Monique Vieira Botelho Machado_A1_PLM

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1 Aluna: Monique Vieira Botelho Machado Disciplina: PENSAMENTO LÓGICO MATEMÁTICO - RECUPERANDO O PENSAR Professor: LUCIANO FERRAZ SERVANTES Elaborar uma análise do Vídeo Jogos em Grupo Constance Kaami articulada a partir dos conteúdos estudados na Unidade 3, especialmente os itens 3.1, 3.2 e 3.3. Ludicidade A atividade lúdica é um princípio fundamental para o desenvolvimento das atividades intelectuais da criança, sendo por isso, indispensável á prática educativa. A matemática faz-se presente em diversas atividades realizadas pelas crianças, oferece aos homens, em geral, várias situações que possibilitam o desenvolvimento do raciocínio lógico, da criatividade e a capacidade de resolver problemas. O ensino dessa disciplina pode potencializar essas capacidades, ampliando as possibilidades dos alunos de compreender e transformar a realidade. Brincar Transformação Auto-estima Atuação Plena Criatividade Relações Auto- conhecimento Inovação Confiança Liderança

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Aluna: Monique Vieira Botelho Machado

Disciplina: PENSAMENTO LÓGICO MATEMÁTICO - RECUPERANDO O

PENSAR

Professor: LUCIANO FERRAZ SERVANTES

Elaborar uma análise do Vídeo Jogos em Grupo – Constance Kaami articulada a

partir dos conteúdos estudados na Unidade 3, especialmente os itens 3.1, 3.2 e 3.3.

Ludicidade

A atividade lúdica é um princípio fundamental para o desenvolvimento das

atividades intelectuais da criança, sendo por isso, indispensável á prática educativa.

A matemática faz-se presente em diversas atividades realizadas pelas crianças,

oferece aos homens, em geral, várias situações que possibilitam o desenvolvimento do

raciocínio lógico, da criatividade e a capacidade de resolver problemas. O ensino dessa

disciplina pode potencializar essas capacidades, ampliando as possibilidades dos alunos

de compreender e transformar a realidade.

Brincar

Transformação

Auto-estima

Atuação

Plena

Criatividade

Relações

Auto-

conhecimento

Inovação

Confiança

Liderança

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John Dewey, por exemplo, defendia, já nos anos 1920, que “o jogo faz o

ambiente natural da criança, ao passo que as referências abstratas e remotas não

correspondem ao interesse da criança”

No jogo as crianças têm oportunidade de incrementar suas capacidades de

memorização, enumeração, socialização, articulação, entre outras.

Jean Piaget, por exemplo, se refere ao jogo como uma importante atividade na

educação das crianças, uma vez que lhes permite o desenvolvimento afetivo, motor,

cognitivo, social e moral e também favorece a aprendizagem de conceitos.

Através dos jogos a criança consegue refletir sobre unidades de medida de

tempo: múltiplos do ano, década, século, milênio e sistema monetário; refletir sobre o

valor posicional dos números; resolver situações problemas.

Para Piaget, o desenvolvimento da autonomia deve estar no centro de qualquer

proposta educativa. Autonomia é o ato de ser governado por si próprio, o oposto de

heteronomia que significa ser governado por outra pessoa. É muito importante destacar

que a autonomia é indissociavelmente social, moral e intelectual.

Assim, o conceito de número não pode ser “ensinado” às crianças pela via da

apresentação e repetição desse conceito pelo professor. É preciso que as crianças

construam estruturas mentais para abarcar esse conceito e a melhor forma de fazer isso é

estimulando-as a colocar todas as coisas em todos os tipos de relações.

Todos os seres humanos nascem heterônimos e vão se tornando,

progressivamente, mais autônomos. Entretanto, boa parte das pessoas não desenvolve a

autonomia de forma ideal. A questão é que grande parte dos adultos reforçam a

heteronomia natural das crianças através de recompensas e castigos, quando deveriam

estimular o desenvolvimento da autonomia trocando pontos de vistas com os pequenos.

As recompensas também reforçam a heteronomia.

Para que as crianças desenvolvam a autonomia moral, os adultos devem

incentivá-las a construir por si próprias, os seus valores morais. Entretanto, é preciso ser

realista, não há como evitar totalmente as punições. É possível, porém trocar as

punições pelo que Piaget chamou de sanções por reciprocidade.

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Ensinar a criança de uma maneira mais dinâmica é buscar cada vez mais o seu

interesse em querer aprender, os jogos e as brincadeiras são somente uma maneira de

ensino diferente do que a escola está acostumada a ver. O lúdico na escola é

fundamental para promover atividades com jogos, buscando um meio de aprendizagem

prazeroso para a criança, ao mesmo tempo em que facilita o trabalho do educador (o

professor), pois, através dos jogos, pode ser feita facilmente uma investigação do modo

de pensar dos alunos, para ajudá-los a compreender os conteúdos escolares e superar

suas dificuldades.

Partindo da consideração de que as atividades lúdicas podem contribuir para o

desenvolvimento Intelectual da criança, Platão ensinava matemática às crianças em

forma de jogo e preconizava que os primeiros anos da criança deveriam ser ocupados

por jogos educativos (AGUIAR, 1998, p. 36).

