MONOGRAFIA DE CONCLUSÃO DE CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM AGRONEGÓCIO...
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MONOGRAFIA DE CONCLUSÃO
DE CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
EM AGRONEGÓCIO
ORIENTADOR
Cláudio Luiz Chiusoli
Castro, 15 de novembro de 2009.
Leila Dione Marques Gomes
OS EVENTOS AGROPECUÁRIOS
COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA
DE MARKETING – UM ESTUDO DE CASO
AGROLEITE
Trabalho de conclusão de curso apresentado como parte das atividades para obtenção do título de especialista do curso de pós-graduação em Agronegócios da Universidade Federal do Paraná.
Professor Orientador: Cláudio Luiz Chiusoli
Castro, 2009
“Dedico este trabalho à Eduardo Marqueze Ribas
pelo incentivo e apoio na pesquisa deste importante
evento da pecuária leiteira. Um trabalho duro e árduo
mas prazeroso dentro de um dos grandes segmentos do
agronegócio. Porém acima de tudo agradeço por
despertar em mim a confiança, um ingrediente
indispensável para o desenvolvimento de toda e qualquer
ação do ser humano”.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................6
OBJETIVO GERAL.........................................................................................................8
Objetivos Específicos............................................................................................8
METODOLOGIA.............................................................................................................9
Perspectiva do Estudo............................................................................................9
O Agroleite e as potencialidades do evento ..........................................................9
Delimitação do Estudo.........................................................................................11
Limitação da Feira ..............................................................................................14
Viabilidade da Execução.....................................................................................14
Monitoramento do Projeto...................................................................................15
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................................16
Caracterização da Cidade ...................................................................................16
Caracterização da Empresa..................................................................................16
O Agronegócio e as potencialidades dos eventos agropecuários ......................23
Os eventos agropecuários ...................................................................................24
As primeiras exposições do Brasil ......................................................................25
A estratégia dos eventos como ferramenta de marketing....................................26
Marketing dos eventos ........................................................................................27
Planejamento Estratégico ....................................................................................28
Estrutura Organizacional.....................................................................................28
Gráficos..... ..........................................................................................................35
Fontes de Financiamento.....................................................................................36
Análise de risco....................................................................................................36
Detalhes do Projeto..............................................................................................38
RESULTADO E DISCUSSÃO.......................................................................................42
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................44
ANEXOS.........................................................................................................................46
BIBLIOGRAFIA CITADA.............................................................................................48
6
INTRODUÇÃO
Há 59 anos, num cenário marcado pela forte tendência agropecuária da Holanda,
teve início uma história de empreendedorismo e sucesso no Brasil. Do país europeu
várias famílias se espalharam mundo afora, formando colônias que hoje têm
reconhecimento internacional nas atividades que optaram em desenvolver. É o caso da
Castrolanda situada no Município de Castro, primeira maior cidade do Estado na
produção de leite, sendo destaque pelos altos índices de produtividade por animal,
ocupando posições entre os melhores índices mundiais, além do alto desempenho no
cultivo de grãos. Com investimento em pesquisa técnica, num sistema cooperativista os
holandeses advindos nesta colônia conquistaram a chancela do pioneirismo tendo sido
responsável pela invenção a pouco mais de 20 anos da técnica de cultivo de terra mais
usada pela agricultura mundial: o sistema de plantio direto.
Portanto, a chegada dos holandeses transformou a economia de Castro antes
industrial seguindo as tendências globais no início do século passado, depois de ter sido
pouso de tropeiros que seguiam pelo Caminho de Viamão (Rio Grande do Sul e
Sorocaba) há 300 anos. Do chão de fábrica ao campo, Castro percorreu o caminho da
mudança até chegar hoje numa economia baseada na extração e produção de matérias-
primas como leite, criação de aves e porcos para abate e extração de calcário – produtos
que são beneficiados em outros municípios.
A agropecuária tornou-se responsável por 21% do Produto Interno Bruto (PIB),
distribuída em 3.064 estabelecimentos agrícolas, em que 84% são considerados
estabelecimentos familiares e 15,5% estabelecimentos patronais.
É neste campo, no que concentra renda e propriedade que estão inseridos a
maior parte dos associados da Cooperativa Castrolanda. É sobre o trabalho
desenvolvido pela agricultura patronal gerenciada através da instituição que esta
pesquisa será elaborada buscando nas ações de marketing já implantadas para os
diversos públicos as respostas relativas a eficiência e eficácia dos meios aplicados e a
possibilidade de torná-los melhores mais abrangentes mais diretos, mais competitivos e
mais vantajosos e até, quem sabe mais promotores da responsabilidade social.
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A proposta é traçar um diagnóstico sobre as condicionantes dos fluxos de
informação e a partir dele, elaborar um planejamento estratégico para o Agroleite,
considerando os parâmetros dos últimos 8 anos.
A pesquisa será pautada pela avaliação, medição, eficiência já aplicadas e pela
percepção e compreensão das carências do marketing da Cooperativa Castrolanda.
Pretende-se responder as seguintes perguntas:
1) As ferramentas já existentes cumprem seu papel?
2) Como são tratadas e aplicadas?
3) Atingem ao público em que é destinado?
