MIOLO Guia Herpeto 148x210mm - furnas.com.br · Revisão Eduardo Franklin e Magda Nunes Rocha –...

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Ricardo MedeirosDiretor-Presidente – DP

Claudio Guilherme Branco da MottaDiretor de Engenharia, Meio Ambiente, Projeto e Implantação de Empreendimentos – DE

Mário Marcio RogarSuperintendente de Gestão Ambiental e Fundiária – GA.E

Rene Gomes Reis JuniorGerente da Gerência de Engenharia Ambiental – GEA.E

Samantha Lee Salgueiro AlvesGerente da Divisão de Meio Ambiente Físico e Biótico – DAFB.E

Rio de JaneiroFurnas Centrais Elétricas S.A.

Maio de 2017

Adriano Rodrigues Lagos

Angelica Figueira Fontes

Carlos Augusto Ruas Marques

Carolina dos Santos Pereira D. da Silva

Clarice Augusta Carvalho Cardoso

Drausio de Freitas Belote

Fernando Vieira Machado

Geraldo Espinola Soriano de Souza Nunes

Jessica Beck Carneiro

Luana Quintanilha Borde

da área de influência da

Usina Hidrelétrica de Batalha

Revisão técnica

Angelica Figueira Fontes

Fotografias

Ambientare Soluções em Meio AmbitenteBiocev Serviços de Meio Ambiente Ltda.Ecologic Centro de Avaliação e Pericias AmbientaisEkos Planejamento Ambiental

Elaboração de mapas e pranchas temáticas

Marcos José Cavalcanti - GEA.E

Revisão

Eduardo Franklin e Magda Nunes Rocha – GCA.P

Projeto gráfico e diagramação

Neila da Matta Martinho – GCA.P

Catalogação na Fonte

2017 • Copyright©/ Furnas Centrais Elétricas S.A.

LAGOS, Adriano Rodrigues.Guia dos anfíbios e répteis: da área de influência da Usina Hidrelétricade Batalha. – Rio de Janeiro: FURNAS, 2017.

72 p.: il.

Inclui Bibliografia. ISBN 978-85-85996-24-6

1. Anfíbios. 2. Répteis. 3. Zoologia. 4. Usina de Batalha. 5. Furnas CentraisElétricas S.A. I. Lagos, Adriano Rodrigues. II. Fontes, Angelica Figueira. III. Marques,Carlos Augusto Ruas. IV. Silva, Carolina dos Santos Pereira D. da. V. Cardoso,Clarice Augusta Carvalho. VI. Belote, Drausio de Freitas. VII. Machado, FernandoVieira. VIII. Nunes, Geraldo Espinola Soriano de Souza. IX. Carneiro, Jessica Beck.X. Borde, Luana Quintanilha.

CDU 567.6+598.1:621.311.21(058)

É importante ressaltar todo esforço empregado por um sem número

de pessoas envolvidas durante o levantamento das espécies

de anfíbios e répteis que ocorrem na área de influência da Usina

Hidrelétrica de Batalha. Assim, segue aqui um especial agradecimento

aos colaboradores de FURNAS que trabalharam nesse projeto, além de

empresas consultoras e revisores técnicos deste livro.

Agradecimentos

Ricardo MedeirosDiretor-Presidente da Eletrobras Furnas

Prefácio

A Usina Hidrelétrica (UHE) de Batalha, construída no rio São Marcos, entre

os municípios de Cristalina (GO) e Para-catu (MG), tem capacidade de gerar 52,5 MW – energia suficiente para abastecer uma cidade de 130 mil habitantes.

O empreendimento é uma das pri-meiras obras no país a conquistar qua-tro certificações: as ISOs 9001 (Quali-dade), 14001 (Meio Ambiente), 16001 (Responsabilidade Social) e a OHSAS 18001 Occupational Health and Safety Assessment Series (Segurança e Saú-de no Trabalho). Além disso, FURNAS desenvolveu um Programa de Recupe-ração Florestal e compensação de CO

2,

único projeto ambiental brasileiro se-lecionado e apresentado no Congresso Mundial de Grandes Barragens, a Hidro 2009, em Lyon, na França.

Comprometida com a conservação ambiental da região, que consiste em um dos biomas mais diversos do nosso planeta – o Cerrado –, FURNAS realizou estudos sobre a fauna de mamíferos na área de influência da UHE de Batalha, entre os anos de 2007 e 2008, durante o levantamento de dados primários da fauna da região do empreendimento.

O Guia dos Anfíbios e Répteis da Área de Influência da Usina Hidrelétrica de Batalha é o resultado desse minucio-so trabalho. O livro apresenta as 42 es-pécies registradas durante os estudos, além de informações relevantes sobre suas principais características biológi-cas e ecológicas.

Para conservar é preciso conhecer. Desta forma, FURNAS espera com essa obra contribuir para a ampliação do co-nhecimento científico da fauna na área de influência da usina e conscientizar o leitor da importância da conservação da biodiversidade dos recursos naturais, deixando assim um legado às próximas gerações.

Boa leitura!

Índice

Apresentação ..................................................................................................8

Introdução .......................................................................................................9

Classe Amphibia ............................................................................................14

• Ordem: Anura .........................................................................................16

Classe: Reptilia ...............................................................................................32

• Ordem: Testudines .................................................................................34

• Ordem: Crocodylia .................................................................................36

• Ordem: Squamata ..................................................................................38

Lista taxonômica de anfíbios .......................................................................62

Índice remissivo de anfíbios .......................................................................63

Lista taxonômica de répteis .........................................................................64

Índice remissivo de répteis .........................................................................66

Referências bibliográficas ..........................................................................67

8 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA8 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

O Guia dos Anfíbios e Répteis da

Área de Infl uência da Usina Hi-

drelétrica de Batalha foi elaborado a

partir dos dados obtidos durante o Es-

tudo de Impacto Ambiental, além das

campanhas de levantamento da fauna

durante a implantação da usina.

Atentos à questão ambiental e à

relevância de estudos de longo prazo

como contribuição para as informa-

ções científi cas da região, a Gerência

de Engenharia Ambiental – GEA.E,

de FURNAS, em especial, a Divisão

de Meio Ambiente Físico e Biótico –

DAFB.E, elaborou este guia para com-

partilhar com a sociedade em geral as

informações sobre a fauna da região

desse empreendimento.

Apresentação

A pretensão de FURNAS com este

guia é contribuir com todos as par-

tes presentes no entorno da Usina

Hidrelétrica de Batalha de forma a

disseminar o conhecimento sobre a

fauna local, que está inserida em um

dos biomas mais diversos do nos-

so planeta, o Cerrado. Esse bioma

é considerado como um “Hotspot”

(uma área com elevado grau de en-

demismo e altamente biodiverso).

Nesse guia são apresentadas 42

espécies, sendo 18 anfíbios e 24

répteis, registrados durante os estu-

dos, de forma que facilite a identifi-

cação visual, mas contendo também

informações sobre as principais ca-

racterísticas de cada espécie.

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 9

Introdução

O Cerrado brasileiro é o segun-

do maior bioma do nosso país

em termos de tamanho, sendo um

dos ecossistemas tropicais que mais

sofrem com crescentes taxas de

destruição e fragmentação. Cobre

quase 2.000.000 km2, ou seja, cerca

de um quarto do território nacional

(Eiten, 1972). Desta área, apenas

cerca de 20% permanecem sem al-

terações significativas e aproxima-

damente apenas 1,5% estão prote-

gidos em Unidades de Conservação.

A biodiversidade do Cerrado ainda

é pouco conhecida e valorizada, o

que contrasta com sua importância

biológica, pois se trata da mais rica e

ameaçada “savana” do mundo.

Em virtude dessa grande riqueza

biológica, seu histórico de crescente

degradação e permanente ameaça,

o Cerrado é um ecossistema reco-

nhecido mundialmente como um

Hotspot (Mittermeier et al., 1998;

Myers et al., 2000), o que significa

atualmente ser uma das “34 áreas

prioritárias para a conservação da

biodiversidade” em todo o mundo

(Mittermeier et al., 2004).

