MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde...

46

Transcript of MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde...

Page 1: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há
Page 2: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

MINISTÉRIO DA SAÚDE

José Serra Ministro de Estado da Saúde

João Yunes Secretário de Políticas de Saúde

Pedro Chequer Coordenador Nacional de DST e Aids

Hélio Moraes de Souza Coordenador Nacional de Sangue e Hemoderivados

Miriam Franchini e Hélio Moraes de Souza Coordenadores do projeto TELELAB -Série Sangue

Autores:Beatriz Mac Dowell Soares

Diná de Almeida Maria de Lourdes de Barros Silva

Maria Lúcia Ricciotti Ribinik (pedagogia)

Colaboradores:Hélio Moraes

Maria das Dores Araújo

Coleta de Sangue de Doadores – Brasília: Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids. 1998.

42 p. : il. (Série TELELAB)

1. Coleta de Sangue de Doadores 1. Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (Brasil) II. Série TELELAB

Page 3: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

AApprreesseennttaaççããooCoordenação Nacional de DST e Aids e a Coorde-

nação de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, em nome do compromisso com a melhoria do atendimento à população, unem seus esforços a fim de promover o aperfeiçoamento dos profissionais dos laboratórios de saúde pública e das unidades hemoterápicas.

Nessa perspectiva, os cursos do Sistema de Educação a Distância – TELELAB, organizados numa abordagem favorável ao repensar da prática profissional, oferecem aos profissionais da saúde uma oportunidade de adquirir conhecimentos embasados em critérios técnico-científicos de qualidade para assegurar o padrão de excelência desejável no atendimento aos usuários dos serviços de saúde.

Queremos deixar registrado nosso agradecimento a todos os que contribuíram na produção dos vídeos e dos manuais que compõem os cursos. Esses especialistas de áreas tão diversas aproveitaram as diferenças para realizar um trabalho harmônico e integrado, o que reforça a nossa idéia de que é em equipe e em parceria que se constrói um sistema único de saúde com qualidade.

Aos alunos do TELELAB nossas boas vindas e votos de sucesso!

Pedro Chequer Hélio Moraes de Souza Coordenador Nacional

de DST e Aids Coordenador Nacional de Sangue e Hemoderivados

A

Page 4: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

SSeejjaa bbeemm--vviinnddoo((aa))!!Você agora faz parte do TELELAB, um Sistema de Educação a

Distância do Ministério da Saúde. Estão à sua disposição os seguintes cursos:

Cursos - TELELAB Pré-requisitos 01 - Técnicas para Coleta de Secreções -02 - Técnicas para Coleta de Sangue -03 - Técnica de Coloração de Gram Curso 01 04 - Cultura, Isolamento e Identificação de

"Neisseria gonorrhoeae" Curso 01 e Curso 03

05 - Diagnóstico Laboratorial da Chlamydia Curso 01 06 - Diagnóstico Sorológico da Sífilis Curso 02 07 - Diagnóstico Sorológico do HIV: Testes de Triagem Curso 02 08 - Diagnóstico Sorológico do HIV: Testes Confirmatórios Curso 02 e Curso 07 09 - Coleta de Sangue de Doadores -10 - Preparação de Hemocomponentes Curso 09 11 - Doença de Chagas - Triagem e Diagnóstico Sorológico em

Unidades Hemoterápicas e Laboratórios de Saúde Pública Curso 02

12 - HTLV- 1/II - Triagem e Diagnóstico Sorológico em Unidades Hemoterápicas e -Laboratórios de Saúde Pública Curso 02

13 - Hepatites Virais - Triagem e Diagnóstico Sorológico em Unidades Hemoterápicas e Laboratórios de Saúde Pública Curso 02

14 - Controle de Qualidade de Testes Sorológicos em Unidades Hemoterápicas e Laboratórios de Saúde Pública

Curso 06 ou 07 ou 11 ou 12 ou 13

15 - Equipamentos - Utilização e Monitoramento em Unidades Hemoterápicas e Laboratórios de Saúde Pública Um dos cursos anteriores

16 - Biossegurança em Unidades Hemoterápicas e Laboratórios de Saúde Pública Um dos cursos anteriores

Observações: 1. Você se inscreve em um curso por vez, escolhido de acordo com seu interesse e/ou necessidade do serviço,

respeitando os pré-requisitos identificados. 2. O curso Controle de Qualidade de Testes Sorológicos é complemento essencial para todos os cursos de

diagnóstico sorológico. Ele deve ser feito imediatamente após a conclusão do primeiro desses cursos (06 ou 07 ou 11 ou 12 ou 13).

