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  • UNIO EUROPEIAFundo Social Europeu

    GOVERNO DA REPBLICA PORTUGUESAMinistrio do Trabalho e da Solidariedade Social

    MUDAR DE VIDA, AGORA OU NUNCA

    O Pas encontra-se numa situao muito difcil, associando-se agora crise financeira uma crise poltica que vem agravar as dificuldades sentidas pela economia para vencer os problemas actuais e encontrar solues para o futuro.

    Continuamos a viver uma crise profunda e sabemos que muitos dos actuais problemas ainda no tm soluo.

    Os impactos desta crise comeam a ser devastadores: ameaam a confiana dos empresrios e pem em causa a confiana dos mercados internacionais nas capacidades de Portugal resolver os seus problemas pelos seus prprios meios e com os seus prprios recursos.

    Portugal est dependente do financiamento externo e corre o risco de ficar dependente da ajuda externa.

    uma situao muito grave e extremamente preocupante. Mas devemos, agora mais que nunca, preocupar-nos em encontrar as sadas.

    O caminho estreito, mas ainda possvel, atravs de um consenso nacional sobre as medidas para vencer as dificuldades actuais.

    Um consenso poltico, que envolva uma ampla maioria que, em estabilidade e compromisso de fazer o melhor pelo pas, defina e faa cumprir medidas exigentes para seguir em frente. Mas tambm um consenso social , atravs do Acordo Social para o Desenvolvimento, proposto pela CIP, envolva empresrios e trabalhadores na adopo de polticas que permitam o crescimento econmico, com a consequente gerao de riqueza e criao de emprego.

    As polticas at agora adoptadas pelo Governo foram explicadas como as necessrias para conter o dfice e controlar as finanas pblicas.

    Mas no basta impor sacrifcios. preciso emendar os erros de gesto dos recursos pblicos e dizer para que servem esses sacrifcios.

    continua na pg. 2

    N. 37 - 1. Trimestre de 2011

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  • I. Introduo

    II. Formao baseada em tutoriais

    Os softwares de modelao 3D (Autodesk Inventor, Sol idWorks, etc. ) permitem desenvolver modelos paramtricos 3D que podem representar as formas mais diversas usadas na rea das transies em chapa. Aps a modelao destes modelos (normalmente usadas em caldeiraria), estas ferramentas informticas calculam automat icamente o seu planificado, permitindo export-lo em d iversos formatos (normalmente formato DXF), para os diversos equipamentos de fabrico CNC existentes (Ex. mquinas de corte laser ou de corte e quinagem de chapa). A exportao do modelo planificado pode ser executada segundo layers convencionados, permitindo que estes equipamentos interpretem as operaes a executar de forma automtica (Ex. corte, quinagem ou simples marcao). Os exerccios apresentados neste artigo pretendem exempl ificar o modo de obteno do planificado em duas situaes dist intas.

    Os tutoriais, aqui apresentados de forma simpl ificada, procuram tambm exempl ificar a importncia que algumas ferramentas pedaggicas tm na formao, e no estamos somente a falar nos cursos de modelao paramtrica, tambm se ajustam a outro tipo de cursos. Este tipo de ferramenta pedaggica permite que o formando siga a execuo sem grande dificuldade, sobretudo sem a necessidade de ter sempre presente o formador, procurando-o somente em alturas pontuais para resolver questes especficas. Esta autonomia por parte do formando permite-lhe que faa o seu prprio percurso, ao seu ritmo, orientando a sua formao para aquilo que mais lhe convm, no caso de ser um formando de um curso de activos. Esta l iberdade do formador permite-lhe que fique disponvel para acompanhar mais de perto os formandos com mais

    dif iculdade ou que apresentem dvidas especficas da sua empresa, designadamente nos casos da formao continua. A qual idade da formao no pode ficar dependente da qual idade do formador, temos que de uma vez por todas desenvolver um conjunto de ferramentas pedaggicas que assegurem um nvel muito razovel na formao que ministramos, independentemente da qual idade intrnseca de cada formador. Todos os cursos, mais ou menos prticos, devem ter um conjunto vasto de exerccios, com uma explanao inicial terica, devidamente resolvidos e expl icados, para que o formando possa fazer um percurso autnomo e no l imitar a sua aprendizagem ao ritmo do formando com mais dif iculdade. claro que aparecem sempre algumas vozes a dizer que nesta ou naquela rea no possvel usar este t ipo de estratgia, penso que um puro engano, em qualquer rea possvel definir este t ipo de recursos pedaggicos, tendo somente um seno d trabalho. Os exemplos seguintes procuram, de uma forma simpl ificada, demonstrar o modo como devemos ajustar os nossos materiais pedaggicos a uma aprendizagem mais autnoma.

    a. Transies em chapa - Quadrado para redondo

    Neste exerccio vamos definir uma transio em chapa de quadrado para redondo. Este tipo de forma obt ido por transio entre dois perfis, abertos ou fechados. Apesar de os perfis poderem ser fechados, conveniente que esses mesmos perfis sejam abertos para permitir a sua planif icao.

    1) Faa clique em para aceder definio do est ilo da chapa.

    I. Tutoriais

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    As medidas que venha a ser necessrio tomar devem ser explicadas com clareza, dizendo-se quais os fins a que se destinam, o uso a dar aos recursos pblicos e, acima de tudo, qual o projecto de futuro que essas medidas vo viabilizar.

    Pediu-se aos portugueses para pagarem mais impostos, que serviram no para alimentar novas esperanas mas para cobrir os dfices das contas pblicas.

    Aumentou-se a receita fiscal, custa de um esforo inaudito das empresas e das famlias, mas no se disse qual era o caminho novo nem que era necessrio mudar de vida.

    H um ano, a CIP apresentou um documento intitulado MUDAR DE VIDA, em que comentava o PEC 2 e dizia

    que se tratava de um programa de estabilidade, mas s na despesa pblica, e de crescimento, mas s na receita fiscal.

    Este documento marcou um novo estilo de interveno da CIP, mais proactivo de mais influente, denunciando os erros cometidos mas apontando solues.

    Um ano depois, o lema MUDAR DE VIDA um lema nacional e uma causa a que ningum pode fugir.

    Mas a verdade que, se o Governo tivesse mudado de vida a tempo, isto , se tivesse mudado as polticas, certamente que no teria sido necessrio mudar agora de vida da forma a que estamos a assistir.

    Antnio Saraiva - Presidente da CIP

  • 9) Faa clique em para definir um plano perpend icular aresta indicada e a que passe pelo seu ponto mdio.

    10) No plano anterior defina o sketch seguinte:

    11) Faa clique em para fechar o sketch activo.12) Faa clique em para definir uma aba, a part ir do perfil

    anterior, ajustada aresta linear inferior do modelo. Em Profile seleccione o sketch e em Edges seleccione a aresta l inear inferior do modelo.

    13) Repita o processo anterior nas outras arestas lineares inferiores do modelo.

    2) Em Thickness, defina uma espessura de 1 mm.

    3) Defina o sketch seguinte:

    4) Vamos cortar o perfil anterior, com uma abertura de 1 mm, num dos lados de 100 mm.

    5) Faa clique em para fechar o sketch activo.6) Faa clique em para definir um plano paralelo ao plano

    do sketch anterior (plano XY), a uma distncia de 60 mm.

    7) No plano anterior defina o sketch seguinte. No esquecer que tambm este perfil (arco com d imetro de 50 mm) deve ficar aberto em 1 mm.

    8) Em Sheet Metal, faa cl ique em para definir a transio. Seleccione os dois perfis e Profile 1 e Profile 2 .

    Em Output seleccione a opo para definir uma transio com l inhas de quinagem e em Facet Control defina o nmero de quinagens.

    3

  • 414) Faa clique em para obter a planificao do modelo.

    15) Para exportar este modelo para um qualquer equipamento de CNC basta gravar o planificado em formato DXF.

    b. Curva de gomos com derivao a 90 com 3 soldas

    Neste exerccio vamos criar e planificar um sector de uma curva de gomos. A curva de gomo proposta uma curva com derivao a 90 e 3 soldas.

    1) Faa clique em e seleccione o modelo Sheet Metal.2) Defina o sketch seguinte:

    3) Faa clique em para definir um plano perpendicular ao plano do sketch inicial (plano XY) e que passe pela linha

    indicada. Seleccione a l inha e o plano XY, a partir da pasta

    Origin da Browser Bar e defina um ngulo de 90.

    4) Faa clique em para repetir o processo anterior na l inha indicada.

    Com os dois planos anteriores definidos, vamos def inir um terceiro plano perpendicular ao segmento indicado e que passe pelo seu ponto final.

    5) Faa clique em seleccione o segmento e o ponto indicados anteriormente.

    6) No ltimo plano def inido defina o sketch seguinte. O sketch composto por um arco com dimetro de 80 mm, com abertura de 1 mm do lado esquerdo.

  • 57) Faa clique em para definir a extruso do perf il de 200 mm, em ambas as direces.

    8) A partir do menu Model, faa cl ique em para cortar o modelo pelos dois planos iniciais representados na figura acima.

    Active a opo e em Spl it Tool seleccione o plano indicado.

    9) Repita novamente o processo anterior para cortar o modelo pelo outro plano, anteriormente definido, com recurso ferramenta Spl it.

    10) Faa clique em para obter a planificao do modelo.

    Amrico Costa - Licenciado em Eng. Mecnica pela Universidade do Porto - Tcnico de Formao do CENFIM - Ncleo de Ermesinde

  • 6De acordo com a APA (Agncia Portuguesa do Ambiente), o Planeamento e Gesto de Resduos, englobando todas as tipologias de resduos e as diversas origens, constituem o object ivo das polticas no domnio do Ambiente, assumindo ainda papel de relevo de carcter transversal pela incidncia na Preservao dos Recursos Naturais, e em outras Estratgias Ambientais.

    Ainda tendo em considerao a mesma fonte, O Decreto-Lei n. 178/2006 de 5 de Setembro - Lei-Quadro dos Resduos - que criou a Autoridade Nacional de Resduos, prev, no seu enquadramento legislativo, a existncia de um Mercado de Resduos, em que a sua gesto adequada contribui para a preservao dos recursos naturais, quer ao nvel da Preveno, quer atravs da Reciclagem e Valorizao, alm de outros instrumentos jurdicos especficos, constituindo simultaneamente o reflexo da importncia deste sector, encarado nas suas vertentes, ambiental e como sector de actividade econmica, e dos desaf ios que se colocam aos responsveis pela execuo das polticas e a todos os intervenientes na cadeia de gesto, desde a Administrao Pblica, passando pelos operadores econmicos at aos cidados, em geral, enquanto produtores de resduos e agentes indispensveis da prossecuo destas polticas.

    A designao de resduo apl ica-se a qualquer material, que considerado intil, suprfluo, repugnante ou sem valor, gerado pela actividade humana, e que precisa de ser el iminado.

    Os tipos de Resduos existentes, so:

    + Resduos Urbanos (RSU)+ Resduos Industrias (RI)+ Resduos Hospitalares (RH)+ Outros tipos de resduos

    Os resduos domsticos ou outros resduos (RSU) semelhantes em natureza ou composio em que a produo diria no exceda 1.100 l itros por produtor, os industriais so gerados pela actividade industrial, os hospitalares, os produzidos em unidades de prestao de sade, incluindo as actividades mdicas de diagnst ico, preveno e tratamento da doena em seres humanos ou em animais, e ainda as actividades de investigao relacionadas e os outros so os no mencionados atrs.

