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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL Pós-graduação Lato Sensu em banco de dados e business intelligence com ênfase em software livre Willian Carlos Feldkircher Otimizando a Plataforma Pentaho de Business Intelligence para acesso via iPhone - BI Mobile Brasília - DF 2012

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIALPós-graduação Lato Sensu em banco de dados e business

intelligence com ênfase em software livre

Willian Carlos Feldkircher

Otimizando a Plataforma Pentaho de BusinessIntelligence para acesso via iPhone - BI Mobile

Brasília - DF

2012

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIALPós-graduação Lato Sensu em banco de dados e business

intelligence com ênfase em software livre

Willian Carlos Feldkircher

Otimizando a Plataforma Pentaho de BusinessIntelligence para acesso via iPhone - BI Mobile

Trabalho apresentado na conclusão do cursode pós-graduação Lato Sensu em banco dedados e business intelligence com ênfase emsoftware livre.

Orientador:

Prof. Gerson Gimenes

Brasília - DF

2012

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Trabalho de conclusão de curso sob o título “Otimizando a Plataforma Pentaho de

Business Intelligence para acesso via iPhone - BI Mobile”, defendido por Willian Carlos

Feldkircher e aprovado em 4 de maio de 2012, em Brasília-DF, pela banca examinadora

constituída pelos professores:

Prof. Msc. Gerson GimenesOrientador

Prof. Msc. Denise Maria dos SantosPaulinielli Raposo

Faculdade de Tecnologia Senac - DF

Prof. Msc. Kaiser Mark VidalFaculdade de Tecnologia Senac - DF

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Resumo

Os sistemas de BI fornecem informações analíticas que auxiliam o processo de to-mada de decisão. Muitas vezes uma decisão precisa ser tomada em um curto espaço detempo. Para que as informações estejam sempre disponíveis ao executivo é fundamentala possibilidade de acessá-las através de dispositivos móveis. A evolução tecnológica dossmartphones permite que aplicações mais pesadas possam ser executadas nesse ambientemóvel. Mas ainda existem limitações como o tamanho da tela. Esse trabalho apresentaum plugin que quando instalado no servidor Pentaho cria para o iPhone uma interfacepersonalizada, que explora as funcionalidades do aparelho quando este esteja acessando asuite Pentaho.

Palavras-chave: Pentaho, iPhone, Business Intelligence

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Abstract

BI systems provide analytical information to support the decision making process.Often a decision must be made in a short time. For that information is always availableis key to the executive the ability to access them via mobile devices. The technologicalevolution of smartphones allows heavier applications can be implemented in a mobileenvironment. But there are still limitations to the size of the screen. This paper presentsa plugin that when installed on the server creates Pentaho iPhone a custom interface,which exploits the features of the appliance when it is accessing the Pentaho suite.

Keywords: Pentaho, iPhone, Business Intelligence

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Dedicatória

Dedico este trabalho àquelas pessoas que doam seu tempo ao desenvolvimento de

aplicações que melhoram o nosso dia a dia. Não as que fazem isso pelo lucro, mas àquelas

que são motivadas pelo desafio, pelo desejo de saber mais, pela vontade de se superar. O

valor dessas pessoas não está em um entregável, mas na capacidade criativa que possuem

e na certeza de que sempre podem construir algo inovador.

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Agradecimentos

Primeiramente a Deus que controla todas as coisas e que permitiu que tudo isso fosse

possível.

À minha esposa e filha, pacientes e compreensivas que abriram mão de momentos em

família enquanto eu trabalhava nesta monografia.

Aos mestres da FacSenac pela dedicação em transmitir o conhecimento.

Aos Professores Gerson Gimenes, Denise Maria dos Santos Paulinielli Raposo e Kaiser

Mark Vidal que ofereceram seu tempo para participar da banca de defesa.

Aos colegas de curso que compartilharam experiências e possibilitaram crescimento

pessoal e profissional.

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Lista de Figuras

1 Visualização no iPhone do MicroStrategy . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 21

2 Visualização no iPhone do SAP BusinessObjects . . . . . . . . . . . . . p. 21

3 Visualização no iPhone e iPad do SAS com o plugin Roambi ES instalado p. 22

4 Visualização no iPhone e iPad do Qlikview . . . . . . . . . . . . . . . . p. 22

5 Visualização no iPhone do Pentaho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 23

6 Visualização no iPad do Pentaho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 23

7 Passo 1 - Download do pacote . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 25

8 Passo 3 - Pacote pentaho-iphone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 26

9 Passo 4 - Pasta iphone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 26

10 Passo 7 - Pasta iui . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 27

11 Passo 8 - Pasta XSL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 28

12 Passo 9 - Arquivo web.xml . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 28

13 Passo 10 - Arquivo web.xml . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 29

14 Login padrão do Pentaho no iPhone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 30

15 Visualização do front-end padrão do Pentaho no iPhone . . . . . . . . . p. 30

16 Login do Pentaho personalizado para o iPhone . . . . . . . . . . . . . . p. 31

17 Front-end do Pentaho personalizado para o iPhone . . . . . . . . . . . p. 31

18 Cronograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 32

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Lista de Abreviaturas e Siglas

BI Business Intelligence ou Inteligência nos negócios.