3. Os cursos de Equipamentos (15) e de Biossegurança (16) -são complementos essenciais para todos os outros cursos e devem ser feitos após o primeiro curso concluído por você.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES

Page 5: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

CCoommoo ffuunncciioonnaaOs cursos do TELELAB estão programados de modo a não interferir na

sua rotina de trabalho e você tem 1 mês para concluir cada curso que fizer. Em cada um deles, você:

Pré-teste Vídeo

faz um pré-teste e, depois, assiste a um vídeo quantas vezes quiser, no lugar combinado

com a coordenação local do TELELAB;

Manual estuda o manual correspondente, no tempo, horário e lugar de sua preferência;

Pós-teste

Certificado

faz um pós-teste para avaliação de sua aprendizagem

depois de acertar no mínimo 80% dos pós- teste, recebe um certificado

Ao final do curso "Coleta de Sangue de Doadores", você será capaz de:

identificar os procedimentos e as técnicas recomendados pelo Ministério da Saúde para a coleta de sangue de doadores; executar coleta de sangue de doadores, obedecendo aos critérios técnicos e de controle de qualidade recomendados.

GUARDE ESTE MANUAL. ELE É SEU. USE-O!P

Para esclarecimentos de dúvidas e sempre que precisar, comunique-se diretamente com:

TELELAB - CN-DST/AIDS - MS Fax gratuito: 0800 - 612436

COLETA DE SANGUE DE DOADORES

Page 6: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há
Page 7: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

SSuummáárriiooINTRODUÇÃOO DOADOR DE SANGUE E A UNIDADE HEMOTERÁPICA 7

introdução 9 motivação para doar 10 tipos de doação 10 requisitos para doar 10 impedimentos à doação 11 triagem de doadores 12 instalações 13 materiais 14 bolsas usadas para coleta 16 soluções anticoagulantes e preservadores 18 condições de utilização das bolsas 19

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 21preparação para coleta 23 identificadores de bolsas e tubos 23 informações contidas nos rótulos das bolsas 24 como receber o doador 25 como fazer a coleta 25 coleta sem homogenizador 28 coleta sem balança 28 cuidados após a coleta 28 recomendações ao doador 29

INTERCORRÊNCIAS 31problemas no procedimento 33 problemas com o doador (reações adversas) 34

COLETAS ESPECIAIS 35coleta externa 37 aférese 37 armazenamento e transporte de bolsas e amostras 37

BIBLIOGRAFIA 39

Page 8: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há
Page 9: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há
Page 10: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há
Page 11: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

IInnttrroodduuççããooSão muitos os pacientes que necessitam de transfusão de

sangue. Toda transfusão é um procedimento complexo, que oferece riscos de contaminação do paciente por doenças transmissíveis pelo sangue, como a Sífilis, a Aids, as Hepatites, a Doença de Chagas e outras.

Para minimizar esses riscos são necessários cuidados em todas as etapas do processo: na seleção e registro de doadores, na coleta, no processamento, no armazenamento e transporte do sangue, na realização dos exames laboratoriais e na própria transfusão.

Este manual apresenta os procedimentos e as técnicas recomendados pelo Ministério da Saúde para coleta de sangue de doadores. Ao mesmo tempo, alerta você para os critérios de controle de qualidade e os cuidados de biossegurança indispensáveis para o desempenho de suas tarefas.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 9

Page 12: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

OO ddooaaddoorr ddee ssaanngguuee ee aaUUnniiddaaddee HHeemmootteerrááppiiccaaO que motiva uma pessoa a doar sangue?

Na maioria das vezes, o doador comparece à unidade hemoterápica atendendo à solicitação de um amigo ou parente. Essas Unidades também promovem campanhas para conseguir um maior número de doadores.

As pessoas conscientes do valor do ato de doar tornam-se doadores voluntários e passam a comparecer regularmente às Unidades.

Quais os tipos de doações efetuadas nas Unidades Hemoterápicas?Doação Vinculada ou de Reposição: para atender à necessidade de um paciente internado; Doação Autóloga: doador doa para si próprio; Doação Específica: realizada para uma determinada pessoa; Doação Convocada: o doador é convocado; Doação Voluntária: espontânea e altruísta.

Que requisitos uma pessoa deve preencher para doar sangue? Para doar sangue, a pessoa deve:

portar documento de identidade com fotografia; ter idade entre 18 e 65 anos; ter peso corporal acima de 50 kg; estar em bom estado geral de saúde.

Além disso, o candidato à doação de sangue passa por uma triagem para verificar se está em condições de doar ou não.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 10

Page 13: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

Que condições impedem uma pessoa de doar? Uma pessoa está definitivamente impedida de doar sangue se:

teve hepatite vira) após os 10 anos de idade, doença de Chagas, Aids, sífilis recorrente, diabetes, doença renal crônica, malária (febre quartã), hanseníase, câncer, doença de Kreutzfeld-Jacob ou está infectada pelo HTLV I/II; é hemofílica; é alcoolista crônica; é usuária de drogas injetáveis; tem hipertensão arterial grave ou moderada, dependente de medicação; sofre de cardiopatias graves; teve convulsão ou epilepsia após a infância; possui comportamento de risco para Aids.