    A Gesto de Resduos no CENFIM, apresenta-se como uma preocupao de forma a garantir que no resultem problemas ambientais da produo de resduos. As regras e princpios gerais a que deve obedecer essa gesto esto previstos na legislao nacional, atravs do Decreto-Lei n 178/2006 de 5 de Setembro, e so as seguintes:

    1 Separao Selectiva de Resduos (Triagem);1 Catalogao dos resduos - Atribuir o cdigo de

    identif icao do resduo de acordo com a l ista europeia de resduos - LER;1 Envio dos resduos a Entidades Licenciadas para a sua Gesto

    (armazenagem, valorizao ou el iminao);1Operaes de Transporte real izadas apenas por entidades

    l icenciadas e util izando guias de transporte de resduos (Modelo A);1Quantif icao dos resduos produzidos;1 Comunicar anualmente os resduos produzidos atravs do

    mapa integrado de registo de resduos (MIRR) no SIRAPA.

    A segregao dos resduos sl idos real izada por todos os colaboradores / formandos do CENFIM e o seu armazenamento real izado no local de segregao, tendo em conta a natureza e o destino f inal do mesmo. Os resduos gerados no CENFIM so: papel e carto, vidro e embalagens, consumveis de impresso, pilhas, leos usados, emulses, sucata, RCD, REEE, canetas e marcadores.

    Para uma correcta recolha de leos usados, produto perigoso, o CENFIM aderiu a uma entidade gestora dos mesmos, autorizada para o efeito, incluindo as matrculas dos veculos de transporte.

    Para o bom funcionamento da segregao de resduos o CENFIM tem em projecto de consol idao a afixao de Plantas de Segregao de Resduos, em todos os seus edifcios, de que damos o exemplo de uma das nossas Unidades Orgnicas. Estas plantas vo permitir uma maior sensibil izao a todos os nossos colaboradores e cl ientes, at porque somos uma entidade formadora, e reforar a questo importante de que separar os resduos hoje, nos conduz a um mundo melhor amanh.

    O CENFIM, possui pessoal competente, para implementar em cada empresa ou organismo a sua inscrio no SIRAPA, a real izar o Mapa Anual de Resduos da sua Empresa e implementar todo o sistema baseado nas Plantas de Segregao de Resduos j referida.

    Angela Diogo - Coordenadora da rea do Ambiente e Mel horia Contnua

  • 7O CENFIM tem implementada uma metodologia que lhe permite identif icar, analisar d ivulgar aos interessados e manter actual izada toda a legislao, normas, regulamentao e outras disposies apl icveis sua actividade, no mbito dos Recursos Humanos, tal como j foi referido em artigo publ icado anteriormente no CINFormando.

    Enquanto entidade cert ificada pela Norma dos Recursos Humanos, NP 4427:2004, o CENFIM util iza esta metodologia para dar cumprimento ao requisito 6.4 da Norma relativo aos requisitos legais e outros, onde diz que a organizao deve identif icar todos os requisitos legais e outros, apl icveis gesto de recursos humanos, bem como assegurar o seu cumprimento integral. A organizao deve manter actual izada e acessvel aos seus recursos humanos toda a legislao laboral geral e a pertinente ao sector em que se insere, bem como toda a regulamentao relacionada com a actividade exercida.

    No entanto, mesmo que o CENFIM no tivesse optado por implementar um Sistema de Gesto de Pessoas, estaria obrigado ao cumprimento de todos os requisitos legais, estatutrios e outros que lhe fossem apl icveis em virtude da actividade que desenvolve.

    Assim, tendo em conta o Sistema de Gesto que tem implementado e de acordo com as boas prticas que tem promovido, o CENFIM elaborou uma Lista de Verificao da Conformidade Legal, cujo modelo se pode verificar, em parte, na figura, que o coadjuva na verif icao do cumprimento integral e criterioso da legislao que lhe apl icvel em virtude da actividade que leva a cabo.

    nesta Lista de Verificao da Conformidade Legal que nos vamos debruar neste artigo, expondo um caso prt ico, concreto de apl icao no terreno desta metodologia, demonstrando que se trata de um factor imprescindvel de gesto em qualquer organizao.

    Tendo em considerao que previamente foi fixada a legislao, normas, regulamentao e outras disposies apl icveis ao CENFIM, pela consulta de diversa informao legislat iva, regulamentar e doutrinria do ordenamento jurdico portugus e comunitrio, chegada a hora de dissecar todos esses diplomas no sentido de podermos saber concretamente quais os requisitos legais que criam obrigaes para o CENFIM, no caso em estudo, no mbito dos recursos humanos.

    Teremos, no entanto, que, em primeiro lugar, definir o conceito de requisito. Um requisito definido como uma condio ou uma capacidade com a qual o sistema/organizao deve estar de acordo.

    Quer isto dizer que os diplomas legais, estatutrios ou outros fixam cond ies ou capacidades que devem ser cumpridas pelas organizaes no mbito da actividade que desenvolvem.

    O que interessa s organizaes e o que apoia a sua gesto de topo na tomada de decises no o diploma legal ou normativo na sua ntegra, mas sim os deveres que nascem para a mesma da apl icao dessa mesma Lei, Decreto-lei, Portaria, Despacho ou outro tipo de d iploma.

    O que importar ao CENFIM no apenas saber, por exemplo, que o Cdigo do Trabalho lhe apl icvel (Lei n. 7/2009, de 12 de Fevereiro), mas saber quais as obrigaes a que est sujeito pela apl icao do respectivo Cdigo sua act ividade enquanto pessoa colectiva de d ireito pbl ico.

    Vejamos um caso concreto: A Lei n. 7/2009, de 12 de Fevereiro, que aprova a reviso do Cdigo do Trabalho, estipula no seu art iculado artigos informativos (exemplo, art. 11, noo de contrato de trabalho), artigos que criam obrigaes (exemplo, art. 16, n. 1, onde diz que o empregador deve guardar reserva quanto intimidade da vida privada do trabalhador), art igos que no so apl icveis ao CENFIM (por exemplo, art. 18, relativo aos dados biomtricos) por no dizerem respeito act ividade que desenvolve. Assim, na nossa Lista de Verificao da Conformidade Legal constar, ponto por ponto e de uma forma interrogativa, todas as obrigaes que a publ icao deste diploma legal gerou na esfera jurdica do CENFIM (exemplo, O CENFIM garante a reserva das informaes prestadas ao Mdico do Trabalho?, art. 17, n. 2).

  • 8 este trabalho especf ico que se traduz a Lista de Verificao da Conformidade Legal. Trata-se de um documento que especifica, no concreto, todos os requisitos apl icveis ao CENFIM numa determinada rea, funcionando como um diagnst ico da organizao para a gesto de topo, constituindo uma entrada para a reviso pela gesto, tendo em conta a melhoria contnua da prpria organizao.

    Poderemos tambm perguntar: e na prtica como que conseguimos evidncia do cumprimento de cada requisito?

    A Avaliao da Conformidade Legal real izada no CENFIM uma vez por ano e em cada uma das suas Unidades Orgnicas. Anualmente o tcnico especial ista desloca-se a cada Unidade Orgnica do CENFIM e verifica in loco, atravs de documentos e/ou atravs da real izao de entrevistas individuais aos colaboradores internos e externos, o cumprimento dos requisitos que lhe so apl icveis por fora da sua actividade. Estas evidncias so registadas no campo de observaes existente no impresso apresentado na figura.

    Real izada esta Avaliao, o CENFIM procede ao levantamento das no conformidades detectadas para que possam ser corrigidas ou tomadas as aces correctivas ou preventivas necessrias.

    Tambm, a partir deste documento, e tendo em conta que se

    traduz num diagnst ico da organizao, o Departamento da Qual idade, Ambiente e Segurana e Sade Ocupacional procede elaborao do Estado da Arte do CENFIM, contribuindo para uma melhor aval iao da eficincia do Sistema de Gesto implementado.

    Desta forma, o CENFIM assegura a identificao de todos os requisitos legais e outros, apl icveis gesto de Recursos Humanos, bem como o seu cumprimento integral, mantendo actual izada e acessvel aos seus trabalhadores toda a legislao laboral geral e a pertinente ao sector em que se insere, bem como toda a regulamentao relacionada com a actividade exercida. Respeita as normas legais e convencionais, nomeadamente, em matria de direitos de personal idade, maternidade e paternidade e prticas de no d iscriminao, de obrigaes gerais do empregador, informao e consulta dos trabalhadores, servios de segurana e sade no trabalho, representantes dos trabalhadores, formao dos trabalhadores, acidentes de trabalho e sua reparao e doenas profissionais.

    O CENFIM possui a experincia necessria para implementar a Aval iao da Conformidade Legal Recursos Humanos, em qualquer empresa ou organizao.

    Lurdes Gomes - Tcnica Especial ista do Departamento da Qual idade, Ambiente e Segurana e Sade Ocupacional

    Os ambientes de trabalho esto a atravessar mudanas significat ivas devido apl icao de novas tecnologias, materiais e processos de trabalho. As alteraes ao nvel da conceo, organizao e gesto do trabalho podem criar novas reas de risco suscetveis de gerar um maior nvel de stresse e, em ltima anl ise, originar uma grave deteriorao da sade mental e fsica. Segundo um relatrio da Agncia Europeia para a Segurana e a Sade no Trabalho, os principais riscos psicossociais esto relacionados com novas formas de contratos de trabalho, insegurana no emprego, intensificao do trabal ho, exigncias emocionais elevadas, violncia no trabalho e difcil concil iao entre a vida profissional e a vida privada.

    O stresse no trabalho const itui o problema de sade relacionado com o trabalho mais comum na Unio Europeia, logo aps as dores de costas, e que afecta quase um em cada trs trabalhadores. O stresse no trabalho pode ocorrer em qualquer setor e em

    empresas de todas as dimenses. Pode afetar toda a gente em todos os nveis.

    Os riscos psicossociais, como a violncia e o assdio moral, podem conduzir ao stresse no trabalho. Quatro por cento da populao ativa af irma j ter sido vtima de violncia fsica por

    pessoas exteriores ao local de trabalho. Muitas mais declaram ter sofrido ameaas ou insultos. Nove por cento dos trabalhadores europeus afirmam terem sido vt imas de assdio moral. Estas estatsticas so mais que suf icientes para se passar aco.

    No entanto, existem mais razes para combater os riscos psicossociais. Em todos os Estados-Membros, est em vigor um conjunto de diret ivas comuns que tm por objetivo prevenir os riscos de sade e segurana no trabalho. Atravs destas diret ivas, os empregadores so responsveis por garantir que os trabalhadores no so prejudicados pelo trabal ho, incluindo pela exposio a riscos psicossociais e ao stresse no trabalho. Calcula-se que o stresse no trabalho custa aos Estados-Membros pelo menos 20 bil ies de euros anuais. Este custo no deve ser considerado apenas em termos monetrios, nomeadamente quantos euros as organizaes perdem. Os custos socioeconmicos so muito considerveis; os riscos psicossociais prejudicam a sociedade e cada indivduo.

    Cada local de trabalho diferente. Por isso, as prticas de trabalho e as solues para os problemas tm de estar adaptadas a cada situao particular, atravs da execuo de uma aval iao dos riscos no local de trabalho.