Windows Sistema operacional da Microsoft.

Mac OS-X Sistema operacional da Apple.

Linux Sistema operacional livre.

TI Tecnologia da Informação.

iPhone Smartphone ou telefone inteligente da Apple.

OLAP Online Analytical Processing ou processamento analítico em tempo de acesso.

RPG Report Program Generator ou Programa Gerador de Relatórios desenvolvido pela

IBM na década de 60.

SPTs Sistemas de processamento de transações.

STCs Sistemas de trabalhadores do conhecimento.

SIGs Sistemas de informações gerenciais.

SADs Sistemas de apoio à decisão.

SAEs Sistemas de apoio ao executivo.

SPTs Sistemas de processamento de transações.

ERP Enterprise Resource Planning ou Sistemas Integrados de Gestão Empresarial.

ROI Retorno sobre investimento

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Sumário

1 Introdução p. 11

1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 12

1.2 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 12

1.3 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 13

1.4 Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 13

1.5 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 13

2 Referencial teórico p. 14

2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 15

2.2 Business Intelligence . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 15

2.3 Sistemas de processamento transacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 16

2.4 Sistemas de trabalhadores do conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . p. 17

2.5 Sistemas de automação de escritório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 17

2.6 Sistemas de informações gerenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 17

2.7 Sistemas de apoio à decisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 17

2.8 Sistemas de apoio ao executivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 18

2.9 Aspectos de segurança do BI Mobile . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 18

2.10 Monitoração do desempenho corporativo . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 19

2.11 Evolução das consultas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 20

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2.12 Ferramentas de análise de informações . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 20

2.12.1 MicroStrategy . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 20

2.12.2 SAP BO Mobile . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 21

2.12.3 SAS Enterprise BI Server . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 22

2.12.4 Qlikview . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 22

2.12.5 Pentaho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 23

3 Implementação p. 24

3.1 Pré-requisitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 25

3.2 Tempo e conhecimentos necessários para a implementação . . . . . . . p. 25

3.3 Passo a passo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 25

3.4 Resultados obtidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 30

3.5 Cronograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 32

4 Considerações finais p. 33

4.1 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 34

4.2 Propostas de trabalhos futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 34

Referências Bibliográficas p. 35

Anexo A -- Ferramentas utilizadas p. 37

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Capítulo 1

Introdução

“Estou procurando um lugar

que precise de muitas reformas e consertos,

mas que tenha fundações sólidas.

Estou disposto a demolir paredes,

construir pontes e acender fogueiras.

Tenho uma grande experiência e um monte de energia,

um pouco dessa coisa chamada visão

e não tenho medo de começar do zero.”

Steve Jobs

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1.1 Introdução 12

1.1 Introdução

Otimização do tempo, aumento do desempenho, redução de custos e mitigação de

erros operacionais são as principais motivações das empresas a investir cada vez mais em

tecnologia. A maior parte destes investimentos é destinada aos sistemas que gerenciam as

operações diárias e aos mais freqüentes e volumosos relatórios. O desenvolvimento de tais

sistemas, além de aumentar a eficiência para realizar as operações cotidianas, torna estas

empresas ricas em dados. No entanto, se este volume de dados não puder ser analisado,

estas organizações continuam sendo pobres em informação.

Os dados são inúteis caso a empresa não consiga organizá-los para decidir a respeito de

redução de custos, otimização de recursos, aumento dos lucros ou melhoria da qualidade

dos seus produtos e serviços. O BI vem atender essa necessidade, pois combina produtos,

tecnologias e técnicas para organizar essas informações essenciais, criando para o gestor

instrumentos que o auxiliam na tomada de decisão. (WILLIAMS; WILLIAMS, 2006)

Os gestores normalmente tomam decisões que decidem os rumos da empresa. Essas

decisões podem trazer sucessos ou fracassos. Quanto mais informações o executivo tiver

em suas mãos, maiores as chances da sua decisão ser acertada, transformando a incerteza

em melhores resultados para a empresa.

1.2 Motivação

Quando apresentou a primeira versão do iPhone, em 2007, Steve Jobs, o executivo-

chefe da Apple, afirmou: “O iPhone está, literalmente, cinco anos à frente de qualquer

outro telefone móvel”. De fato, até então, nenhum aparelho reunia tantas funções: telefone

celular, iPod (o mp3 player da Apple) e suporte para internet, que permite a visualização

de páginas web. (REDAÇÃO UOL, 2012)

E a Apple não parou de inovar. A cada lançamento novas funções são incorporadas,

aproximando cada vez mais o dispositivo de um computador pessoal. Constante evolu-

ção, mobilidade bem como a integração das aplicações existentes no dispositivo com os

aplicativos mais utilizados pelos executivos em seus computadores é o que torna o iPhone

tão popular entre os executivos. É claro que quando vemos filas imensas no dia de cada

lançamento, não imaginamos alí um executivo ocupado esperando ansiosamente sua vez

de colocar as mãos na mais nova quinquilharia tecnológica, mas será que em meio a esses

desesperados não existem alguns estagiários garantindo o novo brinquedinho do chefe?

