Modelo 1 - Estudo de Caso

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ABSTRACT

This search was developed in two elementary schools with students between 3 and 14 years

old. The School A is public and the School B is private, both of them located in themetropolitan region of Goiânia. It’s a descriptive search that aims to diagnose the teachers’point of view, their social profile characteristics and correlate with the factors that interfere inthe environmental education (EE) process to compare the both schools environments. Aquestionnaire with twelve open and closed questions was used to get information about theenvironmental education practice, sustainable development (SD), environmental problemsand laws which reinforce the introduction of EE in the curricular structure. Eleven teachersanswered the questionnaire in the School A. In the School B, ten teachers answered it. Theresults showed that the curricular structure of both schools has the EE included on it and theteachers profiles and qualification are similar. The most difference between them is related tothe physical and financial conditions. The School B has enough financial resources and has

better conditions to develop nice EE projects. Unlikely, the School A doesn’t have enoughfinancial resources and its physical conditions are damaged. However, with all these negativepoints, the teachers from School A seem more prepared and available to develop contents andactivities related to the EE.

Key-words: Environmental education, school, curricular structure, sustainable development.

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1 INTRODUÇÃO 

O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo

de interferência nos ecossistemas, tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os

recursos naturais. São comuns, atualmente, a contaminação dos cursos de água, a poluição

atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo

destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio

ambiente.

Dentro deste contexto, é clara a necessidade de se mudar o comportamento do

homem em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento

sustentável, processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma

a preservar os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo, atender as necessidades dasgerações atuais (ANDRADE, 2001), a compatibilização de práticas econômicas e

conservacionistas, com reflexos positivos junto à qualidade de vida de todos.

O papel da Educação Ambiental (EA) para a sustentabilidade deve ser alimentada

com todas as formas de pensamento, em busca de um bem comum. Preparar o indivíduo para

que ele perceba que as relações sociais e econômicas, socialmente construídas pela

humanidade, devem ser justas e considerar a Terra a partir da finitude dos seus recursos

naturais existentes. Nesse sentido, a escola é um agente social na promoção de novos valoreséticos, de transformação de utopias em ações alternativas concretas e viáveis.

A Educação Ambiental deve ser tratada como uma componente essencial no

processo de formação e de educação permanente da sociedade, possuindo uma abordagem

direcionada para a resolução de problemas e contribuindo para o envolvimento ativo do

público. Desta maneira, deve ser considerada como o sistema educativo mais relevante e

mais realista para se estabelecer uma maior interdependência entre estes sistemas, o

ambiente natural e o social, tendo como objetivo o desenvolvimento de um crescente bemestar das comunidades humanas (ROSA, 2001).

As finalidades desta educação para a humanidade foram determinadas pela

UNESCO após a Conferência de Belgrado realizada em 1975:

{...} Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e

com os problemas com ele relacionados, uma população que tenha conhecimento,

competências, estado de espírito, motivações e sentido de empenhamento que lhe

permitam trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas

atuais, e para impedir que eles se repitam (UNESCO, 1999).

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Vigotski1 apud Bock (2002) relatam que as mudanças ocorridas em cada um de

nós têm sua raiz na sociedade e na cultura, sendo a escola o espaço social e o local onde o

aluno dará seqüência ao seu processo de aprendizagem e de socialização. O que nela se faz

representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos

ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática durante o cotidiano da vida

escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.

Considerando a importância da temática ambiental para desenvolvimento do

senso crítico e da construção de um saber ambiental, a escola deverá oferecer meios efetivos

para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e as suas

conseqüências para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e para o

meio ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote

posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de

uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.

Para tanto, o objetivo deste trabalho é diagnosticar a visão dos professores, assim

como suas características básicas de formação e perfil social, e as correlacionar com os

fatores que interferem no processo de Educação Ambiental vigente nas instituições de

ensino pública e privada avaliadas, sendo estas localizadas na Região Metropolitana de

Goiânia (RMG). A partir dos resultados obtidos, será possível comparar o ambiente escolardesses dois casos avaliados.

No que tange o processo de Educação Ambiental, vale lembrar que este trabalho,

como estudo de caso, limita-se à ótica das duas instituições de ensino avaliadas e não poderá

ser um modelo de funcionamento considerado generalizado do sistema.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 O Homem e o Meio Ambiente

Durante toda a trajetória da humanidade, a ocupação e o uso espacial da terra

aconteceu com a utilização dos recursos naturais e destes depende a sua sobrevivência. No

entanto, os problemas ambientais só começaram a ser identificados como sendo impactantes

____________________1 REFERÊNCIA VIGOTSKI

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a partir de dois fatores básicos: a revolução industrial, ocorrida a partir da metade do século

XVIII, por volta do ano de 1750, produzida pela passagem do artesanato e da manufatura à

fábrica, pela criação das máquinas de fiar (tear mecânico), o que ocasionou uma grande

mudança no processo de produção.

O outro fator que causou grande impacto ao meio-ambiente foi a organização

urbana, representada pelas construções das grandes cidades, sem nenhum planejamento,

originadas com a revolução industrial.

Neste contexto, Geddes2  apud   Dias (2002), considerado o “pai” da educação

ambiental, já expressava a sua preocupação com os efeitos da Revolução Industrial iniciada

em 1779 na Inglaterra e pelo seu desencadeamento no processo de urbanização com

conseqüências para o ambiente natural.

Atualmente, a maior parte da população humana vive em ecossistemas urbanos,

influenciando toda a biosfera. As cidades atraem cada vez mais pessoas, sendo que a

população urbana mundial aumenta cerca de 70 milhões todos os anos. Os seres humanos

constituem uma espécie majoritariamente urbana, sendo que mais de 70% das populações

dos Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental e Japão são urbanas, cerca de 74% na

América Latina e 81% no Brasil (DIAS, 2002).

Percebe-se que a humanidade não tem o devido cuidado com o planeta, nem comos seres que nele vivem. A ocupação desordenada do solo e a pressão exercida sobre os

recursos naturais têm provocado grandes impactos na natureza, a partir da retirada da

cobertura vegetal, contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das

florestas, a caça indiscriminada, aterramento de margens de rios, riachos, assoreamentos dos

mananciais, queimadas e outros.

Ao contrário de outros seres vivos, que possuem seu crescimento controlado pela

simbiose das cadeias alimentares, a espécie humana tem dificuldade em estabelecer o seulimite de crescimento, assim como para relacionar-se com outras espécies e com o planeta.

