MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

19
Oficina de Formação AVALIAÇÃO PARA AS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS EM CIÊNCIAS DO 1º E 2º CEB: reflexão, planificação e melhoria das práticas didáticas.

Transcript of MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

Page 1: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

Oficina de Formação

AVALIAÇÃO PARA AS APRENDIZAGENS DOS

ALUNOS EM CIÊNCIAS DO 1º E 2º CEB: reflexão, planificação e melhoria das práticas didáticas.

Page 2: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

Oficina de Formação

MÓDULO 1. Enquadramento conceptual:

avaliação das aprendizagens

dos alunos no ensino básico

Maria Pedro Silva

Page 3: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

OFI

CIN

A D

E FO

RM

ÃO

AV

AL

IAÇ

ÃO

PA

RA

AS

AP

RE

ND

IZA

GE

NS

DO

S A

LU

NO

S E

M

CIÊ

NC

IAS

DO

1.º

E 2

.º C

EB

: re

fle

o, p

lanific

ação

e m

elh

oria

da

s p

rática

s d

idática

s.

1.1. Conceptualizações de Avaliação

1.1.1. A Avaliação como medida;

1.1.2. A Avaliação como descrição;

1.1.3. A Avaliação como juízo de valor;

1.1.4. A Avaliação como negociação e como construção.

1.2. Orientações para a prática de uma avaliação ALTERNATIVA/FORMADORA

1.3. A avaliação das aprendizagens dos alunos no Ensino Básico

(enquadramento legal das práticas avaliativas dos docentes).

1.3.1 Consulta da legislação em vigor.

Page 4: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

CERTIFICAR conhecimentos

OFI

CIN

A D

E FO

RM

ÃO

AV

AL

IAÇ

ÃO

PA

RA

AS

AP

RE

ND

IZA

GE

NS

DO

S A

LU

NO

S E

M

CIÊ

NC

IAS

DO

E 2

º C

EB

: re

fle

o, p

lanific

ação

e m

elh

oria

da

s p

rática

s d

idática

s.

1.2. CONCEPTUALIZAÇÕES DE AVALIAÇÃO

análise das respostas dadas ao inquérito por questionário “AVALIAÇÃO PARA AS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS DO ENSINO BÁSICO EMCIÊNCIAS DO 1.º E 2.º CEB“ – Parte II questão 14 (Descreva, de forma sintética, o que entende por avaliação das aprendizagens dos alunos)

AVALIAR É:

Fundamentar o processo de TOMADA DE

DECISÃO sobre o que se pode e deve fazer

de maneira diferente

(e como)

Page 5: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

OFI

CIN

A D

E FO

RM

ÃO

AV

AL

IAÇ

ÃO

PA

RA

AS

AP

RE

ND

IZA

GE

NS

DO

S A

LU

NO

S E

M

CIÊ

NC

IAS

DO

E 2

º C

EB

: re

fle

o, p

lanific

ação

e m

elh

oria

da

s p

rática

s d

idática

s.

1.1. CONCEPTUALIZAÇÕES DE AVALIAÇÃO:

avaliação como medida

“(…) a avaliação era uma questão essencialmente técnica que, através de testes bem

construídos, permitia medir com rigor e isenção as aprendizagens escolares dos alunos”

(Fernandes, 2004, p. 10).

PSICOMETRIA

• Utilização de testes para medição do coeficiente de inteligência e a aptidãomental de cada indivíduo (encaminhamento e orientação dos jovens empercursos militares).

CONTEXTOS EDUCACION

AIS

• os testes psicométricos permitiam uma fácil classificação e medição dosprogressos dos alunos.

NORMA

• Testes estandardizados, aplicados de igual forma a todos os alunos, com afinalidade de medir, com rigor e objetividade, os resultados da aprendizageme, por sua vez, avaliar o sistema educativo.

Guba & Lincoln (1983); Valadares e Graça (1998); Correia (2004); Fernandes ( 2007, 2008); Figari (2007).

Page 6: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

OFI

CIN

A D

E FO

RM

ÃO

AV

AL

IAÇ

ÃO

PA

RA

AS

AP

RE

ND

IZA

GE

NS

DO

S A

LU

NO

S E

M

CIÊ

NC

IAS

DO

E 2

º C

EB

: re

fle

o, p

lanific

ação

e m

elh

oria

da

s p

rática

s d

idática

s.