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1.3 Objetivo Geral 13

Foi essa popularidade que motivou a escolha do dispositivo como objeto do trabalho.

A escolha da ferramenta de BI Pentaho como objeto do trabalho é óbvia, afinal um

trabalho de conclusão de um curso com ênfase em software livre não poderia focar ferra-

mentas proprietárias.

1.3 Objetivo Geral

O objetivo deste trabalho é adequar um ambiente Pentaho de BI de forma que permita

o acesso através de um dispositivo iPhone de forma mais amigável. Toda a implementação

é no servidor Pentaho. Ele perceberá no momento do login que o acesso se deu através

de um dispositivo iPhone e automaticamente o usuário terá acesso a uma interface per-

sonalizada para relatórios, dashboards, bem como fazer análises ad-hoc utilizando-se do

módulo OLAP do Pentaho.

1.4 Objetivos Específicos

O presente trabalho tem como objetivos específicos:

• Realizar uma revisão bibliográfica e apresentar a aplicabilidade em dispositivos mó-

veis dos diversos tipos de sistemas;

• Descrever conceitos de BI, consultas e segurança relacionados ao ambiente mobile;

• Descrever as principais ferramentas de BI com suporte a dispositivos móveis;

• Implementar uma interface personalizada de BI em um iPhone a partir do servidor

Pentaho.

1.5 Metodologia

Será utilizada a prototipagem, que consiste em montar um sistema experimental, sem

gastos para submetê-lo à avaliação de usuários. Interagindo com o protótipo, os usuários

poderão ter uma idéia mais precisa de suas necessidades. O protótipo avaliado pelos

usuários poderá ser utilizado como um gabarito na criação de um sistema definitivo.

O protótipo é um modelo preliminar. Uma vez operacional, deverá ser refinado, até

que corresponda exatamente às necessidades do usuário. Daí então poderá ir a produção.

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14

Capítulo 2

Referencial teórico

“Navegar é preciso, viver não é preciso.”

Luís de Camões

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2.1 Introdução 15

2.1 Introdução

Estudos recentes indicam que das dez áreas de TI que merecem mais atenção das

empresas, mobilidade está em primeiro lugar. Isso porque ela força as empresas a prepa-

rarem o seu software de modo a disponibilizarem acesso às aplicações de todas as formas

possíveis. (IMASTERS, 2011)

Os gerentes e executivos precisam literalmente ter sempre à mão as informações ge-

renciais necessárias para uma tomada de decisão com acertividade. Por mais capazes que

sejam, não podem guardar na memória todas as informações existentes em um software

de BI, nem podem trazer consigo diversos relatórios que são atualizados às vezes mais de

uma vez no dia. Um pequeno detalhe que ele não se atente pode ser a diferença entre o

sucesso e o fracasso.

Não é de hoje que se fala em apoio a decisão. No final da década de 60 e início de 70,

pesquisadores de Harvard e do MIT começaram a promover o uso de computadores para

ajudar no processo de tomada de decisões. (MORTON, 1971) Eles introduziram o conceito

de decisões gerenciais, trazendo apoio à decisão claramente no âmbito dos sistemas de

computadores. Um sistema de decisões gerenciais específico foi elaborado para coordenar

o planejamento de produção de equipamentos de lavanderia. Depois, ele foi submetido

a testes científicos, tendo como usuários gerentes de marketing e de produção. (DATE,

2003) Já alí foi percebido que seu uso era limitado, principalmente no que se diz respeito

à automação na geração de consultas e relatórios.

Hoje, com a tecnologia disponível e o poder de processamento dos dispositivos móveis,

finalmente podemos mitigar essa limitação. Outro ponto importante é que muitas vezes

necessitamos de pouco ou nenhum investimento financeiro para disponibilizar as consultas

ao BI em um telefone celular.

Neste trabalho, foram utilizados somente pacotes gratuitos, com código aberto (open-

source) e custo de implementação zero.

2.2 Business Intelligence

Uma intensa revolução ocorreu no mundo dos negócios em meados da década de

70, quando o Processamento de Transações em Tempo-Real (OLTP, do inglês Online

Transaction Processing) tornou o acesso aos dados ainda mais rápido. Novas perspectivas

se abriram, pois o computador poderia ser usado para tarefas não possíveis antes, como

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2.3 Sistemas de processamento transacionais 16

sistemas de reservas, caixas de banco, controle de fabricação etc. (INMON, 2005) E foi o

que ocorreu, as organizações passaram a informatizar cada vez mais seus negócios para

tirar proveito desta nova tecnologia.

