Módulo 4 unidade 1
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A demografia do Antigo Regime
SUMÁRIO (3-4)
• Módulo 4 – A Europa nos séculos XVII e XVIII – Sociedade, Poder e Dinâmicas Coloniais.• População da Europa nos séculos XVII e
XVIII: crises e crescimento.• Economia e população;• O modelo demográfico antigo;• O século XVII.
A demografia do Antigo Regime
Regime demográfico do Antigo Regime
1550 1650 c.1750
• Crescimento lento e reversível
• Sujeito a crises demográficas de caráter cíclico: trilogia negra = fomes/pestes/guerras
Louis Le Nain, Uma família camponesa, 1641.
No regime demográfico do Antigo Regime existem diferenças entre o século XVII e XVIII: o século XVII foi marcado pelo
recuo ou estagnação populacional, consoante as zonas geográficas;
o século XVIII revelou a tendência para o crescimento.
A demografia do Antigo Regime
O modelo demográfico do Antigo Regime está relacionado com a economia pré-industrial:• agrária e rural: de
subsistência; • pouco produtiva: com
atraso técnico nos instrumentos e nos métodos de cultivo;
• sujeita a variações climáticas;
• marcada por desequilíbrios entre a oferta e a procura.
Louis Le Nain, Uma família camponesa, "la charrette“, 1641.
A demografia do Antigo Regime
A economia pré-industrial
A população europeia manteve-se essencialmente rural.
Os rendimentos eram insuficientes.
A demografia do Antigo Regime
O regime demográfico do Antigo Regime caracterizava-se por grandes flutuações nos índices da população.
Motivos das flutuações demográficas: a maior ou menor disponibilidade dos recursos
alimentares; o preço dos cereais; as alterações climáticas; as epidemias; o estado de guerra; as condições de higiene e de saúde pública; as condições materiais de vida das populações.
A demografia do Antigo Regime
Este regime demográfico foi caracterizado por:
– elevadas taxas de natalidade (40%);
– altas taxas de mortalidade (30% a 35%);
– a mortalidade infantil era muito elevada: • uma em cada quatro
crianças não completava um ano de vida;
• outras tantas não atingiam os 20 anos de idade.
Louis Le Nain, Visita à avó, 1641.Em média, as famílias tinham 5 a 7 filhos.
Chegar à idade adulta e à velhice era difícil.
Na Europa do Antigo Regime demográfico, o casamento era tardio mas cada mulher, em média, dava à luz 6 a 7 vezes.
A demografia do Antigo Regime
Este regime demográfico foi caracterizado por: – a esperança de vida à
nascença era baixa, situando-se em média entre os 30 e os 33 anos de idade;
– a população europeia era jovem devido às taxas de natalidade elevadas e à baixa esperança média de vida;
– a Europa registava uma taxa populacional baixa, em consequência da alta mortalidade.
Louis Le Nain, Cena de uma família camponesa à lareira, 1641.
A demografia do Antigo Regime
As crises demográficas de caráter cíclico são a característica mais marcante do modelo demográfico do Antigo Regime.
Ocorrem quando:• há rutura brusca e
violenta na evolução da população;
• a mortalidade dispara para 3 x ou mais os valores normais.
Estas crises demográficas são acompanhadas da diminuição da natalidade.
A demografia do Antigo Regime
ANALISAR UM GRÁFICOCRISE DE 1661-1662 na região rural do sul de Paris
A demografia do Antigo RegimeCRISE DE 1661-1662 na região rural do sul de Paris
ANALISAR UM GRÁFICO
A demografia do Antigo RegimeCRISE DE 1661-1662 na região rural do sul de Paris
ANALISAR UM GRÁFICO
A demografia do Antigo Regime
SUMÁRIO (5-6)
• Módulo 4 – A Europa nos séculos XVII e XVIII – Sociedade, Poder e Dinâmicas Coloniais.• População da Europa nos séculos XVII e
XVIII: crises e crescimento (continuação).• O século XVII (conclusão);;• A transição no século XVIII para uma
demografia moderna.
A demografia do Antigo RegimeSéculo XVII O “século negro”A coincidência de mais do que um destes fatores (fomes, epidemias e guerras) causava anos calamitosos, responsáveis pela ocorrência da crise demográfica:
– a crise demográfica ocorria quando a mortalidade se tornava catastrófica, isto é, quando os óbitos superavam três vezes ou mais os nascimentos;
– as crises demográficas provocavam um recuo populacional significativo e estava geralmente ligada à falta de cereais o que conduzia a uma subida dos preços ;
– a maior parte da população não podia adquirir alimentos despoletando fomes e, consequentemente fazia aumentar o número dos óbitos;
– a par dos idosos, os mais afetados eram as crianças;
– a recuperação era, no entanto, rápida, repondo assim os níveis de natalidade.