- Prevalecem as funções sumativa, classificativa e seletiva da

avaliação; TESTAR conhecimentos.

CERTIFICAR conhecimentos.

MENSURAR conteúdos

- O objeto de avaliação são apenas os conhecimentos;

- Há pouca, ou nenhuma, participação dos alunos no

processo;

- A avaliação é, em geral, descontextualizada;

- Privilegia-se a quantificação das aprendizagens em busca da

objetividade;

- Dá ênfase a uma avaliação normativa em que a mesma é

referida a uma norma ou padrão (por exemplo, a média).

1.1. CONCEPTUALIZAÇÕES DE AVALIAÇÃO:

avaliação como medida

REPRODUZIR conteúdos

Guba & Lincoln (1983); Valadares e Graça (1998); Correia, (2004); Fernandes (2007; 2008); Figari (2007).

nesta conceptualização:

Page 7: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

OFI

CIN

A D

E FO

RM

ÃO

AV

AL

IAÇ

ÃO

PA

RA

AS

AP

RE

ND

IZA

GE

NS

DO

S A

LU

NO

S E

M

CIÊ

NC

IAS

DO

E 2

º C

EB

: re

fle

o, p

lanific

ação

e m

elh

oria

da

s p

rática

s d

idática

s.

"Obviamente que, a certa altura, acabou por se considerar que era limitador avaliar um

sistema educativo apenas com base nos resultados dos alunos. Há muitos outros

intervenientes que têm que ser considerados e envolvidos" (Fernandes, 2004, p. 11)

• Assumir o conhecimento como único objeto de avaliação élimitador (capacidades e atitudes).

OBJETIVOS

• Formulação prévia de objetivos permite avaliar com maiorcoerência.

AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

• Avaliação centrada nos resultados (consecução dosobjetivos pré-definidos)

A medida deixa de ser sinónimo de avaliação e passa a ser uma técnica ao seu serviço.

Elemento REGULADOR

1.1. CONCEPTUALIZAÇÕES DE AVALIAÇÃO:

avaliação como descrição

Leite, C. (2002), Valadares e Graça (1998); Correia (2004); Fernandes (2008); Figari, (2007).

Page 8: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

OFI

CIN

A D

E FO

RM

ÃO

AV

AL

IAÇ

ÃO

PA

RA

AS

AP

RE

ND

IZA

GE

NS

DO

S A

LU

NO

S E

M

CIÊ

NC

IAS

DO

E 2

º C

EB

: re

fle

o, p

lanific

ação

e m

elh

oria

da

s p

rática

s d

idática

s.

a avaliação conduz a formulação de JUÍZOS DE VALOR.

FINALIDADE

• A avaliação é mais que a recolha deinformação, é um ato de julgamento,entendido como processo de tomada dedecisão.

FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO

• Distinção entre avaliação sumativa(prestação de contas, certificação, seleção) eavaliação formativa(desenvolvimento, melhoria e regulação doprocesso de ensino e de aprendizagem).

REGULAÇÃO DO

PROCESSSO DE E-APZ

• Recolha de informação;

• Interpretação da informação;

• Adaptação das atividades/tarefas/estratégias.

1.1. CONCEPTUALIZAÇÕES DE AVALIAÇÃO:

avaliação como juízo de valor

INFORMAR os intervenientes no

processo de E-APZ sobre as aprendizagens

realizadas por referência às esperadas

Elemento INTEGRADOR e REGULADOR do processo de E-

APZ

RECOLHER e ANALISAR

informação de forma contínua e

sistemática

Allal (1986); Guba & Lincoln (1989); Leite, C. (2002); Hadji (1994); Fernandes (2008); Figari, (2007).

Fundamentar o processo

de TOMADA DE DECISÃO

sobre o que se pode e deve

fazer de maneira diferente

(e como)

Page 9: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

OFI

CIN

A D

E FO

RM

ÃO

AV

AL

IAÇ

ÃO

PA

RA

AS

AP

RE

ND

IZA

GE

NS

DO

S A

LU

NO

S E

M

CIÊ

NC

IAS

DO

E 2

º C

EB

: re

fle

o, p

lanific

ação

e m

elh

oria

da

s p

rática

s d

idática

s.

