Monografia avenida da musica (1)

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CENTRO PAULA SOUZA ETEC CARLOS DE CAMPOS DESIGN DE INTERIORES LOJA DE SHOPPING AVENIDA DA MÚSICA SÃO PAULO 2014

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CENTRO PAULA SOUZA

ETEC CARLOS DE CAMPOS

DESIGN DE INTERIORES

LOJA DE SHOPPING AVENIDA DA MÚSICA

SÃO PAULO 2014

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CENTRO PAULA SOUZA

ETEC CARLOS DE CAMPOS

DESIGN DE INTERIORES

Leidiane Oliveira, 24

Mayara Almeida, 26

Nathália Ferreira, 33

Richard Cabrera, 36

LOJA DE SHOPPING

AVENIDA DA MÚSICA

Monografia apresentada junto ao curso de

Design de Interiores da Etec Carlos de

Campos como requisito parcial ao projeto

de conclusão do curso – TCC.

Professora Orientadora: Tânia Sanches

SÃO PAULO 2014

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LOJA DE SHOPPING

AVENIDA DA MÚSICA

Monografia apresentada junto ao curso de Design de

Interiores da Etec Carlos de Campos como requisito

parcial ao projeto de conclusão do curso – TCC.

Professora Orientadora: Tânia Sanches

BANCA EXAMINADORA

São Paulo, ____ de _______________ de _______.

____________________________________

Tânia Sanches Professora Orientadora

____________________________________ Profº Nilton Alves

___________________________________ Profª Sheila Prestes

____________________________________ Profª Aparecida Lourdes

SÃO PAULO 2014

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Agradecimentos

Especialmente aos Professores do curso de Design de

Interiores, que nos ajudaram na realização e aperfeiçoamento

deste nosso trabalho.Às nossas famílias pelo apoio, incentivo e

compreensão em mais uma fase de nossas vidas.

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Resumo

Nesse trabalho buscou-se apresentar a história e evolução da música ao

longo das décadas em nossas vidas, como também nos mostra como a indústria

musical surgiu nos Estados Unidos e como chegou e se consolidou aqui no Brasil, o

trabalho apresenta também o processo de criação de uma nova rede de lojas de

instrumentos musicais voltada tanto ao público jovem quanto para os profissionais

que já trabalham na área.

Realizamos toda a criação de identidade visual da marca junto ao casal

Gabriel e Cibelle DeCario, que são apaixonados por música e querem dar mais um

passo ao futuro.

O primeiro capítulo, trata do que o cliente deseja e o que ele busca ao

montar uma loja de instrumentos músicas moderna, mostra a história do famoso

restaurante Hard Rock Café – que foi a maior referência para a realização do

projeto.

No segundo capítulo, trata das pesquisas sobre o que é Música, as

origens e evoluções do rock – gênero musical que surgiu nos Estados Unidos e que

rapidamente espalhou-se pelo mundo, mostra também como surgiu a Indústria

Fonográfica e como ela teve seus primeiros passos aqui no Brasil.

No terceiro capítulo apresentamos todas as normas e exigências legais

que se precisa para montar o próprio negócio no ramo musical.

No quarto capítulo apresentamos as soluções e o projeto final do cliente,

com todas as plantas, layout e as vistas feitas em programas específicos de 3D.

Palavras-chave: história da música, Indústria Fonográfica, moderna,

criação, normas e exigências legais.

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Lista de Figuras Figura 1: Bourbon Shopping, Zona Oeste, Pompéia – São Paulo. .............................. 11

Figura 2: Sesc Pompéia, São Paulo. ................................................................................. 12

Figura 3: decoração interna do restaurante. .................................................................... 13

Figura 4: fachada do primeiro Hard Rock Cafe em Londres. ........................................ 13

Figura 5: “Mine’s better! Love, Pete.” ................................................................................ 14

Figura 6: Hard Rock Hotel & Cassino em Las Vegas, Nevada. .................................... 15

Figura 7: Logo do Hard Rock Cafe .................................................................................... 16

Figura 8: Palco e interior do Hard Rock Café em Bangkok ........................................... 17

Figura 9: Interior Hard Rock Café ...................................................................................... 17

Figura 10: Evolução da Música Portátil ............................................................................. 19

Figura 11: Adolph Rickenbacker com a primeira guitarra elétrica ................................ 22

Figura 12: Classe de Fogo ........................................................................................38

Figura 13: Gráfico do Espectro Sonoro Fonte: Imagem do livro "FQ8 -

Sustentabilidade na Terra - Edições ASA" ....................................................................... 56

Figura 14: Mapa localição do Bourbon Shopping............................................................ 59

Figura 15: Mapa original do Bourbon Shopping .............................................................. 59

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Sumário

Capítulo 1 _________________________________________________________ 8

1.1 Introdução ___________________________________________________8 1.2 Briefing Cliente ______________________________________________10

1.3 Localização _________________________________________________11 1.4 Referência - Hard Rock Café ____________________________________13

Capítulo 2 ________________________________________________________ 18

2.1 Definição da Música ___________________________________________ 18

2.2 História do Rock ______________________________________________ 20 2.3 Indústria Fonográfica no Brasil _________________________________ 23

2.4 O Advento do Disco ___________________________________________ 24 2.5 Surgimento das Gravadoras Independentes _________________________ 27

2.6 Indústria Fonográfica Estrangeira ________________________________ 28

Capítulo 3 ________________________________________________________ 30

3.1 Mercado _____________________________________________________30

3.2 Exigências Legais e Específicas ___________________________________ 31 3.3 Proteção Contra Incêncios ______________________________________32

3.4 Estrutura ____________________________________________________ 42 3.5 Investimento _________________________________________________ 48

3.6 Informações Fiscais e Tributárias _________________________________ 53 3.7 Isolamento Acústico ___________________________________________ 56

Capítulo 4 ________________________________________________________ 58

4.1 Briefing Loja _________________________________________________ 58

4.2 Plantas e perspectivas __________________________________________ 60 4.3 Projeto 3D ___________________________________________________ 78

4.4 Memorial Descritivo ___________________________________________ 86 4.5 Orçamento __________________________________________________ 104 4.6 Contrato ____________________________________________________ 110

4.7 Considerações Finais __________________________________________ 116

Capítulo 5 _______________________________________________________ 118

5.1 Referências Bibliográficas _____________________________________ 118

5.2 Anexos ____________________________________________________ 121

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Capítulo 1

1.1.Introdução

O presente trabalho de conclusão de curso apresenta pesquisas

relacionadas à história e evolução da música em nossas vidas.

Ao abordar o tema sobre a origem da música e dos instrumentos

musicais, compreendemos que o homem sempre buscou evoluir ao longo dos anos,

desde a era Cenozóica passando pela Paleolítica, pela época do Império Romano,

até as civilizações dos sumérios, assírios, egípcios, chineses e os gregos ( criadores

da teoria musical que até hoje é utilizada) até o século atual.

Ao longo de nossa pesquisa, vemos que a música surgiu a 50.000 anos

atrás, quando os seres humanos no continente africano utilizavam os conhecimentos

de música para suas tribos, desde então em outros séculos começavam a utilizar

bastões para produzirem batidas, percussões corporais - no período Paleolítico

inferior, os seres humanos já realizavam imitações dos sons da natureza. Isso nos

mostra como os homens sempre quiseram expressar o que estavam sentindo e

como evoluíram ao longo dos séculos para o desenvolvimento da linguagem falada.

Podemos ver também, como a música ganhou diversidade ao longo do tempo por

causa do surgimento de várias civilizações em diferentes partes do planeta.

As primeiras letras (ou textos) de música na Idade Antiga, se

apresentam ligadas à magia, saúde, metafísica e a política destas civilizações – já

que o papel da música então era frequente em festas, guerras e rituais religiosos.

Com o início da Idade Média até o século atual, tudo o que é relacionado a música

foi aprimorado, como os instrumentos, as novas tendências, e com o surgimento dos

ritmos hoje classificados como: Rock, Samba, Jazz, Blues, etc.

Nossa pesquisa também abrange as origens do estilo musical Rock -

gênero musical de grande sucesso que surgiu nos Estados Unidos na década de

1950, com um ritmo inovador de tudo o que já tinham feito na música. O rock unia

um ritmo rápido com toques de música negra típica do sul dos EUA, com o

acompanhamento de uma guitarra elétrica, bateria e baixo.

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Apesar do gênero musical ter surgido nos EUA ele espalhou-se

rapidamento pelo mundo, ganhando a simpatia principalmente dos jovens. Também

apresentamos como a guitarra elétrica foi concebida – com toda a inovação do estilo

musical na década de 20, perceberam que o violão não conseguia mais suprir a

necessidade do volume. Então em 1931 foi criada a guitarra elétrica que

conhecemos hoje, um instrumento que tem o som amplificado através de um

amplificador. Mostramos também como a Indústria Fonográfia chegou e se

consolidou no Brasil, abrindo portas para as gravadoras e para os avanços

tecnológicos.

Após essa extensa pesquisa, conseguimos um rico conteúdo para

aplicarmos no projeto de nosso cliente Gabriel DeCario, que procurou nosso Estúdio

para a criação de uma rede de lojas de instrumentos musicais.

O principal objetivo do cliente, era de que a loja fosse inteiramente

interativa – onde os clientes da loja pudessem testar os intrumentos à vontade, um

lugar para curtir o estilo musical como se estivessem em um pub ou estúdio.

Assim nosso projeto propõe soluções para a loja localizada no Bourbon

Shopping em São Paulo - ser ao mesmo tempo moderna e descolada mas

totalmente interativa, com instrumentos expostos de maneira inteligente e sofisticada

atendendo à todas as exigências de Gabriel que possui amplo conhecimento do

ramo musical.

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1.2 Briefing Cliente

O casal Gabriel DeCario (32 anos) e Cibelle DeCario (28 anos)

atualmente moram em São Paulo, e ambos têm suas vidas dedicadas à paixão pela

música.

Gabriel DeCario nasceu cercado por guitarras e discos de rock que seu

pai - Eduardo DeCario tinha em sua coleção, por isso desde cedo aprendeu a gostar

desse estilo musical e logo depois aos 12 anos de idade já começava a tocar violão.

Aos 16 anos, Gabriel formava então sua primeira banda dedicada a covers dos

clássicos do rock, tempos depois resolveu focar nos estudos e a banda teve seu fim.

Então aos 21 anos finalmente conheceu seus atuais companheiros de banda – o

‘The Voyage’, conseguiram em apenas dois anos sucesso total na cena de rock

underground em São Paulo, sendo assim umas das bandas atuais mais influentes.

Com 28 anos e uma carreira musical reconhecida, conheceu sua atual

esposa Cibelle que por sua vez trabalhava em estúdios musicais e já conhecia muito

desse ambiente underground, juntos resolveram montar sua própria gravadora –

surgia assim a gravadora ‘ContraMão’, que apostava em bandas e artistas

underground.

Mas em 2014, Gabriel e Cibelle resolveram dar mais um passo em suas

vidas, investindo assim em uma rede de lojas dedicadas a essa paixão pela música.

Gabriel e Cibelle procuraram nós doEstúdio Ola, para criar toda a identidade visual,

e projetar os ambientes das lojas.

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1.3 Localização

A primeira loja da “Avenida da Música” ficará localizada no 2º andar do

Shopping Bourbon, o local escolhido fica situado no bairro nobre da Pompéia, Zona

Oeste de São Paulo.

Figura 1: Bourbon Shopping, Zona Oeste, Pompéia – São Paulo.

Sua história

Em 1910 surgia um novo loteamento dividindo as chácaras em um bairro,

o empreendedor Rodolpho Miranda ( dono da Companhia Urbana e Predial)

homenageou sua esposa Aretusa Pompéia, batizando o novo bairro com o nome de

Vila Pompéia. Muitos imigrantes foram atraídos pelas muitas indústrias que

aparecerem na região e adquiriram lotes para terem residências fixas.