4) Podem ser mais eficientes De que forma?
5) Que outras ferramentas seriam necessárias?
6) Qual é o formato ideal?
A meta é estudar avaliar o funcionamento da estrutura existente tal como as
repostas aos investimentos e aplicação de recursos, apontar maneiras de torná-lo mais
eficiente e se for o caso sugerir também a aplicabilidade de novas estratégias e
ferramentas.
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2. OBJETIVO GERAL
Apresentar uma proposta eficiente para o Agroleite que possa contribuir não
apenas para o melhor desempenho da imagem da Cooperativa Castrolanda, mas também
para o melhor reposicionamento, se a pesquisa assim demonstrar da imagem do
Agroleite perante o interesse da presidência, conselho gerencial e colaboradores.
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Verificar a colocação do município de Castro na produção nacional de leite;
• Entender quais ferramentas são utilizadas no evento;
• Identificar as potencialidades de difundir tecnologias locais;
• Verificar as dificuldades encontradas pela Castrolanda na organização das
edições anteriores;
• Levantar pontos fortes e fracos, ameaças e incertezas deste evento;
• Avaliar oportunidades de melhorias no modelo atual;
• Desenvolver um planejamento para a próxima edição do evento.
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3. METODOLOGIA
3.1. Perspectiva do Estudo: Cooperativa Castrolanda
A Cooperativa Castrolanda impõe-se como organização atualizada, consoante
com as tendências de modernização das diferentes atividades. Desenvolveu nos últimos
anos vários novos negócios e um evento como ferramenta de divulgação dos trabalhos
da Cooperativa e seus associados: o Agroleite.
As exposições de gado são realizadas na Castrolanda há mais de 40 anos e têm
atraído criadores, técnicos e empresários de várias partes do Brasil que buscam na
região de abrangência da Castrolanda um referencial técnico e de qualidade para as
atividades e serviços desenvolvidos pelos mesmos.
Paralelamente às exposições de gado, a Castrolanda tem realizado dias de campo
da agricultura e pecuária como forma de integração entre as atividades e divulgação das
tecnologias aqui aplicadas.
O Agroleite surgiu há nove anos, com a remodelação do conceito de exposição.
Além de apresentar a "Cadeia do Leite na Terra do Leite", o evento Agroleite passou a
ser referência nacional como show da cadeia produtiva do leite, abrangendo desde a
produção primária até a distribuição, veiculando as tecnologias de produção, as
inovações tecnológicas na área industrial, bem como modelos comerciais de parcerias
entre produtores e indústrias e outros temas afetos ao futuro da cadeia produtiva, tais
como: qualidade, rastreabilidade, segurança alimentar e tendências de consumo.
3.2. O Agroleite e as potencialidades do evento
Agroleite 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008Volume de Negócios (R$) 3,5 mi 6,2 mi 7,0 mi 7,5 mi 6,8 mi 8,5 mi 8,5 mi 9,8 miNúmero de Animais 414 607 670 685 606 600 700 600Empresas Participantes 50 90 98 102 92 90 110 117Visitantes 30.000 34.000 35.000 39.000 44.000 46.000 50.000 54.000Investimento (R$) 156.000 304.000 304.000 324.000 344.000 395.000 414.000 606.000Resultado Financeiro -54.000 -25.000 -53.000 -166.000 -115.000 -48.000 12.000 -100.000
Figura 1: Evolução do evento Fonte: Castrolanda
O desenvolvimento deste trabalho investigou os resultados dos últimos 8 (oito)
anos do Agroleite. A pesquisa desvendou o investimento da Cooperativa para a
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realização do Agroleite e o crescimento efetivo desde 2001 e demonstrou a participação
cada vez maior de empresas envolvidas na cadeia do leite. Nos últimos 2 (dois) anos
esse número superou as expectativas da organização em quase 10% do previsto,
chegando a 110 e 117 empresas respectivamente. O volume de negócios gerado também
foi muito satisfatório nas últimas três edições da exposição, ficando entre R$ 8 e R$ 10
milhões/ano.
Já o resultado financeiro para a Cooperativa Castrolanda organizadora do evento
tem se mostrado deficitário em quase todos os anos (com exceção de 2007).
Inicialmente o fato ocorria em função de uma menor participação das empresas e
conseqüentemente menor arrecadação do evento, mas hoje isso é determinante do
sucateamento do Parque de Exposições, que demanda a cada edição muitos
investimentos provisórios em infraestrutura. Em 2008 houve uma chuva torrencial
durante a exposição. O imprevisto mostrou que apesar do Agroleite ser visto como um
importante evento da cadeia leiteira, o mesmo ainda não tem estrutura física suficiente
para suportar a exposição numa relação qualidade e tamanho.
O Parque de Exposições Dario Macedo não recebe investimentos concretos há
quase duas décadas, o que demonstrou a ausência do poder público. Além disso, durante
a realização do evento nos últimos anos, também se observou-se uma atuação cada vez
mais branda da Prefeitura Municipal de Castro.