Uma pessoa está temporariamente impedida de doar sangue se: passou por cirurgia de grande porte nos últimos seis meses ou de pequeno ou médio porte nos últimos três meses; está resfriada ou febril; é portadora de hipertensão arterial leve (na dependência da avaliação clínica); está usando medicamentos de uso contínuo (a critério do médico); fez tatuagem ou tratamento de acupuntura há menos de um ano; está grávida ou amamentando; ingeriu bebida alcoólica nas últimas 12 horas; apresenta herpes labial em atividade; está anêmica; fez doação há menos de 60 dias (homem) ou 90 dias (mulher); tomou vacina (os períodos de impedimento estão indicados na legislação vigente e variam de acordo com a vacina tomada); recebeu transfusão de sangue ou derivados nos últimos 12 meses.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 11

Page 14: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

Como é feita a triagem de doadores de sangue? Cada unidade estabelece sua rotina de triagem e seleção clínica de

doadores, de acordo com a demanda e com os recursos materiais e humanos disponíveis, devendo cumprir as normas técnicas e a legislação vigente. Em geral, a triagem inclui as seguintes etapas:

Registro do doador É obrigatória a identificação clara e inconfundível do doador. Para isso

ele deve apresentar documento de identidade com fotografia. São registrados os dados pessoais tais como: nome completo, data de nascimento, n° do documento de identidade, filiação, sexo, cor, profissão, data e destino da doação. Importante anotar endereço completo, com CEP e telefone, de modo que ele possa ser localizado e, se necessário, convocado. Ao ser registrado, passa a integrar o cadastro de doadores e recebe um número próprio.

Pré-triagem Verificação dos sinais vitais (pulso, pressão arterial, temperatura axilar), do peso e da altura do doador; realização de teste para detectar se é portador de anemia. (hemoglobina ou hematócrito); hidratação do doador – oferecimento de um líquido açucarado (suco).

Triagem clínica Consiste numa entrevista feita com o doador, visando a proteção do

próprio doador e a garantia da qualidade do sangue que vai ser doado. Deve ser executada por profissional de saúde de nível superior qualificado e capacitado, sob supervisão médica. É aplicado um questionário, em local privado, onde são abordados aspectos da saúde atual e passada do doador. Com base nas respostas do questionário, o profissional encarregado da triagem pode determinar a necessidade de ausculta, inspeção de pele ou outro procedimento que julgar necessário para avaliar o estado de saúde do doador.

O questionário deve ser assinado pelo doador ao término da entrevista, consentindo na doação e assumindo a responsabilidade pelas informações prestadas. O entrevistador também assina a ficha do doador, anotando o volume de sangue a ser coletado.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 12

Page 15: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

Nos serviços de menor porte, o Profissional de Saúde que colhe o sangue pode também executar algumas dessas tarefas, desde que qualificado e sob orientação do médico responsável.

Na triagem clínica, a experiência do profissional responsável é da maior importância para avaliação dos prováveis riscos, tanto para o doador quanto para os pacientes que venham a receber o sangue doado. Igualmente importante é a sinceridade do doador e a confiabilidade das informações por ele prestadas. Para permitir que um doador que tenha mentido ou omitido informações importantes possa declarar que o seu sangue não é seguro para transfusão, algumas unidades adotam, em sua rotina, o Voto de Auto-exclusão. Esse voto é feito pelo doador, de forma sigilosa.

Recomenda se que as unidades hemoterápicas utilizem o Voto de Auto-exclusão como um recurso a mais para identificar doadores de risco.

Quais as instalações necessárias para a coleta de sangue em Unidades Hemoterápicas?

Para fazer coleta de sangue, as unidades devem dispor dos seguintes espaços:

recepção: área destinada ao cadastro ou identificação dos doadores, localizada junto à sala de espera; sala de espera: dimensionada de acordo com a demanda de doadores; sala de pré-triagem: com pia, armário para guardar material, mesa e cadeiras para o técnico e o doador, balança antropométrica; sala de triagem clínica: com mesa e cadeiras para o profissional e o doador, armário para material, mesa para exame e pia; sala de coleta: com poltronas reclináveis para coleta de sangue, armário para materiais, bancada com pia; sala de repouso: deve ser anexa às salas de coleta e de lanche, devendo conter poltronas reclináveis e materiais de emergência; sala de lanche: com ambiente próprio para preparo de lanche, bancada com pia, fogão, geladeira, armário, mesas sem quinas com cadeiras em número igual ao das poltronas da sala de coleta.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 13

Page 16: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

Quais os materiais necessários para a coleta de sangue em bolsas?

Material permanente poltronas reclináveis para doação de sangue; mesa de apoio para os materiais; homogeneizadores;balança para determinar o volume (quando não houver homogeneíza-dores);cadeiras para os técnicos; relógio de parede; alicate de ordenha (dupla e tripla função); pinça hemostática ou corta fluxo; tesouras; biombo;lixeiras com tampa e pedal; microcomputador e acessórios para os serviços informatizados.

