação ao trabalho pedagógico

de professores e alunos;

 Rede CurricularO desenho curricular proposto para o Curso de

Licenciatura em Educação do Campo na modalidade de

Educação a Distância buscou uma arquitetura de curso que

pudesse contemplar as necessidades e as especificidades de

um processo de formação de professores, educadores e

gestores, nesta modalidade, integrado as atuais

contribuições trazidas pelos estudiosos da área do

currículo e pelos estudiosos do campo da psicologia

cognitiva. Beneficiou-se, particularmente, dos estudos de

autores da teorização curricular (Silva, T.T.; Moreira,

A.F.; Alves, N.; Leite, R. entre outros) que, inspirados

nas obras de certos autores contemporâneos (Foucault,

Morin, Deleuze, Guattari, Lévy, Virilio, Serres, entre

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outros), questionam a forma como os conhecimentos escolares

foram selecionados, distribuídos e classificados na

modernidade e propõem novas possibilidades arquiteturais

para os currículos de formação na contemporaneidade.

Junto a essas contribuições do campo do currículo e da

área da EAD, acrescem-se os atuais estudos na área da

psicologia cognitiva quando evidenciam as transformações na

cognição humana quando acopladas com as tecnologias,

transformando a forma de conhecer e de aprender. Por

conseqüência deste entendimento, o desenho que fizemos para

o curso baseia-se na multiplicidade, heterogeneidade e

pluralidade dos saberes, sendo que seu currículo respeitou

os pressupostos presentes no documento: “Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia” (MEC/CNE,

2005), uma vez que por suas especificidades, ele estará

trabalhando com a formação dos professores que atuam nas

séries iniciais do ensino fundamental.

 Edificações CurricularesConsiderando-se, especialmente, as “Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia” (MEC/CNE,

2005), e o Decreto n. 5.622, de 19/12/2005, que regulamenta

e dá outras previdências para Cursos de Licenciaturas na

modalidade da EAD, de modo esquemático pode se dizer que a

estrutura curricular do Curso de Licenciatura em Educação

do Campo, na modalidade da EAD, encontra-se edificado a

partir de disciplinas organizadas em núcleos e eixos de

conhecimento, oferece de modo não fragmentado, um corpo de

conhecimentos técnicos, científicos e práticos, os quais se

direcionam à formação docente para atuação na Educação

Básica. A formação do licenciado em Educação do Campo

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fundamenta-se no trabalho pedagógico realizado em espaços

escolares e não escolares, tendo a docência e a gestão como

bases.

Parte-se, ainda, do entendimento de que o currículo

do curso, ao proporcionar uma base sólida de conhecimentos

que permita ao futuro professor o exercício da docência

tanto nos Anos Iniciais da Educação Básica regular e na

modalidade da Educação de Jovens e Adultos, quanto na

Educação Infantil e na Gestão de Processos Educacionais.

Para tanto, o currículo do Curso oferece um corpo

de conhecimentos articulados a partir dos seguintes

núcleos:

1- Núcleo de Estudos Básicos

2- Núcleo de Aprofundamento e Diversificação de

Estudos

3- Núcleo de Estudos Colaborativos

Que, conjugados, garantam a formação docente

interdisciplinar e transdisciplinar.

A organização curricular que privilegia a formação

interdisciplinar rompe, na perspectiva de JAPIASSU (1996),

com a idéia de capelas cientificas, fundadas sobre o signo

da especialização, que vivem muito mais à vontade num

mundo fechado, onde a verdade de cada um é menos

contestada, do que num mundo aberto, onde estão expostas

aos ventos da crítica.

A concepção interdisciplinar concretiza-se no

currículo do Curso de Licenciatura em Educação do Campo na

busca pela construção do conhecimento teórico-prático,

tendo como base a própria relação interdisciplinar

exercida pelos docentes do curso através de seus

planejamentos e ações comuns. Entende-se que o exercício

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da interdisciplinaridade no espaço de formação permite ao

egresso do Curso a possibilidade de uma leitura mais

completa da realidade educacional.

Uma organização curricular atenta à abordagem

transdisciplinar faz emergir, do confronto das disciplinas

novos dados que as articulam entre si oferecendo uma nova

visão do mundo e da Realidade. A transdisciplinaridade não

busca o domínio de várias disciplinas, mas a abertura de

todas elas àquilo que as atravessa e as ultrapassa.

Partindo dessa premissa, a atitude transdisciplinar

no curso de Licenciatura em Educação do Campo Pedagogia

concretiza-se na adoção da Pesquisa e da Inclusão como

princípios educativos e deverá ganhar visibilidade

mediante o rigor da argumentação teórica que levará em

conta diferentes formas de olhar e conceber os fenômenos

que se encontram ao nosso redor, na abertura e aceitação

para análise do desconhecido, do inesperado e do

imprevisível e, na tolerância que implicará no

reconhecimento do direito às idéias, realidades e verdades

diferentes das nossas.

Desta forma, a organização curricular busca a

formação do educador pesquisador, ressignificando os

saberes, priorizando a indissociabilidade entre o processo

de ensinar, pesquisar, aprender a aprender, estabelecendo

a prática educacional e a investigação dos fazeres como

elemento permanente dos núcleos e eixos norteadores.

Cabe destacar a importância dos futuros professores

e gestores conhecerem as políticas de educação inclusiva e

compreenderem suas implicações organizacionais e

pedagógicas. Dessa forma, a abordagem da inclusão, deve

transpor as disciplinas específicas, constituindo-se num

princípio do fazer pedagógico, para que os futuros

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profissionais mediante a esse desafio possam atuar com

postura ética e profissional, contribuindo para a

democratização da Educação Básica.

O investimento na construção de uma atitude inter e

transdisciplinar constituir-se-á preocupação de todos os

professores e acadêmicos do Curso de Licenciatura em

Educação do Campo visto que o reconhecimento da existência

de diferentes níveis de realidade, regidos por lógicas

diferentes é essencial para a formação de docentes que se

inscrevem em um tempo no qual os saberes surgem e se

acumulam de forma vertiginosa, mas não garantem o

crescimento pessoal e a incorporação de valores.

Os três núcleos de estudos visam propiciar, a um só

tempo, amplitude e identidade institucional relativa à

formação do licenciado. Os núcleos de conhecimento estão

assim estruturados:

Núcleo de Estudos BásicosO Núcleo de Estudos Básicos está organizado em três

eixos: Formação Geral, Processo Educativo e Currículo,

Investigação da realidade.

O Eixo de Formação Geral  contempla a aplicação de 

princípios, concepções e critérios oriundos de diferentes 

áreas do conhecimento, com pertinência ao campo da Educação 

do Campo e à realidade sócio­histórico­cultural, política e 

econômica de áreas rurais brasileiras, que contribuam para 

o   desenvolvimento   das   pessoas,   das   organizações   e   da 

sociedade.

O  Eixo   Processo   Educativo  proporciona   o   estudo   da 

Didática,   de   teorias   e   metodologias   pedagógicas,   de 

processos de organização do trabalho docente, de teorias 

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relativas à construção de aprendizagens, socialização e

elaboração de conhecimentos. Possibilita a decodificação e

utilização de códigos de diferentes linguagens utilizadas

além do trabalho didático com conteúdos pertinentes aos

primeiros anos do Ensino Fundamental e à Educação de Jovens

e Adultos, à Educação Infantil, bem como a Gestão de

Processos Educacionais em espaços escolares e não

escolares.