Entre as décadas de 1960 a 1970, surgiram no bairro bandas importantes

do cenário brasileiro como: Tutti Frutti, Os Mutantes e Made In Brazil.

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Figura 2: Sesc Pompéia, São Paulo.

Atualmente o bairro conta com o SESC Pompeia, um centro de cultura e

lazer que reúne quadras, teatros, piscinas, restaurante, oficinas e espaços de

exposições.

Sua arquitetura (que antes era uma fábrica de tambores) de concreto

armado e vedações em alvenaria chamou a atenção da arquiteta Lina Bo Bardi, que

resolveu reinventar os espaços dos galpões e modernizar as estruturas.

O cliente escolheu o Shopping Bourbon por ficar perto do SESC Pompeia

– lugar onde muitos do público jovem costumam frequentar e que automaticamente

poderão vir a conhecer a loja.

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1.4 Referência – Hard Rock Café

No dia 14 de Junho de 1971, Isaac Tigrett e Peter Morton dois

americanos apaixonados por música, fundaram um restaurante em Londres próximo

ao Hyde Park. A idéia inicial era abrir um restaurante com comida típica americana,

boa música e com um ambiente agradável. O imóvel era alugado e amplo (pois

anteriormente era um salão de automóveis) por isso os dois sócios começaram a

decorar e preencher as paredes com objetos e quadros relacionados ao rock, assim

rapidamente atraiu clientes também amantes do estilo musical.

Inicialmente a decoração era feita somente com produtos do rock and roll

americano, mas com o crescimento do restaurante os sócios recebiam ofertas de

pertences de lendas do rock britânico e de outras partes do mundo. Toda a coleção

teve início quando Eric Clapton, que era frequentador assíduo do restaurante, doou

uma guitarra autografada que foi casualmente pendurada na parede.

Figura 4: fachada do primeiro Hard

Rock Cafe em Londres.

Figura 3: decoração interna do restaurante.

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Alguns dias depois, outra guitarra foi enviada ao restaurante, mas desta

vez por Pete Townshend, da banda The Who, com o seguinte bilhete: “A minha é

melhor!Com Amor, Pete”.

Atualmente a coleção conta com mais de 70.000 itens, que foram

adquiridos em leilões, doados ou comprados dos próprios artistas autografados ou

não, entre guitarras, roupas, objetos pessoais, fotos, discos de ouro, cartas,

baquetas.

O Hard Rock começou sua expansão global em 1982, quando os sócios

decidiram desenvolver seus restaurantes em várias partes do mundo. Morton abriu

casas em Los Angeles, San Francisco, Chicago e Houston; Tigrett em Nova Iorque,

Dallas, Boston, Washington, Orlando, Paris e Berlim. Mas em 1990 a empresa Rank

Group adquiriu o Hard Rock Cafe e acelerou mais ainda sua expansão mundial,

tornando-se uma das marcas mais conhecidas do mundo. Levou também a marca e

o estilo rock and roll do lugar para outros negócios como a rede Hard Rock Hotel &

Cassino em localidades exóticas variadas do mundo como Bali, Las Vegas.

Figura 5: “Mine’s better! Love, Pete.” (Pete Townshend, The Who)

Guitarra autografada na parede do restaurante

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Figura 6: Hard Rock Hotel & Cassino em Las Vegas, Nevada.

Todas a filiais do restaurante ao redor do mundo seguem três regras

básicas para gaantir a padronização do ambiente e atendimento:

1 – Localizadas em bairros nobres

2 – Decoradas com a temática rock androll,

memorabília nas paredes,

som alto e telões com clipes e shows

3 – Atendentes jovens

Também em cada filial existe a famosa lojinha de artigos da marca, com camisetas,

broches entre outros itens.

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Logotipo e Marketing

O famoso logotipo foi criado pelo designer gráfico Alan Aldridge, que

também já trabalhou com discos de bandas incluindo os Beatles.

Com um simples e inesperado início, a maior ferramenta de marketing da

marca – suas camisetas, surgiram em 1974 quando o Hard Rock Cafe patrocinava

um time de futebol. Após a temporada acabar muitas camisetas sobraram foi então

que resolveram presentear seus clientes com elas. Fizeram tanto sucesso que a

marca decidiu investir e lançar mais produtos levando seu logo, como broches,

chaveiros, isqueiros e até moletons.

Figura 7: Logo do Hard Rock Cafe

Atualmente há mais de 143 lojas do Hard Rock Cafe, em cerca de 36

países, além do hotel e cassino, a marca também inaugurou em 2008 um parque

temático que celebra a cultura do rock and roll. Mas muitos alegam que a marca

teria se desviado do foco original, pois muitos dos vídeos musicais enviados às lojas

não seriam verdadeiros representantes do estilo rock, assim como também teve-se

um desvio de foco na própria coleção de itens em exibição - como no caso onde

uma das fantasias usadas por Britney Spears em um de seus clipes, está exposta

onde antes foi ocupado por um disco dos Beatles.

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No Brasil

Existem somente duas unidades do restaurante, uma no Shopping

AltaVila Center, na cidade de Nova Lima (Minas Gerais) e outra que fica no

Shopping Città América, Rio de Janeiro.

Abaixo algumas fotos da decoração de diversas lojas da marca:

Figura 8: Palco e interior do Hard Rock Café em Bangkok

Figura 9: Interior Hard Rock Café

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Capítulo 2

2.1 Definição da Música

O conceito ou definição de música é algo um tanto complicado para

explicar, do mesmo modo quando explicamos o que é “arte”. Embora seja difícil,

“música contém e manipula o some o organiza no tempo. Talvez por essa razão ela

esteja sempre fugindo a qualquer definição, pois ao buscá-la, a música já se

modificou, já evoluiu.” – (Autor desconhecido)

Enquanto a sua história, alguns historiadores dizem que as primeiros

conhecimentos sobre a música surgiu há 50.000 anos atrás, onde os seres humanos

viventes no continente africano começaram utilizar isso em seu cotidiano para as

suas tribos e afins. Já o musicólogo Roland de Candé no seu livro “História Universal

da Música”, ele fala como e em qual fase da evolução humana, aproximadamente, a

música fez-se presente.

Terciário (era Cenozoica hásessenta e cinco milhões de anos atrás) – Os

Antropóides faziam batidas com bastões, percussões corporais e objetos

entrechocados.

Paleolítico inferior (cerca de dois e meio milhões de anos atrás) – Os

hominídeos realizavam gritos e imitações de sons da natureza.

Paleolítico médio – O aprimoramento do controle da altura, intensidade e

timbre da voz à medida que as demais funções cognitivas se desenvolviam.

Cerca de quarenta mil anos atrás a nove mil anos atrás – Começaram a

Criação dos primeiros instrumentos musicais para imitar os sons da natureza

feitos de pedra, madeira e ossos, como por exemplo os: xilofones, litofones,

tambores de tronco e flautas. O desenvolvimento da linguagem falada e do

canto aumentou muito. E foi por volta de dez mil anos atrás que encontraram

um dos primeiros testemunhos da arte musical, na gruta de Trois Frères, em

Ariége na França.

Neolítico (a partir de cerca de nove mil anos antes de Cristo) – Criação de

membranofones e cardofones, após o desenvolvimento de ferramentas, eles

são os primeiros instrumentos afináveis. De aproximadamente cinco mil anos

antes de Cristo, o desenvolvimento da metalurgia veio e houve a criação de

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instrumentos de cobre e bronze que permitem uma execução mais

sofisticada. Com o estabelecimento de aldeias e o desenvolvimento de

técnicas agrícolas mais produtivas e de uma economia baseada na divisão do

trabalho, permitiu que uma parcela da população pudesse se desligar da

atividade de produzir alimentos e assim surgir as primeiras civilizações com

sistemas próprios musicais, como escala e harmonia.

Com o início da Idade Antiga ou Antiguidade há cerca de quatro mil anos

antes de Cristo e que se estendeu até a queda do Império Romano do Ocidente no

ano de quatrocentos e setenta e seis depois de Cristo, a música veio ganhando

diversidade, já que o surgimento de diversas civilizações começaram a se

concretizar em cada parte da Terra. Os primeiros textos destes grupos apresentam a

música como atividade ligada à magia, à saúde, à metafisica e até a política destas

civilizações, tento papel frequente em rituais religiosos, festas e guerras.

As civilizações essas eramSumérios e os Assírios onde já usavam

instrumento de cordas, Egípcios com sua junção de música e dança, Hebreus e sua

relação de música em devoção a Deus, Indianos com sua a devoção a deuses, por

acreditarem que eles os ensinaram a música, Chineses, que o respeito pelo

instrumento era notável e além de conter uma variedades dos mesmos e Gregos, os

criadores da teoria musical que é utilizada até hoje.

Figura 10: Evolução da Música Portátil

Fonte: <b lognapilha.wordpress.com> acesso em 20/11/2014

Com o início da idade Média e até a chegada do século atual, tudo que é

relacionado a música foi só aprimorando, os instrumentos ganharam novas

tecnologias, novos modos de construção, novas tendências, assim como o

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surgimento dos ritmos que hoje são classificados como: Rock, Samba, Jazz e etc. A

Música consequentemente ganhou suas maneiras de ser escutada aonde quer que

for, com a criação de discos, aparelhos leitores de mp3, transmissões instantâneas

em televisões, computadores e rádios.

2.2 História do Rock

Origens do Rock

Este gênero musical de grande sucesso surgiu nos Estados Unidos na

década de 1950. O ritmo era inovador e diferente de tudo que já tinha ocorrido na

música, o rock unia um ritmo rápido com pitadas de música negra do sul dos EUA e

o country. Uma das características mais importantes do rock era o acompanhamento

de guitarra elétrica, bateria e baixo. Com letras simples e um ritmo dançante, caiu

rapidamente no gosto popular.

O rock na década de 1950: primeiros passos

Apesar de ter surgido nos EUA o rock espalha-se rapidamente pelo

mundo em pouco tempo, começando a ganhar a simpatia dos jovens com o estilo

rebelde apresentado pelos cantores e pelas bandas. Em 1955 surge no cenário

musical o rei do rock Elvis Presley, unindo diversos ritmos como a country music e o

rhythm & blues. Na mesma época outros roqueiros fizeram sucesso como, por

exemplo, Chuck Berry e Little Richard.

O rock nos anos 60: rebeldia e transgressão

Esta fase marca a entrada no mundo do rock da banda de maior sucesso

de todos os tempos: The Beatles. Os jovens de Liverpool estouram nas paradas da

Europa e Estados Unidos, em 1962, com a música “Love me do”.A década de 1960

ficou conhecida como Anos Rebeldes, graças aos grandes movimentos pacifistas e

manifestações contra a Guerra do Vietnã fazendo o rock ganhar um caráter político

de contestação que ficou marcada nas letras de Bob Dylan. Outro grupo inglês

também começa a fazer sucesso: The Rolling Stones.

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No final da década, em 1969, o Festival de Woodstock torna-se o símbolo

deste período. Sob o lema "paz e amor", meio milhão de jovens comparecem no

concerto que contou com a presença de Jimi Hendrix e Janis Joplin.

O rock nos anos 70: disco music, pop rock e punk rock

Com o surgimento do videoclipe o rock ganha uma cara mais popular,

surge também uma batida mais forte e pesada – o heavy metal de bandas como Led

Zeppelin, Black Sabbath. Mas por outro lado batidas dançantes tomam conta das

pistas de dança de todo mundo a “Dance Music” desponta com os sucessos de

Creedence Clearwater, Neil Young,Eltoh John e David Bowie.

Anos 80: um pouco de tudo no rock

Surge na década de 80 a emissora de TV“MTV”, dedicada à música e que

automaticamente impulsiona ainda mais o rock. Ao mesmo tempo o rock começa a

passear por vários estilos como o ritmo dançante do New Wave, assim surgiram

bandas como: Talking Heads, The Clash, The Smith e The Police.

