MODELOS QUANTIT~TIVOS APOIO AS · PDF filed~nteresse/r)rót7icoé / ... sulta um...

9
Administração da Produção e Sistemas de Informação MODELOS QUANTIT~TIVOS DE APOIO AS DECISOES - 11 Pierre Jacques Ehrlich Professor do Departamento de Informática e Métodos Quantitativos da EAESP/FGV. E-mail [email protected] RESUMO:O sucesso da aplicação de técnicas de Análise das Decisões como apoio em problemas com um único objetivo predominante abriu caminho para estudos de problemas mais ambiciosos como os de decisões com multicritérios e decisões e de grupo (estes dois tipos utilizam metodologias muito semelhan- tes). Como evolução natural da Análise das Decisões, resultou a metodologia MAUT (Multi-Attribute Utility Theory). Seu rigorismo teórico torna as aplicações difíceis para um analista menos preparado. Como conse- qüência, surgiu a metodologia AHP IAnalytic Hierarchy Process) de utilização extremamente simples. A crítica ao AHP veio da escola européia que criou uma série de métodos conhecidos pela abreviação co- mum: MCDA (Multicriteria Decision Aid). ABSTRACT:Thesuccess of Decision Analysis as support for problems with a single predominant obiective opened the road to more ambitious decision problems with Multicriteria and Group Decisions (these two use similar techniques). The natural evolution of Decision Analysis is the MAUT (Multi-Attribute Utility Theory). Its theoretical rigor makes it difficult to be used by non-specifical/y trained analysts. As a consequence, appeared the AHP (Analytic Hierarchy Process) extremely easy to use. The criticism on the AHP came from the European school with several methods known under the name MCDA (Multicriteria Decision Aid). A primeira parte deste artigo foi publicada na RAE - Revista de Administração de Empresas, v. 36, n.1, p. 33-41, jan./fev./mar. 1996. KEY WORDS decision support, multicriteria, multi-attribute, conflicting objectives. PAlAVRAS-CHAVE: apoio à decisão, multicritério, multi-atributo, objetivos conflitantes. 44 RAE - Revista de Administração de Empresas São Paulo, v. 36, n. 2, p. 44-52 Abr./Maio/Jun. 1996

Transcript of MODELOS QUANTIT~TIVOS APOIO AS · PDF filed~nteresse/r)rót7icoé / ... sulta um...

Administração da Produção e Sistemas de Informação

MODELOS QUANTIT~TIVOS DEAPOIO AS DECISOES - 11

Pierre Jacques EhrlichProfessor do Departamento de Informática e

Métodos Quantitativos da EAESP/FGV.E-mail [email protected]

RESUMO:O sucesso da aplicação de técnicas de Análise das Decisões como apoio em problemas com umúnico objetivo predominante abriu caminho para estudos de problemas mais ambiciosos como os dedecisões com multicritérios e decisões e de grupo (estes dois tipos utilizam metodologias muito semelhan-tes). Como evolução natural da Análise das Decisões, resultou a metodologia MAUT (Multi-Attribute UtilityTheory). Seu rigorismo teórico torna as aplicações difíceis para um analista menos preparado. Como conse-qüência, surgiu a metodologia AHP IAnalytic Hierarchy Process)de utilização extremamente simples. Acrítica ao AHP veio da escola européia que criou uma série de métodos conhecidos pela abreviação co-mum: MCDA (Multicriteria Decision Aid).

ABSTRACT:Thesuccess of Decision Analysis as support for problems with a single predominant obiectiveopened the road to more ambitious decision problems with Multicriteria and Group Decisions (these two usesimilar techniques). The natural evolution of Decision Analysis is the MAUT (Multi-Attribute Utility Theory).Its theoretical rigor makes it difficult to be used by non-specifical/y trained analysts. As a consequence,appeared the AHP (Analytic Hierarchy Process) extremely easy to use. The criticism on the AHP came from theEuropean school with several methods known under the name MCDA (Multicriteria Decision Aid).

A primeira parte deste artigo foi publicada na RAE - Revista deAdministração de Empresas, v. 36, n.1, p. 33-41, jan./fev./mar. 1996.

KEY WORDS decision support, multicriteria, multi-attribute, conflicting objectives.

PAlAVRAS-CHAVE: apoio à decisão, multicritério, multi-atributo, objetivos conflitantes.

44 RAE - Revista de Administração de Empresas São Paulo, v. 36, n. 2, p. 44-52 Abr./Maio/Jun. 1996

MODELOS QUANTITATIVOS DE APOIO ÀS DECISÕES - 1/

A primeira parte deste artigo tratou,essencialmente, da apresentação da mode-lagem para apoio às decisões e da partemais clássica, ou monocritério, que se de-senvolveu sob o nome de Análise das De-cisões. Concluindo essa primeira parte,apresentou-se, como introdução aos pro-blemas multicritérios e de decisões em gru-po, um exemplo utilizando o softwareHiview-,

Esta segunda parte do artigo tratará dosproblemas de decisão sobre os quais sãocontemplados objetivos que tanto podeminteragir numa mesma direção de satisfa-ção como em direções opostas. A exposi-ção a seguir tem como essência a estru-turação global que permite contemplaresses diversos objetivos, assim como os"compromissos" (tradeoffs) de compati-bilização entre eles.

