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Modelo de Apostila de Fundamentos de Redes

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Modelo de Apostila de Fundamentos de Redes

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Código: 081022A Autor: Geraldo Russo Filho

Fundamentos de Redes 

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I

Índice 

Apresentação ........................................................................................................................................................ 1 Objetivos ............................................................................................................................................................... 1 Unidade I – Conceitos Básicos de Rede .................................................................................................................. 2 Aula 01 – Redes de Computadores......................................................................................................................... 3

Por que a Rede? ............................................................................................................................................................................ 3 O mercado do profissional de redes ............................................................................................................................................. 3 O que são redes de computadores ............................................................................................................................................... 3 LANs, MANs e WANs..................................................................................................................................................................... 4 Utilizando uma rede...................................................................................................................................................................... 6

Aula 02 – Tipos de Rede......................................................................................................................................... 9 Classificação dos tipos de redes.................................................................................................................................................... 9 Redes baseadas em Cliente/Servidor.......................................................................................................................................... 11 Redes Cabeadas e Sem Fio.......................................................................................................................................................... 13

Aula 03 – Elementos de uma rede........................................................................................................................ 14 Elementos da rede ...................................................................................................................................................................... 14 Cliente ......................................................................................................................................................................................... 14 Servidor ....................................................................................................................................................................................... 14 Usuários ...................................................................................................................................................................................... 14 Administrador ............................................................................................................................................................................. 15 Placas Adaptadoras de Rede....................................................................................................................................................... 15 Cabeamento de rede................................................................................................................................................................... 18 Cabo Coaxial................................................................................................................................................................................ 19 Cabo Par‐Trançado...................................................................................................................................................................... 20 Cabo de Fibra Óptica................................................................................................................................................................... 24 Escolha do tipo de cabeamento.................................................................................................................................................. 25 Sistemas operacionais de rede ................................................................................................................................................... 26 Protocolos ................................................................................................................................................................................... 26 Topologia..................................................................................................................................................................................... 26 Barramento ................................................................................................................................................................................. 27 Estrela ......................................................................................................................................................................................... 28 Anel ............................................................................................................................................................................................. 29 Malha .......................................................................................................................................................................................... 31 Sem Fio........................................................................................................................................................................................ 31 Topologias híbridas ..................................................................................................................................................................... 33 Backbones e Segmentos ............................................................................................................................................................. 34 Selecionando a topologia correta ............................................................................................................................................... 35

Aula 04 – Atividades ............................................................................................................................................ 35 Unidade II – Padronização da Comunicação ......................................................................................................... 39 Aula 05 – Padronização da Comunicação ............................................................................................................. 40

Porque Padronizar ...................................................................................................................................................................... 40 Exemplo de Padronização ........................................................................................................................................................... 40 Quem Padroniza.......................................................................................................................................................................... 41 Conceito de Camadas.................................................................................................................................................................. 41

 

 

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II 

Aula 06 – Modelos de Referência......................................................................................................................... 44 Modelo OSI.................................................................................................................................................................................. 44 A relação entre as camadas ........................................................................................................................................................ 45 Detalhamento das camadas OSI ................................................................................................................................................. 47 O Modelo TCP/IP......................................................................................................................................................................... 49 A camada inter‐redes.................................................................................................................................................................. 49 A camada de transporte.............................................................................................................................................................. 49 A camada de aplicação................................................................................................................................................................ 49 A camada Host/rede ................................................................................................................................................................... 49 Comparação entre os Modelos OSI e TCP/IP .............................................................................................................................. 50 O comitê 802............................................................................................................................................................................... 51

Aula 07 – Atividades ............................................................................................................................................ 52 Unidade III – Protocolos de Rede ......................................................................................................................... 55 Aula 08 – Protocolos ............................................................................................................................................ 56

O que são protocolos .................................................................................................................................................................. 56 Como trabalham os protocolos................................................................................................................................................... 57 Pilhas de protocolos mais comuns.............................................................................................................................................. 57 Classificação de protocolos ......................................................................................................................................................... 57

Aula 09 – Protocolos de Mercado ........................................................................................................................ 59 Protocolos de mercado ............................................................................................................................................................... 59 Endereçamento TCP/IP ............................................................................................................................................................... 62 O que é o endereço IP................................................................................................................................................................. 62 Classes de endereçamento ......................................................................................................................................................... 63 Máscaras de Sub Rede ................................................................................................................................................................ 64

Aula 10 – Atividades ............................................................................................................................................ 65 Unidade IV – Expansão e Segmentação de Rede .................................................................................................. 67 Aula 11 – Expansão e Segmentação ..................................................................................................................... 68

Introdução................................................................................................................................................................................... 68 Aula 12 – Componentes de Expansão e Segmentação .......................................................................................... 69

Repetidor .................................................................................................................................................................................... 69 Hubs ............................................................................................................................................................................................ 69 Bridges......................................................................................................................................................................................... 70 Switch ou Comutador.................................................................................................................................................................. 71 Roteador ..................................................................................................................................................................................... 71 Híbrido......................................................................................................................................................................................... 72 Nova Geração de Roteadores ..................................................................................................................................................... 73

Aula 13 – Atividades ............................................................................................................................................ 74 Unidade V – Transmissões de Dados .................................................................................................................... 76 Aula 14 – Tipos de Sinais...................................................................................................................................... 77

Sinais Analógicos ......................................................................................................................................................................... 77 Sinais Digitais............................................................................................................................................................................... 77 Digitalização ................................................................................................................................................................................ 78

Aula 15 – Métodos de Acesso .............................................................................................................................. 80 A missão dos métodos de acesso................................................................................................................................................ 80

Aula 16 – Atividades ............................................................................................................................................ 81  

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III

Unidade VI – Transmissões de WAN .................................................................................................................... 83 Aula 17 – Comutação ........................................................................................................................................... 84

O que é comutação ..................................................................................................................................................................... 84 Comutação por pacotes .............................................................................................................................................................. 85 Multiplexador.............................................................................................................................................................................. 86 Roteamento ................................................................................................................................................................................ 87 Vetor de distância ....................................................................................................................................................................... 87 Estado de enlace ......................................................................................................................................................................... 87

Aula 18 – Atividades ............................................................................................................................................ 88 Unidade VII – Redes sem fio ................................................................................................................................ 90 Aula 19 – Redes sem fio ....................................................................................................................................... 91

O que são redes sem fio?............................................................................................................................................................ 91 Onde usar uma rede Wireless e por quê?................................................................................................................................... 91 Vantagens da rede Wireless........................................................................................................................................................ 91 Padrões Wireless......................................................................................................................................................................... 92 Cobertura dos Padrões ............................................................................................................................................................... 95 Critérios para escolha e as tendências do mercado.................................................................................................................... 96

Aula 20 – Redes Wireless INDOOR ....................................................................................................................... 97 Configurações Básicas de uma rede INDOOR ............................................................................................................................. 97 HOTSPOT..................................................................................................................................................................................... 98 Elementos de uma rede Wireless INDOOR ................................................................................................................................. 99 Segurança de uma rede Wireless INDOOR ............................................................................................................................... 100

Aula 21 – Redes Wireless Outdoor ..................................................................................................................... 101 Aplicações da rede Outdoor...................................................................................................................................................... 101 Zona de Fresnel ......................................................................................................................................................................... 102 Conceitos dos Cálculos.............................................................................................................................................................. 102 Condições Ambientais............................................................................................................................................................... 103 Os Elementos da rede Outdoor................................................................................................................................................. 104 dBm, dB e dBi ............................................................................................................................................................................ 105

Aula 22 – Projetos e Site Survey......................................................................................................................... 106 Projetos ..................................................................................................................................................................................... 106 Site Survey................................................................................................................................................................................. 106

Aula 23 – Atividades .......................................................................................................................................... 108

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Apresentação 

Um  termo bastante  simples para descrever algo  complexo e que mudou os  caminhos da  sociedade mundial. No inicio da década de 80 as redes não passavam de mera pesquisa acadêmica, já no final da década de 80, em 1988, as redes  já  faziam parte do cenário universitário e de grandes empresas. Nos anos 90 as  redes de computadores e especialmente a  Internet,  já haviam se tornado uma realidade diária de milhões de pessoas. Mas estar conectado através de cabos com capacidade de altas taxas de transferências ainda não foi suficiente e então chegamos à era do wireless onde criamos ambientes que nos proporcionam a mobilidade e a  liberdade de se realizar tarefas que vão desde o nosso trabalho ao nosso entretenimento em qualquer  lugar ou ambiente que a rede esteja presente.  Apesar  da  indústria  da  informática  ser muito  jovem  se  comparada  a  setores  como  automóveis  ou  transportes aéreos, vimos o seu espetacular progresso em um curto período de tempo. Há 20 anos a ideia de se ter milhões de computadores interconectados era coisas de filme de ficção científica. Hoje, as aplicações comerciais, as aplicações domésticas  e  a mobilidade  fizeram  da  tecnologia  e  das  redes  o  objeto  que move  os  negócios,  a  diversão  e  o conhecimento humano. Na era das redes não importa onde estamos e sim o que sabemos. O trabalho em equipe nunca foi tão facilitado e decisivo para empresas e pessoas espalhadas pelo mundo. Projetos  são  realizados envolvendo equipes mundiais onde os aplicativos de rede integram as equipes como se estivessem em um mesmo ambiente de trabalho. Reconhecemos que a presença das  redes de  computadores é algo  irreversível na  sociedade humana e podemos acreditar que a  cada dia ela estará mais próxima de nós,  trazendo  conforto, agilidade e mobilidade para nossas atividades pessoais ou profissionais. Seja  bem‐vindo  ao  curso  de  Fundamentos  de  Redes,  no  qual  você  aprenderá  os  principais  conceitos  desta tecnologia que vem mudando o comportamento e a sociedade humana. 

 

Objetivos 

Apresentar conceitos tais como classificação de redes e elementos básicos de formação de uma rede.  Apresentar  as  topologias  principais  encontradas  no  projeto  de  uma  rede  e  também  as mídias  utilizadas  na 

implantação física.  Identificar os principais componentes adicionais encontrados numa rede de maior porte.  Apresentar o modelo conceitual de desenvolvimento das tecnologias de rede.  Expor os principais protocolos utilizados na comunicação de rede atualmente. 

  

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Unidade I – Conceitos Básicos de Rede 

Aula 01 ‐ Redes de computadores 

Por que a rede  O mercado do Profissional de redes.  O que são redes de computadores.  LANs, MANs e WANs  Utilizando uma rede 

Aula 02 ‐ Tipos de rede 

Classificação dos tipos de redes  Redes baseadas em Cliente / Servidor  Redes Cabeadas e Sem Fio 

Aula 03 ‐ Os elementos de uma rede de computadores 

Elementos da rede  Cliente  Servidor  Usuários  Administrador  Placas Adaptadoras de Rede  Cabeamento de rede  Cabo Coaxial  Cabo Par‐Trançado  Cabo de Fibra Óptica  Escolha do tipo de cabeamento  Sistemas operacionais de rede  Protocolos  Topologia  Barramento  Estrela    Anel  Malha  Sem Fio  Topologias híbridas  Backbones e Segmentos  Selecionando a topologia correta 

Aula 04 ‐ Atividades 

 

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Aula 01 – Redes de Computadores 

Por que a Rede? 

Em 1977 o então presidente da Digital Equipament Corporation, o segundo maior distribuidor de computadores do mundo  nesta  data  depois  da  IBM,  quando  perguntado  por  que  a  Digital  não  estava  seguindo  a  tendência  do mercado de computadores pessoais, declarou: “Não há nenhuma razão para qualquer indivíduo ter um computador pessoal em casa”. A história foi cruel com ele e a Digital não existe mais. Hoje vemos que a maior motivação para ter um computador em casa é para  ter acesso à  rede mundial de computadores. Podemos afirmar que utilizamos a rede para:  acesso a informações remotas;  comunicação entre pessoas;  entretenimento interativo;  comércio eletrônico;  compartilhamento de recursos computacionais;  e‐learning (Ensino a distância );  monitoramento remoto. Inúmeras são as razões para utilizarmos uma rede de computadores seja ela LAN, MAN ou WAN.  

O mercado do profissional de redes 

Em qual mercado o profissional de redes pode atuar? Esta talvez seja uma pergunta que você está fazendo desde o início deste curso. Mas, como hoje as redes estão em todos os lugares, o mercado é repleto de oportunidades. Algumas das áreas de destaque são empresas de TI, Bancos, Multinacionais, Universidades, Provedores, Portais de Internet e o mercado de consultoria.  Porém não se  iluda, o mercado é exigente e você deverá demonstrar um alto nível de conhecimento e continuar seus estudos com certificações e especializações na área se você planeja ser um profissional bem sucedido. Para avaliarmos o mercado podemos analisar empresas como a Cisco, a maior fabricante de roteadores do mundo, que  possui  um  faturamento  anual  de  12  Bilhões  de  dólares  e  prevê,  devido  a  grande  demanda  nacional,  um investimento de 5 bilhões de dólares no Brasil. Isso significa que a infra estrutura de redes no Brasil está em franco desenvolvimento  e  precisando  de  profissionais  capacitados  e  certificados,  portanto  não  perca  tempo,  pois  o caminho é longo, porém compensador. 

O que são redes de computadores 

Hoje, ouve‐se muito o termo “redes de computadores”, mas o que isto representa? Para entender melhor, visualize o seguinte cenário: Num  pequeno  escritório  de  uma  empresa  qualquer,  temos  3  ou  4  computadores  e  uma  impressora,  como representado na figura: 

 Cenário com computadores desconectados 

Neste  cenário observe que o usuário deseja  imprimir o documento  criado  em  seu  computador, mas não  tem  a impressora conectada no mesmo. Para imprimir, terá que abrir o documento no computador que tem a impressora instalada. Repare que  isto acontece porque, neste exemplo, não há uma  ligação qualquer entre o computador da pessoa e aquele computador que tem a impressora ligada. Observe agora o mesmo cenário, mas com uma ligação entre os computadores:  

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 Cenário com Computadores Conectados 

Neste  caso  a pessoa poderia  imprimir  seu documento  a partir do  computador onde o  criou, pois  com  a  ligação existente entre os computadores é possível enviar o documento até o computador que tem a impressora instalada. Esta ligação entre os computadores é o que denominamos de estrutura de rede de computadores ou simplesmente rede. Uma definição mais formal seria a seguinte: 

“Uma rede de computadores consiste em dois ou mais computadores  interligados através de um meio físico ou de ondas eletromagnéticas, permitindo que troquem informações entre si ou utilizem um recurso de forma compartilhada” 

O exemplo mostrado acima seria o de uma pequena rede de computadores  implantada em um escritório, mas as redes de computadores podem ter centenas, milhares e até milhões de computadores interligados. Hoje em dia temos as redes  interligando computadores em escritórios, empresas, casas, cidades e até mesmo em nível mundial, como é o caso da Internet. A Internet é a maior  interligação de redes de computadores do mundo, pois ela não é uma rede e sim uma interligação de várias estruturas de rede. A  grande  importância  de  uma  rede  é  permitir  o  acesso  à  informação  mesmo  que  estejamos  a  milhares  de quilômetros de distância.  Imagine um cenário em que um vendedor de uma grande empresa que está em São Paulo e para fechar um grande negócio ele precisa acessar o banco de dados de estoque da empresa que está localizado na China. O mero fato de ele estar a milhares de quilômetros de distância dos seus dados, não irá impedi‐lo de usá‐los como se fossem dados locais, isso graças as tecnologias de rede que põe fim as distâncias geográficas. Graças também a tecnologias de conexão sem fio, estes computadores podem estar fisicamente em qualquer lugar e ainda estar conectados a uma mesma rede. 