Anos 90: década de fusões e experimentações

Os anos 90 foram marcados pelas fusões de ritmos diferentes do rap e do

raggae. As bandas como Red Hot Chili Peppers e Faith no More fundem o heavy

metal e o funk. Ao mesmo tempo o Grunge toma conta das paradas de sucesso e

bandas como Nirvana (liderado por Kurt Cobain) é o maior representante deste novo

estilo, assim como Pearl Jam, Alice in Chains e Soundgarden.

O Rock no Brasil

O primeiro sucesso no cenário do rock brasileiro apareceu na voz de Celly

Campello, que estourou nas rádios com os sucessos Banho de Lua e Estúpido

Cupido, no começo da década de 1960. Em meados desta década, surge a Jovem

Guarda com cantores como, Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, com

letras românticas e ritmo acelerado, fazendo sucesso entre os jovens.

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Na década de 1970, surge Raul Seixas e o grupo Secos e Molhados. Na

década seguinte, com temas mais urbanos e falando da vida cotidiana, surgem

bandas como: Ultraje a Rigor, Legião Urbana, Titãs, Barão Vermelho, Kid Abelha,

Engenheiros do Hawaii, Blitz e Os Paralamas do Sucesso.

Na década de 1990, fazem sucesso no cenário do rock nacional:

Raimundos, Charlie Brown Jr., Jota Quest, Pato Fu, Skank entre outros.

Guitarra Elétrica para o Rock

Com a inovação do estilo musical na década de vinte, onde a percussão

começou a ser mais praticada, viram que o violão, não conseguia suprir a

necessidade de volume e combinação de melodia.

Figura 11: Adolph Rickenbacker com a primeira guitarra elétrica

Fonte: <http://personagens-unai.blogspot.com.br/> acesso 20/11/2014

A guitarra elétrica, uma variação do violão, foi criada em 1931 por

Beauchamp e Rickenbacker e foi em 1940 Les Paul inovou a guitarra, deixando

como padrão os modelos existentes até hoje. Por ser elétrica, a novidade era que o

instrumento tinha o som amplificado através de um amplificador e tinha um timbre

bem nítido, diferente do violão. Com o surgimento do Rock, os guitarristas

conseguiam através da guitarra, trazer riffs, ritmos e solos, fazendo com que

preenchesse os espaços da música e que as melodias grudassem como chiclete na

cabeça dos ouvintes.

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2.3Indústria Fonográfica no Brasil

A indústria fonográfica brasileira é constituída atualmente por uma rede

de distribuição de um dos principais produtos de consumo da indústria cultural: a

música gravada. Apesar da crise econômica em 1997 o seu consumogera o sexto

maior mercado do mundo e apesar da crise econômica,a indústria brasileira de

discos faturou US$ 1,199 bilhão, em 1998 US$ 1,055 bilhão e US$ 429 milhões em

1999.

Além das gravadoras que protagonizam este cenário encarregados da

produção e venda de gravações em vários formatos, o mercado compreende

também a atuação da imprensa especializada, dos fabricantes e distribuidores de

equipamentos, aparelhos de gravação e tecnologia de reprodução, contratos de

comercialização, royallties e direitos autorais.

Origens

O aparelho denominado fonógrafo criado por Thomas Alva Edison, foi

demonstrado pela primeira vez no Brasil – mais precisamente em Porto Alegre – em

1879. No entanto, passaria uma década antes que D. Pedro II, conhecido por ser

entusiasta dos adventos tecnológicas, com a invenção que deu início à

industrialização da música, até então uma arte reconhecida exclusivamente como

bem cultural. No dia 9 de novembro de 1889, o imperador, acompanhado de sua

filha, Princesa Isabel e de seu genro, o Conde D’Eu, assistem a uma sessão de

gravação. No mesmo ano, o filho caçula da princesa torna-se o primeiro cidadão

brasileiro a ter sua voz gravada, cantando.

No tocante à predileção popular por certos gêneros musicais na primeira

década do século XX, pode-se observar basicamente a repetição das características

predominantes no final do século XIX.

“São os mesmos gêneros – valsa, modinha, cançoneta, chótis, polca –, as mesmas

maneiras de cantar e tocar, as mesmas formações instrumentais, a mesma

predileção pela música de piano. Também continua a predominar a influência

musical européia, principalmente a francesa.”

(Severiano e Mello, 1997, p.17)

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Para termos ideia da dimensão do grau de desenvolvimento já na virada

do século, basta lembrarmos que os Estados Unidos se tornaria algumas décadas

mais tarde o principal exportador de música do mundo (e que já possuía uma Lei de

Direitos Autorais) estava se expandindo para o ramo das apresentações ao vivo. O

tcheco Frederico Figner vindo dos Estados Unidos, popularizou o fonográfo em

vários estados do Brasil como Amazonas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia,

Minas Gerais e por fim Rio de Janeiro, participando de festas e feiras realizava

pequenas apresentações do fonográfo nos eventos. Devido ao seu talento

“propagandista” em 1894 Manoel Ponte associou a difusão da última novidade como

denominada Máquina Figner.

2.4 O Advento do disco

Á medida que o equipamento ia ganhando público ele se tornava cada

vez mais acessível chegando a custar cinco, seis à dez mil réis por Frederico Figner.

Em 1897 Figner abriu uma loja que estava situada na rua do Ouvidor, número 135

que já oferecia o serviço de gravação de cilindros. O disco só surgiria em 1902, que

seria gravada a modinha “Isto é Bom” de Baiano, intérprete bastante popular e

eclético que tinha em seu repertório desde cançonetas alegres às modinhas mais

melancólicas. No dia 2 de agosto, a Casa Edison – empresa de Figner – lançava o

primeiro suplemento de discos gravados no Brasil.

O pioneirismo da Casa de Edison foi visto como a fundação do inicipiente

mercado fonográfico brasileiro sendo a primeira loja de discos do Brasil, assim como

também no ramo das gravações. Este suplemento de estreias destacam-se as

gravações da Banda de Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, formada or Anacleto

de Medeiros, e que mais tarde seria chamada de Banda da Casa Edison.

“O registro sonoro mecânico acontecia a partir de um cone de metal que

tinha em sua extremidade um diafragma. Este comandava a agulha que

cavava os sulcos na cera. Portanto, era necessário potência sonora para

se Ter certeza de que houve a gravação do som.

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E já que iria ser uma banda, que fosse a melhor do Rio de Janeiro.”

(Cazes, 1999, p.41)

Em 1904, os brasileiros conheceram a invenção que nos remete ao toca-

discos como conheceríamos mais tarde; o gramofone com discos de cera e som

reproduzido pela ação de agulha metálica ligada a um diagrafma de mica, foi criado

pelo germano-americano Émilie Berliner. Figner neste mesmo ano, adquiriu a

patente Zon-O-Phone (número 3.465 da International Zonophone Company)

garantindo ao Brasil o direito de fabricação de chapas prensadas dos dois lados, e

anunciou a novidade dos fonogramas em “celulóide inquebrável” – o disco eliminaria

o cilindro do mercado em pouco mais de dois anos.

A Sociedade Phonographica Brasileira em 1908, anunciava

“gramophones” de diversos preços ao alcance de pobres e ricos, o que impulsionou

a venda da música gravada. Anos depois, já notava-se a publicidade – como a loja

“A Nova Figura Risonha”, na rua do Ouvidor, número 58 – anunciando a venda de

discos de celebridades. Alguns relatos históricos informam que Frederico Figner teria

vendido 840 mil discos no ano de 1911. Após associar-se à Odeon alemã, Figner

funda a Fábrica Odeon, localizada no Bairro da Tijuca, em 1913, a primeira a

prensar discos no Brasil.

“Enquanto esse equipamento não ficou ultrapassado, e os próprios concorrentes estrangeiros

competiram no mercado brasileiro com discos fabricados segundo processos igualmente

rudimentares, a Casa Edison (...) dominou o mercado com amparo na excelente rede de

distribuição que havia montado nos principais cidades brasileiras. Quando porém, a partir de

1924, nos Estados Unidos, os engenheiros da Victor Talking Machine partiram para nova etapa

no campo das gravações e reprodução de sons, criando em primeiro lugar as vitrolas

ortofônicas, e mais tarde as chamadas eletrolas, “acionadas eletricamente”, a iniciativa brasileira

perdeu impulso, e o próprio Frederico Figner ia ser reduzido em pouco tempo à condição de

mero comerciante de discos, máquinas de escritório e artigos musicais.”

(Tinhorão, 1978, p.29)

Foi em 1971, com a fundação da Sociedade Brasileira de Autores

Teatrais (SBAT), que recolhia tanto o chamado “grande direito autoral”, referentes às

peças teatrais, quanto o direito autoral “pequeno” relacionado às composições

musicais.

Page 26: Monografia avenida da musica (1)

26

Por volta de 1919, a empresa americana Victor liderava este setor da

indústria norte-americana com lucros atingindo a cifra de US$ 37 milhões, em um

mercado fonográfico que totalizava o valor de US$ 159 milhões. Sua expansão em

território brasileiro efetivou-se em 1926, quando a então chamada Victor Talking

Machine Corporation, localizada em Camden, Nova Jersey/EUA, aluga o Teatro

Phoenix para lançar, no Rio de Janeiro, seu novo advento: a Victrola Ortofônica

Auditorium.

Após um ano, com a superioridade das gravações e dos discos obtidos

com o emprego de sistema elétrico, velhas marcas nacionais começaram a

desaparecer, e as patentes Odeon, do pioneiro Frederico Figner, permitem que a

própria matriz europeia se estabeleça no Brasil, para assim concorrer a partir da

década de 30 com a Victor e a Columbia (já estabelecidas no Brasil).

“As gravações elétricas e a evolução do rádio, aliadas a outras novidades, mudaram

a música popular brasileira, apesar da demora de alguns meses da gravadora

Odeon para perceber que o fim do processo mecânico de gravação atingia também

o modo de cantar a nossa música. O novo processo teve início em julho de 1927 e

somente em agosto de 1928 a Odeon lançou o primeiro disco de Mário Reis (1907-

1981), o cantor que seria símbolo do novo jeito de interpretar o samba e outros

gêneros musicais brasileiros. (...)Era algo muito novo para um público que se

acostumara a ouvir a nossa música geralmente mais gritada do que propriamente

cantada. Agora, dispondo de um sistema de som capaz de registrar qualquer tipo de

voz, por meio de microfones, amplificadores e agulhas eletromagnéticas de leitura,

ninguém precisava berrar mais. (...) Pouco depois da estréia do cantor, seriam

instalados no Rio os estúdios e as fábricas de mais quatro multinacionais do disco, a

Parlophon, a Columbia, a Brunswick e a Victor, todas dotadas do equipamento de

gravação elétrica. Pretendiam recuperar no Brasil o prejuízo que enfrentavam nos

Estados Unidos e na Europa em decorrência da catástrofe que se abateu sobre o

sistema capitalista internacional depois da queda da Bolsa de Nova York. (...)

A Odeon e a Victor nunca mais deixariam o país, demonstrando que os

investimentos feitos valeram a pena. O mesmo não ocorreu com a Brunswick e a

Parlophon, que, poucos anos depois de aqui chegarem, fecharam suas instalações

no Rio de Janeiro.”

(Cabral, 1996, p. 18-19)

Page 27: Monografia avenida da musica (1)

27

No início da década de 40, outros segmentos da indústria fonográfica, em

sua maioria os que representavam pessoas ligadas indiretamente à produção de

discos, mobilizavam-se no sentido de regulamentar suas atuações profissionais

neste contexto, onde as empresas multinacionais já dominavam o cenário. Em 1938

surge a Associação Brasileira de Compositores e Editores, e em 1942 é criada a

União Brasileira de Compositores (UBC), reunindo membros da ABCA e os que

ainda estavam afiliados à SBAT.

2.5 O surgimento das gravadoras independentes

Os chamados discos “inquebráveis” foram lançados no Brasil em 1948,

ano em que a criação de uma tecnologia de gravação mais barata permitiu o

aparecimento de muitas gravadoras “independentes” nos Estados Unidos, que

acabariam constituindo modelos para iniciativas semelhantes em nosso mercado.