Como já supracitado, o projeto Agroleite depende basicamente 3 (três)
condicionantes para alcançar seu sucesso. São elas:
Figura 2: Condicionantes de sucesso
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Nesse âmbito a Cooperativa Castrolanda pode atuar como gerenciadora dos
trâmites do projeto. O Poder Público e as parcerias podem agir como co-participantes,
beneficiando-se direta ou indiretamente do evento.
Hoyle afirma (2006, p. 118) (...) Em qualquer evento, os stakeholders podem ser descritos
como aqueles que mantêm interesse pessoal por seu sucesso. Em uma associação, claramente incluem diretores, membros de comitês, funcionários participantes e expositores. Entretanto, indo ainda mais longe, há outros stakeholders que confim em marketing para um evento ser bem sucedido e freqüentado e, assim, atender as suas necessidades e expectativas. Ampliando ainda mais, os comerciantes locais, as empresas de atrações da cidade anfitriã, o sindicato de trabalhadores, o escritório de convenções e a câmara de comércio têm sua parte em um evento de rica freqüência.
3.3. Delimitação do Estudo
O estudo para o desenvolvimento deste projeto foi desenvolvido dentro da
Cooperativa Castrolanda realizadora do evento através do acompanhamento anual das
edições a cada ano. Todos os dados foram levantados através dos arquivos feitos na
própria Cooperativa e foram feitos questionamentos com os líderes gerenciais para o
desenvolvimento desta mostra na edição de 2009. O interesse dos dirigentes é a
profissionalização deste evento.
Hoyle afirma (2006, p. 12) (...) Na administração de eventos o comprometimento com a
meta é essencial para a plena realização. Gera estímulo, criatividade e entusiasmo contagiantes. Leva outras pessoas a seus objetivos, traz novos recursos, pessoas e apoio que, sinergicamente, amplificam seus esforços.
Com o apoio da diretoria da cooperativa citada a iniciativa do estudo mostrou a
necessidade de desenvolvimento de 1 (um) projeto para ser aplicado a cada ano. Foram
levantados os dados do evento, localização, estratégia, desenvolvimento e aplicação de
uma planta, regulamentos internos, orçamento e uma campanha publicitária para
transformar as metas e objetivos aqui dispostos em realidade.
A estrutura organizacional do Agroleite é dividida entre Conselho Consultivo e
Comissão Executiva. O Conselho Consultivo tem a função de discutir os assuntos do
Agroleite em reuniões mensais. Ele aconselha a equipe administrativa em suas
atividades e define de forma democrática tudo o que for passível de voto (exemplo:
assunto das palestras, palestrantes, juízes, etc.). Este conselho é composto por membros
que elegerão anualmente um presidente entre si. Os membros do conselho são: Diretor-
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Presidente da Castrolanda (ou vice-presidente); Representante do Comitê da Cadeia de
Bovinos; Representante do Comitê da Cadeia de Suínos; Representante do Comitê da
Cadeia Agrícola; Representante do Comitê da Cadeia de Batatas; Representante das
empresas expositoras; Representante dos expositores de animais; Representante do
Poder Público.
A Comissão Executiva tem a função de administrar o Agroleite do planejamento
a execução. Ela é a organizadora do evento e tem total autonomia para tomar decisões
mediante dúvidas e/ou contenciosos. A comissão tem um Coordenador do Projeto
Agroleite e um Coordenador Geral, que define todos os anos os coordenadores de cada
área do evento. As áreas de coordenação são: Coleta de Leite; Demonstrações de
Campo; Exposição de Animais; Informática; Infra-Estrutura; Leilão; Limpeza;
Segurança; Seminários; Torneio Leiteiro; Recepção de Animais;
Os detalhes de cada edição do Agroleite dependem de uma boa interação entre o
conselho consultivo e a comissão executiva. Em função dessa demanda, os responsáveis
pelo projeto e pela organização da exposição seguem regras pré-estabelecidas em um
plano de gerenciamento.
A coordenação do evento pode trabalhar da seguinte forma: Coordenador Geral
coleta os indicadores do último Agroleite; Coordenador Geral dialoga com o Conselho
Consultivo; Coordenador Geral estabelece diretrizes e as passa para os coordenadores;
Coordenador Geral põe suas ações em prática; Coordenadores de cada área põem suas
ações em prática; Conselho consultivo colabora participando do evento.
A coordenação do projeto pode trabalhar da seguinte forma: Coordenador do
Projeto dialoga com Coordenador Geral e Conselho Consultivo; Coordenador do
Projeto monitora resultados do último Agroleite; Coordenador do Projeto avalia
resultados do último Agroleite; Coordenador do Projeto revisa e gerencia aplicações do
projeto;
O Agroleite por si é um evento técnico, pois visa disseminar os conhecimentos e
tecnologias utilizadas pela Castrolanda na Cadeia de Negócios Leite, além de promover
o produto.
Carvalho M. P. (2004, p. 19) acredita que o setor leiteiro deu um passo
importante ao reunir diversos representantes de segmentos da cadeia de produção de
leite para formular um modelo que contemple as necessidades do setor e as suas
características.
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(...) O produtor de leite é o principal beneficiado direto, pelo aumento do mercado e por produzir o produto que é a base para todos os lácteos. Para as Cooperativas há um grande benefício visto que seus produtos em geral estão em um nível mais baixo na escala de agregação de valor além de via de regra não terem grandes investimentos em marketing.