LANs, MANs e WANs 

Podem‐se classificar as redes de computadores em 3 grupos:  LAN (Local Area Network) – Rede Local;  MAN (Metropolitan Area Network) – Rede Metropolitana;  WAN (Wide Area Network) – Rede de Longa Distância. Esta  classificação  tem  a  finalidade  de  separar  a  abordagem  de  implantação  e  é  baseada não  só  em  tamanho  e distância, mas também na tecnologia aplicada. 

1.  Redes Locais – LANs Uma rede  local é aquela que ocupa um espaço físico  limitado de até algumas centenas de metros, e que utilizam meios de conexão de curta distância tais como cabeamentos e tecnologias sem fio de curta distância. É a típica rede encontrada dentro de uma empresa, escola, casa, prédio e até em um espaço aberto, desde que a tecnologia de conexão continue sendo de curta distância. De uma  sala de  escritório  até um  campus de universidade, onde os prédios  estão  conectados por  cabeamento, temos ainda um exemplo de rede local.  As redes Lans possuem três características que as distinguem das outras  redes:  tamanho;  tecnologia de transmissão;  topologia. As  Lans  têm  um  tamanho  restrito.  Isto  significa  que  sua  expansão  é  limitada  e  conhecida  com  antecedência. O conhecimento desse  limite permite a utilização de determinados  tipos de projetos, que em outras circunstâncias não seriam possíveis, o que simplifica o seu gerenciamento. As tecnologias de transmissão quase sempre consistem em um cabo, no qual todas as máquinas estão conectadas ou cada máquina ligada ao concentrador através de um cabo. 

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As  LANs admitem várias topologias como barramento, estrela e anel que serão abordadas mais adiante. 

 Exemplo de uma rede local ‐ LAN 

O  importante  de  uma  rede  local  é  que  as  tecnologias  utilizadas  são  simples  e  não  envolvem  a  área  de telecomunicações. 

2.  Redes Metropolitanas – MANs Uma rede metropolitana ou MAN abrange uma cidade.  Um bom exemplo de redes MANs são as redes de TV a cabo disponível em muitas cidades. Em principio os sistemas de TV a cabo eram utilizados somente para distribuição de canais fechados como esporte, notícias, filmes, culinária, etc. Porém a partir do momento em que a internet entrou em cena e atraiu uma audiência em massa, os operadores de TV a Cabo perceberam que com algumas mudanças na sua infraestrutura elas poderiam oferecer serviços de Internet. Nesse momento, os sistemas de TV a Cabo passaram a  se  transformar  em  uma  rede metropolitana.  Desenvolvimentos mais  recentes  de  acesso  à  internet  em  alta velocidade também resultaram em outros tipos de redes MANs. 

 Exemplo de uma rede metropolitana – WAN 

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3.  Redes de Longa‐Distância ‐ WANs Uma rede geograficamente distribuída ou WAN abrange uma grande área geográfica, com  frequência um país ou um continente. Uma Wan contém um conjunto de máquinas cuja finalidade e executar os programas (aplicações do usuário), essas máquinas que  a partir de  agora  chamaremos de hosts, estão  conectadas por uma  sub‐rede de  comunicação ou simplesmente sub‐rede. Os hosts pertencem aos usuários, enquanto a sub‐rede em geral pertence e é operada por empresas de telefonia ou por provedores de serviço da Internet. A tarefa da sub‐rede e transportar mensagens de um host para outro, assim como o sistema de telefonia transporta voz da pessoa que fala para a pessoa que ouve. Na maioria das redes WAN, a sub‐rede consiste em dois componentes distintos: linhas de transmissão e elementos de comutação. As linhas de transmissão transportam os bits entre as máquinas. Elas podem ser formadas por fios de cobre,  fibra óptica ou mesmo enlaces de rádio. Os elementos de comutação são os computadores especializados que conectam três ou mais linhas de transmissão. Quando os dados chegam a uma linha de entrada, o elemento de comutação deve escolher uma linha de saída para encaminhá‐lo. Esses computadores são chamados atualmente de roteadores. 

 Exemplo de uma rede de longa‐distância ‐ WAN 

Utilizando uma rede 

Já vimos que uma rede interliga computadores através de uma mídia de conexão e que o objetivo principal é o uso compartilhado de recursos. Mas como estes recursos são utilizados? Alguns exemplos de utilização de uma rede são mostrados a seguir: 

1.  Acesso a um site Web na Internet O cenário mostra um usuário acessando um site na  Internet através de uma conexão compartilhada na rede  local através de um sistema de Proxy / Firewall. 

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 Cenário de acesso a um site na Internet 

Neste cenário o procedimento do usuário seria o seguinte:  o usuário efetua um processo de logon (autenticação) no computador cliente fornecendo sua conta de usuário e 

uma senha secreta;  o sistema confere a conta do usuário e sua senha utilizando o computador Domain Controller Windows 2000 

que armazena todos os usuários do domínio;  uma vez autorizado o usuário acessa a área de trabalho do computador cliente;  o usuário abre o seu navegador de Internet – Internet Explorer;  digita no campo de endereço, o endereço do site que deseja acessar;  este endereço é passado para o sistema de Proxy / Firewall que efetua o acesso a este site na Internet e devolve 

o resultado para o computador cliente;  o usuário recebe no seu navegador a página Web acessada;  o usuário continua acessando outros sites na Internet através do mesmo procedimento;  finalmente o usuário fecha seu navegador. Repare que aqui também, para acessar a Internet, foi necessário primeiro, a identificação do usuário, pois o serviço de Proxy / Firewall só permite o acesso de usuários autorizados. 

2.  Envio de uma mensagem de correio eletrônico 

 Cenário de envio de mensagem de correio eletrônico 

 

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Neste  cenário  o  usuário  utilizará  um  servidor  de  correio  eletrônico  para  envio  de  uma  mensagem  para  um destinatário externo à empresa.  Neste cenário o procedimento do usuário seria o seguinte:  o usuário efetua um processo de logon (autenticação) no computador cliente fornecendo sua conta de usuário e 

uma senha secreta;  o sistema confere a conta do usuário e sua senha utilizando o computador Domain Controller Windows 2000 

que armazena todos os usuários do domínio;  uma vez autorizado o usuário acessa a área de trabalho do computador cliente;  o usuário abre seu aplicativo cliente de correio eletrônico – Outlook do Office;  o  aplicativo  se  conecta  automaticamente  com  a  caixa  postal  do  usuário  localizada  no  servidor  de  correio 

eletrônico Exchange Server;  o usuário compõe uma mensagem de correio eletrônico no aplicativo, endereçada a um destinatário  fora da 

empresa;  envia a mensagem;  a mensagem inicialmente vai até o servidor de correio eletrônico Exchange;  este se conecta ao servidor SMTP do destinatário na Internet e a mensagem é enviada a este servidor;  a mensagem chega à caixa postal de destino;  o usuário verifica que a mensagem foi entregue, pois não recebeu indicação de erro;  o usuário fecha o aplicativo. Repare que aqui também, foi necessário primeiro, a identificação do usuário, pois é através desta identificação que o servidor de correio Exchange localizou a caixa postal do usuário e permitiu o envio da mensagem. Estes são alguns exemplos de como uma rede é utilizada na empresa. 

3.  Outros exemplos de utilização de rede Podemos citar como outros exemplos de utilização de rede os seguintes cenários:  uma aplicação que se utiliza de dados localizados em um servidor de banco de dados;  uma conexão remota estabelecida desde a casa do usuário até a empresa;  a utilização de uma impressora conectada na rede para imprimir um documento;  a transmissão criptografada de dados confidenciais de um computador a outro;  a conexão segura entre a rede da empresa matriz e suas filiais espalhadas pelo país. Podemos ver com isso que uma rede tem várias utilizações no ambiente atual da informática no mundo hoje.  

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Aula 02 – Tipos de Rede 

Classificação dos tipos de redes 

Podemos classificar as redes quanto ao tipo da seguinte forma:  Redes Par a Par  Redes Baseadas em Cliente/Servidor 

Par‐a‐Par ou ponto‐a‐ponto? 

Peer‐to‐Peer é o termo em inglês para se referir às redes Par‐a‐Par. Ele é traduzido incorretamente para o português como ponto‐a‐ponto, e é utilizado com mais frequência que o termo Par‐a‐Par.  Uma rede peer to peer e constituída de computadores ou outros equipamentos que não possuem um papel fixo de cliente ou de servidor na rede. A característica principal desta rede é que não há distinção entre computadores clientes ou servidores, em outras palavras, um computador pode agir tanto como cliente quanto como servidor de acordo com a transação  iniciada por outro peer na rede.  Isso significa que os computadores podem ser considerados, de certa forma, iguais. Não iguais do ponto de vista de desempenho ou de hardware, mas  iguais na maneira como se comunicam e se relacionam na rede, e desta forma são tratados aos pares. Significa também que cada computador na rede tem a sua própria autonomia. Ele pode compartilhar os recursos que  possui  e  nesse  caso  ele  age  como  um  servidor,  e  pode  também  obter  ou  acessar  recursos  de  outros computadores, agindo como um cliente. 

1.  Características gerais de uma rede Par‐a‐Par As redes Par‐a‐Par possuem algumas características que lhe são peculiares e que as diferenciam das redes baseadas em servidor. 

Organização em Grupo de trabalho 

Um  Grupo  de  trabalho  é  uma  forma  lógica  de  organizar  usuários  e  computadores,  visando  principalmente  à segurança e localização dos computadores pertencentes a uma mesma rede.  Divide‐se  normalmente  uma  rede  local  em  grupos  de  trabalho,  incluindo  em  cada  grupo  os  computadores  que pertencem a este grupo de trabalho. Isto faz com que os usuários possam localizar as informações e recursos de que precisam na rede mais facilmente. Por exemplo, ao buscar um  recurso compartilhado na  rede, como um diretório ou uma  impressora,  inicialmente deve‐se  dirigir  ao  grupo  de  trabalho  (ao  qual  o  computador  do  usuário  pertence),  em  seguida  identifica‐se  o computador  do  usuário  e  depois  o  recurso  como  é  apresentado  na  tela  ao  lado,  dentro  de Windows  9.x.  Essa estrutura organizacional e utilizada para ambientes de rede com plataforma Windows. 

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 Exemplo de grupo de trabalho 

2.  Características de uma rede Par a Par 

Pequeno tamanho e baixo custo 

Uma rede Par‐a‐Par normalmente é uma rede pequena com uma média de até 20 computadores. É normalmente utilizada para atender as necessidades de pequenas empresas ou escritórios. Também é normalmente o modelo de uma rede doméstica, ou ainda de treinamentos em uma sala de aula.  As  redes  pequenas  têm  um  custo menor,  pois  se  utilizam  de  computadores  de  pequeno  porte  e  também  de sistemas operacionais clientes que são mais baratos. Também não exigem pessoal altamente especializado e nem a figura do administrador para realizar o seu gerenciamento.  

 Exemplo de rede par‐a‐par 

Baixa Segurança 

Pela própria organização de grupo de trabalho, as redes Par‐a‐Par tem mecanismos de segurança muito simples e de pouca eficácia. Normalmente,  o  ambiente  onde  é  implantado  não  exige  mecanismos  mais  sofisticados,  pois  em  pequenos escritórios ou até em ambientes caseiros a segurança é inexistente ou de baixa utilização. 

Usuários bem treinados 

Os usuários de uma rede Par‐a‐Par devem ser muito bem treinados na utilização do sistema operacional utilizado, pois eles são os administradores de seus computadores. 

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As principais tarefas que estes usuários devem desempenhar são as seguintes:  disponibilizar recursos para outros usuários na rede;  acessar recursos encontrados em outros computadores na rede;  realizar instalação e manutenção de softwares aplicativos;  instalar e configurar protocolos de rede (em alguns casos);  realizar tarefas de backup e manutenção de discos (em alguns casos). 

3.  A escolha de uma rede Par‐a‐Par Alguns dos fatores que devem ser considerados em um ambiente para a instalação de uma rede Par‐a‐Par são:  os computadores devem estar localizados em um mesmo local físico, mesma casa ou mesmo prédio;  a segurança da rede não deve ser considerada como um ponto relevante. Na rede Par‐a‐Par, como no caso do 

Windows 9.x, um usuário fornece no máximo uma senha para permitir acesso aos recursos de seu computador;  os usuários da rede atuarão como seus próprios administradores. Eles devem compartilhar os seus recursos;  a mídia de conexão será simples, sem utilização de dispositivos complexos como, por exemplo, roteadores;  não se espera crescimento imediato da rede. 

Sistemas operacionais 

Como exemplos de sistemas operacionais que implementam redes Par‐a‐Par temos:  Windows 9x  Windows NT Workstation  Windows 2000 Professional  Windows XP  Mac OS  Linux 

Redes baseadas em Cliente/Servidor 

A principal característica de uma rede baseada em servidor é a distinção existente entre computadores clientes e servidores. Numa rede baseada em servidor temos computadores dedicados apenas a agir como servidores. Geralmente esses servidores ficam instalados em lugares centralizados e são mantidos por um administrador. Por sua vez, os usuários da rede possuem em suas escrivaninhas máquinas mais simples que são chamadas de clientes, com as quais eles acessam dados e recursos centralizados nos servidores. Quando acessamos uma página da WEB é empregado este mesmo modelo de rede, com o servidor WEB fazendo o papel de servidor e o seu computador pessoal fazendo o papel de cliente. De acordo com a maioria das condições um único servidor pode cuidar de um grande número de clientes. Neste modelo de  rede  sempre  temos as aplicações  clientes e as aplicações  servidoras, que podemos  chamar de processo  cliente  e  processo  servidor.  Neste  processo  de  comunicação,  quando  um  cliente  quer  acessar  uma aplicação  no  servidor  a  comunicação  toma  a  forma  de  processo  cliente  enviando  uma mensagem  pela  rede  ao processo servidor, então o processo cliente aguarda por uma mensagem de resposta do processo servidor. Quando o processo servidor recebe a solicitação, ele executa o  trabalho solicitado pelo processo cliente ou procura pelos dados solicitados pelo processo cliente e envia de volta uma resposta. 

 Exemplo de um processo de rede baseada em cliente/servidor 

1.  Características gerais das redes baseadas em servidor Algumas características encontradas em redes baseadas em servidor: 

Administração centralizada 

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Na rede baseada em servidor tanto a administração quanto a segurança são centralizadas e gerenciadas por uma pessoa especializada denominada Administrador. Algumas tarefas realizadas por um administrador são:  administrar credenciais de usuários para identificação de acesso na rede;  controlar a permissão de acesso aos recursos no servidor;  realizar operações de backup (cópia de segurança dos dados);  planejar e proporcionar o crescimento da rede em função das necessidades da empresa e dos usuários. 