Considerando a docência como o destaque primordial do

Curso, este eixo concentra conhecimentos indispensáveis ao

desenvolvimento de uma formação crítica e transformadora,

pois pretende garantir a articulação entre os saberes que

transversalizam o currículo. Assim, em todas as disciplinas

do curso e, com destaque especial, nas presentes neste

eixo, serão trabalhados os princípios de inclusão e de

interdisciplinaridade.

O Eixo   Currículo  privilegiará   a   relação   teoria   – 

prática e parte – totalidade, destacando a importância do 

caminho   metodológico   no   processo   de   construção   do 

conhecimento. 

Nessa perspectiva, a realização de diagnóstico sobre 

necessidades   e   aspirações   dos   diferentes   segmentos   da 

sociedade,   relativamente   à   educação,   constitui­se 

instrumento   capaz   de   identificar   diferentes   forças   e 

interesses, de captar contradições e de considerá­lo nos 

planos pedagógico e de ensino­aprendizagem, no planejamento 

e na realização de atividades educativas.

Esse   eixo   privilegiará   os   fundamentos   teórico­

práticos para a construção de um currículo crítico, através 

das disciplinas que abordarão especificamente esse tema e o 

tema de Gestão, bem como envolverá todo o movimento de 

pesquisa   de   realidade   desenvolvido   durante   o   curso   de 

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Licenciatura em Educação do Campo e sua articulação com a

as atividades pedagógicas da escola e das atividades de

ensino (mesmo que essas sejam em abordagens mais informais

– fora da escola).

Núcleo de Estudos IntegradoresO Núcleo de Estudos Integradores oportuniza o contato 

com a realidade, através da imersão no contexto escolar, 

propiciará aos acadêmicos,   vivências nas mais diferentes 

áreas do campo educacional, concorrendo para a compreensão 

e   integração   de   estudos   realizados   em   cada   momento   do 

Curso.   Nesse   sentido,   este   núcleo   oportuniza   o   diálogo 

teórico­prático em diferentes contextos rurais, através das 

disciplinas   de   Abordagens   de   Pesquisa   em   Educação   IV, 

Investigação Ação em Escolas Públicas I E II e Abordagens 

de Pesquisa em Educação do Campo.

  Assim,   as   disciplinas   anteriormente   descritas 

prevêem, horas de atividades de campo a fim de levar o 

acadêmico, através de observações e análises das diferentes 

realidades,   a   construir   sua   trajetória   de   formação 

profissional de forma crítica e transformadora. 

Além disso, integram o Núcleo de Estudos Integradores 

o   Estágio   Supervisionado   nos   Anos   Iniciais   da   Educação 

Básica,   através   de   disciplina   específica   e   os   estágios 

supervisionados em Educação Infantil, EJA e Gestão, através 

das disciplinas de Investigação Ação em Escolas Públicas 

citadas anteriormente.

Núcleo de Formação complementar ( Estudos Colaborativos)

O Núcleo de Formação Complementar tratado no presente 

projeto como Estudos Colaborativos estará voltado às áreas 

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de atuação profissional, identificadas face às diferentes

demandas sociais de cada região de abrangência a que

pertencem os alunos. Demandas essas apontadas pelos sete

pólos iniciais no estudo que antecedeu esse projeto. São

elas:

EJA,

Anos iniciais do ensino fundamental de 9 anos

Educação Infantil,

Educação Especial

Gestão Educacional

Educação Ambiental

Educação e Tecnologia

 Carga Horária CurricularO Curso possui um total de 3799 h/a – distribuídas em

atividades de pesquisas, seminários, práticas de ensino e

extensão. Sendo que o estágio obrigatório está dividido em

quatro disciplinas diferentes: Investigação Ação em Escolas

Públicas I e II, Investigação Ação em Atividade Docente e

Estágio Curricular nas séries Iniciais da Educação Básica.

O estágio curricular ficou distribuído da seguinte

forma:

400h/a de estágio supervisionado, assim distribuídas:

• Investigação Ação em Escolas Públicas I: 68 horas da 

carga horária da disciplina.

• Investigação Ação em Escolas Públicas II: 102 horas da 

carga horária da disciplina.

• Investigação Ação em Atividade Docente: 85 horas da 

carga horária da disciplina.

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• Estágio Curricular nas Séries iniciais da Educação

Básica: 153 horas

Total:   408   horas  de   aividades   de   estágio   do   Curso   de 

Licenciatura em Educação do Campo. 

Grade Curricular

A grade curricular abaixo acompanhada de um esboço que 

indica os conteúdos das disciplinas, está em em fase final 

de discussão por parte dos professores do curso. Em breve 

estará apresentada em sua integralidade bem como os mapas 

conceituais que presentam as relações entre as disciplinas 

do curso:

 Grade Curricular Educação do Campo

(T) Teóricos

(P) Práticos

1º Semestre

DISCIPLINA CARGA HORÁRIA CRÉDITOS

EAD I 102 6

Abordagens de Pesquisa em Educação I 102 4 (T) 

2 (P)

Processo Educativo I 102 4 (T) 

2 (P)

Escola e Políticas Públicas I 102 4 (T)

 2 (P)

Educação do Campo I 102 5 (T) 

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1 (P)

TOTAL NO SEMESTRE 510

2º Semestre

DISCIPLINA CARGA HORÁRIA CRÉDITOS

EAD II: 102 6 (T)

Abordagens de Pesquisa em Educação II 102 3 (T)

3 (P)

Processo Educativo II 102 4(T)

2 (P)

Escola e Políticas Públicas II 102 4 (T)

2 (P)

Educação do Campo II 102 4 (T)

2 (P)

TOTAL NO SEMESTRE 510

3º Semestre

DISCIPLINA CARGA HORÁRIA CRÉDITOS

Estudos Colaborativos I 68 4

Abordagens de Pesquisa em Educação III 102 3 (T)

3 (T)

Processo Educativo III 102 4 (T)

2 (P)

LIBRAS I 68 4 (T)

Escola e Políticas Públicas III 102 4 (T)

2 (P)

Educação do Campo III 68 4 (T)

TOTAL NO SEMESTRE 510

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4º Semestre

DISCIPLINA CARGA HORÁRIA CRÉDITOS

Estudos Colaborativos II 68 4 (T)

Abordagens de Pesquisa em Educação IV 102 3 (T)

3 (P)

Processo Educativo IV 102 6 (T)

LIBRAS II 68 3 (T)

Linguagens e Escola I 102 6 (T)

Educação Popular e Educação do Campo 68 4 (T)

TOTAL NO SEMESTRE 510

5º Semestre

DISCIPLINA CARGA HORÁRIA CRÉDITOS

Estudos Colaborativos III 102 4 (T)

2 (P)

Investigação Ação em Escolas Públicas II 102 2 (T)

4 (P)

Processo Educativo V 102 6 (T)

Linguagens e Escola II 102 6 (T)

Estudos Integradores 102 4 (T)

2 (P)

TOTAL NO SEMESTRE 510

6º Semestre

DISCIPLINA CARGA

HORÁRIA

CRÉDITOS

Estudos Colaborativos IV 102 4 (T) 2 (P)

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Investigação Ação em Escolas públicas

II

136 2 (T) 6 (P)

Linguagens e Escola III 102 4 (T) 2 (P)

Estudos Integradores II 102 2 (T) 4 (P)

Educação do Campo e Formação de

Professores

51 2 (T) 1 (P)

TOTAL NO SEMESTRE 493

7º Semestre

DISCIPLINA CARGA

HORÁRIA

CRÉDITOS

Estudos Colaborativos V 102 4 (T) 2 (P)

Investigação Ação em Atividade Docente 136 3 (T) 5 (P)

Estágio Curricular nas Séries Iniciais

da Educação Básica

153 9 (P)

Estudos Integradores 102 3 (T) 3 (P)

TOTAL NO SEMESTRE 493

8º Semestre

DISCIPLINA CARGA

HORÁRIA

CRÉDITOS

Relatório e trabalho de conclusão de

curso

136 2 (T) 6 (P)

Seminários de Teoria e Prática

Pedagógica

119 7 (P)

TOTAL NO SEMESTRE 255

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ATIVIDADES COMPLEMENTARESCARGA HORÁRIA APROVEITADA

1-Participação em curso de Extensão, Seminários e

Congressos relacionados com a área de estudo.