Para a maioria dos problemas de inte-resse prático é necessário que se analisem,simultaneamente, vários atributos de cadaalternativa. Ou seja, os problemas de deci-são requerem urna visão global que com-preenda vários critérios.

Em um problema de decisão, os várioscritérios correspondem aos aspectos queidentificamos cornoimportantes para atin-gir o objetivo de classificação das alterna-tivas segundo nossos desejos (ou valores).Normalmente, começamos um problemade decisão pela especificação dos nossosobjetivos, ou seja, dos critérios Cl' C2, ••.•

Estabelecemos uma métrica para estes cri-térios, de modo a poder ordená-los segun-do o grau de "desejabilidade", e, a seguir,listamos as alternativas de ação (a., a2, .•.

- isto é, que pertencem ao conjunto A, dealternativas ou de ações). O processo cos-tuma ser de "idas e vindas" entre os crité-rios e as alternativas. Novos critérios pas-sam a ser contemplados e novas alternati-vas, criadas. Ao final, obtém-se duas tabe-las: uma de critérios e outra, de alternati-vas. As alternativas são avaliadas, paracada critério, pelas medidas ou ordenaçõesquanto aos seus atributos Xi.

Um exemplo clássico é o da procura deuma nova residência. Desejamos que essacasa seja grande, barata e com boa vizi-nhança. O objetivo global é que a residên-cia seja a mais adequada possível. Numprocesso de decomposição hierárquica,este objetivo global foidecomposto em três

//'Y/ij /~/Paraa maioria dos problemas <,d~nteresse/r)rót7icoé /I?I ~J/ . ~.lI/ffi~cessário que<'s~,ar{~S~,f~W

. símultaneali1~t.e,~riosatributos de cada alfef'nêltiva.Ou~~ja~Qsproblemas de

-> //.v

decisão requeremyrna visãoglobal que compre~nd~//vários éntêriw

/ /

critérios: tamanho, preço e vizinhança. Oobjetivo que se refere ao tamanho é claroe pode ser medido em m-, o que se refereao preço também é claro, e medido em R$,mas quanto à vizinhança, o objetivo émaisnebuloso, por ser um conceito menos níti-do: seria necessário decompor este objeti-vo em diversos sub-objetivos, corno tem-po de transporte, criminalidade, acessopara compras etc.Destes sub-objetivos re-sulta um número índice numa escala talque: "IDO = omelhor" e "O = o pior". Apósa utilização de um critério de seleção de"suficiência", onde só são mantidas as al-ternativas com um desempenho mínimoem cada objetivo - área mínima para a fa-mília, preço máximo que podemos pagare qualidade mínima de vizinhança -,são selecionadas três habitações, segun-do estas especificações:

-Alternativa Área (mZ) Preço (R$) V'rtíntlança

H1H2H3

160200210

180.000240.000230.000

908090

A primeira observação é que a alterna-tiva H2 é 1/ dominada'? pela alternativa H3,de modo que somente sobram, para com-petir, as alternativas H1 e H3.

Aprimeira seleção,por suficiência e pordominância, é extremamente útil e impor-tante. Para se selecionar entre as alternati-vas sobreviventes, é preciso construir umnúmero índice, sorna ponderada dos va-lores dos objetivos (e das suas interações),onde cada peso reflita a importância rela-tiva do objetivo, a escala na qual este foimedido e a relação de troca entre um obje-tivo e outro.

© 1996, Revista de Administração de Empresas / EAESP/ FGV,São Paulo, Brasil.

1. Da empresa inglesa Krysalis.

2. Uma alternativa é dominadaquando, para todos os critérios,ela não é melhor que a do-minadora e é pior em pelo me-nos um critério.

45

3. Alguns autores preferem int-ciar a classificação com duas li-nhas de pensamento. A primeiralinha, normativa, corresponde àda metodologia MAUT. Muitoembora as demais se configuremcomo de apoio às decisões, narealidade todas o são.

46

Amaioria dos problemas de decisãonãotem somente um objetivo. Objetivos múl-tiplos e conflituosos são a norma. A com-paração e as trocas entre objetivos de na-tureza e de mensuração muito diferentesconstituem-se em tarefa difícil.