Material de consumo bolsas plásticas para coleta de sangue, tubos de ensaio de 5 ml com anticoagulante; tubos de ensaio de 10 ml sem anticoagulante; estantes de arame para tubos de ensaio; etiquetas ou rótulos para identificação das bolsas e tubos de ensaio; algodão hidrófilo ou gaze; esparadrapo ou fita adesiva; garrote;álcool etílico a 70%, ou solução antisséptica; solução degermante; papel toalha descartável; saco para lixo comum e lixo hospitalar; recipiente rígido, com boca larga, fechado e contendo hipoclorito desódio a 2% para descarte dos materiais perfurocortantes; luvas descartáveis; sacos de papel; jaleco ou avental; caneta esferográfica azul ou preta com tinta permanente, atóxica e àprova d'água.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 14

Page 17: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

Material de urgência 01 ambu adulto; 01 máscara de ambu adulto; 01 extensão de O2 para o ambu; 01 jogo completo de laringoscópio contendo: lâminas curvas números 1,2, 3 e4 adulto; cabo de laringoscópio adulto; pilhas médias; 02 cânulas de Guedell (média e grande); 01 mandril adulto; 02 cadarços; seringas descartáveis de 5 ml, 10 ml e 20 ml; 06 intermediários para cânula; 01 jogo de cânulas para entubação adulto números 9,0; 8,5; 8,0 e 7,5; 01 tubo de látex com 2 metros; sonda de aspiração números 12, 14 e 16; 01 caixa de luvas de procedimento; 01 cilindro de oxigênio portátil de 3 litros com suporte completo paratransporte contendo: 01 fluxômetro de O2; 02 cateteres de O2 número08; e 01 copo para umidificação de O2; agulhas 40x12, 25x08 e 30x07; equipos de soro, macrogotas e microgotas; soro fisiológico a 0,9%; soro glicosado a 5%; dispositivo intra-venoso de curta permanência números 18 e 22; lâmina cortante descartável para tubo plástico; serrinha;cuba rim; estetoscópio; esfigmomanômetro (aparelho de pressão); medicamentos de emergência, conforme orientação do médicoresponsável.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 15

Page 18: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

Quais são as bolsas utilizadas para a coleta de sangue de doadores? O sangue de cada doador é coletado em um sistema fechado, estéril e

apirogênico, constituído por uma bolsa primária ou matriz conectada por tubos a bolsas satélites, como você pode ver na Figura 1.

Figura 1 - Conjunto de bolsas de coleta de sangue: bolsa primária e satélite

Observe que existe um lacre no tubo de transferência da bolsa primária. Esse lacre, chamado tecnicamente de opérculo, impede que o sangue vá para as bolsas satélites antes da hora. O sangue é coletado na bolsa primária e encaminhado para preparação dos hemocomponentes que são então transferidos para a bolsa satélite correspondente. O tubo coletor e os tubos de transferência ou de conexão são também chamados de "macarrão", "espaguete", "manguito" e outros.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 16

Page 19: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

Esses conjuntos são confeccionados em material composto de PVC (cloreto de polivinila) e de um plastificante, e podem ter duas, três ou quatro bolsas, como apresentado na Figura 2.

Figura 2 - Conjuntos de bolsas dupla, tripla e quádrupla

Atenção: o sangue também pode ser coletado em bolsa simples e, nesse caso, não é processado e deve ser armazenado como sangue total.

Independentemente do número de bolsas do conjunto, é a bolsa primária que recebe o sangue coletado e, portanto, é nela que fica a solução anticoagulante-preservadora.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 17

Page 20: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

Quais as soluções anticoagulantes-preservadoras mais utilizadas? No Quadro 1 estão apresentadas as soluções anticoagulantes-

preservadoras que ficam na bolsa primária, sua composição e o tempo, em dias, de validade para sangue total (ST) e concentrado de hemácias (CH).

Quadro 1 - Soluções anticoagulantes-preservadoras mais utilizadas na bolsa primária

SOLUÇÕES COMPOSIÇÃO VALIDADE (ST e CH)

ACDÁcido cítrico

Citrato de sódio Dextrose

21 dias

CPD

Ácido cítrico Citrato de sódio Fosfato de Sódio

Dextrose

21 dias

CPDA-1

Ácido cítrico Citrato de sódio Fosfato de Sódio

Dextrose e Adenina

35 dias

A bolsa primária contém, aproximadamente, 63 ml de solução anticoagulante-preservadora que é suficiente para coletar um volume de sangue de 450 ml ± 45 ml, ou seja, entre 405 e 495 ml.