Estas gravadoras de menor porte foram, durante muito tempo, responsáveis por

grandes índices de vendagem nos EUA. Em 1957 já havia mais singles de música

popular das gravadoras independentes nas paradas internacionais de sucesso do

que produtos das majors.

Os primeiros dados oficiais sobre o mercado nacional de discos datam de

1965, quando o mesmo foi dimensionado como sendo quarenta vezes menor que o

norte-americano. Neste ano as gravadoras formaram a Associação Brasileira dos

Produtores de Discos. Em 1967, foi promulgada a lei de incentivo fiscal, que permitia

às gravadoras aplicarem o ICMS devido pelos discos internacionais em gravações

nacionais. A partir de então, os produtos deveriam conter o selo “Disco é Cultura”.

1968 foi um ano de reformulação completa nos departamentos de A&R (artista e

repertório), onde as gravadoras empreendem uma verdadeira caça a novos talentos,

devido à forte concorrência no setor. O lançamento massivo das chamadas

“revelações da música” se reflete na alta produção de um formato bem específico de

música gravada: em 1969, 57% dos discos vendidos no mundo tem o formato

compacto (simples e duplo).

A década de 70 começa com 60% das famílias brasileiras fazendo parte

do mercado de bens de consumo “modernos”, ou seja, possuindo pelo menos um

Page 28: Monografia avenida da musica (1)

28

eletrodoméstico como rádio, vitrola e TV. E com o consumo de entretenimento pela

televisão, surge mais um meio de exposição para o produto da indústria fonográfica.

A partir da telenovela “O Cafona”, de 1971, com trilha-sonora lançada pela recém-

fundada SIGLA-Som Livre, é lançado o primeiro disco desta espécie.

Em 1973, um decreto presidencial cria o Conselho Nacional do Direito Autoral

(CNDA) e o Escritório Central de Arrecadação de Direitos (ECAD), controversa

instituição com o intuito de regular a atividade deste setor. Somente ao final da

década a produção independente brasileira demonstra organização e diversificação

de gêneros musicais, conseguindo assim alguma atenção da mídia.

“A partir de 1979, ano da realização do I Encontro de Independentes de Curitiba,

quando existiam apenas cinco produtores independentes na área de música popular

(Antônio Adolfo, Danilo Caymmi, Francisco Mário, Luli e Lucina, e Sambachoro) e

dezenas na área da música sertaneja, a adesão ao disco independente inicia seu

crescimento como forma de expressão, apesar do custo e da incerteza. Era como se

a ‘música represada’ até então começasse a se escoar por um novo canal.” (Mário,

1986, p.11-12)

Enquanto isso, o mercado norte-americano de singles registrava a venda

de 228 milhões de unidades, e inicia uma fase de declínio, registrando em 1988

venda de 89,7 milhões de unidade.

2.6 Indústria fonográfica estrangeira

Em 1974, as gravadoras RCA e EMI-Odeon constroem estúdios novos no

Brasil. Dois anos depois, em julho, é a empresa WEA (gravadora do grupo Warner

Bros.) que se instala oficialmente no Brasil, limitando-se a reproduzir suas matrizes

estrangeiras até o final do ano e, mesmo assim, consegue conquistar 2,8% do

mercado. No ano seguinte, lançou cinco LPs nacionais.

Em 1978, a gravadora Capitol Records, empresa norte-americana que

tinha como uma de suas principais acionistas a EMI e que, juntamente com ela, era

representada no Brasil pela Odeon, desliga-se de ambas apenas para efeito de

mercado e passa a lançar seus próprios suplementos no país. O predomínio de

Page 29: Monografia avenida da musica (1)

29

empresas estrangeiras neste setor chega a um nível tal de notoriedade que a própria

Associação Brasileira dos Produtores de Discos admite uma “proporção ilegal de

lançamentos estrangeiros”: 53% em abril daquele ano. Mas isso acaba por

representar um desenvolvimento do mercado como um todo, e em 1979 são

vendidos 39 milhões de discos, 8 milhões de fitas cassete e mais de 18 milhões de

compactos simples e duplos.

A implantação do Plano Cruzado, em 1986, promoveu uma retomada do

crescimento das vendas de discos, que perdurou até o início da década passada. O

ano de 1992 registra a venda de 34 milhões de aparelhos de suporte para música

gravada – CDs, cassetes e LPs – , número que seria duplicado em 1995, quando

foram comercializadas 75 milhões de unidades. Neste momento o mercado

brasileiro de CDs já representava 1,76% (com 3,75% das unidades vendidas) do

mercado mundial, que faturava um total de US$ 39.7 bilhões. A década de 90

também testemunhou um desempenho eficiente de gravadoras nacionais como a

Eldorado e a Velas – e mesmo a criação de selos representativos como a Trama e a

Abril Music – mas o domínio dos canais de distribuição, que efetivamente colocam

as músicas na mídia e no mercado, ainda é uma primazia das multinacionais.

Em 1996, o nosso mercado fonográfico cresceu 32% em relação ao ano anterior: 94

milhões de discos vendidos no país, com um faturamento de US$ 874,25 milhões. O

Brasil voltou à posição de sexto lugar no ranking mundial das vendas de discos.

Apesar de manter esta posição, o faturamento da indústria fonográfica registra

queda de vendas pelo segundo ano consecutivo, como informou a ABPD

(Associação Brasileira dos Produtores de Disco).

O século XX terminou sob o estigma de globalização da economia, cuja

faceta mais recorrente no cenário da produção e da distribuição de discos é o

fenômeno das fusões de empresas e a consequência formação de conglomerados

de mídia: como exemplo pode-se citar a formação da maior empresa de

comunicação do mundo, a partir da compra de grupo Time-Warner pelo mega

provedor de acesso à intrnet América On Line, a AOL Time Warner, com um valor de

mercado superior a US$ 350 milhões.

Page 30: Monografia avenida da musica (1)

30

Capítulo 3

3.1 Mercado

O mercado de uma loja de instrumentos musicais é um segmento de

comércio bem específico, porque comparado a outros seguimentos de comércio ela

não tem grande volume de vendas mensais. Mas em compensação o público

consumidor da área de instrumentos musicais normalmente é cativo e tem se

apresentado um volume crescente de novos clientes devido à influência de bandas

nacionais e internacionais.

A quantidade de lojas de instrumentos musicais normalmente não é muito

grande, o volume de consumidores também não é tão expressivo, porque na maioria

dos casos um instrumento musical tem uma vida útil bastante expressiva, por isso a

sua substituição não é feita a curto prazo.

Porém as vendas de instrumentos musicais podem apresentar condições

favoráveis pela entrada no mercado de um público que está aumentando

significativamente: pessoas que iniciam sua aprendizagem como instrumentistas na

vida adulta. Segundo informações publicadas pela revista Veja, ela relata que é

crescente a quantidade de adultos que se propõem a aprender a tocar um

instrumento musical, graças ao reconhecimento científico de que tocar um

instrumento pode ser um poderoso aliado ao combate ao estresse.

“Assim o empreendedor deverá avaliar amplamente o seu ingresso nesse mercado.

Mas isto não quer dizer que deva desistir de investir nesse segmento, apenas

ressalta que deva fazê-lo com muita segurança, principalmente considerando o

mercado concorrente.”

Fonte: Revista Veja

Ao ter uma Loja de Instrumentos Musicais pode-se especializar na venda

de somente um único tipo de instrumento musical ou na venda diversificada. Esta

“Ideia de Negócio” sugere um empreendimento que oferece produtos diversificados.

Page 31: Monografia avenida da musica (1)

31

Por isso é preciso uma pesquisa (não precisa ser sofisticada ou

complexa), mas ela pode ser elaborada de uma forma simples e aplicada pelo

próprio empresário, para estudar a concorrência já instalada, pesquisar o público-

alvo em termos de capacidade aquisitiva, os gostos pessoais e as expectativas que

as pessoas têm em relação a uma loja de instrumentos musicais.

A pesquisa também precisa incluir a localização da loja, se possível

deverá ser instalada próximo as demais lojas do mesmo segmento e de lojas de

produtos complementares a instrumentos musicais. Essa aproximidade com as

demais lojas amplia as possibilidades de busca por um público bem maior do que

nas lojas instaladas isoladamente.

3.2 Exigências Legais e Específicas

O empreendedor de uma loja de instrumentos musicais deverá cumprir

algumas exigências iniciais e somente poderá se estabelecer depois de cumpridas,

quais sejam:

Registro da empresa nos seguintes órgãos:

• Junta Comercial;

• Secretaria da Receita Federal (CNPJ);

• Secretaria Estadual de Fazenda;

• Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;

• Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (empresa ficará obrigada

a recolher por ocasião da constituição e até o dia 31 de janeiro de cada

ano, a Contribuição Sindical Patronal);

• Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema

“Conectividade Social – INSS/FGTS”;

• Corpo de Bombeiros Militar.

Page 32: Monografia avenida da musica (1)

32

Visita à prefeitura da cidade em que pretende montar a sua empresa para

fazer a consulta de local e emissão das certidões de Uso do Solo e Número Oficial.

Algumas prefeituras disponibilizam esse serviço via internet, o que agiliza

sobremaneira esse tipo de consulta.

Passo seguinte para a formalização da empresa:

• Após a liberação do contrato social devidamente registrado na Junta

Comercial de seu Estado, do CNPJ e da inscrição estadual (se aplicável),

também,deve-se providenciar o registro da empresa na Prefeitura

Municipal para requerer o Alvará Municipal de Funcionamento.

• Antes de iniciar a produção o empreendedor deverá obter o alvará de

licença sanitária. Para obter essa licença o estabelecimento deve estar

adequado às exigências do Código Sanitário (especificações legais sobre

as condições físicas).

• O empreendedor deverá atentar que em âmbito federal a fiscalização

cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, já em âmbito

estadual emunicipal fica a cargo da Secretaria Estadual de Saúde e

Secretaria Municipal de Saúde, respectivamente.

O empreendedor deverá atentar a seguinte legislação complementar:

• Lei n.º 8.313, de 23 de dezembro de 1991. Restabelece princípios da Lei

n.º 7.505, de 2 de julho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio à

Cultura (Pronac) e dá outras providências.

3.3 Proteção contra Incêndios

A proteção contra incêndios é uma das Normas Regulamentadoras que

disciplina sobre as regras complementares de segurança e saúde no trabalho

previstas no art. 200 da CLT.

O referido artigo, especificamente no inciso IV, dispõe sobre a proteção

contra incêndio em geral e as medidas preventivas adequadas, com exigências ao

especial revestimento de portas e paredes, construção de paredes contra fogo,

Page 33: Monografia avenida da musica (1)

33

diques e outros anteparos, assim como garantia geral de fácil circulação, corredores

de acesso e saídas amplas e protegidas, com suficiente sinalização.

Todos os locais de trabalho deverão possuir:

a) proteção contra incêndio;

b) saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em

caso de incêndio;

c) equipamento suficiente para combater o fogo em seu início;

d) pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos.

Portas – Condições de Passagem

As portas de saída devem ser de batentes, ou portas corrediças

horizontais, a critério da autoridade competente em segurança do trabalho.

As portas verticais, as de enrolar e as giratórias não serão permitidas em

comunicações internas.

Todas as portas de batente, tanto as de saída como as de comunicações

internas, devem:

a) abrir no sentido da saída;

b) situar-se de tal modo que, ao se abrirem, não impeçam as vias de

passagem.

As portas que conduzem às escadas devem ser dispostas de maneira a

não diminuírem a largura efetiva dessas escadas.

As portas de saída devem ser dispostas de maneira a serem visíveis,

ficando terminantemente proibido qualquer obstáculo, mesmo ocasional, que entrave

o seu acesso ou a sua vista.

Page 34: Monografia avenida da musica (1)

34

Nenhuma porta de entrada, ou saída, ou de emergência de um

estabelecimento ou local de trabalho, deverá ser fechada a chave, aferrolhada, ou

presa durante as horas de trabalho.