  • trabalhos mais perigosos e em piores condies (menor segurana na produo do trabalho; fracas condies de SHST no posto de trabalho

    ! desgaste fsico!maior vulnerabilidade dos trabalhadores! desgaste mental

    Perigos identificados Riscos associadosritmos intensos de trabalho (exigncias anormais de trabalho; trabalho suplementar para concluir tarefas)

    trabalho montono e repetitivo

    ausncia de capacidade / possibilidade de deciso ou controlo sobre o trabalho

    trabalho com exposio a potenciais ameaas e agresses verbais

    trabalho com exposio a potenciais agresses fsicas

    trabalho por turnos

    trabalho nocturno

    !maior vulnerabilidade dos trabalhadores! afetao do bem-estar!maior volume de trabalho e maior presso! desgaste mental! desgaste fsico! quantidade crescente de informao a tratar

    devido s novas tecnologias de informao e comunicao! stresse! resistncia a mudanas nos postos de

    trabalho! consumo excessivo de substncias

    psicoativas (drogas e lcool)! baixa da barreira de vigilncia do trabalhador! poucas oportunidades de formao e de

    progresso na carreira

    ! diminuio da produtividade! desgaste mental! desgaste fsico!maior vulnerabilidade dos trabalhadores! stresse

    ! poucas oportunidades de progresso na carreira! quantidade crescente de informao a tratar

    devido s novas tecnologias de informao e comunicao! stresse! perda de autoestima

    ! violncia no trabalho ! perda de autoestima ! afetao das relaes interpessoais ! stresse! desgaste mental!maior vulnerabilidade dos trabalhadores ! intimidao no local de trabalho! consumo excessivo de substncias

    psicoativas (drogas e lcool)! intimidao no local de trabalho! perda de autoestima! afetao das relaes interpessoais! violncia no trabalho! consumo excessivo de substncias

    psicoativas (drogas e lcool)! desgaste mental! stresse!maior vulnerabilidade dos trabalhadores

    ! desgaste fsico

    ! desgaste fsico

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    Contudo, os riscos psicossociais so raramente exclusivos de um local de trabalho, pelo que as solues podem ser transferidas para vrios sectores e empresas de diversas dimenses, bem como, para outros Estados-Membros.

    A apl icao de informaes sobre boas prticas pressupe a real izao de uma aval iao dos riscos no local de trabalho, fazendo referncia legislao nacional relevante, mais concretamente Lei n. 102/2009 de 10 de Setembro (Regime jurdico da promoo da segurana e sade no trabal ho).

    Uma aval iao dos riscos uma anl ise cuidadosa das situaes que podero prejudicar as pessoas, de modo a poder decidir se foram tomadas as precaues suficientes ou se necessrio fazer mais para prevenir danos.

    O objetivo assegurar que ningum prejud icado ou adoece. Se no for efectuada uma aval iao dos riscos antes de implementar as informaes sobre boas prticas, existe o perigo de os riscos poderem no ser controlados, para alm de haver um desperdcio de recursos.

    As intervenes destinadas a questes psicossociais no local de trabalho podem ser divid idas em trs categorias:

    + nvel individual;

    + nvel da interface individual-organizacional;

    + nvel organizacional.

    As intervenes em termos organizacionais l idam com as causas na origem do stresse no trabalho, visando, por exemplo, operar alteraes na estrutura da organizao ou nos fatores fsicos e ambientais.

    As intervenes ao nvel individual destinam-se muitas vezes a reduzir os sintomas de stresse j perceptveis. Pretendem aumentar a capacidade do indivduo para combater o stresse, por exemplo, atravs de tcnicas de relaxamento ou outras estratgias.

    Ao nvel da interface individual-organizacional, as intervenes podero pretender, por exemplo, melhorar as relaes entre os colegas e os gestores no trabalho ou melhorar a adaptao pessoa-ambiente.

    A ttulo de exemplo, as medidas preventivas relat ivamente violncia no trabalho podem ser tomadas a trs nveis: conceo dos locais de trabalho, organizao do trabalho e formao. As intervenes devero estar sempre adaptadas ao problema em questo.

    Em circunstncias em que seja impossvel el iminar comple-tamente a origem do risco, os esforos devero estar orientados

    Aval iao de Riscos

    Nvel de Interveno

    para a reduo do risco atravs de uma boa gesto. Em muitas situaes, uma combinao de esforos a diferentes nveis ser a soluo mais eficaz (1).

    A OIT (1986) definiu risco psicossocial em termos de interaco entre o contedo do trabalho, a organizao do trabalho e a gesto e outras condies ambientais e organizacionais, por um lado, e competncias e necessidades dos trabalhadores, por outro (2).

    O CENFIM, dando cumprimento alnea e) do art. 15 da Lei n. 102/2009 de 10 de Setembro, introduziu na sua matriz de Identif icao de Perigos, Apreciao do Risco e Definio de Controlos, os riscos psicossociais, deixando neste artigo uma tabela resumo dos Perigos identificados e Riscos associados.

  • 10

    exigncias mentais e emocionais impostas (trabalhos variveis e imprevisveis)

    assdio moral

    discriminao no trabalho

    difcil conciliao entre a vida profissional e privada

    trabalho incerto e ocasional (contratos precrios no contexto dum mercado de trabalho instvel)

    dificuldades de interaco e integrao entre as pessoas (Globalizao)

    atentados contra a reserva da vida privada

    externalizao (outsorcing - ir buscar mo-de-obra fora da empresa)necessidade de ter vrios empregos

    ! desgaste mental! consumo excessivo de substncias

    psicoativas (drogas e lcool)!maior volume de trabalho e maior presso! stresse! irritabilidade! quantidade crescente de informao a tratar

    devido s novas tecnologias de informao e comunicao

    ! afetao das relaes interpessoais! intimidao no local de trabalho! perda de autoestima! desgaste mental! stresse! consumo excessivo de substncias

    psicoativas (drogas e lcool)! intimidao no local de trabalho! consumo excessivo de substncias

    psicoativas (drogas e lcool)! perda de autoestima! desgaste mental! afetao das relaes interpessoais

    ! consumo excessivo de substncias psicoativas (drogas e lcool)! irritabilidade!maior vulnerabilidade dos trabalhadores! afetao das relaes interpessoais! stresse

    !maior vulnerabilidade dos trabalhadores! afetao das relaes interpessoais! stresse! poucas oportunidades de formao e de

    progresso na carreira

    ! intimidao no local de trabalho! afetao das relaes interpessoais! consumo excessivo de substncias

    psicoativas (drogas e lcool)

    ! afetao das relaes interpessoais! intimidao no local de trabalho

    ! stresse! poucas oportunidades de formao e de

    progresso na carreira

    ! poucas oportunidades de formao e de progresso na carreira! desgaste fsico

    Perigos identificados Riscos associados Lus Lopes, coordenador executivo da Autoridade para as Condies de Trabalho (ACT), afirmou que, apesar de as doenas msculo-esquelticas ainda const iturem a principal causa de doena profissional, tudo ind ica que sero destronadas at ao final da dcada pelas doenas psicossociais (2).

    Em 2009, a EU-OSHA lanou um estudo sobre as empresas nos 27 Estados Membros da UE para saber de que modo as organizaes dos sectores pbl ico e privado l idavam com os riscos psicossociais e como que as empresas podiam ser ajudadas a gerir estes complexos riscos profissionais de forma mais ef icaz. Os resultados deste estudo j foram publ icados.

    Assim, o CENFIM est a planear a realizao de um estudo previsional, com base no real izado pela EU-OSHA, destinado a monitorizar as alteraes ocorridas na organizao, nomea-damente nos locais de trabalho que geram riscos emergentes relacionados com a SST, e pela sua prtica poder apoiar as empresas a implementar esta componente to importante para a Segurana e Sade.

    Bibl iografia:(1) - Agncia Europeia para a Segurana e a Sade no Trabalho, Novembro de 2002(2) - Revista Segurana 199 Factores de Risco Psicossociais no Trabalho (FRPT); Novembro/Dezembro 2010

    Slvia Soares - Coordenadora da rea da Segurana e Sade Ocupacional do CENFIM

    O Ncleo do Porto do CENFIM, real izou no dia 16 de Fevereiro uma visita de estudo, s trs instalaes fabris da WEG - PORTUGAL, lder mundial na produo de motores elctricos e da EFACEC - Plos da Maia e da Arroteia, a maior empresa portuguesa, do ramo electrotcnico.

    A visita foi real izada com as turmas do 3 ano de Curso de Manuteno Industrial / Mecatrnica e 3 ano de Tcnico de Sistemas Energticos, ao cargo do Formador Nuno Lisboa, acompanhado pelos formadores internos Manuel Armindo e Samuel Teixeira.

    Os Formandos ficaram a par das inovaes tecnolgicas do ramo e aperceberam-se de perto, da metodologia da produo industrial, acompanhando os passos desde a parte de projecto, produo e

    testes laboratoriais, dos produtos de ambas unidades fabris.

    Deixamos uma nota de agradecimento pela receptividade e disponibil idade demonstrada pelas Empresas e seus Colaboradores que nos orientaram nesta visita.

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    J h alguns anos que o CENFIM, atravs de Servios Complementares, de formao/consultoria, trabalha na Cmara Municipal da Maia, no sentido da sua cert ificao total, pela norma NP EN ISO 9001. No passado dia 6 de Fevereiro, mais uma vez real izou-se uma cerimnia de entrega pela APCER de mais servios certif icados, sendo no momento na total idade de 14 unidades orgnicas.

    Presentes o Presidente da Cmara Municipal da Maia - Bragana Fernandes, o Vereador do Pelouro da Reforma Administrativa - Mrio Nuno Neves, o Presidente da APCER - Eng. Miranda Calha, que reforaram a necessidade destas certif icaes e a certeza de que a Maia um exemplo para todas as autarquias, aconselhando, mesmo, outros organismos pbl icos a faz-lo.

    Uma palavra de agradecimento do trabalho real izado. foi dirigida ao CENFIM, na pessoa de Joaquim Armindo, coordenador do processo de formao/consultoria e Director do Departamento da Qualidade e Sade Ocupacional - DQAS.

    O CENFIM orgulha-se do percurso da Cmara Municipal da Maia, com quem continua a trabal har, e d os parabns a todos os dirigentes e colaboradores da CMM.

    Entretanto j tambm comeou a trabalhar com as empresas Fundao do Conservatrio da Maia e Academia das Artes da Maia, para a implementao do Sistema de Gesto, baseado na norma j referida.

    Congratula-se o CENFIM por ter como estratgia uma grande proxi-midade com as Empresas Industriais e assim definir o seu Plano de Activi-dades e de Formao Profissional em consonncia com as reais necessi-

    dades das Empresas, dos Adultos e dos Jovens, a nvel nacional, regional e local.

    Exemplo desta prtica foi o comunicado emanado pela CPI - COPISA INDUSTRIAL que transcrevemos com muita satisfao, pelo reconhecimento do trabalho de cooperao entre as Equipas CPI e Ncleo de Sines do CENFIM.

    A CPI COPISA INDUSTRIAL uma empresa de referncia em solues de construes especficas para os sectores Industriais, Tecnolgicos e de Servios. O seu extenso leque de actividades, esto agrupadas em quatro divises: Projectos; Montagens; Manuteno e Obras Lineares.

    O Grupo COPISA tem 53 anos de Histria, durante os quais ganhou uma sl ida experincia na real izao de qualquer tipo de instalao e servio.

    A equipa da CPI COPISA INDUSTRIAL constitui uma vantagem competit iva fundamental, formada por profissionais especial i-zados e sempre actual izados com os ltimos avanos na tecnologia apl icada.