Alta Segurança 

A  segurança  é  uma  das  principais  razões  pelas  quais  uma  empresa  passa  a  utilizar  uma  rede  baseada  em cliente/servidor.  Numa  rede  baseada  em  cliente/servidor  o  administrador  cuida  da  segurança  dos  recursos  disponibilizados  no servidor e, portanto, pode monitorar mais de perto quem acessa ou não estes recursos. Isto é o ideal em grandes estruturas que necessitam de ambientes mais seguros e melhor controlados. Neste modelo  de  rede  normalmente  temos  um  processo  de  autenticação  de  usuários  que  necessitam  acessar recursos encontrados em servidores. Esta autenticação exige que somente usuários cadastrados tenham acesso aos servidores. Também cada recurso encontrado nos servidores é protegido por um conjunto de permissões de acesso, indicando que o usuário pode ter acesso a cada recurso e que nível de acesso é possível. 

Maiores tamanhos e custo mais elevado 

Uma rede baseada em servidor normalmente é utilizada em médios e grandes ambientes, indo de poucas máquinas até milhares de computadores espalhados pelo mundo. Para controlar este grande ambiente, são necessários servidores, estruturas físicas de rede e sistemas operacionais mais sofisticados, com isso aumentando significamente o custo total da solução. 

Organização em estruturas mais complexas tais como domínios 

Numa rede baseada em servidor temos estruturas de organização mais complexas do que grupos de trabalho, tais como, no caso de redes Microsoft, o conceito de domínio. Numa estrutura, como por exemplo, de domínio,  todos os computadores clientes, servidores e  também  todos os usuários  e  recursos  estão  debaixo  de  uma mesma  estrutura  lógica  que,  principalmente  garante  o  esquema  de segurança de acesso dentro da estrutura. 

 Exemplo de estrutura de domínio Windows Server 2003 

Nesta estrutura somente quem pertence e está cadastrado tem acesso aos recursos, garantindo assim que ninguém de fora possa ter acesso indevido. Estas estruturas muitas vezes formam‐se mundialmente.    

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2.  A escolha de uma rede baseada em Cliente/Servidor Alguns  dos  fatores  que  devem  ser  considerados  em  um  ambiente  para  a  instalação  de  uma  rede  baseada  em cliente/servidor são:  um possível crescimento da rede tanto em relação ao número de clientes quanto ao número de servidores;  necessidade de maior segurança de acesso a recursos e à própria rede;  estrutura envolvendo conectividade de redes MAN ou WAN;  serviços mais complexos e dedicados tais como correio‐eletrônico, banco de dados ou Internet. 

3.  Sistemas operacionais Como exemplos de sistemas operacionais que implementam redes baseadas em servidor, temos:  Windows NT Server  Windows 2000 Server  Windows Server 2003   Novell Netware  Linux  Unix 

Redes Cabeadas e Sem Fio 

As redes podem ser implantadas de duas formas:  Cabeadas  Sem Fio Nas redes cabeadas toda a infraestrutura de rede utiliza cabos para interligação dos ativos de rede. Ativos são todos os equipamentos que atuam na rede recebendo e emitindo sinais (switches, computadores, roteadores, etc.). Essa estrutura  segue padrões de  topologia,  arquiteturas e  tecnologias de  transmissão de dados que  serão estudados mais adiante neste material. Com a evolução das redes a necessidade de mobilidade aumentou e chegamos às redes sem fio.  Redes sem fio ou redes  wireless  são  redes  que  não  possuem  cabos  para  a  interligação  dos  clientes  finais  da  rede  no  caso  os computadores clientes. Uma característica das  redes wireless é que quase sempre estará  ligada a uma  rede cabeada, principalmente em casos que esta rede tenha acesso a uma infraestrutura maior como a Internet, por exemplo, sempre a estrutura de redes cabeadas estará presente fazendo parte da conexão das redes wireless. Existem várias tecnologias para implantação de uma rede wireless, e mais a frente temos uma unidade inteiramente dedicada a este modelo de rede. 

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Aula 03 – Elementos de uma rede 

Elementos da rede 

Para  a  constituição  de  uma  rede  temos  vários  elementos. Os  elementos  vão  de  hardware  a  softwares  que  são necessários para a implantação e utilização da rede. Os elementos básicos da rede são:  Cliente  Servidor  Usuários  Administrador  Placas de rede  Mídias  Modem   Sistemas operacionais de rede  Protocolos de rede  Topologia 

 Vamos a seguir detalhar cada um desses elementos para começarmos a identificar o papel de cada um no cenário da rede. 

Cliente 

Um cliente em uma rede corresponde a todo computador que busca a utilização de recursos compartilhados ou o acesso a  informações que  se encontram em pontos centralizados desta  rede,  também pode  ser conhecido como host. 

Servidor 

Um  servidor  em  uma  rede  corresponde  a  um  computador  que  centraliza  o  oferecimento  de  recursos  ou informações compartilhadas e que atende as requisições dos computadores clientes da rede. 

Usuários 

Os usuários  representam  a parte mais  importante da  rede,  pois  sem  eles não  teria  sentido  em  ter  as  redes de computadores. Todos os serviços desenvolvidos e implantados em uma rede de computadores são exclusivamente para atender as necessidades dos usuários. Portanto o papel do mesmo deve ser bem desenvolvido, pois ele pode fazer uma grande diferença no seu trabalho como administrador de rede. Um usuário bem treinado significa menos trabalho para o administrador da  rede e uma maior  segurança para a empresa. Políticas de uso e de  segurança sempre devem se fazer presentes no ambiente corporativo para ambos usuários e administradores consigam extrair o máximo beneficio da rede. 

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Administrador 

O administrador de uma rede corresponde à pessoa que cuida do gerenciamento e administração dos servidores e dos  recursos  compartilhados.  Ele  também  é  responsável  por  toda  a  segurança  de  acesso  na  rede. Dentre  suas atribuições podemos citar:  instalação e ampliação da rede local;  acompanhar o processo de  compra do material necessário para manutenção da  rede  local  junto  com o  SAT 

(Setor de Assistência Técnica), orientando o processo de compra e mantendo contato com os fornecedores de equipamentos e materiais de informática; 

instalar e configurar a máquina gateway da rede local seguindo as orientações "Normas de Utilização";  orientar  e/ou  auxiliar  os  administradores  das  sub‐redes  na  instalação/ampliação  da  sub‐rede;  manter  em 

funcionamento a rede local, disponibilizando e otimizando os recursos computacionais disponíveis;  executar serviços nas máquinas principais da rede  local, tais como: gerenciamento de discos, fitas e backup's, 

parametrização  dos  sistemas,  atualização  de  versões  dos  sistemas  operacionais  e  aplicativos,  aplicação  de correções e patches; 

realizar abertura, controle e fechamento de contas nas máquinas principais do domínio local, conforme normas estabelecidas; 

controlar  e  acompanhar  a  performance  da  rede  local  e  sub‐redes  bem  como  dos  equipamentos  e  sistemas operacionais instalados; 

propor a atualização dos recursos de software e hardware aos seus superiores;  manter atualizado os dados relativos ao DNS das máquinas da rede local;  divulgar informações de forma simples e clara sobre assuntos que afetem os usuários locais, tais como mudança 

de serviços da rede, novas versões de software, etc.;  manter‐se  atualizado  tecnicamente  através  de  estudos,  participação  em  cursos  e  treinamentos,  listas  de 

discussão, etc.;  garantir a  integridade e confidenciabilidade das  informações sob seu gerenciamento e verificar ocorrências de 

infrações e/ou segurança;  comunicar qualquer ocorrência de segurança na rede local que possa afetar a rede local e/ou Internet;  promover  a  utilização  de  conexão  segura  entre  os  usuários  do  seu  domínio.  Tendo  como  foco  principal  os 

serviços de Rede e equipamentos a que ele compete;  colocar em prática a política de segurança de redes, além de desenvolvê‐la. 

Placas Adaptadoras de Rede 

Para que um computador possa se conectar numa mídia de redes é necessário que exista uma expansão em seu hardware para permitir essa comunicação. Esta expansão é denominada placa adaptadora de rede e pode se apresentar de duas formas:  como uma placa de expansão conectada em um slot vazio do computador; 

  

Conector RJ-45 (Par Trançado)

Conector AUI Conector BNC (Cabo Coaxial)

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ou embutida na própria placa principal do computador. 

 Cada placa adaptadora de rede tem algumas características importantes, tais como:  barramento de conexão;  conector de mídia;  padrão;  velocidade;  driver;  endereço físico. Cada uma destas  características define  como uma placa  funciona  e  também determina  a  escolha de uma placa adequada para cada tipo de rede. 

1.  Barramento de conexão Uma placa adaptadora de rede na forma de uma placa de expansão pode se utilizar dos seguintes barramentos ou conexões com a placa principal do computador:  ISA – mais antigo, hoje em desuso;  PCI – o mais comum hoje em dia;  PCMCIA – apresenta‐se como cartões para uso em notebooks e palmtops;  USB – apresenta‐se como um adaptador externo.  

 2.  Conector de mídia Baseado  na  mídia  a  ser  utilizada,  cada  placa  adaptadora  de  rede  pode  apresentar  os  seguintes  conectores necessários para ligar a mídia  RJ45 – o mais comum utilizado com cabo de par‐trançado;  BNC – mais antigo, utilizado com cabo coaxial em desuso;  AUI – utilizado com adaptadores para coaxial ThickNet em desuso;  ST/SC – utilizados para fibra óptica. 

 

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3.  Padrão Um padrão também pode ser considerado a arquitetura de rede que será utilizada. Uma placa adaptadora de rede pode, hoje, utilizar um dos seguintes padrões de rede:  Ethernet – o mais comum – padrão de mercado;  Token Ring – mais antigo – em desuso;  FDDI – utilizado em redes de fibra óptica MAN;  WLAN – redes sem fio. 

 4.  Velocidade Dentro  de  cada  padrão  existem  diferentes  velocidades  de  transmissão  como,  por  exemplo,  no  caso  do  padrão Ethernet:  GigaBit Ethernet – 1000 Mbits/s;  Fast Ethernet – 100 Mbits/s;  Standard Ethernet – 10 Mbits/s. 

5.  Endereço físico Cada placa adaptadora de rede vem com um endereço já designado no fabricante, que unicamente  identifica esta placa dentro da rede. Este endereço é formado internamente como um número de 48 bits e visualizado externamente como um conjunto de 12 caracteres hexadecimais. Este  endereço  é  fornecido  pelo  fabricante  com  base  em  faixas  de  endereços  obtidas  do  IEEE,  que  é  um  órgão internacional para a definição de padrões para componentes eletro‐eletrônicos. O endereço físico também é denominado endereço MAC e é exclusivo de cada placa adaptadora de rede. Este endereço está associado a camada 2 do modelo OSI que veremos adiante. Um endereço MAC pode ser definido como:  02:2D:5E:00:31:03  Os  três  primeiros  octetos  são  destinados  à  identificação  do  fabricante,  os  três  posteriores  são  fornecidos  pelo fabricante. É um endereço universal, não existem, em todo o mundo, duas placas com o mesmo endereço. Apesar de ser predefinido pelo fabricante, este endereço pode ser modificado através de utilitários que geralmente 

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acompanham a placa. Para  haver  a  comunicação  entre  dois  computadores  os mesmos  têm  que  se  reconhecer  através  dos  endereços MACs de cada um, ou seja, para a máquina A se comunicar com a máquina B, a máquina A deverá saber o MAC da máquina B e a máquina B deverá saber o MAC da máquina A. O endereço MAC não pode ser configurado como FF‐FF‐FF‐FF‐FF, pois este endereço é reservado para operações de Broadcast (difusão de dados na rede). A utilização do endereço MAC pode ser demonstrada no seguinte procedimento:  ao receber um pacote de informação pela mídia, a placa adaptadora de rede examina este pacote;  na área inicial do pacote encontra‐se um campo que contém o endereço físico de destino deste pacote;  a placa adaptadora de  rede só aceita pacotes cujo endereço  físico de destino corresponda ao endereço MAC 

desta placa, ou corresponda a um pacote Broadcast (difusão) onde o endereço seja “FFFFFFFFFFFF”;  se não houver correspondência então o pacote é ignorado. Podemos então resumir que a função de uma placa adaptadora de rede é examinar todos os pacotes de informação que passam pela mídia e aceitar somente aqueles destinados ao computador que implementa esta placa. 

6.  Escolha da placa adaptadora de rede A  escolha  de  uma  placa  adaptadora  de  rede  basicamente  depende  do  tipo  da  rede  a  ser  implementada  e  das necessidades de velocidade e conexão. 

Cabeamento de rede 

Quando utilizamos o  termo “cabeamento de  rede” estamos nos  referenciando ao conjunto  formado pelos meios guiados de transmissão como os fios de cobre e os cabos de fibra óptica, e os demais acessórios que compõem este cenário e são responsáveis pela interligação dos diversos dispositivos componentes de uma rede com o objetivo de transferir algum tipo de informação entre os dispositivos. De uma maneira geral a função de qualquer meio de transmissão é carregar o fluxo de informação através da rede, ficando essa capacidade de transmissão limitada apenas pelas características particulares de cada meio. Dentre as características do cabeamento metálico, que devemos observar ao montar uma rede podemos destacar como mais importantes a resistência e a impedância. A  resistência  representa a perda de energia que um sinal sofre ao  trafegar por um meio metálico. Através desse parâmetro que se discute não só a taxa de transmissão como a distância máxima permitida, qualquer que seja o tipo do meio metálico. A  impedância  é uma  característica  elétrica  complexa que  envolve  a  resistência  e  a  reatância  e que  só pode  ser medida com equipamentos apropriados. Os cabos de rede devem ter uma impedância especifica para que possam funcionar com os componentes elétricos das placas de  interface. A correta  impedância do cabo evita a perda de sinal e as interferências. A distância entre dois condutores, o tipo de isolamento e outros fatores especificam uma determinada impedância elétrica para cada tipo de cabo. Os fabricantes hoje respeitam normas  internacionais para a fabricação de cabos de redes. Convém salientar que o desempenho da rede não é expresso por sua taxa de transmissão em bits, mas sim por sua banda de frequência de operação. Por esse motivo, dentro dos padrões de cabeamento foram criados grupos de especificações chamados “categorias” ou “níveis”, que definem a aplicação dos cabos e conectores em  função da banda de  frequência de operação. Quanto maior  for  a  classificação do  cabo ou  acessório,  tanto maior  é  a  sua  capacidade de  transmitir dados. O processo de cabeamento corresponde a conectar  todos os computadores numa  rede utilizando o  tipo de cabo correto em cada situação diferente que se encontrar. Para cabear as redes, podem‐se usar os seguintes tipos de cabos:  Coaxial;  Par‐Trançado;  Fibra Óptica. Cada um dos tipos de cabos tem suas vantagens e desvantagens. Também cada tipo tem sua aplicação específica. 

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Cabo Coaxial 

Inicialmente o cabo coaxial é o tipo de mídia mais antigo, utilizado nas primeiras redes  locais de computadores e para  transmissão  a  longa  distância  nos  sistemas  de  transmissão  das  concessionárias  de  telefonia  fixa.  Hoje praticamente já não encontramos redes com este tipo de cabo. O  cabo  coaxial  se  caracteriza  por  ter  apenas  um  núcleo  condutor  central,  protegido  por  um  protetor  isolante envolto por um condutor cilíndrico na forma de malha entrelaçada que age como uma blindagem ou aterramento e tudo coberto por uma capa plástica protetora. O cabo coaxial é também muito utilizado em outras áreas tais como sonorização e Tv/Vídeo. 

 Na área de redes o cabo coaxial se apresenta em duas formas:  Coaxial ThinNet;  Coaxial Thicknet. 