Durante as horas de trabalho, poderão ser fechadas com dispositivos de

segurança, que permitam a qualquer pessoa abri-las facilmente do interior do

estabelecimento, ou do local de trabalho.

Em hipótese alguma as portas de emergência deverão ser fechadas pelo

lado externo, mesmo fora do horário de trabalho.

Combate ao Fogo

Tão cedo o fogo se manifeste, cabe:

a) acionar o sistema de alarme;

b) chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros;

c) desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando a operação do

desligamento não envolver riscos adicionais;

d) atacá-lo o mais rapidamente possível, pelos meios adequados.

As máquinas e aparelhos elétricos que não devam ser desligados em

caso de incêndio deverão conter placa com aviso referente a este fato, próximo à

chave de interrupção.

Poderão ser exigidos, para certos tipos de indústria ou de atividade em

que seja grande o risco de incêndio, requisitos especiais de construção, tais como

portas e paredes corta-fogo ou diques ao redor de reservatórios elevados de

inflamáveis.

Exercício de Alerta

Page 35: Monografia avenida da musica (1)

35

Os exercícios de combate ao fogo deverão ser feitos periodicamente,

objetivando:

a) que o pessoal grave o significado do sinal de alarme;

b) que a evacuação do local se faça em boa ordem;

c) que seja evitado qualquer pânico;

d) que sejam atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos

empregados;

e) que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas.

Os exercícios deverão ser realizados sob a direção de um grupo de

pessoas, capazes de prepará-los e dirigi-los, comportando um chefe e ajudantes em

número necessário, segundo as características do estabelecimento.

Os planos de exercício de alerta deverão ser preparados como se fossem

para um caso real de incêndio.

Nas fábricas que mantenham equipes organizadas de bombeiros, os

exercícios devem se realizar periodicamente, de preferência, sem aviso e se

aproximando, o mais possível, das condições reais de luta contra o incêndio.

As fábricas ou estabelecimentos que não mantenham equipes de

bombeiros deverão ter alguns membros do pessoal operário, bem como os guardas

e vigias, especialmente exercitados no correto manejo do material de luta contra o

fogo e o seu emprego.

Classes do Fogo

Será adotada, para efeito de facilidade na aplicação das presentes

disposições, a seguinte classificação de fogo:

Page 36: Monografia avenida da musica (1)

36

Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de

queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como:

tecidos, madeira, papel, fibras, etc.;

Classe B - são considerados inflamáveis os produtos que queimem

somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes,

tintas, gasolina, etc.;

Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como

motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.;

Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio.

Extinção por Meio de Água

Nos estabelecimentos industriais de 50 (cinquenta) ou mais empregados,

deve haver um aprisionamento conveniente de água sob pressão, a fim de, a

qualquer tempo, extinguir os começos de fogo de Classe A.

Os pontos de captação de água deverão ser facilmente acessíveis, e

situados ou protegidos de maneira a não poderem ser danificados.

Os pontos de captação de água e os encanamentos de alimentação

deverão ser experimentados, frequentemente, a fim de evitar o acúmulo de resíduos.

A água nunca será empregada:

a) nos fogos da Classe B, salvo quando pulverizada sob a forma de

neblina;

b) nos fogos da Classe C, salvo quando se tratar de água pulverizada;

c) nos fogos da Classe D;

Page 37: Monografia avenida da musica (1)

37

Os chuveiros automáticos, conhecidos como "splinklers", devem ter seus

registros sempre abertos e só poderão ser fechados em casos de manutenção ou

inspeção, com ordem da pessoa responsável.

Um espaço livre de pelo menos 1,00m (um metro) deve existir abaixo e ao

redor das cabeças dos chuveiros, a fim de assegurar uma inundação eficaz.

Extintores

Em todos os estabelecimentos ou locais de trabalho só devem ser

utilizados extintores de incêndio que obedeçam às normas brasileiras ou

regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e

Qualidade Industrial - INMETRO, garantindo essa exigência pela aposição nos

aparelhos de identificação de conformidade de órgãos de certificação credenciados

pelo INMETRO.

Extintores Portáteis

Todos os estabelecimentos, mesmo os dotados de chuveiros

automáticos, deverão ser providos de extintores portáteis, a fim de combater o fogo

em seu início. Tais aparelhos devem ser apropriados à classe do fogo a extinguir.

O extintor tipo "Espuma" será usado nos fogos de Classe A e B.

O extintor tipo "Dióxido de Carbono" será usado, preferencialmente, nos

fogos das Classes B e C, embora possa ser usado também nos fogos de Classe A

em seu início.

O extintor tipo "Químico Seco" usar-se-á nos fogos das Classes B e C. As

unidades de tipo maior de 60 a 150 kg deverão ser montadas sobre rodas. Nos

incêndios Classe D, será usado o extintor tipo "Químico Seco", porém o pó químico

será especial para cada material.

O extintor tipo "Água Pressurizada", ou "Água-Gás", deve ser usado em

fogos da Classe A, com capacidade variável entre 10 (dez) e 18 (dezoito) litros.

Page 38: Monografia avenida da musica (1)

38

Outros tipos de extintores portáteis só serão admitidos com a prévia

autorização da autoridade competente em matéria de segurança do trabalho.

Método de abafamento por meio de areia (balde areia) poderá ser usado

como variante nos fogos das Classes B e D.

Método de abafamento por meio de limalha de ferro fundido poderá ser

usado como variante nos fogos da Classe D.

Figura 15: Classe de Fogo

Inspeção dos Extintores

Todo extintor deverá ter 1 (uma) ficha de controle de inspeção.

Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês,

examinando-se o seu aspecto externo, os lacres, os manômetros quando o extintor

for do tipo pressurizado, verificando se o bico e válvulas de alívio não estão

entupidos.

Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo,

com data em que foi carregado, data para recarga e número de identificação. Essa

etiqueta deverá ser protegida convenientemente a fim de evitar que esses dados

sejam danificados.

Page 39: Monografia avenida da musica (1)

39

Os cilindros dos extintores de pressão injetada deverão ser pesados

semestralmente. Se a perda de peso for além de 10 (dez) por cento do peso original,

deverá ser providenciada a sua recarga.

O extintor tipo "Espuma" deverá ser recarregado anualmente.

As operações de recarga dos extintores deverão ser feitas de acordo com

normas técnicas oficiais vigentes no País.

Quantidade de Extintores

Nas ocupações ou locais de trabalho, a quantidade de extintores será

determinada pelas condições seguintes, estabelecidas para uma unidade extintora:

ÁREA COBERTA P/

UNIDADE DE

EXTINTORES

RISCO DE FOGO

CLASSE DE

OCUPAÇÃO

* Segundo Tarifa de

Seguro Incêndio do

Brasil - IRB (*)

DISTÂNCIA MÁXIMA

A SER

PERCORRIDA

500 m² Pequeno "A" - 01 e 02 20 metros

250 m² Médio "B" - 02, 04, 05

ou 06 10 metros

150 m² Grande "C" - 07, 08, 09,

10, 11, 12 e 13 10 metros

(*) Instituto de Resseguros do Brasil

Independentemente da área ocupada, deverá existir pelo menos 2 (dois)

extintores para cada pavimento.

Page 40: Monografia avenida da musica (1)

40

Unidade Extintora

SUBSTÂNCIAS CAPACIDADE DOS

EXTINTORES

NÚMERO DE EXTINTORES QUE

CONSTITUEM UNIDADE

EXTINTORA

Espuma 10 litros

5 litros

1

2

Água Pressurizada ou

Água Gás

10 litros 1

2

Gás Carbônico (CO2) 6 quilos

4 quilos

2 quilos

1 quilo

1

2

3

4

Pó Químico Seco 4 quilos

2 quilos

1 quilo

1

2

3

Localização e Sinalização dos Extintores

Os extintores deverão ser colocados em locais:

a) de fácil visualização;

b) de fácil acesso;

c) onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.

Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um círculo

vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas.

Deverá ser pintada de vermelho uma larga área do piso embaixo do

extintor, a qual não poderá ser obstruída por forma nenhuma. Essa área deverá ser

no mínimo de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro).

Page 41: Monografia avenida da musica (1)

41

Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60m (um

metro e sessenta centímetros) acima do piso. Os baldes não deverão ter seus

rebordos a menos de 0,60m (sessenta centímetros) nem a mais de 1,50m (um metro

e cinquenta centímetros) acima do piso.

Os extintores não deverão ser localizados nas paredes das escadas.

Os extintores sobre rodas deverão ter garantido sempre o livre acesso a

qualquer ponto de fábrica.

Os extintores não poderão ser encobertos por pilhas de materiais.

Sistemas de Alarme

Nos estabelecimentos de riscos elevados ou médios, deverá haver um

sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da

construção.

Cada pavimento do estabelecimento deverá ser provido de um número

suficiente de pontos capazes de pôr em ação o sistema de alarme adotado.

As campainhas ou sirenes de alarme deverão emitir um som distinto em

tonalidade e altura de todos os outros dispositivos acústicos do estabelecimento.

Os botões de acionamento de alarme devem ser colocados nas áreas

comuns dos acessos dos pavimentos.

Os botões de acionamento devem ser colocados em lugar visível e no

interior de caixas lacradas com tampa de vidro ou plástico, facilmente quebrável.

Esta caixa deverá conter a inscrição "Quebrar em caso de emergência".

Base legal: NR-23;

Art. 200 da CLT;

Portaria MTb nº 290/1997 e os citados no texto.

Page 42: Monografia avenida da musica (1)

42

3.4 Estrutura

A área mínima necessária para uma loja de instrumentos musicais é de

aproximadamente 80m². Entretanto, o empreendedor deverá analisar a quantidade

de itens com os quais pretende trabalhar para dimensionar a loja, pois uma loja de

instrumentos musicais pode ofertar uma grande variedade de itens e alguns deles

ocupam muito espaço, como é o caso do piano e da bateria.

Apresenta-se abaixo uma ideia de estrutura para uma loja de

instrumentos musicais de médio porte, considerando a disponibilização de espaços

específicos paraexposição dos produtos comercializados na loja,

atendimento/vendas, estoque/depósito e área administrativo-financeira.

Os espaços indicados acima devem ser dotados de layout adequado,

respeitando a facilidade de movimentação, conforme segue:

a. Exposição dos produtos: espaço destinado a exposição dos produtos

comercializados pela loja de instrumentos musicais. Nesse espaço

deverão ser dispostos os instrumentos musicais de tamanhos maiores e

em estantes fechadas os itens menores, tais como cordas de violão,

palhetas, microfones, dentre outros;

b. Atendimento/Vendas: essa área deve ser ampla o suficiente para a

alocação de balcões, tudo para que crie um clima de amigabilidade para a

clientela;

c. Estoque/Depósito: esse espaço deverá ser dotado de

estantes/prateleiras amplas para acomodar os produtos a serem

comercializados;

d. Administrativo-financeiro: esse espaço é destinado à elaboração das

tarefas administrativas e financeiras da loja de instrumentos musicais, tais

como fechamento do caixa, conciliações das vendas via cheque, dinheiro,

cartões de crédito, crediário, contas a pagar, dentre outros. Também

serão executadas nessa área as tarefas de controle de estoques,

compras e outras atividades de escritório.

Page 43: Monografia avenida da musica (1)

43

Não existe uma regra para a definição da estrutura física necessária para

instalação de uma loja de instrumentos musicais. Mas como em qualquer outro

empreendimento, os departamentos devem ser separados da melhor forma para

organização do ambiente. Para que seja possível conseguir melhor visualização por

parte dos clientes, a área de exposição dos produtos deve ter uma separação por

tipo de instrumento, por exemplo: cordas, percussão, teclados, etc.

Além dos aspectos citados, a estrutura da loja de instrumentos musicais

deve ser planejada pensando na conservação dos equipamentos. Por exemplo,

algunsequipamentos não podem receber a incidência da luz solar. Recomenda-se

que o empreendedor consulte os fabricantes dos instrumentos para obter

informaçõespara a conservação.