Desta maneira, a criança aprende com mais facilidade; e dificilmente irá

esquecer o conteúdo que foi passado, guardará em sua memória para o resto da vida e

também terá incentivo em ensinar aos seus colegas, aprendendo cada vez mais,

conseguindo se socializar com o próximo.

Através do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente, testar hipóteses, explorar

toda a sua espontaneidade criativa. O jogar é essencial para que a criança manifeste sua

criatividade, utilizando suas potencialidades de maneira integral. É somente sendo

criativo que a criança descobre seu próprio eu.

Muitos estudiosos (Kishimoto, Machado, Corbalán, Giménez, Grando) têm

estudado a utilização de jogos no processo de ensino-aprendizagem. Assim, antes do

desenvolvimento de um trabalho pedagógico com jogos, o professor deve refletir sobre

suas vantagens e desvantagens:

Vantagens Desvantagens

Fixação de conceitos

Se mal utilizado, pode ter um caráter

puramente aleatório, não há um porquê

para o jogo

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Introdução e desenvolvimento de conceitos O tempo gasto em sala de aula é maior

Desenvolvimento de estratégias de

resolução de problemas

Falsas concepções de que tudo deve ser

ensinado através de jogos

Tomar decisões e analisá-las

Perda da ludicidade do jogo pela

interferência do professor

Interdisciplinaridade

Professor exige que o aluno jogo, perdendo

a voluntariedade

Participação ativa do aluno para construção

do conhecimento

Dificuldade de acesso e disponibilidade de

material sobre o uso de jogos no ensino

Trabalho em equipe

Motivação

Criatividade, senso crítico, participação,

competição, observação, prazer em

aprender.

Percebemos, então, que o sucesso do trabalho depende da reflexão do professor

quanto à metodologia, quanto à proposta de trabalho com jogos e quanto à coerência

dos jogos com o plano escolar. Os objetivos e as ações propostas pelo jogo devem estar

bem claros para o professor. Não é tão simples a inserção de jogos no contexto escolar.

Por isso, cabe ao professor uma análise e um estudo para que fique claro o porquê da

utilização do jogo para o desenvolvimento de certos conceitos.

Além disso, outros fatores como o ambiente da sala onde serão realizadas as

atividades, devem ser verificados. O local de aplicação do jogo deve ser propício para

desenvolver a imaginação do aluno, deve possibilitar o trabalho em grupos, deve

permitir momentos de diálogos entre os alunos e entre o professor e os alunos.

Segundo, Regina Grando (1995), muitos estudiosos têm estudado a utilização de

jogos no processo de ensino-aprendizagem. Assim antes do desenvolvimento de um

trabalho pedagógico com jogos o professor deve refletir sobre suas vantagens e

desvantagens:

Dentre os muitos objetivos do ensino de Matemática, encontra-se o de ensinar a

resolver problemas, onde “as crianças estarão, consequentemente, desenvolvendo sua

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capacidade de generalizar, analisar, sintetizar, inferir, formular hipótese, deduzir, refletir

e argumentar”.

Rezende (2006, p. 37) ressalta que:

... Cabe ao educador criar um ambiente que reúna os elementos de motivação para as

crianças. Criar atividades que proporcionam conceitos que preparam para a leitura, para

os números, conceitos de lógica que envolve classificação, ordenação, dentre outros.

Motivar os alunos a trabalhar em equipe na resolução de problemas, aprendendo assim

expressar seus próprios pontos de vista em relação ao outro.

(REZENDE, 2006, p.37)

Para finalizar, a autora destaca que os valores morais não são internalizados ou

absorvidos de fora para dentro, mas construídos interiormente, através da interação da

criança com o meio.

Assim, ao transferir o foco do pensamento pedagógico daquilo que os

professores ensinam para como as crianças aprendem, Piaget sugere uma revolução

Copernicana na educação. Assim, os docentes precisam rever os seus objetivos

colocando a construção da autonomia como finalidade maior da educação.

Referencias Bibliográficas

AGUIAR, J.S. Jogos para o ensino de conceitos. Campinas: Papirus, 1998, p.33-40.

GRANDO, R. C. A Construção do Conceito Matemático no Jogo. Revista de Educação

Matemática. SBEM–SP, ano 5, n. 3, p. 13-17, jan.,1997.

________ O Jogo e suas Possibilidades Metodológicas no Processo Ensino-

Aprendizagem da Matemática. Campinas, SP, 1995. 175p. Dissertação de Mestrado.

Faculdade de Educação, UNICAMP.

PIAGET, J. Psicologia e pedagogia. 2ºed. Rio de Janeiro: Forense, 1972.

REZENDE. M.A.C.R. A importância dos jogos e brincadeiras na Educação Infantil.

Disponível em:

[http://karaja.fimes.edu.br:8080/Monografia2/monografia/downloadMono/147].

Acesso em 10 de outubro de 2013.

SILVA, J.A.G. do. Aprendizagem por meio da ludicidade. Rio de janeiro: Sprint, 2005,

p. 22-72.