Na década de 80, novas tecnologias começaram a surgir, como os computadores pes-

soais e as linguagens de quarta geração. O usuário final passou a assumir um papel antes

inimaginável - controlar diretamente dados e sistemas - um papel anteriormente reservado

ao profissional de processamento de dados. Veio então a noção de que mais poderia ser

feito com os dados que simplesmente o processamento de transações em tempo-real. Co-

meçaram a surgir os primeiros Sistemas de Suporte a Decisão (DSS, do inglês Decision

Support Systems), utilizados para conduzir decisões gerenciais. Mais tarde, eles ficaram

conhecidos como sistemas de BI.

Dados são diariamente inseridos, alterados e apagados nos sistemas que gerenciam as

operações cotidianas de uma organização. O objetivo principal de um sistema de BI é,

a partir destes dados, fornecer informações que auxiliem os gestores a tomar decisões. E

esta não é uma tarefa fácil, pois, geralmente, estes dados estão espalhados nos diversos

sistemas que controlam os setores da organização.

2.3 Sistemas de processamento transacionais

Também conhecidos como sistemas de processamento de transações, os SPTs são crí-

ticos para a empresa. A maioria dos SPTs têm: necessidade de processamento eficiente

e rápido para lidar com grandes quantidades de entradas e saídas; alto grau de repetição

no processamento; computação simples (adição, subtração, classificação, multiplicação);

grande necessidade de armazenagem. (STAIR, 1998) Uma pane no SPT, causa grande

e grave impacto negativo na organização, e seu funcionamento afeta um grande número

de usuários. Os gerentes precisam monitorar o andamento das operações internas e as

relações da empresa com o ambiente externo. Indicadores podem ser criados e o gerente

ser avisado no celular, a qualquer momento sobre o surgimento de um problema de pro-

cessamento com um log de erro. Onde ele estiver pode tomar decisões a respeito daquela

situação, antecipando a resolução de uma crise.

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2.4 Sistemas de trabalhadores do conhecimento 17

2.4 Sistemas de trabalhadores do conhecimento

Atendem necessidades do nível de conhecimento envolvendo trabalhadores de conheci-

mento, pessoas com formação universitária como engenheiros e cientistas e trabalhadores

de dados que possuem educação inferior como secretárias, contadores, arquivistas etc. Se

diferenciam, pois trabalhadores de conhecimento criam informações e trabalhadores de

dados manipulam , usam informações prontas. Um bom exemplo de tipo de sistema é o

AutoCAD. A produtividade pode ser aumentada se utilizados em conjunto com sistemas

de automação de escritório.

2.5 Sistemas de automação de escritório

Coordenam e comunicam diversas unidades, trabalhadores, e fontes externas como

clientes e fornecedores. Eles manipulam e gerenciam documentos, programação e comu-

nicação. Envolvem além de textos e gráficos. Atualmente são publicados digitalmente em

formato web para facilitar o acesso e a distribuição de informações. Os trabalhadores de

dados que utilizam os sistemas de automação de escritório podem receber no celular um

aviso a respeito de uma tarefa fora do prazo, ou relatórios previamente formatados.

2.6 Sistemas de informações gerenciais

O estudo dos sistemas de informação nas empresas e na administração, dão suporte ao

nível gerencial através de relatórios, processos correntes, histórico através de acessos on-

line, orientados a eventos internos, apoiando o planejamento controle e decisão, dependem

dos SPTs para aquisição de dados, resumindo e apresentando operações e dados básicos

periodicamente. Os SIGs geralmente atendem aos gerentes interessados em resultados

semanais, mensais e anuais, e não em atividades diárias. Dão respostas a perguntas de

rotina que foram previamente definidas e cujo resultado pode ser mensurado de forma

automatizada. Esses gerentes podem receber no celular um relatório com as principais

metas bem como seu desempenho.

2.7 Sistemas de apoio à decisão

Os SADs também atendem o nível gerencial. Eles ajudam os gerentes a tomar decisões

não rotineiras, que rapidamente se alteram e que não são facilmente identificadas com

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2.8 Sistemas de apoio ao executivo 18

antecedência. Têm maior poder analítico que os outros sistemas, são construídos com

diversos modelos para analisar, armazenar dados e tomar decisões, por isso possuem

uma interface de fácil acesso e entendimento ao usuário. São interativos, podendo-se

alterar e incluir dados através de menus que facilitam a entrada desses dados e a obtenção

das informações processadas. Existem para solucionar problemas não predefinidos, cuja

solução depende de uma variável externa ainda não conhecida. Usam informações internas

obtidas dos SPTs e SIGs e também externas. Apesar se sua complexidade um SAD pode

após os seus cálculos enviar ao celular do gerente os resultados obtidos.

2.8 Sistemas de apoio ao executivo

Os SAEs atendem ao nível estratégico da empresa. Abordam decisões não rotineiras

que exigem bom senso, avaliação e percepção, uma vez que não existe procedimento

previamente estabelecido para chegar a uma solução. Foram projetados para solucionar

problemas específicos que se alteram seguidamente, através de modelos menos analíticos.