Quais as funções das soluções anticoagulantes e preservadoras? As substâncias que compõem as soluções anticoagulantes-

preservadoras têm as seguintes funções: manter a fluidez do sangue, impedindo sua coagulação; manter a função dos elementos celulares do sangue o maior tempo possível.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 18

Page 21: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

O que é uma solução aditiva? É uma solução que aumenta a sobrevida e possibilita o armazenamento

das hemácias por até 42 dias entre 2ºC a 6°C. Existem conjuntos de bolsa múltiplas que, além da solução anticoagulante-preservadora na bolsa primária, apresentam uma solução aditiva em uma das bolsas satélites. Um exemplo de solução aditiva é o SAG-manitol composto por soro fisiológico, adenina, glicose e manitol.

Como verificar a condição de utilização das bolsas? Para saber se um bolsa para coleta de sangue está em perfeita

condições de uso você deve inspecionar: a integridade da embalagem de um conjunto de bolsas. Caso esta embalagem esteja danificada, tendo as bolsas individualmenteatingidas, descarte-as; a integridade de cada bolsa, verificando a presença de partículas fungos e alteração da cor e do volume da solução anticoagulante; o prazo de validade da bolsa impresso no rótulo; se todos os tubos da bolsa estão identificados com o mesmo número.

As bolsas que apresentarem qualquer alteração devem ser embaladas e claramente identificadas, sendo então encaminhadas à chefia do setor que dará o destino correto a cada caso.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 19

Page 22: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há
Page 23: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há
Page 24: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há
Page 25: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

Como preparar o ambiente para realizar a coleta? Antes de iniciar a coleta propriamente dita, você deve:

verificar se a sala de coleta está limpa, bem ventilada e com iluminação adequada; verificar se a temperatura da sala está adequada aos doadores e funcionários. É indicada uma temperatura entre 20ºC e 24ºC, poistemperaturas elevadas favorecem a ocorrência de reações adversas nos doadores; verificar se há materiais suficientes e em condições de uso para as atividades do dia; distribuir os materiais nos locais onde serão utilizados, organizando o ambiente para o início das atividades; verificar as condições de funcionamento dos homogeneizadores; identificar as bolsas e os tubos de ensaio que serão utilizados.

Como fazer a identificação das bolsas e dos tubos de ensaio? A identificação das bolsas e tubos de ensaio deve ser feita por sistema

numérico ou alfanumérico. O número ou alfanúmero deve ser aposto de maneira legível e clara nas bolsas primária e satélites, não devendo ser rasurado, removido ou encoberto posteriormente por órgãos, setores ou indivíduos que venham a manipular o produto.

A identificação das bolsas e dos tubos de ensaio deve estar correlacionada com a ficha de triagem do doador e com o voto de auto-exclusão (quando houver), permitindo o acompanha-mento das bolsas desde a coleta até o fim do ato transfusional.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 23

Page 26: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

Quais as informações que devem constar nos rótulos das bolsas na fase de coleta?

As bolsas vêm com um rótulo que já contém algumas informações, além de espaços para anotação dos seguintes dados:

nome e endereço da instituição coletora; data da coleta e validade do sangue; identificação da doação (numérica, alfanumérica ou código de barras);volume aproximado do sangue coletado; horário de início e término da coleta; identificação do flebotomista (profissional que coletou o sangue).

Veja, na Figura 3, exemplo de um rótulo de bolsa:

Figura 3 - Exemplo de rótulo de bolsa de sangue

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 24

Page 27: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

Como receber o doador para realizar a coleta? Vista o jaleco ou avental; receba o doador com simpatia e cordialidade, tratando-o pelo nome completo. Dê atenção e assistência constante ao doador, de maneira que ele se sinta bem e queira retornar, tornando-se um doador de sangue habitual; verifique se ele passou pelos procedimentos de triagem; informe sobre todos os procedimentos a serem adotados, visando diminuir a ansiedade, o nervosismo e o medo; indique o local para que ele faça a limpeza dos braços, orientando-o no procedimento;peça para que ele se sente na poltrona de coleta, posicionando-o adequadamente.

Após estes procedimentos você está em condições de iniciar a coleta de sangue propriamente dita.

Como fazer a coleta de sangue em bolsas? 1. Lave as mãos e calce as luvas; 2. verifique se a pele do doador no local da punção está íntegra, sem lesões

e escolha o braço a ser puncionado; 3. garroteie o terço médio do braço a ser puncionado, para melhor

visualização da veia, sem impedir a circulação arterial. O pulso radial deve manter-se palpável;

4. determine o melhor acesso venoso na região antecubital do braço (dobra do cotovelo);

5. faça uma antissepsia ampla do local com movimentos circulares de dentro para fora em espiral. Utilize algodão embebido em álcool etílico a 70% ou solução antisséptica;

A veia não deve ser palpada após a preparação do campo para a punção. Se houver necessidade, faça-o somente após a agulha ter ultrapassado a pele e evite "tapinhas" no local a ser puncionado.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 25

Page 28: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

6. posicione a bolsa adequadamente no homogeneizador, abaixo do braço do doador, para promover um bom fluxo de sangue;

7. faça um nó frouxo, tipo laçada, no tubo de coleta da bolsa (macarrão), a mais ou menos 15 cm da agulha;