    A CPI COPISA INDUSTRIAL participa com o CENFIM desde Junho de 2010 na formao profissional de Jovens nas reas da metalrgica e metalomecnica. A CPI COPISA INDUSTRIAL reconhece a capacidade pedaggica e organizacional do centro. O CENFIM um centro que toma como prprias as necessidades de formao dos ncleos em que esta inserido e transforma-as em solues eficientes. O centro tem uma elevada responsabil idade cvica e uma grande compreenso das necessidades locais.

    A CPI COPISA INDUSTRIAL no cumprimento de um polit ica de responsabil idade social e corporativa e com elevada sensibil idade s necessidades dos ncleos locais em que se insere participou na complementao da formao de onze estagirios dos quais 91% incorporaram a sua equipa de trabalho. A CPI COPISA INDUSTRIAL procurou fornecer estgios com um bom ciclo de aprendizagem que passou pela prtica em estaleiro e a sua complementao com prtica em obra.

    Comportamento Profissional:

    Os estagirios que incorporaram a equipa da CPI COPISA INDUSTRIAL so pessoas com tica prof issional, pontuais, assduos, participat ivos, interessados, sempre em busca de boas prticas e no mel horamento das existentes. Pessoas extremamente empenhadas, com slidos conhecimentos tcnicos e com determinao em adquirir novos conhecimento. Bons Trabalhadores, aplicados, prof issionais, educados, com capacidade de ouvir e aceitar recomendaes.

    Em caso de exemplo um dos estagirios neste momento faz parte da equipa de controlo de trabalhos, verificao e controlo de qual idade de trabalhos real izados.

    ngela Jacob Carvalho - Directora Administrativa da COFISA

    Os estagirios:

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    Nos dias 22 e 23 de Fevereiro de 2011 realizou-se no CENFIM, a segunda reunio do projecto PRESOUT - Preventing School Dropouts, no mbito das Parcerias LEONARDO DA VINCI.

    Participaram nesta reunio os Parceiros da Turquia - Mersin Akdeniz Girls Technical and Vocational High School e Gazi Osman Paa Girls Technical and Vocational High School, da Romnia - Colegiul Economic Calarasi e da Alemanha - Nicolaus-August-Otto Berufskolleg. O CENFIM esteve representado pelo Director de Formao, pela Responsvel pela rea de Orientao Profissional, por 2 Tcnicas responsveis pelo Acompanhamento Psico-Pedaggico do Ncleo de Lisboa e das Caldas da Rainha respectivamente e por 2 tcnicas do Departamento de Projecto e Estudos Especiais.

    Os principais objectivos da reunio centraram-se na apresentao detalhada sobre os dados das actividades que esto a ser desenvolvidas por organizaes governamentais e no governamentais, a fim de evitar o abandono escolar em cada um dos pases e na definio dos comportamentos tpicos dos estudantes em risco que abandonam o sistema educativo.

    Para alm destes aspectos, foram escolhidos o logtipo e o cartaz do projecto, bem como, a primeira verso do website - www.presout.eu

    De realar que este projecto procura envolver a real idade geral do CENFIM no que se refere a esta temtica, pelo que se real izou previamente uma reunio de trabalho entre todas as Tcnicas que desenvolvem o Projecto do CENFIM F1-Formando em 1 Lugar, para poderem dar o seu contributo relativamente aos dados que foram apresentados na mesma.

    Esta reunio teve ainda espao para as visitas culturais a Lisboa (Belm e Terreiro do Pao), e para alguns momentos de verdadeiro convvio entre os parceiros.

    O CENFIM - Ncleo de Lisboa desenvolveu, em parceria com a 14 Esquadra da PSP- Chelas no mbito do projecto Escola Segura, trs sesses de sensibil izao sobre as drogas, nos dias 02,04 e 07 de Fevereiro.

    Sendo a droga, uma problemtica que, de uma forma ou de outra, se encontra presente na vida de qualquer jovem, sentimos necessidade de desenvolver um trabalho a este nvel. Para o efeito, real izmos sesses com a Psicloga e todas as turmas, onde procurmos trabalhar os seguintes object ivos: sensibil izar os jovens para as consequncias do consumo; descrever consequncias fisiolgicas e psicolgicas da dependncia das drogas e apresentar o Concurso Eu no alinho. Para completar esta abordagem, real izmos em parceria com a PSP sesses de sensibil izao onde debatemos, reflectimos e clarif icmos aspectos sobre: informao tcnica sobre diferentes drogas (origem, efeito e consequncias), toxicodependncia, motivao para o consumo e a droga e a criminal idade. Podemos considerar que os nossos objectivos foram conseguidos pois sent imos que esta abordagem permitiu aos nossos formandos momentos de reflexo e de debate muito produtivos.

    Como tem sido habitual, real izmos no inicio do ano (13 de Janeiro) uma sesso de recolha de col heita de sangue. Quer CENFIM - Ncleo de Lisboa incutir um sent ido cvico e de sol idariedade nos seus formandos e colaboradores, para que desta

    forma tomem conscincia das necessidades sentidas e procurem dar o seu contributo.

  • No sentido de elevar os nveis de habil itao escolar e qual ificao prof issional da populao adulta e jovem, atravs de uma oferta integrada de Educao e Formao que potencia as condies de empregabil idade e certif ica as competncias adquiridas ao longo da vida o CENFIM - Ncleo de Caldas da Rainha procedeu a uma Cerimnia de entrega de Diplomas do Processo RVCC - Centro de Novas Oportunidades do CENFIM, dos Cursos EFA - Educao e Formao de Adultos e de Jovens - Sistema de Aprendizagem do Ncleo, no dia 20 de Janeiro, no Centro Cultural de Caldas da Rainha.

    Este evento presidido pelo Senhor Secretrio de Estado do Emprego e Formao Profissional - Valter Lemos, contou tambm como oradores com Manuel dos Santos Rosa - Presidente do Conselho de Administrao do CENFIM, Francisco Madelino - Presidente do Conselho Directivo do IEFP , Jos de Ol iveira Guia - Presidente da Direco da ANEMM, Tinta Ferreira - Vereador da Cultura em representao do Presidente da Cmara Municipal de Caldas da Rainha, bem como de Paula Sobreiro em representao dos Adultos do Processo RVCC e de Cristina Botas - Directora dos Ncleos de Caldas da Rainha e Peniche do CENFIM.

    Este evento para alm dos congratulados e seus famil iares, teve a presena de Anbal Campos - Presidente da Direco AIMMAP entre outras Individual idades l igadas ao poder local, Formao Profissional e ao Sector Metalrgico, Metalomecnico e Electro-mecnico em Portugal.

    Foi com um sentimento de grande entusiasmo e grat ificao que decorreu esta cerimnia pois foi opinio unnime que, todo este processo que iniciaram e por que passaram estes Jovens e Adultos

    impl icou perseverana, esprito de sacrifcio, iniciativa, muito trabalho e empenhamento, mas agora mais do que nunca muita satisfao pelo seu culminar que se corporizou nesta cerimnia e o serem agraciados com este diploma que prova cabal de que quem quer consegue.

    Todos os oradores convidados e a representante dos Adultos do Processo RVCC, realaram o muito que o CENFIM tem contribudo para o projecto de vida pessoal e profissional de todos os que passaram por este Centro de Formao Profissional, que uma referncia do bem-fazer, de aquisio de novos saberes e de novas competncias em prole das pessoas e da sociedade.

    13

    Com a presena dos formandos, familiares e amigos dos mesmos, decorreu no passado dia 11 de Fevereiro no Ncleo da Marinha Grande do CENFIM uma cerimnia de entrega de Certif icados de Formao Profissional a 30 jovens que terminaram os seus cursos, com sucesso, em 2010. Estes cursos de dupla certif icao, alm de conferirem um certif icado de formao profissional de nvel III da U.E., do equivalncia ao 12Ano do Ensino Secundrio.

    Dos 30 jovens, onze esto certif icados como Tcnicos de Manuteno Industrial (Mecatrnica) e dezanove como Tcnicos de Maquinao e Programao, encontrando-se, neste momento, perfeitamente integrados nas empresas metalomecnicas da regio.

    Nesta sesso, depois de os jovens terem recebido os parabns e fel icitaes pelo seu empenho e dinamismo demonstrados ao longo dos trs anos de durao dos cursos, foi realada a importncia que a Formao Profissional dever ter na Formao ao Longo da Vida, a partir desta etapa das suas vidas. Devero empenhar-se no reforo e alargamento das suas competncias, porque cada vez mais, ser esse factor que ir valorizar o seu desempenho profissional no futuro.

    Aps a cerimnia de entrega, pelos coordenadores dos cursos, dos respectivos Cert ificados seguiu-se um pequeno lanche e uma visita guiada pelas instalaes do CENFIM com mostra de trabalhos real izados.

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    Quero saudar, todos aqueles que por sua iniciativa e esforo, souberam d ispor do seu tempo em prol de uma mais-val ia, reconhecida, garantindo a competncia pelos seus feitos, no diploma que recebemos nesta Cerimnia de Entrega de Diplomas do Processo RVCC.

    A nossa histria de vida igual a tantas outras, de homens e mulheres que neste pas nasceram e sobreviveram por sua prpria conta ao longo dos anos. Fui concebido e criado numa comunidade piscatria muito, muito pobre, num lugar em que os sonhos eram proibidos. As refeies dirias eram de prato quase sempre vazio. Aos nossos olhos era-lhes oferecido escurido, e foi nessa escurido que crescemos, que nos fizemos jovens, adolescentes, os que tiveram essa oportunidade, porque houve os que no t iveram esse privilgio. Houve quem tivesse sido colocado no mercado de trabalho por fora das necessidades, mas como bvio no deixaram de ser os homens e mulheres que hoje aqui se encontram.

    Fui arrancado das letras e dos nmeros, na tarde do dia em que conclui a quarta classe, no por escolha prpria, mas pela necessidade de aumento no rendimento famil iar. Contudo no deixei que a ignorncia tomasse conta do meu tempo, e persisti em absorver tudo o que alguns escritores portugueses, e no s, ofereciam nos registos dos seus trabalhos.

    Sou de cinquenta e um, claro, estou muito perto dos sessenta anos.

    No final do ano dois mil e nove quando nada fazia prever o interesse ou necessidade de provar, ou reconhecer a importncia do tempo vivido na escurido, eis que me confronto com a possibil idade, de pelo menos provar a mim prprio, que a escurido tambm produz homens com alguma capacidade e qual idade. Depois de uma pequena apresentao demos inicio a uma jornada de alguns meses de trabalho recheado de conhecimento, empenho e afectos. Os protagonistas a quem coube esta responsabilidade, fizeram-nos perceber que a nossa escurido era fruto da importncia que o prprio regime institua para seu prprio uso, e o desinteresse imposto pela necessidade de cada um de ns, nas suas capacidades e competncias. Os contactos que os adultos do grupo dos Estaleiros Navais de Peniche a que eu perteno, tiveram com o Centro de Novas Oportunidades do CENFIM - Ncleo Caldas da Rainha, foram muito poucos, mas quem o representou, f-lo de uma forma responsvel, profissional, competente e muito amiga. Foram trs os representantes, grandes mestres, na organizao e coordenao que to bem nos conduziram atravs do ba das nossas memrias, vasculhando os bons e maus momentos quase esquecidos cujo valor voltou a encher-nos de vaidade, a quem eu pessoalmente estarei sempre grato, por me terem permitido perceber que o facto de no ter tido tempo para ser adolescente, tenho o privilgio de ser o homem que sou.