Os anfíbios e répteis formam um gru-

po proeminente em quase todas as

comunidades terrestres. Atualmen-

te são conhecidas 7.607 espécies de

anfíbios (Frost, 2013) e 10.450 es-

pécies de répteis (Reptile - databa-

se, acessado em 22/02/2017), sen-

do que mais de 80% da diversidade

dos dois grupos ocorrem em regiões

tropicais, cujas paisagens naturais

estão sendo rapidamente destruídas

pela ocupação humana (Rambaldi et

al., 2003). A América do Sul contém

não só a maior riqueza, mas também

a maior densidade de espécies do

mundo (Duellman, 1999). No Brasil

atualmente podem ser encontradas

1.080 espécies de anfíbios e 773 es-

pécies de répteis (SBH, 2015).

Devido a algumas características

biológicas, como ciclo de vida bifá-

sico, dependência de umidade para

10 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

reprodução, pele altamente perme-

ável, padrão de desenvolvimento

embrionário, aspectos da biologia

populacional e interações comple-

xas destes com a comunidade em

que se inserem, os anfíbios são alta-

mente susceptíveis à contaminação

e degradação de seu ambiente (Ba-

rinaga, 1990; Phillips, 1990; Wake

& Morowitz, 1991), sendo consi-

derados, portanto, excelentes bio-

indicadores de qualidade ambien-

tal (Beiswenger, 1988; Blaustein &

Wake, 1995; Weygold, 1989).

Nas últimas três décadas, herpetó-

logos de todo o mundo registraram

declínios em populações de anfíbios

(Phillips, 1990). Sugere-se que isso

se deva a uma interação entre efeitos

locais e fatores globais. Tem-se dado

muita atenção aos declínios de anfí-

bios, mas é importante lembrar que as

populações de répteis estão em declí-

nio também, ambos os grupos fazem

parte de um declínio global na biodi-

versidade (Pough et al., 2001).

O grupo dos répteis tem sua impor-

tância por incluir predadores de topo

de cadeia, como os crocodilianos e

algumas serpentes, além de diver-

sos predadores inseridos em outras

posições (serpentes, lagartos e que-

lônios). Esforços têm sido feitos para

o devido reconhecimento dos lagar-

tos como organismos-modelo para

a Ecologia (Vitt & Pianka, 1994).

O Brasil apresenta uma fauna de rép-

teis diversificada, sendo as espécies

ocorrentes nas diversas formações ve-

getacionais como a floresta tropical, a

caatinga, o Cerrado e os charcos, além

daquelas estritamente marinhas.

O maior fator isolado através do qual

os humanos influenciam os anfíbios

e répteis é a destruição e modifica-

ção de seu habitat (Blaustein & Wake,

1990). A tarefa mais importante no

sentido de preservá-los é a proteção

de seu habitat, visando à proteção

da comunidade de plantas e animais

como um todo. Para Wilcox & Murphy

(1995), a maior ameaça às serpentes

é a destruição de seu habitat, o que

resulta na eliminação física, tanto dos

animais como de seus ecossistemas.

Com a fragmentação das populações

restantes, ocorre a perda potencial da

diversidade genética das mesmas.

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 11GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 11

BACIA DO PARANÁ/RIO SÃO MARCOS (MG/GO)

12 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

As principais ameaças aos répteis e

anfíbios são consequência de ativi-

dades antrópicas, sobretudo aque-

las que interferem na disponibilida-

de e qualidade de habitats, além da

caça (Costa et al., 1998). Estima-se

que cerca de 186 espécies e subes-

pécies de serpentes da terra estão

ameaçadas ou necessitam de mane-

jo (Dodd, 1987).

O processo de erradicação ou alte-

ração de biomas tem, atualmente,

contribuído para o desaparecimento

de espécies especialistas e/ou endê-

micas e o favorecimento de espécies

ruderais (favorecidas pela ativida-

de do homem) ou generalistas. Este

processo tem sido observado para

populações de anfíbios ao redor de

todo o mundo (Duellman & Trueb,

1986). Deste modo, é fundamental

que medidas de conservação e ma-

nejo destes grupos sejam tomadas,

principalmente em ambientes im-

pactáveis, uma vez que os danos ge-

rados sobre a herpetofauna podem

significar a perda de informações

importantes, além de gerar impac-

tos nas comunidades.

Neste livro, são registradas 18 espé-

cies de anfíbios e 24 espécies de rép-

teis, correspondendo a cerca de 3%

dos anfíbios conhecidos no Brasil, e

4,31% dos répteis. Número este bas-

tante representativo por se tratar de

uma área amostral pequena em re-

lação à área de Cerrado original, que

se encontra atualmente em estágio

avançado de degradação. Para cada

uma das 42 espécies deste livro, são

descritas características, habitats,

dieta, reprodução, comportamento

e status de conservação.

É importante ressaltar que nos es-

tudos da fauna da UHE de Batalha

foram registradas 44 espécies de

anfíbios e 54 de répteis, que po-

dem ser identificadas na lista ta-

xonômica e no índice remissivo, no

final deste guia.

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 13GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 13

LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

14 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

Clas

se A

mph

ibia

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 15

Esta classe possui a pele permeável, o que

é fundamental em muitos aspectos, como

as trocas gasosas (respiração), a existência de

glândulas que permitem a produção de subs-

tâncias utilizadas na corte, bem como outras

glândulas produtoras de substâncias tóxi-

cas utilizadas na defesa contra predadores.

Alguns membros desta ordem anunciam sua

toxicidade através de sinais de advertência,

cores vivas e muito intensas. Outras espécies

nesta ordem, mesmo não apresentando toxi-

cidade letal, imitam esta coloração intensa,

o que confunde seus predadores. A classe é

representada por três grandes ordens: anuros

(sapos, rãs e pererecas), urodelos (salaman-

dras, tritões e afins) e ápodos (cecílias), além

de várias formas fósseis do Devoniano (con-

siderado a idade dos anfíbios, há 420 milhões

de anos) e períodos seguintes.

16 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

ORDEM:

AnuraEsta ordem inclui 27 famílias com mais

de 4.300 espécies, que ocorrem em todos

os continentes, exceção da Antártida.

Possuem uma especialização do corpo

para o salto, característica mais evidente

em seu esqueleto. No Brasil, atualmente,

são conhecidas 1.080 espécies de anfíbios

(SBH, 2015), aproximadamente 22% do

total de espécies no mundo.

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 17

CARACTERÍSTICASApresenta corpo de coloração marrom-claro com listras longitudinais ligeiramente mais claras. Geralmente não ultrapassa 3,1 centímetros de tamanho corporal.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAOcorre nos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, São Paulo e também no Distrito Federal.

HABITATEspécie endêmica do domínio do Cerrado, sendo amplamente distribuída neste bioma. Costuma habitar formações florestais e margens de riachos permanentes, associado a folhiço e rochas.

DIETADados não encontrados.

REPRODUÇÃOOs ovos são depositados no chão sobre o folhiço. O desenvolvimento dos filhotes é direto.

COMPORTAMENTOOs machos vocalizam sobre a serapilheira. A atividade de vocalização inicia-se em outubro (início da estação chuvosa) e pode durar vários meses. Não se adapta bem a distúrbios antropogênicos.

STATUS DE AMEAÇA(IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Não ameaçada.

FAMÍLIA:Craugastoridae

NOME CIENTÍFICO:Barycholos ternetzii (Miranda-Ribeiro, 1937)

18 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

Sapo-cururu

CARACTERÍSTICASApresenta membros curtos e coloração castanha (clara ou escura). Possui pele áspera com presença de glândulas cutâneas que secretam um potente veneno ao serem pressionadas. Os girinos também possuem este veneno. Seu tamanho corpóreo pode alcançar cerca de 30 centímetros.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICADo Uruguai à Bolívia central, passando pelo Paraguai e Argentina. No Brasil é encontrada na Bahia, em Pernambuco, no Mato Grosso, em Goiás e na região Sul.