Funcionários

O quadro de pessoal de uma loja de instrumentos musicais irá variar de

acordo com o tamanho do empreendimento. Apresenta-se abaixo o quadro de

pessoal para uma loja de médio porte, que deverá ser aproximadamente 03 (três)

funcionários, sendo um destes o proprietário do empreendimento:

• Uma pessoa para a área de vendas;

• Uma pessoa para a área administrativo-financeira, incluindo serviços de

caixa, contas a pagar, contas a receber, etc.;

• Uma pessoa para a área de gerência. Esse cargo, de preferência,

deverá ser ocupado pelo empreendedor.

É indicado uma pessoa para serviços gerais, como limpeza da loja e serviços de

copa.

O vendedor e o gerente deverão conhecer bem as mercadorias comercializadas na

loja de instrumentos musicais. É indicado que todos os funcionários entendam o

básico sobre instrumentos musicais para auxiliarem o cliente na venda da

mercadoria.

Page 44: Monografia avenida da musica (1)

44

Ressalta-se ainda que o proprietário do negócio deva estar presente em todas as

operações da empresa, principalmente acompanhando a área de vendas e estoque,

bem como a parte de gestão administrativo-financeira da empresa.

Equipamentos

Para estruturar uma loja de instrumentos musicais serão necessários os

seguintes equipamentos:

• Conexão banda larga;

• Estantes para colocar equipamentos e acessórios;

• Expositores;

• Impressora de cupons fiscais;

• Suportes para instrumentos diversos;

• Telefone/Fax;

• Balcões;

• Mesas;

• Cadeiras;

• Computador;

• Expositores – balcões com vidro para facilitar a visualização de

pequenas peças;

• Impressora a laser.

Por ser um empreendimento de alto investimento, o empreendedor deve

considerar relevante a necessidade de instalação de sistema de alarmes e câmeras,

bem como a possibilidade de contratação de seguro para os equipamentos e

estoque, considerando os riscos pertinentes ao local em que a loja está instalada.

Page 45: Monografia avenida da musica (1)

45

Mercadoria

A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre

a oferta e a demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de,

entre outros, os seguintes três importantes indicadores de desempenho:

Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que

o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é

medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no

passado.Obs.: Quanto maior for a frequência de entregas dos fornecedores,

logicamente em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também

chamado de índice de rotação de estoques.

Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do

período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as

vendas futuras, sem que haja suprimento.

Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o

ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o

cliente quer receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha;

demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo

fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com

prontidão.

Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor

impacto na alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado

levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos

produtos na sede da empresa.

Organização

Para que o empresário obtenha um processo produtivo que mantenha seu

estabelecimento organizado e que atenda a demanda dos clientes é necessário que

Page 46: Monografia avenida da musica (1)

46

se atente a algumas tarefas. Uma delas é a organização e exposição dos produtos,

onde os itens devem ser divididos em seções para a fácil localização dos clientes,

facilitando assim a visualização por parte dos frequentadores.

O empresário deverá ficar atento ao estoque para que não falte nenhum

item dos produtos que comercializa em seu estabelecimento.

Na parte de exposição dos produtos e atendimento a clientes / vendas, o

ambiente deve ser agradável, limpo, arejado/climatizado, bem iluminado, com os

instrumentos musicais dispostos de forma a possibilitar facilidade para que o cliente

possa visualizar as peças que são comercializadas.

Segue uma sugestão básica para a organização do processo produtivo de

uma loja de instrumentos musicais:

Pedido de Compra do Produto: O empreendedor ou pessoa responsável pelas

compras faz o pedido da mercadoria junto aos fornecedores.

Recebimento do produto comprado: Na loja deve ter uma pessoa que se

responsabilize pelo recebimento da mercadoria, que deve, preferencialmente, ser

efetuado pelo empreendedor, ou pessoa deconfiança.

Organização dos produtos na linha de venda: Após o recebimento da mercadoria

comprada, e registro de todos os itens no sistema de controle de estoque, deve-se

então retirar os itens que irão compor inicialmente a área de vendas/exposição.

Baixa do Produto no Estoque: O empreendedor deve ter todos os seus produtos

catalogados e cadastrados para que ocorra um controle de venda e por

consequência um controle para o processo de compra de reposição.

Venda do Produto: Ocorre através da abordagem realizada ao cliente pelo vendedor

e pela atenção e exposição das peças até o cliente realizar o pagamento no caixa.

Entrega do Produto ao Cliente: O produto deve ser entregue embalado para o

cliente.

Page 47: Monografia avenida da musica (1)

47

Reposição do Produto no Estoque: Tendo um bom controle da saída das peças, o

empreendedor faz a solicitação de novas peças para a reposição. Porém para esse

segmento é importante ter um bom estoque.

Automação e Gestão de estabelecimentos

Existem vários softwares no mercado que possibilitam a automação da

gestão de estabelecimentos comerciais. Entretanto, o mais indicado é que o

empresário invista em softwares específicos para uma loja de instrumentos musicais

que permitirão a gestão mais eficiente, contemplando detalhes específicos do

negócio.

Dentre os benefícios que um software de gestão deve oferecer, pode-se elencar:

• Controle de clientes com gerenciamento de relacionamento;

• Informações do Serviço de Proteção ao Consumidor;

• Criação de mala-direta com impressão de envelopes ou etiquetas;

• Geração de etiquetas com código de barras para os produtos;

• Personalização do perfil do cliente para gerar recomendação de venda,

de acordo com as preferências do cliente;

• Envio de e-mail direto e personalizado para comunicação com os

clientes;

• Controle de fornecedores com histórico de compras;

• Controle de estoque automático através de compra/venda;

• Listagem de preços;

• Leitura de códigos de barras;

• Controle de produtos promocionais;

• Contas a pagar;

• Controle de despesas;

• Contas a receber ou crediário;

• Controle bancário (taxas, tarifas, cheques já compensados, etc);

• Fluxo de caixa;

• Comissão de vendedores (as).

Page 48: Monografia avenida da musica (1)

48

3.5 Investimento

O investimento estimado para montar uma loja de instrumentos musicais,

de porte médio, deverá girar em torno do que segue abaixo:

a) Conexão banda larga – 1 – R$ 150,00 / mês;

b) Estantes para colocar equipamentos e acessórios – 4 – R$ 3.600,00;

c) Balcões Expositores com vidro – 2 – R$ 3.000,00;

d) Impressora de cupons fiscais – 1 – R$ 1.300,00;

e) Suportes para instrumentos diversos – 20 – R$ 3.000,00;

f) Fax – 1 – R$ 450,00;

g) Telefone – 3 – R$ 150,00;

h) Mesas – 3 – R$ 1.500,00;

i) Cadeiras – 9 – R$ 3.150,00;

j) Computador – 3 – R$ 4.500,00;

k) Impressora a laser – 1 – R$ 1.500,00.

Total dos equipamentos – R$ 22.300,00

Observações:

1. Nos valores indicados para o investimento não está previsto o custo do

software a ser utilizado na execução dos serviços da loja, já que a opção por um ou

outro software irá variar bastante.

2. Não estão considerados os gastos relativos à aquisição do imóvel

escolhido para a instalação da empresa, pois ele poderá ser alugado, nem mesmo

está considerado o valor do aluguel mensal.

3. Os preços acima são meramente referenciais, para fins de estimativa

do investimento necessário, podendo variar de acordo com a qualidade, estilo, local

de aquisição, dentre outras variáveis.

Page 49: Monografia avenida da musica (1)

49

4. No investimento citado acima não consta o valor referente à aquisição

de mercadorias para iniciar a loja, mas acredita-se que um estoque inicial deverá

girar na ordem de R$ 120.000,00.

Capital de Giro

Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa

precisa manter para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona

com uma quantia imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar

as oscilações de caixa.

O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são

eles: prazos médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem

(PME) e prazos médios concedidos a clientes (PMCC).

Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de

estocagem, maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter

estoquesmínimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode

melhorar muito a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa.

Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão- de-

obra, aluguel, impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem

somada ao prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a

necessidade de capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de

dinheiro disponível para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de

vendas implica também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para

tanto, o lucro apurado da empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para

complementar esta necessidade do caixa.

Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores

forem maiores que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos

clientes

para pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se

atentar para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar

compromissos de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas

e imobilizações excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter

problemas com seus pagamentos futuros.

Page 50: Monografia avenida da musica (1)

50

Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser

implantado na empresa para a gestão competente da necessidade de capital de

giro. Sóassim as variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão

ser geridas com precisão.

Nesse segmento, normalmente a necessidade de Capital de Giro é de

nível alto, principalmente pelo fato de ter que manter um estoque bastante

expressivo tenderá a variar na ordem de 90% a 130% do investimento total.

Custos

São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que

serão incorporados posteriormente no preço dos produtos ou serviços prestados,

como: aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas comerciais,

insumos consumidos no processo de prestação e execução de serviços,

depreciação de maquinário e instalações.

O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na

compra, prestação e venda de serviços que compõem o negócio, indica que o

empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como

ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o

controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance

de ganhar no resultado final do negócio.

Os custos para abrir uma loja de instrumentos musicais podem ser

estimados considerando os itens e valores referenciais abaixo:

1. Salários, comissões (caso a remuneração de serviço de colaboradores

seja feita com base em desempenho; comissão sobre vendas) e

encargos: R$ 4.000,00;

2. Tributos, impostos, contribuições e taxas: R$ 850,00;

3. Aluguel, taxa de condomínio, segurança: R$ 2.500,00;

4. Água, luz, telefone e acesso a internet: R$ 600,00;

5. Manutenção de software: R$ 200,00;

Page 51: Monografia avenida da musica (1)

51

6. Produtos para higiene e limpeza da empresa e funcionários: R$ 300,00;

7. Recursos para manutenções corretivas e preventivas das instalações:

R$ 600,00;

8. Valores para quitar possíveis financiamentos de produtos, somente

considerar esse valor caso exista financiamentos na empresa: R$

1.200,00;

9. Propaganda e publicidade da empresa: R$ 1.500,00;

10. Aquisição de maquinas e equipamentos, além de outros produtos para

funcionamento da loja de instrumentos musicais: R$ 3.000,00.

Observação:

Os custos indicados acima considera o conjunto de todo o texto desse

material, o que poderá ser maior ou menor, dependendo da estruturação e

concepção queseja dado ao empreendimento.

O empreendedor deve primar pelo controle da manutenção das vendas e

o nível de estoque, de forma criteriosa, mantendo, em níveis pré-estabelecidos no

Planode Negócio, as despesas e os custos, buscando alternativa para minimizar

esses dois elementos, mas sem comprometer a qualidade final de seu produto, que

são os instrumentos musicais de primeira linha e também de menor custo, mas com

boa qualidade também.

Diversificação

Para manter-se competitiva, uma loja de instrumentos musicais precisa

buscar alternativas que a diferencie dos concorrentes.

Manter um banco de dados com informações dos clientes fornecerá

subsídios para um atendimento personalizado, possibilitando um melhor

atendimento e possivelmente superar as expectativas do cliente.

Ao oferecer um atendimento de qualidade, a empresa cria um diferencial,

constrói um relacionamento de confiança e torna inconveniente a migração do

Page 52: Monografia avenida da musica (1)

52

cliente para um concorrente. Também é importante que os funcionários entendam

dos instrumentos musicais que serão comercializados, sabendo sugerir o melhor

negócio ao cliente, oferencendo as vantagens de cada produto.

Outra possibilidade para agregar valor está na prestação de pequenos

serviços, como por exemplo, troca de encordoamento, afinação de instrumentos.

Divulgação

A propaganda é um importante instrumento para tornar a loja de

instrumentos musicais e seus produtos e serviços conhecidos pelos clientes

potenciais. O objetivo da propaganda é construir uma imagem positiva frente aos

clientes.