8. feche o tubo de coleta com auxílio de uma pinça hemostática ou corta fluxo acima do nó para impedir a entrada de ar no sistema;

9. remova a capa protetora da agulha o mais próximo possível do lacre; 10. faça a flebotomia (punção venosa) da seguinte forma:

coloque o polegar de sua mão livre abaixo do sítio de punção, mantendo a pele distendida (esticada). Em seguida, com a agulha em ângulo de ± 45º em relação ao antebraço e com o bisel voltado para cima, perfure a pele; reduza a inclinação da agulha para um ângulo de 10º a 20º e perfure a veia, procurando seguir seu alinhamento, com o cuidado de não transfixá-la. Introduza a agulha 1 cm ou 2 cm para maior segurança;

11. fixe a agulha no braço do doador com esparadrapo e afrouxe o garrote; 12. abra a pinça hemostática para permitir a passagem do sangue para o

interior da bolsa; Observe sempre o fluxo do sangue para a bolsa.

13. anote no rótulo da bolsa o horário do início da coleta; 14. anote na ficha de triagem do doador o número da bolsa e das amostras; 15. solicite ao doador que faça movimentos lentos e contínuos de abrir e

fechar a mão;

Observe continuamente as reações do doador

16. ligue o homogeneizador para misturar o sangue com o anticoagulante durante a coleta (ou faça a homogeneização manualmente);

17. feche o nó firmemente após coletar o volume determinado;

Colete o volume de sangue previamente determinado em, no máximo, 15 minutos, para evitar formação de coágulos.

18. anote no rótulo da bolsa o horário do término da coleta;

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 26

Page 29: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

19. solte o garrote, ordenhe o tubo de coleta com auxílio de alicate de dupla ou tripla função a uns 5 cm acima do nó em direção à agulha para evitar respingos de sangue. Pince e seccione (corte) o tubo de coleta;

20. colete duas ou três amostras para exames laboratoriais (imunohematológicos e sorológicos) de acordo com a rotina do serviço.

Atenção: coloque a ponta do tubo de coleta (macarrão) dentro do tubo de ensaio, abra a pinça e deixe o sangue escorrer pela parede do tubo para evitar a hemólise da amostra. Homogeneíze o tubo que contém solução anti-coagulante.

21. libere o garrote, remova a fixação da agulha com auxílio de algodão seco e limpo sobre a pele e retire a agulha;

22. descarte a agulha em caixa coletora apropriada. Nunca reencape agulhas; 23. solicite ao doador que faça compressão no local com algodão por mais ou

menos 3 minutos sem dobrar o braço; 24. repita o processo de ordenha no sentido nó-bolsa por três vezes,

imediatamente após a coleta, para misturar o sangue do tubo coletor com o anticoagulante e a solução preservadora contidas na bolsa, não esquecendo de homogeneizar o conteúdo da bolsa a cada ordenha;

25. faça curativo compressivo no local da flebotomia com esparadrapo ou curativo adesivo e solicite ao doador que permaneça deitado.

Atenção: durante a doação, o movimento de abrir e fechar a mão (passo 15) não deve ser feito com o auxílio de uma bolinha, quando o braço escolhido para a flebotomia for o mesmo do dedo puncionado para o teste de anemia. Isto porque, em alguns casos, pode ocorrer sangramento do dedo e possível contaminação da bolinha.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 27

Page 30: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

Como proceder para fazer uma coleta de sangue de boa qualidade, nas Unidades Hemoterápicas que não possuem homogeneizadores?

Homogeneize a bolsa manualmente, com freqüência e de forma delicada, para impedir a formação de coágulos e a hemólise das amostras;utilize uma balança para obter o volume indicado de sangue; zere a balança antes de iniciar a coleta, descontando o peso da bolsa;deixe a balança a um nível abaixo do braço do doador, para obter um bom fluxo de sangue.

Como proceder quando não houver balança? Nesse caso, utilize uma bolsa padronizada contendo água até o volume

desejado, para comparar com o volume coletado.

Quais os cuidados imediatos após a coleta de sangue? Ao terminar a coleta de sangue:

feche hermeticamente a bolsa de sangue com seladora dielétrica, grampo metálico ou com um nó firme no tubo de coleta; confira novamente os dados da bolsa, dos tubos de ensaio e da ficha de triagem para evitar trocas; coloque a bolsa e os tubos em local adequado, conforme sua rotina de trabalho.

Enquanto realiza esses procedimentos: mantenha o doador deitado sob observação por 5 a 10 minutos; oriente o doador sobre as recomendações que ele deve seguir após a doação;encaminhe o doador à sala de lanche para que ele receba alimentação e hidratação adequadas antes da sua liberação; agradeça e encoraje o doador a voltar.

Atenção: o doador deve ser observado e acompanhado até o momento de sua liberação.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 28

Page 31: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

Que recomendações devem ser seguidas pelo doador após a doação?