As metodologiasO processo de seleção da melhor alter-

nativa ou de um conjunto das melhoresalternativas origina diversas escolas, den-tre as quais se destacam três" grandes li-nhas de atuação:

• a primeira, chamada MAUT (Multi-Attribute Utility Theory),parte da cons-trução de utilidades individuais paracada critério (5UF), para, dentro deste,quantifícar e ordenar as preferências, eda agregação das diversas SUFem umaúnica função de utilidade (MAUF),quecomporta a importância de cada crité-rio, além das substituições (tradeoffs) edos seus relacionamentos. As alternati-vas são, então, ordenadas de acordo cornos valores obtidos na MAUF;

• a segunda, chamada AHP (Analytic-Hierarchy Process), inicia o processopela decomposição hierárquíca do obje-tivo global em critérios, sendo estes, porsua vez, decompostos de forma a se ob-ter uma cascata em vários níveis, até quese atinja o patamar mais elementar decada ramo. As alternativas são, então,comparadas aonível mais elementar doscritérios. Para cada critério, a intensida-de da preferência é estabelecida entrecada par de alternativas, numa escalasubjetiva (1,2,3,5,7,9, e valores interme-diários, onde 1= indiferença e 9 = prefe-rência extrema).Após o cálculo (de auto-vetor) resultam pesos relativos de pre-ferência para cada seqüência de compa-rações. Por sua vez, em cada nível oscritérios também são comparados aospares, num processo idêntico ao anterior,para especifícar suas importâncias rela-tivas. Para cada alternativa, resulta umasoma ponderada dos pesos de preferên-cia em cada critério, multiplicados pelorespectivo peso de importância destemesmo critério;

• a terceira é chamada MCDA (Muti-Criteria Decision Aid), ou escola euro-péia. O processo de decomposição doobjetivo é semelhante ao do AHP, e ascomparações entre alternativas também

são feitas no último nível de decompo-sição e aos pares, mas, em vez de umamedida de intensidade de preferência,o resultado ébinário (ou quase) em cadacritério. A análise sobre o conjunto doscritérios conduz a uma desclassificação(outranking) da alternativa perdedora oupromoção de classe (surc1assement) da ga-nhadora. Constroem-se classes (comodejogadores de tênis), e, em cada uma de-las, ocorre a ordenação das alternativas.

Na prática, todos os procedimentos aca-bam sendo utilizados como de apoio àsdecisões. Conseqüentemente, surge umalegítima procura por simplificações, que,por força de certo rigor, tornam mais fácila operação das ferramentas.

Processo da Multi-Attribute UtilityTheory (MAUT)

Os diversos critérios podem não ser in-dependentes. Por exemplo, na análise depropostas de trabalho, pode-se desejar omáximo de saúde, tempo e dinheiro; en-tretanto, o valor atribuído ao dinheiro de-pende dos outros dois critérios. O proces-so MAUT é o único que se propõe a anali-sar o difícil problema da interação entreos critérios.

Para a agregação das utilidades (valori-zações) dos vários critérios, a forma aditivaé a mais intuitiva e a mais simples:

U(x11 Xz ,x3, X41 XSf x61 x7' Xa) = k1u/xl) +k2u2Xz+ .. " + kg~(X8)'

Esta forma deve ser utilizada sempreque possível. Ela mostra a grande facili-dade nos procedimentos quando podemosseparar as utilidades para cada critério iso-ladamente e agregar o conjunto na partefinal da avaliação das alternativas. Infeliz-mente, nem sempre o problema é tão sim-ples.

Analisemos as condições para que hajaum meio de agregação que, de uma formamais geral, resulte numa MAUF mul-tilinear (a forma aditiva é um caso maissimples de uma multilinear). O métodoMAUT procura analisar as relações entreos diversos critérios antes de definir umaforma funcional para aMAUF que agregaas diversas utilidades.

Para se poder definir e obter as diver-sas utilidades de cada critério, é precisoque cada uma delas não dependa do nível

RAE • v. 36 • n. 2· Abr./Maio/Jun. 1996

MODELOS QUANTITATIVOS DE APOIO ÀS DECISÕES - /I

dos outros atributos (valores nos critérios).Isto equivale a dizer que uj(x) não se mo-difica quando o nível dos atributos nosseus critérios se altera. Numa notação maisformal, é preciso haver uma independên-cia em relação aos intervalos. Assim, paraum critério c., se [u(x') - u(x".)] = k*[u.(x"') - uj(x""j)]' kj não deve' depende; d~valor dos outros critérios.

Havendo uma loteria, a condição ante-rior precisa ser estendida para uma inde-pendência de utilidade. Essa independên-cia ocorre quando a relação entre as pro-babilidades da loteria e sua utilidade (ouseu equivalente certo) não depende dovalor dos outros critérios. Satisfeitas essascondições, é possível definir a formamultilinear.

Para simplificar a notação, com três cri-térios, haveria este resultado:

U(:lS.'~ x3) = lsu,(x) + k2~(~) + kSu3(x.)+ klZUl(X)U2(XZ) + k13u/X1)U3(X3) +~u2(JS)lis(X3) + ~Ul(Xl)~(~)~~)'

Com dois critérios, este resultado:U(X1,X2) = k1u1(X1) + k2u2(X2) +kUl(Xl)~(X2)' onde k = 1 - (k) + k2).