Aproveitamento até 80 h

2- Apresentação de Trabalhos Acadêmicos em Congressos,

Seminários, Iniciação Científica ou Revista. 8h por

participação

3-Publicação de artigo em Anais de Congressos,

Seminários, Iniciação Científica ou Revista - 12h   por 

publicação ­ até 4 publicações

4­Visitas Técnicas, Viagens de Estudo. Aproveitamento até 

15h

6 – Participação em serviço voluntário Aproveitamento até 

40 h

***A documentação será avaliada por uma comissão indicada

pelos Coordenadores do Curso de Licenciatura Educação do

Campo.

***O acadêmico poderá requerer o aproveitamento de 200

horas de atividades complementares.

ESQUEMAS DOS CONTEÚDOS

1º Semestre

EAD I

Problematização e fundamentação necessária para o início do curso: conceituação, história da EAD, ferramentas,

Abordagens de Pesquisa em Educação I

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Construção dos referenciais e estratégias de estudo e pesquisa;

Processo Educativo IEstudo sobre desenvolvimento humano e aprendizagem.

Escola e Políticas Públicas IAspectos históricos, políticos e antropológicos da escolarização no Brasil.

Educação do Campo IConstituição histórica do Campo no Brasil: ocupação territorial, formas de organização e diferenças culturais

2º Semestre

EAD IIEducação a distância na Educação Básica, estudo, e uso, das diferentes tecnologias disponíveis na educação Básica presencial.

Abordagens de Pesquisa em Educação IIPesquisa do entorno escolar e das unidades familiares de produção

Processo Educativo IIDesenvolvimento Humano e estratégias de comunicação: linguagem e alfabetização; fundamentação necessária para APE II e APE III

Escola e Políticas Públicas IILegislação e currículos escolares

Educação do Campo IIHistória da Educação do campo no Brasil; movimentos por educação do Campo: avanços e equívocos

3º Semestre

EC ITodos os elementos presentes na proposta de formação complementar apresentada na SECAD

Abordagens de Pesquisa em Educação IIIPesquisa na comunidade escolar

Processo Educativo IIILibras e educação dos portadores de necessidades auditivas

Libras IInstrumentalização na linguagem de libras.

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Escola e Políticas Públicas IIIEstudo sobre os Parâmetros curriculares da Educação Infantil, das Séries Iniciais do Ensino Fundamental e de EJA

Educação do Campo IIIEstudo sobre práticas educacionais em escolas do campo e nas demais escolas

4 SEMESTREEstudos Colaborativos IIEstudo de uma, ou mais de uma, das temáticas abaixo

EJA,

Anos iniciais do ensino fundamental de 9 anos

Educação Infantil,

Educação Especial

Gestão Educacional

Educação Ambiental

Educação e Tecnologia

Abordagens de Pesquisa em Educação IVSistematização de Pesquisa e (re) construção de referenciais

Processo Educativo IVOrganização do trabalho Pedagógico

LIBRAS IIInstrumentalização no uso da linguagem de libras

Linguagem e Escola IDiferentes formas de registros (musical, corporal, escultura, pintura, filmes, fotografia, arquitetura, ...) , a escrita e a leitura (em todas as áreas de conhecimento)

Educação Popular e Educação do CampoEstudo sobre processos educacionais não escolares e sua relação com o trabalho escolar

5º Semestre

Estudos Colaborativos IIIEstudo de uma, ou mais de uma, das temáticas abaixo

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EJA,

Anos iniciais do ensino fundamental de 9 anos

Educação Infantil,

Educação Especial

Gestão Educacional

Educação Ambiental

Educação e Tecnologia

Processo Educativo VEstudo de referenciais histórico-geográficos com discussão didático pedagógica.

Linguagens e Escola IIEstudo dos conceitos lógicos nos currículos das séries iniciais da Educação Básica (em todas as áreas de conhecimentos)

Estudos Integradores IArticulação Metodológica das Linguagens Estudadas

Investigação Ação em Escolas Públicas IConstrução colaborativa com professores das escolas pesquisadas de micro-projetos de ensino e relatórios.

6º SemestreEstudos Colaborativos IVEstudo de uma, ou mais de uma, das temáticas abaixo

EJA,

Anos iniciais do ensino fundamental de 9 anos

Educação Infantil,

Educação Especial

Gestão Educacional

Educação Ambiental

Educação e Tecnologia

Educação do Campo e Formação de Professores

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Recuperação dos achados da Pesquisa do entorno/comunidade/escola confrontando com o momento atual (da etapa) levando a um novo movimento de investigação na escola para orientação dos projetos de ensino.

Linguagens e Escola IIIFenômenos da Natureza e relações do homem com a Natureza através das relações com o corpo, a estética e as tecnologias.

Estudos Integradores IIArticulação Metodológica das Linguagens Estudadas

Investigação Ação em Escola Pública II:Construção de Micro Projetos de Ensino na temática em que desenvolveu o Estudo Colaborativo.

7º SemestreEstudos Colaborativos VEstudo de uma, ou mais de uma, das temáticas abaixo

EJA,

Anos iniciais do ensino fundamental de 9 anos

Educação Infantil,

Educação Especial

Gestão Educacional

Educação Ambiental

Educação e Tecnologia

Investigação ação em atividade docente:Organização dos dados de pesquisa e investigação, elaboração dos projetos de ensinoDiscussão e planejamento das aulas

Estágio Curricular nas Séries Iniciais da Educação BásicaEstágio curricular em escolas do campo, dentro da perspectiva desse projeto, em séries iniciais da Educação Básica.

Estudos IntegradoresRearticulação metodológica das linguagens estudadas a partir das potencialidades e limites encontrados no estágio curricular.

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8º Semestre

Relatório e trabalho de conclusão de cursoProdução orientada do trabalho de conclusão de curso para socialização.

Seminários de Teoria e Prática PedagógicaEncontros, virtuais e online, de socialização para a comunidade do trabalho desenvolvido durante o curso

 EstágiosAs práticas de Ensino são compreendidas como parte

integrante da educação superior, configurando-se em um

espaço privilegiado de articulação entre teoria e prática,

entre espaço de formação, sociedade e trabalho.

Dessa forma, as atividades que envolvem práticas

educativas e, especificamente, as atividades de prática de

ensino, devem ocorrer ao longo da formação tendo por

objetivo geral estabelecer relações teórico-práticas

vinculadas à ação docente através da investigação, do

planejamento e da intervenção.