Essa é a fronteira entre o conhecimento e a ignorância humana sobre o Planeta Terra

(PÁDUA & TABANEZ, 1997).

Considerando essa dificuldade do homem conviver de forma equilibrada com o

meio ambiente, em 1972 um estudo do Clube de Roma entidade formada por intelectuais e

____________________2 REFERÊNCIA GEDDES

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empresários que não eram militantes ecologistas, incentivou o surgimento das discussões a

respeito da preservação dos recursos naturais do planeta Terra, apontando pela primeira vez

“Os Limites do Crescimento”, que relacionavam quatro grandes questões que deveriam ser

solucionadas para que se alcançasse a sustentabilidade: controle do crescimento populacional,

controle do crescimento industrial, insuficiência da produção de alimentos e o esgotamento

dos recursos naturais (CAMARGO, 2002).

Após a publicação da obra “Os Limites do Crescimento” pelo Clube de Roma em

1972, este conceito toma um grande impulso no debate mundial, atingindo o ponto culminante

na Conferência das Nações Unidas de Estocolmo, naquele mesmo ano.

A idéia de um novo modelo de desenvolvimento para o século XXI,

compatibilizando as dimensões econômicas, sociais e ambientais, surgiu para resolver, comoponto de partida no plano conceitual, o velho dilema entre crescimento econômico e redução

da miséria, de um lado, e preservação ambiental de outro. O conflito vinha, de fato,

arrastando-se por mais de vinte anos em hostilidade contra o movimento ambientalista,

enquanto este, por sua vez, encarava o desenvolvimento econômico como naturalmente lesivo

aos empresários, como aos seus agentes mais representativos (CAMARGO et. al, 2004).

Em 1987, a Comissão Mundial para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento da

Organização das Nações Unidas, na Noruega, elaborou um documento denominado “NossoFuturo Comum” também conhecido como Relatório Brundtland, onde os governos signatários

se comprometiam a promover o desenvolvimento econômico e social em conformidade com a

preservação ambiental. (CAMARGO, 2002). Nesse relatório foi elaborada uma das definições

mais difundidas do conceito: “o desenvolvimento sustentável é aquele que atende as

necessidades do presente sem comprometer as possibilidades de as gerações futuras

atenderem suas próprias necessidades”.

Quatro décadas depois, a destruição das florestas, a degradação ambiental e apoluição aumentaram de forma vertiginosa, gerando o aquecimento do planeta pelas emissões

de gases causadores do efeito estufa. O desenvolvimento sustentável se mostra pouco

duradouro, porque não é considerado ecologicamente sustentável.

Tanto o Relatório Brundtland quanto os demais documentos sobre o

Desenvolvimento Sustentável produzidos pelo Clube de Roma, foram fortemente criticados

porque creditaram a situação de insustentabilidade do planeta, principalmente, à condição de

descontrole da população e à miséria dos países do Terceiro Mundo, efetuando uma crítica

muito branda à poluição ocasionada durante os últimos séculos pelos países do Primeiro

Mundo (GONÇALVES, 2005).

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Em 1997, na cidade japonesa de Kioto, foi assinado um acordo por 189 nações,

chamado Protocolo de Kioto, que se comprometeram em reduzir a emissão de gases

causadores do efeito estufa em 5%, na comparação com os níveis de 1990. O principal alvo é

o dióxido de carbono (CO2). Especialistas acreditam que a emissão desenfreada desse e de

outros gases esteja ligada ao aquecimento global, fenômeno este que pode ter efeitos

catastróficos para a humanidade durante as próximas décadas. O Protocolo entrou em vigor

em fevereiro de 2005 e prevê que suas metas sejam atingidas entre 2008 e 2012. A principal

crítica ao Protocolo de Kioto é que as metas instituídas representam pouco na luta contra o

aquecimento global, causando um impacto pequeno na mudança do panorama atual.

Hoje, diante do fracasso dos esforços para deter o aquecimento global, surge

novamente a consciência dos limites do crescimento e a chamada ao decrescimento.Neste sentido têm-se observado ao longo das décadas comportamentos específicos

por parte da sociedade e respostas político-econômicas variadas, conforme Figura 1.

Chaminés

fumacentas -

símbolos deesperança contra

o desemprego e a

miséria

Poucas leis

ambientais

Pouca ação das

autoridades

Consciência

pública limitada

anos 50 

Rápido crescimento

industrial

Atuação de grupos

ambientalistas

Aumento do

interesse por

aspectos qualitativos

da vida, como a

pureza da água e do

ar

Nova legislação

Aumento da

consciência pública

anos 60 - 70 

Muitos acidentes

causando poluição

Incidentes com poluição

do solo e disposição de

resíduos

Criação de selos verdese surgimento da idéia de

“ciclo de vida” dos

produtos

Aumento crescente da

legislação ambiental

existente

Aumento da consciência

ambiental

anos 80 

Intensificação na

criação de selos verdes

em vários países

Conceito de

desempenho ambiental

dos produtos

Regulamentos para

rótulos ecológicos,

eco-auditorias

Meio ambiente versus

desenvolvimento

sustentável

Aumento da

consciência ambiental

anos 90 .....  

Figura 1: Quadro evolutivo das questões ambientais Fonte: Bertolino, 2007. www.universidadeabertasantosdumont.com.br, acesso em 03 set 2008

Desta maneira, mundialmente, observa-se que nos anos 50, a prioridade era em

combater o desemprego e a miséria. Não havia preocupação, nem da população e nem das

autoridades, com as questões ambientais.

Houve um rápido crescimento industrial, nos anos 60 e 70, surgindo a atuação de

grupos ambientalistas que demonstraram interesse pela qualidade de vida e os cuidados com

a água e o ar. Foi criada uma nova legislação objetivando o aumento da consciência pública,em relação aos problemas ambientais.

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Já nos anos 80, ocorreram muitos acidentes causando poluição do solo e

disposição de resíduos. Com isto, surge a idéia de criação de selos verdes a fim de incentivar

os produtores a respeitar o meio ambiente e aumentar a consciência ambiental.

Nos anos 90, percebe-se um aumento da consciência ambiental e discussões em

todo o mundo sobre desenvolvimento sustentável. Há intensificação da valorização de

produtos ecologicamente corretos e com isto o aumento da criação de selos verdes.