Criam um ambiente generalizado de computação e comunicação em vez de aplicações fixas

e capacidades específicas. Incorporam dados externos como leis e novos concorrentes,

também adquirem informações dos SIGs e SADs a fim de obter informações resumidas e

úteis aos executivos, não só sob forma de textos, mas também gráficos. São formados por

estações de trabalho, menus gráficos, dados históricos e de concorrentes, bancos de dados

externos, e possuem fácil comunicação e interface. Nesse caso, as informações recebidas no

celular deverão ter sempre uma visão macro do negócio, grandes números, posicionamento

no mercado, inadimplência, tendências a longo prazo, etc. Serão informações úteis na hora

de uma reunião. Elas com certeza já estarão na memória do executivo, mas ele terá a

segurança de que em um eventual esquecimento poderá facilmente acessá-las.

2.9 Aspectos de segurança do BI Mobile

Existem diferentes tipos de sistemas de informação. Eles variam conforme o nível

organizacional a que são destinados. Uma organização tem sistemas de apoio ao executivo

(SAEs) no nível estratégico; sistemas de informação gerenciais (SIGs) e sistemas de apoio

à decisão (SADs) no nível gerencial; sistemas de trabalhadores do conhecimento (STCs) e

sistemas de automação de escritório no nível do conhecimento e sistemas de processamento

de transações (SPTs) no nível operacional. (LAUDON; LAUDON, 2004)

Trazer para o celular as informações disponíveis em cada um deles também depende

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2.10 Monitoração do desempenho corporativo 19

desse público. Podemos ter ganhos em todos os níveis, mas a disponibilização da informa-

ção deverá ser bem avaliada, levando em consideração aspectos importantes de segurança.

A adoção móvel não vem sem riscos, e as organizações de TI reconhecem esse desafio.

Aproximadamente três entre quatro organizações indicaram que manter um nível elevado

de segurança é um importante objetivo dos negócios em relação à mobilidade e 41%

identificaram os dispositivos móveis como um dos três principais riscos de TI, tornando-o

líder dos riscos citados pela área de TI.

As preocupações variam desde dispositivos roubados e perdidos, vazamento de dados,

acesso não autorizado aos recursos corporativos até a propagação de infecções de aplica-

ções mal intencionadas (malware) dos dispositivos móveis para as redes da empresa. Com

os dispositivos móveis agora trabalhando com dados e processos críticos para os negócios,

o custo gerado por incidentes de segurança pode ser significativo.

Dados recentes revelam que o custo médio anual causado por incidentes móveis nas

empresas, incluindo perda de dados, danos à marca, perda de produtividade e perda de

confiança dos clientes foi de US$ 247 mil. Na América Latina, o custo médio destes

incidentes em nível empresarial é de US$ 212,9 mil; e no Brasil o custo foi ainda maior

do que na América Latina: US$ 296 mil. (BARROS, 2012)

2.10 Monitoração do desempenho corporativo

Sistemas integrados (ERP) provém recursos para ampliar a utilidade dos dados cap-

turados em sistemas transacionais, afim de obter um quadro do desempenho geral da

empresa. São relatórios de medidas para análise do balanced scorecard, bem como as

medidas financeiras e operacionais tradicionais.

As empresas podem utilizar essas novas capacidades de relatório para criar medidas

de desempenho que anteriormente não estavam disponíveis.

Tradicionalmente as empresas mensuravam valor usando unidades de medida finan-

ceira, como o retorno sobre o investimento (ROI). Hoje, muitas já implementaram um

modelo de balanced scorecard que leva em consideração outras perspectivas, como clientes,

processos de negócio, aprendizagem e crescimento. Os gerentes podem assim verificar até

que ponto a empresa está atingindo suas metas estratégicas. (LAUDON; LAUDON, 2004)

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2.11 Evolução das consultas 20

2.11 Evolução das consultas

Na década de 70 desenvolveu-se várias linguagens de consultas, e muitos sistemas de

apoio à decisão foram desenvolvidos utilizando-se dessas estruturas. Utilizaram gerado-

res de relatórios como o RPG ou produtos de busca de dados como Focus, Datatrieve e

NOMAD. Esses sistemas foram os primeiros a permitir que usuários finais com conheci-

mentos adequados tivessem acesso direto às informações. Eles permitiam que os usuários

executassem as consultas sem a ajuda do departamento de TI. (DATE, 2003) Ressalto que

nessa época ainda não existiam bancos de dados relacionais e essas consultas eram feitas

em arquivos texto com dados comerciais ou no máximo a bancos de dados não relacionais.

No início da década de 80 o apoio à decisão, as consultas ad-hoc e a geração de relatórios

estavam entre os principais usos da tecnologia de bancos relacionais.