A prática de ensino no Curso estará ancorada num

processo de permanente interlocução, onde se privilegia a

construção e a desconstrução permanentes de saberes,

condição essencial para os educadores críticos e flexíveis,

tão necessários aos tempos e espaços pedagógicos formais e

não-formais desse momento histórico. Profissionais,

portanto, capazes de defrontar-se com situações cotidianas

sempre novas, assumindo uma práxis criativa e criadora que

possibilite a superação e a transformação atual da

educação.

A definição da Inclusão como Princípio educativo

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implicará em que o currículo do Curso de Licenciatura em

Educação do campo invista na formação de um docente e de um

gestor capazes de elaborar e implementar projetos

resultantes da análise das relações e de contextos

sociais, culturais, políticos, históricos e econômicos que

permitam a adoção de estratégias de ensino baseadas em

metodologias que contemplem um pensamento inovador sobre

inclusão tanto educativa quanto social.

As atividades de práticas de ensino têm como

objetivos principais:

. Oportunizar ao acadêmico a observação e análise dos 

diferentes contextos a fim de que possa realizar a 

aproximação e diálogo com a teoria discutida no espaço 

universitário.

. Proporcionar a interlocução entre as atividades de 

ensino com os diversos contextos da região de abrangência, 

aproximando o acadêmico das ações comunitárias de extensão.

. Realizar a interlocução com as práticas de pesquisa 

científica proporcionando ao acadêmico o desenvolvimento do 

perfil investigador no decorrer da formação.

As práticas de ensino serão desenvolvidas através de 

trabalhos de observação e análise de práticas educativas, 

pesquisas científicas e atividades de extensão em espaços 

escolares e não escolares. As atividades de práticas de 

ensino envolverão os Anos Iniciais da Educação Básica e 

todos  os  campos  relacionados   nas disciplinas   de estudos 

colaborativos 

Tendo   por   base   uma   perspectiva   dialética   que 

privilegia   a   ação­reflexão­ação,   há   um   compromisso   em 

sempre retornar ao espaço de formação  –campo de pesquisa ­ 

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uma devolução sobre a prática investigada, atividade a ser

orientada a partir de discussão no espaço acadêmico.

 SOBRE OS ESTÁGIOS OBRIGATÓRIOSAcreditamos que a prática da docência para o/a estudante

deste Curso, será um momento privilegiado de seu processo

de formação. Ao mesmo tempo em que a docência é, sem dúvida

alguma, uma dimensão de extrema relevância para a profissão

do/a pedagogo/a, esta prática não será trabalhada a partir

de uma ótica de formação na qual se restringe a identidade

deste profissional apenas as questões referentes a prática

docente e aos processos de construção do conhecimento

desconsiderando as outras dimensões que definem a

organização do trabalho escolar, especialmente  a   gestão 

educacional e, do mesmo modo, desconsiderando o contexto 

mais amplo em que esses processos se desenvolvem.

Ao   inserir   o/a   aluno/a,   desde   o   inicio   do   Curso,   em 

práticas de pesquisas, busca­se mostrar que a profissão do 

professor vai muito além da docência para se constituir 

numa profissão “que domina determinados saberes, que, em 

situação,   transforma   e   dá   novas   configurações   a   estes 

saberes e, ao mesmo tempo, assegura a dimensão ética dos 

saberes que dão suporte à sua práxis no cotidiano do seu 

trabalho”  (Cf. Documento: Considerações do ForumDir sobre

a proposta do Conselho Nacional de Educação de Resolução

que institui Diretrizes Curriculares para o Curso de

Pedagogia, 2005)

Além disto, ao se tratar de um curso na modalidade de EAD,

esta prática deve compreender:

● a necessidade de orientação e acompanhamento presencial

por profissionais competentes;

● a possibilidade do/a estudante desenvolver o estágio em

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todas as áreas de sua competência profissional;

● a possibilidade, caso o aluno seja professor em

exercício, que traga para o curso suas experiências,

questionamentos e contribuições.

Os principais objetivos dos espaços de estágios

acompanhados são:

a) Estabelecer relações teórico-práticas na ação docente,

através de pesquisa de realidade, diagnóstico desta

realidade, planejamento de estratégias e intervenção.

b) Analisar criticamente a estrutura administrativo-

pedagógica da escola realizando diagnóstico da

realidade, explicitando tendências pedagógicas.

c) Organizar, a partir da realidade, estratégias de ação

capazes de mediar o processo educativo coletivo.

d) Evidenciar através do estágio, criatividade, senso

crítico, iniciativa, auto-análise, autonomia,

organização e clareza de objetivos no desenvolvimento

do processo educativo.

e) Estabelecer relações de colaboração ação educacional

emancipatória em escolas públicas e em espaços de

educação não escolar.

. Trabalho de Conclusão de CursoAo final do curso, os alunos realizam a construção de

Trabalho de Conclusão procurando articular os estudos

realizados durante o curso com as atividades de prática

pedagógica desenvolvidas. Tal trabalho que será orientado

pelos professores e tutores a distancia e presenciais será

tornado público através de seminários nos pólos e do uso de

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ferramentas do Ambiente Virtual adequadas para sua

divulgação.

ESTÁGIOS NÃO OBRIGATÓRIOS:Os estágios não obrigatórios são aqueles que os alunos

desenvolvem com outras instituições. Para que tais estágios

sejam legitimados e componham sua carga horária no

histórico escolar é necessário que algumas regras sejam

seguidas. Para ter a possibilidade de acrescentar a carga

horária do estágio não obrigatório na carga horária total

de formação, tal estágio deverá:

• ser desenvolvido dentro da área de atuação à qual o

curso está relacionado;

• ser desenvolvido por aluno matriculado e com

freqüência regular, desde que respeitos os horários

das aulas e os horários de estudos do aluno;

• ser supervisionado por um dos docentes do cursos

(tutores presenciais ou coordenadores de pólos

orientados pelos professores pesquisadores);

• o aluno, o supervisor e a concedente deverão

apresentar relatório trimestral sobre o andamento do

estágio;

• o aluno deverá ter um diário, com planejamento e

relato das atividades desenvolvidas;

• a forma de organização do diário deverá ser combinada

entre o aluno e o supervisor, sendo que poderá ser

disponibilizado em espaço especifico para esse fim no

AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem).

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• O aluno e a concedente ao formalizar os estágios não

obrigatórios, mediante a assinatura do termo de

compromisso, devem respeitar as normas do COCEPE.

6­ AVALIAÇÃO 

Um Curso que visa a formação de educadores deve

ampliar sua interpretação do papel da avaliação no sentido

de integrá-la a todos os momentos do processo educativo.

Particularmente para este Curso na modalidade a distância,

a avaliação adquire uma importância redobrada, pois sua

função não se restringe a um instrumento burocrático

destinado a mensurar quantitativamente a apreensão de

conteúdos ou a aquisição de habilidades. Observamos que se

esperam reflexos desse sistema de avaliação na prática dos

próprios professores-alunos do curso em suas aulas.

