Modulo 3 Análise Das Demonstrações Financeiras Parte II R1 08

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Parte 2 A Análise com base em índices

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analise das dem financeiras

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Parte 2

A Análise com base em índices

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Análise através de índices Financeiros

Um índice nada mais é do que uma relação entre

duas ou mais grandezas;

A partir de valores extraidos do balanço e da DRE é

possível construir-se uma série de ìndices;

Cada empresa deve selecionar os índices que

podem ser mais significativos para fins de análise do

negócio;

Deve ser ressaltado no entanto que um índice

financeiro isoladamente não representa

praticamnente nada , ou seja a sua utilidade só é

verdadeira quando associado a outros índices

estabelecidos pela empresa;

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Análise através de índices Financeiros

Tipos de Índices Financeiros

Zdanowicz, comenta que os índices financeiros podem

ser subdivididos em:

Indicadores não operacionais:

refletem a posição da empresa em um determinado

momento;

São extraídos a partir dos dados do Balanço e

guardam uma relação bem próxima com o fluxo de

caixa da empresa;

Indicadores financeiros operacionais:

São os que refletem o dinamismo da empresa, em

decorrência de suas atividades econômicas de um

determinado período;

A fonte de dados para o cálculo destes índices e a

DRE;

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Análise através de índices Financeiros

Tipos de Índices Financeiros

Indicadores Financeiros Globais :

Também são chamados de indicadores de atividade;

São elaborados a partir dos dados da DRE e do

Balanço;

A sua utilidade consiste em permitir ao gestor

financeiro, realizar com segurança a avaliação dos

investimentos aplicados, principalmente os de curto

prazo que irão refletir na prática o fluxo de caixa da

firma;

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Análise através de índices Financeiros

O Processo de Análise

O Processo de análise , utilizando-se os índices

financeiros é realizado através dos seguintes

aspectos:

Análise sob o aspecto financeiro;

Análise de índices pelo aspecto econômico;

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Análise sob o aspecto financeiro

Esta análise focaliza a liquidez , tendo como objetivo

a mensuração da capacidade da empresa em pagar

seus compromissos na data de seus vencimentos;

Esta medida é proporcionada através de índices ou

indicadores de liquidez;

Estes índices são fornecidos através de relações

que podem ser estabelecidas entre algumas contas

do ativo, passivo e pl;

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Análise sob o aspecto financeiro

Índices Financeiros

Liquidez imediata;

Liquidez seca;

Liquidez corrente;

Liquidez total;

Solvência geral;

Endividamento;

Garantia de capitais de 3s;

Imobilização de capitais próprios;

Capital Circulante;

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Índice de Liquidez Imediata Informa o quanto de dívidas a curto prazo da empresa

pode ser saldado de imediato, ou seja utilizando-se apenas o caixa existente no momento;

PC

DILi

D= disponibilidades

PC= passivo circulante

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Índice de Liquidez Seca

Consiste no índice de liquidez excluindo a

participação dos estoques do ativo circulante;

No seu cálculo devem ser feitas as seguintes

correções sobre os valores a receber da empresa:

Devem ser deduzidos do contas a receber, as

“duplicatas descontadas” pela empresa”;

Deve ser deduzida a provisão para créditos de

liquidação duvidosa:

Devem ser deduzidos os devedores duvidosos e

incobráveis;

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Índice de Liquidez Seca

PC

EACILs

AC= Ativo Circulante

E = Estoques

PC = Passivo Circulante

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Índice de Liquidez Corrente

Consiste em um indicador muito utilizado em análise financeira;

Ele estabelece a relação entre o conjunto de bens e direitos realizáveis líquidos de curto prazo e as obrigações de curto prazo da empresa;

No entanto apresenta uma deficiência relativamente séria, que consiste na consideração dos estoques como garantia de liquidez;

Na realidade os estoques são uma garantia de solvência e não de liquidez, daí utilizar-se conjuntamente com este índice o índice de liquidez seca;