HABITATAmbientes abertos e relativamente próximos à água. Durante o dia abrigam-se sob pedras e troncos de madeira, montes de tijolos, ou mesmo no interior de calhas, canaletas, entre outros.

DIETAPossui dieta generalista, alimentando-se de uma grande variedade de insetos.

REPRODUÇÃOA espécie possui padrão reprodutivo explosivo. As fêmeas desovam em águas paradas na forma de cordões gelatinosos. Os girinos ocorrem nos meses iniciais da estação chuvosa.

COMPORTAMENTOEspécie noturna, andarilha e que forrageia sob postes de iluminação, podendo ser encontrada a quilômetros de distância de corpos d’água. O macho vocaliza para atrair fêmeas, enquanto se desloca a procura delas as margens de lagos, lagoas e açudes.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Menos preocupante.

FAMÍLIA:Bufonidae

NOME CIENTÍFICO:Rhinella schneideri (Werner, 1894)

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 19

Sapo-verruga

CARACTERÍSTICASApresenta cabeça arredondada e focinho pontudo. Suas glândulas paratóides têm formato ovóide, característica esta distintiva em relação às demais espécies do gênero. Superfície dorsal verde-acinzentada, com uma faixa amarela de cada lado do corpo. Alcança tamanho entre 5 e 7 centímetros, sendo as fêmeas maiores que os machos.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAOcorre nos estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo e também no sudoeste do Rio de Janeiro, geralmente em localidades com altitude compreendida entre 800 e 1.000 metros acima do nível do mar.

HABITATÉ encontrada no Cerrado, associada a bordas de mata decídua ou semi-decídua, e também na Mata Atlântica semi-decídua.

DIETADados não encontrados.

REPRODUÇÃODeposita uma massa gelatinosa de ovos no fundo de lagoas temporárias, mas também pode se reproduzir em águas artificiais, como lagoas de grandes fazendas com macrófitas flutuantes.

COMPORTAMENTOAinda não estudado. Não há publicações.

STATUS DE AMEAÇA(IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Não ameaçada.

FAMÍLIA:Odontophrynidae

NOME CIENTÍFICO:Odontophynus cultripes (Reinhardt and Lütken, 1862)

20 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

CARACTERÍSTICASApresenta coloração do corpo negra com manchas amareladas no dorso e laranja nas coxas. Espécie de pequeno porte, medindo cerca de 3 cm.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAEspécie com distribuição nos estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Pará e Maranhão.

HABITATPossui hábitos diurnos. Vive em áreas abertas ou de floresta e pode ser encontrada em frestas de rochas às margens de córregos e riachos, ou na serapilheira próxima a corpos d’água. Espécie endêmica do domínio do Cerrado.

DIETAAlimenta-se de insetos, principalmente formigas, cupins, besouros, aranhas e gafanhotos.

REPRODUÇÃOA atividade reprodutiva da espécie é diurna e ocorre na estação chuvosa, quando os machos vocalizam na proximidade dos riachos. Os ovos são depositados no solo sob afloramentos rochosos, próximos a correntes de água sazonais ou permanentes. Depois estes ovos são carreados para a água, onde irão completar seu desenvolvimento.

COMPORTAMENTOEspécie ativa durante o dia, abriga-se em frestas de rochas perto de riachos. Os machos apresentam cuidado parental carregando os ovos e os girinos nas costas. As manchas laranja da coxa funcionam como coloração de flash que confunde os predadores em relação à sua aparência na hora da fuga.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Menos preocupante.

FAMÍLIA:Dendrobatidae

Sapo-flecha

NOME CIENTÍFICO:Ameerega flavopicta (Lutz, 1925)

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 21

CARACTERÍSTICASApresenta coloração variando do amarelo ao marrom com manchas arredondadas amarelas na parte interna do fêmur e nas laterais do abdômen. Alcança cerca de 6 centímetros de comprimento, sendo as fêmeas maiores que os machos.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAPossui ampla distribuição no Brasil, sendo encontrada desde o Planalto Central, passando pelas regiões Sudeste e Sul, e se estendendo a outros países da América do Sul como Argentina, Bolívia, Uruguai e Paraguai.

HABITATEm geral, é encontrada empoleirada sobre arbustos próximos a riachos e poças, sejam estes permanentes ou temporários. Pode também ser encontrada na vegetação rasteira ou no chão.

Perereca-cabrinha

DIETAA espécie pode ser considerada como um generalista que se alimenta de artrópodes, sendo besouros, aranhas e gafanhotos os itens mais importantes de sua dieta.

REPRODUÇÃOReproduz-se continuamente ao longo do ano, embora haja um pico de atividade reprodutiva durante a estação chuvosa. A desova, que possui em média 900 ovos, é depositada escondida entre pedras ou vegetação, em remansos rasos.

COMPORTAMENTOAdapta-se bem a ambientes alterados pelo homem.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Menos preocupante.

FAMÍLIA:Hylidae

NOME CIENTÍFICO:Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)

22 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 23

CARACTERÍSTICASEspécie pertencente ao grupo Hypsiboas faber que é formado por um complexo de oito espécies. H. lundii difere das espécies de seu grupo por apresentar pele com cristas dérmicas e de padrão “liquenoso” no que diz respeito a sua coloração. Apresenta tamanho corporal reduzido quando comparada com as demais espécies deste mesmo grupo, variando entre 6 e 13,2 centímetros.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAOcorre no Cerrado do Brasil Central e Sudeste, especificamente no Distrito Federal e nos estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

HABITATCostuma ocupar a vegetação perto de córregos, em matas primárias e

secundárias, em clareiras e bordas de mata. Pode também ser encontrada em plantações. Espécie endêmica do domínio do Cerrado.

DIETADados não encontrados.

REPRODUÇÃOA espécie vocaliza ao longo de todo o ano, sugerindo atividade reprodutiva constante, entretanto não há estudos detalhados sobre a reprodução da mesma.

COMPORTAMENTOAinda não estudado. Não há publicações.

STATUS DE AMEAÇA(IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Menos preocupante.

Perereca

FAMÍLIA:Hylidae

NOME CIENTÍFICO:Hypsiboas lundii (Burmeister, 1856)

24 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

CARACTERÍSTICASA coloração dorsal é castanho-escura ou castanho-acinzentada com duas manchas interoculares pouco distintas e padrão variável de linhas escuras e manchas. A superfície interna de suas coxas e sua cintura têm colorido amarelo-vivo e negro. A espécie possui tamanho corporal que varia de 3,7 a 4,8 centímetros, sendo as fêmeas ligeiramente maiores que os machos.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAOcorre no Uruguai, Norte da Argentina, Paraguai e Bolívia. No Brasil sua distribuição estende-se pelo estado de Goiás, e pelas regiões Nordeste, Sudeste e Sul.

HABITATHabita áreas abertas, com vegetação herbácea rala, nas proximidades de represas ou poças temporárias. Durante o período de acasalamento é encontrada

em coleções de água parada como lagoas, açudes e banhados.

DIETAAlimenta-se de insetos e aranhas.

REPRODUÇÃOA desova ocorre de outubro a março, quando os machos vocalizam às margens da água, geralmente sobre o solo, especialmente após as chuvas. A fêmea deposita de 1.500 a 2.000 ovos no fundo de corpos d`água sobre a vegetação aquática.

COMPORTAMENTOEspécie noturna. Durante o dia costuma abrigar-se no solo, em tocas ou frestas de árvores. Consegue viver em ambientes alterados pelo homem.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Menos preocupante.