Neste contexto, faz-se necessária a constante busca para se atingir um novo estilo

de vida, uma necessidade de mudança do comportamento humano em relação à natureza, no

sentido de promover um modelo de desenvolvimento sustentável, baseado numa ética global,

regida por valores humanitários harmonizadores. O papel da educação atual, se não for o de

resgatar o ser humano, será nenhum, especialmente o da chamada Educação Ambiental, pois

esta só foi criada pelo reconhecimento da ineficácia da educação. Não se consegue ver

relevância em qualquer atividade de Educação Ambiental que não foi conduzida às pessoas

para essa reflexão (DIAS, 2002).

2.1 Educação Ambiental

2.2.1 ConceitoO Conceito de EA vem se aprimorando ao longo do tempo, assim como outros

conceitos que tratam da relação do homem com o meio ambiente, tal como o

desenvolvimento sustentável, e se adaptando à realidade social que o homem se encontra.

Desta forma, diversos autores conceituam a EA a partir da função que se atribuem à esta

nomenclatura, destacando-se alguns destes autores.

Para Antunes (2004), a EA baseia-se em uma prática de educação para a

sustentabilidade, sendo a tradução das relações humanas com o ambiente. É também umprocesso contínuo de ajuda ao ser humano na identificação dos sintomas e das causas reais

dos problemas ambientais. Procura ainda desenvolver conhecimentos, aptidões, atitudes,

motivações e a disposição necessária para o trabalho individual e coletivo na busca de

soluções.

Já para Morales (2004), a EA é a condição básica para alterar um quadro crítico,

perturbador e desordenado recheado de crescente degradação sócio-ambiental, mas que só

ela não é suficiente para tanto. Portanto, não deve ser vista como o único caminho a sertrilhado, porém ela interrompe como mais um importante caminho, de mediação entre a

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relação sociedade x natureza, buscando construir uma sociedade sustentável que privilegie a

racionalidade e o saber sócio-ambiental.

Na concepção de Medina (1999), a Educação Ambiental visa a construção de

relações sociais, econômicas e culturais capazes de respeitar e incorporar as diferenças,

como por exemplo, minorias étnicas, populações tradicionais, assim como a perspectiva da

mulher e a liberdade para decidir entre os caminhos alternativos de desenvolvimento

sustentável, sempre respeitando os limites dos ecossistemas, que são substrato de nossa

própria possibilidade de sobrevivência como espécie.

Para Sauvé  (2002),  a Educação Ambiental visa a induzir dinâmicas sociais, de

início na comunidade local e, posteriormente, em redes mais amplas de solidariedade,

promovendo a abordagem colaborativa e crítica das realidades socioambientais e uma

compreensão autônoma e criativa dos problemas que se apresentam e das soluções possíveis

para eles.

De acordo com a Lei nº 9795/99 que dispõe sobre a Política Nacional de Educação

Ambiental (ANDRADE, 2001) no seu artigo 1º, entende-se por educação ambiental o

processo por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,

conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio

ambiente, bem de uso comum do povo, essencial a sadia qualidade de vida e suasustentabilidade.

Portanto, a Educação Ambiental pode ser entendida como um processo

participativo, no qual o educando assume o papel de elemento central do processo de

ensino/aprendizagem pretendido, participando ativamente do diagnóstico de problemas

ambientais buscando as suas soluções, sendo preparado como agente transformador das atuais

condutas populares, através do desenvolvimento de habilidades e da formação de atitudes, ou

através de uma conduta ética condizente ao exercício da cidadania. Nesta temática, a EAconstituiu-se em uma forma abrangente de educação, cuja proposta visa atingir todos os

cidadãos, com um processo pedagógico e participativo permanente, procurando incutir no

educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como

crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais (SOUSA,

2007).

Segundo Philippi (2001), a Educação Ambiental deve buscar valores que

conduzam a uma convivência harmoniosa das espécies que habitam o planeta com o meio

ambiente. É preciso considerar que a natureza não é fonte inesgotável de recursos e suas

reservas são finitas, devendo ser utilizadas de maneira racional, evitando-se o desperdício e

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considerando-se a reciclagem como processo vital. As demais gerações merecem nosso

respeito, sendo a manutenção da biodiversidade fundamental para a nossa sobrevivência.

2.2.2 Eventos Históricos de Educação Ambiental

As reflexões emergentes sobre o desenvolvimento econômico, associadas a uma

grande intervenção no meio ambiente, transformaram  os anos 60 num período pródigo de

reflexões  e eventos relacionados com a questão ambiental. A partir do livro de Rachel

Carson, “Primavera Silenciosa”, referindo-se ao som do silêncio causado pela ausência de

insetos e de pássaros na primavera, promoveu-se uma discussão na comunidade

internacional relacionando-se a diminuição da qualidade de vida, com o uso exacerbado de

produtos de síntese química na produção agrícola, contaminando os alimentos e deixando

resíduos no meio ambiente (ROSA, 2001). Os problemas ambientais já mostravam a

irracionalidade do modelo econômico vigente, mas ainda não se falava em Educação

Ambiental. Em março de 1965, na Conferência de Educação da Universidade de Keele -

Inglaterra, colocou-se pela primeira vez a expressão “Educação Ambiental”, com a

recomendação de que esta deveria se tornar parte essencial da educação de todos os cidadãos

(LEONARDI, 2002).

Em 1968, foi criado o Clube de Roma e publicado o livro de Ehrlich, ”Population

 Bomb”, que, segundo Cohen e Leff apud  Andrade (2001) expunham de forma contundente a

interferência da explosão demográfica sobre o meio ambiente. Ainda nesse ano, foi instituído

na Grã-Bretanha o Conselho para Educação Ambiental dos Países Nórdicos e França, cujas

políticas educacionais introduziram esta temática nos currículos das suas escolas. Ao final do

ano, a UNESCO havia relacionado 79 países que já incluíam a EA nos seus currículos

escolares (LEONARDI, 2002).

Em 1972, acontece na Suécia a Conferência de Estocolmo na qual a EducaçãoAmbiental passou a ser considerada como campo de ação pedagógica, adquirindo relevância e

vigência internacionais. Os representantes de 113 países participantes da Conferência

declaravam a necessidade de estabelecer uma visão global e princípios comuns para a

preservação e melhoria do ambiente humano. Como orientação aos governos, estabeleceu-se

________________________3 REFERÊNCIA COHEN e LEFF

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o Plano de Ação Mundial que recomendou um Programa Internacional de Educação

Ambiental.

Já em 1974, aconteceu em Haia-Holanda o I Congresso Internacional de Ecologia

cuja principal discussão girou em torno da redução da camada de ozônio.