1.  Coaxial ThinNet Cabo  coaxial  fino  ou  ThinNet,  é  também  conhecido  como  cabo  coaxial  banda  base,  “ThinEthernet”  ou  10Base2 (10=taxa de tranmissão 10 Mbps, Base=Banda Base, 2=Comprimento 200Mts). É mais encontrado nas redes internas por ser mais fino (de onde sai o nome Thin – Fino) e mais fácil de ser manuseado. 

 É utilizado para transmissão digital possuindo  impedância característica de 50 Ohms. Foi a mídia mais empregada nas redes  locais na década de 80. O conector utilizado neste tipo de cabo é o conector BNC que preso a ponta de um cabo é conectado em outro conector denominado T BNC, o qual vai conectado à placa adaptadora de rede. Outra característica importante é a necessidade da presença do Terminador nos últimos conectores T BNC em cada uma das pontas da rede. Este  terminador  interrompe a  transmissão do sinal, evitando que o sinal retorne e gere uma colisão na rede anulando toda a transmissão da rede. Esta característica de interromper o sinal em uma ponta é a razão de se incluir ou retirar um computador da rede, ter  toda a  transmissão de  rede  interrompida até o  computador  ser  incluído ou  removido e os  cabos novamente conectados. 

2.  Cabo ThickNet O cabo ThickNet foi menos utilizado em redes, principalmente pela dificuldade de manuseio por ser um cabo mais grosso (de onde deriva o nome – Thick – Grosso), também é conhecido como Thick Ethernet ou 10Base5 (10=taxa de  transmissão 10 Mbps, Base=Banda Base, 5=Comprimento 500Mts). Sua  composição  se assemelha ao ThinNet diferenciando‐se na espessura que chega aos 10mm. Em redes locais, para fazer uma divisão da banda em dois canais ou caminhos é utilizado:  Tranmissao(Inbound);  Recepção(Outbound).  As principais características das redes locais utilizando este tipo de cabo estão na utilização para integração dos 

serviços de voz, dados e imagens chegando também a automação de escritórios. 

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O cabo ThickNet utiliza os chamados conectores do tipo Vampiro que na verdade são transceptores que convertem o sinal para um outro cabo denominado AUI que é ligado à placa adaptadora de rede de cada computador. 

 3.  Comparativo entre cabos coaxiais ThinNet e ThickNet A seguinte tabela indica as velocidades e distâncias máximas por especificação dos cabos do tipo coaxial: 

Tipo  Velocidade  Distância Máxima  Transmissão  Topologia 

ThinNet  10 Mbps  185m  Banda Base  Barramento 

ThickNet  10 Mbps  500m  Banda Base  Barramento 

4.  Preparação do cabo tipo coaxial Para preparar um cabo coaxial é necessário utilizar um alicate especial que corta e prende o cabo. Este processo é denominado “crimpar” o cabo. 

 A  situação  atual  deste  tipo  de  cabo  é  o  seu  total  desuso  devido  as  limitações  de  velocidade  e  dificuldade  de instalação devido a  rigidez que os mesmos apresentam, principalmente o ThickNet. Dificilmente você encontrará redes  com  este  tipo  de  cabeamento,  mas  caso  ainda  encontre  é  um  bom  começo  para  aplicar  os  seus conhecimentos e sugerir a sua troca. 

Cabo Par‐Trançado 

O  cabo  par‐trançado  é  o  padrão  mais  utilizado  hoje  em  dia,  por  causa  principalmente  de  sua  facilidade  de manipulação e das taxas de transmissão por eles alcançadas. O cabo par‐trançado recebe este nome por ser formado de 4 pares de fios trançados par‐a‐par num total de 8 fios que transmitem a informação pela rede. Esta forma de cabo deriva da utilização em telefonia (no caso da telefonia são apenas 2 pares) No caso da utilização em rede podem ser divididos em 2 tipos:  UTP (unshielded twisted pair) – não blindado;  STP (shielded twisted pair) – blindado. 

 

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1.  UTP Cabo de par trançado não blindado (UTP) é um meio de fio de quatro pares usado em uma variedade de redes. Cada um dos 8  fios  individuais de  cobre no  cabo UTP é  coberto por material  isolante. Além disso,  cada par de  fios é trançado em volta de  si. Esse  tipo de  cabo usa apenas o efeito de  cancelamento, produzido pelos pares de  fios trançados para  limitar a degradação do  sinal causada por EMI e RFI. Para  reduzir ainda mais a diafonia entre os pares no cabo UTP, o número de trançamentos nos pares de fios varia. Como o cabo STP, o cabo UTP deve seguir especificações precisas no que se refere à quantidade de torcidas ou trançados que são permitidos por metro de cabo.  

   O cabo UTP pode ser dividido em categorias, sendo que as mais utilizadas são as categorias 3, 5 e 5e. A seguinte tabela descreve as categorias e sua aplicação: Categoria  Descrição  Velocidade 

3  4 pares trançados, mas utiliza‐se apenas 2 pares  10 Mbps 

5  4 pares trançados  100 Mbps 

5e  4 pares trançados com fios de alta qualidade  Aprox. 200 Mbps 

6  4 pares trançados com isolamento mais avançado  Aprox. 600 Mbps 

7  Múltiplos pares com isolamento individual por fio (nova muito rara)  Aprox. 1 Gbps  O cabo categoria 5 segue um padrão de cores conforme o seguinte: 

Par  Cor Azul e Branco 

1 Azul 

Laranja e Branco 2 

Laranja Verde e Branco 

3 Verde 

Marrom e Branco 4 

Marrom 

Dicas: 

Esta sequência apenas mostra a ocorrência das cores e não a sequência de montagem no conector. 

2.  STP O cabo de par  trançado blindado  (STP) combina as  técnicas de blindagem,  cancelamento e  trançamento de  fios. Cada par de  fios é envolvido por uma malha metálica. Os dois pares de  fios  são  totalmente envolvidos por uma malha ou folha metálica. Geralmente é um cabo de 150 Ohm. Conforme especificado para utilização nas instalações de rede Token Ring, o STP reduz o ruído elétrico dentro dos cabos como ligação dos pares e diafonia. O STP reduz também ruídos eletrônicos externos dos cabos, por exemplo, a interferência eletromagnética (EMI) e interferência da frequência de rádio (RFI). O cabo de par trançado blindado compartilha muitas das vantagens e desvantagens do cabo de par  trançado não blindado  (UTP). O  STP oferece maior proteção  contra  todos os  tipos de  interferência externa, mas é mais caro e difícil de instalar do que o UTP.  

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 Um novo híbrido do UTP como o STP tradicional é o Screened UTP (ScTP), também conhecido como Foil Twisted Pair (FTP). O ScTP é basicamente o UTP envolvido em uma blindagem de folha ou malha metálica. ScTP, como o UTP, também  é  um  cabo  de  100 Ohm. Muitos  instaladores  e  fabricantes  de  cabos  podem  utilizar  o  termo  STP  para descrever cabeamento ScTP. É importante entender a maioria das referências feitas a STP hoje na verdade referem‐se a cabeamento blindado de quatro pares. É altamente  improvável que o verdadeiro cabo STP seja usado em um trabalho de instalação de cabos.  Os materiais  da  blindagem metálica  no  STP  e  no  ScTP  precisam  estar  aterrados  nas  duas  extremidades.  Se  o aterramento for feito incorretamente ou se houver qualquer descontinuidade no comprimento inteiro do material blindado, o STP e o ScTP podem se  tornar  suscetíveis a grandes problemas de  ruído. Eles  são  suscetíveis porque permitem que a blindagem  funcione como uma antena captando sinais  indesejados. Entretanto, esse efeito atua nas duas direções. A blindagem não só impede que as ondas eletromagnéticas entrantes causem ruído nos fios de dados, mas também minimiza a saída das ondas eletromagnéticas  irradiadas. Essas ondas poderiam causar ruídos em outros dispositivos. Os cabos STP e ScTP não podem percorrer distâncias tão longas como outros meios de rede como cabo coaxial ou fibra óptica, sem que o sinal seja repetido. Mais  isolamento e blindagem se combinam para aumentar consideravelmente o tamanho, peso e custo do cabo. Os materiais de blindagem tornam as terminações mais  difíceis  e  suscetíveis  a  más  práticas  de  instalação.  Entretanto,  o  STP  e  o  ScTP  ainda  têm  seu  lugar, especialmente na Europa ou em instalações onde EMI e RFI são intensos próximo ao cabeamento. 

3.   Velocidades e distâncias O cabo de par‐trançado é utilizado nas seguintes tecnologias Ethernet:  Standard Ethernet  Fast Ethernet  Gigabit Ethernet Em qualquer uma destas  tecnologias a distância máxima entre os pontos de conexão não pode ultrapassar 100m por especificação. A seguinte tabela mostra as velocidades atingidas em cada tecnologia: 

Tecnologia  Velocidade 

Standard Ethernet  10 Mbps 

Fast Ethernet  100 Mbps 

Gigabit Ethernet  1 Gbps 

4.  Conectores O cabo de par trançado usa o conector RJ‐45 padrão com 8 pinos. O cabo é montado com um conector em cada extremidade utilizando um padrão de montagem conforme normas definidas pela TIA/EIA. Existem vários padrões de montagem, mas o mais importante é seguir o mesmo padrão em toda a  rede e principalmente nas duas extremidades do  cabo. As  tabelas mostram os padrões mais utilizados, o TIA/EIA T568A e T568B. 

 T568A 

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Número Pino  Par  Uso  Cor 

1  3  Transmite  Branco com verde 

2  3  Recebe  Verde 

3  2  Transmite  Branco com laranja 

4  1  Recebe  Azul 

5  1  Transmite  Branco com azul 

6  2  Recebe  Laranja 

7  4  Transmite  Branco com marrom 

8  4  Recebe  Marrom  T568B Número Pino  Par  Uso  Cor 

1  3  Transmite  Branco com Laranja 

2  3  Recebe  Laranja 

3  2  Transmite  Branco com Verde 

4  1  Recebe  Azul 

5  1  Transmite  Branco com azul 

6  2  Recebe  Verde 

7  4  Transmite  Branco com marrom 

8  4  Recebe  Marrom  Os padrões acima são utilizados na conexão de computadores e dispositivos, tais como hubs ou switches. Quando é necessário ligar dois computadores diretamente um ao outro, ou dois dispositivos um ao outro, utiliza‐se o  conceito  de  cabo  crossover  que  é  a  inversão  de  uma  das  pontas  do  cabo  entre  os  pinos  que  transmitem  e recebem. Para se conseguir isso fazemos uma ponta no padrão T568A e a outra ponta no padrão T568B. 

5.  Preparação do cabo de par‐trançado O cabo de par‐trançado também é preparado utilizando‐se um alicate especial que efetua a “crimpagem” do cabo. Podemos utilizar  também  testadores para  checar  se  a  crimpagem do  cabo  está  correta  e  se o mesmo não está fechando curto entre os pares. 

                                                           Exemplo de Testador de cabo UTP/STP         Exemplo de Alicate de Crimpar cabos UTP/STP 

     

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Cabo de Fibra Óptica 

Este é um  tema que  será estudado mais profundamente para  se entender o processo de  transmissão de dados através da fibra óptica.  A luz usada nas redes de fibra óptica é um tipo de energia eletromagnética. Quando uma carga elétrica se desloca para lá e para cá, ou acelera, é produzido um tipo de energia conhecida como energia eletromagnética. Esta energia na  forma de ondas pode deslocar‐se através de um vácuo, o ar, e através de alguns materiais como vidro. Uma propriedade importante de qualquer onda de energia é o comprimento de onda. 

 O comprimento de uma onda eletromagnética é determinado pela frequência com que a carga elétrica que gera a onda se desloca para ambos os  lados. Se a carga se desloca  lentamente, o comprimento da onda que é gerada é longo.  Imagine  o  movimento  de  uma  carga  elétrica  como  sendo  um  objeto  em  uma  piscina.  Se  o  objeto  é movimentado  lentamente de um  lado a outro, serão geradas ondas na água com um comprimento de onda  longo entre os picos das ondas. Se o objeto é movimentado de um  lado a outro com maior rapidez, as ondas terão um comprimento de onda mais curta. Os  olhos  humanos  só  podem  perceber  a  energia  eletromagnética  com  comprimento  de  ondas  entre  700  e  400 nanômetros (nm). Um nanômetro é um bilionésimo de um metro (0,000000001 metro) de comprimento. A energia eletromagnética com comprimento de onda entre 700 e 400 nm é conhecida como luz visível. Os comprimentos de onda mais longos de luz de mais ou menos 700 nm são visualizados como cor vermelha. Os comprimentos de onda mais curtos, mais ou menos 400 nm aparecem como a cor violeta. Esta parte do espectro eletromagnético é visto como as cores de um arco‐íris. Estes comprimentos de onda que não são visíveis aos olhos humanos são usados para transmitir dados através de fibra  óptica.  Esses  comprimentos  de  onda  são  levemente  maiores  que  a  luz  vermelha  e  são  chamadas  luz infravermelha. A  luz  infravermelha é usada em controles remotos de TV. O comprimento de onda de  luz na  fibra óptica é 850 nm, 1310 nm ou 1550 nm. Esses comprimentos de onda foram selecionados, pois se propagam pela fibra óptica melhor que outros comprimentos de onda. Um sistema de transmissão óptica tem três componentes fundamentais:  a fonte de luz;  o meio de transmissão;  o detector. Por convenção, um pulso de luz indica um bit 1, e a ausência de luz indica um bit 0 (zero). O meio de transmissão é uma  fibra  de  vidro  ultrafina.  O  detector  gera  um  pulso  elétrico  quando  entra  em  contato  com  a  luz. Quando instalamos uma fonte de  luz em uma extremidade de uma fibra óptica e um detector na outra, temos um sistema de  transmissão de dados unidirecional que aceita sinal elétrico, converte o sinal e o  transmite por pulsos de  luz; depois, na extremidade de recepção, a saída é convertida em um sinal elétrico. As fibras podem ser classificadas de acordo com a forma com que a luz se reflete em seu interior, elas podem ser:  Monomodo  Multimodo Basicamente a diferença entre elas está na forma de reflexão da luz em seu interior, sendo que a fibra monomodo ou  modo  único  são  mais  caros,  mas  são  amplamente  utilizadas  em  longas  distâncias.  As  fibras  monomodo disponíveis  enquanto  este  material  está  sendo  escrito  podem  transmitir  dados  a  50Gbps  por  100Km  sem amplificação. Foram obtidas taxas de dados ainda maiores em laboratórios para distâncias mais curtas. 

 

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A fibra de vidro é coberta por outra camada de vidro que tem a função de espelhar o sinal de luz para o núcleo de fibra, impedindo assim o sinal de luz de dissipar pelas laterais da fibra. Em torno dessa camada existem fios de uma fibra denominada Kevlar que tem a função de dar resistência ao cabo contra a ruptura por esticamento e também funciona como isolante térmico. Recobrindo toda esta estrutura está uma camada de proteção externa plástica.  O  cabo  de  fibra  óptica  só  transmite  em  uma  direção,  portanto  é  sempre  encontrado  aos  pares,  um  cabo transmitindo em uma direção (TX) e o outro recebendo na direção oposta (RX). Uma característica  importante dos cabos de  fibra óptica é que não está  sujeita a  interferência eletro‐magnético, portanto ideal para utilização em ambientes com muita interferência tais como hospitais e chão de fábrica, ou até em ambientes externos. Outra  característica  importante  é  que  os  cabos  de  fibra  óptica  não  podem  ser  “grampeados”,  ou  seja,  serem monitorados por algum sistema de captura de sinal pela borda do cabo, pois não geram o campo eletro‐magnético que é monitorado em outros tipos de cabos. 