FAMÍLIA:Hylidae

NOME CIENTÍFICO:Scinax fuscovarius (Lutz, 1925)

Rapa-cuia

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 25

FAMÍLIA:Leptodactylidae

NOME CIENTÍFICO:Physalaemus nattereri (Steindachner, 1863)

Rã-de-quatro-olhos

CARACTERÍSTICASA espécie apresenta manchas em forma de X invertido no dorso e pele lisa com padrão de desenho marmoreado com manchas arredondadas sobre as glândulas inguinais, localizadas na virilha, e que lembram dois olhos e servem de estratégia de defesa.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAOcorre na Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil, sendo amplamente distribuída no Cerrado.

HABITATA espécie é bem adaptada a clima continental semiárido. Habita ambientes de pastagens do Cerrado, ocorrendo no chão próximo a corpos d’água temporários, tais como lagoas e pântanos, onde também se reproduz.

DIETASão especialistas em cupins quando jovens, e em formigas quando adultos,

embora possam também se alimentar de outras ordens de insetos e de aranhas.

REPRODUÇÃOReproduzem-se durante a estação chuvosa em poças permanentes ou temporárias em áreas abertas. Desovam numerosos pequenos ovos pigmentados em ninho de espuma que flutua na água e possuem girinos de vida livre.

COMPORTAMENTOEspécie de hábitos fossórios. Infla o corpo quando ameaçada como comportamento de defesa. Possui falsos olhos na parte posterior do corpo, que exibe quando se sente ameaçada, dando a impressão de ser maior em tamanho corporal do que realmente é. Não se adapta bem a distúrbios antrópicos.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Menos preocupante.

26 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

FAMÍLIA:Leptodactylidae

NOME CIENTÍFICO:Leptodactylus furnarius (Sazima & Bokermann, 1978)

Rã-oleira

CARACTERÍSTICASOs machos desta espécie atingem 3,8 centímetros e as fêmeas, um pouco maiores, chegam a 4,4cm de comprimento. Possuem pernas alongadas e focinho longo, uma listra amarelo-claro no dorso que se estende do focinho até a base da coluna. E manchas escuras por todo o corpo.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAEstá presente no Brasil e no Uruguai em altitudes entre 200 e 1.200 m.

HABITATGeralmente são encontradas em savanas úmidas, campos de gramíneas de baixa altitude subtropicais ou tropicais sazonalmente úmidos ou inundados, marismas de água doce, marismas intermitentes de água doce, pastagens, plantações, áreas rurais e lagoas.

DIETADados não encontrados.

REPRODUÇÃOReproduzem-se em alagadiços, lagoas e brejos. Os machos costumam vocalizar de dezembro a fevereiro, tanto à noite quanto de dia. A desova envolta em espuma é depositada em ninhos globosos.

COMPORTAMENTODurante o dia abriga-se em touceiras de grama em áreas alagadas ou bordas de riachos. A espécie adapta-se bem a distúrbios antropogênicos, sendo muitas vezes observada próxima a plantações de eucalipto.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Não ameaçada.

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 27

FAMÍLIA: Leptodactylidae

NOME CIENTÍFICO:Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861)

Rãzinha-marrom

CARACTERÍSTICASEspécie de médio porte. Sua coloração dorsal pode variar de marrom para marrom escuro ou até listrado. Pode apresentar uma faixa que se inicia a partir da região bucal, parecendo um bigode. Possui membros relativamente curtos. O corpo pode apresentar nódulos brancos distribuídos até as patas traseiras.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAOcorre em Pernambuco, Piauí, Maranhão, Tocantins, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul, além das regiões Sudeste e Sul do Brasil, alcançando o Sudeste da Bolívia, o Centro da Argentina e todo o Paraguai e Uruguai.

HABITATOcupa tanto formações vegetais abertas, como o Cerrado e a Caatinga, quanto formações florestais de Mata Atlântica e áreas alteradas pelo homem.

DIETAAlimenta-se de insetos e aranhas.

REPRODUÇÃOA reprodução ocorre do final da estação seca até o final da estação chuvosa. Assim como outras espécies do grupo, possui parte do desenvolvimento em ninhos de espuma depositados na toca subterrânea construída pelo macho.

COMPORTAMENTOEspécie noturna, os machos vocalizam ao redor de áreas alagadas onde se reproduzem.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Menos preocupante.

28 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

FAMÍLIA: Leptodactylidae

NOME CIENTÍFICO:Leptodactylus latrans (Steffen, 1815)

Rãzinha-manteiga

CARACTERÍSTICASEspécie de grande porte com machos entre 9 e 12 centímetros, e fêmeas entre 8 e 11 centímetros. O dorso é escuro, cinzento com pregas longitudinais proeminentes. O ventre é esbranquiçado com cinza.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICADistribui-se por toda América do Sul cisandina (a leste dos Andes).

HABITATEncontrada em áreas abertas, pode ocorrer em açudes, pequenas lagoas ou áreas inundadas.

DIETAOs girinos são onívoros e alimentam-se de microrganismos, animais mortos, resíduos e plantas.

REPRODUÇÃOAcasalam de setembro a fevereiro. Os machos vocalizam escondidos na vegetação aquática, emitem notas curtas monótonas e de baixa frequência. A fêmea desova na superfície de águas mais profundas fazendo ninhos de espuma.

COMPORTAMENTOÉ uma espécie noturna. Durante o dia ficam na água ou nas margens de poças e remansos de riachos. A fêmea defende os girinos saltando contra os predadores.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Menos preocupante.

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 29

FAMÍLIA:Phyllomedusidae

NOME CIENTÍFICO:Pithecopus oreades (Brandão, 2002)

Perereca-macaco

CARACTERÍSTICASEspécie que se caracteriza pela presença de uma determinada estrutura muscular exclusiva. Pesquisas recentes têm revelado que as espécies deste gênero secretam um muco em sua pele que contém fármacos com alto poder bactericida.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAOcorre no estado de Goiás (Serra da Mesa, Serra dos Pirineus e na Chapada dos Veadeiros) e no Distrito Federal.

HABITATAcima de 900 m de altitude, em cerrados abertos ou com arbustos esparsos, sendo endêmica deste bioma.

DIETADados não encontrados.

REPRODUÇÃOReproduz-se em pequenos riachos, onde seus girinos se desenvolvem em piscinas nos córregos.

COMPORTAMENTOAinda não estudado. Não há publicações.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Dados insuficientes.

30 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

Espécies identificadas durante as ações de resgate

30 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA3030

1

2

3

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 31

1 | Bokermannohyla pseudopseudis - perereca2 | Scinax centralis - perereca3 | Scinax fuscovarius - perereca-do-banheiro4 | Rhinella ocellata - sapo

4 5

6

7

5 | Ischnocnema cf. juipoca - rãzinha-do-folhiço6 | Adenomera aff. hylaedactyla - rã7 | Physalaemus cuvieri - rã-cachorro

32 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

Clas

se R

eptil

ia

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 33

A classe reptilia é repre-

sentada por diversos in-

divíduos tetrápodes (possuem

quatro patas), mas também

apresentam ordens de indi-

víduos ápodes (sem patas).

Sua pele apresenta gran-

de diversidade de aspectos

e texturas, em alguns casos

chegando a apresentar pla-

cas ósseas e dérmicas (placas

ósseas – tartarugas, placas

dérmicas – jacarés). As ordens

representadas nesta classe

são: Testudines, Crocodylia e

Squammata.

34 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

ORDEM:

TestudinesEsse grupo é representado pelas

tartarugas (as marinhas e as de água

doce), pelos cágados (de água doce)

e pelos jabutis (terrestres). Todos são

ovíparos e não apresentam qualquer

tipo de cuidado parental com os filhotes.

Em sua maioria são animais de vida

longa. Estes animais apresentam casco

ou carapaça na parte dorsal (costas), e

plastrão na parte inferior do casco.