    Com muita subtileza, mostraram-nos os nomes das medidas que ns fazemos todos os dias. Fizeram-nos ver que os caminhos percorridos ao longo do tempo, estavam recheados de cidadania. Levaram-nos pela mo indicando-nos e experimentando os caminhos do Excel, do Word, do Paint, do Power Point, mostraram-nos a importncia e original idade do que representa o mundo dos computadores, e com isso a possibilidade de o adquirirmos pelo processo RVCC. Duas vezes por semana, ora no CENFIM ora no Estaleiro l estava o grupo motivado para receber o al imento do seu reconhecimento enquanto profissional e cidado. Foi muito gratif icante a aprendizagem, a averiguao, o contacto e a forma como nos ensinaram a respeitar-nos pelo que realizmos, e a olharmos para ns, apenas pelo valor que cada um ns representa.

    Volto a dizer, sem lugar para qualquer tipo de dvidas, que sem termos conhecido mais algum, que no fossem, o Dr. Artur, a Dr. Dina e a Dr. Loyde, fao questo de reafirmar que o CENFIM esteve sempre muito bem representado, com qual idade e rigor levado ao extremo, a quem estarei sempre agradecido por me ajudarem a aprender com o que eu prprio sou ou sei.

    Para todos os diplomados os meus sinceros parabns. Para os formadores, que nos tratem da mesma forma, na etapa que temos pela frente, com meta no jri do dcimo segundo ano.

    Bem-hajam, o meu sincero apreo e muito obrigado.

    Carlos Manuel Brs Alexandre

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    Jos Antnio Pinto foi um dos adultos certificados atravs do processo de RVCC pelo CNO do CENFIM - Ncleo de Ol iveira de Azemeis. natural de Santiago de Riba-Ul, tem 77 anos de idade e inscreveu-se no referido CNO em Maio de 2010, tendo como habil itaes de partida a 4 classe, visando f icar com o 9 ano de escolaridade. a prova viva de que a idade no obstculo aprendizagem!

    Como teve conhecimento do processo de RVCC?

    Foi o meu fil ho que me perguntou se no queria participar no processo RVCC. L me entusiasmou e eu inscrevi-me. A inteno do meu fil ho, enquanto vice-presidente da junta, era colaborar com o CENFIM para tentar valorizar a populao local.

    No estava habituado a estes trabalhos de escolaridade mais avanada. Quando comecei a ver quais os temas abordados, fiquei convencido de que o processo era muito vl ido.

    pena que alguns adultos que frequentam o processo no interiorizem e refl ictam sobre o mesmo.

    Por que decidiu inscrever-se?

    Decidi inscrever-me por curiosidade, uma vez que nunca tinha ido mais alm, devido s dificuldades econmicas e por gosto em progredir em termos de qual ificao.

    Se o processo no tivesse ido ao encontro das suas necessidades e expectativas, o que teria feito?

    Tinha desist ido imediatamente. Tenho conscincia de que fui aprendendo e, se o processo no fosse ao encontro dos meus valores pessoais, teria desistido.

    Se eu no visse correspondncia entre a minha experincia de vida e os objectivos e mtodos do processo, teria desist ido logo.

    Como decorreu o processo?

    Primeiro, inscrevi-me sem saber muito bem em que consistia o processo.

    Segundo, na sesso de acolhimento, deram-me a conhecer o processo e os moldes em que decorreria.

    Depois, nas sesses do processo em si, fomo-nos integrando no grupo e revelando aos poucos as nossas competncias nas vrias reas, desde a Linguagem e Comunicao Matemtica para a Vida, passando pela rea de Cidadania.

    No fim de val idadas todas as reas, fomos sesso de jri para sermos aval iados e, finalmente, cert ificados.

    Quer referir alguns aspectos positivos?

    Refiro a importncia da Matemt ica para a Vida, a lio da canoa, os temas debatidos em Cidadania e, ainda, a UFCD de TIC de 50 horas, que me possibilitou a aprend izagem de operao com computadores em Word, Excel, PowerPoint e Internet. Este curso permitiu-me aprender a pesquisar na net, ver as notcias e receber e enviar mails, sobretudo.

    A camaradagem entre colegas e profissionais foi uma mais-val ia em todo o processo.

    E negativos?

    Tenho dificuldade em apresent-los Poderia ser melhor, poderia ser pior??

    Ter-lhe tomado algum do seu tempo no foi um aspecto negativo?

    No, antes pelo contrrio. Notei que, para me dedicar ao processo, tive de deixar um pouco para trs o meu curso de Ingls, mas no estou arrependido, porque, para alm de ter gostado do processo, sinto-me valorizado.

    Agora estou a recuperar o Ingls, pois j me posso dedicar outra vez a ele.

    J tinha feito formao anteriormente?

    Nunca tinha feito formao antes. Pelo menos, deste gnero no!

    Sempre pertenci a organismos da parquia e da Igreja Catlica, que me proporcionavam participar em encontros, debates, seminrios, etc onde se aprende muito, como falar em pbl ico, ter capacidade de sntese, elaborar actas, planear eventos, fazer acompanhamento a jovens em actividades pedaggicas, a organizar o apoio dos mais carenciados da parquia.

    O que acha que ganhou com o processo?

    Sinto-me mais valorizado e capaz de dizer, sem medos, a qualquer pessoa, que este processo vale a pena. E tambm tenho menos receio de me exprimir e revelar os meus conhecimentos. Estou agora mais vontade ao falar, quer particularmente, quer em pbl ico. E as amizades que criei.

    Que planos tem para o futuro?

    Sinto-me com sade e capaz de iniciar o processo de 12 ano daqui a uns tempos, logo que seja possvel.

    O que diria a quem pretende aumentar o seu nvel de escolaridade?

    Diria que procurassem inscrever-se no RVCC e que experi-mentassem antes de criticarem, porque, por vezes, dizemos mal de alguma coisa boa, porque no nos interessa dedicarmo-nos a ela ou porque no a conhecemos.

    Em princpio, s interessa a quem pretende aumentar os seus conhecimentos e dedicar-se ao trabalho.

    E s pessoas que se mostram renitentes ao processo?

    Aos renitentes, diria que, velhos ou novos, experimentassem.

    Eu, com 77 anos, gostei. Faam a experincia e depois digam qualquer coisa.

    Obrigada pelo seu tempo.

    Isabel Lemos - Profissional de RVCC - CNO - CENFIM de Oliveira de Azemis

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    Reiniciar um percurso h muito anos interrompido impl ica uma reorganizao pessoal de grandes repercusses. A abertura mudana e a d isponibi l idade para um processo de Reconhecimento, Validao e Certif icao de Competncias - RVCC gera-se a partir da ousadia de querer ser mais.

    Os seres humanos nascem com vocao para serem maise tm conscincia do seu inacabamento.

    Adaptado de Paulo Freire

    Os participantes em processo de RVCC, cujo testemunho hoje aqui partil hamos, tiveram a ousadia de perspect ivar um futuro diferente e por isso, procuraram o Centro de Novas Oportunidades do Cenfim da Trofa.

    Corre-se a cortina, avanam os protagonistas

    , tem 47 anos e serralheiro mecnico, encontra-se em processo de Reconhecimento, Validao e Certif icao de Competncias, para a obteno da qualif icao de nvel bsico - 9. ano, em curso na empresa onde desenvolve a sua actividade. Est ivemos conversa com ele, no final de uma sesso de formao complementar de Tecnologias da Informao e Comunicao e lanamos-lhe algumas questes:

    O que que o levou a inscrever-se no Centro de Novas Oportunidades?

    No tinha o 9 ano e gostava de o t irar; no meu tempo, tal no era exigido.

    A nvel profissional, na minha empresa, poderei subir por ter mais conhecimentos. Se mudar de empresa, pode-me ser exigida esta qual ificao.

    Quais so as suas expectativas em relao a este processo?

    Pensava tirar o 9 ano porque no o tinha. Vejo que a juventude tem esta escolaridade, que eu tambm acho importante. Penso que esta qual ificao pode ser uma mais val ia para entrar nos quadros da empresa.

    Espero tambm melhorar a minha capacidade de expresso oral e obter mais conhecimentos na rea de informtica.

    Tinha a percepo que este processo iria ser simples e fcil, mas est a ser mais complexo do que esperava, uma vez que temos que desenvolver muitos trabalhos. Acho que exigido muito de ns, mas considero que bom para o meu crescimento pessoal. Fez-me relembrar histrias do passado. Estas memrias fazem-me sentir orgulhoso de tudo o que fiz. Gosto muito de relembrar o meu passado. Recordar a minha histria fez-me tomar conscincia de toda a experincia devida que tive e de todas as competncias que adquiri. Sinto orgulho e tambm um grande enriquecimento pessoal.

    + Vicente Gomes

    Conta com o apoio da sua faml ia e da entidade empregadora?

    Senti e sinto muito apoio da minha faml ia, o que me influenciou positivamente e deu-me fora. Conto com a ajuda de todos nos trabalhos domst icos, ficando eu mais l iberto para o RVCC.

    Relativamente empresa onde trabalho, senti igualmente apoio, porque me d a oportunidade de trabalhar e frequentar este processo, ao ceder as instalaes para o efeito.

    No seu caso, a empresa encarrega-se igualmente de estabelecer a l igao entre a equipa CNO e os adultos participantes que dif iculdades tem encontrado na frequncia das sesses?

    Sinto dif iculdade na construo do Porteflio Reflexivo de Aprendizagem (PRA), ou seja, tenho algumas l imitaes na reflexo sobre a minha histria de vida. Encontro tambm dif iculdades ao nvel da expresso oral e verbal, bem como na informtica.

    O que que o levou a interromper o seu percurso escolar?

    Completei o segundo ciclo, equivalente ao 6 ano, mas tenho o certif icado apenas da quarta classe. Abandonei a escola, porque queria ter independncia econmica, embora os meus pais quisessem que eu continuasse a estudar, porque achavam que era importante para mim.

    Quando final izar o processo, que culmina com a obteno da certif icao de nvel bsico, quais so os seus projectos para o futuro, a curto e mdio prazo?

    Tenho um sonho desde mido - estabelecer-me, mais tarde, com uma oficina de mecnica automvel. Nunca trabal hei neste ramo, mas sou um curioso, gosto de saber sempre mais desta rea e acho que teria facil idade em aprender.

    Qual a sua opinio em relao a esta iniciativa de mbito nacional?

    Acho que uma boa iniciativa, pois d oportunidade s pessoas que, por algum motivo, no t iveram, na altura, oportunidade de prosseguir os seus estudos. Aplaudo o governo neste sentido.

    Por fim, peo-lhe que deixe um apelo aos leitores, que traduza a forma como concebe o Processo de Reconhecimento, Val idao e Certif icao de Competncias

    Diria s pessoas para frequentarem este processo, vale a pena! Tanto a nvel pessoal, como profissional.

    Este processo muito enriquecedor, na medida em que aprendemos a expressar-nos melhor e ganhamos conhecimentos importantes, nomeadamente, em informtica.

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    + Rogrio Martins Teixeira, tem 29 anos, tcnico de vendas e frequenta o RVCC de nvel secundrio. Entrevistamo-lo no final de uma sesso de acompanhamento com as Profissionais de Reconhecimento e Validao de Competncias.

    Inscreveu-se no Centro de Novas Oportunidades porque pretende

    Pretendo concluir o 12. ano. Frequentei c no Cenfim o Curso de Manuteno, de nvel II e senti necessidade de prosseguir os estudos. Esta necessidade resulta da evoluo da minha carreira profissional.