No seu cálculo, além das correções propostas anteriormente para o contas a receber, também devem ser consideradas as seguintes em relação aos estoques:

Deduzir os estoques obsoletos e outros itens cuja rotação é nula ou muito baixa;

Valorar os estoques pelo seu preço de reposição;

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Índice de liquidez corrente

PC

ACILc

AC= Ativo Circulante

PC = Passivo Circulante

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Índice de liquidez total Este índice demonstra a situação financeira da empresa

a longo prazo, ou seja é a relação entre a totalidade dos capitais circulantes próprios da empresa e do capital de terceiros;

AC= ativo circulante

RLP= realizável a longo prazo

PC= passivo circulante

ELP = exigível a longo prazo

ELPPC

RLPACI lt

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Evolução da Liquidez

Exemplo

Evolução da Liquidez

0 ,0 3 0 ,0 2 0 ,0 1

0 ,9 0 0 ,8 7 0 ,8 3

1,461,61

1,50

1,18

0 ,8 80 ,74

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2001 2002 2003

Anos

ìnd

ice

Liquidez Imediata Liquidez Seca Liquidez corrente Liquidez totall

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Solvência Geral

ELPPC

ATSG

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Solvência Geral

Mede a avaliação da capacidade financeira da empresa a longo prazo para satisfazer os compromissos assumidos perante terceiros exigíveis a qualquer prazo;

Este índice consiste em um indicador financeiro muito útil para medir-se a capacidade financeira da empresa;

A análise da solvência geral, é realizada em função dos valores que são obtidos pelo cálculo da relação entre o conjunto de bens e direitos da empresa e o total das obrigações com terceiros;

Podemos ter três situações distintas:

SG>1;

SG=1;

SG<1;

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Solvência Geral

SG <1 : implica que a empresa estará operando com passivo a descoberto, pois seu ativo, a valor contábil, não é suficiente para saldar os compromissos assumidos perante terceiros;

SG =1 : isto indica que , a valor contábil, temos um ativo totalmente comprometido com os recursos derivados de terceiros;

Portanto neste caso o capital dos proprietários em termos contábeis será igual a zero!;

Neste caso temos uma condição de pré insolvência, que indica a necessidade urgente de se elaborar um plano de contingências ou ainda em uma situação mais grave de um plano de recuperação;

SG>1 : neste caso a empresa possui bens e direitos , á valor contábil, suficientes para dar cobertura a todas as exigibilidades de curto e longo prazoa;

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Evolução Solvência Geral

Exemplo

Evolução Solvência Geral

1,6 5

1,55

1,4 2

1,30

1,40

1,50

1,60

1,70

2001 2002 2003

Anos

Índic

e

Solvência Geral

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Endividamento

Indica o grau de endividamento total da empresa;

Quanto menor for o seu grau de endividamento, maior será a capacidade financeira da empresa a longo prazo;

Caso tenhamos um índice de endividamento próximo a unidade, teremos uma situação em que a o ativo total está sendo financiado quase que exclusivamente por recursos derivados de terceiros, sendo nulo o seu capital próprio;

Portanto para a empresa operar com uma boa autonomia financeira , o seu grau de endividamento deverá estar próximo de zero;

No entanto este efeito de utilização de capital de terceiros, também chamado de alavancagem financeira, pode ser muito útil em função da natureza do negócio e de sua rentabilidade;

Para uma análise consistente deste índice recomenda-se a comparação de quatro ou mais exercícios consecutivos, para ter-se uma posição histórica;

Além disto deve-se sempre observar-se o grau de endividamento da firma comparativamente ao setor onde atua;

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Evolução Endividamento

Exemplo

Evolução Endividamento

0,61

0,65

0,70

0,54

0,560,58

0,600,62

0,640,66

0,680,70

0,72

2001 2002 2003

Anos

ìnd

ice

Endividamento

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Solvência Geral x Endividamento