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 35

CARACTERÍSTICASPossui carapaça achatada e larga com o dorso de coloração preta ou cinza esverdeada. As fêmeas, que são maiores do que os machos, podem alcançar até 35 centímetros e pesar 2,5 quilos. Esta espécie é resistente à poluição e costuma se adaptar bem em áreas antropizadas.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAPresentes ao longo da bacia Amazônica, do rio Paraná e São Francisco, algumas áreas do Pantanal, e em lagoas do Nordeste de Sudeste do Brasil, além da Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina.

HABITATSão comumente encontradas em rios, lagos e lagoas de correnteza lenta, que tenham floresta em volta. Podem deslocar-se por longas distâncias em busca de água.

Cágado-de-barbicha

FAMÍLIA:Chelidae

DIETAO único estudo que tratou da dieta desta espécie mostrou que ela se alimenta preferencialmente de larvas de insetos, podendo também ingerir moluscos, camarões e peixes.

REPRODUÇÃOA reprodução ocorre anualmente e o tamanho da ninhada pode variar entre 7 e 16 ovos.

COMPORTAMENTODados não encontrados.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Ainda não avaliado pela IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza).

NOME CIENTÍFICO:Phrynops geoffroanus (Schweigger, 1812)

36 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

ORDEM:

CrocodyliaSão animais semi-aquáticos, a maioria

encontradas em regiões tropicais e

subtropicais. Possuem pele grossa com

placas dérmicas no dorso, proporcionando

uma proteção. Todos os representantes

desta ordem são apenas carnívoros.

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 37

CARACTERÍSTICASCrocodiliano de porte médio, com machos podendo medir 3 metros de comprimento total e fêmeas 2 metros. Apresentam focinho curto e largo. A coloração vai do verde oliva com manchas claras nos jovens chegando ao verde pardo uniforme nos adultos, sendo que o ventre é branco.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICADistribuem-se pela América do Sul. No Brasil ocorrem do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, principalmente na costa oceânica.

HABITATHabitam rios, riachos, lagoas, brejos, mangues e represas.

Jacaré-do-papo-amarelo

FAMÍLIA:Alligatoridae

DIETAAlimentam-se de caracóis, aves, pequenos mamíferos e tartarugas.

REPRODUÇÃOConstroem ninhos com matéria orgânica onde depositam de 17 a 50 ovos que são encubados de 60 a 90 dias.

COMPORTAMENTOSão territoriais, mas podem viver em agrupamentos sociais. Nesta espécie os machos podem ajudar as fêmeas a construir o ninho, ambos protegem os fi lhotes, sendo que a fêmea tem um papel mais ativo.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Menos preocupante.

NOME CIENTÍFICO:Caiman latirostris (Daudin, 1902)

38 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

ORDEM:

SquamataNo Brasil, a Ordem Squamata possui 731 espécies

distribuídas em lagartos, amphisbaenia e serpentes.

Os lagartos possuem cerca de 4.000 espécies espalhadas

no mundo e 266 espécies no Brasil. São animais adaptáveis,

podendo ser arborícolas (vivendo em árvores) e terrícolas

(vivendo em solo). Ocupam desde pântanos (áreas alagadas)

até desertos (áreas secas).

Em amphisbaenia ocorrem 73 espécies. A maioria dos

representantes não possui pés (ápodes). A cabeça é dura,

utilizada para a construção de túneis e a pele forma anéis. O

estudo desses animais é dificultado por serem fossoriais, ou

seja, que vivem embaixo da terra.

Existem cerca de 2.700 espécies de serpentes no mundo

e 392 espécies no Brasil. As serpentes possuem um corpo

alongado, revestido por escamas e são ápodes. A pele é

trocada com certa periodicidade através do que chamamos

de muda (SBH, 2015).

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 39

CARACTERÍSTICASO comprimento rostro-cloacal varia de 3,6 a 11 centímetros. Corpo cilíndrico e alongado; cauda longa. Dorso marrom avermelhado. Possui escamas lisas e brilhantes.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAOcorre no Brasil nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste.

HABITATÁreas abertas com pouca vegetação, mas pode utilizar matas.

DIETAAlimenta-se de grilos, gafanhotos, larvas de insetos, besouros e aranhas.

FAMÍLIA:Mabuyidae

REPRODUÇÃOVivíparo. A gestação dura de nove a doze meses gerando de quatro a cinco filhotes.

COMPORTAMENTODiurno. Alterna entre sol e sombra para regular a temperatura corporal. Procura ativamente seu alimento escarafunchando o folhiço. Camufla-se facilmente em meio a vegetação seca (folhiço). Quando ameaçado, se esconde em fendas de rochas, sob troncos caídos e cupinzeiros, onde também se reproduz.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Ainda não avaliado pela IUCN.

NOME CIENTÍFICO:Copeoglossum nigropunctatum (Spix, 1825)

Lagarto-brilhante

40 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

FAMÍLIA:Leiosauridae NOME CIENTÍFICO:

Enyalius bilineatus (Duméril & Bibron, 1837)

Papa-vento

CARACTERÍSTICASEspécie de corpo cilíndrico e delgado; membros e cauda longos. O comprimento corporal pode chegar até 8 centímetros. O dorso é marrom ou cinza uniforme.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAEsta espécie ocorre apenas no Brasil, nas regiões Centro-Oeste e Sudeste.

HABITATOcorre principalmente em matas-de-galeria e ocasionalmente em cerrados.

DIETAA dieta consiste de artrópodes, principalmente grilos e gafanhotos, besouros e formigas.

REPRODUÇÃODepositam uma média de quatro ovos de onde nascem filhotes com cerca de 2,5 centímetros de comprimento.

COMPORTAMENTOÉ uma espécie diurna, de hábitos sedentários, passando a maior parte do tempo imóvel. Arborícola, camufla-se muito bem quando empoleirada em pequenos arbustos, pois escolhe galhos com aproximadamente o mesmo diâmetro do seu corpo. Quando ameaçada, a espécie pressiona o corpo contra o substrato e pode se movimentar, colocando o poleiro entre si e o observador.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Ainda não avaliado pela IUCN.

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 41

Lagarto preguiça

CARACTERÍSTICASEspécie de corpo alongado e comprimido lateralmente, cauda longa e membros curtos. Pálpebras fundidas.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAOcorre na Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai. No Brasil, nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

HABITATEstrato arbóreo.

DIETAAlimenta-se de partes vegetais, como flores e também de artrópodes como gafanhotos, besouros, vespas etc.

FAMÍLIA:Polychrotidae

REPRODUÇÃOSão animais ovíparos. A reprodução ocorre no período chuvoso e a fêmea coloca de 7 a 31 ovos.

COMPORTAMENTODiurno e arborícola, passa a maior parte do tempo camuflado entre a vegetação.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Ainda não avaliado pela IUCN.

NOME CIENTÍFICO:Polychrus acutirostris (Spix, 1825)

42 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

CARACTERÍSTICASEspécie de corpo robusto e deprimido, membros longos e cauda relativamente curta. O comprimento rostro-cloacal pode chegar a 14 centímetros, sendo os machos adultos maiores do que as fêmeas. O dorso apresenta um fundo castanho com diversos pontos negros e claros, formando às vezes faixas transversais.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAOcorrem na Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai. No Brasil, em todas as regiões, exceto na Amazônica, sendo típico nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

HABITATÉ muito comum em áreas alteradas pela ação do homem como roçados, quintais e jardins.

DIETAAlimentam-se de formigas, vespas, aranhas, besouros e larvas de insetos. Animais maiores podem ingerir partes vegetais.

REPRODUÇÃOA reprodução ocorre quase que inteiramente na estação chuvosa.

COMPORTAMENTOÉ uma espécie diurna e heliófila, ativa nas horas mais quentes do dia.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Menos preocupante.