Nesta atmosfera, as discussões em relação à natureza da Educação Ambiental

passaram a ser desencadeadas e os acordos foram posteriormente reunidos nos Princípios de

Educação Ambiental, sendo estabelecidos no Seminário de Educação Ambiental realizado em

1974, em Jammi- Finlândia. Esse seminário considerou que a Educação Ambiental não se

trata de um ramo da ciência ou uma matéria de estudos separada, mas permitia alcançar os

objetivos de proteção ambiental através de um plano de ações integrais e permanentes.

Em 1975, no Congresso de Belgrado foram estabelecidas as metas e os princípiosda Educação Ambiental, presentes na chamada Carta de Belgrado, um documento histórico na

evolução do ambiente. Também foi proposto, neste mesmo instante, que a Educação

Ambiental deveria ser contínua, multidisciplinar, integrada às diferenças e voltadas para os

interesses nacionais, cujos princípios orientaram o Programa Internacional de Educação

Ambiental (PIEA).

Porém, se existe uma referência para aplicação da Educação Ambiental, esta se

encontra nos documentos finais da Conferência Intergovernamental de Educação Ambientalde Tbilisi, realizada em 1977 na Geórgia, ex-União Soviética. Foi deste encontro que saíram

as definições, os objetivos, os princípios e as estratégias para a Educação Ambiental adotadas

mundialmente até os dias atuais.

Passados dez anos da Conferência de Tbilisi, realizou-se o Congresso

Internacional sobre a Educação e Formação Relativas ao Meio Ambiente (1987), em Moscou

- Rússia, promovido pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação,

Ciência e cultura).No texto final deste Congresso, "Estratégia Internacional de ação em matéria de

educação e formação ambiental para o decênio de 90", ressalta-se a necessidade de fortalecer

as orientações de Tbilisi. A ênfase é colocada na necessidade de atender prioritariamente à

formação de recursos humanos nas áreas formais e não-formais da Educação Ambiental e na

inclusão da dimensão ambiental nos currículos de todos os níveis de ensino.

Vinte anos após a Conferência de Estocolmo, quinze depois de Tbilisi e cinco

depois de Moscou, realizou-se a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento (RIO-92),  que se transformou num momento especial para a evolução da

Educação Ambiental. Além dos debates oficiais, foram marcantes dois entre os incontáveis

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eventos paralelos: a "1ª Jornada Internacional de Educação Ambiental", um dos encontros do

Fórum Global que atraiu cerca de 600 educadores do mundo todo, entre 179 países que

firmaram um acordo conhecido como Agenda 21 (ECO-92), sendo um plano estratégico de

ação para a promoção de um novo padrão mundial de desenvolvimento, conciliando métodos

de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica; o "Workshop sobre Educação

Ambiental" organizado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) destacou, dentre outros

pontos, que deve haver um compromisso real do poder público federal, estadual e municipal

para se cumprir a legislação brasileira visando à introdução da Educação Ambiental em todos

os níveis de ensino e também propôs o estímulo a participação das comunidades direta ou

indiretamente envolvidas e das instituições de ensino superior.

Em 1997, cinco anos depois da Conferência Rio-92, realizou-se uma primeirareunião internacional (não- oficial) no Rio de Janeiro, Rio +5, com a finalidade de verificar os

avanços realizados a partir da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

Portanto, existe a necessidade de incrementar os meios de informações e o acesso

a estes meios, bem como o papel do poder público nos conteúdos educacionais como forma

de alterar a degradação socioambiental e promover o crescimento da consciência ambiental.

2.3 A Inclusão Curricular da Educação Ambiental

A nova Lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (PHILIPPI,

2001) vêm conferir uma nova identidade ao Ensino Médio, determinando que este seja

considerado como Educação Básica.

A reforma curricular do Ensino Médio estabelece uma divisão do conhecimento

escolar em áreas, pois entende que os conhecimentos estão cada vez mais imbricados aos

conhecedores, seja no campo técnico-científico, seja no âmbito do cotidiano da vida social.Esta organização em áreas tem como base a reunião daqueles conhecimentos que

compartilham objetos de estudo, portanto, se comunicam mais facilmente, criando

condições para que a prática escolar se desenvolva numa perspectiva de

interdisciplinaridade. As áreas do conhecimento são: Linguagens, Códigos e suas

Tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias e Ciências Humanas e

suas Tecnologias (OLIVA & MUHRINGER, 2001).

Neste sentido, foram criados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s),como referência nacional na área de Educação, tratando-se pela primeira vez oficialmente no

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Brasil a Educação Ambiental como um tema transversal, dando indicações de como

incorporar a dimensão ambiental nos currículos do ensino fundamental. Os temas

transversais permeiam toda a prática educativa que abarca relações entre os alunos, entre

professores e alunos e entre diferentes membros da comunidade escolar (ROSA, 2001). Seus

objetivos visam propiciar aos sistemas de ensino, particularmente aos professores, subsídios

à elaboração e/ou reelaboração do currículo na construção do projeto pedagógico. Pois um

trabalho com essa perspectiva aponta uma transformação na prática pedagógica, mudando a

atuação dos professores às atividades pedagogicamente formalizadas e amplia a

responsabilidade com a formação e cidadania dos alunos.

Enquanto a interdisciplinaridade busca integrar as diferentes disciplinas através da

abordagem de temas comuns em todas elas, os temas transversais permeiam todas as áreas

para ajudar a escola a cumprir seu papel maior de educar os alunos para a cidadania. Isto

quer dizer que a adoção dos temas transversais pode influir em todos os momentos

escolares, desde a definição de objetivos e conteúdos até nas orientações didáticas. Com

eles, pretende-se que os alunos cheguem a correlacionar diferentes situações da vida real e a

adotar a posturas mais críticas (LEONARDI, 1999). .

Nesse momento, a Educação Ambiental está vendo reforçada sua importância no

ensino formal por dois caminhos: a reorientação curricular produzida pelo Ministério daEducação e Cultura-MEC, que por meio dos PCN’s, introduziu o tema Meio Ambiente como

um dos temas transversais; a introdução da Política Nacional de Educação Ambiental –

PNEA, oficializada por meio da Lei nº 9795 de 27 de abril de 1999, que entre outras coisas,

legisla sobre a introdução da Educação Ambiental no ensino formal (OLIVA &

MUHRINGER, 2001).