Permanecer nas dependências da unidade por, pelo menos, 15 minutos.não fumar nos primeiros 30 minutos após a doação; ingerir bastante líquido nas primeiras seis horas; evitar a ingestão de bebida alcoólica até a próxima refeição; alimentar-se normalmente; remover o curativo após quatro horas; em caso de sangramento fazer compressão local até o estancamento; interromper atividades de risco nas próximas 12 horas para: operadores de máquinas de corte ou prensa, motoristas de veículos coletivos e 24 horas para trabalhadores em andaimes, pessoal de vôo ou pára-quedistas, mergulhadores, etc.; na presença de enjôos e tontura, deitar-se ou sentar-se com a cabeça entre os joelhos; se os sintomas persistirem, entrar em contato ou retornar à unidade para avaliação médica; retornar à unidade caso ocorram problemas no local da punção (dor, acúmulo de sangue, vermelhidão, etc.); comunicar à unidade caso venha a ter qualquer doença que possa ser transmitida pelo sangue.

Além dessas recomendações, informar ao doador quanto ao intervalo entre uma e outra doação (dois meses para homens e três meses para mulheres).

É aconselhável entregar as recomendações ao doador, por escrito, para que ele possa consultá-las.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 29

Page 32: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há
Page 33: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há
Page 34: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há
Page 35: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

Que problemas podem ocorrer durante a coleta de sangue de doadores?

Durante a doação podem ocorrer problemas no procedimento de coleta e problemas com o doador (reações adversas).

Quais os principais problemas referentes ao procedimento de coleta?

Veja os principais problemas que podem ocorrer no procedimento e qual a conduta indicada em cada caso:

PROBLEMA CONDUTAA flebotomia não teve êxito (agulha fora da veia; o sangue não flui).

Interrompa o procedimento. Pergunte ao doador se ele autoriza uma nova punção. Caso o doador autorize, repita o procedimento no outro braço, utilizando novo material de coleta.

Punção arterial (sangue vermelho vivo, fluindo rápido, em jatos ritmados).

Interrompa o procedimento.Pressione fortemente o local da flebotomia por, pelo menos, 10 minutos. Faça um curativo compressivo.Aplique gelo no local por 15 minutos; dispense o doador e oriente-o para que continue colocando bolsa de gelo em casa.

Diminuição no fluxo de saída do sangue devido a:

dobra no tubo de coleta; garrote apertado; colabamento da veia.

Verifique o tubo de coleta.Afrouxe o garrote. Afrouxe o garrote, manobre cuidadosamente a agulha e alinhe a com a veia, antes de fixá-la novamente.

Hematomas (acúmulo de sangue no local da punção).

Interrompa o procedimento. Faça curativo no local da punção. Coloque bolsa degelo no local por 15 minutos. Pergunte ao doador se ele autoriza uma nova punção.

Atenção: Caso ocorra algum acidente com a bolsa ou com os tubos e derrame ou respingue sangue, isole a área atingida. Promova a desinfecção com hipoclorito a 2% ou água oxigenada a 10 vol, deixando por cinco minutos. Após esse tempo, faça a limpeza e descarte a bolsa ou o tubo conforme a rotina do serviço.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 33

Page 36: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

Com relação ao doador, podem ocorrer reações adversas de leves a graves. Cabe ao profissional que está fazendo a coleta estar atento a todas as reações do doador para atendê-lo, interromper o procedimento e chamar o médico, quando necessário.

Quais as reações adversas que o doador pode apresentar?Veja os principais problemas que podem ocorrer com o doador e como

proceder em cada caso:

PROBLEMA CONDUTA Ansiedade e nervosismo Converse com o doador para descontraí-lo.

Redobre sua atenção a esse doador.Palidez, sudorese e calor intenso Afrouxe a roupa do doador para que ele se sinta

confortável. Coloque-o em posição de Trendelemburg (cabeça baixa e pernas elevadas) reclinando a poltrona.

Interrompa o procedimento de coleta. Verifique pressão, pulso e respiração.

Freqüência respiratória aumentada Dê um saco de papel para que o doador respire dentro dele.

Interrompa o procedimento e chame o médico.

Náusea e vômito Interrompa o procedimento. Ofereça recipiente para vômito (cuba rim), água e toalha.

Tontura, perda da consciência (desmaio)

Interrompa o procedimento. Coloque em posição de Trendelemburg. Chame o médico.

Tetania (formigamento, tremores, abalos e/ou contraturas musculares) ou convulsões (abalos musculares com perda da consciência e relaxamento de esfíncteres) ou parada cardio-respiratória.

CHAME O MÉDICO Interrompa imediatamente o procedimento. Coloque o doador em decúbito dorsal, de preferência no chão.

Proteja a língua do doador com um rolo de gaze ou com a cânula de Guedell.

Mantenha a cabeça do doador em hiperextensão para facilitar a passagem de ar.

Isole a área com biombo ou transfira o doador para a sala de repouso.

Encaminhe a um serviço de emergência, se necessário.