Seja X1Mo máximo de Xl e xlmo mínimo,de modo que u(x1m)= O e U(XlM)= 1.

Seja X2Mo máximo de x2 e x2mo mínimo,de modo que u(x2m) = O e u(x2,) = 1.

Então: k1 = U(X1M,x2m)e ~ = U(xlm, X2M).

Verificamos que, também para a MAUF,U(x1m, x2m)= O e que U(xIM' X2M)= 1.

A forma aditiva é um caso particularda forma multiplicativa, na qual:

S k=l.,

Uma MAUF aditiva assuiiiã forma:U(x" Xz,x3) = ls u1(:lS.)+ kz~(X2)+ kp3(X3)·

É muito mais fácil trabalhar com umaforma aditiva. Sua existência está condi-cionada à independência de pares em re-lação aos demais critérios:

• um par de critérios (C;, c.) é preferenci-almente independente dÓs outros crité-rios quando as taxas de troca entre eles(que depende dos seus valores) não de-pende do valor dos outros critérios. Isto

RAE • v.36 • n. 2· Abr.!Maio/Jun.1996

quer dizer que as curvas de indiferençanão se mudam quando o nível dos ou-tros critérios se altera;

• havendo uma loteria envolvendo os doiscritérios, eles são aditivamente indepen-dentes se uma loteria L, com 50% de (osdois no valor máximo) e 50% com (osdois no valor mínimo) é indiferente auma outra loteria L2 com 50% de (umcritério no valor máximo e o outro novalor mínimo) e 50% de (um critério novalor mínimo e o outro critério no valormáximo).

Cabe ao analista verificar estas condi-ções durante o processo de modelagem.

Os problemas de independência sãoilustrados, a seguir, por alguns exemplos.

Suponhamos um projeto para a explo-ração de determinado recurso natural,buscando os melhores resultados possí-veis. O objetivo global "melhores resulta-dos possíveis" é decomposto em dois cri-térios: C1 - o resultado financeiro [ondequanto maior xI' maior será UI(Xl)]' e C2-o nível de impacto sobre o meio ambiente[onde quanto menor x2'maior será U2(X2)].

Neste caso, a desejabilidade de um crité-rio não é afetada pela do outro critério (in-dependência de intervalo) e a MAUFmultilinear é possível. Em caso de incerte-za quanto aos resultados, se houver indi-ferença (o que não é evidente) entre loteri-as do tipo Ll e L2' ela se simplifica para aforma aditiva: U(x1,x.) = k, ul (x.) + kzU2(X2).

Este é o caso mais simples. Sempre quepossível, convém modelar o problema dedecisão (principiando pelas decomposi-ções hierárquicas e escolhendo os critériosmais convenientes) de modo a resultar nasimplificação.

~.;./. //.~

Na pfát1ca, todos '?S'// / / .procedimentos eceoern sendoutiliza80s Como de apoio às /deci~/ .Conseqüentemente,surge uma legítima pr9ÇU]9:f')Or' /simplificaç~, quê, pdr;forçade certo rtgor, tornam mais fácila operaç~o://élasferramentas. '.: '/

,/

47

Para o sub-objetívo Performance, resultou:

Ranking for Performance Goal

AltemativeCoyoteMounain LionWolf

• Fuel Economy

Utility0.5000.6070.500

====-~.._...._._._._._._...._.J

Power

Preference Set ~ Truck.set

E, para o objetivo global:

Ranking for Best Truck Ooal

AlternativeCoyoteMountain LionWolf

• Performance

Utility0.7500.5740.286

----------=---

Price • Styling

Preference Set = Truck.set

4. Da empresa Logical Deci-síons, USA. Estesoftware servepara MAUT, AHP ou para simplesponderação.

5. KEENEY,R. Value focusedthinking. USA: Harvard UniversityPress, 1992.

48

Um outro exemplo é a situação em quealguém esteja desejando consumir aomáximo café e açúcar. Como ele gosta decafé com açúcar e de açúcar no café, a dis-ponibilidade dos dois conjuntamente au-menta a utilidade global. Isto equivale adizer que L1 é preferível a L2 e que não háindependência aditiva. Resulta umaMAUF multilinear: U(xj' x.) = kju/xl) +kZU2(X2) + ku/x])uZ(x2), onde k > O.

Se, em vez de café e açú-car, o problema tivessesido o do consumo de ar-roz e de trigo, levando-seem consideração o fato deque para o ato de se ali-mentar é valorizado "pelomenos um dos dois", L2seria preferível a Lj' A função seria a mes-ma, mas resultaria k < O.

Entretanto, se o primeiro problema ti-vesse sido consumir café somente comuma proporção fíxa de açúcar que cor-

AlternatlveNameMountaln LlonGoyoteWolf

responde a determinado gosto (e vice-ver-sa), a questão teria sido simplifícada paraum caso e critério únicos. Vemos, nestecaso, a importância do cuidado em mon-tar a estrutura do modelo.

