Ministro faz o jogo da Rede Globo
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São Paulo • De 9 a 15 de fevereiro de 2006
Ministro faz o jogo da Rede Globo
E mais:
ECONOMIA – Estudo do Dieesedesmente argumentos usados pela mídia comercial, por ana-listas do mercado fi nanceiro e pela equipe econômica do go-verno para barrar a correção do salário mínimo. Pág. 7
FÓRUM – Em reunião com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, movimentos sociais discutem alianças para apro-fundar integração da América Latina. Pág. 10
R$ 2,00Ano 4 • Número 154
Hélio Costa, das Comunicações, defende TV digital antidemocrática; sociedade civil quer aprofundar debate
Embora o debate sobre a implementação do sis-tema de TV digital no
país tenha sido incipiente, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, não só já fez sua escolha como tenta impô-la ao restante da sociedade. Essa é a opinião de vários especialistas envolvidos na discussão. Gus-tavo Gindre, coordenador do Instituto de Estudos e Projetos em Comunicação e Cultura, avalia que Costa atropela e reduz o tema para apressar a escolha pelo modelo japonês e favorecer os interesses da maior rede de televisão do país: a TV Globo. O deputado federal Walter Pinheiro (PT-BA) afi rma que o debate sobre a TV digital é, antes de tudo, político, e sua essência está na possibilidade de se efetivar po-líticas de democratização dos meios de comunicação no país. Gindre acredita que a estraté-gia é sensibilizar a sociedade para a importância da questão e buscar apoio de parlamentares para “puxar o freio de mão e fazer o debate”.
Pág. 3Em São Gabriel (RS), povos indígenas e trabalhadores rurais comemoram os 250 anos do martírio do líder guarani Sepé Tiaraju
Sepé Tiaraju,símbolo
de resistênciaEm São Gabriel (RS), de 4 a
7, cerca de quatro mil indígenas, jovens e trabalhadores do campo e da cidade comemoram os 250 anos do martírio de Sepé Tiaraju e de 1.550 guarani assassinados em Sete Povos das Missões. Eles resgatam o exemplo de Se-pé como símbolo de resistência popular e denunciam a invasão do agronegócio nas terras indí-genas e quilombolas, a falta de reforma agrária e o aumento do desemprego entre os jovens.
Pág. 8
Dia 4, em Caracas, mais de um milhão de venezuelanos marcham para comemorar os sete anos da revolução bolivariana
Projeto de leiameaça
cooperativasPág. 6
Juiz criminalizacamponeses que lutam por terraO “crime” dos cinco sem-ter-
ra que tiveram prisão decretada, em Pernambuco, foi participar, em 2005, de manifestação pela desapropriação da Usina Estre-liana, avaliada como improdu-tiva, e protestar contra o can-celamento da imissão de posse da terra.
Pág. 4
Câmara aprovamais recursospara educaçãoUm primeiro passo para se
garantir mais recursos para a educação foi dado no dia 2, com a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que cria o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Pro-fi ssionais da Educação (Fundeb).Apesar de envolver mais recur-sos e abranger todo o ensino básico, o projeto recebe críticas por representar avanços tímidos. A PEC do Fundeb será agora ava-liada e votada no Senado.
Pág. 5
Um milhão nasruas em apoioa Hugo ChávezMais de um milhão de pessoas
marcharam, no dia 4, por Cara-cas, Venezuela. Foi a comemora-ção dos 16 anos da levante militar comandado pelo presidente Hugo Chávez. Pouco antes da manifes-tação, um militar estadunidense foi expulso do país acusado de espionagem. “Os EUA fomentam clima de instabilidade para ver se, em algum momento, organismos internacionais possam intervir no país”, analisa Vladimir Acosta, sociólogo venezuelano.
Pág. 9
A nova formazapatista defazer política
Mais diálogo com todo o povo mexicano – não só os in-dígenas – e formação de uma frente anticapitalista de esquer-da. Esses são os eixos da Outra Campanha, proposta defendida pelos zapatistas, que percorrem o México para construir a nova articulação.
Pág. 11
No Congo,massacre de
4 milhõesPág. 13
A revolução e a estética na
arte cubanaPág. 16
Dan
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Nam
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Mar
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