Viável ou não economicamente baseado na citação acima justifica a
oportunidade de divulgação da cooperativa e seus associados. Outro fator que se mostra
viável no projeto Agroleite são as questões sociais. O evento leva consigo programas
melhor implementados de inclusão social para crianças e pessoas carentes, consumo da
bebida, além de promover oportunidades de trabalho direto e indireto a região dos
Campos Gerais.
Para Campos, Neves, coordenadores (2007, p. 4) a cadeia leiteira é responsável
por uma série de produtos e derivados que alimentam adultos e, principalmente,
crianças.
Carvalho M. P. (2004, p.12) analisando os dados da Pesquisa do Orçamento
Familiar (POF), do IBGE comenta que o consumo de leite fluido por família por mês
atinge 63,5 kg nas famílias com renda mensal superior a R$6.000,00, contra apenas 8,9
kg nas famílias com renda inferior a R$ 400,00 por mês. (...) No Brasil o marketing institucional de lácteos não é uma
preocupação recente, como poderia se pensar. No final da década de 60, o setor criou um programa denominado ACEL (Associação para Campanha Educativa do Leite), cujo objetivo era fomentar o consumo de lácteos a partir de contribuições dos produtores e indústrias de laticínios.
Como referência na cadeia de leite, hoje o evento é o mais bem conceituado deste tipo
no sul do Brasil e pode ser uma excelente ferramenta de divulgação para o aumento do consumo
da bebida. Ele é um elemento fundamental para a promoção do município como o maior
produtor nacional de leite, aliás, são 140 milhões de litros/ano.
Politicamente o projeto Agroleite foi viável, pois o poder público municipal esteve
alinhado ao estadual. Além disso, existem muitos interessados na profissionalização e promoção
do evento em um ritmo mais acelerado.
O que se mostrou um pouco mais resistente foi o fato do parque de exposições também
ser utilizado por um grupo aliado a Prefeitura com outros interesses, por isso a negociação com
este deverá tratar assuntos pontuais como a utilização da pista de laço, a casa de leilões, dentre
outros.
Atualmente a Castrolanda tem poucos meios de veiculação de sua marca, sendo hoje o
mais importante o Agroleite. O evento promove a Cooperativa e o Município de Castro como
destaque na produção nacional de leite. Com a implantação do projeto Agroleite o evento ganha
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qualidade e conseqüentemente maior e melhor propagação institucional. Os ganhos de
marketing da Castrolanda durante a realização do evento são imensuráveis, mas com certeza
significativa para a geração de negócios.
3.4. Limitação da Feira
O projeto Agroleite não possui taxa de retorno suficiente para viabilizar-se do ponto
de vista financeiro. De acordo com os cálculos realizados, se o evento atingir seu ponto
de equilíbrio no fim do ciclo do projeto (2013), este só terminará de se pagar em 2025.
Se o montante for proporcionalmente distribuído entre os componentes do projeto ele
terá a mesma velocidade de retorno financeiro, todavia com uma carga de
responsabilidade mais bem distribuída e uma vantagem econômica para o Município.
Para que o Agroleite alcançasse um nível de qualidade semelhante à de grandes
feiras do agronegócio como o Show Rural e a Agrishow, seriam necessários
investimentos em infraestrutura. Os investimentos em infraestrutura propostos neste
projeto foram definidos conforme as necessidades expostas pelas empresas expositoras,
expositores de animais e visitantes.
Esses investimentos seriam: Projeto arquitetônico; Eliminação da arquibancada;
Projeto de arborização; Telefones públicos; Banheiros; Passarelas com calçamentos;
Sistema de drenagem; Sistema elétrico subterrâneo; Sistema hidráulico subterrâneo;
Barracões de animais; Depósito; Áreas para descanso; Reforma dos meio-fios; Pedrisco
para estacionamentos internos; Pedrisco para áreas de circulação; Asfalto no
estacionamento externo; Ampliação da iluminação; Reforma dos barracões de animais;
Reforma do barracão das microempresas; Reforma das cercas do parque; Reforma do
local do Torneio Leiteiro; Reforma do local de recepção de animais.
3.5. Viabilidade da Execução
Econômica → Considerando que a Agroleite movimenta R$ 7.225.000,00/ano a uma
visitação média de 41.500 pessoas por edição, supõe-se que cada visitante gasta em
torno de R$ 175,00 durante o evento. Esse capital é direcionado às empresas
participantes através da compra de produtos e para toda a cidade de Castro em geral
(hotéis, restaurantes, transporte, etc.).
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Em 2005 o PIB do Município de Castro foi de R$ 635 milhões1 e seu PIB
Agropecuário de R$ 184,5 milhões (29% do total). Avaliando esses números e
comparando-os com o volume de negócios da Agroleite naquele ano (R$ 6,8 milhões),
percebe-se que a mesma corresponde a 1,07 % do PIB Total e/ou 3,68 % do PIB
Agropecuário da cidade. Esse é um valor bastante significante e que mostra a
abrangência do evento com relação a tudo que o município produz.