Após a aceitação de uma estrutura deMAUF, digamos aditiva, como obter ospesos k? Comparamos os critérios dois adois, e definimos duas situações:

A: u] = 1 e ~ =0B: UI = O e u2 = 1

Pergunta-se: qual das duas situações éa preferida?

Sendo, por exemplo, a situação A, evi-dentemente o decisor atribui mais valor aocritério CI•

Reduz-se UI até uma situação de indife-rença r, onde o decisor é indiferente entreBel.

Digamos, situação 1: u] = 0,3 e ~ = 1-Deduz-se que kz/k] = 0,3.Observando que kl + k, = 1, resulta: k,

= 0,77 e k, = 0,23.Havendo vários critérios, escolhe-se um

só como base de referência para compara-ções: o mais valorizado de todos. No casodo exemplo foi CI'

Um outro exemplo: o uso de LogicalDecisions" para ordenar a preferência en-tre três caminhões, em função de quatrocritérios, segundo estes dados:

• os critérios Fuel Economy e Power fo-ram agregados em um sub-objetivo cha-mado Performance;

• foram estabelecidas utilidades para cadacritério quantitativo e pesos para o cri-tério qualitativo;

• foram analisados os tradeoffs entre crité-rios, para a construção de utilidadesaditivas: uma para o sub-objetivo e ou-tra para o objetivo.

StylingMediocreMuscularNondescript

Price11000900015000

Fuel Economy212316

Power130109175

ométodo MAUT é de uma solidez teó-rica incontestável. A escolha (e a existên-cia) da Utilidade Agregada é condiciona-da a verificações prévias que somente oMAUT se propõe a realizar. Keeney-mos-

RAE • v. 36 • n.2· Abr./Maio/Jun. 1996

MODELOS QUANTITATIVOS DE APOIO ÀS DECISÕES - 1/

tra uma grande variedade de aplicaçõesbem-sucedidas do MAUT e o modo de li-dar com as aparentes violações das condi-ções de independência. O método MAUTrequer um bom detalhamento de informa-ções e também muita habilidade por partedo consultor que assessora o corpo decisor.

Analytic Hierarchy Process (AHP)O AHP, mantendo uma estrutura

normativa como o MAUT, procura umamaior simplicidade na modelagem do pro-cesso de decisão, de modo a permitir umatotal compreensão da parte decisor, a cati-var sua confiança e a propiciar uma maiorparticipação na estruturação do problema.O preço a pagar por tantos benefícios é degrandes compromissos com o rigorismoteórico.

De qualquer modo, apesar da estruturanormativa, o AHP acaba sendo utilizadocomo ferramenta de apoio às decisões. Suasimplicidade o toma bastante popular, tan-to para decisões individuais como em gru-po. De fato, seu uso é muito difundidoentre usuários que - quando bem avisa-dos das limitações do AHP, e com habili-dades para tirar proveito das suas quali-dades - acabam tendo uma boa ferramen-ta de apoio às decisões.

A classificação das alternativas em or-dem de preferência é sempre feita por meiode uma função aditiva.

O processo requer as seguintes etapas:

• decompor o objetivo, em uma estruturahierárquica;

• listar as alternativas;• comparar, aos pares, os critérios ligados

a um mesmo nó, para cada nível hierár-quico, para que, assim, obtenham-se asimportâncias desses critérios;

• comparar as alternativas aos pares, paracada critério, para que, assim, obte-nham-se as preferências;

• determinar os pesos relativos a cada con-junto de comparações; determinar ospesos relativos por meio do "auto-vetor"; verificar a consistência;

• agregar o conjunto, de modo a se classi-ficarem as alternativas.

As comparações são sempre feitas numaescala subjetiva de I, 3, 5, 7, 9, onde 1 sig-nifica indiferença e 9, preferência extrema.

RAE • v.36 • n. 2· Abr./Maio/Jun. 1996

A escala foi construída partindo-se doprincípio de que a percepção humana nãoconsegue distinguir mais do que sete (maisou menos dois) níveis diferentes. O pro-cesso permite utilizar os valores interme-diários, aceita inconsistências (ilustradasmais adiante) e recomenda que o índice deinconsistência relativa não exceda 0,10.Voltaremos a falar sobre este índice de in-consistência.

Tomemos como exemplo um problemade aplicação de dinheiro: como aplicar R$250.000. O objetivo global (goal) foi decom-posto em quatro critérios: rentabilidade,segurança, liquidez, e facilidade de gestão.Num processo de comparações aos pares,atribuem-se (subjetivamente) as importân-cias relativas para os critérios:

INVESTIR R$ 250.000, sem mexer, por três meses no mínimo

Compare the relativa IMPORTANCE with respect to: GOAL

SEGURAN LlQUIDEZ GESTÃO

RENTAB 1. (2,0)3,0

SEGURAN (2,0) (3,0)LlQUIDEZ 2,0

Row element Is _ rimes mora thafl column 91smfJnt un!BSS encJas6d in O

SEGURAN

Abbreviation DeflnltlonGoal INVESTIR R$ 250.000, sem mexer, por três meses no mínimoRENTAB

L1QUIDEZGESTAO

RENTAB ,251

SEGURAN ,109

L1QUIDEZ ,334

GESTÃO ,307

-Inconsistency Hatlo =0,09

Importâncias estabelecidas pelo decisor:R >- S; G = L; G >- R com os:

iRS= 3; 4r. = 1; iRG = 112; ~L = 'ih; ÍsG =.'l/3;~=2.