FAMÍLIA:Tropiduridae

NOME CIENTÍFICO:Tropidurus torquatus (Wied-Neuwied, 1820)

Calango

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 43

Lagarto-verde

CARACTERÍSTICASA espécie tem corpo cilíndrico e cauda circular. As patas traseiras são comprimidas e robustas. Tem focinho afilado. O comprimento corporal (sem a cauda) pode atingir até 18 centímetros. Possui vistosa coloração verde no dorso.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICADesde a Costa Rica até o norte da Argentina. Ocorre em grande parte das áreas tropicais e subtropicas da América do Sul.

HABITATTípica de áreas abertas, a espécie é encontrada no Cerrado, na Caatinga, nas restingas, em bordas de mata e clareiras das florestas Atlântica e Amazônica.

FAMÍLIA:Teiidae

DIETATem dieta generalista, alimentando-se tanto de invertebrados quanto de pequenos vertebrados.

REPRODUÇÃOEspécie ovípara, cava buracos sob rochas, troncos caídos e montes de areia ou argila, onde procura abrigo para depositar seus ovos. As ninhadas podem ter até 11 ovos.

COMPORTAMENTODiurno, ativo nas horas mais quentes do dia. Passa a maior parte do tempo em movimento termorregulando ou à procura de alimento. Coloniza novas áreas com relativa facilidade por se adaptar bem a distúrbios antrópicos.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Ainda não avaliado pela IUCN.

NOME CIENTÍFICO:Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758)

44 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

Teiú

CARACTERÍSTICASEspécie de grande porte, medindo cerca de 1,40 metros. Apresenta membros e cauda longos e robustos. O dorso apresenta faixas negras transversais que se alternam com faixas mais claras. Ventre claro com barras negras transversais irregulares.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAArgentina, Uruguai, Paraguai e em todo o Brasil.

HABITATÁreas abertas, mas pode ser observado em bordas de matas.

DIETAMoluscos, artrópodes, vegetais, frutas, ovos, roedores, aves e anfíbios.

REPRODUÇÃOOvípara, deposita em média 25 ovos. Os filhotes nascem esverdeados.

COMPORTAMENTODiurno e terrestre. Busca ativamente seu alimento. Nada bem e pode subir em árvores. Quando ameçado foge rapidamente.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Menos preocupante.

FAMÍLIA:Teiidae NOME CIENTÍFICO:

Salvator merianae (Duméril & Bibron, 1839)

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 45

Teiú-amarelo

CARACTERÍSTICASEspécie de pequeno porte quando comparada com outras do mesmo gênero, tendo sido observados espécimes com no máximo 25,4 cm de comprimento. Possui coloração enegrecida intercalada com manchas mais claras que variam do cinza ao amarelo por todo o dorso.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAOcorre nos estados de Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Minas Gerais e no sudeste do Pará.

HABITATEspécie endêmica do Cerrado.

FAMÍLIA:Teiidae

DIETAAlimenta-se principalmente de artrópodes e moluscos, ingerindo pouca quantidade de material vegetal e vertebrados, quando comparada com outras espécies de maior porte do mesmo gênero.

REPRODUÇÃOAinda não estudada. Não há publicações.

COMPORTAMENTODiurno e terrestre. Busca ativamente seu alimento.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Não Ameaçada.

NOME CIENTÍFICO:Tupinambis quadrilineatus (Manzani & Abe, 1997)

46 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 47

Lagartinho-de-folhiço

CARACTERÍSTICASEspécie de pequeno porte, membros curtos, cauda longa. Possui coloração marrom, tendendo ao bronze na região próxima a cabeça e ao focinho. Escamas de aspecto liso e brilhosas.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAOcorre em áreas de Cerrado, no Pará, em toda a Região Centro-Oeste e em parte das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. Ocorre também em todo o Paraguai.

HABITATEsta espécie é endêmica do Cerrado, sendo amplamente distribuída neste ecossistema. Dentro do mesmo ocupa

FAMÍLIA:Gymnophtalmidae

NOME CIENTÍFICO:Colobosaura modesta (Reinhardt and Lütken, 1862)

exclusivamente florestas de galeria ou cerradões, não estando presente nos campos sujos e nem em campos abertos.

DIETAAinda não estudada. Não há publicações.

REPRODUÇÃOAinda não estudada. Não há publicações.

COMPORTAMENTOAinda não estudada. Não há publicações.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Ainda não avaliado pela IUCN.

48 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

Calango-da-cauda-azul

CARACTERÍSTICASEspécie de corpo cilíndrico e alongado, com membros curtos e cauda longa. O comprimento rostro-cloacal pode chegar a 4 centímetros. O dorso é marrom-esverdeado. De cada lado do corpo existem duas faixas longitudinais brancas. O ventre é branco e a cauda é de um azul brilhante. Membros anteriores com quatro dígitos. Pálpebras ausentes.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAOcorre no Brasil, aparentemente restrita ao bioma do Cerrado.

HABITATSão encontradas em áreas abertas de Cerrado.

DIETAAlimenta-se de artrópodes.

REPRODUÇÃOAs ninhadas possuem de um a dois ovos.

COMPORTAMENTOEspécie diurna e heliotérmica que pode ser observada forrageando, em constante movimento, em meio a moitas de capim ou folhiço. Quando avistada, pode ficar imóvel, tentando se camuflar.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Ainda não avaliado pela IUCN.

FAMÍLIA:Gymnophtalmidae NOME CIENTÍFICO:

Micrablepharus atticulus (Rodrigues, 1996)

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 49

CARACTERÍSTICASMede até 76 centímetros. Apresenta corpo cilíndrico, focinho arredondado, cauda curta e sem patas. Escamas em forma de anéis em volta do corpo.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAÉ encontrado em grande parte da América do Sul e Panamá.

HABITATVive em ambientes abertos e bordas de mata.

Cobra-de-duas-cabeças

FAMÍLIA:Amphisbaenidae

DIETAAlimenta-se de pequenos invertebrados, larvas de cupins e outros insetos.

REPRODUÇÃOOvípara, colocando de 8 a 16 ovos.

COMPORTAMENTOEspécie diurna, sendo mais ativa pela manhã. É fossorial, passando a maior parte do tempo sob o solo.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Menos preocupante.

NOME CIENTÍFICO:Amphisbaena alba (Linnaeus, 1758)

50 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

Jibóia

FAMÍLIA:Boidae NOME CIENTÍFICO:

Boa constrictor (Linnaeus, 1758)

CARACTERÍSTICASEspécie de serpente áglifa (sem peçonha) que pode medir mais de 3 metros. Apresenta cabeça triangular coberta com pequenas escamas e olhos com pupilas em fenda. O corpo é volumoso e apresenta coloração marrom-acinzentada ou avermelhada.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAÉ encontrada na América do Sul, Central e em quase todo o Brasil.

HABITATAmbientes arbóreos, subarbóreos e terrestres.

DIETAAlimenta-se basicamente de aves e de pequenos e médios mamíferos que matam por constrição.

REPRODUÇÃOEspécie vivípara, que gera em média 20 filhotes.

COMPORTAMENTOPossui hábito diurno e noturno. Quando ameaçada, emite um chiado característico ao inflar e expelir o ar do pulmão.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Ainda não avaliado pela IUCN.

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 51

Cobra-corredeira

CARACTERÍSTICASEspécie de serpente áglifa que mede cerca de 79 centímetros. Apresenta olhos com pupilas redondas e língua escura. Adultos têm o dorso vermelho com faixas esverdeadas.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAOcorre em praticamente toda a América do Sul a leste dos Andes (América cisandina). No Brasil, nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul.

HABITATHabita áreas abertas associadas a banhados, açudes e rios.

FAMÍLIA:Dipsadidae

DIETAAlimenta-se de anfíbios anuros, inclusive sapos.

REPRODUÇÃOOvípara, colocando de 6 a 9 ovos.

COMPORTAMENTOApresenta atividade diurna e noturna. São terrestres.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Ainda não avaliado pela IUCN.