    H 4 anos, passei do sector da produo para o departamento comercial. Este salto deu-se devido ao meu perfil. Para encarar este novo desafio, achei que devia apostar na minha formao.

    Quais so as suas expectativas em relao a este processo?

    Quero enriquecer o meu Currculo, pois, se estiver bem preparado e for competit ivo, posso progredir na carreira, j que, actualmente, nada seguro

    Perspectiva o prosseguimento para um nvel superior?

    Esse no um dos meus projectos, pelo menos, a curto prazo.

    E a sua faml ia apoia-o nesta iniciativa? E a empresa?

    A minha faml ia apoia-me totalmente; tenho inclusivamente outro famil iar envolvido neste processo.

    Frequento o RVCC em horrio ps-laboral. A minha empresa no coloca qualquer objeco; uma empresa que impl ica, frequentemente, os profissionais, em aces de formao.

    Sente dif iculdades na frequncia do processo?

    Tive que reorganizar o meu tempo; passei a ter menor disponibil idade para a faml ia, nomeadamente, ao fim-de-semana, perodo em que aproveito para desenvolver algum trabalho para o RVCC.

    O seu percurso escolar foi interrompido

    Andei a estudar, mas, por circunstncias de vida, tive que ir trabalhar, tendo abandonado cedo a escola.

    Qual a sua opinio em relao iniciativa Novas Oportunidades?

    Penso que uma iniciativa muito importante, que deve ser aproveitada pelas pessoas que tenham perfil para tal. Considero um ponto forte o reconhecimento das experincias de vida de cada um.

    Que apelo quer deixar aos nossos leitores, que traduza a forma como concebe o Processo de Reconhecimento, Validao e Certif icao de Competncias

    As pessoas que no tm o Ensino Secundrio completo devem aproveitar para verem reconhecidas as suas competncias!

    + Bel isando de Almeida Alves, tem 64 anos e formador de oficinas (prt icas em contexto de formao) dos Cursos da rea da metalomecnica. Frequenta o RVCC de nvel secundrio. Trocamos impresses com ele, no final de uma sesso de acompanhamento.

    Com a sua inscrio no Centro de Novas Oportunidades pretende

    Pretendo melhorar os meus conhecimentos a nvel geral e tambm o meu desempenho profissional. O saber no ocupa lugar, preciso saber sempre mais. No almejo a progresso na carreira, porque j entrei na idade da reforma. Se fosse mais novo, certamente que este processo me daria muitas vantagens a nvel profissional, provavelmente uma progresso na carreira, mas, nesta fase de vida, no isso que pretendo.

    Quais so as suas expectativas?

    Desde que comecei este processo, sinto-me mais vontade em termos de aprendizagem e conhecimentos. Sinto-me melhor preparado para desempenhar as minhas funes, nomeadamente o torneamento, fresagem e serralharia. Em suma, o meu objectivo saber mais, a certif icao vir por acrscimo.

    A sua faml ia apoia-o nesta iniciativa?E a entidade empregadora?

    A motivao foi toda minha, a minha faml ia no entende muito bem este processo, mas apoia-me. Tenho uma experincia de vida bastante longa, que me permite ver os benefcios deste processo.

    Gostaria de ver mais gente envolvida, pessoas com muita experincia de vida podem tirar muito proveito a nvel pessoal e profissional.

    Sente dif iculdades na frequncia do processo?

    Sinto alguma dif iculdade ao nvel da expresso escrita. Inicialmente foi mais compl icado para redigir os textos, contudo, com a prtica, e com as rect ificaes que foram feitas, passei a reflectir mais e a ter muito mais cuidado quando escrevo. Todo este trabalho permit iu-me melhorar na escrita, nomeadamente nos erros ortogrficos. Hoje j me sinto vontade para escrever.

    O seu percurso escolar foi interrompido em

    Interrompi o meu percurso escolar quando fiz o quarto ano, em 1956, uma vez que, na altura, no havia possibil idade de prosseguir os estudos. J para terminar a quarta classe foi complicado, porque tinha que ajudar os meus pais no campo (guardar o gado etc.) e s noite, muitas vezes luz de uma candeia, que tinha tempo para fazer os deveres. Quando terminei o quarto ano, fui trabalhar para ajudar os meus pais e irmos.

    Qual a sua opinio em relao a esta iniciativa de mbito nacional?

    Sou completamente a favor desta iniciativa, de tal forma que j incentivei algumas pessoas a aderirem a este processo, por ser para elas uma grande mais val ia.

  • Acho que estas oportunidades so de se aproveitar. As pessoas devem ter a dignidade de querer aprender e no ter apenas como principal objectivo a cert ificao.

    Por fim, peo-lhe que deixe um apelo aos leitores, que traduza a forma como concebe o Processo de Reconhecimento, Val idao e Certif icao de Competncias

    Acho que as pessoas no devem perder esta oportunidade, adquirem mais conhecimentos, valores, sendo muito importante a nvel pessoal (ficam mais ricas interiormente) e profissional (melhoram na execuo das suas tarefas). No desperdicem esta

    oportunidade!

    Agradecemos a disponibil idade dos participantes para esta entrevista e desejamos aos 3 um excelente percurso de redescoberta.

    Gostvamos ainda de sal ientar as empresas que pautam a sua aco pela interveno social, suportando o seu desenvolvimento na qual ificao dos recursos humanos, factor decisivo na gesto estratgica e consequente sucesso empresarial.

    Equipa CNO - Centro de Novas Oportunidades do CENFIM da Trofa - Cu Gomes - Profissional RVC

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    Sei que o assunto que trago j saiu das pginas dos jornais, e dos temas de interesse dos Telejornais, internet, Redes sociais, cafs, filas em servios pbl icos, etc., tendo sido substitudo pela crise que s agora parece assolar o Pas e o mundo (no que me arrisco dizer, onde andamos todos ns at aos dias de hoje? Ser o Matrix uma real idade de muitos? Existir verdadeiramente uma Twilight zone?).

    No entanto, se quisermos dar ao assunto que vos trago uma viso economicista e/ou capital ista, rapidamente conclumos que a Educao a grande base de sustentao de qualquer sociedade, mercado ou Pas, pelo papel fulcral que a qualif icao das pessoas ocupa, (ou deveria ocupar), no desenvolvimento de qualquer tipo de sector de actividade sobre o qual nos pretendssemos debruar.

    No obstante, aquilo que surge envolto do ttulo que timidamente inicia esta pequena part ilha que fao convosco, no mais do que uma reflexo sobre os diferentes intervenientes desta nobre misso de Educar, acompanhada de um role de angstias e preocupaes de quem teme no ser capaz de se diferenciar do comum mortal, no que toca ao seu papel de ajudar a crescer os seus fil hos e os fil hos de outrem, pelas funes que preenchem o meu quotid iano, enquanto me, Formadora e profissional na rea da educao.

    Quando falamos de educar, rapidamente nos remetemos para dois actores fundamentais sua prtica: Faml ia e Escola. Penso que at aqui todos estaremos de acordo, e nenhum de ns estar, neste momento, a ter de recorrer a nenhum disposit ivo especial para encontrar uma qualquer real idade distante onde se possa encontrar esta premissa.

    No entanto, se nos conseguirmos distanciar desta "velha" (ouso diz-lo) certeza, veremos que a relat ividade do tempo fez avanar a passos acelerados a mudana, que outrora era caracteristicamente morosa e progressiva. J no antevemos o seu impacto, j no nos conseguimos preparar para a sua chegada. , por tudo isso, urgente alterar a mental idade na cada vez mais difcil e rdua misso de educar!

    Na real idade que se vive no tecido social actual, urge olhar a educao como parte integrante de um todo que se pretende hol ista, e no como tarefa ou misso de uns ou de outros, de algum

    ou de ningum, que rapidamente tambm perde nome e rosto, na indefinio de quem no quer assumir as suas responsabil idades.

    No faz muito tempo que as Famlias conheciam o seu papel de Primeiro agente de Socializao, hierarquicamente def inido de acordo com o peso que tinha a sua funo no desenvolvimento equil ibrado da criana. Era no seio famil iar que primeiramente se definiam opostos f ilosficos simples, como a dist ino entre o bom e o mau, o mais velho e o mais novo, l iberdade e necessidade, a eternidade e a efemeridade, razo e paixo, activo e passivo, causa e efeito, eu e o outro. O respeito pela autoridade de quem assumia o papel de educador (me, pai, av, av, irmo mais velho, tio, primo etc.) era um princpio inexorvel e indissocivel das relaes que se teciam dentro das muralhas famil iares, o que se repercutiria mais tarde, aquando da interveno de outros agentes de social izao, deixando-os l ivres para outros ensinamentos e para outras tarefas inerentes ao crescimento e desenvolvimento dos indivduos.

    exactamente aqui que me retenho convosco, por ser esta a maior e mais atroz mudana

    O mundo foi-se definindo atravs da Revoluo industrial, instalao do capital ismo, substituio dos sectores de act ividade predominantes, utpica equidade entre classes sociais e nveis de qual idade de vida, desenvolvimento cientfico e tecnolgico, igualdade de gnero, mercados globais de competit ividade alucinante, novas ordens econmicas mundiais, com o hemisfrio a marcar duas real idades demasiado dspares e antagnicas, e assim se foi "desenvolvendo" e "avanando" (outra conversa que gostaria de partil har um dia) despreparado para os impactos que o acompanhariam, igualmente desfocados, pela rapidez com que se iriam fazendo sentir!

    Deste devaneio espero apenas conseguir chegar onde inicialmente me comprometi convosco, porque o mundo se def iniu demasiado na sua componente pseudo democrtica e totalmente economicista, tendo-se paralelamente desfocado naquilo que traduz a sua essncia. Assim ouso questionar-vos: para onde caminha a educao dos nossos fil hos, dos nossos netos, das nossas crianas Portuguesas? No o Pas que est em crise, a humanidade tem vindo gradual e morosamente a fal ir nos seus valores, nas suas convices, nos seus papis e nas suas obrigaes.

  • Culpamos com demasiada facil idade as escolas pelo fracasso na educao das crianas e jovens, remetendo-lhes a culpa do "estado convalescente da nossa nao", e com a mesma rapidez tambm reconhecemos que a faml ia no tem cumprido o seu papel Sou efectivamente obrigada a concordar com ambas as vises, tendo, no entanto, que ir mais longe na origem destas consequncias, que s agora comeam a ganhar expresso na forma como tudo acontece em todas as dimenses sociais que cruzamos, o que me faz temer ainda mais o futuro que se aproxima, consciente da gerao vazia de estruturas que vai velejar um barco j em processo de naufrgio.