A introdução da questão ambiental nos currículos, intitulados como PCN-Meio

Ambiente, desencadeará diversos processos de sensibilização em relação à questãoambiental, por meio de atividades planejadas que permitam a inserção progressiva das

crianças no meio local, regional, nacional e internacional, de forma progressiva. Deve

responder aos interesses e motivações dos alunos, propiciando-lhes aquisição de

conhecimentos científicos e técnicos e atitudes éticas, para que possam participar de modo

eficaz na gestão dos processos de desenvolvimento de sua comunidade (OLIVA &

MUHRINGER, 2001).

Sendo assim, por ser um processo duradouro, a Educação Ambiental pode ajudara tornar mais relevante a educação geral, a começar pelo ensino fundamental. Esta pode ser

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considerada como uma base na qual se desenvolvam novas maneiras de viver sem destruir o

meio ambiente, ou seja, um novo estilo de vida.

É possível disseminar entre crianças e os jovens uma nova consciência e atitudes

com relação ao cuidado com o Planeta que habitamos, começando pela nossa casa, escola,

bairro e cidade, pois a Educação Ambiental caracteriza-se por incorporar as dimensões éticas,

sócio-econômicas, políticas, culturais e históricas no processo de Ensino e de Aprendizagem.

Para Vigotski apud  Bock (2002), a aprendizagem sempre inclui relações entre as

pessoas. A criança humaniza-se através do contato com a cultura, que é mediado pelo “outro”

(outra pessoa, o ambiente escolar, etc.). O professor e os colegas formam um conjunto de

mediadores da cultura que possibilita um grande avanço no desenvolvimento e no processo

de aprendizagem da criança.

Portanto a Educação Ambiental, no universo escolar formal, deve envolver uma

perspectiva holística, enfocando a relação entre o humano, a natureza e o universo de forma

interdisciplinar

2.4 Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 

A Educação Ambiental é uma ferramenta de aprendizagem para o

desenvolvimento sustentável, apesar de ser polêmico essa dicotomia entre “desenvolvimento

e sustentabilidade”, tendo em vista ser o próprio desenvolvimento o causador de tantos

danos sócio-ambientais (ANTUNES, 2004).

Para Dias (2002), o Desenvolvimento Sustentável consiste no uso racional dos

recursos naturais, para produzir e desenvolver a sociedade, sem comprometer o capital

ecológico do planeta. O desenvolvimento econômico e o bem-estar do homem dependem

dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável é impossível de ser alcançado se for

permitido que a degradação ambiental continue. Para o balanceamento desta equação faz-se

necessário o correto manejo dos recursos naturais de forma eficiente e sustentada, sendo

suficientes para atender as necessidades dos atuais seres vivos e preservando uma quantia

necessária para as futuras gerações.

A sustentabilidade no tempo das civilizações humanas, segundo Sachs (2004), vai

depender da sua capacidade de se submeter aos preceitos de prudência ecológica e de fazer

_____________________

4 REFERÊNCIA VIGOTSKI

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um bom uso da natureza. É por isso que falamos em desenvolvimento sustentável. A rigor, a

adjetivação deveria ser desdobrada em socialmente includente, ambientalmente sustentável e

economicamente sustentado. 

Ainda sobre a questão do desenvolvimento sustentável, Oliva e Muhringer

(2001) ressaltam que não se pode haver desenvolvimento e crescimento econômico de modo

a gerar na natureza sobrecargas insustentáveis para a vida em geral e para o próprio processo

econômico que se alimenta de recursos naturais.

Desta maneira, o mundo toma consciência de que as maiores ameaças à

sobrevivência da espécie humana são as mudanças climáticas em curso e os padrões

insustentáveis de produção e consumo, que já superam a capacidade de reposição do nosso

planeta. O problema é como disseminar essa informação para a população, de modo que se

cobre dos governantes a elaboração de políticas e programas que enfrentem essas grandes

questões.

Estas mudanças climáticas estão trazendo secas mais intensas, inundações, 

furacões, dificuldades no abastecimento de água e outras alterações ambientais. É o

momento de repensar o consumo de combustíveis fósseis como o petróleo, carvão e gás,

para a diminuição da emissão de gases poluentes e não favorecer as mudanças climáticas.

Temos de poupar as matérias primas não renováveis e reciclá-las para não sobrecarregarmoso planeta, assim como é preciso informar e educar as pessoas. A educação ambiental é

decisiva, pois mostra que há outros modos de viver, preservando a biodiversidade, a água, os

recursos naturais e os seres vivos.

Se a Educação Ambiental avançar como é preciso, a sociedade aprenderá a

discutir esses temas com a devida apreciação dos políticos e dos governantes, transformando

em questões prioritárias (NOVAES, 2006).

Portanto, a noção de sustentabilidade implica em uma inter-relação necessária de justiça social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e a ruptura com o atual padrão de

desenvolvimento (ANTUNES, 2004).

Nesse contexto, segundo Leonardi (1999), a educação ambiental aponta para

propostas pedagógicas centradas na conscientização, na mudança de comportamento, no

desenvolvimento de competências, na capacidade de avaliação e na participação dos

educandos. Para Pádua e Tabanez (1998), a educação ambiental propicia o aumento de

conhecimentos, mudança de valores e aperfeiçoamento de habilidades, condições básicas paraestimular maior integração e harmonia dos indivíduos com o meio ambiente.

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O desafio é o de formular uma educação ambiental que seja crítica e inovadora, em

dois níveis: formal- aquela que está diretamente ligada à Educação Ambiental tal como ela se

apresenta nos PCNs de meio ambiente: relação ser humano-natureza; sociedade e cultura;

concepção da educação e do conhecimento e não formal- a educação que se destina à

comunidade como um todo, atividades educacionais que estão voltadas mais para tecnologias,

como por exemplo: digitação eletrônica, pintura, aula de violão, horta e outras . Assim, a

educação ambiental deve buscar uma visão holística de ação, relacionando o homem, a

natureza e o universo em uma perspectiva na qual os recursos naturais são finitos e que o

principal responsável pela sua degradação é o próprio ser humano.

3 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa descritiva que atende aos pré-requisitos de um estudo de

caso. A pesquisa descritiva permite uma análise do problema da pesquisa em relação aos  

aspectos sociais, econômicos, políticos, percepção de diferentes grupos, comunidades, entre

outros aspectos. E o estudo de caso se preocupa em estudar um determinado indivíduo,

família ou grupo para investigar aspectos variados ou um evento específico da amostra.