Com o crescimento extraordinário do evento nesses últimos anos constata-se
uma importância cada vez maior do Agroleite no município e na Castrolanda. Ele é um
distribuidor de renda agropecuária e um fomentador da produção de leite nos Campos
Gerais e no Brasil.
Rodrigues (2002, p.4) cita o exemplo da cerveja.
(...) Sem produtores de cevada não haveria cerveja. Nem fábricas de cerveja e os empregos nelas existentes; nem fábricas de garrafas de cervejas, rótulos, tampinhas ou latinhas, nem de caixas para embalar latas ou garrafas; de caminhões para transportá-las de geladeiras para refrigerá-las. Não haveria fábricas de copos para tomar cerveja, de mesas e cadeiras de bares. Não haveria costureiras fazendo uniformes de garçons.
3.6. Monitoramento do Projeto
O monitoramento do Projeto Agroleite será realizado por um colaborador
específico junto aos coordenadores do projeto e do evento. Sua função será coletar
informações e dados que possibilitará calcular a viabilidade do Agroleite e
replanejar a próxima edição.
Segundo a Figura 2 deste trabalho os dados que foram coletados são: Volume
de Negócios; Número de Animais; Empresas Participantes; Investimento;
Resultado Financeiro, onde o evento mostra-se com resultado negativo. Com a
atual estrutura de organização apenas no ano de 2007 mostra viabilidade
financeira.
Concorrência → Outros eventos relacionados à área já possuem estrutura física melhor
que a do Agroleite. Empresas expositoras podem migrar para esses eventos caso não
haja aplicabilidade do projeto. Abaixo consta a relação dos principais concorrentes:
1 Último levantamento de dados realizado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
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Feileite – Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite - São Paulo SP
(feira urbana com diversidade de raças e personalidades do setor);
Megaleite – Feira Interestadual do Leite – Uberaba MG (aquém do desejado,
porém se fortalece pelo parque de exposições e pelo potencial do Estado –
maior produtor de leite do Brasil);
Show Rural – Feira Internacional do Agronegócio – Cascavel PR (não
possui foco específico apenas na cadeia do leite, porém tem a melhor
qualidade estrutural do país).
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1. Caracterização da Cidade
A cidade de Castro, no Paraná é considerada o maior centro tropeiro do Estado,
além de ser a primeira cidade instituída no Paraná. Após1885 começou a receber um
grande fluxo de imigrantes: alemães, poloneses, holandeses e japoneses. Uma de suas
maiores vocações é o turismo e oferece diversos atrativos históricos aos visitantes. A
Igreja Matriz Senhora Sant’Ana e diversos casarões tombados pela Curadoria do
Patrimônio Histórico e Artístico. O Museu do Tropeiro que possui um acervo com
diversas peças que retrata a vida do tropeiro. A cidade possui outros atrativos como a
Fazenda Capão Alto, a Colônia Castrolanda, o Parque Balneário Dr. Libânio Estanislau
Cardoso e o Parque Lacustre. Além disso, as cavernas, grutas, saltos e quedas em meio
a vegetação nativa.
4.2. Caracterização da Empresa
A Castrolanda surgiu em 1951 quando os primeiros imigrantes holandeses
chegaram ao município de Castro e impulsionaram a comercialização dos produtos de
origem animal e vegetal na região dos campos gerais. Hoje a Castrolanda é conhecida
como uma das maiores bacias leiteiras do Estado e por abrigar o maior moinho da
América Latina. Além da agricultura, a Cooperativa trabalha em outros setores do
agronegócio: suinocultura, bovinocultura de corte e ovinocultura.
Missão: Agregar valor ao cooperado mantendo o desenvolvimento sustentável da
Cooperativa. TAVARES, 1991, pg.81 reforça a importância do planejamento
(...) O processo de planejamento inicia-se efetivamente a partir da definição do negócio e da missão da organização. Esta
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atividade se baseia no reconhecimento de que a organização como agrupamento de pessoas e recursos existe para desempenhar uma missão. E, por se tratar basicamente de agrupamento de seres humanos é preciso que desenvolva um significado único para as suas atividades, a fim de evitar que elas sejam percebidas de maneira diversa.
Visão: Continuar a ser uma cooperativa dedicada aos negócios agropecuários, sólida,
ágil, procurando sempre aplicar as melhores técnicas de gestão, satisfazendo as
expectativas dos seus clientes internos e externos, buscando a melhoria contínua da
qualidade de vida dos seus associados e colaboradores, produzindo resultados
comparáveis às suas congêneres que conquistaram reconhecimento nacional.
Foco: A cooperativa se insere nas cadeias produtivas agropecuárias ocupando o papel
de “coordenadora do processo produtivo”, onde estão centradas as suas competências
participando também ao longo dessas mesmas cadeias através de alianças estratégicas e
parcerias.
Sistema de Gestão: O Sistema de Gestão da Castrolanda está baseado no modelo do
Prêmio Nacional de Qualidade (PNQ), da Fundação Nacional do Prêmio da Qualidade
(FNPQ), contemplando fundamentos como: Gestão centrada nos clientes, foco nos
resultados, comprometimento da alta direção, responsabilidade social, valorização das
pessoas, visão de futuro de longo alcance, gestão baseada em processos e informações,
ação pró-ativa e resposta rápida e aprendizados contínuo. Estes valores constituem o
sistema de gestão da Castrolanda, contemplando módulos de sistema de liderança,
planejamento estratégico, foco no cliente e no mercado, gestão de pessoas, processos
das informações e dos resultados. Assim a Cooperativa acredita que com os referenciais
do PNQ está perseguindo os ideais da administração por excelência.