    Comecemos ento pelo princpio, dizia-vos h pouco que faml ia cabe a primeira social izao dos indivduos, formando-os estruturalmente em sectores de extrema importncia na sua definio enquanto indivduos equil ibrados, confiantes e saudveis, comeando pelas suas emoes. No obstante, vo concordar comigo quando constatar que, nos dias que correm, a faml ia no se tem conseguido focar no objectivo que l he incumbem a sociedade e a histria, j no falando das suas funes pr determinadas biologicamente. Ento o que que a impedir? Mesmo sem procurar na anl ise social uma resposta estruturada e cientfica, part ilhando somente a opinio de quem l e anal isa o que v, (ainda que com os "culos" de quem foi treinada para ser um investigador social), vejo que a humanidade organizou o seu tempo, esquecendo-se dos papis dos quais no se podia dissociar Seno vejamos:

    Em casas normais a hora de levantar varia entre as 6h e as 8h da manh, onde uma faml ia apressada grita impacientemente para conseguirem sair a tempo de cumprir os horrios de entrada nas devidas creches ou escolas e locais de trabalho, superando as filas de trnsito e outros imprevistos, que podero encontrar pelo caminho percorrido j de forma automtica, no silncio part ilhado por todos para ouvir um programa de rdio. O dia corre atribulado, at sensivelmente s 18h ou s 21h, dependendo do sitio onde os pais trabalham, definindo quem e a que horas ir buscar os f ilhos s creches ou s escolas, ou encontrando os filhos j em casa depois de muitas horas sozinhos, a fazer uma gesto autnoma e desprotegida do seu tempo. Entre o banho e o jantar pouco se acrescenta num dilogo que j no encontra lugar entre pessoas cansadas e praticamente desconhecidas pelo pouco (quase nenhum) tempo que partil ham debaixo do mesmo tecto, juntamente com a televiso, internet, consolas, redes sociais, telemveis, etc. So hoje demasiadas as "e-companhias" e as distraces para que a faml ia ocupe o lugar que outrora lhe pertencia. E assim vo passando os dias, as semanas, os meses e os anos, e chega o primeiro dia da Escola, onde esperam que todas as pequenas lacunas comportamentais daquela criana sejam corrigidas, a par da tarefa rdua de ensinar a ler e a escrever, dar a conhecer coisas sobre a natureza e o mundo, habituando-a a uma discipl ina que at aquele momento desconhecia, preenchendo o tempo da criana, at que a hora tardia de a ir buscar acontea, sem grandes prejuzos para "pais rebanhos", de um mundo demasiado capital ista para se preocupar com as pessoas.

    Onde fica, ento, o tempo para que a faml ia cumpra sua funo? cada vez mais comum encontrarmos pais frustrados, ansiosos, preocupados, inseguros no papel que desempenham, tentando

    compensar os seus fil hos atravs da satisfao exigente de caprichos e vontades absurdas, e reveladores de uma enorme necessidade, no percepcionada e no entendida, por nenhum dos intervenientes seus geradores (sociedade, entidades patronais, progenitores, escolas, etc.). Como pode a escola compensar este desequilbrio? Como podemos ns faml ias contrariar as consequncias devastadoras desta realidade a que assist imos como meros espectadores?

    Nos anos 70/80 j era assunto da Sociologia da famlia a crise existencial das mes que tinham sido social izadas para serem mes, agente presente no acto de cuidar, educar, ajudar a crescer, proteger, amar, etc., a par de uma necessidade social em corresponder s exigncias e anseios de quem marcava a diferena no mercado de trabalho, provando que eram dignas de lugares de igual responsabil idade e prestigio exactamente porque assist iam desesperadas impossibil idade de concil iar dois mundos to complexos, exigentes e sequiosos da sua total ateno, acrescentando ao facto de estarem conscientes de que a sociedade no estava preparada para assumir o papel que ficaria mais desprotegido pela ausncia da funo que a mesma lhe incumbira, pela fora da natureza e o instinto inato da gestao.

    Sem me querer alongar muito mais, para que no perca a vossa ateno, ficando mais uma vez sozinha com a minha reflexo, queria apenas concluir que precisamos de tempo para ser faml ia. Nenhuma sociedade sobreviver despojada daquilo que a forma em primeira instncia, o lugar onde as primeiras relaes acontecem e onde as aprendizagens mais importantes emergem com a hombridade de quem prepara um fil ho (a) para fazer parte do mundo. No apenas escola que cabe a misso de tornar "meninos perdidos" em indivduos "crescidos, educados, equil ibrados e responsveis", o grande educador a faml ia, mas nem ela, nem a escola se podero dissociar. A famlia ensina valores, d a conhecer emoes e tece relaes sl idas entre os primeiros esquios da discipl ina e do respeito, do amor e da compreenso, da responsabil idade e do lugar que cada um ocupa no seu seio. A escola dever levar a criana ao mundo, atravs do conhecimento e da descoberta, despoletando nela a sede da curiosidade, do questionamento e da aprend izagem.

    No ponto em que hoje encontramos a humanidade, urgente que ambas se unam e percebam o que cada uma tem de mudar, para acompanhar, contrariando, o caminho sem rumo que a educao tomou em Portugal. No entanto, urge tambm que ns sociedade saibamos olhar atentos para os caminhos que temos vindo a percorrer, recuperando no tempo os papis e funes que temos vindo a esquecer e perder, culpando quem no pode partilhar a culpa, sem com isso alterar os contextos que no nos permitem Ser Faml ia.

    Cada um de ns deve ser autor da sua prpria mudana, porque juntos mapearemos novos trilhos.

    Vanessa Carvalho da Silva - Sociloga e Tcnica RVCC - CENFIM Ncleo de Torres Vedras

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    O Ncleo do CENFIM de Amarante, recebeu no dia 26 de Janeiro, uma visita de estudo promovida pela Escola EB 2, 3 de Sande, composta por alunos do 2 ciclo do ensino bsico e 4 professores, num total de 80 pessoas.

    Por uma questo logstica e para que melhor se d istribussem os formandos pelos locais a visitar, esta delegao foi dividida em dois grupos que tiveram a oportunidade de no aud itrio, visual izarem o vdeo promocional deste Centro de Formao Profissional Protocolar para o Sector Metalrgico e Metalomecnico, e a importncia do sector na empregabil idade, bem como as actividades de formao do CENFIM e a divulgao dos Cursos de Aprendizagem a iniciar em Setembro:

    + Desenho de Construes Mecnicas+ Maquinao e Programao

    Prosseguiram com uma visita s instalaes: oficinas mecnicas; maquinao convencional, maquinao CNC - Comando Num-rico por Computador e inteiraram-se das operaes e dos trabalhos real izados pelos formandos nos diferentes equipamentos.

    Nas oficinas de soldadura observaram as operaes e os trabalhos real izados pelos formandos nos diferentes processos de soldadura.

    Seguiram-se o laboratrio de electricidade e a sala de informtica CAD - Desenho Assistido por Computador e os trabalhos desenvolvidos pelos formandos nos diferentes softwares de desenho e modelao.

    Esta visita de estudo permitiu mostrar como o Cenfim encara a

    Qual ificao prof issional dos jovens e como podemos contribuir para orientar as escolhas vocacionais de alguns dos jovens.

    A importncia da escolha de profisses com futuro no mercado de trabalho e o sucesso que temos t ido nas colocao de novos profissionais no nosso sector. Este sector de actividade que tm garantido progresso prof issional, de forma sustentada no tempo, a todos os jovens formados no CENFIM.

    No passado dia 17 de Maro, um grupo de 20 Jovens da EB 2/3 de Lea da Palmeira, esteve presente nas instalaes do Ncleo do Porto do CENFIM para real izar uma visita de estudo.

    Aps a recepo aos visitantes pela Directora do Ncleo, coube ao Coordenador da Formao

    Inicial, o acompanhamento aos visitantes e o enquadramento na oferta formativa do CENFIM, seguida de visita s instalaes.

    Nesta visita, os Alunos da Escola puderam contactar com os nossos Formandos em ambiente de formao, na realizao das principais funes das respectivas prof isses.

    Estas foram as reas visitadas, com demonstraes dos

    Formandos do CENFIM, sempre com o apoio do corpo interno de Formadores do Ncleo:

    , Desenho Tcnico, Desenho/Projecto em Modelao Paramtrica (CAD), CNC, Serralharia Mecnica, Soldadura, Refrigerao e Climat izao, Mecatrnica, Energias Renovveis

    De sal ientar que esta escola uma presena anual, por vezes com mais de um grupo, com resultados muito positivos, que se tem convertido em formandos para o Sistema da Aprendizagem, o nosso obrigada a Adriana Campos, que tem sido quem tem mostrado aos privilegiados da escola EB 2/3 de Lea da Palmeira, algumas das ofertas formativas que podem ser o principio de um percurso de sucesso para os que abraarem estas oportunidades.

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    Entre os dias 10 a 12 de Maro de 2011, participou o CENFIM na 5 Edio do Roboparty, um encontro de robtica, que se real izou na Universidade do Minho, em Guimares. O certame tinha como objectivo aproximar os jovens da robt ica atravs da montagem de um robot e culminava com por trs competies - perseguio, obstculos e dana.

    Os moldes foram prximos dos anos anteriores estando aberto a

    todas as Escolas nacionais, de qualquer grau de ensino. Neste evento, convidam-se os participantes a construir um robot, a part ir de um kit comercial fornecido pela organizao. Com a ajuda de alunos final istas do Curso de Electrnica Industrial da Faculdade do Minho, ao longo dos trs dias em que decorreu o evento, forneceram a ajuda e acompanharam a construo o robot. In situ todos os elementos participantes receberam formao em diversas reas, tais com soldadura a estanho, electrnica, construo mecnica e programao em basic.

    No decurso do evento, existiam act ividades ldicas abertas aos participantes. Estas so act ividades fsicas e de diverso - as novidades deste ano foram entre outras, o plo aqutico.

    O CENFIM nesta edio do ROBOPARTY 2011 esteve representado por vrias equipas, sendo que 4 delas se juntaram e criaram uma equipa nica para a prova de dana, representado por dois grupos de Formandos do Ncleo do Porto, MEKAS 2011 - constitudo pelo Fbio Maranho, Hlder e Pedro Silva e outra denominada CENFIM - PORTO, constituda pelo Joel Sousa, Paulo e Diogo, os de Formandos do Ncleo de Oliveira de Azemis - Carlos Silva, Bruno Magano e Tiago Santos - 2 ano do Curso de Manuteno Industrial e um grupo de Formandos do Ncleo de Lisboa, TME Lisboa, constituda pelo Paulo Santos, Alexandre Pereira e Jos Guilherme. A acompanhar, como responsveis, foram os Tcnicos do CENFIM - Manuel Armindo, Albino Sousa do Ncleo do Porto, Mrio Silva do Ncleo de Ol iveira de Azemis e Clia Santos do Ncleo de Lisboa.

    Procuramos adaptarmo-nos o melhor possvel aos desafios que foram colocados: montagem mecnica, montagem elctrica e a programao. A aposta foi essencialmente nas provas de perseguio e fuga de obstculos.

    Para a prova de dana, pela 1 vez, foi proposto um desafio - a concepo de uma coreografia com 4 robots, resultante da associao de 4 equipas.

    C r i a m o s u m a E q u i p a CENFIM, com 2 Equipas do Ncleo do Porto, 1 do Ncleo de Lisboa e 1 do Ncleo de Ol iveira de Azemis. Esta Equipa CENFIM foi galar-doada com o 3 Lugar Prova de Dana, onde os 4 robots

    foram programados para real izar uma coreografia ao som de uma msica escolhida pela equipa global.

    A Equipa do Ncleo de Lisboa do CENFIM, na prova Perseguio conquistou um excelente 5 lugar entre as 103 equipas a concurso.

    Esta foi a primeira experincia neste evento para os Ncleos de Ol iveira de Azemis e Lisboa, o Ncleo do Porto do CENFIM h uns anos a esta parte tem sido presena indispensvel, com a conquista de vrios 1s e um 2 lugar do prmio construo.

    Foi muito agradvel e salutar o convvio entre as equipas, especialmente entre as da casa.