NOME CIENTÍFICO:Erythrolamprus poecilogyrus (Wied-Neuwied, 1825)

52 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

Cobra-verde

CARACTERÍSTICASA espécie apresenta coloração dorsal parda esverdeada, e ventre branco e amarelo. Mede entre 7 a 8 centímetros de comprimento. Serpente áglifa. A espécie possui dimorfismo sexual, sendo as fêmeas maiores do que os machos.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAOcorre da Venezuela até o sudeste do Brasil.

HABITATVive em ambiente florestal.

DIETAAlimenta-se principalmente de anfíbios anuros e lagartos. Pode também predar peixes.

FAMÍLIA:Dipsadidae

REPRODUÇÃOEspécie ovípara. A reprodução ocorre ao longo de todo ano e as ninhadas podem ter entre quatro e seis ovos.

COMPORTAMENTOApresenta hábitos terrestres, sendo encontrada em folhiço e áreas abertas. Achatam o corpo dorso-ventralmente para parecer mais larga. Quando se sente ameaçada pode liberar uma descarga cloacal de cheiro forte. Adapta-se bem a distúrbios antrópicos.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Menos preocupante.

NOME CIENTÍFICO:Erythrolamprus reginae (Linnaeus, 1758)

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 53

Falsa-coral

CARACTERÍSTICASEspécie opistóglifa (peçonha situada na parte posterior do maxilar superior) com tamanho corporal entre 61,8 e 81,5 centímetros. Possui coloração típica de coral, constituída por duas bandas brancas e três bandas pretas alternadas, formando tríades separadas por um anel vermelho.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAOcorre do Nordeste ao Centro-Oeste e Sul do Brasil, bem como na Bolívia, Paraguai, Uruguai e Norte e Nordeste da Argentina.

HABITATTípica de áreas abertas, costuma ocorrer em bordas de matas e clareiras, sendo também encontrada em áreas agrícolas. Por ser uma espécie de áreas abertas, pode também ser considerada invasora, cuja distribuição geográfi ca vem se ampliando à medida que áreas de fl orestas são alteradas.

FAMÍLIA:Dipsadidae

DIETAAlimenta-se principalmente de lagartos e pequenos roedores mas pode também predar aves.

REPRODUÇÃOHá dimorfismo sexual, sendo as fêmeas maiores que os machos. É ovípara e a reprodução ocorre durante todo o ano.

COMPORTAMENTOTerrícola, apresenta atividade crepuscular e noturna, porém pode ser encontrada em atividade também durante o dia. Mimetiza a coral peçonhenta ao longo da sua distribuição geográfica, principalmente a Micrurus frontalis, com a qual possui semelhança no padrão de coloração. Não é agressiva, raramente morde.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Ainda não avaliado pela IUCN.

NOME CIENTÍFICO:Oxyrhopus guibei (Hoge & Romano, 1977)

54 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 55

Cobra-verde

CARACTERÍSTICASEspécie de tamanho mediano, atingindo 1,5 metro. Cauda relativamente longa. Possui coloração verde-oliva no dorso e verde-claro no ventre.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAPossui ampla distribuição na América do Sul a leste dos Andes, desde as Guianas até o Uruguai.

HABITATApresenta hábito sub-arborícola. Encontrada tanto em florestas como em ambientes abertos e bordas de mata.

FAMÍLIA:Dipsadidae

DIETAAlimenta-se de aves, pequenos lagartos, anfíbios e pequenos mamíferos.

REPRODUÇÃOOvípara, colocando de sete a oito ovos que eclodem no período chuvoso.

COMPORTAMENTODefende-se fugindo rapidamente, porém, se acuada, pode morder, inoculando veneno de ação local causando extensos edemas.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Ainda não avaliado pela IUCN.

NOME CIENTÍFICO:Philodryas olfersii

56 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

Dormideira

CARACTERÍSTICASEspécie de pequeno porte com comprimento corporal que varia entre 30 e 60 centímetros. Apresenta padrão característico com bandas pretas bordejadas por uma fina faixa branca e separadas por uma banda marrom. Possui um anel claro no focinho que a distingue de S. neuwiedi. São muitas vezes confundidas com jararacas devido a este padrão de manchas escuras. Possui dentição áglifa (sem peçonha).

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICATem ampla distribuição, ocorrendo do Norte e Nordeste do Brasil até a Argentina.

FAMÍLIA:Dipsadidae

HABITATPrimariamente terrícola, mas eventualmente encontrada sobre a vegetação. Pode às vezes ser observada em meio a plantações agrícolas, principalmente pés de alface.

DIETAÉ uma espécie malacófaga, ou seja, alimentam-se de moluscos.

REPRODUÇÃOÉ uma espécie ovípara com reprodução sazonal ocorrendo de agosto a janeiro.

COMPORTAMENTOPossui hábito noturno.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Ainda não avaliado pela IUCN.

NOME CIENTÍFICO:Sibynomorphus mikanii (Schlegel, 1837)

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 57

CARACTERÍSTICASEspécie de médio porte, coloração clara com manchas triangulares mais escuras na lateral do corpo. Apresenta fosseta loreal (órgão sensorial que fornece percepção térmica do ambiente).

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAOcorre no Cerrado da região Central e Sudeste do Brasil.

HABITATHabita áreas abertas e florestadas de regiões ripárias e matas de galeria.

DIETAAlimenta-se de mamíferos, anfíbios pássaros e artrópodes. Quando adulta, principalmente de pequenos mamíferos.

Jararaca

FAMÍLIA:Viperidae

REPRODUÇÃOO período de vitelogênese se inicia no início da estação seca com a ovulação ocorrendo nos meses de julho. Os filhotes nascem no mês de dezembro e janeiro, na estação chuvosa.

COMPORTAMENTOEsta espécie é ativa durante temperaturas mais altas do que outras espécies congenéricas simpátricas. Possui comportamento defensivo, onde bate rápido a cauda contra o substrato, dá o bote e achata o corpo dorso-ventralmente.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Ainda não avaliado pela IUCN.

NOME CIENTÍFICO:Bothrops moojeni (Hoge, 1966)

58 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 59

Cascavel

FAMÍLIA:Viperidae

CARACTERÍSTICASA espécie apresenta coloração pardo-escura com losangos alternados. Pode ser reconhecida pela presença de um chocalho na extremidade da cauda. São peçonhentas e seu veneno tem ação neurotóxica, paralisando as presas. Alcança 1,8 metro de comprimento.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICATem ampla distribuição, sendo encontrada no México, América Central e do Sul. Nesta última, sua distribuição se estende da Colômbia até a Argentina.

HABITATEmbora esteja frequentemente associada a áreas abertas, recentemente tem sido reportada em áreas florestadas que sofreram fragmentação. Costuma viver em ambientes pedregosos. No Brasil, é encontrada predominantemente no Cerrado e na Caatinga.

DIETAAlimenta-se principalmente de pequenos roedores, entretanto aves e lagartos também podem fazer parte da dieta.

REPRODUÇÃOMachos e fêmeas apresentam acentuado dimorfismo sexual, tendo os machos um corpo de padrão mais alongado, e as fêmeas um corpo mais largo. São vivíparas, ou seja, os filhotes já nascem formados, com aparência muito próxima da que terão quando adultos. Suas ninhadas costumam ter em média 11 filhotes.

COMPORTAMENTONão costuma ser agressiva, fugindo da presença humana ou sinalizando com o chocalho. Ataca apenas quando estão forrageando ou se sentem ameaçadas.

STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)Menos preocupante.