Políticas de Capitalização: A Cooperativa conta com um sistema misto de
capitalização, sendo praticado o modelo de capitalização contínua, com teto para o caso
da fábrica de rações e um novo modelo de capitalização por cotas de participação,
aplicado na Unidade de Beneficiamento de Cereais, Batata Semente e Marrãs.
Este modelo por cotas de participação defende a capitalização do associado,
proporcional ao uso do Patrimônio da Cooperativa. Cada cota de capital está atrelada a
produção do associado. Para novos empreendimentos, este modelo tem boa aceitação
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por parte dos produtores e para a Cooperativa, na medida em que demonstra o
comprometimento do mesmo para com o empreendimento.
Políticas de Investimento: Para os novos investimentos, assim compreendidos aqueles
no âmbito das Unidades de Negócios já existentes é adotado o Sistema de Capitalização
por cotas de participação. No caso de investimentos não identificados com Unidades já
existentes serão considerados como investimentos corporativos, nas fases de estudos e
implantação inicial do novo empreendimento, inclusive contando com um fundo
específico de risco. A partir da formação da Unidade, todo investimento deverá ter a
base de associados participantes definidas a quem caberá a responsabilidade pelos
resultados. A critério do Conselho de Administração alguns investimentos poderão ser
permanentemente considerados como corporativos.
Políticas de Crédito: Para a consecução dos seus objetivos sociais a cooperativa
poderá:
a) Dar apoio e encaminhar os associados para obter condições de financiamento
junto às instituições de crédito;
b) Fazer adiantamento em dinheiro, sobre o valor dos produtos recebidos dos
associados, ou que estejam em fase de produção;
c) Obter recursos de repasse e crédito bancário, para financiar custeios e
investimentos dos associados, desde quando o interesse social o aconselhar.
Para que os recursos financeiros sejam alocados junto ao quadro social de forma
oportuna, justa e equitativa e com maior segurança, foi instituída a Comissão de
Crédito. Responsável pelo desenvolvimento e aplicação da política de crédito, o comitê
estabelece linhas de crédito de custeio, comercialização e investimentos. Trabalha
dentro dos delineamentos traçados no seu regime interno a partir de instrumentalização,
análise e composição de garantias adequadas à formalização do crédito. A
administração da carteira está a cargo do setor financeiro.
Perfil do Associado: A forma de administração do empreendimento, aliada ao perfil
dos sócios, traduz vantagens competitivas importantes. Nos 59 anos de atuação, a
formação desse perfil tem demonstrado as seguintes características dos produtores:
- Propriedades na sua grande maioria com administração familiar, com médios e
grandes empreendimentos administrados por uma estrutura profissionalizada;
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- Tecnologias de ponta, acompanhando a evolução tecnológica das máquinas,
equipamentos e processos produtivos;
- Investimentos em pesquisa aplicada, praticando as melhores técnicas disponíveis;
- Vocação agropecuária, como talento e dons naturais;
- Diversificação planejada, através da integração agropecuária e melhor
aproveitamento da capacidade produtiva e criação de fontes alternativas de rendas.
Organograma
Figura 3: organograma organizacional da Castrolanda
Tamanho: A Cooperativa Castrolanda tem sede no município de Castro, com Unidades
operacionais em Ponta Grossa, Piraí do Sul, Ventania, Curiúva e Itaberá (SP).
A assistência técnica atende à demanda e necessidades de seus produtores e conta
com corpo técnico de alto nível. Assume a tarefa de reduzir custos e aumentar a
produtividade disponibilizando produtos, serviços e informações, buscando atender
todas as etapas da cadeia de produção: desde a organização do fluxo de entradas de
insumos, serviços e tecnologias, passando pelo arranjo dos fatores na produção
propriamente dita, até a comercialização final da produção.
Em 1999 foi implantado o projeto de automação dos processos de dosagem e
mistura de insumos, que possibilitou ganhos de produtividade e melhor controle da
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qualidade. Para dar suporte a este objetivo, a Cooperativa conta com a seguinte estrutura
de produção e distribuição: Fábrica de Rações e Concentrados, Farmácia Veterinária,
Loja de Produtos Agropecuários, Central de Coleta de Sêmen Suíno e Granja de
Produção de Marrãs.