1.  Conectores Existem vários conectores para utilização com fibra óptica e os principais utilizados são os conectores ST e SC. 

 A tarefa de instalar os conectores nos cabos é bastante complexa, portanto, normalmente os cabos são adquiridos prontos na medida adequada. 

2.  Velocidade e distâncias Os cabos de fibra óptica atingem distâncias bem maiores do que os outros cabos. Estas distâncias dependem dos tipos de cabos utilizados:  Cabos Multimode atingem até 2 km  Cabos Singlemode atingem até 100 km Assim como os cabos de par‐trançado, o cabo de fibra óptica é utilizado nas seguintes tecnologias Ethernet:  Standard Ethernet  Fast Ethernet  Gigabit Ethernet A seguinte tabela mostra as velocidades atingidas em cada tecnologia: 

Tecnologia  Velocidade 

Standard Ethernet  10 Mbps 

Fast Ethernet  100 Mbps 

Gigabit Ethernet  1 Gbps 

Apesar destes limites o cabo de fibra óptica pode ser usado em velocidades maiores tal como na tecnologia ATM de até 622 Mpbs. Testes em laboratório, já mostraram que este cabo pode suportar velocidades de até 200 Gpbs. 

Escolha do tipo de cabeamento 

A escolha do tipo de cabeamento leva normalmente em consideração vários fatores, sendo que os principais são:  Custo;  facilidade de manuseio e implantação;  ambiente de operação;  segurança;  distâncias;  velocidades softwares. 

  

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Sistemas operacionais de rede 

No projeto das primeiras  redes de computadores, o hardware  foi a principal preocupação e o software  ficou em segundo plano. Essa estratégia foi deixada para trás. Atualmente todos os sistemas operacionais estão habilitados para executarem suas tarefas em rede. As aplicações de gestão empresarial seguem o mesmo caminho com uma forte  tendência  para  se  tornarem  aplicações  cliente/servidor,  trazendo  assim  as  tecnologias  de  Internet  para  o gerenciamento empresarial, criando as  Intranets e as Extranets. Os sistemas operacionais evoluem a cada versão melhorando a segurança e trazendo mais ferramentas para o trabalho colaborativo e com grande mobilidade para compartilhamento de informações e serviços. 

Protocolos 

Para que ocorra a comunicação entre duas máquinas, ambas devem possuir o mesmo tipo de codificação de dados. Os protocolos desenvolvem o papel de um “idioma” dentro da rede, ou seja, ambos os computadores tem que falar o mesmo “idioma” para que possam trocar informações dentro da rede. Se  os  computadores  falarem  “idiomas”  diferentes  ambos  não  conseguirão  se  comunicar  dentro  da  rede. Dessa forma o papel dos protocolos é fundamental na comunicação entre os computadores. Existem muitos protocolos, porém, hoje o mais importante deles é o TCP/IP que iremos destacá‐lo mais adiante, e posteriormente você poderá fazer um curso exclusivo para entender toda a suíte deste protocolo. 

Topologia 

A topologia de uma rede descreve como é o layout do meio através do qual há o tráfego de informações, e também como os dispositivos estão conectados a ele. Há várias  formas nas quais se podem organizar a  interligação entre cada um dos nós (computadores) da rede.  Topologias podem ser descritas fisicamente e logicamente.  A  topologia  física é a verdadeira aparência ou  layout da  rede, enquanto que a  lógica descreve o  fluxo dos dados através da rede. A  forma  de  realizar  uma  tarefa  pode  tornar  um  processo  mais  eficiente.  Computadores  conectam‐se  para compartilharem  recursos e promoverem  serviços para  toda a  rede. A  forma de  conectar  computadores em  rede pode torná‐los mais eficientes nas atividades de rede. A topologia de uma rede pode afetar o seu desempenho e sua capacidade. Montar  ou  organizar  uma  rede  não  é  um  processo  muito  simples.  Devem‐se  combinar  diferentes  tipos  de componentes, a escolha do sistema operacional de rede, além de prever como estes componentes estarão sendo conectados em diferentes tipos de ambientes. Neste ponto a topologia da rede se mostra crucial, porque define como estes componentes serão  interligados em diferentes ambientes e situações e em última análise definem como a informação se propagará na rede. A topologia física de rede também definirá a topologia  lógica da rede ou, como é mais conhecida, a tecnologia de rede a ser utilizada. Uma  topologia normalmente não  corresponde  a  toda  a  rede, mas  a desenhos básicos  encontrados  em diversas partes de uma rede e que assim acabam formando o conjunto completo de uma rede, que pode acabar combinando várias topologias. As estruturas básicas de topologia que formam uma rede podem ser:  barramento;  anel;  estrela;  malha;  sem fio. Vamos detalhar cada uma delas. 

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Barramento 

Na topologia de barramento os computadores ficam conectados em um único segmento denominado barramento central ou backbone. Esse segmento conecta todos os computadores daquele segmento em uma única linha. Pode ser o caso de que este barramento central do ponto de vista físico, ser formado de pequenos trechos interligados, mas em termos de transmissão de sinal ser considerado apenas um trecho único. 

 1.  Comunicação Os  computadores na  topologia de barramento  enviam o  sinal para o backbone que  é  transmitido  em  ambas  às direções para todos os computadores do barramento. 

2.  Implementação As  implementações mais  comuns deste  tipo de  tecnologia  foram  as que utilizam  cabos de  tipo  coaxial em duas formas:  1. Um cabo coaxial fino (ThinNet) unindo cada computador aos seus parceiros da esquerda ou da direita através 

de um conector to tipo T permitindo o barramento ser mantido pela junção dos vários trechos entre os computadores. 

 2. Um  cabo  especial  ligando  cada  computador  a  um  conector  preso  a  um  cabo  coaxial  grosso  (ThickNet)  que 

representa o barramento. 

 Nas duas  implementações há a necessidade de que em  cada ponta do barramento exista um  terminador que é utilizado para fechar as extremidades do cabo e também para evitar que o sinal sofra um processo de retorno ao encontrar o final do cabo, anulando assim toda a transmissão no barramento. 

3.  Problemas com o barramento Existem  alguns problemas que podem  fazer  com que uma  rede  com  a  topologia de barramento não  fique mais operacional.  Estes problemas são:  Terminador  com  defeito  ou  solto:  Se  um  terminador  estiver  com  defeito,  solto,  ou mesmo  se  não  estiver 

presente, os sinais elétricos serão retornados no cabo fazendo com que os demais computadores não consigam enviar os dados. 

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Rompimento  do  backbone:  Quando  ocorre  um  rompimento  no  backbone,  as  extremidades  do  ponto  de rompimento não estarão  terminadas e os  sinais começarão a  retornar no cabo  fazendo com que a  rede  seja desativada. Objetos pesados que caíssem sobre o cabo podiam provocar o seu rompimento. O rompimento às vezes não é visual, ficando interno ao cabo, dificultando a identificação. 

Inclusão  ou  remoção  de  computadores: No momento  de  incluir  ou  excluir  um  novo  computador,  pode  ser necessário a desconexão de um conector para a  inclusão de outro conector ou a remoção do primeiro. Neste caso o cabo  fica momentaneamente sem as terminações no ponto de conexão  fazendo que toda a rede pare enquanto não se conecta novamente. 

4.  Situação atual A  topologia  de  barramento  está  em  pleno  desuso  como  topologia  de  redes,  pelos  problemas  apresentados  e também pela baixa  velocidade do  cabo  coaxial  (10 Mbps)  comparada  com as  tecnologias que usam o  cabo par‐trançado ou fibra‐óptica.  

Estrela 

Na  topologia  estrela, os  computadores  ficam  ligados  a um ponto  central que  tem  a  função de distribuir o  sinal enviado por um dos computadores a todos os outros ligados a este ponto. Esta topologia é assim chamada, pois seu desenho lembra uma estrela.  

 1.  Comunicação Nesta topologia os computadores enviam o sinal ao ponto central que distribui para todos os outros computadores ligados a este ponto. 

2.  Implementação O ponto central da topologia estrela pode ser um dispositivo de rede denominado Hub ou ainda ser um dispositivo mais complexo tal como um switch. No  caso  de  um  Hub  o  sinal  enviado  é  simplesmente  redirecionado  a  todas  as  conexões  existentes  neste  Hub, chegando assim a todos os computadores ligados no Hub. Na  topologia  de  estrela,  há  a  necessidade  de  uma  conexão  de  cabo  entre  cada  computador  e  o Hub  ou  outro dispositivo agindo como ponto central. 

 

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3.  Problemas Os problemas ou desvantagens da utilização desta topologia podem ser resumidos nos seguintes:  Utilização de uma grande quantidade e metragem de cabos. Em grandes  instalações de rede será preciso um 

cabo para conectar  cada computador ao hub. Dependendo da distância que o hub  fica dos computadores, a metragem e a quantidade de cabos, pode se tornar significativa. 

Perda de Conexão na falha do concentrador. Se, por qualquer razão, o hub for desativado ou falhar, todos os computadores ligados a este hub vão perder a conexão uns com os outros. 

A velocidade da rede depende do conjunto de placas de rede e concentrador. Se as placas de rede forem de 100 Mbps, mas o concentrador  for de 10 Mbps a rede  trabalhará a 10 Mbps. Assim também ocorrerá caso o cenário seja inverso. 

4.  Vantagens As principais vantagens de se utilizar a topologia estrela são:  Monitoramento central. Leds no hub acusam se um segmento de rede está ou não ativo. Se uma  luz apagar, 

pode‐se descobrir de imediato qual computador da rede está desativado. Estes leds também indicam o grau de utilização da rede. 

Isolamento de  rompimento. O  rompimento ou quebra de um dos cabos  fará com que apenas o computador que está conectado àquele cabo fique desativado. O restante da rede não será desativado. 

Fácil  manutenção  de  computadores.  A  conexão  de  um  computador  na  rede  é  bastante  simples,  sendo necessário apenas conectar um novo cabo ao hub e a conexão já estará operacional. 

5.  Situação atual A  topologia estrela, hoje é a mais utilizada, pela  sua  facilidade de manutenção e pelo  seu baixo  custo, além de contar com as mais modernas tecnologias que permitem utilizar uma boa velocidade de tráfego. As variações de implementação desta topologia envolvem basicamente a utilização de outros dispositivos no ponto central, tais como switchs, e também outros cabeamentos mais modernos tal como a fibra óptica.  

Anel 

Numa  topologia  em  anel  os  computadores  são  conectados  numa  estrutura  em  anel  ou  um  após  o  outro  num circuito fechado. A comunicação é feita de computador a computador num sentido único (horário) através da conexão em anel. Uma  característica  importante  desta  topologia  é  que  cada  computador  recebe  a  comunicação  do  computador anterior e retransmite para o próximo computador. 

1.  Comunicação Na topologia de anel a comunicação entre os computadores é feita através de um processo denominado passagem de token ou bastão. Um  sinal  especial denominado  Token  (bastão)  circula pelo  anel no  sentido horário  e  somente quando  recebe o token é que um computador transmite seu sinal. O sinal circula pelo anel até chegar ao destino, passando por todos os outros computadores.  Só após receber de volta o sinal é que o computador libera o token permitindo assim que outro computador possa se comunicar.  

 

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2.  Implementação A implementação pura desta topologia não é utilizada, pois exigiria que cada computador estivesse sempre ligado e transmitindo para o próximo na sequência do anel. A  implementação mais  comum encontrada é  a utilizada pelas  redes Token‐ring mais modernas que utilizam um dispositivo central denominado MSU que  implementa o circuito fechado ou anel dentro do dispositivo e cabos de par‐trançado ou fibra óptica.  

 3.  Problemas O único problema da topologia de anel é o custo por sua implementacao ser de tecnologia proprietária e a sua baixa velocidade. 

4.  Vantagens A principal vantagem da  topologia em anel é o  fato de somente o computador que possui o  token no momento, pode efetuar uma comunicação, evitando assim o conflito e a colisão dessas comunicações. 

5.  Situação atual A  topologia  em  anel  implementada  em  LAN’s  está  em  pleno  desuso  principalmente  pelas  baixas  taxas  de transmissão e também por causa da tecnologia física proprietária de apenas um fabricante, que acaba por aumentar consideravelmente os custos de implementação. No caso de MAN’s esta topologia ainda pode ser encontrada nas implementações da tecnologia FDDI. 

Dicas: 

O FDDI (Fiber‐Distributed Data  Interface) é um padrão para transmissão de dados a 100 Mbps  , utilizando fibra óptica,  com  topologia  de  anel  duplo.  É  utilizado  como  backbone  em  MANs  (Metropolitan  Area  Networks). Seu  funcionamento  é baseado no  Token Ring  (IEEE 802.5), ou  seja, utiliza o  token passing  como protocolo de acesso ao meio, mas ao contrário do Token Ring, permite a existência de mais de um datagrama no meio físico. O  anel  duplo  é  formado  pelo  anel  primário  e  pelo  anel  secundário  correndo  em  direções  opostas.  O  anel secundário é ativado no caso de falha no anel primário. A ativação do anel secundário é controlada pelo protocolo FDDI, que é capaz de detectar o segmento do anel primário que apresenta a falha, isolando o mesmo através da interligação dos anéis primário e secundário nas extremidades do segmento com falha. 

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Malha 

Na topologia em malha os computadores estariam conectados uns aos outros diretamente formando um desenho semelhante a uma trama ou malha. 

1.  Implementação A topologia em malha não é utilizada para conexão de computadores, pois implicaria em múltiplas conexões a partir de cada computador, o que numa grande rede se tornaria inviável. 

 Mas esta  topologia pode  ser encontrada na  conexão de  componentes avançados de  rede  tais  como  roteadores, criando assim rotas alternativas na conexão de redes. 

 2.  Vantagens A principal vantagem da topologia em malha é a existência de caminhos alternativos para a comunicação entre dois pontos na rede. 

Sem Fio 

Na  topologia  sem  fio  os  computadores  são  interligados  através  de  um meio  de  comunicação  que  utiliza  uma tecnologia sem fio podendo esta ser RF (radiofrequência), Infravermelho, Microondas ou Laser. 

1.  Comunicação A comunicação numa  topologia  sem  fio é  feita de  computador a computador através do uso de uma  frequência comum nos dispositivos em ambos os computadores. A transmissão de microondas é hoje a mais utilizada. Acima de 100 Mhz,  as ondas  trafegam praticamente  em  linha  reta  e, portanto podem  ser  concentradas  em uma  faixa estreita.  

  

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2.  Implementação A  implementação mais comum da  topologia sem  fio é a que utiliza RF  (radiofrequência), baseada no padrão  IEEE 802.11b, que utiliza a faixa de 2,4 GHz do espectro de frequências. Há basicamente 3 tipos de implementação:  Redes RF ad hoc;  Redes RF multiponto;  Redes Mesh. 