1.1. CONCEPTUALIZAÇÕES DE AVALIAÇÃO:

avaliação como negociação e construção

1

• A avaliação é um conceito de difícil definição. Depende de quem a faz e dequem nela participa;

2

• Processo partilhado entre alunos, professores, pais, …, com recurso a umadiversidade de técnicas e instrumentos de avaliação;

3

• Integrada no processo de ensino e de aprendizagem, sendo a sua funçãoformativa a sua função principal (melhorar, desenvolver, aprender e motivar);

5• Feedback é fundamental/indispensável na promoção do sucesso dos alunos;

6

• Avaliação deve estar ao serviço da aprendizagem e não ao serviço daclassificação;

7• Avaliar implica negociar o que se pretende avaliar;

NEGOCIAÇÃO

dos objetivos

gerais e

descritores

AVALIAÇÃO ALTERNATIVA/AUTÊNTICA/FORMADORA

Cardinet (1986); Guba & Lincoln (1989); Fernandes (2008)

Page 10: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

OFI

CIN

A D

E FO

RM

ÃO

AV

AL

IAÇ

ÃO

PA

RA

AS

AP

RE

ND

IZA

GE

NS

DO

S A

LU

NO

S E

M

CIÊ

NC

IAS

DO

E 2

º C

EB

: re

fle

o, p

lanific

ação

e m

elh

oria

da

s p

rática

s d

idática

s.

1.2. ORIENTAÇÕES PARA A PRÁTICA DE UMA AVALIAÇÃO

ALTERNATIVA/FORMADORA

INTEGRAÇÃO

E-APZ-AV

Regular o processo de ensino e de aprendizagem;

Selecionar tarefas que, simultaneamente, são para ensinar, aprender e

avaliar;

SELEÇÃO DE

TAREFAS

Não precisamos de mais tarefas, necessitamos antes de melhores

tarefas relacionar, mobilizar, associar e integrar um diversificado leque de aprendizagens.

tarefas

novas formas de avaliar!!!

Cardinet (1986); Guba & Lincoln (1989); Fernandes (2008)

Page 11: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

OFI

CIN

A D

E FO

RM

ÃO

AV

AL

IAÇ

ÃO

PA

RA

AS

AP

RE

ND

IZA

GE

NS

DO

S A

LU

NO

S E

M

CIÊ

NC

IAS

DO

E 2

º C

EB

: re

fle

o, p

lanific

ação

e m

elh

oria

da

s p

rática

s d

idática

s.

1.2. ORIENTAÇÕES PARA A PRÁTICA DE UMA AVALIAÇÃO

ALTERNATIVA/FORMADORA

FUNÇÕES

função SUMATIVAbalanço final, em que se efetua uma visão global relativamente a um todo.

função FORMATIVAaprendizagem que se leva a cabo durante o processo de ensino e de aprendizagem.

CLASSIFICAÇÃOORDENAÇÃOSELEÇÃOCERTIFICAÇÃO

AUTO-REGULAÇÃO

APOIO À APZREGULAÇÃO MOTIVAÇÃODIAGNÓSTICO

EQUILÍBRIO ENTRE A FUNÇÃO SUMATIVA E A FUNÇÃO FORMATIVA!!!

Cardinet (1986); Guba & Lincoln (1989); Fernandes (2008)

Page 12: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

OFI

CIN

A D

E FO

RM

ÃO

AV

AL

IAÇ

ÃO

PA

RA

AS

AP

RE

ND

IZA

GE

NS

DO

S A

LU

NO

S E

M

CIÊ

NC

IAS

DO

E 2

º C

EB

: re

fle

o, p

lanific

ação

e m

elh

oria

da

s p

rática

s d

idática

s.

1.2. ORIENTAÇÕES PARA A PRÁTICA DE UMA AVALIAÇÃO

ALTERNATIVA/FORMADORA

TRIANGULAÇÃO

Não é possível avaliar tudo o que o aluno sabe e é capaz de fazer.

Triangulação de estratégias, técnicas e instrumentosRecorrer a diversificadas técnicas e instrumentos de recolha de dados (testes; listas de

verificação; escalas classificadas; relatórios; comentários; portefólios; observações;

conversas (entrevistas); trabalhos…) - http://cms.ua.pt/aaac/node/1

Triangulação de intervenientesParticipação ativa de todos os intervenientes no processo de ensino e de

aprendizagem e, consequentemente, de avaliação (autoavaliação; heteroavaliação;

avaliação por pares; encarregados de educação; outros professores…)

Triangulação de espaços e de tempoAvaliar em diferentes contextos de ensino e de aprendizagem (aulas; visitas a museus;

instituições; centros de ciência…) e em períodos de tempo diversificados (avaliação

contínua e sistemática com funções diagnósticas, formativas e sumativas)

TRANSPARÊNCIA NEGOCIAÇÃO E CLARIFICAÇÃOOs objetivos e descritores de avaliação devem ser claros para os alunos e servirem de

referencial à sua aprendizagem. Devem estar disponíveis para consulta sempre que

requerido.