INDICADORES FINANCEIROS MOVIMENTO BRUTO R$ 901 milhões ‐ 2008
NÚMERO DE ASSOCIADOS 709
NÚMERO DE COLABORADORES 480
UNIDADES CASTRO, PONTA GROSSA, PIRAÍ DO SUL,
CURIÚVA E VENTANIA
ÁREA AGRÍCOLA ‐ VERÃO 120 MIL HECTARES
BATATAS 1.600 HECTARES
PLANTEL LEITEIRO 18.000 VACAS LEITEIRAS
PLANTEL SUÍNOS 15.000 MATRIZES
MÉDIA DE PRODUÇÃO VERÃO SOJA 3.100 kg/hectares
MILHO 9.750 kg/hectares
FEIJÃO 2.700 kg/hectares
INVERNO TRIGO 3.700 kg/hectares
BATATAS 27.500
kg/hectares
MÉDIA DE PRODUÇÃO LEITE VACA 28 litros/dia
PRODUTOR 1.780 litros/dia
MÉDIA DE PRODUÇÃO SUÍNOS 24
leitões/porca/ano
PRODUÇÃO ANUAL DE BATATAS 34.500 toneladas
PRODUÇÃO ANUAL DE SEMENTES DE BATATA
6.500 toneladas
PRODUÇÃO ANUAL DE LEITÕES 143 mil
PRODUÇÃO DE RAÇÕES CASTROLANDA 185.000
toneladas/ano
PIRAÍ DO SUL 266.000
toneladas/ano
CAPACIDADE DE ARMAZENAGEM 360 mil toneladas
CAPACIDADE DE INDUSTRIALIZAÇÃO DE LEITE
400 mil litros/dia
CAPACIDADE DE INDUSTRIALIZAÇÃO DE BATATAS FRITAS
90 toneladas/mês
Figura 4: indicadores financeiros
Beneficiamento e Armazenagem: ampla e moderna estrutura de recepção, secagem e
armazenagem de grãos, com capacidade estática de armazenamento de 360 mil
toneladas, distribuída em silos e barracões. O estacionamento comporta 140 veículos de
grande porte para descarga. Existem duas balanças automatizadas – entrada e saída. A
classificação é realizada praticamente sem contato manual, com equipamentos de última
21
geração, como calador penumático, separadores de impureza “intecnal”, determinadores
de umidade “GAC 2000” e Multi-grain”, aferidos diretamente pelo controle de
qualidade.
A recepção é feita por tombadores para caminhões e carretas, que comportam um
fluxo de até 440 veículos ou 3.500 toneladas dia. A secagem utiliza-se de secadores seca
máster alimentados por lenha ou gás, com capacidade para até 450 toneladas hora.
Na armazenagem, a qualidade final do produto é assegurada com um sistema
automatizado de termometria air máster, que monitora diariamente as condições
ambientais internas dos silos, ativando imediatamente os sistemas de aeração quando
necessários e fornecendo subsídios para o controle químico, evitando-se condições
propícias ao desenvolvimento de insetos e fungos.
Pecuária: A produção de animais representa 50% do faturamento anual da Castrolanda
e é a atividade econômica de 300 cooperados. A Cooperativa organiza toda a cadeia,
produzindo e fornecendo insumos, rações e concentrados, produtos veterinários,
materiais agropecuários, animais para reprodução, sêmen de suínos e de bovinos e
serviços como assistência técnica, controle sanitário dos rebanhos, inseminação
artificial, registro genealógico, venda de animais, comercialização de leite e de suínos
para abate.
A bovinocultura de leite na Castrolanda é sinônimo de tradição. A produtividade é
comparável as melhores produções mundiais alcançando média de 6.500 litros de leite
por vaca a cada ano. São 204 produtores com 13.000 vacas para uma produção media
por produtor acima dos 1.126 litros por dia. A partir de constantes investimentos e da
profissionalização dos produtores a Cooperativa tem um padrão de qualidade e de
produtividade reconhecidos nacionalmente e capazes de atender os mais exigentes
mercados.
Toda a produção é obtida através de ordenha mecânica e todo o leite é recolhido e
refrigerado e a granel. Os plantéis de gado leiteiro das raças holandesa, jersey e pardo-
suíço incluem matrizes campeãs que produzem acima de 70 litros de leite por dia. A
sanidade absoluta dos rebanhos é outra marca conquistada através de um rigoroso
controle sanitário e de alto potencial genético sustentado por tecnologias modernas de
manejo e nutrição.
A agropecuária ainda tem forte participação na criação de suínos e aves, que
envolve 65 produtores cooperados, com 12.500 matrizes, produzindo 23 suínos
22
terminados por porca por ano, com índice médio de carne magra de 57% - o que a
posiciona entre os melhores sistemas criatórios do Brasil.
Agrícola: A Cooperativa produz em larga escala cereais nobres, como milho, trigo,
cevada e aveia; leguminosas - soja e feijão, além de forrageiras. Utiliza de modernas
tecnologias agronômicas e de processamento atendendo aos elevados padrões de
qualidade exigidos pelos mercados brasileiro e internacional.
A Castrolanda é vista como centro de excelência e modelo na produção de grãos.
Mais de 60 mil hectares são cultivados todos os anos através de uma eficiente inserção
nos diversos sistemas agroindustriais, cujo destino é a alimentação humana e animal.
Na produção de semente, um controle que visa a garantia da mais alta qualidade,
seguindo a risca a legislação em vigor é realizado em todas fases da cadeia produtiva.
Produção, beneficiamento e comercialização utilizam modernos equipamentos
industriais e um laboratório altamente qualificados que garante os elevados padrões de
germinação, vigor e sanidade. Embalagens mais adaptáveis ergonomicamente e de
materiais recicláveis ou biodegradáveis completam a qualidade das sementes, detentoras
do selo de qualidade do Paraná, concedido pelo Ministério da Agricultura e Secretaria
Estadual de Agricultura.