2.1. Redes ad hoc O  termo  "ad  hoc"  é  geralmente  entendido  como  algo  que  é  criado  ou  usado  para  um  problema  específico  ou imediato. Do Latin, ad hoc, significa literalmente "para isto", outro significado seria: "apenas para este propósito", e dessa  forma,  temporário.  Contudo,  "ad  hoc"  em  termos  de  "redes  ad  hoc  sem  fio"  significa  mais  que  isso. Geralmente, numa rede ad hoc não há topologia predeterminada, e nem existe um controle centralizado como um ponto de acesso. Os nós ou nodos numa rede ad hoc se comunicam sem conexão física entre eles criando uma rede "on  the  fly", na qual alguns dos dispositivos da  rede  fazem parte da  rede de  fato apenas durante a duração da sessão de comunicação. Assim como é possível  ligar dois micros diretamente usando duas placas Ethernet e um cabo cross‐over, sem usar hub,  também é possível  criar uma  rede Wireless entre dois PCs  sem usar um ponto de acesso. Basta  configurar ambas as placas para operar em modo Ad‐hoc (através do utilitário de configuração). A velocidade de transmissão é a mesma, mas o alcance do sinal é bem menor,  já que os  transmissores e antenas das  interfaces não possuem a mesma potência do ponto de acesso. Este modo pode servir para pequenas redes domésticas, com dois PCs próximos, embora mesmo neste caso seja mais recomendável utilizar um ponto de acesso,  interligado ao primeiro PC através de uma placa Ethernet e usar uma placa wireless no segundo PC ou notebook, já que a diferenças entre o custo das placas e pontos de acesso não é muito grande. Outras características incluem um modo de operação ponto a ponto distribuído, roteamento multi‐hop, e mudanças relativamente frequentes na concentração dos nós da rede. A responsabilidade por organizar e controlar a rede é distribuída  entre  os  próprios  terminais.  Em  redes  ad  hoc,  alguns  pares  de  terminais  não  são  capazes  de  se comunicar diretamente entre si, então alguma forma de re‐transmissão de mensagens é necessária, para que assim estes pacotes sejam entregues ao seu destino, com base nessas características. 

2.2. Rede Multiponto 

Numa  rede RF multiponto, existem pontos de conexão denominados wireless access points  ‐ WAP que conectam computadores com dispositivos RF a uma rede convencional cabeada.  Os Ap’s gerenciam as conexões clientes com mecanismos de autenticação e criptografia de transmissão de dados. Atualmente encontramos vários modelos atuando como roteadores ou bridges para conexões wireles de pequeno ou  grande  porte.  Este  sistema  é  o  mais  utilizado  em  residências,  escritórios,  pequenas,  médias  ou  grandes empresas, é muito encontrado também no acesso a Internet em redes metropolitanas de provedores de acesso.   

 2.3. Redes Mesh 

As  redes Mesh  (Malha)  usam  uma  topologia  de  conexões  redundantes  entre  os  nós,  como  os  roteadores  na internet, criando uma malha capaz de se autoconfigurar e auto‐reinstalar. Ou seja, em caso de queda de um ponto qualquer, a comunicação é assumida pelos outros nós de forma automática.  Essa capacidade de comunicação por múltiplos nós acaba criando rotas alternativas automáticas, evitando pontos de congestionamento na rede e obstáculos de linha de visada. 

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Além  disso,  em  uma  rede Mesh  pura,  cada  dispositivo,  incluindo  notebooks,  PDAs  e  smartphones,  pode  enviar tráfego  diretamente  para  outro.  Tudo  isso,  somado  às  características  de  uma  rede  sem  fio,  como  banda  larga, suporte IP fim a fim, transmissão de voz, dados e vídeo, recursos para posicionamento geográfico sem a utilização de GPS e suporte para dispositivos em mobilidade total, em velocidades de até 400 Km por hora. Até agora, essa configuração se mostrou extremamente atrativa para a  integração em banda  larga de municípios, coordenada  por  prefeituras,  universidades  com  campus  em  extensas  áreas  abertas,  empresas  de  pesquisa  e desenvolvimento e pólos petroquímicos e de exploração marítima.  

3.  Problemas O principal problema da topologia sem fio é a segurança da comunicação e as interferências eletromagnéticas. A  comunicação  sem  fio  pode  ser  capturada  por  qualquer  receptor  sintonizado  na  mesma  frequência  da comunicação,  por  isso  torna‐se  necessário  um  mecanismo  adicional  de  segurança  na  implementação  desta topologia tal como a criptografia da comunicação. 

 Exemplo de um AP 

4.  Vantagens  A principal vantagem desta topologia é que ela trabalha sem fio, permitindo assim a mobilidade dos computadores, principalmente em ambientes amplos e abertos, tais como armazéns e pátios. 

5.  Situação atual A  topologia  sem  fio  está  em  ampla  expansão  graças  ao  crescimento  da  utilização  da  computação móvel  com equipamentos tais como: notebooks, tablets e palms. Principalmente como pontos de acesso a Internet banda larga em pequenas e grandes cidades, a topologia é cada vez mais encontrada como solução para a conectividade de redes. 

Topologias híbridas 

Quando se implementa uma rede de tamanho médio ou grande, várias topologias são encontradas na mesma rede inclusive com algumas topologias sendo integradas umas as outras. Os casos mais comuns são as seguintes combinações:  Barramento‐Estrela 

Neste caso, vários concentradores são ligados através de um barramento. 

 

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Anel‐Estrela Neste caso, vários MSU’s são ligados a um anel. 

  Hierarquia 

Geralmente  implementada  com  switches. Neste  caso,  vários  switches  são  ligados  através  de  outros  Switchs formando uma estrutura hierárquica. 

 

Backbones e Segmentos 

É  importante neste ponto distinguir entre dois  termos muito utilizados na  identificação do  layout de uma  rede: Backbones e Segmentos. Quando olhamos para um layout físico de uma rede podemos distinguir duas estruturas de ligação. 

 Um  Segmento  pode  ser  descrito  como  a  parte  do  layout  de  rede  que  conecta  diretamente  os  computadores normalmente utilizando uma das topologias descritas. Corresponde normalmente a uma parte física da rede tal qual uma sala ou um grupo de computadores próximos. Um  Backbone  corresponde  à  parte  do  layout  que  conecta  todos  os  segmentos  juntos  permitindo  que  se comuniquem entre si. Correspondem aos grandes canais de comunicação encontrados na rede tais como conexões entre salas, andares e até entre prédios. 

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Selecionando a topologia correta 

A escolha de uma  topologia correta para cada caso é na verdade um conjunto de decisões que envolvem vários aspectos, tais como:  tamanho da rede;  custo;  facilidade de instalação;  facilidade de manutenção. Em  redes  pequenas  é  comum  utilizar‐se  de  topologias  simples  tal  como  somente  uma  estrela, mas  em  redes maiores a combinação de várias topologias será necessária, pois cada pequena parte da rede utilizará uma topologia e serão combinadas para formar a rede completa.   

Aula 04 – Atividades 

1. Defina Rede de Computadores: 

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2. No desenho abaixo temos representado uma:  LAN  MAN  WAN  Internet  Wireless 

 3. Marque algumas características de rede par‐a‐par: 

pequeno tamanho  grande tamanho  baixa segurança  alta segurança  usuários bem treinados  usuários sem treinamento 

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 4. Marque algumas características de redes baseadas em servidor: 

administração descentralizada  administração centralizada  alta segurança  baixa segurança  baixo custo  custo mais elevado  pequeno tamanho  tamanhos maiores 

 5. Em que consiste uma sub‐rede WAN? 

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6. Cite 5 tarefas do administrador de redes: 

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7. O que é topologia física de rede? 

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8. Quais das opções abaixo representam topologias de rede?  Anel  Bloco  Malha  Corrente  Estrela  Linha  Árvore 

 9. A figura a seguir representa qual topologia? 

  Anel  Barramento  Estrela  Difusão 

    

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10. Cite 3 vantagens da topologia de estrela: 

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11. A topologia de malha é normalmente encontrada entre:  Computadores  Cabos  Notebooks  Roteadores  Impressoras  

12. Diferencie BackBone e Segmento. 

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13. Quais dos endereços pode ser um endereço físico válido de placa de rede?  11‐11‐11‐11‐11‐11  AB‐CD‐EF‐GH‐IJ‐KL  00‐00‐00‐00‐00‐01  FF‐FF‐FF‐FF‐FF‐FF  0A‐3B‐4F‐51‐00‐34  23‐@A‐67‐78‐0A‐33 

 14. Qual é a distância máxima do cabo ThinNet? 

50m  100m  150m  185m  200m  285m  500m 

 15. Quais são as cores dos fios dos cabos de par‐trançado? 

Roxo  Azul e Branco  Verde  Laranja e Amarelo  Verde e Branco  Lilás e Branco  Branco  Preto  Preto e Branco  Azul  Marrom  Marrom e Branco  Laranja  Amarelo  Amarelo e Branco  Laranja e Branco  Vermelho  Vermelho e Branco 

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16. Quais são partes do cabo de fibra óptica?  Blindagem de alumínio  Fibra de Vidro  Fios de Kevlar  Proteção externa  Pares de fios de cobre  Espelho de espectro  Camada de vidro espelhada 

 17. Qual é a função de um meio de transmissão? 

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_______________________________________________________________________________________________  

18. Quais são os três componentes fundamentais em um sistema de transmissão óptica? 

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_______________________________________________________________________________________________  

19. Como as fibras podem ser classificadas? 

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20. Como podem ser descritas as topologias? 

_______________________________________________________________________________________________  

_______________________________________________________________________________________________  

_______________________________________________________________________________________________  

21. O que representa a resistência em um cabo? 

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Projetos Utilizando o Microsoft Visio ou outro programa de desenho, desenhe a rede para a seguinte estrutura:  empresa: X‐TEC Indústria e Comércio;  5 salas com 5 computadores clientes cada uma;  1 sala com servidores de arquivo, email,web e firewall;  o acesso a internet é através de firewall ligado a um roteador. 

 Descreva:  tipo de rede;  o tipo de cabeamento a ser utilizado;  a categoria do cabo;  conectores a ser utilizado;  topologia a ser utilizada;  placas de rede a serem utilizadas nas estações e nos servidores. Salve o seu projeto com o nome Projeto_Rede_Fase1. 

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Unidade II – Padronização da Comunicação 

Aula 05 ‐ Padronização 

Por que padronizar  Exemplo de padronização  Quem Padroniza  Conceito de camadas  

Aula 06 ‐ Modelos de Referência 

Modelo OSI  A relação entre as camadas  Detalhamento das camadas OSI  O Modelo TCP/IP  A camada inter‐redes    A camada de transporte  A camada de aplicação  A camada Host/rede  Comparação entre os Modelos OSI e TCP/IP  O comitê 802 

Aula 07 ‐ Atividades 

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Aula 05 – Padronização da Comunicação 

Porque Padronizar 

Numa  definição  informal,  sob  a ótica  do usuário, padrões  são  especificações  técnicas  que permitem  ao usuário optar  pela melhor  razão  custo/benefício  em  cada  exercício  do  seu  poder  de  compra.  Neste  conceito,  padrões existem na telefonia, na energia elétrica e na indústria automobilística, que são segmentos com adoção de padrões bem sucedidos. Até a década de 70 o mercado de informática era verticalizado, quase que comandado por três grandes empresas: a IBM, a HP e a DEC (Digital). As soluções de hardware e software eram fechadas, cada empresa tinha o seu padrão de hardware e de software. Este modelo  impossibilitava a participação de um grande número de empresas para a  fabricação de hardware e software, levando a informática a ser um mercado restrito e de alto custo. Por  exemplo:  uma  rede  IBM  padrão  de  arquitetura  do  tipo  SNA  (Systems  Network  Architecture)  utilizada  em computadores  mainframe  não  conseguia  comunicar‐se  com  os  computadores  da  Digital,  que  utilizavam  a arquitetura DNA (Digital Network Architecture). O  mercado  começou  a  tornar‐se  horizontal  a  partir  do  início  da  década  de  80,  com  a  entrada  dos microcomputadores. Hoje o mercado de  informática é disputado por milhares de empresas, cada uma oferecendo soluções para diferentes segmentos de mercado. Mas,  à medida  que  a  tecnologia  evoluiu,  os  fabricantes  de  hardware  e  os  produtores  de  software  sentiram  a importância  de  buscar  padrões  para  melhor  atender  seus  clientes.  O  fato  de  possuir  padrões  significava oportunidade de negócios e maior lucratividade. O mercado acostumou a exigir padrões de seus fornecedores, pois assim podia escolher o melhor fornecedor ou escolher o fornecedor em função do preço. Com essa necessidade surgiram organizações preocupadas com a padronização, que nada mais é do que a definição de regras e modelos que as empresas devem seguir na fabricação de seus produtos. O objetivo principal da padronização é que produtos de fabricantes diferentes possam ser integrados numa mesma solução. 

Exemplo de Padronização 

Uma  forma  de  exemplificar  o  que  é  um  padrão  é  pensarmos  em  uma  lâmpada  elétrica  ‐  ao  comprarmos  uma lâmpada no supermercado sabemos que certamente servirá no bocal a que se destina, e isso não depende de quem a fabricou.  Na  indústria  de  informática  temos  vários  exemplos  de  padronização  ‐  ao  comprarmos  uma mídia  de  CD‐ROM certamente sabemos que vamos usá‐la em qualquer computador que possua um leitor de CDROM independente de quem fabricou o Leitor.  Outros exemplos de padronização da indústria de informática:  Slots PCI;  Barramentos de memória;  Slots de processadores;  Disquetes. 

Dicas: 

CURIOSIDADE 

Por que os Discos Rígidos que armazenam as informações nos computadores são chamados de "Winchester"? 

Os primeiros Discos Rígidos ou Hard Disks  tinham duas  faces com capacidade de 30 megabytes cada uma. Por isso, os Hard Disks passaram a receber o código "3030". Por coincidência, o rifle Winchester também era chamado assim,  porque  utilizava  balas  de  calibre  30.30. Não  demorou muito  para  que  a  semelhança  fosse  notada  e  o apelido difundido (Fonte Intel). 

Publicado na Revista Superinteressante ‐ v.7, n.3, mar. 1993. Autoria ‐ Mario Jorge O. Tavares.  

 

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Quem Padroniza 

Algumas organizações  internacionais tornaram‐se responsáveis por estabelecer as regras de que o mercado tanto precisava. A área de redes foi uma das mais beneficiadas com as padronizações, pois a quantidade de soluções que existe  é  grande.  Atualmente  as  padronizações  para  o mercado  de  redes  e  de  comunicação  são  traçadas  pelas seguintes organizações: ANSI: American National Standards Institute ‐ Instituto Nacional de Padronização Americano. EIA: Electronics Industries Association ‐ Associação das Indústrias Eletrônicas IEEE: Institute of Electrical and Electronics Engineers, Inc ‐ Instituto de Engenharia Elétrica e Eletrônica. ISO: International Standards Organization – Organização Internacional para Padronização. ITU:  International Telecommunication Union – União de Telecomunicação  Internacional ou  também antigamente conhecido  como  CCITT:  Comité  Consultatif  Internacionale  Télégraphique  et  Téléphonie  ‐  Comitê  Consultivo Internacional de Telegrafia e Telefonia COSE: Common Open Software Environment ‐ Ambiente Comum de Software Aberto. SAG: SQL Access Group ‐ Grupo de Acesso SQL. COS: Corporation for Open Systems ‐ Sociedade para Sistemas Abertos. OMG: Object Management Group ‐ Grupo de Gerenciamento de Objetos. OSF: Open Software Fundation ‐ Fundação de Software Aberto. 