No início da década de 90 foi escrito um artigo considerado a origem do termo OLAP

(CODD; CODD; SALLEY, 1993), embora o conceito seja muito mais antigo. Esse processo

interativo tornou a vida do usuário muito mais fácil. A partir daí ele não mais precisava

conhecer uma linguagem de programação para criar, gerenciar, analisar e gerar relatórios.

Atualmente podemos trazer essa evolução no bolso. Os gerentes e executivos podem

a qualquer momento e em qualquer lugar, pelo telefone celular, acessar as últimas atua-

lizações do BI de sua empresa. Podem cruzar informações, gerar planilhas, personalizar

relatórios, tudo isso sem precisar do seu computador.

2.12 Ferramentas de análise de informações

Existem diversas ferramentas no mercado. Todas variam em necessidades de infra-

estrutura, performance, suporte a usuários e principalmente em preço. Descrevemos a

seguir as ferramentas mais conhecidas e que possibilitam o acesso móvel.

2.12.1 MicroStrategy

Permite a construção de uma grande variedade de aplicações móveis que que pode ir

desde BI, transações e até conteúdo multimídia. Para aqueles que adquirem a solução, a

MicroStrategy fornece um plugin com segurança robusta de dados, autenticação, autoriza-

ção, e transmissão para proteger dados sensíveis em aplicações móveis. (MICROSTRATEGY

INC, 2012)

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2.12 Ferramentas de análise de informações 21

Figura 1: Visualização no iPhone do MicroStrategy

2.12.2 SAP BO Mobile

SAP BusinessObjects Mobile permite que você acesse remotamente seus relatórios,

métricas e dados em tempo real através do seu dispositivo móvel. Pode-se acessar o mesmo

conteúdo BI do desktop. É uma otimização para os dispositivos móveis. Suporta uma

ampla gama de dispositivos móveis, incluindo BlackBerry, Windows Mobile, Symbian, e

outros. (SAP GLOBAL, 2012)

Figura 2: Visualização no iPhone do SAP BusinessObjects

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2.12 Ferramentas de análise de informações 22

2.12.3 SAS Enterprise BI Server

Através do plugin Roambi ES, que é vendido separadamente, a SAS Enterprise se

torna uma solução segura e escalável que permite o acesso aos dados através de relatórios

interativos. Suporta iPhone, iPad e Blackberry. (SAS INSTITUTE INC, 2012)

Figura 3: Visualização no iPhone e iPad do SAS com o plugin Roambi ES instalado

2.12.4 Qlikview

O QlikView aproveita o potencial imersivo e interativo de dispositivos touchscreen,

como o iPhone, iPad e tablets Android. Utilizando tecnologia HTML5, o QlikView oferece

uma interface amigável que faz o BI tão fácil de usar e atraente como os aplicativos mais

comuns. (QLIKTECH INTERNATIONAL AB, 2012)

Figura 4: Visualização no iPhone e iPad do Qlikview

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2.12 Ferramentas de análise de informações 23

2.12.5 Pentaho

O Pentaho está construindo o futuro da análise de negócios. Das ferramentas apre-

sentadas é o único com código aberto e esse é seu grande diferencial, pois impulsiona

a inovação contínua de uma plataforma moderna e integrada a custos muito reduzidos.

Na versão paga da ferramenta (Enterprise Edition) o usuário tem direito ao serviço de

suporte. Ainda assim se custo-benefício para o acesso aos dados, visualização, integra-

ção, análise e mineração é imbatível. Pode ser acessado de qualquer dispositivo móvel

sendo que alguns ganham uma interface própria com a instalação de plugins. É o caso

do iPhone, objeto do presente trabalho. No próximo capítulo faremos a implementação

do plugin específico que transforma o front-end do Pentaho, de forma a possibilitar a

utilização plena das funções do aparelho quando se acessa o BI.

Figura 5: Visualização no iPhone do Pentaho

Figura 6: Visualização no iPad do Pentaho

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24

Capítulo 3

Implementação

“Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”

Lavousier

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3.1 Pré-requisitos 25

3.1 Pré-requisitos

Para a implementação você precisará ter acesso aos diretórios de instalação da suíte

Pentaho. Essa suíte precisa estar funcional. Caso ainda não a tenha ou precise de ajuda

com sua instalação, não é esse o escopo do presente trabalho. Existem diversos tutoriais

na internet que tratam passo a passo da instalação do Pentaho em qualquer sistema

operacional. Além disso, a comunidade Pentaho (COMMUNITY, 2012) é bem ativa e

qualquer dúvida ou problema quanto à instalação tem grandes chances de ser respondida

com rapidez.

3.2 Tempo e conhecimentos necessários para a imple-mentação

O passo a passo é bem simples e já traz inclusive os endereços dos pacotes de ins-

talação. Uma pessoa com o mínimo conhecimento de informática é capaz de fazê-lo em

poucos minutos.

3.3 Passo a passo

Passo 1: Faça o download do projeto pentaho-iphone-TechTip através da url: http://

wiki.pentaho.com/download/attachments/8291909/pentaho-iphone-techtip-3.0.zip.