Cardinet (1986); Guba & Lincoln (1989); Fernandes (2008)

Page 13: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

OFI

CIN

A D

E FO

RM

ÃO

AV

AL

IAÇ

ÃO

PA

RA

AS

AP

RE

ND

IZA

GE

NS

DO

S A

LU

NO

S E

M

CIÊ

NC

IAS

DO

E 2

º C

EB

: re

fle

o, p

lanific

ação

e m

elh

oria

da

s p

rática

s d

idática

s.

1.3. A AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS NO

ENSINO BÁSICO (ENQUADRAMENTO LEGAL DAS PRÁTICAS

AVALIATIVAS DOS DOCENTES).

Despacho Normativo n.º 14/2011, Diário da República, 2.ª Série, N.º 222, 18 de

novembro de 2011regulamenta os princípios e procedimentos a observar na avaliação das aprendizagens e competências aos

alunos dos três ciclos do ensino básico – introdução de ajustamentos aos despachos normativos n.º 1/2005

e n.º 6/2010.

Despacho Normativo n.º 24-A/2012, Diário da República, 2.ª Série, N.º 236, 6

de dezembro de 2012regulamenta a avaliação do Ensino Básico

Decreto-Lei n.º 139/2012, Diário da República, 1.ª Série, N.º 129, 5 de julho de 2012 princípios orientadores da organização e da gestão dos currículos, da avaliação dos conhecimento e

capacidades a adquirir e a desenvolver pelos alunos do Ensino Básico e do Ensino Secundário

Page 14: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

OFI

CIN

A D

E FO

RM

ÃO

AV

AL

IAÇ

ÃO

PA

RA

AS

AP

RE

ND

IZA

GE

NS

DO

S A

LU

NO

S E

M

CIÊ

NC

IAS

DO

E 2

º C

EB

: re

fle

o, p

lanific

ação

e m

elh

oria

da

s p

rática

s d

idática

s.

1.3. A AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS NO

ENSINO BÁSICO

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA AVALIAÇÃO (DN n.º 14/2011[A]; DL n.º 139/2012 [B] e DN n.º 24-A/2012 [C])

CONCEPÇÃO DE

AVALIAÇÃO

“A avaliação dos alunos incide sobre os conteúdos definidos nos programas

e tem como referência as metas curriculares em vigor para as diversas

áreas disciplinares no 1º ciclo e disciplinas nos 2.º e 3.º ciclos”

[A] – artigo 5.º ponto 1

FINALIDADES DA

AVALIAÇÃO

1. “A avaliação é um elemento integrante e regulador da prática educativa,

permitindo uma recolha sistemática de informações que, uma vez

analisadas, apoiam a tomada de decisões adequadas à promoção da

qualidade das aprendizagens”

2. “A avaliação visa:

- Apoiar o processo educativo, de modo a sustentar o sucesso de todos

os alunos, permitindo o reajustamento dos projectos curriculares de

escola e de turma, nomeadamente, quanto à seleção de metodologias e

recursos, em função das necessidades educativas dos alunos;

- Certificar as diversas aprendizagens e competências adquiridas pelo

aluno, no final de cada ciclo e à saída do ensino básico, através da

avaliação sumativa interna e externa;

- Contribuir para melhorar a qualidade do sistema educativo,

possibilitando a tomada de decisões para o seu aperfeiçoamento e

promovendo uma maior confiança social no seu funcionamento”.

[A] – FINALIDADES

3. “A avaliação tem por objetivo a melhoria do ensino através da verificação

dos conhecimentos adquiridos e das capacidades desenvolvidas nos

alunos e da aferição do grau de cumprimento das metas curriculares

globalmente fixadas para os níveis de ensino básico e secundário”.[B] – artigo 23.º ponto 2

Page 15: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

OFI

CIN

A D

E FO

RM

ÃO

AV

AL

IAÇ

ÃO

PA

RA

AS

AP

RE

ND

IZA

GE

NS

DO

S A

LU

NO

S E

M

CIÊ

NC

IAS

DO

E 2

º C

EB

: re

fle

o, p

lanific

ação

e m

elh

oria

da

s p

rática

s d

idática

s.