Conceito de Camadas 

No projeto das primeiras redes de computadores, o hardware era a principal preocupação e o software ficava em segundo plano. Atualmente este cenário mudou e o software de rede é altamente estruturado. O  processo  de  transmissão  de  dados  de  um  computador  a  outro  é  um  tanto  complexo.  Para  reduzir  esta complexidade, a maioria das  redes é organizada como uma pilha de camadas ou níveis colocados umas sobre as outras. O número de camadas, o nome, o conteúdo e a função das camadas podem se diferenciar de uma rede para outra. Porém, em todas as redes o objetivo de cada camada é oferecer determinados serviços às camadas superiores ou inferiores  a  ela,  isolando  essas  camadas  dos  detalhes  de  implementação  destes  recursos. De  certa  forma  cada camada é uma espécie de máquina virtual, oferecendo determinados serviços à camada situada acima ou abaixo dela. A  camada  “X”  de  uma máquina  se  comunica  com  a  camada  “X”  de  outra máquina.  Coletivamente,  as  regras  e convenções usadas nesse diálogo são conhecidas como protocolos da camada “X”. Basicamente, um protocolo é um acordo entre as partes que se comunicam, estabelecendo as regras de como se dará a comunicação. Fazendo uma simples analogia, quando ligamos para alguém esperamos que o interlocutor ao atender ao telefone respondesse algo como um “alô”, por sua vez se este protocolo for violado, ou seja, se o interlocutor não responder com um “alô” ou alguma frase que comprove o atendimento do telefone, a comunicação será dificultada podendo se tornar completamente inviável.  Na  realidade, embora a  comunicação  se dê entre as  camadas  “X” de uma máquina  com a  camada  “X” da outra máquina, os dados não são transferidos diretamente da camada “X” de uma máquina para a camada “X” da outra máquina. Em vez disso cada camada transfere os dados e as informações de controle para a camada imediatamente abaixo dela, até ser alcançada a camada mais baixa. Abaixo da camada 1 encontra‐se o meio físico através do qual se dá a comunicação propriamente dita. Na figura a seguir a comunicação virtual é mostrada por linhas pontilhadas e a comunicação física por linhas contínuas.  

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 Camadas, Protocolo e interfaces 

Entre cada par de camadas adjacentes existe uma  interface. A  interface define as operações e os  serviços que a camada inferior tem a oferecer à camada que se encontra acima dela, estas definições devem ser claras, para que cada camada execute um conjunto específico de funções bem definidas. Vamos fazer uma analogia para explicar a ideia de uma comunicação em vários níveis. Imagine dois empresários (processos pares da camada 3), um dos quais fala alemão e inglês e o outro fala chinês e francês. Como não falam um idioma comum, eles contratam tradutores (processos pares da camada 2), que por sua vez tem cada um, uma secretária (processos pares da camada 1). O Empresário 1 deseja transmitir uma mensagem a seu par. Para tal, ele envia uma mensagem (em inglês) através da interface 2/3 a seu tradutor, na qual diz “I Like rabbits” (“Gosto de coelhos”). Como os tradutores resolveram usar um idioma neutro, o holandês, a mensagem foi convertida para “Ik vind konijnen  leuk”. A escolha do  idioma é o protocolo da camada 2, que deve ser processada pelos pares da camada 2. O tradutor entrega a mensagem a uma secretária para ser transmitida, por exemplo, por fax (o protocolo da camada 1). Quando chega, a mensagem é traduzida para o francês e passada através da interface 2/3 para o Empresário 2. Podemos observar que cada protocolo é totalmente independente dos demais, desde que as interfaces não sejam alteradas. Nada impede que os tradutores mudem do holandês para o espanhol, desde que ambos concordem com a modificação  e  que  ela  não  afete  sua  interface  com  a  camada  1  ou  com  a  camada  3.  Cada  processo  só  pode adicionar informações dirigidas ao seu par. Essas informações não são enviadas à camada superior.  

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 Arquitetura filósofo‐tradutor‐secretária 

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Aula 06 – Modelos de Referência 

Modelo OSI 

No  final  da  década  de  70  e  início  de  80,  a  International  Standards Organization  (ISO)  formou  um  comitê  para desenvolver uma arquitetura de comunicação mundial. A tarefa especial, realizada pelo ISO, foi o desenvolvimento e publicação de um  conjunto de padrões  chamado de modelo de  referência OSI  ‐ Open  System  Interconnection (modelo da Interconexão de Sistemas Abertos). 

Dica: 

Cuidado para não confundir ISO com OSI! São parecidos, mas não iguais. ISO é a organização e OSI é o modelo ou o padrão publicado por esta.  

O  modelo  OSI  é  um  padrão  para  redes  que  permite  a  comunicação  de  dados  entre  diferentes  sistemas  de computadores. Embora os protocolos associados ao modelo OSI raramente sejam usados nos dias de hoje, o modelo em si é de fato bastante geral e ainda válido, e as características descritas em cada camada ainda são muito importantes. O modelo é chamado Modelo de Referência ISO OSI (Open System Interconnection), pois se trata da interconexão de sistemas abertos ‐ ou seja, sistemas que estão abertos à comunicação com outros sistemas.  O modelo OSI realiza um descritivo de como trabalham, através de camadas,  juntos o software e o hardware em uma rede, para proporcionar uma comunicação eficiente.  O modelo  foi  completado  em  1980,  aprovado  em  1983  pelo  ISO  na  Europa  e  pelo  IEEE  nos  Estados Unidos  e publicado em 1984. Ele representa a base sobre a qual os fabricantes apoiam os seus padrões e protocolos para a comunicação de dados.  

1.  As camadas do modelo OSI A ideia do modelo OSI é simples e baseia‐se em camadas.  O modelo OSI divide a arquitetura de rede em sete camadas, numeradas de baixo para cima de 1 a 7.  Vejamos a seguir um resumo dos princípios aplicados para se chegar às sete camadas: 1. Uma camada deve ser criada onde houver necessidade de um grau de abstração adicional. 2. Cada camada deve executar uma função bem definida. 3.  A  função  de  cada  camada  deve  ser  escolhida  tendo  em  vista  a  definição  de  protocolos  padronizados internacionalmente. 4. Os limites de camadas devem ser escolhidos para minimizar o fluxo de informações pelas interfaces. 5.  O  número  de  camadas  deve  ser  grande  o  bastante  para  que  funções  distintas  não  precisem  ser desnecessariamente  colocadas na mesma  camada  e pequenas o  suficiente para que  a  arquitetura não  se  torne difícil de controlar. 

 O modelo OSI propriamente dito não é uma arquitetura de  rede, pois não especifica os  serviços e os protocolos exatos que devem ser usados em cada camada. Ele apenas informa o que cada camada deve fazer. No entanto, este modelo  também  produziu  padrões  para  todas  as  camadas,  embora  esses  padrões  não  façam  parte  do  próprio modelo de referência. Cada um foi publicado como um padrão internacional distinto. A função de cada uma dessas camadas pode ser resumida no seguinte: 

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Camada Física: Conexões de hardware  (interfaces elétricas, ópticas, cabos, etc.). Trata da  transmissão de bits brutos por um canal de comunicação. 

Camada de Enlace de Dados: Codificação, endereçamento e transmissão de informações. Sua principal tarefa é transformar  um  canal  de  transmissão  bruto  em  uma  linha  que  pareça  livre  de  erros  de  transmissão  não detectados para a camada de rede. 

Camada de Rede: Traduz nomes  lógicos para  físicos, gerencia o  tráfego e define as  rotas de  transporte que serão utilizadas da origem até o destino. 

Camada de Transporte: Transmissão confiável, controle de fluxo, manipulação de erros e qualidade de Serviços. Sua  função  básica  é  aceitar  dados  da  camada  acima  dela,  dividi‐los  em  unidades menores  caso  necessário, repassar essas unidades à camada de rede e assegurar que todos os fragmentos chegarão corretamente a outra extremidade.  

Camada  de  Sessão:  Reconhece  nomes,  estabelece  comunicação  e  sincronização  nas  tarefas  dos  usuários. Permite que os usuários de diferentes máquinas estabeleçam sessões entre eles. 

Camada de Apresentação: Realiza tradução, criptografia e compressão dos dados, está relacionada à sintaxe e à semântica das informações transmitidas. 

Camada de Aplicação: Transfere dados de aplicativo para aplicativo. 

A relação entre as camadas 

Serviços e protocolos são conceitos diferentes, embora sejam confundidos com frequência. Um serviço é um conjunto de primitivas (operações) que uma camada oferece à camada situada acima ou abaixo dela. O serviço define as operações que a camada está preparada para executar em nome de seus usuários, mas não informa  absolutamente  nada  sobre  como  essas  operações  são  implementadas.  Um  serviço  se  relaciona  a  uma interface entre duas camadas, sendo a camada  inferior o fornecedor do serviço e a camada superior o usuário do serviço. Já o protocolo é um conjunto de regras que controla o formato e o significado dos pacotes ou mensagens que são trocadas pelas entidades pares contidas em uma camada. As entidades utilizam os protocolos com a finalidade de implementar  suas definições de  serviço.  Elas  têm  a  liberdade  de  trocar de protocolo, desde que não  alterem o serviço visível para seu s usuários. Portanto o serviço e o protocolo são independentes um do outro. Em outras palavras, os serviços estão relacionados às  interfaces entre as camadas, e os protocolos se relacionam aos pacotes enviados entre entidades pares de máquinas diferentes. É fundamental não confundirmos estes dois conceitos. 

 

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Seguindo este conceito, no modelo OSI cada camada apenas comunica‐se com a superior ou inferior a ela. Ou seja, cada camada existe com o objetivo de prover serviços para a camada que está acima ou abaixo dela.  Exemplo: A camada de enlace de dados comunica‐se com a camada de rede (imediatamente acima dela) e com a camada física (imediatamente abaixo dela), mas não visualiza nenhuma outra camada.  Este modelo cria uma independência de cada camada, definindo exatamente o que cada camada deve realizar para prover os serviços a sua usuária (camada superior ou inferior a ela).  Quando  dois  computadores  se  comunicam  entre  si  através  de  uma  rede,  as  informações  de  cada  camada  são preparadas para serem compartilhadas com os pares de camadas adjacentes encontradas em cada computador. Ou seja, cria‐se uma interface lógica (não física) entre camadas pares semelhantes encontradas nos parceiros que estão se comunicando através da rede, pois os mesmos padrões são aplicados em cada camada nos dois computadores.  

1.  Comunicação entre computadores Quando um  computador  se  comunica  com outro através de uma  rede, a  informação da  comunicação passa por todas as camadas do modelo OSI. Para  transmitirmos  as  informações  (arquivos,  voz,  imagem,  etc.)  de  um  computador  ao  outro  utilizamos  uma unidade de dados que denominamos Pacote.  Este  pacote  corresponde  à  informação  que  será  transmitida  na  origem  e  recebida  no  destino, mais  todas  as informações de controle pertinentes a cada camada do modelo OSI na forma de cabeçalhos. Na  origem,  este  pacote  começa  a  ser  gerado  na  camada  de Aplicação,  vai  se  completando  a  cada  camada,  até terminar na camada Física, quando é finalmente transmitido. A cada camada este pacote recebe informações de controle na forma de cabeçalhos ou trailer. 

 No destino, este pacote é recebido na camada Física e é avaliado em cada camada até finalmente ser entregue na camada de Aplicação. Em cada camada as informações dos cabeçalhos e trailer são utilizadas para conferência e tratamento do pacote. 

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 Este processo pode ser chamado de empacotamento e desempacotamento da informação. 

Detalhamento das camadas OSI 

A seguir será detalhada cada camada do modelo OSI começando da camada mais baixa para a camada mais alta. 

1.  Camada Física A camada física trata da transmissão de bits brutos por um canal de comunicação. O projeto de rede deve garantir que, quando um  lado enviar um bit 1, o outro  lado o receberá como um bit 1, não como um bit 0. Nesse caso, as questões mais  comuns  são  a  voltagem  a  ser  usada  para  representar  um  bit  1  e  um  bot  0,  a  quantidade  de nanosegundos  que  um  bot  deve  durar,  o  fato  de  a  transmissão  poder  ser  ou  não  realizada  nos  dois  sentidos simultaneamente, a forma como a conexão  inicial será estabelecida e de que maneira ela será encerrada quando ambos os lados tiverem terminado, e ainda quantos pinos o conector de rede terá e qual a finalidade de cada pino. Nessa  situação,  as  questões  de  projeto  lidam  em  grande  parte  com  interfaces  mecânicas,  elétricas  e  de sincronização, e como o meio físico de transmissão que se situa abaixo da camada física.  

2.  Camada de Enlace de dados A principal tarefa da camada de enlace de dados é transformar um canal de transmissão bruto em uma  linha que pareça livre de erros de transmissão não detectados para a camada de rede. Para executar essa tarefa, a camada de enlace de dados  faz com que o  transmissor divida os dados de entrada em quadros e dados  (que, em geral,  tem algumas centenas ou alguns milhares de bytes), e transmita os quadros sequencialmente. Se o serviço for confiável, o receptor confirmará a recepção correta de cada quadro, enviando de volta um quadro de confirmação. Outra questão que surge nesta camada é como impedir que um transmissor rápido envie uma quantidade excessiva de dados a um receptor  lento. Com frequência é necessário algum mecanismo que regule o tráfego para  informar ao  transmissor quanto espaço o buffer do  receptor  tem no momento. Muitas  vezes, esse  controle de  fluxo  e o tratamento de erros estão integrados. Ela  faz  com  que  as  camadas  acima  dela  não  assumam  nenhum  erro  de  transmissão,  sendo  de  sua  inteira responsabilidade a transferência segura dos dados. Um trailer denominado CRC ‐ Cyclical Redundancy Check (Teste de Redundância Cíclica) é acrescentado ao pacote nesta camada e representa o resultado de um teste de correção de erros, o qual é repetido no destino, para garantir que o frame foi entregue corretamente, sem erros de transmissão física. 

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3.  Camada de Rede A camada de rede controla a operação da sub‐rede. Uma questão fundamental de projeto é determinar a maneira como os pacotes são roteados da origem até o destino. As rotas podem se basear em tabelas estáticas, amarradas à rede  e  raramente  alteradas,  ou  podem  ser  altamente  dinâmicas,  sendo  determinadas  para  cada  pacote,  com  o objetivo  de  refletir  a  carga  atual  da  rede.  É  de  responsabilidade  também  desta  camada  controlar  o congestionamento causado se houver muitos pacotes ao mesmo tempo na sub‐rede. Cabe a esta camada superar todos os problemas que podem  surgir na viagem dos pacotes de uma  rede a outra, a  fim de permitir que  redes heterogêneas sejam interconectadas. 