Observamos que iLG = 2, mas, para ha-ver consistência perfeita, seria necessárioque fosse iLS * isc;= 2/3. Esta inconsistênciaé considerada aceitável, desde que as im-portâncias relativas reflitam o sentimentodo decisor. Um índice de inconsistênciasexpressa o conjunto de casos como oexemplificado. Aqui, esse índice resultouem 0,09.O considerado aceitável é até 0,10.

Node:O

49

Vejamos a classificação dos propósitos:Os "pesos" normalizados (soma igual aum) são obtidos por meio de um cálculode "auto-vetor".

Por um processo inteiramente análogo,as preferências pelas alternativas são ob-tidas para cada critério. A título de exem-plo, vejamos as preferências para o crité-rio gestão.

INVESTIR R$ 250.000, sem mexer, por três meses no mínimoNade: 40000

Compare lhe relative PREFERENCE with respect lo: GESTÃO -c GOAL

Pcupanca Fundos I Bolsa BR I Bolsa NY Fixo US Cash U$[múvels (9.0) (8,0) I (7,0) I (3,0) 2,0) (9,0)

Poupanca 2,0 3,0 I 8,0 9,0 1,0

Fundos I 2,0 I 5,0 8,0 (3.0)Bolsa BR I , 7,0 5,0 (2,0)

Bolsa NY I I (2,0) (9.0)_FíxoUS I (8,0)-

Rowe!smentls_limesmora ihBn ruumtlQlemenf unIe:J:.j ecoasea m O

-Abbrevlatlon Oefinition

Goal INVESTIR R$ 250.000 por três meses, no mínimo, sem mexer_GESTÃOImóveisPaupancaFundos Fundos de Bancos ou de FinanceirasBolsa BR Mix na Bolsa no BrasilBolsa NY Mix na bolsa de NYFixo US Time Deposit ou Treasure Bonds ou semelhanteCash U$ I Dollares Cash ao abrigo como Travellers Checks

Imóveis ,022_

Poupanca ,292

Fundos ,181

Bolsa BR ,141

Bolsa NY ,033_

Fixo US ,036_

Cash U$ ,297

Inconsistency Ratío ~0,05

6. Elimination et Choix Traduisantla Realité. Comercializado peloLAMSADE.

7. Preference Ranking Organi-zation Method of EnrichmentEval u atio ns/B eo metri c aiAnalysis for Interactive Aid,O software correspondente,PROMCALC, é comercializadopela Universidade Livre de Bru-xelas. Defato, PROMETHEEpodeser utilizado como um métodonormativo, tal como o AHP.

50

O processo se repete para os outros cri-térios, e a classificação final é obtida dasoma ponderada das preferências de cadaalternativa pela respectiva importância docritério,

o Multi-Criteria Decision Aid (MCDA)OMCDApode ser visto como um crité-

rio de oposição às escalas numéricas doABP. Seus adeptos observam que, noexemplo anterior, faz sentido classificar asimportâncias como R >- S, mas que a rela-çãonumérica 3 é totalmente desprovida deinterpretação racional. A partir dessa ob-servação, a proposta é que a sua funçãoseja de mero apoio às decisões, dentro daslimitações de propósitos mais modestos.

• P.a propõe encontrar um subconjuntode ações tão restrito quanto possível (oideal é uma só ação), procurando iden-tificar a solução ótima, Seesta não for en-contrada, então que o seja pelo menosum subconjunto de soluções satisfató-rias. O intuito é conduzir à escolha deuma açãovencedora,comoo fazemmode-los normativos como o MAUT e oAHP;

• P.b propõe classificar as ações em cate-gorias predefinidas (do tipo: aceita, re-jeita, põe de lado para reconsideraçõesfuturas);

• P.g como passo seguinte a P.B, se possí-vel, ordenar as classes e, dentro destas,as ações;

• P.d descreve as conseqüências das ações,sem tentar classificá-las. O intuito é aju-dar o decisor a melhor entender o pro-blema da decisão.Tipicamente,seriao ca-so de análise de cenários e de simulações.

O MCDA também parte do fim de umprocesso de decomposição hierárquica e aspreferências dentro de cada critério sãoestabelecidas por comparações aos pares(como noAHP). Entretanto,no MCDA, aspreferências dentro de cada critério sãoestabelecidas por um pseudo-critério (as-sim chamado para acomodar relações for-tes e relações fracas). Os métodos maisconhecidos são o ELECTRE6e PROME-THEE/GAIN.