A avaliação insere-se no próprio processo de

aprendizagem; assim, os instrumentos aplicados devem ser

capazes de verificar não apenas o domínio dos

conhecimentos teóricos do aluno, mas também sua capacidade

de articular, de forma dinâmica, os ensinamentos

apreendidos ao longo de seu período de formação, suas

habilidades intrínsecas à atividade docente, bem como sua

Além disso, a avaliação é objeto de reflexão do

aluno, que a incorporará ao cotidiano de sua prática

profissional. Por isso, além dos aspectos científicos

relacionados com os conteúdos, a avaliação deve ser capaz

de considerar aspectos muitas vezes relegados ao plano da

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A complexidade de um processo de avaliação, de seus

fundamentos e métodos, que aspira atender aos diversos

aspectos da formação dos futuros licenciados, não pode ser

confundida, ou reduzida, à aplicação de critérios ditos

subjetivos. No entanto, freqüentemente a expressão

subjetividade é usada para designar um conjunto de

parâmetros e critérios vagos, que conferem ao professor o

poder de atribuir qualquer nota ou conceito ao aluno, que,

por sua vez, não se encontra em condições de discutir, com

o professor, seus procedimentos. O desafio é, pois,

articular os aspectos objetivos aos subjetivos, inerentes a

todo processo de avaliação.

Tratar de forma rigorosa e humana a questão da

avaliação, nesse sentido, oportuniza aos educando

vivenciarem práticas que possam reorientar suas futuras, e

atuais ações pedagógicas no universo da Educação Básica e

em suas próprias vidas cotidianas. Esse tipo de

experiência tende a ser mais educativa que a leitura de

inúmeros manuais durante o curso de formação. Isso faz com

que as relações estabelecidas dentro do curso assumam um

caráter igualmente pedagógica.

INSTRUMENTOS E AÇÕES DE AVALIAÇÃO:• Acompanhamento sistemático das atividades

desenvolvidas dentro do ambiente virtual de

aprendizagem, com: a observação de freqüência de

acesso ao AVA; tempo disponibilizado ao estudo das

tarefas; pontualidade a entrega das tarefas; forma

como o aluno se manifesta nos espaços coletivos

(qualidade dessa manifestação); outras questões que

os docentes das disciplinas considerarem relevantes.

• Trabalhos e relatórios previamente estabelecidos pela

equipe interdisciplinar do curso.

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• Prova semestral e presencial.

• Parecer descritivo apresentado pelos professores

tutores.

Ao final de cada semestre, os professores do curso

irão encaminhar a conclusão dos processos avaliativos das

disciplinas e através da consideração do conjunto de

atividades os alunos poderão ser considerados:

A- Aprovado

P- Pendente

R- Reprovado

O resultado final deverá ser registrado junto com o

parecer descritivo do aluno, onde deverá estar justificado

o porque do resultado obtido, após discussão de todos os

docentes responsáveis pelo pólo do aluno (tutor

presencial, tutor a distância e professor formador)

Os alunos pendentes serão submetidos a programas de

recuperação de estudos, com o acompanhamento dos tutores e

pesquisadores responsáveis por seu pólo.

7 ­ RECUPERAÇÃO DA APRENDIZAGEM 

Considerando que no âmbito da Universidade Aberta do

Brasil o aluno que reprova está automaticamente excluído

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do curso. A questão da recuperação da aprendizagem assume

um papel fundamental no processo de formação dos alunos

que apresentam algum tipo de dificuldade durante os

semestres para acompanhar os cursos.

Nesse sentido, iremos adotar prática muito semelhante

à de outros cursos especiais da UFPel para Formação de

docentes, que é a de recuperação de pendências ao longo do

curso.

Tais atividades de pendência serão organizadas pelo

conjunto dos professores do curso, que irão analisar caso

a caso as diferentes situações que envolvem a não

aprendizagem dos alunos definindo as atividades de

recuperação, bem como os alunos que realmente merecem uma

nova chance, que é para não premiar casos de alunos

omissos em relação às atividades dos cursos.

Para garantir o registro constante das pendências,

todas serão organizadas e desenvolvidas através das

diversas ferramentas do ambiente virtual, rigorosamente

organizadas para desenvolver essas atividades e

desenvolvidas em espaços (do ambiente) pensados e

planejados especificamente para esse fim.

8 ­ MATRÍCULA 

As matrículas dos alunos serão organizadas e

efetivadas pelo Departamento de Registros Acadêmicos (DRA)

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da UFPel. Será o DRA que através de contato e articulação

com os pólos irá encaminhar todas as questões e documentos

necessários para esse fim.

9 ­ FREQUÊNCIA 

A freqüência dos alunos será acompanhada através de

seu comparecimento nos pólos nas atividades presenciais e

sempre que solicitado. Através do monitoramento de seus

acessos e desenvolvimento no Ambiente Virtual de

Aprendizagem. Em ambos os casos serão utilizados os

instrumentos adequados para o registro dessa freqüência.

Pois tanto o ambiente presencial, como o virtual oferecem

uma série de possibilidades de mecanismos de controle de

freqüência.

10­ CALENDÁRIO ESCOLAR 

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O curso de Licenciatura em Educação do Campo irá

respeitar e seguir o calendário acadêmico oficial da

UFPel.

11 ­CERTIFICAÇÃO 

A certificação dos acadêmicos do cursos de

Licenciatura em Educação do Campo será realizada pela

Universidade Federal de Pelotas seguindo as orientações do

Conselho Nacional de Educação e da UAB para cursos nessa

modalidade.

Após a certificação o Licenciado em Educação do Campo

estará autorizado a desenvolver atividades docentes nos

anos iniciais da Educação Básica, EJA, Educação Infantil e

Gestão.

12­ INFRA­ESTRUTURA OPERACIONAL E RECURSOS DIDÁTICO PEDAGÓGICOS.

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 Pólos MunicipaisO Curso de Licenciatura em Educação do Campo a Distância é

oferecido para os pólos - cidade parceiros deste Projeto.

Estes são locais de trabalho que contam com uma infra-

estrutura adequada: Laboratório de Informática, Sala de

Videoconferência, salas equipadas com televisão, DVD,

Biblioteca, Salas de Professores e tutores do Curso e sala

de aula, capaz de reunir os/as alunos/as matriculados/as e

ali discutirem os assuntos pertinentes ao Curso. Nos pólos

acontecem os estudos presenciais individuais e coletivos. É

o espaço destinado às tutorias e aos encontros do grupo. Lá

o/a aluno/a poderá fazer pesquisas na internet e nas

bibliotecas locais e em todo acervo didático produzido

especialmente para o Curso. Poderá utilizar computadores,

acessar a internet, participar de chats,   listas   de 

discussão e enviar e receber e­mails. Cada pólo – cidade 

conta com uma equipe de trabalho11 permanente composta por 

profissionais da área técnica e da área pedagógica.

As Prefeituras Municipais das cidades­pólo presenciais 

são consideradas parceiras preferenciais, o que não exclui 

a   possibilidade   de   inclusão   de   outros   municípios 

oportunamente. Pessoas de cidades e/ou localidades vizinhas 

às cidades–pólo poderão participar do Curso. Os pólos serão 

administrados por equipe local. É de responsabilidade da 

administração local o funcionamento dos pólos. 

. Pólo SedeNa UFPel a sede do   Curso funcionará no Centro de 

Educação   a   Distância   (CEAD).   Este   tem   por   finalidade 

otimizar   a   operacionalização   do   fluxo   das   comunicações 

entre as instâncias integrantes do Projeto. É também um 

11 Seguimos as sugestões contidas no Manual de Orientação (MEC/SEED) no que dia respeito à infra-estrutura para pólos

presenciais.

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espaço destinado ao contínuo aperfeiçoamento tecnológico,

ajustando-s a transmissão do conhecimento ao tempo e

universo do aluno. Este se destina aos participantes que

porventura não tenham acesso a computadores e Internet e

caracteriza-se por ser um espaço de formação e articulação

das diferentes Licenciaturas a distância e de seus

docentes.