1.3. A AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS NO

ENSINO BÁSICO

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA AVALIAÇÃO (DN n.º 14/2011[A]; DL n.º 139/2012 [B] e DN n.º 24-A/2012 [C])

CONCEPTUALIZAÇÃO

DE AVALIAÇÃO

“A avaliação diagnóstica realiza-se no início de cada ano de escolaridade

ou sempre que seja considerado oportuno, devendo fundamentar

estratégias de diferenciação pedagógicas, de superação de eventuais

dificuldades dos alunos, de facilitação da sua integração escolar e de apoio

à orientação escolar e vocacional.

A avaliação formativa assume carácter contínuo e sistemático, recorre a

uma variedade de instrumentos de recolha de informação adequados à

diversidade da aprendizagem e às circunstâncias em que ocorrem,

permitindo ao professor, ao aluno, ao encarregado de educação e a outras

pessoas ou entidades legalmente autorizadas obter informação sobre o

desenvolvimento da aprendizagem, com vista ao ajustamento de processos

e estratégias.

A avaliação sumativa traduz-se na formulação de um juízo global sobre a

aprendizagem realizada pelos alunos, tendo como objetivos a classificação

e a certificação, e inclui:

a) A avaliação sumativa interna, da responsabilidade dos professores e

dos órgãos de gestão e administração dos agrupamentos de escolas e

escolas não agrupadas;

b) A avaliação sumativa externa, da responsabilidade dos serviços ou

entidades do Ministério da Educação e Ciência designados para o

efeito”.

[B] – artigo 24.º pontos 2, 3 e 4

Page 16: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

OFI

CIN

A D

E FO

RM

ÃO

AV

AL

IAÇ

ÃO

PA

RA

AS

AP

RE

ND

IZA

GE

NS

DO

S A

LU

NO

S E

M

CIÊ

NC

IAS

DO

E 2

º C

EB

: re

fle

o, p

lanific

ação

e m

elh

oria

da

s p

rática

s d

idática

s.

1.3. A AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS NO

ENSINO BÁSICO

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA AVALIAÇÃO (DN n.º 14/2011[A]; DL n.º 139/2012 [B] e DN n.º 24-A/2012 [C])

CONCEPTUALIZAÇÃO

DE AVALIAÇÃO(continuação)

“A AVALIAÇÃO FORMATIVA é a principal modalidade de avaliação do

ensino básico, assume carácter contínuo e sistemático e visa a regulação

do ensino e da aprendizagem, recorrendo a uma variedade de instrumentos

de recolha de informação, de acordo com a natureza das aprendizagens e

dos contextos em que ocorrem”

[A] – secção II – AVALIAÇÃO FORMATIVA

“A avaliação SUMATIVA INTERNA destina -se a:

a) Informar o aluno e o seu encarregado de educação sobre o

desenvolvimento da aprendizagem definida para cada área disciplinar

ou disciplina;

b) Tomar decisões sobre o percurso escolar do aluno.

2 — A avaliação sumativa interna é realizada através de um dos

seguintes processos:

a) Avaliação pelos professores, no 1.º ciclo, ou pelo conselho de

turma, nos restantes ciclos, no final de cada período letivo;

b) Provas de equivalência à frequência.[C] – artigo 7.º, pontos 1 e 2

Page 17: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

OFI

CIN

A D

E FO

RM

ÃO

AV

AL

IAÇ

ÃO

PA

RA

AS

AP

RE

ND

IZA

GE

NS

DO

S A

LU

NO

S E

M

CIÊ

NC

IAS

DO

E 2

º C

EB

: re

fle

o, p

lanific

ação

e m

elh

oria

da

s p

rática

s d

idática

s.

1.3. A AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS NO

ENSINO BÁSICO

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA AVALIAÇÃO (DN n.º 14/2011[A]; DL n.º 139/2012 [B] e DN n.º 24-A/2012 [C])

CONCEPTUALIZAÇÃO

DE AVALIAÇÃO(continuação)

“O processo de avaliação interna é acompanhado de provas nacionais de

forma a permitir a obtenção de resultados uniformes e fiáveis sobre a

aprendizagem, fornecendo indicadores da consecução das metas

curriculares e dos conhecimentos dos conteúdos programáticos definidos

para cada disciplina sujeita a prova final de ciclo”.