Uma das formas de divulgação é o marketing de relacionamento que

consiste numa relação pessoal com os possíveis clientes, gerando visitas aos

consumidores potenciais para apresentação do portfólio e os produtos

comercializados pela empresa. Visitas em escolas de música são indicadas, como

também colocar cartazes e panfletos nestes locais.

Além do marketing de relacionamento, o empresário poderá utilizar-se de

outras formas de divulgação como:

a) Uso de identidade visual da empresa e seus produtos

na apresentação do portfólio;

b) Participação em feiras e eventos do ramo;

c) Anúncio nos veículos de comunicação especializados;

d) Patrocinar eventos musicais, como apresentação de corais, peças

musicais, etc.

e) Site com apresentação atraente, contendo o portfólio da empresa e

curiosidades sobre seu funcionamento pode atrair clientes que estejam

procurando novidades na rede mundial de computadores.

Page 53: Monografia avenida da musica (1)

53

A mídia mais adequada para divulgação é aquela que tem linguagem

direcionada ao público-alvo, que apresente o seu produto segundo o que o possível

cliente se enquadre, e que tenha compatibilidade com a capacidade de pagamento

de tais clientes. Assim terá uma maior penetração e credibilidade junto ao cliente.

Todas as formas de divulgação apresentadas são importantes para

divulgação da loja de instrumentos musicais, e terão o resultado potencializado se o

empresário investir no bom atendimento, que atenda as expectativas das

necessidades dos clientes e na qualidade dos produtos.

A atenção dispensada ao cliente e produtos de qualidade aliados a um

preço justo, podem ser a garantia do retorno do cliente.

3.6 Informações Fiscais e Tributárias

O segmento de LOJA DE INSTRUMENTOS MUSICAIS, assim entendido

pela CNAE/IBGE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 4756-3/00

como a atividade de exploração de comércio varejista de instrumentos musicais e

acessórios, poderá optar pelo SIMPLES Nacional - Regime Especial Unificado de

Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas ME (Microempresas) e EPP

(Empresas de Pequeno Porte), instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, desde

que a receita bruta anual de sua atividade não ultrapasse a R$ 360.000,00

(trezentos e sessenta mil reais) para micro empresa R$ 3.600.000,00 (três milhões e

seiscentos mil reais) para empresa de pequeno porte e respeitando os demais

requisitos previstos na Lei.

Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e

contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de

Arrecadação do Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional

(http://www8.receita.f azenda.gov.br/SimplesNacional/):

• IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);

• CSLL (contribuição social sobre o lucro);

• PIS (programa de integração social);

• COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);

• ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços);

Page 54: Monografia avenida da musica (1)

54

• INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal).

Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES

Nacional, para esse ramo de atividade, variam de 4% a 11,61%, dependendo da

receita bruta auferida pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-

calendário da opção pelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da

alíquota no primeiro mês de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem

ser proporcionais ao número de meses de atividade no período.

Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade

conceder benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada

por esse imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera

Federal poderá ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.

Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil

reais), o empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa,

poderá optar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para

se enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado

conforme a tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII

(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm).

Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados

em valores fixos mensais conforme abaixo:

I) Sem empregado

• 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária do

empreendedor;

• R$ 1,00 mensais de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias.

II) Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o

salário seja de um salário mínimo ou piso da categoria)

O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os

seguintes percentuais:

• Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração;

• Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.

Page 55: Monografia avenida da musica (1)

55

Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá

seu empreendimento incluído no sistema SIMPLES NACIONAL.

Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES

Nacional sempre será muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas

facilidades de abertura do estabelecimento e para cumprimento das obrigações

acessórias.

Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações

das Leis Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN -

Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94/2011.

Como fornecer música em eventos

Conforme o estudo realizado por Salazar (2010) – Fonte SEBRAE-, o

negócio da música faz parte da indústria do entretenimento e movimenta bilhões de

dólares em todo o mundo. Segundo o autor, o negócio da música é um gênero do

qual fazem parte três espécies:

• O show business: diz respeito à cadeia produtiva que gira em torno da

apresentação musical e do artista.

• Indústria fonográfica envolve a comercialização do disco e de produtos

afins como o DVD.

• Direitos autorais dizem respeito a licenças de uso

e à propriedadeintelectual

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56

3.7 Isolamento Acústico

O som é definido como a propagação de uma frente de compressão

mecânica ou onda longitudinal, se propagando tridimensionalmente pelo espaço e

apenas em meios materiais, como o ar ou a água.

Para que esta propagação ocorra, é necessário que aconteçam

compressões e rarefações em propagação do meio. Estas ondas se propagam de

forma longitudinal.

Quando passa, a onda sonora não arrasta as partículas de ar, por

exemplo, apenas faz com que estas vibrem em torno de sua posição de equilíbrio.

A audição humana considerada normal consegue captar freqüências de

onda sonoras que variam entre aproximadamente 20Hz e 20000Hz. São

denominadas ondas de infra-som, as ondas que tem freqüência menor que 20Hz, e

ultra-som as que possuem freqüência acima de 20000Hz.

Figura 12: Gráfico do Espectro Sonoro Fonte: Imagem do livro "FQ8 - Sustentabilidade na Terra - Edições ASA"

Page 57: Monografia avenida da musica (1)

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Normas sobre desempenho acústico conforme a ABNT

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas é o órgão responsável

pela normalização técnica no país, fornecendo assim a base necessária ao

desenvolvimento tecnológico brasileiro.

Código - ABNT NBR 10.152: 1987 Versão Corrigida: 1992

Título: Níveis de ruído para conforto acústico - Procedimento

Objetivo: Esta Norma fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em

ambientes diversos.

ABNT NBR 10152:1987 Versão Corrigida:1992

Objetivo: Esta Norma fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em

ambientes diversos.

ABNT NBR 15575-4:2013

Objetivo: Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos, os critérios e os

métodos para a avaliação do desempenho de sistemas de vedações verticais

internas e externas (SVVIE) de edificações habitacionais ou de seus elementos.

Page 58: Monografia avenida da musica (1)

58

Capítulo 4

4.1. Briefing Loja

Função da loja

Ser totalmente interativa, confortável e descolada - onde o cliente possa

entrar para testar e tocar os instrumentos, investir em equipamentos de qualidade e

o principal: desfrutar ao máximo o estilo musical.

Público-alvo: jovens entre 14 e 21 anos, músicos e profissionais que

trabalham no ramo musical.

No andar térreo da loja, ficará disponível todos os instrumentos como as

guitarras, baixos, baterias e teclados; equipamentos como amplificadores, pedais e

microfones ficarão localizados no corredor principal em um móvel especialmente

projetado para eles; assim quando o cliente entrar poderá ir até o balcão dos

acessórios escolher os produtos ou tirar dúvidas com os funcionários.

Ao lado da seção das baterias, os clientes pediram para que fosse

construído um pequeno palco com um grande telão e luzes de led, isso será feito em

razão da interatividade que a loja quer ter com seus clientes.Também será o lugar

onde bandas novas no mercado musical irão se apresentar, outro grande diferencial

da loja sãoas diferentes palestras e workshops que haverá todo mês - os

palestrantes serão profissionais do mercado musical e até mesmo músicos

convidados para trocar experiências diretamente com o público.

Gabriel e Cibelle também pediram para que fossem criados móveis

espaçosos que expusesseos instrumentos de uma forma prática. Foram projetados

estantes com iluminação embutida de spots para as guitarras e para as baterias,

com diferentes prateleiras, entre as estantes das guitarras existem nichos que

expõem livros à venda relacionados ao tema da loja.

Ao invés de montar um estoque no mezanino, os clientes gostariam que o

lugar também fosse aproveitado para ter ainda mais interação, pediram para que

fosse projetado um ambiente com um toque íntimista e ao mesmo tempo moderno –

com poltronas confortáveis para que os clientes pudessem ouvir músicas em fones

de ouvido, ainda no mezanino foi criado outro móvel que expõe discos e cds que

estão a venda.

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Figura 13: Mapa localição do Bourbon Shopping

Localização:A primeira loja da rede será inaugurada no Bourbon

Shopping localizado na Rua Turiassú, 2100 - Pompéia –os clientes optaram pelo

Bourbon por ser um local onde se tem muitos eventos culturais (em partes por causa

do Sesc Pompéia localizado ao lado) e um diferente mix de estilos.

Figura 14: Mapa original do Bourbon Shopping

Fonte: < www.bourbonshopping.com.br/site/imagens/mapa_shopping_saopaulo.swf>

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4.2 Plantas e perspectivas

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4.3 Projeto 3D

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Vista da frente da loja e das vitrines

Vista do palco ao lado da seção das baterias e teclados

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Vista de uma das laterais: seção dos instrumentos com corda

Vista do balcão e da caixa

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Vista do mezanino para o palco no térreo da loja

Escadas para o mezanino, onde ficam as poltronas e os discos

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Vista do mezanino: poltronas, puffs e até uma jukebox – para um ambiente mais

descontraído, onde os clientes podem sentar e ouvir os cds favoritos.

Vista do mezanino: detalhes como as luzes de LED “penduradas”, o adesivo na

parede e as poltronas.

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Vista do mezanino para a lateral dos intrumentos de cordas.

Vista do mezanino: detalhe para os puffs imitando Kombis com os ipads ao lado

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4.4 Memorial Descritivo

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4.5 Orçamento

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CONTRATO DE PROJETO DE DESIGN DE AMBIENTES

REFERENCIA: Projeto de Design de Ambientes completo do imóvel localizado à Rua

Turiassú, 2100 – Pompéia, São Paulo – 05005-900 – São Paulo/SP de nome Shopping Bourbon no terceiro andar, Piso Pompéia, loja 32.

CONTRATANTE: Gabriel DeCario Inscrito no CPF sob número 458.753.258-43, e Cibelle DeCario inscrito no CPF 356.888.798-46, casados e com a comunhão parcial de bens, com

endereço à Av. Francisco Matarazzo, 220 –Água Branca – 05001-000 – São Paulo/SP;

CONTRATADO: Estúdio Ola Inscrito no CNPJ sob número 12.345.678/0001-23, Com endereço à Rua. Veiga Filho, 80 – Santa Cecília – 01229-000 – São Paulo/SP

01. OBJETO DO CONTRATO:

O presente contrato tem por objetivo, a execução pelo CONTRATADO, dos serviços

contidos na Cláusula 02, subsequente, relacionados com a referência do presente contrato.

02. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS:

Os serviços a serem executados pelo CONTRATADO consistem no desenvolvimento completo do projeto de DESIGN DE INTERIORES/AMBIENTES e COMUNICAÇÃO VISUAL composto de dados concepcionais apresentados em escala adequada à perfeita

compreensão dos elementos nele contidos:

02.01. Estudo Preliminar – Briefing, estudos preparatórios, relatórios, desenhos esquemáticos, e demais documentos em que se demonstra a compreensão do problema e a definição dos critérios e diretrizes conceituais para o desenvolvimento do trabalho;

02.02. Projeto Conceitual – desenhos de lançamento das propostas anunciadas no Estudo Preliminar, acompanhadas de cálculos e demais instrumentos de demonstração das propostas apresentadas no projeto; incluem-se instruções a serem encaminhadas aos responsáveis pelos projetos de instalação elétrica, ar condicionado e automação, como a indicação da composição dos comandos e modo de operação dos mesmos, que evidenciem as diferentes possibilidades de uso dos sistemas propostos; compreende também a compatibilização, atividade em que se justapõem as informações técnicas e as necessidades físicas relativas às determinações do projeto de Design de Ambientes, as decorrentes dos demais projetos integrantes do trabalho global (arquitetura, estrutura, instalações elétricas e telefônicas, hidráulicas, de ar condicionado, de sonorização e sprinklers, interiores e exteriores, paisagismo) e a Comunicação Visual, com a finalidade de garantir a

coexistência física e técnica indispensável ao perfeito andamento da execução do projeto;

02.03. Projeto Executivo – concretização das ideias propostas no Projeto Conceitual devidamente compatibilizadas a partir da integração do projeto de Ambientes com todos os

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sistemas prediais envolvidos no trabalho. Inclui-se as informações técnicas pertinentes à correta integração dos

ambientes e demais equipamentos aos detalhes da arquitetura, bem como os dados do equipamento especificado, para a concretização dos conceitos estabelecidos no projeto. Os desenhos referentes móveis, equipamentos, revestimentos, materiais e acabamentos deverão ser inseridos no Projeto Executivo ou complemento deste (Memorial Descritivo), para que haja perfeita compreensão das dimensões físicas e da forma de instalação dos mesmos no edifício. O detalhamento de móveis e acessórios especiais serão considerados serviços extraordinários;

Parágrafo único: os desenhos serão apresentados em escala.