. Ambiente Virtual de AprendizagemPara um curso oferecido na modalidade a distância, a

escolha de um ambiente virtual de aprendizagem adequado é

tarefa essencial para a garantia do cumprimento dos

objetivos propostos de ensino. O ambiente virtual do curso

será desenvolvido na plataforma moodle e passará por

constantes processos de avaliação e atualização por parte

de seus usuários no CEAD

Em termos mundiais, vem crescendo a cada dia a adoção

do ambiente Moodle. Este ambiente foi criado pelo professor

Martin Dougiamas, Ph.D. em Educação, que desenvolveu os

sistema quando trabalhava como webmaster na Universidade de

Curtin de Tecnologia, na Austrália, e administrador do

sistema WebCT. Seu trabalho espalhou-se por 126 países, em

todos os continentes, com 6026 sites registrados, estando

já traduzido para 66 idiomas. Entre os países que adotaram

o Moodle em maior escala para projetos de educação, está o

Brasil. Instituições como a Universidade Federal do Rio de

Janeiro, Universidade Estadual de Maringá, Universidade de

Brasília, Universidade Federal de Minas Gerais,

Universidade Federal de Santa Catarina entre outras,

adotaram o ambiente Moodle para seus cursos de graduação a

distância.

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A Universidade Federal de Pelotas junta-se a cerca de

1200 outras instituições na adoção do Moodle como ambiente

de aprendizagem virtual.

O número de ferramentas disponíveis no ambiente é

incomparavelmente mais abrangente, preciso e eficaz que a

maioria dos ambientes disponíveis. A inclusão de sistema de

busca interno, de monitoramento com gráficos completos de

navegação, inclusão do messenger no ambiente, bem como

sintetizador de voz, player de vídeo próprio no navegador,

links dinâmicos, páginas construídas colaborativamente pela

comunidade aprendente, entre outros.

. Centro de Educação a Distância

O Centro de Educação a Distância da UFPel é um espaço

integrador e articulador dos diversos pólos que compõem o

Curso. Tem por finalidade atender as diferentes

necessidades de comunicação e informação entre as diversas

instâncias de trabalho que compõem o Curso: alunos,

professores tutores e orientadores. É responsabilidade do

Centro de Informática e Comunicação o Núcleo Avançado de

Informática e a manutenção do Portal do Curso.

Portal na WEB

1- Passeio virtual na UFPEL

2- Cartografia do curso: acesso a todos os pólos,

localização, cronograma de atividades, Turmas constituídas

e tutores por turma;

3-  Links  para   temas   tratados,   textos   relacionados, 

sugestões de leitura; bibliografia.

4­ Sala de bate­papo;

5­ Fóruns de discussão;

6­ Sala de Conselho de Classe

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7- Calendário Acadêmico do Curso;

8- Biblioteca virtual;

9- Gestão de informações: Cadastro de alunos e de

professores/as; sistema de acompanhamento e avaliação de

desempenho (aluno);

10- Controle de acesso à base de dados;

 Bibliotecas

Cada pólo terá uma biblioteca com um acervo para

consulta de professores e tutores. Adicionados a estes,

teremos os materiais desenvolvidos especificamente para os

alunos, seja “material didático impresso”, “vídeos”, etc.

13 ­ RECURSOS HUMANOS 

CORPO DOCENTE

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A equipe multidisciplinar, composta por docentes de

diversas áreas do conhecimento, organizada de acordo com as

normas da UAB, desde o processo de seleção dos

profissionais é composta por: professores pesquisadores,

tutores a distancia, tutores presenciais e equipe técnica.

Conta ainda com os professores coordenadores do pólos.

DESCRIÇÃO DAS EQUIPES MULTIDISCIPLINARES

 COORDENAÇÃO DO CURSOA coordenação do Curso de Licenciatura em Educação do 

Campo   a   Distância   será   exercida   por   um(a)   professor(a) 

vinculado (a) à UAB/UFPel. O Coordenador do Curso têm como 

principal atribuição assegurar o bom andamento do Curso, a 

partir   de   práticas   integrativas   e   orientadoras   dos 

princípios   políticos   –   pedagógicos   ­   administrativos 

propostos   pelo   Curso,   bem   como   cumprir   as   atribuições 

determinadas pela resolução CD/FNDE Nº 26/2009, que também 

irá   orientar   as   atribuições   dos   demais   professores   do 

curso.

 previsão de equipe acadêmicaNo que diz respeito aos recursos humanos destinados às 

funções   de   professores­responsáveis   pela   disciplina, 

professores­pesquisadores   e   professores­tutores 

presenciais, a idéia inicial é a de divulgarmos o projeto 

do Curso, como forma de suscitar a adesão de professores 

para as diferentes atividades necessárias ao andamento do 

curso. Considera­se a observação de alguns critérios de 

formação. Tais critérios estão definidos na legislação da 

Universidade   Aberta   do   Brasil,   podendo   sofre   alterações 

para adaptar­se à mudanças na legislação.

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 o sistema de tutoriaEspaço organizado para a estruturação e dinâmica do

programa de tutoria. Lugar de apoio pedagógico para as

atividades de todos os/as estudantes do Curso. Lugar onde é

desenhado o diagrama do sistema de tutoria de modo a

facilitar o acompanhamento das Atividades Individuais a

Distância do Estagio Orientado e do Trabalho de Conclusão

de Curso. Prevê o planejamento de atividades direcionadas a

recuperação de aprendizagens, a elaboração de materiais de

apoio aos professores e alunos do Curso, planejamento e

capacitação dos/as professores/as tutores, incluindo a

habilitação para o trabalho em EAD.

O Sistema de Tutoria antevê o apoio sistemático às

atividades pedagógicas de todos os participantes do Curso

de Licenciatura em Educação do Campo a Distância e sua

contínua capacitação. Para tanto prevê:

• Organização e planejamento da dinâmica do sistema de 

tutoria;

• Acompanhamento das práticas de ensino individuais a 

distância e da prática pedagógica orientada;

•  Planificação   de   atividades   para   recuperação   da 

aprendizagem;

• Planejamento da formação e treinamento dos tutores;

• Elaboração e seleção de materiais didáticos e de 

apoio pedagógico

A tutoria é parte indispensável para o sucesso de uma 

proposta de ensino a distância.  Seu papel é facilitar o 

processo educativo do aluno. 

Um Sistema de Tutoria eficaz permite aproximar todos 

os sujeitos envolvidos na ação educativa, desde os 

professores responsáveis por disciplina na sede do curso 

até o aluno nos pólos de trabalho. Para tanto, o papel do 

tutor é chave para a garantia dos canais necessários para 

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que haja comunicação entre todos os agentes envolvidos no

curso.

Portanto, um professor-tutor deve possuir:

o capacidade de planejamento e de organização das 

atividades presenciais e a distância;

o capacidade de liderar e coordenar grupos de 

trabalho;

o facilidade de comunicação e relacionamento em grupo;

o conhecimento da proposta pedagógica do Curso;

o conhecimento da utilização das tecnologias 

utilizadas no Curso;

o capacidade de orientação de trabalhos e de 

monografias;

o capacidade de elaborar relatórios;

o capacidade de identificar as dificuldades acadêmicas 

dos aprendizes em seu processo educativo;

o disposição para aperfeiçoar­se constantemente tanto 

no ponto de vista metodológico para o ensino a distância 

bem como na sua área de conhecimento.

O   professor­tutor   é   parte   de   uma   equipe 

multidisciplinar   e,   desta   forma,   deve   estar   aberto   a 

discussões que vão além de sua área de formação específica. 