“A avaliação sumativa externa nos 4.º, 6.º e 9.º anos de escolaridade

destina-se a aferir o grau de desenvolvimento da aprendizagem dos alunos,

mediante o recurso a critérios de avaliação definidos a nível nacional”.

[C] – artigo 10.º, pontos 1, e 3

INTERVENIENTES NA

AVALIAÇÃO

“Intervêm no processo de avaliação, designadamente:

a) O professor;

b) O aluno;

c) O conselho de docentes, no 1.º ciclo, quando exista, ou o conselho

de turma, nos 2.º e 3.º ciclos;

d) Os órgãos de gestão da escola;

e) O encarregado de educação;

f) O docente de educação especial e outros profissionais que acompanhem

o desenvolvimento do processo educativo do aluno;

g) A administração educativa”.

[C] – artigo 3.º, ponto 1

Page 18: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

OFI

CIN

A D

E FO

RM

ÃO

AV

AL

IAÇ

ÃO

PA

RA

AS

AP

RE

ND

IZA

GE

NS

DO

S A

LU

NO

S E

M

CIÊ

NC

IAS

DO

1.º

E 2

.º C

EB

: re

fle

o, p

lanific

ação

e m

elh

oria

da

s p

rática

s d

idática

s.

Referências bibliográficas

Allal, L. (1986). Estratégias de avaliação formativa: concepções psicopedagógicas e modalidades de aplicação. In L.

Allal, J. Cardinet, P. Perrenoud, A Avaliação Formativa num Ensino Diferenciado. Coimbra: Livraria Almedina, pp. 297-

342.

Cardinet, J. (1986). L’ evaluation en classe: Mesure ou dialogue? Em European journal of psychology of

education, 2(2), 133-144.

Correia, E. (2004). Avaliação das Aprendizagens: um novo rosto. Aveiro: Universidade de Aveiro.

Fernandes, D. (2007). Vinte e cinco anos de avaliação das aprendizagens: uma síntese interpretativa de livros

publicados em Portugal. Em Albano Estrela (Org.). Investigação em Educação: teorias e práticas (1960-2005) (pp.

261-305), Lisboa: Educa|Unidade de I.D de Ciências da Educação.

Fernandes, D. (2008). Para uma teoria da avaliação no domínio das aprendizagens. Estudos em Avaliação

Educacional, 19 (41), 347-372.

Fernandes, D. (2009). Avaliação das aprendizagens em Portugal: investigação e teoria da atividade. Sísifo Revista de

Ciências da Educação, 09, 87-100.

Fernandes, D. (2011). Articulação da aprendizagem, da avaliação e do ensino: questões teóricas, práticas e

metodológicas. In M. P. Alves & J.-M. D. Ketele (Eds.), Do Currículo à Avaliação, da Avaliação ao Currículo (pp. 131-142).

Porto: Porto Editora.

Figari, G. (2007). A avaliação: História e perspectivas de uma dispersão epistemológica. Em Albano Estrela

(Org.), Investigação em Educação: teorias e práticas (1960-2005) (pp. 227-260). Lisboa: Educa|Unidade de I,D de

Ciências da Educação.

Guba, E. e Lincoln, Y. (1989). Fourth Generation of Evaluation. London: Sage.

Hadji, C. (1994). A Avaliação, Regras do Jogo: das intenções aos instrumentos. Porto: Porto Editora

Leite, C. e Fernandes, P. (2002). Avaliação das Aprendizagens dos Alunos: novos contextos, novas práticas. Porto:

Edições ASA

Valadares e Graça, (1998). Avaliando... para melhorar a aprendizagem. Lisboa: Plátano Editora.Despacho Normativo n.º 14/2011, Diário da República, 2.ª Série, N.º 222, 18 de novembro de 2011

Decreto-Lei n.º 139/2012, Diário da República, 1.ª Série, N.º 129, 5 de julho de 2012

Despacho Normativo n.º 24-A/2012, Diário da República, 2.ª Série, N.º 236, 6 de dezembro de 2012

Page 19: MÓDULO1: conceptualizações de avaliação

Oficina de Formação

MÓDULO 1. Enquadramento conceptual:

avaliação das aprendizagens

dos alunos no ensino básico

Maria Pedro Silva