Figura 7: Passo 1 - Download do pacote

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3.3 Passo a passo 26

Passo 2: Descompacte o arquivo.

Passo 3: Copie o pacote pentaho-iphone.jar da pasta descompactada para seu ambi-

ente pentaho no diretório biserver-ce/tomcat/webapps/pentaho/WEB-INF/lib.

Figura 8: Passo 3 - Pacote pentaho-iphone

Passo 4: Copie a pasta iphone para seu ambiente Pentaho no diretório biserver-

ce/tomcat/webapps/pentaho.

Figura 9: Passo 4 - Pasta iphone

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3.3 Passo a passo 27

Caso sua versão de suite Pentaho seja anterior à versão 3.6 pule para o Passo 7.

Passo 5: Substitua o arquivo Login.jsp que se encontra na pasta iphone que você aca-

bou de copiar pelo arquivo desta url: http://wiki.pentaho.com/download/attachments/

8291909/Login.jsp.

Passo 6: Substitua o arquivo Navigate.jsp que se encontra na pasta iphone que

você acabou de copiar pelo arquivo desta url: http://wiki.pentaho.com/download/

attachments/8291909/Navigate.jsp.

Passo 7: Copie a pasta iui para seu ambiente pentaho no diretório biserver-ce/tomcat/

webapps/pentaho-style.

Figura 10: Passo 7 - Pasta iui

Passo 8: Copie os arquivos no diretório XSLs para o seu diretório biserver-ce/pentaho-

solutions/system/custom/xsl.

Passo 9: Edite o arquivo web.xml localizado no diretório biserver-ce/tomcat/webapps/

pentaho/WEB-INF e altere-o conforme abaixo: Adicionar o filtro a seguir ao fim da lista

de filtro. Procure o termo “Insert additional filters”

<filter>

<filter-name>Pentaho iPhone Filter</filter-name>

<filter-class>org.pentaho.iphone.PentahoiPhoneFilter</filter-class>

</filter>

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3.3 Passo a passo 28

Figura 11: Passo 8 - Pasta XSL

Figura 12: Passo 9 - Arquivo web.xml

Passo 10: Ainda no arquivo web.xml adicione o seguinte mapeamento de filtro no fim

da lista de mapeamento de filtro:

<filter-mapping>

<filter-name>Pentaho iPhone Filter</filter-name>

<url-pattern>/*</url-pattern>

</filter-mapping>

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3.3 Passo a passo 29

Figura 13: Passo 10 - Arquivo web.xml

Passo 11: Caso sua versão de suíte Pentaho seja anterior à versão 3.6 procure no

arquivo web.xml a linha ViewAction “servlet-class” e altere conforme abaixo:

org.pentaho.iphone.PentahoiPhoneViewAction

Passo 12: Modifique o arquivo pentaho.xml localizado no diretório biserver-ce/pentaho-

solutions/system removendo a linha abaixo:

<default-parameter-xsl> DefaultParameterForm.xsl </ parâmetro padrão-xsl>

Passo 13: Reinicie o seu servidor. Se você estiver executando o servidor de BI em

JBoss, certifique-se especificar as informações de ligação, ou seja, “-b 168.192.0.1”, para que

o seu iPhone possa acessar o JBoss. Modifique a linha “jboss / run.bat” ou “jboss / run.sh”

em start-pentaho.sh ou start-pentaho.bat. Maiores informações sobre como especificar um

hostname externo podem ser obtidas no endereço: http://wiki.pentaho.com/display/

ServerDoc1x/Deployment+Configuration.

Certifique-se de ter configurado o firewall do sistema e qualquer outro roteador de

rede corretamente para acessar o servidor Pentaho.

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3.4 Resultados obtidos 30

3.4 Resultados obtidos

Comparando as figuras a seguir percebe-se as diferenças visuais entre um servidor

normal e outro personalizado.

Figura 14: Login padrão do Pentaho no iPhone

Figura 15: Visualização do front-end padrão do Pentaho no iPhone

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3.4 Resultados obtidos 31

Figura 16: Login do Pentaho personalizado para o iPhone

Figura 17: Front-end do Pentaho personalizado para o iPhone

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3.5 Cronograma 32

3.5 Cronograma

Figura 18: Cronograma

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Capítulo 4

Considerações finais

“Muitos pensam que sabem;

poucos sabem que não sabem;

quem sabe, sabe que sabe muito pouco.”

Alexandre Canalini

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4.1 Conclusões 34

4.1 Conclusões

O Pentaho permite o acesso à plataforma através de qualquer dispositivo com acesso

à internet. Entretanto, para se obter durante o acesso uma visualização mais agradável e

usufruir de todas as funções do iPhone, devemos proceder a instalação de um plugin no

servidor. Dessa forma, o tamanho da tela do aparelho não se torna uma barreira para se

extrair o máximo do BI.