Por   isso,   também   deve   ser   capaz   de   contribuir   para   a 

construção do conhecimento coletivo. O desenvolvimento de 

inteligências coletivas deve ser motivado em um processo de 

trabalho   multidisciplinar,   especialmente   na   modalidade   a 

distância.

O Professor responsável pela disciplina

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Tanto na fase de planejamento como na fase de execução

do Curso, a oferta das disciplinas será compartilhada pelas

instituições parceiras.

Cabe ao corpo docente de cada uma das instituições a

elaboração do plano de ensino das disciplinas pelas quais

são responsáveis, conforme as ementas constantes no Projeto

Pedagógico do Curso.

Compete a este professor o registro das avaliações a

serem informadas ao sistema acadêmico. É dele a

responsabilidade da coordenação de todo o trabalho e o

acompanhamento do aluno no que tange à sua área específica

de conhecimento, bem como a discussão da orientação dos

conteúdos juntos aos professores-pesquisadores e os

professores-tutores presenciais.

 o professor pesquisadorO professor pesquisador é responsável pela produção,

adaptação ou complementação dos materiais didáticos da

disciplina pela qual será responsável na fase de execução.

Trabalhará diretamente com a equipe do laboratório

multidisciplinar de produção de materiais didáticos. É ele,

juntamente com os professores-tutores e a equipe técnica

multidisciplinar do laboratório, que define os recursos

necessários para o desenvolvimento do trabalho planejado

conforme o Plano de Ensino.

A cada semestre os cursistas terão acesso a um livro

didático com textos relativos ao conteúdo e relativas

orientações de estudos de cada disciplina que compõe a

frade curricular. Caberá ao professor pesquisador a

elaboração ou adaptação desse material de apoio, bem como a

tradução desses conteúdos para a realidade dos professores-

alunos, através de propostas de trabalho a serem levadas a

cabo por toda a equipe de educadores. Desta forma, o

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professor-pesquisador atua com uma equipe multidisciplinar

na fase de preparação do Curso, e na fase da execução,

trabalha com outros professores, orientando os tutores para

que a disciplina possa ser oferecida igualmente para todos

os pólos.

Os professores-pesquisadores se reunirão semanalmente

durante o processo de elaboração dos materiais didáticos, 

planejamento das aulas e das capacitações, discussão   e 

avaliação   do   projeto   do   curso,   organização   de   todas   as 

atividades de ensino, pesquisa e extensão do curso.

. o professor­tutor na sede

Nas duas sedes das instituições parceiras, os alunos 

contarão com professores­tutores que lhes orientarão em 

questões de conteúdo. Haverá, em cada sede, um professor­

tutor para cada vinte e cinco alunos, ou seja, a cada 

semestre, haverão, no mínimo, doze professores­tutores em 

cada pólo­sede.

O professor­tutor atenderá a todos os alunos do pólo 

sob responsabilidade de sua instituição. Este trabalho só é 

possível   porque   o   professor­tutor   da   sede   trabalha   em 

conjunto   com   os   demais   professores­tutores   e   as 

instituições   conveniadas   seguem   uma   mesma   linha   de 

orientação de tutoria, compartilhando materiais, sugestões 

e soluções. Além disso, os professores­tutores das sedes 

são orientados pelo professores­responsáveis pela oferta de 

disciplinas e pelos professores pesquisadores. O trabalho 

de   orientação   na   sede   está   facilitado   pela   triagem   e 

organização   das   questões   pelos   professores­tutores   dos 

pólos. 

Conforme um calendário a ser divulgado no começo de 

cada semestre, no Guia de Atividades, explicitado no Plano 

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de Ensino da disciplina, haverá momentos síncronos

periódicos em que o professor-tutor da sede e os alunos

terão a oportunidade de discutir questões da disciplina.

Além desses, haverá também orientação assíncrona regular.

Alguns desses momentos acontecerão da seguinte forma:

. discussão   em   canais   de   bate­papo   preparados 

especificamente   para   as   aulas   a   distância,   onde   será 

monitorada   a   participação   dos   alunos,   já   que   toda   sua 

atividade   ficará   registrada   para   posterior   estudo   do 

professor;

.  plantões diários dos tutores na sede para dirimir 

dúvidas   específicas   através   de   respostas   a   e­mails, 

participação   em   listas   de   discussões   e   fóruns   da 

disciplina;

.  tutoria   on­line   com   apoio   a   áudio   e   vídeo   para 

alunos nos pólos a fim de dar ao aluno maior proximidade 

com o tutor da sede;

. análise e parecer do professor­tutor para a solução 

de problemas propostos dentro das páginas de exercícios no 

ambiente de aprendizagem.

Estão previstas, em alguns momentos chaves do conteúdo 

durante o semestre, conforme planejamento da disciplina, 

aulas a distância através de vídeo­conferência que serão 

ministradas, simultaneamente, para todos os pólos. Estas 

aulas são ministradas a partir da sede.

  Nessas   oportunidades,   os   alunos   contarão   com   a 

presença e apoio dos professores­tutores nos pólos.

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 o professor­tutor nos pólosO professor­tutor do pólo atua presencialmente junto 

ao aluno. Um Professor­tutor poderá atender até 25 alunos 

no pólo, com 20 horas semanais de trabalho.

Este   tutor   é   um   profissional   graduado,   e, 

preferencialmente, com curso de especialização em educação.

O professor­tutor manterá contato permanente e regular 

com todos os alunos que lhe compete orientar, ajudando­os a 

organizar suas dúvidas e estudos. É ele a primeira pessoa 

a quem o aluno recorrerá sempre que tiver dificuldades com 

relação a questões acadêmicas. É com o professor­tutor que 

o   aluno   contará   quando   não   conseguir   entender   algo   da 

matéria, tiver dificuldades para resolver algum exercício 

ou não conseguir acompanhar o ritmo de trabalho. Em 

hipótese alguma o papel do professor­tutor é dar respostas 

prontas. Pelo contrário, acima de tudo, mostrar caminhos e 

organizar   o   processo   de   aprendizagem   junto   com   os 

estudantes.   A   educação   a   distância   deve   mais   que   tudo 

incentivar a autonomia do aluno, alimentando uma prática de 

pesquisa nas rotinas de estudo e o trabalho colaborativo na 

construção do conhecimento.

Juntamente   com   os   professores­tutores   da   sede, 

corrigem   os   trabalhos   dos   alunos,   e   também   sugerem 

exercícios específicos para aprofundamento de determinados 

pontos da matéria.

O professor­tutor no pólo é o responsável por manter o 

aluno motivado e por acompanhar de perto seu desempenho. 

É   pré­requisito   necessário   para   sua   atuação   ter 

disponibilidade   de   tempo   para   visitas   aos   espaços   de 

trabalho  dos  cursistas,  para  compreender  melhor  as  suas 

necessidades, já que vai acompanhá­lo nos seus quatro anos 

de estudos dentro do curso. 

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. Seleção de Tutor dos Pólos

O Professor-tutor dos pólos é um professor que será

contratado, através de processo seletivo organizado por

banca de seleção composta por professores pesquisadores dos

cursos de Educação a distância do Centro de Educação a

distância da UFPel. Para ser professor-tutor, o professor

deverá ser graduado, preferencialmente com curso de

especialização, e ser aprovado em processo de seleção, com

normas definidas pela comissão composta por pesquisadores

do CEAD/UFPel.