Inicialmente, realizou-se uma pesquisa bibliográfica sobre o tema EducaçãoAmbiental para fundamentar os objetivos pretendidos neste artigo. Dentro do tema

pesquisado, foram aprofundados diversos assuntos como Desenvolvimento Sustentável,

modelo econômico, problemas ambientais e as leis que reforçam a introdução da EA na grade

curricular, pelo Ministério de Educação e Cultura, por meio dos Parâmetros Curriculares

Nacionais-PCN’s e da Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA.

Para coleta de dados foi realizada uma pesquisa com professores de duas escolas

de ensino fundamental, sendo uma escola pública e uma privada, localizadas na RegiãoMetropolitana de Goiânia (RMG), conforme apresenta a Figura 2. Para preservar a identidade

das Escolas, as identificamos como Escola A (pública), Escola B (privada).

Após a definição das escolas a serem pesquisadas, elaborou-se um questionário,

em anexo, com 12 questões fechadas e abertas sobre projeto de Educação Ambiental na

estrutura curricular das duas escolas e as atividades desenvolvidas pelos professores, 

abordando a consciência ambiental e o desenvolvimento sustentável.

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 Figura 2- Mapa da Região Metropolitana de Goiânia

O primeiro passo foi visitar as escolas, conversar com as coordenadoras, explicar

o objetivo do trabalho, solicitar a autorização para realização da pesquisa e agendar a segunda

visita.

O passo seguinte foi a aplicação dos questionários e observação in loco da prática

de Educação Ambiental, bem como a análise de livros didáticos e algumas buscas na internet.

Participaram da pesquisa 11 professores da escola Pública (A) representando uma

amostra de 37% do total de profissionais daquela instituição de ensino e 10 professores da

escola particular (B) representando uma amostra de 28%.

Após a coleta e seleção dos dados, estes foram tratados e analisadosquantitativamente e qualitativamente para verificar a diferença entre as duas escolas, na sua

forma de trabalhar a Educação Ambiental na estrutura curricular.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A apresentação e discussão dos resultados seguirão a linha dos recursos

disponíveis após análise dos questionários respondidos pelos professores, das entrevistas com

as coordenadoras e das observações in loco. O modelo do questionário utilizado encontra-se

no anexo A.

A Escola pública denominada, nesta pesquisa, por Escola A, é uma escola

municipal, possui 370 alunos com idade entre 5 e 14 anos e 29 professores dos quais 11

responderam o questionário, representando uma amostra de 37%.

A Escola particular denominada nesta pesquisa, por Escola B, possui 1690 alunos

com idade entre 3 e 14 anos, 35 professores dos quais 10 responderam o questionário,representando uma amostra de 28%.

Traçou-se um perfil dos professores, que participaram da pesquisa, com relação a

sexo, idade, escolaridade e tempo de atuação na área, como se pode verificar nas tabelas e

gráficos de 01 a 04.

Gráficos 1 e 2: Sexo dos professores que participaram da pesquisa.

Escola A

100%

0%

Feminino

Masculino

 

Escola B

100%

0%

Feminino

Masculino

 

Gráfico 1 Gráfico 2

Conforme gráficos 1 e 2, tanto na Escola A quanto na escola B 100% dos

professores que participaram da pesquisa são do sexo feminino, demonstrando assim a

predominância desse sexo nos professores de Ensino fundamental.

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Gráficos 3 e 4: Faixa etária dos professores

Escola A

36%

27%

37%

Até 20 anos

21 a 30 anos

31 a 40 anos

Acima de 40

anos

Escola B

40%

20%

40%

Até 20 anos

21 a 30 anos

31 a 40 anos

Acima de 40

anos

 Gráfico 3 Gráfico 4

Com relação a faixa etária dos professores, percebe-se que um percentual

considerável de 37% da escola A e 40% da escola B possuem mais de 40 anos de idade, o que

pode indicar um nível de maturidade maior.

Gráficos 5 e 6 : Escolaridade dos professores

Escola A

9%

37%

54%

2°grau

completo

3º grau

incompleto

3º grau

completo

Especialização

Mestrado

Doutorado

 

Escola B

30%

70%

2°grau

completo

3º grau

incompleto

3º grau

completo

Especialização

Mestrado

Doutorado

 Gráfico 5 Gráfico 6

Pode-se observar nos gráficos 5 e 6 que mais de 50% dos professores das escolas

A e B possuem cursos de especialização e que 91% dos professores da escola A possuem o 3º

grau completo e na escola B esse percentual é de 100%. Os professores das duas escolas têm

boa formação escolar. Percebe-se ainda que na Escola A os professores continuam buscando

aperfeiçoamento, como por exemplo o curso de mestrado, demonstrando maior qualificação.

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  21

 

Figura 4: Espaço físico da escola A

Na escola A, 73% dos professores afirmaram que são incentivados e motivadospara desenvolverem projetos de EA, 91% consideram importante a implantação da EA na

grade curricular, 100% dos professores afirmam que sabem o que é EA, 91% afirmam que

sabem o conceito de Desenvolvimento Sustentável (DS), 100% confirmam que existem

conteúdos relacionados à EA nos livros didáticos de ciências, português, biologia, geografia,

história e inglês, porém alguns professores consideram os conteúdos superficiais e procuram

inovar as propostas.

Com relação ao desenvolvimento de projetos, 91% dos professores da Escola A,consideram que a escola desenvolve projetos de EA, como por exemplo o projeto “Proteger

para Desfrutar” que trabalha a preservação, a redução de consumo e reciclagem. Os alunos

fazem algumas visitas, esporádicas (devido a falta de recursos financeiros), em locais fora da

escola como: Parque Areião, Parque Vaca Brava, Parque Mutirama, Jardim Zoológico,

SANEAGO, Casa da Cultura Digital e Memorial do Cerrado. A escola utiliza outros meios

para desenvolver com os alunos atividades sobre EA: teatro, desenhos, cartilhas, painéis

educativos, vídeos, palestras, brincadeiras, músicas e debates. Como grande parte dos alunos

moram próximo ao Rio Meia Ponte, a escola utiliza a realidade deles para exemplificar a

degradação ao meio ambiente .

A Escola B, também possui a EA na sua grade curricular de forma bem

estruturada, possui recursos financeiros e patrocinadores para execução dos projetos. Tem

área arborizada, coleta seletiva de lixo, horta e um espaço físico bem adequado, conforme

demonstrados nas figuras 5, 6, 7 e 8.