O resultado surpreende, pois melhora muito a usabilidade do BI. O usuário do iPhone

está acostumado ao visual amigável e atraente em suas aplicações, algo que o front-end

padrão do Pentaho não poderia oferecer em uma tela tão pequena. O plugin oferece esse

visual, sem impactar a performance do servidor. Podemos acessar todas as informações do

BI com o deslizar de um polegar e visualizar os mesmos sem forçar a visão, com recursos

de ampliação caso seja necessário.

É importante reforçar que sendo o plugin instalado no servidor, dispensa o cliente/usuário

da instalação de qualquer aplicativo em seu dispositivo. Isso é muito prático, principal-

mente para aqueles que precisam ter a informação rapidamente. Seria constrangedor para

um executivo em um momento de decisão pedir um minuto para baixar um aplicativo

para obter acesso ao BI.

Foram efetuados testes utilizando outras plataformas como o iPad, bem como com-

putadores com outros sistemas operacionais de forma a testar se o plugin afetaria alguma

outra plataforma. Também não foram identificados problemas com a utilização dessas pla-

taformas. O servidor permaneceu ligado durante dias com acessos esporádicos, e durante

todo esse tempo o serviço se manteve em total disponibilidade.

As ferramentas utilizadas atenderam plenamente os objetivos do trabalho. Todas são

classificadas como software livre e não demandam conhecimentos avançados por parte do

usuário. O protótipo é utilizável em qualquer instalação da suíte Pentaho.

4.2 Propostas de trabalhos futuros

Proponho o desenvolvimento de plugins que de forma automatizada identifiquem o

perfil do cliente e otimize a visualização dos dados do servidor conforme o dispositivo que

está sendo utilizado. São exemplos de plataforma, o android da Google, e o blackberry da

RIM. Atualmente o acesso ao Pentaho através desses dispositivos depende da instalação

prévia de algum aplicativo comprado a parte.

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Referências Bibliográficas

BARROS, F. Adoção de aplicativos móveis em corporações tira sono dos gestores de TI.03 2012. Disponível em: <http://convergenciadigital.uol.com.br>. Acesso em: 31 demarço de 2012.

CODD, E. F.; CODD, S. B.; SALLEY, C. T. Providing olap (online analyticalprocessing) to user-analysts: An it mandate. Arbor Software Corp., 1993.

COMMUNITY. Comunidade Pentaho. 02 2012. Disponível em:<http://community.pentaho.com/>. Acesso em: 26 de fevereiro de 2012.

DATE, C. J. Introdução a sistemas de banco de dados. [S.l.]: Elsevier, 2003.

IMASTERS. Gartner lista dez tendências tecnológicas para 2012. 11 2011. Disponívelem: <http://imasters.com.br/noticia/22689/tendencias/gartner-lista-dez-tendencias-tecnologicas-para-2012>. Acesso em: 25 de fevereiro de 2012.

INMON, W. H. Building the Data Warehouse. [S.l.]: Wiley, 2005.

LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informação gerenciais: administrando aempresa digital. [S.l.]: Pearson Prentice Hall, 2004.

MICROSTRATEGY INC. MicroStrategy Mobile App Platform. 2012. Disponível em:<http://www.microstrategy.com/mobile/>. Acesso em: 31 de março de 2012.

MORTON, M. S. S. Management decisions systems: Computer-based support fordecision making. Universidade de Harvard, 1971.

QLIKTECH INTERNATIONAL AB. QlikView for Mobile. 2012. Disponível em:<http://www.qlikview.com/us/explore/products/qv-for-mobile>. Acesso em: 31 demarço de 2012.

REDAÇÃO UOL. iPhone 4 chega para revolucionar o conceito do próprio iPhone. 2012.Disponível em: <http://iphone.uol.com.br/o-que-e-apple-iphone.jhtm>. Acesso em: 31de março de 2012.

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Page 37: monografia

Referências Bibliográficas 36

SAS INSTITUTE INC. Mobile Business Intelligence. 2012. Disponível em:<http://www.sas.com/technologies/bi/mobile/index.html>. Acesso em: 31 de março de2012.

STAIR, R. M. Princípios de Sistemas de Informação: uma abordagem gerencial. 1998.Livros Técnicos e Científicos Editora S/A.

WILLIAMS, S.; WILLIAMS, N. The Profit Impact of Business Intelligence. [S.l.]:Elsevier, 2006.

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ANEXO A -- Ferramentas utilizadas

A implementação do protótipo foi feita em um Apple Mac Mini, rodando sistema

operacional Mac OS-X. Também foram utilizados nesse projeto os softwares Pentaho Suite

(versão 3.9) bem como o pacote pentaho-iphone-TechTip. Ressaltamos que o presente

projeto também pode ser implementado em ambiente Windows ou Linux, uma vez que o

Pentaho é multi-plataforma. Para os testes em dispositivo móvel utilizamos um iPhone

4S, mas a implementação oferece suporte para qualquer modelo de iPhone ou iPod Touch.