NOME CIENTÍFICO:Crotalus durissus (Linnaeus, 1758)

60 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

Outras espécies identifi cadas durante as ações de resgate

1

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GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 61

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1 | Apostolepis assimilis - coral falsa2 | Erythrolamprus aesculapii - coral falsa3 | Taeniophallus occipitalis - cobra-capim; corredeira-pintada

4 | Epicrates cenchria - Jibóia-vermelha; Jibóia-arco-íris; salamanta5 | Phimophis guerini - bicuda-de-chão; nariguda6 | Phylodryas agassizii - cobra-marrom; palhereira-dos-formigueiros

62 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

Lista taxonômica de anfíbios

ORDEM/FAMÍLIA ESPÉCIE NOME COMUMORDEM ANURA Craugastoridae Barycholos ternetzii Rã *Bufonidae Rhinella ocellata Sapo * Rhinella schneideri Sapo-cururu * Rhinella icterica Sapo boi Rhinella rubescens Sapo Odontophrynidae Odontophrynus cultripes Sapo-verruga * Odontophrynus carvalhoi - Dendrobatidae Ameerega flavopicta Sapo flecha *Hylidae Bokermannohyla pseudopseudis Perereca Bokermannohyla sazimai Perereca * Dendropsophus cruzi Perereca de Cruz Dendropsophus minutus Perereca-grilo Dendropsophus rubicundulus Pererequinha do brejo Perereca cabrinha * Hypsiboas lundii Perereca * Hypsiboas raniceps Perereca Scinax fuscomarginatus Pererequinha Scinax fuscovarius Rapa-cuia * Scinax squalirostris Perereca nariguda Scinax centralis Perereca * Scinax longinlineus Pererequinha Trachycephalus venulosus - Physalaemus nattereri Rã-de-quatro-olhos * Physalaemus cuvieri Rã-cachorro * Pleurodema fuscomaculatum - Leptodactylidae Leptodactylus cunicularius - Leptodactylus furnarius Rã-oleira * Leptodactylus fuscus Rã-assoviadeira Leptodactylus labyrinthicus Rã-pimenta Adenomera martinezi - * Leptodactylus mystacinus Rãzinha-marrom * Leptodactylus syphax Rã Leptodactylus latrans Rã-manteiga * Leptodactylus sertanejo - Leptodactylus podicipinus Rã Physalaemus centralis Rã Microhylidae Chiasmocleis albopunctata Rã grilo Dermatonotus muelleri - Elachistocleis cesarii Sapo grilo Elachistocleis ovalis Rãzinha da barriga amarela Phyllomedusidae Pithecopus oreades Perereca-macaco * Pithecopus azureus Perereca verde ORDEM GYMNOPHIONA Siphonopidae Siphonops annulatus Cobra cega Siphonops paulensis Cobra cega

* Espécies que possuem foto neste guia

Esta lista de espécies é o resultado de estudos do monitoramento da fauna que ocorreram entre os anos de 2008 a 2014.

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 63

Índice remissivo de anfíbios

ESPÉCIE PAG. NOME COMUM PAG.

Ameerega flavopicta 20Barycholos ternetzii 17Hypsiboas albopunctatus 21Hypsiboas lundii 23Leptodactylus furnarius 26Leptodactylus latrans 28Leptodactylus mystacinus 27Odontophrynus cultripes 19Physalaemus nattereri 25Pithecopus oreades 29Rhinella schneideri 18Scinax fuscovarius 24

Perereca 23Perereca cabrinha 21Perereca-macaco 29Rã 17Rã quatro olhos 25Rã-manteiga 28Rã-oleira 26Rapa-cuia 24Rãzinha-marrom 27Sapo flecha 20Sapo-cururu 18Sapo-verruga 19

Nestas tabelas são indicadas apenas as espécies que constam neste guia com suas respectivas descrições

64 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

Lista taxonômica de répteis

ORDEM/FAMÍLIA ESPÉCIE NOME COMUMORDEM TESTUDINES

Testudinidae Chelonoidis carbonarius Jabuti

Chelidae Phrynops geoffroanus Cágado-de-barbicha *ORDEM CROCODYLIA

Alligatoridae Caiman latirostris Jacaré-do-papo-amarelo *ORDEM SQUAMMATA

Gekkonidae Hemidactylus mabouia -

Mabuyidae Aspronema dorsivittatum -

Notomabuya frenata Calango

Copeoglossum nigropunctatum Lagarto-brilhante *Dactyloidae Norops brasiliensis -

Leiosauridae Enyalius bilineatus Papa-vento *Polychrotidae Polychrus acutirostris Lagarto preguiça *Tropiduridade Tropidurus torquatus Calango *Anguidae Ophiodes striatus Cobra-de-vidro

Teiidae Ameiva ameiva Lagarto-verde * Ameivula ocellifera -

Salvator merianae Teiú * Tupinambis quadrilineatus Teiú-amarelo *Gymnophtalmidae Bachia bresslaui -

Colobosaura modesta Lagartinho-de-folhiço * Micrablepharus atticolus Lagarto do rabo azul * Cercosaura ocellata -

Amphisbaenidae Amphisbaena alba Cobra-de-duas-cabeças * Leposternon infraorbitale Cobra-de-duas-cabeça,  cobra-cega

Anomalepididae Liotyphlops ternetzii -

Leptotyphlopidae Trilepida koppesi -

Boidae Boa constrictor Jibóia * Epicrates crassus Jibóia Arco-Ìris

Epicrates cenchria Jibóia-vermelha; Jibóia-arco-íris; salamanta * Eunectes murinus Sucuri

Colubridae Spilotes pullatus -

Dipsadidae Chironius flavolineatus -

Erythrolamprus miliaris  Cobra D'água

Erythrolamprus poecilogyrus  Cobra-corredeira * Erythrolamprus reginae Cobra-verde * Erythrolamprus aesculapii Falsa coral *

Esta lista de espécies é o resultado de estudos do monitoramento da fauna que ocorreram entre os anos de 2008 a 2014.

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 65

ORDEM/FAMÍLIA ESPÉCIE NOME COMUM

Oxyrhopus guibei Falsa coral * Oxyrhopus trigeminus Falsa coral

Philodryas olfersii Cobra-verde * Philodryas patagoniensis -

Philodryas agassizii Cobra-marrom; palhereira-dos-formigueiros * Sibynomorphus mikanii Dormideira * Thamnodynastes pallidus -

Xenodon merremii Boipeva

Apostolepis assimilis Falsa coral * Erythrolamprus aesculapii Falsa coral

Leptodeira annulata Serpente olho de gato

Phalotris nasutus -

Phimophis guerini Bicuda-de-chão; nariguda * Philodryas nattereri -

Taeniophallus occipitalis Cobra-capim; corredeira-pintada * Thamnodynastes hypoconia -

Elapidae Micrurus frontalis Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral

Viperidae Bothrops moojeni Jararaca * Bothrops neuwiedi Jararaca

Bothrops pauloensis Jararaca

Crotalus durissus Cascavel *

* Espécies que possuem foto neste guia

66 GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA

Índice remissivo de répteis

ESPÉCIE PAG. NOME COMUM PAG.

Ameiva ameiva 43Amphisbaena alba 49Boa constrictor 50Bothrops moojeni 57Caiman latirostris 37Colobosaura modesta 47Copeoglossum nigropunctatum 39Crotalus durissus 59Enyalius bilineatus 40Erythrolamprus poecilogyrus 51Erythrolamprus reginae 52Micrablepharus atticolus 48Oxyrhopus guibei 53Philodryas olfersii 55Phrynops geoffroanus 35Polychrus acutirostris 41Salvator merianae 44Sibynomorphus mikanii 56Tropidurus torquatus 42Tupinambis quadrilineatus 45

Cágado-de-barbicha 35Calango 42Cascavel 59Cobra-corredeira 51Cobra-de-duas-cabeças 49Cobra-verde 55Cobra-verde 52Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral 56Dormideira 53Jacaré-do-papo-amarelo 37Jararaca 57Jibóia 50Lagartinho-de-folhiço 47Lagarto-do-rabo-azul 48Lagarto preguiça 41Lagarto-brilhante 39Papa-vento 40Lagarto verde 43Teiú 44Teiú-amarelo 45

Nestas tabelas são indicadas apenas as espécies que constam neste guia com suas respectivas descrições

GUIA DOS ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BATALHA 67

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