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Figura 5: Coleta seletiva de lixo da escola B Figura 6: Horta da escola B

Figura 7: Área arborizada da escola B Figura 8: Área arborizada da Escola B

Na escola B, 100% dos professores afirmaram que são incentivados e motivados

para desenvolverem projetos de EA, 100% consideram importante a implantação da EA na

grade curricular, 100% dos professores afirmam que sabem o que é EA, 100% afirmam que

sabem o conceito de DS, 100% confirmam que existem conteúdos relacionados à EA nos

livros didáticos de ciências, português, biologia, geografia, história e outros. Além dos livros

didáticos, os professores trabalham com cartilhas, livros e textos específicos sobre EA.

Quanto ao desenvolvimento de projetos, 100% dos professores da Escola B,

consideram que a escola desenvolve projetos de EA, como: “Pesque uma idéia”, que está

relacionado a coleta seletiva de lixo e o projeto “ Cerrado: preservação e conscientização”. Os

alunos fazem viagens de estudo, excursões e passeios como: trilhas em chácaras, Parque

Areião, Bio Parque Jaó, Bosque dos Buritis, Rios e Córregos, Jardim Zoológico, Fazenda

Vagalume, Fazenda Santa Branca, Memorial do Cerrado e outros. A escola também utiliza

outros meios para desenvolver com os alunos atividades sobre EA: teatro, desenhos, cartilhas,painéis educativos, vídeos, palestras, brincadeiras, músicas, coleta e separação de lixo.

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Pode-se observar que o perfil e qualificação dos professores das escolas A e B traz

semelhança com relação aos aspectos pesquisados: sexo, faixa etária, escolaridade e tempo de

atuação na área. Tanto os profissionais da Escola A quanto da Escola B, possuem

conhecimento sobre Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, de acordo com

suas respostas. Sendo que na Escola A, os professores conceituaram EA e DS de uma forma

mais adequada como por exemplo: “ Educação Ambiental é a mudança de hábitos e atitudes

com o objetivo de preservar o meio ambiente”; “ EA é a educação voltada para o estudo dos

biomas”; “EA visa conscientizar o homem a preservar o ambiente de forma sustentável,

mudando de atitudes”; “ Desenvolvimento Sustentável é usufruir dos recursos naturais com

responsabilidade de forma a manter o equilíbrio da natureza e preservar a vida”; “ DS consiste

na busca do homem em atender suas necessidades presentes sem comprometer o meioambiente, visando o crescimento econômico e social sem prejudicar a qualidade de vida do

planeta”.

Na Escola B, 50% dos professores conceituaram Educação Ambiental de forma

menos elaborada: “EA é a conscientização e preservação do meio ambiente”; “EA é preparar

os alunos para lidar e ter consciência de como cuidar do meio ambiente”. Já o conceito de

Desenvolvimento Sustentável foi descrito de forma mais elaborada: “DS é tornar o planeta

viável diante da quantidade de produtos (poluidores) que podem tornar o planetainsustentável”; “DS é aquele que possibilita o cumprimento dos objetivos do crescimento

econômico e ao mesmo tempo garante a proteção do meio ambiente”.

Apesar da maior parte dos professores conseguirem conceituar tanto EA quanto

DS, percebeu-se que alguns deles, nas duas escolas, que afirmaram saber o significado, não

souberam definir DS ou o fizeram de forma inadequada, demonstrando assim, que nem todos

os professores têm conhecimento necessário para trabalhar a EA com seus alunos,

necessitando de mais preparo por meio de cursos e treinamentos.Os professores das duas escolas consideram importante a inclusão da Educação

Ambiental na grade curricular, encontram-se motivados para executarem os projetos, mesmo

os profissionais da Escola A, que não tem recursos financeiros e nenhum tipo de patrocínio

para o desenvolvimento desses projetos, mas apresentam vontade de fazer, procuram executar

atividades diferentes com os alunos, reforçar o conteúdo dos livros didáticos, inovar propostas

de acordo com suas possibilidades, como por exemplo: dar aula sobre a preservação do

cerrado, apresentando diversas frutas típicas; passear nas ruas próximas a escola, para mostrar

os riscos que os lixos espalhados trazem para a saúde das pessoas, pela falta de

conscientização e educação.

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Analisando a Escola B, percebe-se que é uma instituição bem estruturada, com

mais de 1600 alunos de classe média e alta, com recursos financeiros e com patrocínio para

desenvolvimento de projetos mais robustos sobre Educação Ambiental. Além dos recursos

financeiros, a escola tem espaço físico e uma área verde bem adequada. Os alunos e a Escola

têm condições financeiras para fazer viagens, excurções e passeios em lugares onde os

recursos naturais são preservados. Assim, os professores têm mais recursos didáticos para

trabalhar a EA. Além disso, a escola recebe diversas cartilhas e livros sobre EA, dos

patrocinadores, o que pode aumentar a motivação tanto para quem ensina, quanto para quem

aprende.

Vale ressaltar que tanto na Escola A quanto na Escola B, a Educação Ambiental

está inserida na estrutura curricular e que os conteúdos dos livros didáticos estãocontextualizados com os temas transversais. A diferença está na forma como esses conteúdos

estão sendo repassados aos alunos devido aos recursos necessários para o desenvolvimento

dos projetos.

Portanto, diante de tais informações pode-se reconhecer que as duas Escolas estão

no caminho certo, buscando conscientizar os alunos a repensarem suas atitudes, mudando os

hábitos para preservação do meio ambiente, por meio da EA. Mas vale ressaltar, que não

basta incluir a EA na estrutura curricular, é necessário também propiciar aos professores,conhecimento necessário dos conteúdos a serem ministrados por meio de cursos e

treinamentos, bem como fornecer recursos financeiros suficientes para o desenvolvimento de

projetos, envolvimento dos alunos, professores, funcionários, pais, comunidade e governo,

para que haja motivação, vontade e reconhecimento da importância da EA para a formação de

cidadãos conscientes sobre o cuidado com o meio ambiente e com a sobrevivência do planeta.

5 CONCLUSÕES

Considerando a temática abordada e análise do contexto das escolas pesquisadas,

podemos concluir que Educação Ambiental faz parte da estrutura curricular dessas duas

instituições. No entanto, existe uma diferença com relação aos recursos financeiros

disponíveis, entre a escola pública e a escola privada, para viabilizar os projetos necessários

no processo de aprendizagem dos alunos.

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No entanto, percebeu-se que os professores da Escola A, como foi denominada a

escola pública, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas e os recursos escassos, parecem

mais preparados e com maior disposição para desenvolverem os conteúdos e as atividades

propostas sobre Educação Ambiental, criando projetos de acordo com suas possibilidades,

inovando conteúdos para complementarem os livros didáticos, demonstrando motivação,

interesse e vontade em fazer acontecer.