Vamos descrever, a seguir, um dos pro-cessos de estabelecimento de importân-cias e de preferências.

As relações para um critério (preferências)Para cada critério, utilizam-se as medi-

das originais de desempenho (preço, ve-locidade, concentração de gazes etc.) ouuma escala qualitativa (muito confortável,pouco confortável etc.), ou ainda uma fun-ção de utilidade Ui para o critério CiO

As alternativas são comparadas, aospares, para cada critério.

Para cada critério C. são estabelecidoslimiares, que podem ser medidos em ter-mos absolutos ou relativos:

• limiar de indiferença Pio• limiar de preferência qi'• limiar de veto Vi;• limiar de comparabilidade ri.

RAE • v. 36 • n. 2· Abr./Maio/Jun, 1996

MODELOS QUANTITATIVOS DE APOIO ÀS DECISÕES-li

Estes limiares podem corresponder a li-mites estritos (tipo menor ou maior) ouaceitar a igualdade. Para facilitar a nota-ção, vamos mostrar apenas o caso estrito.

Para um critério, vamos apresentar aspossíveis relações (preferências) entre duasalternativas, a e b, no contexto de umexemplo: decisão quanto à compra de umapartamento, sendo o critério C, o preçode um apartamento. A função de utilida-de terá o sentido inverso da medida origi-nal pois, se o preço de a for inferior ao pre-ço de b, u(a) > u(b).

• Relação R: a e b somente podem ser com-paráveis se [u(a) - u(b)] < r. Caso contrá-rio, não são comparáveis, por pertence-rem a classes diferentes; seriam aparta-mentos de preços muito díspares. Nota-ção: aRb.Se aRb, então bRa. A relação aRa é im-possível.O limiar r pode ser diretamente em uni-dades monetárias (ou da corresponden-te utilidade), ou um múltiplo de u(a), ouum múltiplo de u(b).

• Condição V: para continuarem no pro-cesso, a e b não podem infringir o limiarde veto v:

u(a) > v e u(b) > v.

Não posso ultrapassar meu orçamento.Novamente, dependendo de cada situa-ção, v pode ser medido em termos abso-lutos ou relativos. Em caso de infração,a alternativa é totalmente desclassificadado processo de seleção.

• Relação I: a é indiferente a b se a diferen-ça é pequena: alb se [u(a) -u(b)] < p.Novamente, p pode ter uma medida ab-soluta. Entretanto, são importantes oscasos em quep é uma proporção de u(a)ou de u(b), em razão dos distintos mo-dos de se definir o limiar p e tambémporque a diferença pode ser estabelecidaem valor absoluto.Sempre ala, por outro lado, se aIb entãobla se o limiar p for fixo. Em alguns mé-todos, o limiar p depende da direção daproposição e a simetria pode não ocorrer.

• Relação P: a é preferível a b se a diferen-ça é significativa:

aPb se [u(a) - u(b)] >q.

Dado aPb, quando o limiar for q fixo,não pode ocorrer bPa. Entretanto, alguns

RAE • v. 36 • n. 2· Abr./Maio/Jun. 1996

métodos utilizam limiares que depen-dem da direção da proposição.

• Relação Q: a é fracamente preferível ab se a diferença estiver entre as duas aci-ma:

aQb se q < [uía) - u(b)] < p.

Dado aQb, quando os limiares p e q sãofixos não pode ocorrer bQa. Entretanto, al-guns métodos utilizam limiares que de-pendem da direção da proposição.

A razão para a construção dessa estru-tura de comparações baseia-se na dificul-dade de um decisor estabelecer uma fun-ção de utilidade contínua e precisa (não éo caso com preços dos apartamentos, maspoderia ser com um outro critério, comoqualidade dos transportes).

Como referido, quando os limiares sãoespecificados em termos relativos (em opo-sição a valores absolutos), as relações re-sultantes entre alternativas, para o critérioem análise, podem ser diferentes se os li-miares forem calculados em relação a u(a)ou a u(b).

As relações entre alternativasAs alternativas são comparadas aos pa-

res para um processo de outranking (des-classificação). Na sua definição mais ge-ral, uma alternativa a desclassifica outraalternativa, b, notação aSb, se, na opiniãodo decisor, houver suficiente evidênciapara efetuar esta desclassificação. Umexemplo de condição de desclassificação:uma alternativa a desclassifica a alternati-va b, notação aSb, se em todos os critérioshouver comparabilidade, e também se aPbou alb. Pode ou não ocorrer a simetria aSbsimultânea com bSa.

Esse exemplo é muito restritivo e podeconduzir a um processo pouco conclusi-vo. De um modo geral, é preciso estabele-cer medidas de concordância e de dis-cordância para o ouiranking.