Toda reação adversa deve ser anotada na ficha de triagem.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 34

Page 37: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há
Page 38: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há
Page 39: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

O que é coleta externa? É a coleta realizada fora da unidade hemoterápica. Em algumas

localidades são utilizados ônibus adaptados para esse fim. Devem ser seguidos todos os procedimentos indicados para triagem de doadores, para a coleta do sangue e das amostras e para o transporte das bolsas e tubos.

O que é aférese?A aférese é uma modalidade de coleta que consiste na remoção de

sangue de doador único, selecionando e retendo, em equipos especiais, o componente desejado e devolvendo os demais elementos ao próprio doador. Esse procedimento requer instalações adequadas e profissionais de nível superior, qualificados e treinados, atuando em presença do médico responsável. Este tipo de coleta é muito utilizado para transfusão em pacientes portadores de doenças hematológicas.

Como devem ser armazenadas e transportadas as bolsas de sangue após a coleta?

As bolsas devem ser mantidas em temperatura entre 20ºC e 24ºC por, no máximo, oito horas, até a preparação dos hemocomponentes.Atenção: essa temperatura e esse prazo devem ser rigorosamente

observados também nos casos em que as bolsas precisam ser transportadas.

Para transporte, acondicione as bolsas em caixa térmica, da seguinte maneira:1. forre o fundo da caixa com uma camada de gelo reciclável; 2. cubra o gelo com pedaços de papelão. O papelão protege as bolsas do

contato direto com o gelo; 3. arrume as bolsas na caixa, mantendo-as deitadas; 4. coloque um termômetro de máxima e mínima entre as bolsas; 5. cubra as bolsas com papelão; 6. complete a caixa com outra camada de gelo reciclável; 7. feche a caixa hermeticamente; 8. cole, na tampa da caixa, uma etiqueta com nome e endereço da instituição

destinatária, nome do setor responsável pelo recebimento, nome, endereço e telefone da instituição remetente, horários do preparo e envio e assinatura da pessoa que preparou a embalagem.

Combine com a Instituição destinatária os dias e horários adequados para o envio das bolsas.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 37

Page 40: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

Como devem ser armazenadas e transportadas as amostras de sangue para exames sorológicos e imunohematológicos?

As amostras de sangue podem ficar à temperatura ambiente por um limite máximo de 12 horas.

A armazenagem e o transporte devem ser efetuados da seguinte maneira:

1. coloque os tubos tampados em estantes apropriadas; 2. acondicione as estantes em saco plástico, transparente, bem vedado; 3. arrume as estantes em caixa térmica de tamanho adequado; 4. utilize isopor picado ou papel amassado para proteger os tubos

contra trepidação do veículo; 5. feche a caixa hermeticamente; 6. cole sobre a tampa da caixa uma etiqueta com o nome e endereço da

instituição destinatária, nome do setor responsável pelo recebimento, data, horário de preparo e envio e assinatura do responsável pelo preparo da embalagem.

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 38

Page 41: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há
Page 42: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há
Page 43: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

AMERICAN ASSOCIATION OF BLOOD BANKS. Standards for Blood Banks and Transfusion Services. 18th edition, 1997. Technical manual. 12th edition, 1996.

THE JOURNAL OF LABORATORY AND CLINICAL MEDICINE. Quantitative assesment of platelet morfhology by light scattering: a potential method for the evaluation of platelets for transfusion. 103: 6220-631.

MINISTERIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria 121. Roteiro para inspeção em unidades hemoterápicas. Normas gerais de garantia de qualidade para unidades hemoterápicas. Brasília, novembro de 1995. Portaria 1.376. Normas técnicas para coleta, processamento e transfusão de sangue, componentes e derivados. Brasília, novembro de 1993.Portaria 003. Regulamento técnico para bolsas plásticas 008/87. Acondicionamento de sangue humano e seus componentes. Brasília, julho de 1988.

HARMENING D. Técnicas modernas em banco de sangue e transfusão. 2ª edição, editora Revinter, 1992.

GAIL ROCK; MJ SEGHATCHIAN. Quality Assurance in Transfusion Medicine. Methodological Advances and Clinical Aspects – Vol. II – 1993 – CRC Press

PORTARIA MERCOSUL GMS/RES N° 130/96

COLETA DE SANGUE DE DOADORES 41

Page 44: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há
Page 45: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há

Agradecimentos: Fundação Hemocentro de Brasília

Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina – HEMOSC Instituto Estadual de Hematologia do Rio de janeiro - HEMORIO

Agradecimento Especial: Beatriz Mac Dowell Soares, José Antônio de Faria Vilaça e aos servidores da Fundação Hemocentro de Brasília, pelo apoio incondicional para a execução

deste projeto.

Projeto gráfico, arte-final e impressão:

Page 46: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Biblioteca Virtual em Saúde MSbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd07_05.pdf · Tapresenta herpes labial em atividade; Testá anêmica; Tfez doação há