Na avaliação do perfil do candidato será levada em

conta sua capacidade de diálogo, visão do processo

educativo, domínio das linguagens dos diferentes meios de

comunicação, e, ainda, experiência na docência ou gestão de

processos educacionais em áreas rurais.

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14 ­ FINANCIAMENTO DO PROJETO O Curso de Licenciatura em Educação do Campo está

vinculado a UAB/UFPel e tem suas atividades financiadas

pelo Ministério da Educação, bem como as bolsas dos

profissionais que atuam no curso.

O curso também desenvolverá e participará de projetos

financiados pela SECAD/MEC.

15 – REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

BEHAR, Patrícia Alejandra. Modelos pedagógicos em educação 

a distância

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Pesquisa   participante.   São 

Paulo: Brasiliense, 1981, p. 34­35

CALDART, Roseli Salete. Educação em movimento: formação de 

educadores e educadoras no MST. Petrópolis: Vozes, 1997.

CURY,   Carlos   Roberto   Jamil.  Educação   e   contradição: 

elementos metodológicos para uma teoria crítica do fenômeno 

educativo, 5. ed.. São Paulo: Cortez, 1992.

DELIZOICOV, D & ANGOTTI, J. A. P. Metodologia do ensino de 

ciências. Cortez, São Paulo, 1990.

DEMO, Pedro. Introdução à metodologia da ciência, 2. ed.. 

São Paulo: Atlas, 1985.

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ENGUITA, Mariano Fernandez. A   face   oculta   da   escola: 

educação e trabalho no capitalismo. Porto  Alegre:  Artes 

Médicas, 1989.

 FERNANDES, Florestam. Marx e Engels: História.

FREIRE, Paulo e HORTON, Myles. O caminho se faz caminhando: 

Conversas sobre educação e mudança social. Editora vozes

FREIRE, Paulo. & BETTO, Frei.  Essa escola chamada vida; 

depoimentos ao repórter Ricardo Kotscho, 4. Ed.. São Paulo: 

Àtica, 1986.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários 

à prática educativa, 6 ed.. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a 

Pedagogia do Oprimido, 6 ed.. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas 

e outros escritos. São Paulo: Editora UNESP, 2000.

FREIRE, PAULO.  Pedagogia do oprimido.  33. ed. São Paulo: 

Paz e Terra, 2002.

João Batista Freire. Educação de corpo inteiro

KAMI, Constance. A criança e o número

KOLLING, E. J., NERY, MOLINA, M. C.(Orgs.). Por uma 

educação básica do campo (memória). Brasília: Editora da 

UNB, 1999.

KOSIK, Karel. Dialética do concreto, 6. Ed.. São Paulo: Paz 

e Terra, 1995.

LEITE, Sérgio C. Escola rural: urbanização e políticas 

educacionais. Col. Questões da nossa época. São Paulo: 

Cortez, 1999.

LIMA, Adriana Flávia dos Santos de Oliveira. Pré­escola e 

alfabetização:   uma   proposta   baseada   em   P.   Freire   e   J. 

Piaget. Editora Vozes

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MAKARENKO, Anton S. Conferências sobre educação infantil. 

São Paulo: Moraes, 1981.

MARTÍ, José. Educação em Nossa América. Editora Unijuí

MARTINS, José de Souza.  O cativeiro da terra. São Paulo: 

Ciências Humanas, 1979.

MARTINS,   José   de   Souza.  Os   camponeses   e   a   política   no 

Brasil: as lutas sociais no campo e seu lugar no processo 

político, 3. ed.. Petrópolis: Vozes, 1986.

MCLAREN, Peter. Utopias provisórias: as pedagogias críticas 

num cenário pós­colonial. Petrópolis: Vozes, 1999.

MCLAREN, Peter.Rituais na escola: em direção a uma economia 

política   de símbolos e gestos na educação.  Petrópolis: 

Vozes, 1992.

MION,   Rejane   Aurora   e   SAITO,   Carlos   Hiroo   (org.). 

Investigação­Ação:   Mudando   o   Trabalho   de   Formar 

Professores. Ponta Grossa: Planeta, 2001.

MOLINA, Mônica C. A contribuição do programa nacional de 

educação na reforma agrária para a promoção do 

desenvolvimento sustentável. Brasília, 2003.

MOORE, Michael e KEARSLEY, Greg. Educação a distância: uma 

visão integrada. 

MORAIS, Clodomir dos Santos. Elementos sobre a teoria da 

organização   no   campo.  Caderno   de   formação  (MST  ),   São 

Paulo, n. 2, ago. de 1986.

MORAIS, Regis de (org),  Sala de aula: que espaço é esse?. 

9º ed. Campinas: Papirus, p. 11­15, 1995.

MORAN J. M.Novas tecnologias e mediação pedagógica

MORAN,   José   Manoel.  A   educação   que   desejamos:   novos 

desafios e como chegar lá.

MOREIRA,   Antonio   F.   &   SILVA,   Tomaz   Tadeu   da.   (Orgs.) 

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Currículo cultura e sociedade. São Paulo: Cortez, 1994. p. 

83­124.

MOREIRA, Antonio Flávio (Org.)  Conhecimento educacional e

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OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. A Geografia das lutas no

campo. São Paulo: Contexto/EDUSP, 1988

ORLANDI,   Eni   Puccinelli.  As formas do silêncio: no

movimento dos sentidos. Editora da UNICAMP

PAIVA, Vanilda. Educação Popular e educação de adultos. Ed. 

Loyola

PISTRAK.  Fundamentos da escola do trabalho.   São   Paulo: 

Brasiliense, 1981.

PONTUSCHKA,   Nídia   Nacib.   (org.)  Ousadia no diálogo,

interdisciplinariedade na escola pública.  São   Paulo: 

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PRADO   JR.,   Caio.  Esboço dos Fundamentos da Teoria

Econômica, 6 ed.. São Paulo: Brasiliense, 1966.

SACRISTÁN,   J. Gimeno; GÓMEZ, A. I. Pérez.  Compreender e

transformar o ensino, 40 ed.. Porto Alegre: Artes Médicas, 

1998.

SANTOMÉ,   Jurjo   Torres.  Globalização e

interdisciplinariedade: o currículo integrado.   Porto 

Alegre: Artes Médicas, 1998.

SCARPA,   Ester   Mirian.  O jogo, a construção do erro:

considerações sobre o desenvolvimento da linguagem na

criança pré-escolar. Série Idéias, n. 10. São Paulo: FDE, 

1992.

SEBER,   Maria   da   Glória.  Psicologia do pré-escolar: uma

visão construtivista. Editora Moderna

SOARES, Magda.  Linguagem e escola uma perspectiva social. 

São Paulo: Ática, 1989.

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STÉDILE, João Pedro. & FERNANDES, Bernardo Mançano. Brava 

gente: a trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. 

São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999.

THAINES, Eliane. Educação ambiental para as crianças e seus 

mestres. Editora Berthier.

  TORRES,   Carlos   Alberto.  A   práxis   educativa   de   Paulo 

Freire, São Paulo: Loyola, 1979 (Coleção Paulo Freire, 1).

Legislação

Constituição Federal

Constituição Estadual

Estatuto da Criança e do Adolescente

Estatuto da Criança e do Adolescente (Estadual)

LDB ­ Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

Publicações do Conselho Nacional de educação

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm

http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaodocamp

o/procampo.pdf

Lei nº 11.788, de setembro de 2008

Orientação Normativa nº 7, de 30 de novembro de 2008