DoençaPESTE
(EPIDEMIAS)
GUERRASCivis
Revoltas sociaisGuerra dos 30 anos
FomesMAUS ANOS AGRÍCOLAS
A demografia do Antigo Regime
Alta do preço dos cereais
Menos cereais Fraca produtividade
Falta de abastecimentos
e de reservas
CRISE DE ANTIGO REGIME
MÁ COLHEITA ou série de más
colheitas (técnicas
rudimentares e acidentes
climáticos) FOME Enfraquecimento dos organismos
ALTA TAXA DE MORTALIDADE
EPIDEMIA Peste, tifo, ou
outro surto
GUERRA
Pilhagens Destruição dos campos
Propagação de doenças
Deslocação e fuga de
populações
Alta do preço dos cereais
Menos cereais Fraca produtividade
Falta de abastecimentos
e de reservas
MÁ COLHEITA ou série de más
colheitas (técnicas
rudimentares e maus anos agrícolas) FOME
Enfraquecimento dos organismos
ALTA TAXA DE MORTALIDADE
EPIDEMIA Peste, tifo, ou
outro surto
GUERRA
Pilhagens (destruição dos
campos)
A demografia do Antigo Regime
A transição no século XVIII para uma demografia moderna
• A estagnação e a regressão demográfica inverteu-se no decurso do século XVIII.
• Principais fatores das melhorias nos indicadores demográficos:‐ a diminuição da frequência e intensidade das
crises demográfica;‐ os fatores agravantes, pestes, fomes e
guerras, foram menos frequentes.
• Os fatores que contribuíram para a redução das taxas de mortalidade, indicador central da nova demografia, foram os seguintes:‐ as melhorias climáticas e boas colheitas;‐ a introdução de novos alimentos, como o milho
e a batata, contribuíram para colmatar as ausências de trigo e a sua carestia;
‐ os legumes e a fruta permitiram uma alimentação mais diversificada e equilibrada;
‐ a melhoria dos transportes que possibilitou a maior circulação de bens alimentares;
‐ a melhoria das condições materiais nas habitações, tornando-as menos frias e com melhores condições de higiene;
‐ a promoção de medidas de saúde pública para combater as epidemias, por parte dos Estados e governos mais centralizados;
‐ o aparecimento da ratazana contribuiu para eliminar o rato negro responsável pela difusão da peste.
Jean-Batiste Greuze, Epifania (ou Festa dos Reis, também conhecida como O Bolo dos Reis), 1774.
A demografia do Antigo Regime
Os fatores que contribuíram para a redução das taxas de mortalidade, indicador central da nova demografia, foram os seguintes:– A utilização do quinino para debelar as
febres e a descoberta, em 1789, da vacina contra a varíola, por Edward Jenner (embora os efeitos da sua utilização fossem mais significativos a partir do século XIX);
– A assistência durante o parto, por médicos e por parteiras, permitiu melhorar as condições dos nascimentos a partir da segunda metade do século XVIII;
– A alteração dos cuidados com as crianças melhorou as condições de vida na infância e diminuiu, progressivamente, a mortalidade infantil. Elisabeth Vigée-Lebrun, Autoretrato
com a sua filha Julie, 1786.
A demografia do Antigo RegimeA EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO EUROPEIA E MUNDIAL DA IDADE
MÉDIA À ÉPOCA CONTEMPORÂNEA (século V ao século XIX)
A demografia do Antigo Regime
23/09/2013 SUMÁRIO (7-8)
• Módulo 4 – A Europa nos séculos XVII e XVIII – Sociedade, Poder e Dinâmicas Coloniais.
• População da Europa nos séculos XVII e XVIII: crises e crescimento.
• Consolidação de conhecimentos (realização da ficha 1 do caderno do aluno).
A demografia do Antigo Regime
24/09/2013 SUMÁRIO (9-10)
• Módulo 4 – A Europa nos séculos XVII e XVIII – Sociedade, Poder e Dinâmicas Coloniais.
• População da Europa nos séculos XVII e XVIII: crises e crescimento.
• Avaliação dos alunos nº 4,7,15,16,19,22,23,24,25 e 26 no domínio da oralidade.