Moça

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Pra início de conversa tem uma playlist. http://www.youtube.com/playlist?list=PL5zssORj2eBVADiMmIXr3c0VALnM1jw- q Fiquei o final de semana inteiro pensando se iria escrever isso mesmo ou não. Acabei escrevendo. Eu pensei em começar de um monte de jeito: contando da primeira vez que te vi e como a gente acabou “junto”, de como a galera aqui abriu o coração ontem quando todo mundo já estava bem bêbado ou até com uma música do Jorge e Mateus que eu estou ouvindo enquanto escrevo, mas acho que não ia dar certo. No final vai ser uma mistura de tanta coisa. Vou tentar ir por partes. Pra começar, isso é tipo uma carta. Carta é uma coisa que, talvez, você perceba que eu gosto bastante. Carta é mais fácil do que falar, porque a gente consegue organizar uma pouco mais as ideias do que quer dizer. Então, a verdade é que eu sou um cara complicado. Dos muito. A primeira coisa que eu tenho a dizer, e não se assuste, é que eu me apaixono fácil. Um dia eu li um texto que o autor falava que admirava os homens que se apaixonavam pelas mulheres que lhe dão um pouco de atenção. Eu achei o máximo essa citação, porque eu sou esse tipo de homem. Pode parecer até coisa de gente carente, mas não é não, é coisa de gente “apaixonável”, não necessariamente apaixonante. Aí tu se ferrou moça, porque tu me deu muita atenção. Foi mal, pode parecer cedo, mas eu me apaixonei. Lembra que sou do tipo fácil né. A questão é que essas primeiras semanas aqui eu venho gastando muito tempo pensando em você. Pensei muito nas possibilidades e no que realmente não ia dar pra acontecer. O problema disso tudo é quando eu estou com uma coisa na cabeça ela fica martelando muito tempo, enquanto eu não coloco isso pra fora. Quando eu disse que queria que esse um ano e meio fossem excelentes e passassem voando eu não estava brincando, porque sentia sua falta de verdade. Eu adoro só acompanhar o seu dia-a-dia, saber se você está bem ou não. O pior de tudo é querer e fisicamente não poder dar mais do que carinho, via mensagens ainda por cima. Nada fácil, eu sei. Independentemente do que for daqui para frente, só fica avisada que, pelo menos por um bom tempo, tu vai ficar na minha cabeça. Eu vou imaginar mil possibilidades. Maldita imaginação fértil. Até uns meses antes de ficarmos juntos eu estava com a cabeça em outro lugar e quando eu estou com a cabeça em alguma coisa eu fico muito tempo com ela lá. Mas não vou dizer que das poucas vezes que a gente se encontrou não tenha rolado interesse, acho que homem quando está solteiro avalia todas as possibilidades. Não tem como não se

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Pra início de conversa tem uma playlist.

http://www.youtube.com/playlist?list=PL5zssORj2eBVADiMmIXr3c0VALnM1jw-q

Fiquei o final de semana inteiro pensando se iria escrever isso mesmo ou não. Acabei escrevendo. Eu pensei em começar de um monte de jeito: contando da primeira vez que te vi e como a gente acabou “junto”, de como a galera aqui abriu o coração ontem quando todo mundo já estava bem bêbado ou até com uma música do Jorge e Mateus que eu estou ouvindo enquanto escrevo, mas acho que não ia dar certo. No final vai ser uma mistura de tanta coisa.

Vou tentar ir por partes.

Pra começar, isso é tipo uma carta. Carta é uma coisa que, talvez, você perceba que eu gosto bastante. Carta é mais fácil do que falar, porque a gente consegue organizar uma pouco mais as ideias do que quer dizer.

Então, a verdade é que eu sou um cara complicado. Dos muito. A primeira coisa que eu tenho a dizer, e não se assuste, é que eu me apaixono fácil. Um dia eu li um texto que o autor falava que admirava os homens que se apaixonavam pelas mulheres que lhe dão um pouco de atenção. Eu achei o máximo essa citação, porque eu sou esse tipo de homem. Pode parecer até coisa de gente carente, mas não é não, é coisa de gente “apaixonável”, não necessariamente apaixonante.

Aí tu se ferrou moça, porque tu me deu muita atenção. Foi mal, pode parecer cedo, mas eu me apaixonei. Lembra que sou do tipo fácil né. A questão é que essas primeiras semanas aqui eu venho gastando muito tempo pensando em você. Pensei muito nas possibilidades e no que realmente não ia dar pra acontecer. O problema disso tudo é quando eu estou com uma coisa na cabeça ela fica martelando muito tempo, enquanto eu não coloco isso pra fora.

Quando eu disse que queria que esse um ano e meio fossem excelentes e passassem voando eu não estava brincando, porque sentia sua falta de verdade. Eu adoro só acompanhar o seu dia-a-dia, saber se você está bem ou não. O pior de tudo é querer e fisicamente não poder dar mais do que carinho, via mensagens ainda por cima. Nada fácil, eu sei. Independentemente do que for daqui para frente, só fica avisada que, pelo menos por um bom tempo, tu vai ficar na minha cabeça. Eu vou imaginar mil possibilidades. Maldita imaginação fértil.

Até uns meses antes de ficarmos juntos eu estava com a cabeça em outro lugar e quando eu estou com a cabeça em alguma coisa eu fico muito tempo com ela lá. Mas não vou dizer que das poucas vezes que a gente se encontrou não tenha rolado interesse, acho que homem quando está solteiro avalia todas as possibilidades. Não tem como não se interessar por alguém tão lindo e meigo assim. Me pergunto qual era sua ideia.

Não sei se isso soa como loucura ou cobrança, não é pra ser nenhum dos dois, pode ter certeza disso. No entanto eu trabalho com coisas lógicas, respostas exatas ou pelo menos aproximadas. Sutileza na percepção não acho que seja muito meu forte. Foi só uma maneira de me expressar mesmo. Dizer o que sinto. Não quero de maneira nenhuma te falar pra gente mudar de situação, porque eu gostei de como foram as últimas semanas, até porque acho que, infelizmente, é o melhor jeito por enquanto. Queria saber o que se passa daí também.

Tá, acho que isso tá grande e chato já. Eu falei que eu era complicado.

Depois dessa eu entendo se tu me achar meio doido hahahahaha.

Beijo, moça. Saudades.