A escola B, como foi denominada a escola privada, apesar de todas as condições

favoráveis, demonstrou menos envolvimento dos professores nesse processo de interação

ensino-aprendizagem, com os alunos. Mesmo considerando que 100% dos participantes dessa

pesquisa, afirmarem estar motivados, não foi percebido essa disposição com tanta intensidade.

Diante da realidade das duas escolas pesquisadas é fundamental a sensibilização detodos os participantes envolvidos, professores e alunos para se obter melhores resultados. Não

basta a inclusão da Educação Ambiental na estrutura curricular para se obter mudança de

atitude. É necessário o comprometimento, vontade, conscientização da importância de se

adotar posturas pessoais e comportamentos sociais e ambientalmente corretos que contribuam

para a formação de cidadãos responsáveis (LEONARDI, 1997).

Assim, é importante que a escola perceba que a Educação Ambiental assume, cada

vez mais, uma função transformadora e o educador tem a função de mediador na construçãode referenciais ambientais, mas é necessário saber usar como instrumento de desenvolvimento

social, abordando os temas de forma sistemática e transversal em todos os níveis de ensino

(ROSA, 2001).

Portanto, é necessário incrementar os meios de informação e o acesso a eles, bem

como envolver o poder público nos conteúdos educacionais, como meio de mudança do

quadro atual de degradação do meio ambiente. Não basta somente criar leis que

regulamentem a Educação Ambiental nas escolas, é necessário criar condições para que a EAseja um processo contínuo e participativo, onde o aluno possa assumir o papel de elemento

central do processo de ensino/aprendizagem, perceber a realidade e ter uma visão integral do

mundo em que vive para cuidar melhor dele (SOUSA, 2007).

São consideradas algumas limitações nesta pesquisa, como a dificuldade de acesso

às escolas privadas e a disponibilidade dos professores para responderem os questionários.

Sugere-se outras pesquisas com um número maior de escolas, tanto públicas quanto privadas,

em diferentes setores do município e que sejam incluídos os alunos para que se possa

aumentar o universo da pesquisa e contribuir com os questionamentos diversos.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CAMARGO, A.L.B. As dimensões e os desafios do desenvolvimento sustentável:concepções, entraves e implicações à sociedade humana.  2002. Dissertação (Mestrado emEngenharia de Produção) – UFSC, Florianópolis-SC.

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______. Educação ambiental e desenvolvimento sustentável.  In: REIGOTA, M. (org.).Verde Cotidiano: o meio ambiente em discussão. Rio de Janeiro, DP&A Editora, 1999.

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MORALES, A.Góis. 2004. Educação Ambiental em Busca de uma Sociedade Sustentável.Disponível em www.amigosdanatureza.org.br > , acesso em: 09 set 2008.

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7 ANEXOS

Anexo A – Questionário utilizado na coleta de dados junto aos professores das duas escolaspesquisadas.

QUESTIONÁRIO

Prezado professor,

O presente questionário tem por objetivo pesquisar sobre a Educação Ambiental na Escola,para desenvolvimento de trabalho científico de conclusão do curso de Engenharia Ambiental,da Universidade Católica de Goiás – UCG 2008/2. Sua colaboração é muito importante para oresultado desse trabalho. Desde já, agradecemos sua participação.

Identificação do professor:

• Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino 

• Idade: ( ) Até 20 anos ( ) De 21 a 30 anos( ) De 31 a 40 anos( ) Acima de 40 anos

Escolaridade ( ) 2º grau completo ( ) Especialização( ) 3º grau incompleto ( ) Mestrado( ) 3º grau completo ( ) Doutorado( ) Outros: ____________________

• Quanto tempo você atua nessa área ? ( ) Menos de 1 ano( ) De 1 a 5 anos( ) De 6 a 10 anos( ) Mais de 10 anos

QUESTÕES:

1) Você sabe qual é o conceito de Educação Ambiental?( ) Sim ( ) Não

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2) Você sabe o conceito de Desenvolvimento Sustentável?

( ) Sim ( ) Não________________________________________________________________________________________________________________________________________

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  ____________________________________________________________________

3) A escola desenvolve projetos na área ambiental? Quais?( ) Sim ( ) Não

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4) Você considera importante a implantação da temática ambiental na grade curricular?Porque?

( ) Sim ( ) Não ________________________________________________________________________________________________________________________________________

5) Nos livros didáticos existem conteúdos relacionados à Educação Ambiental? De que

forma? ( ) Sim ( ) Não__________________________________________________________________________________________________________________________________________

6) Em quais disciplinas, os livros didáticos trazem conteúdos relacionados à EducaçãoAmbiental?

( ) Ciências ( ) Geografia( ) Português ( ) História( ) Biologia ( ) Outros

7) Os professores são incentivados e motivados para estarem desenvolvendo pequenosprojetos ou atividades ambientais com seus alunos? De que forma?

( ) Sim ( ) Não______________________________________________________________________________________________________________________________________

8) A escola possui área arborizada, horta ou outros espaços que podem ser utilizados paratrabalhar a Educação Ambiental? 

( ) Sim ( ) Não

9) Na escola existe o processo de separação de lixo produzido pela comunidade escolar? 

( ) Sim ( ) Não10) Os professores realizam atividades com os alunos fora da escola para trabalhar a

realidade local sobre as questões ambientais? De que forma?( ) Sim ( ) Não

________________________________________________________________________________________________________________________________________

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11) Dos locais abaixo relacionados, assinale quais já foram visitados pelos alunos soborientação dos professores.

( ) Trilhas em chácaras; ( ) Parque Areião;

( ) Parque Vaca Brava ;( ) Bosque dos Buritis;( ) Parque Mutirama;( ) Nascentes de rios e córregos;( ) Jardim Zoológico;( ) Sistema de Tratamento e Abastecimento de Água – SANEAGO;( ) Estação de Tratamento de Esgoto – ETE;( ) Aterro Sanitário;( ) Outros locais não citados ______________________________

12) Quais os meios utilizados pela escola, para desenvolver atividades com os alunos sobre

Educação Ambiental?( ) Teatro( ) Desenhos( ) Cartilhas( ) Passeios( ) Painéis Educativos( ) Vídeos( ) Palestras( ) Brincadeiras( ) Músicas( ) Debates( ) Coleta e separação do lixo( ) Outros ________________________________________

Obrigado!

Você pode utilizar este espaço em branco para acrescentar alguma informação que acharnecessário.______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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