Do processo de comparação, aos pa-res, de todas as alternativas, resultamclasses. Dentro de uma mesma classe es-tão tanto alternativas que não se desclas-sificam entre si como as que se desclas-sificam mutuamente (e que, portanto,continuam comparáveis). As alternativasque não passaram pelo limiar do vetoforam totalmente desclassificadas doprocesso. Entretanto, assim que uma al-ternativa é desclassificada por aSb (semque haja bSa) ou por aRb {não compará-

51

8. A • escola trancorona", deestatístíca.descritiva, destaca-sepelas suas contribuições a estalinha de pensamento.

52

vel), origina-se outra classe. A esta, vi-rão se agregar as alternativas que nãodesclassificam as colegas de classe e tam-bém as que não são desclassificadas porestas últimas.

A ordenação das alternativas dentro deuma classe também é feita aos pares e poderesultar em pontos, segundo diversos pro-cessos de comparação, entre os quais este,cujos passos são apresentados a seguir:

• comparando todos os critérios, cada al-ternativa ganha um ponto por relação Pe meio ponto (ou outra proporção) porrelação Q. A ordenação é feita pela somados pontos obtidos em cada alternativa,dentro de cada classe;

• os pontos acima são ponderados por Ín-dices de importância k, do correspon-dente critério.

Neste processo de comparação, pre-miam-se somente as "vitórias". Também épossível penalizar uma alternativa pelas"derrotas", mantendo-se neutralidade nos"empates".

Com princípios tão gerais, o MCDA éuma abertura para a construção de diver-sos métodos. Um outro exemplo ilustraeste dado.

O problema é escolher um carro entresete alternativas, a partir de quatro critéri-os: preço, conforto, velocidade e estilo,conforme estas especificações:

Preço ($)conrorto (E,M,F)Velocidade (V.L)Estilo (B,O)

12:34567300 250 250 200 200 200 100E EMMMFfV LVVlVlB BBOBBO

(E = Excelente; M = Médio; F = Fraco; V = Veloz; L =Lento; B = Bonito; O = Ordinário)

Comecemos estabelecendo os limiarespara os critérios:

• preço: diferença de 50 = I; diferença de100 =: diferença de 150 ou mais = R;

• conforto: [E - F] = R; outras diferenças=P;

• velocidade: qualquer diferença = P;• estilo: qualquer diferença = P.

Passemos, agora, a utilizar a medida deouiranking, que, acima, havia sido mostra-da como pouco conclusiva.

Relação R em preço: 7Rl, 7R2, 7R3. Emconforto: lR6, lR7, 2R6, 2R7.

A análise dos critérios aos pares mostraque: 152,1531 de modo que 1não está com2 e 3. Quanto a 2 e 3 com 4, 5 e 6 observa-mos as relações 5: 255,354,355,356.

O agrupamento pode ser feito em trêsclasses: 14,5,6, 7}; 12, 3}; {I, 4, 5}.

A classe (2,4) foi eliminada frente à [2,3J, já que 354.

E assim resolvemos um problema Pb,Para ordenar as alternativas dentro de

cada classe, passando a um problema Pg.,podemos utilizar algumas outras das su-gestões apresentadas. Cada classe propõetrocas (tradeoffs) entre critérios de um mododiferente, segundo o número e a importân-cia dos critérios.

Diferentes modos de definir os limiaresou a relação de outranking 5 resultariam emdiferentes agrupamentos", De fato, com ointuito de simplificar a apresentação, noexemplo assumimos a condição 5 de modoparecido a uma dominância. Métodos bemmais conclusivos para O ordenamento oua seleção de alternativas utilizam concei-tos de concordância e de discordância parachegar a condições de desclassificação(outranking). O

BIBLIOGRAFIA SUPLEMENTAR

BANA e COSTA, Carlos A. (ed.). Readings in muftiple crÍteria decision aíd. New York: Springer-Verlag, 1990.EXPERT CHOIGE. Decision Support Softwwe. Pittsbufgh~ EXpert Choice, In., 1995.KEENEY, R., RAIFFA, H. Decisions wíth multJ'pJe objeçtives: preferences and value tradeoffs.Paris: JohnWiley. 1976.POMEROL, J.G., HOMERO, s.a. efloíx multicritére dans /'entreprise. PariS: Hermes, 1993.ROY.B. Méthodologie mult1critêre d1aide à la décision. Paris: Economica, 1985.ROV,B., BOUYSSOU, D. Aide multícritêre à la décision: méthodes et caso Paris: E<lOnomlca, 199á.SAATY,T.Llhuna/yfichierart3l'Jy processo Ptttsburgh: RWS Publicatlons, 1990 (Traduzido para o portuguêssob o título Método de análise hierarquica. São Paulo: Mak.ron Books, 1991.).~~-=--:" Decision ma({jng for leaders. Pittsburgtl: PWS Publications, 1995.VlNGKE, P.rAide multicritêre à la décísion. Paris: Ellipses, 1989.

Artigo recebido pela Redação da RAE em maio/1996, avaliado e aprovado para publicação em maio/1996.