    O CENFIM - Ncleo do Porto manifesta o seu especial agradecimento s Empresas: TECNOGIAL, FIXUP, BIZERBA e HOTIS FNIX, pela colaborao ao dispensarem do estgio, os formandos para que estes pudessem participar neste evento, e o CENFIM Ncleo de Lisboa Empresa OTIS pela apoio ao seu actual colaborador e, nosso ex-formando Jos Guilherme.

    O CENFIM congratula-se tambm pela excelente representao dos seus Formandos e Tcnicos e das Equipas constitudas, que em muito o dignif ica e por isso lhes agradece o excelente trabalho que desenvolveram e demonstraram neste certame a nvel nacional.

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    Foi com grande entusiasmo que o Ncleo de Caldas da Rainha aceitou participar numa exposio de Bonecos de Neve - SnowParade - nas principais ruas da Cidade de Caldas da Rainha, que decorreu entre os dias 17 a 19 de Dezembro.

    A iniciativa do projecto nasceu com Ponto de Ajuda da Santa Casa da Misericrdia Local. Durante os 3 dias de exposio o CENFIM concorreu

    contra outros bonecos originais executados por diferentes escolas e IPSS do Concelho. O boneco vencedor do concurso foi nomeado atravs da votao do pbl ico, no preenchimento de um boletim prprio para o efeito.

    O CENFIM no poupou imaginao e criatividade na execuo e nos materiais a util izar. Para alm da estrutura volumosa feita por material soldado e um revestimento feito a rigor com tecido e esponja, o boneco apresentava particularidades nicas, como uns Skis, um bon, uma bata azul do CENFIM (feita medida de uns quil inhos a mais que um boneco de neve tpico tem), encontrando-se l igado a uma bateria que fazia mover a cabea cada vez que algum se aproximava do sensor incorporado na barriga.

    Apesar do CENFIM ter obtido um 6 lugar, no deixmos de ser vencedores pela dedicao, esforo e empenho de alguns Formandos, dos Formadores das reas Tcnicas e na execuo da fatiota destacamos a nossa colega, Susana Gonzaga que foi incansvel nos pormenores estticos Ficaram todos de Parabns!!.

    A convite do Departamento de Engenharia Mecnica do Instituto Superior Tcnico, real izou-se no dia 15 de Maro de 2011 uma visita de estudo quele prestigiado estabelecimento de ensino de engenharia.

    A visita iniciou-se no Anfiteatro do Complexo Interdiscipl inar, onde a Prof Barbara Gouveia apresentou os vrios cursos ministrados naquele departamento, bem como as suas respectivas sadas profissionais.

    De sal ientar que apesar das dificuldades que o pa s atravessa, e tal como acontece com os cursos do Cenf im, a empregabil idade aps a concluso dos cursos elevada.

    Seguiu-se uma visita aos vrios Laboratrios, nomeadamente de Tecnologias de Fabrico; Projecto Mecnico e de Mecnica Experimental e o de Controlo, Automao e Robtica.

    Os nossos formandos tiveram assim possibil idade de conhecer, em vrios campos, o estado actual do conhecimento de vanguarda da engenharia mecnica.

    Participaram na visita Formandos das Aces de Especializao Tecnolgica (TECMEC 1 e TECFRI 1), do 3 ano das Aces de Aprendizagem (TDCM 9 e TMAP 5) e ainda de aces de Educao e Formao de Adultos (EFARC 1, EFASOL1 e EFASOL2 ) do Ncleo de Lisboa do CENFIM.

    A Obra do Padre Grilo um lar para rapazes, que acolhe cerca de 70 crianas e jovens. Para l so encaminhados rapazes da regio do Grande Porto, cujas famlias foram dadas como no sendo capazes de lhes proporcionar um desenvolvimento saudvel a diversos nveis.

    A turma AT3g - Tcnico de Sistemas Energticos - Tcnico de Gs, do CENFIM Ncleo do Porto, no mbito da discipl ina de DPS - Desenvolvimento Pessoal e Social, organizou, tendo produzido, encenado e representado, com grande entusiasmo e

    empenho uma pea de teatro, pretendendo alertar os mais pequenos para os equilbrios ambientais e as consequncias da aco humana, promovendo alternativas mais amigas do ambiente. A estreia da pea, deu-se no dia 14 de Fevereiro nas instalaes da Obra do Padre Grilo, tendo como pbl ico algumas das crianas que l residem.

    Os actores foram muito bem recebidos, com direito a palmas e demonstraes de afecto no decorrer e final da sua actuao.

  • O Ncleo de Caldas da Rainha do CENFIM participou nas I Jornadas da Juventude que decorreram entre 19 e 21 de Janeiro, na Vila de bidos. A participao do Ncleo neste tipo de act ividades j considerada uma prtica obrigatria, pois proporciona a divulgao da Actividade do Ncleo, em termos de Oferta Formativa.

    Durante o evento foram desenvolvidos Workshops, Debates, Mostra de Profisses e Experincias Interact ivas, abertos aos

    alunos das diferentes escolas do Concelho. Para alm da participao na Feira, en-quanto formato de divul-gao, alguns dos nossos For-mandos tiveram a oportu-nidade participar numa Act ivi-dade - Conversas com Pro-fissionais: Cincias e Tecnologias, no dia 19 de Janeiro.

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    O CENFIM esteve na FUTURLIA 2011 integrado no Stand do IEFP - Instituto do Emprego e Formao Profissional - no Espao Trabalhar com Mquinas - Metalurgia e Metalomecnica.

    As reas em que o CENFIM - Ncleo de Lisboa esteve representado foram as de:

    DESENHO / CAD - Sadas Profissionais:+ Desenhador/a de Construes Mecnicas (nvel 2)+ Tcnico/a de Desenho de Construes Mecnicas (nvel 4) -

    os formandos presentes foram os jovens da turma TDCM 9 - Pedro Almeida e Pedro Mouro.

    MANUTENO INDUSTRIAL - Sadas Profissionais:+ Electromecnico/a de Manuteno Industrial (nvel 2)+ Tcnico/a de Manuteno Industrial de Metalurgia e

    Metalomecnica (nvel 4) - jovens presentes: Paulo Santos, Jos Alexandre Pereira e Gonalo Gonalves da aco TME 12

    Muitos foram os visitantes que se interessaram pelo desenvol-

    vimento de peas em 3 D que os nossos Formandos demonstraram ao vivo bem como o funcionamento das bancadas de mecatrnica, equipamento fundamental na preparao dos jovens concorrentes, nos concursos de profisses, no mbito da electromecnica.

    muito gratif icante observarmos a preparao tcnica e de postura que os Formandos do CENFIM Ncleo de Lisboa assumiram no dar as informaes sol icitadas a Jovens e Adultos de mbito tecnolgico, profissional e de experincia pessoal e assim incut irem em outros Jovens o gosto pelas reas tcnicas de que a indstria e o pas to urgentemente precisam para o alavancar da sua economia.

    O CENFIM esteve presente com um stand na 1 edio da Feira de Amostras do Sistema Educativo - educaANGOLA em Luanda, com o lema CENFIM - o seu parceiro em Angola para a Qual ificao dos Recursos Humanos.

    Foi nosso intuito mostrar e divulgar no s a nossa act ividade em Angola, como tambm estabelecer e promover novos contactos, que proporcionem o estabelecimento de novas parcerias com Empresas e Instituies Angolanas.

    No espao destinado ao CENFIM, foi instalada uma bancada de Pneumtica e Electropneumt ica cedida pelo Inst ituto Politcnico

    do Lobito (com quem j estabelecemos parcerias), e foram expostas peas l igadas Caldeiraria e Soldadura, executadas pelos formandos do Centro de Formao Profissional da Sonamet (onde o CENFIM tem uma equipa em permanncia que assegura a real izao da formao real izada, apoiando tambm a organizao e a coordenao das suas actividades).

    Sendo a Educao um sector considerado estratgico em Angola, tambm a actividade do CENFIM neste pas tem vindo a conhecer um enorme incremento, desde as suas primeiras iniciativas real izadas em 1997. Esta dinmica de desenvolvimento, tem sido implementada em consonncia com a aposta na melhoria das qual ificaes dos trabal hadores e quadros angolanos, pelo que foi de primordial importncia esta nossa part icipao, que contou com a visita do Ministro da Educao de Angola, a Ministra da Cincia, Tecnologia e Ensino Superior e respectivas comitivas.

    Estiveram presentes na inaugurao o Secretrio de Estado do Emprego e Formao Profissional de Portugal - Valter Lemos, e o Presidente do Conselho Directivo do Inst ituto do Emprego e Formao Profissional - Francisco Madel ino, os quais visitaram tambm o stand do CENFIM.

  • O incio do perodo de frias de Natal dos Ncleos de Caldas da Rainha e Peniche do CENFIM, ficou marcado por dois momentos de grande actividade e alegria. Pela tarde do dia 23, ltimo d ia de Formao, real izou-se um Jogo de Futebol no Pavilho Gimnodesportivo - Mata Rainha Dona Leonor com a part icipao de vrias equipas compostas por Formandos e Formadores que mostraram estar altura de uns verdadeiros campees. noite, a real izao do j famoso Jantar de Natal, no restaurante O Cortio, que contou com a presena de cerca de 100 pessoas, entre Formandos, Formadores, Colaboradores e Ex-Formandos e Ex-Formadores que fazem e fizeram o dia-a-d ia no nosso Centro de Formao. Este ano o jantar foi animado com msica ao vivo, que possibil itou que todos pudessem dar 'um p de dana' e com o sorteio de um cabaz de Natal.

    Foi com muita satisfao que se assist iu a mais um momento de unio entre estes dois Ncleos de Formao vizinhos, que partilham a mesma Direco, e por isso ousamos dizer Uma Longa viagem comea por um passo.

    Agradecemos a todos a presena no Jantar do CENFIM e desejamos um excelente 2011, a crescer em COMPETNCIAS!

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    Os Formandos da Aco Tcnicos de Manuteno Industrial - Mecatrnica do Ncleo de Peniche do CENFIM, participaram no dia 25 de Janeiro p.p. na prova de Corta-Mato Escolar, no Parque da Cidade em Peniche. A Escola Secundria de Peniche, foi a organizadora deste evento em que estiveram envolvidos 550 atletas de vrias escolas do Concelho de Peniche.

    O CENFIM - Ncleo de Peniche participou com duas equipas mascul inas, uma no escalo de Juvenis e outra no escalo de Juniores. A participao destes Formandos foi muito positiva, tendo o Formando Emanuel Dias, liderado grande parte da prova onde obteve uma excelente classificao - 6 lugar na geral.

    Foram apurados para a fase seguinte, que se real izou em Torres Vedras, quatro Formandos do escalo de Juvenis e quatro Formandos do escalo de Juniores.

    A 23 de Fevereiro de 2011, participaram duas equipas de Formandos, uma de Juvenis e outra de Juniores, no torneio de Basquetebol 3x3, fase local, organizado pela Escola EB 2,3 Lus de Atade.

    Nesta prova participaram cerca de 180 atletas nos diversos escales.

    As nossas triplas representaram de uma forma muito positiva a nossa Instituio obtendo bons resultados, no entanto no foram suficientes para o apuramento da fase seguinte. Toca a treinar mais rapaziada!

    Actualmente os nossos atletas, esto a preparar-se para participarem num Torneio de Voleibol de Praia e outro de Rguebi!

    Estas actividades so enriquecedoras para os nossos Formandos, pois para alm de promoverem o gosto pela actividade fsica e pelo desporto, permite-lhes