Evolução Solvência Geral

1,6 5

1,55

1,4 2

1,30

1,40

1,50

1,60

1,70

2001 2002 2003

Anos

Índic

e

Solvência Geral

Evolução Endividamento

0,61

0,65

0,70

0,54

0,560,58

0,600,62

0,640,66

0,680,70

0,72

2001 2002 2003

Anos

ìnd

ice

Endividamento

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Garantia de Capital de Terceiros

PL

ELPPCGT

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Garantia de Capital de Terceiros

Mostra a forma como a empresa oferece garantias para os seus credores;

Consiste em um indicador importante na obtenção de crédito , principalmente no longo prazo;

Podemos ter as seguintes situações:

GT<1: neste caso a empresa não oferece cobertura aos capitais de terceiros aplicados nela;

GT= 1: significa que o ativo da empresa está financiado em partes iguais por capitais próprios e de terceiros;

GT>1 : neste caso a empresa financia os seus ativos com uma proporção maior de capital próprio que o capital de terceiros;

Portanto quanto maior for o o grau de garantia de capital de terceiros , maior será a segurança dos credores em emprestar recursos a empresa;

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Evolução Garantia Capital de Terceiros

Evolução

Garantia de Capital de Terceiros

1,551,83

2,39

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

2001 2002 2003

Anos

Índic

e

Garantia de Capital de Terceiros

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Imobilização Capital Próprio

PL

APICP

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Imobilização do Capital Próprio

Um dos princípios que regem a administração

financeira saudável, consiste no financiamento de

bens e direitos do ativo permanente,

prioritariamente, pelos recursos próprios, e quando

estes forem insuficientes devem ser completados

por recursos derivados de terceiros;

Neste caso, estes recursos obrigatoriamente

deverão ser recursos de longo prazo;

Isto porque o retorno do imobilizado também se dá

no longo prazo, assim teremos um casamento do

caixa nesta situação entre a amortização de longo

prazo e a geração futura de caixa por estes ativos;

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Imobilização do Capital Próprio

Podemos ter três situações distintas:

imobilização de capital próprio > 1: neste caso a empresa

financia todo o seu ativo permanente e parte do seu ativo

circulante com o seu capital próprio;

Imobilização do capital próprio igual a unidade : implica que

o ativo permanente é constituído segundo aplicações

exclusivas de capitais próprios, neste caso não há margem

de financiamento de itens do capital de giro da empresa;

Imobilização do capital próprio <1 : implica que a empresa

estará operando com uma parcela maior de capitais de

terceiros em relação aos capitais próprios, que serão

aplicados no ativo permanente, portanto a empresa está

financiando parte do seu ativo permanente e do seu capital

de giro com o capital de terceiros;

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Exercicio

Realizar a análise do balanço abaixo sob a ótica da

análise financeira:

1 2

Ativo

Ativo Circulante

Disponivel 565.605 38.433

Contas a Receber 977.283 1.558.815

Estoques 744.832 715.621

Total do Circulante 2.287.720 2.312.869

Ativo nao Circulante

Realizavel a Longo Prazo 498.249 571.292

Investimentos 179.856 220.255

Imobilizado Liquido 1.246.951 3.001.351

Ativo Diferido - 2.545

Ativo nao Circulante Total 1.925.056 3.795.443

Ativo Total 4.212.776 6.108.312

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Exercicio

Passivo+PL 1 2

Passivo Circulante

Fornecedores 1.027.441 843.706

Emprestimos Curto prazo 130.944 891.350

Salarios e Encargos 114.994 262.484

Impostos a Pagar 56.192 54.076

Contas a Pagar 129.056 717

Total Passivo Circulante 1.458.627 2.052.333

Passivo nao Circulante 431.122 1.113.533

Patrimonio Liquido

Capital Social 161.818 1.697.172

Reservas de Capital 1.482.727 404.013

Reservas de Lucros 223.439 273.628

Lucros Acumulados 455.043 567.633

Total do PL 2.323.027 2.942.446

Passivo Total 4.212.776 6.108.312