4.  Camada de Transporte A  função básica desta camada é aceitar dados provenientes do plano de sessão, dividi‐los em unidades menores caso  necessário  e  repassar  essas  unidades  a  camada  de  rede  e  assegurar  que  todos  os  fragmentos  chegarão corretamente  à  outra  extremidade.  Tudo  isso  deve  ser  feito  de  forma  eficiente  e  de  forma  que  as  camadas superiores fiquem isoladas das inevitáveis mudanças na tecnologia de hardware. A camada de transporte determina também que tipo de serviço deve ser fornecido a camada de sessão, podendo ser um canal ponto a ponto livre de erros que entrega mensagens byte a byte na ordem que elas foram enviadas, ou mensagens  isoladas  sem nenhuma  garantia  relativa  a ordem de  entrega  e  à difusão de mensagens para muitos destinos. O tipo de serviço é determinado quando a conexão é estabelecida. Esta camada é uma verdadeira camada fim a  fim, que  liga a origem ao destino. Em outras palavras, um programa da máquina de origem mantém uma conversação  com  um  programa  semelhante  instalado  na  máquina  de  destino,  utilizando  os  cabeçalhos  de mensagens e as mensagens de controle. Nas camadas  inferiores, os protocolos são  trocados entre cada uma das máquinas e seus vizinhos imediatos, e não entre as máquinas de origem e de destino, que podem estar separadas por muitos roteadores. As camadas 1 a 3 são encadeadas, e as camadas 4 a 7 são camadas fim a fim.  

5.  Camada de Sessão A camada de sessão permite que os usuários de diferentes máquinas estabeleçam sessões entre eles. Uma sessão oferece diversos serviços,  inclusive o controle de diálogo (mantendo o controle de quem deve transmitir em cada momento), o gerenciamento de token  (impedindo que duas partes tentem executar a mesma operação crítica ao mesmo tempo) e a sincronização (realizando a verificação periódica de transmissões  longas para permitir que elas continuem a partir do ponto em estavam ao ocorrer falha). O  controle de diálogo entre processos de  comunicação  regula qual  lado  transmite, quando  transmite e durante quanto tempo. 

6.  Camada de Apresentação Diferente das camadas mais baixas, que se preocupam principalmente com a movimentação de bits, a camada de apresentação está relacionada à sintaxe e à semântica das informações transmitidas. É responsável pela formatação e tradução dos dados da camada de aplicação para a camada de sessão. Ela é tida como a camada “tradutora” da rede. No computador de origem ela traduz o dado no formato do aplicativo para o formato que deverá entrar na rede  e  no  computador  destino,  ela  traduz  o  dado  do  formato  da  rede  para  o  formato  que  o  aplicativo  deve entender. Além de tradutora, ela também é responsável por gerenciar a segurança dos dados na rede. É nesta camada que os dados são criptografados, para serem enviados através dos cabos ou linha telefônica. 

7.  Camada de Aplicação  É a camada mais alta do modelo OSI. A camada de aplicação possui os serviços que fornecem suporte aos aplicativos que farão acesso aos recursos da rede.  Quando se utiliza um correio eletrônico ou um programa “front end” para acessar uma base de dados, ou mesmo o Explorer do Windows para acessar um recurso remoto na rede, como um diretório ou arquivo, estas são aplicações que necessitam utilizar recursos de rede. 

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O Modelo TCP/IP 

Deixando de  lado o modelo de referência OSI, vamos passar ao modelo de referência usado na “avó” de todas as redes de computadores geograficamente distribuídos, A ARPANET, e sua sucessora a Internet mundial. A ARPANET era uma rede de pesquisa patrocinada pelo DOD (Departamento de Defesa dos EUA). Pouco a pouco, centenas de universidades e repartições públicas foram conectadas, usando linhas telefônicas dedicadas. Quando foram criadas as redes de rádio e satélite, começaram a surgir problemas com os protocolos existentes, o que forçou a criação de uma nova arquitetura de referência. Essa arquitetura ficou conhecida com Modelo de Referência TCP/IP, graças a seus  dois  protocolos  principais. Diante  das  preocupações  do DOD  o  principal  objetivo  deste modelo  era  que  as conexões permanecessem intactas enquanto as máquinas de origem e destino estivessem funcionando, mesmo que algumas máquinas ou  linhas de transmissão  intermediárias deixassem de operar repentinamente. Além disso, era necessária  uma  arquitetura  flexível,  capaz  de  se  adaptar  a  aplicações  com  requisitos  divergentes  como,  por exemplo, a transferência de arquivos e transmissão de voz em tempo real. Esse modelo foi definido pela primeira vez em Cerf e Kahn (1974). Este modelo apresenta as seguintes camadas: 

  

A camada inter‐redes 

Todas  as  necessidades  levaram  a  escolha  de  uma  rede  de  comutação  de  pacotes  baseada  em  uma  camada  de interligação de redes sem conexão. A camada de inter‐redes integra toda a arquitetura. Tal tarefa é permitir que os hosts  injetem  pacotes  em  qualquer  rede  e  garantir  que  eles  trafegarão  independentemente  até  o  destino.  Eles podem  chegar  até mesmo  em  uma  ordem  diferente  daquela  em  que  foram  enviados,  obrigando  as  camadas superiores a reorganizá‐los, caso a entrega em ordem seja desejável. 

A camada de transporte 

Localizada acima da camada  inter‐redes,  sua  finalidade e permitir que as entidades pares dos hosts de origem e destino mantenham uma conversação, exatamente como acontece na camada de transporte do OSI. 

A camada de aplicação 

No  modelo  TCP/IP  não  possuímos  as  camadas  de  sessão  e  apresentação.  Como  não  foi  percebida  qualquer necessidade, elas não foram incluídas. A experiência com o modelo OSI demonstrou a correção desta tese: elas são pouco usadas na maioria das aplicações. Na camada de aplicação encontramos os protocolos de níveis mais altos. Dentre eles podemos destacar: FTP, SMTP, DNS, http entre muitos outros. 

A camada Host/rede 

Abaixo da camada de  inter‐redes, encontramos um grande vácuo. O modelo de  referência TCP/IP não especifica muito bem o que acontece ali, exceto pelo fato do host ter que se conectar a rede utilizando algum protocolo para que  seja possível enviar pacotes  IP. Esse protocolo não é definido e varia de host para host e  rede para  rede. A maioria das documentações que tratam do modelo TCP/IP raramente descreve esse protocolo.  

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Comparação entre os Modelos OSI e TCP/IP  

Os modelos OSI  e  TCP/IP  têm muito  em  comum. Os  dois  se  baseiam  no  conceito  de  uma  pilha  de  protocolos independentes,  suas  camadas  possuem  praticamente  as mesmas  funções.  Apesar  dessas  semelhanças,  os  dois modelos possuem muitas diferenças. Lembre‐se que estamos comparando os modelos de referência e não as pilhas de protocolos. O modelo OSI possui três conceitos fundamentais: Serviços, Interfaces e Protocolos. Provavelmente a maior contribuição do modelo OSI seja tornar explícita a distinção entre esses conceitos.  A definição do serviço informa o que a camada faz, e não a forma como as entidades acima dela o acessam ou como ela funciona. A interface de uma camada informa como os processos acima dela podem acessá‐la. A interface especifica quais são os parâmetros e os resultados a serem esperados, e também não revela o funcionamento interno da camada. Os  protocolos  utilizados  em  uma  camada  são  de  responsabilidade  dessa  camada.  A  camada  pode  utilizar  os protocolos que quiser desde que eles viabilizem a realização do trabalho (ou seja, forneçam os serviços oferecidos). Já o modelo TCP/IP não distinguia  com  clareza a diferença entre  serviço,  interface e protocolo, embora  tenham tentado adaptá‐lo ao modelo OSI. Por essa razão os protocolos do modelo OSI são mais bem encapsulados que os do modelo TCP/IP e podem ser substituídos com relativa facilidade, conforme as mudanças da tecnologia. O modelo OSI foi concebido antes de os protocolos correspondentes terem sido criados. Isso significa que o modelo não  foi  desenvolvido  com  base  em  um  determinado  conjunto  de  protocolos,  o  que  deixou  bastante  flexível  e genérico. Os projetistas não tinham muita noção sobre a funcionalidade que deveria ser incluída em cada camada, principalmente no quesito de conexões  inter‐redes, encurtando a história na prática,  tudo aconteceu de maneira muito diferente da teoria. Com o modelo TCP/IP, ocorreu exatamente o contrário: Como os protocolos vieram primeiro, o modelo foi criado com uma descrição desses protocolos. Os protocolos não  tiveram problemas para se adaptar ao modelo. Foi um casamento perfeito. O único problema foi o fato de o modelo não se adaptar a outras pilhas de protocolos, sendo assim ele não tinha muita utilidade para descrever outras redes que não faziam uso da suíte TCP/IP. Além da diferença óbvia do número de camadas, outra diferença está na área de comunicação orientada a conexão e não orientada a conexão. No modelo OSI a camada de rede é compatível com ambas as conexões, no entanto na camada de transporte, o modelo aceita apenas comunicações orientadas a conexão. Já o modelo TCP/IP só tem um modo  de  operação  na  camada  de  rede  que  o modo  sem  conexão, mas  aceita  os  dois modos  na  camada  de transporte, oferecendo aos usuários a possibilidade de escolha. Resumindo  as  comparações,  apesar  dos  problemas,  o modelo OSI  (sem  as  camadas  de  sessão  e  apresentação) mostrou‐se  excepcionalmente  útil  para  as  discussões  das  redes.  Por  outro  lado,  os  protocolos  OSI  jamais conseguiram se tornar populares, o que ocorre exatamente ao contrário com o modelo TCP/IP que é praticamente inexistente, mas os protocolos são usados em larga escala.  Podemos então chegar a um modelo híbrido que muitas publicações adotam para estabelecer o funcionamento das redes de computadores. 

 

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O comitê 802 

Criado pela maior organização profissional do mundo o IEEE (I3E), na década de 80, o comitê padronizou vários tipos de LAN’S. O trabalho é feito por um conjunto de grupos de trabalho que tratam diferentes tecnologias envolvidas na camada de enlace de dados. A taxa de sucesso dos diversos grupos de trabalho do comitê 802 tem sido baixa, ou seja, ter um número 802.x não é garantia de sucesso. Porém, o impacto das histórias de sucesso (em especial do 802.3 e 802.11) é muito grande. 

Categoria  Descrição 

802.1  Avaliação e arquiteturas de LANS 

802.2 ↓  Controle de Link Lógico (LLC, Logical Link Control) 

802.3 *  Ethernet 

802.4 ↓  Token Bus (Barramento de símbolos; foi usado por algum tempo em unidades industriais) 

802.5   Token Ring (Anel de símbolos, a entrada da IBM no mundo das LANS) 

802.6 ↓  Primeira Metropolitana (MAN, Metropolitan Area Network) 

802.7 ↓  Grupo Consultivo Técnico de Banda Larga (Broadband) 

802.8 †  Grupo Consultivo Técnico de Fibra Óptica  

802.9 ↓  LANs isócronas (para aplicações de tempo real) 

802.10 ↓  LANs virtuais e segurança 

802.11 *  LANs  Sem Fio 

802.12 ↓  Prioridade de Demanda (100VG‐anyLAN) 

802.13  Número relacionado à má sorte. Ninguém o quis 

802.14 ↓  Modems a cabo (extinto: um consórcio industrial conseguiu chegar primeiro). 

802.15 *  Redes Pessoais (Bluetooth) 

802.16 *  Rádio de banda larga 

802.17  Anel de pacote elástico 

* Grupos importantes 

↓ Hibernando 

† desistentes e licenciados 

1.  O projeto 802 e a camada de enlace de dados Os comitês 802 do IEEE entenderam que a camada de enlace de dados mereceria ter mais detalhes, dividindo‐a em duas outras subcamadas:  LLC ‐ Logical Link Control (Controle de Vínculo Lógico)  MAC ‐ Media Access Control (Controle de Acesso à Mídia ou Meio) 

.

  

Host/rede Enlace

Física

Enlace

Física

Controle de acesso ao meio - MAC

Física

Controle de enlace Lógico - LLC

TCP/IP OSI ETHERNET

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1.1. LLC‐Logical Link Control (Controle de Enlace Lógico) Esta  subcamada  forma  a metade  superior  da  camada  de  enlace  de  dados,  com  a  camada MAC  abaixo  dela.  A camada LLC é a responsável por adicionar informações de que protocolo na camada rede foi o responsável por gerar os dados. Dessa forma, durante a recepção de dados da rede esta camada no computador receptor tem que saber para qual protocolo da camada de rede ele deve entregar os dados. Dessa forma o LLC oculta as diferenças entre os diversos tipos de rede 802, fornecendo um único formato e uma única interface com a camada de rede. A camada LLC é definida pelo protocolo IEEE 802.2. 

1.2. MAC ‐ Media Access Control (Controle de Acesso a Mídia) 

A camada de Controle de Acesso ao Meio (MAC) é a responsável por montar o quadro que será enviado para a rede. Esta camada é responsável por adicionar o endereço MAC de origem e de destino. Os quadros que são destinados a outras  redes utilizarão o endereço MAC do  roteador da  rede como endereço de destino. Esta camada é definida pelo protocolo IEEE 802.3 se uma rede com cabos estiver sendo usada, ou pelo protocolo IEEE 802.11 se uma rede sem fio estiver sendo usada. 

 

Aula 07 – Atividades 

1. Qual é o problema com um mercado extremamente verticalizado como o da década de 70? 

_______________________________________________________________________________________________  

2. Quais das siglas abaixo correspondem às organizações responsáveis pelos padrões?   ISO  CATI  ISS  INA  ANSI  EIA  ATI  ITU  CCITT  

3. Complete com os nomes das camadas do modelo OSI. 

7  6  5  4  3  2  1   

 4. Complete com os nomes das camadas do modelo TCP/IP. 

4  3  2  1   

   

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5. Descreva como ocorre a comunicação entre dois computadores: 

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_______________________________________________________________________________________________  

6.  No  modelo  OSI  qual  das  camadas  se  preocupa  com  a  divisão  da  informação  em  pequenas  partes  e  sua montagem? 

Aplicação  Apresentação  Sessão  Transporte  Rede  Vínculo de Dados  Física 

 7. No modelo OSI qual das camadas cuida da segurança da informação? 

Aplicação  Apresentação  Sessão  Transporte  Rede  Vínculo de Dados  Física 

8. Dê um exemplo de padronização diferente do citado neste material. 

_______________________________________________________________________________________________  

_______________________________________________________________________________________________  

9. No modelo OSI qual das camadas se baseia no endereçamento físico?  Aplicação  Apresentação  Sessão  Transporte  Rede  Vínculo de Dados  Física 

 10. Quais são os três conceitos fundamentais do modelo OSI. 

_______________________________________________________________________________________________  

_______________________________________________________________________________________________  

11. No modelo OSI quem foi concebido primeiro, o modelo ou os protocolos? 

_______________________________________________________________________________________________  

_______________________________________________________________________________________________  

_______________________________________________________________________________________________  

12. No modelo TCP/IP quais os dois modos de conexão que são aceitos pela camada de transporte? 

_______________________________________________________________________________________________  

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13. Quais são as subcamadas da camada de Vínculo de Dados?  MMC  SUB1  SUB2  802.1  LLC  VCC  MAC 

 14. Resuma as comparações entre o modelo OSI e TCP/IP. 

_______________________________________________________________________________________________  

_______________________________________________________________________________________________  

_______________________________________________________________________________________________  

15.  Complete  com  os  nomes  das  camadas  do modelo  Hibrido  adotado  por muitas  publicações  para  explicar  a comunicação entre redes de computadores.  

5  4  3  2  1   

 16. Como é chamada a unidade de dados que se transmite de um computador a outro pela rede? 

_______________________________________________________________________________________________  

_______________________________________________________________________________________________  

_______________________________________________________________________________________________