02.04. Supervisão Técnica – atividade de acompanhamento da execução das obras do edifício ou empreendimento, para constatação da correta execução de suas determinações e apresentação de modificações ou adaptações tecnicamente convenientes, quando necessário e pertinente. Não ficam acordadas visitas técnicas à obra durante o andamento da construção do edifício. As visitas necessárias durante a fase de acabamento serão acordadas em instrumento à parte posteriormente.

03. PRAZOS:

03.01. Os serviços ora contratados serão executados nos prazos abaixo especificados:

03.01.01. ESTUDO PRELIMINAR: 15 (quinze) dias após a assinatura deste contrato;

03.01.03. PROJETO CONCEITUAL: 35 (trinta e cinco) dias após a entrega do Estudo Preliminar;

03.01.04 PROJETO EXECUTIVO: 120 (cento e vinte) dias após a entrega do Projeto Conceitual.

03.02. Os prazos acima constituem os mínimos necessários para o desenvolvimento técnico dos serviços, podendo, no entanto, serem dilatados a pedido do CONTRATANTE.

03.03. Não serão contados os dias em que o projeto ficar retido pelo CONTRATANTE, para apreciação.

03.04. Os prazos acima não se vinculam aos prazos necessários para aprovação junto aos órgãos competentes, podendo, entretanto, o CONTRATADO desenvolver, paralelamente e estes trâmites, as etapas posteriores.

03.05. Os prazos acima serão contados a partir da entrega dos elementos necessários ao desenvolvimento do projeto pelo CONTRATANTE, ou seja, levantamento planialtimétrico, sondagens, plantas arquitetônicas, escrituras e civis, etc.

04. HONORÁRIOS:

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04.01. Para uma área bruta aproximadamente de 131,20 metros quadrados de área a ser trabalhada e valor do metro

quadro de R$65,00, o valor do Projeto será de R$ 8.528,00.

Pelos serviços previstos no presente contrato o CONTRATANTE pagará ao CONTRATADO, os honorários calculados em R$ 8.528,00 (oito mil e quinhentos e vinte e oito reais) que serão pagos da seguinte forma:

04.01.01. 20% – na assinatura do contrato, valor de R$1.705.60 (mil e setecentos e cinco reais e sessenta centavos);

04.01.04. 30% – na entrega do Projeto Conceitual, valor de R$2.558,40 (dois mil e quinhentos e cinquenta e oito reais e quarenta centavos);

04.01.05. 50% – na entrega do Projeto Executivo, valor de R$4.264,00 (quatro mil e duzentos e sessenta e quatro reais).

04.02. Não constam do preço do projeto;

04.02.01. Impostos, taxas, emolumentos e registro na Prefeitura;

04.02.02. Sondagens e levantamentos de patologias prediais;

04.02.03. Cópias heliográficas, xerográficas e fotografias;

04.02.04. Maquetes, perspectivas e plantas de comercialização;

04.02.05. Alterações introduzidas pelo CONTRATANTE nas etapas subsequentes que já foram previamente analisadas e aprovadas;

04.02.06. Projetos complementares de instalações hidráulicas, sanitários, elétricas, movelarias exclusivas, intervenções arquitetônicas, etc.

04.03. O pagamento de cada etapa deverá ser efetuado até 5 (cinco) dias úteis após a aprovação (de acordo) dos serviços correspondentes, contra emissão dos respectivos recibos de honorários profissionais.

04.03.01. O CONTRATANTE terá 5 (cinco) dias úteis para a aprovação ou solicitação de eventuais alterações a contar da data de cada etapa.

04.03.02. Os pagamentos efetuados após seu vencimento sofrerão multa de 30% (trinta).

04.04. Todas as alterações introduzidas no projeto pelo CONTRATANTE, visitas à obra e sua fiscalização serão cobradas por hora técnica, de acordo com os valores a seguir convencionados.

– Designer de Ambientes……………………………….. R$ 125,00/hora – Desenhista …………………………………....……….. R$ 125,00/hora

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05. OBRIGAÇÕES DO CONTRATADO:

Constituem obrigações do CONTRATADO;

05.01. Indicar e mediar a contratação de todo o pessoal necessário a execução dos serviços objeto deste contrato: pedreiros, instaladores, gesseiros, marceneiros, serralheiro e fornecedores.

05.02. Responder perante o CONTRATANTE, pela execução e entrega dos objetos da Cláusula 02.

05.03. Assumir, na qualidade de autoria, a responsabilidade técnica pelas especificações feitas, atendendo prontamente às exigências, modificações e esclarecimentos que forem necessários bem como intermediar as partes fornecedor/cliente quando houver algum problema.

05.04. Fornecer um CD com as plantas, detalhes relativos ao desenvolvimento do projeto e memorial descritivo ao CONTRATANTE.

05.05. Coordenar e dar orientação geral nos projetos complementares ao projeto de Design de Ambientes, tais como indicações de alterações nas instalações elétricas e telefônicas, arquitetura, instalações hidráulicas e outros, podendo, a pedido do CONTRATANTE, indicar profissionais legalmente habilitados para sua execução.

05.06. O CONTRATADO deve elaborar os projetos objetivados no presente contrato, em obediência às normas e especificações técnicas vigentes, responsabilizando-se pelos serviços prestados, na forma da legislação em vigor.

06. OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE:

06.01. Ressarcir as despesas havidas pelo CONTRATADO, tais como decorrentes de projetos técnicos complementares, memoriais e tabelas técnicas de incorporação,

cópias heliográficas, xerográficas e outras não especificadas, desde que autorizadas pelo CONTRATANTE.

06.02. Fornecer ao CONTRATADO, todos os documentos como cópias de escrituras, levantamentos planialtimétricos, sondagens, plantas arquitetônicas e civis e profissionais para a elaboração dos projetos complementares, etc.

06.03. Pagar as despesas relativas a fotografias, mapas, maquetes e plantas de comercialização necessários a representação dos projetos.

06.04. Pagar os honorários do CONTRATADO e projetos complementares, referentes a projetos modificativos, e alterações de projetos das fases já executadas, decorrentes das solicitações feitas pelo CONTRATANTE, independente das razões que o motivaram. Esses honorários serão cobrados conforme Cláusula 04.04 do presente contrato.

07. CONDIÇÕES GERAIS

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07.01. Este contrato não criará qualquer vínculo empregatício entre o CONTRATANTE e o CONTRATADO.

07.02. A cada etapa entregue, deverá o CONTRATANTE analisar todos os desenhos entregues e autorizar (de acordo) o início da etapa seguinte.

07.03. É defeso de qualquer das partes ceder ou transferir total ou parcial, os direitos e obrigações decorrentes deste contrato.

07.04. O CONTRATANTE poderá interromper os trabalhos a qualquer momento desde que assegure ao CONTRATADO o término da etapa em andamento e sua consequente remuneração.

07.05. Se o objeto deste contrato se limitar ao Estudo Preliminar e ao Projeto Conceitual, e se estes forem utilizados para a execução da obra, tal utilização será suscetível da aplicação das disposições legais da obrigatoriedade do pagamento da indenização a três vezes o valor estipulado na Cláusula 04.01.

07.06. O CONTRATADO não se responsabiliza por alterações ocorridas durante a obra que estiverem em desacordo com os serviços por ele executados ou alterações solicitadas pelo CONTRATANTE que estiverem em desacordo com a legislação em vigor.

07.07. Se, a partir da data deste contrato, forem criados novos tributos taxas, encargos e contribuições fiscais e para fiscais ou modificadas as alíquotas atuais, de forma a majorar os ônus do CONTRATADO, os valores da remuneração constante do presente contrato, serão revisadas de modo a refletir tais modificações.

07.08. O contrato será rescindido caso ocorram as seguintes hipóteses:

07.08.01. Infração de qualquer das Cláusulas e Condições;

07.08.02. Insolvência de qualquer das partes;

07.09. A parte que der causa ao rompimento deste ajuste, incidirá na multa contratual 20% (vinte por cento) sobre o valor total dos serviços contratados.

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07.10. As partes elegem o TRIBUNAL DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DE SÃO PAULO como órgão do

INSTITUTO JURÍDICO EMPRESARIAL, com sede na Rua Dr.Bacelar, 643, Vila Clementino, para solução de toda e qualquer dúvida ou controvérsia resultante do presente

contrato ou a ele relacionado, de acordo com as normas de seus regulamentos, renunciando expressamente a qualquer outro foro por mais privilegiado ou especial que seja. E por estarem justo e contratados, assinam a presente em 2 (duas) vias com 6 (seis) páginas cada de igual teor, na presença das testemunhas, abaixo:

São Paulo, 27 de Agosto de 2014.

___________________________________

Gabriel DeCario – CONTRATADO

CPF: 458.753.258-43

___________________________________

Cibelle DeCario – CONTRATADO SÓCIO

CPF: 356.888.798-46

___________________________________

Estúdio Ola – CONTRATANTE

CNPJ: 12.345.678/0001-23

___________________________________

Nathalia da Silva Francisco Gomes Ferreira – Designer Gráfico

___________________________________

Mayara Almeida Soares – Arquiteta

___________________________________

Leidiane de Oliveira Silva – Projetista

___________________________________

Richard Anderson Oliveira Cabrera – Engenheiro Civil

___________________________________

Jorge Kavicki – Mestre de Obras

TESTEMUNHAS

______________________________ __________________________

Nome: XXXXXXXXXXXXXXXXXX Nome: XXXXXXXXXXXXXXXXX

CPF XXXXXXXXXXX CPF XXXXXXXXXXXXXXXXXX

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4.7 Considerações Finais

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Capítulo 5

5.1 Referências Bibliográficas www.portaldoshopping.com.br/numeros-do-setor/desempenho-da-industria-de-shopping-centers-no-brasil Acesso em 30 de outubro de 2014 www.portaldoshopping.com.br/abrasce/apresentacao Acesso em 30 de outubro de 2014 www.portaldoshopping.com.br/numeros-do-setor/evolucao-do-setor Acesso em 30 de outubro de 2014 www.portcom.intercom.org.br/pdfs/154986847399002986888063440135114344765.pdf último acesso em 30 de outubro de 2014 file:///C:/Users/leila/Downloads/76-170-1-SM.pdf último acesso em 30 de outubro de 2014 www.direitobrasil.adv.br/artigos/sc.pdf Acesso em 30 de outubro de 2014 www.alshop.com.br/pdf/apresentacao-mesa-de-valores.pdf último acesso em 30 de outubro de 2014 www.portaldoshopping.com.br/abrasce/estatuto-e-etica Acesso em 30 de outubro de 2014

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Último acesso 26 de novembro de 2014 às 07:45

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Fontes do SEBRAE disponíveis em:

www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/Como-montar-uma-loja-de-

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Acesso em 20 de novembro de 2014 às 16:00

DOLABELLA, Fernando. Oficina do empreendedor. São Paulo. Cultura Editores

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Classificação dos Instrumentos Musicais. Disponível em:

Acesso em: 12 out. 2013.

Novo Negócio. Disponível em: . Acesso em: 12 out. 2013.

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ABPAudio - Associação Brasileira dos Profissionais de Áudio. Disponível em: .

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SOBRAC – Sociedade Brasileira de Acústica. Disponível em: . Acesso em: 12 out.

2013.

ABEMÚSICA – Associação Brasileira da Música. Disponível em: . Acesso em: 12

out. 2013.

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5.2 Anexos

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