Mantém também uma Unidade de Batata Semente em convênio com duas
importantes instituições: a primeira é reconhecida como a maior cooperativa produtora
de batata semente da Europa, a AGRICO, sendo que a Castrolanda é sua representante
na região Sul do Brasil. A segunda é a Embrapa que através de convênio firmado em
1999 permitiu que a Castrolanda pudesse produzir batata semente.
A agricultura é responsável pelo maior índice de geração de trabalho formal em
Castro. Ocupa uma boa quantidade de mão-de-obra no campo, chegando a empregar
cerca de 12.000 pessoas, sendo sua maior porção nos estabelecimentos familiares com
69,2% do pessoal ocupado conforme dados oferecidos pela ANÁLISE TEMÁTICA
INTEGRADA (2004, 83) do Plano Diretor do Município. A Cooperativa Castrolanda
compreende de forma direta 748 associados e mais de 500 colaboradores. Na Colônia
Castrolanda vivem cerca de 5000 habitantes e, considerando que a média de tamanho
das propriedades patronais seja de 290 hectares, e que estas fazendas empregam uma
pessoa para cada 43 hectares (ANALISE TEMATICA INTEGRADA, 2004, p. 83)
pode-se estimar que juntamente com os 748 associados há mais de 4.000 colaboradores.
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Se somados, apenas esses públicos (se considerar os 40 mil visitantes do Agroleite
de acordo com dados da última edição 2008) já se formam um número significativo de
pessoas ávidas de informação não só para conhecer o sistema de produção de leite da
região e fomentar o turismo técnico como contribuir para o desenvolvimento do evento
de forma imprescindível para a Cooperativa.
É neste cenário, meio rural, que se pretende trabalhar o agronegócio dada a
riqueza e o potencial da região de Castro. E não se trata de algo muito inovador, apenas
a revisão daquilo que já se construiu há 8 anos e a proposição de novas estratégias que
possam contribuir para além da eficientização das práticas do evento a promoção do
agronegócio nacional.
4.3. O Agronegócio e as potencialidades dos eventos agropecuários
O conceito de agronegócio segundo Roberto Rodrigues (2002, p.2) (...) por agronegócio devemos entender, de maneira simplificada, o
encadeamento dos laços econômicos da agropecuária com seus fornecedores, clientes e o consumidor final. Portanto, o agribusiness e bem maior que a produção rural considerada isoladamente.
Ainda para este autor aplica-se o nome a Brazili, uma das madeiras tintoriais
trazidas para a Europa na Idade Média, pelos árabes que iam buscá-la no Oriente.
Surgiu na Itália, séculos antes da viagem de Pedro Álvares Cabral, numa fase em que o
renascimento do comércio começava a despertar uma Europa entorpecida pelo
feudalismo. Feito isso, seguiram-se quase mil anos de evolução contínua em direção ao
mundo no qual nos encontramos hoje. Mais ou menos na metade desse trajeto é que os
portugueses acostoraram no Brasil. De 1500 até 1960, mais ou menos, fora o ciclo do
outro e das pedras preciosas, os produtos agropecuários dominaram a vida econômica
do país. Os que se destacaram foram cana-de-açúcar, couro, fumo, cacau, borracha e o
café.
A partir de 1970, houve a explosão da soja, revolucionando o campo e abrindo
fronteiras. Essa tarefa de ocupar terras no interior do país durante muito tempo fora
exclusividade reservada ao boi. A soja não caminhou sozinha. Acabou puxando outros
cultivos e tem sido uma das matérias-primas essenciais na alimentação de frangos e
suínos nas granjas especializadas. Durante o processo acelerado de modernização,
iniciado na segunda metade do século passado e ainda não concluído, a agropecuária
incorporou muita tecnologia. Na verdade, as atividades rurais constituíram a base sobre
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o que foi erguido o complexo industrial, que é o maior gerador de divisas com que pode
contar o Brasil.
Hoje, agricultura se faz com muita pesquisa, a exemplo temos institutos que
trabalham somente nisto. No Brasil, o exemplo muito bem sucedido, a Embrapa e no
Paraná na região dos Campos Gerais a Fundação ABC, mantida pelas Cooperativas
Batavo, Castrolanda e Capal.
Rodrigues (2002, p.4) acredita que o uso intensivo das tecnologias, incluindo
satélites e informática a roça deixou de ser, faz tempo, um lugar habitado
exclusivamente pelo atraso. (...) Quando alguém comenta a respeito da roça, em tom depreciativo,
está cometendo um erro. No mínimo, é preciso esclarecer a que roça está se referindo. Determinadas áreas de produção no Brasil são tão ou mais produtivas que as regiões da agropecuária de ponta do primeiro mundo, que, aliás, só é desenvolvido porque tem uma agropecuária desenvolvida.
As atividades agropecuárias estão cada vez mais orientadas pelo crescente
interesse por métodos brandos de intervenção na natureza e pelas preocupações com a
saúde e o bem-estar do consumidor. Daí a importância dos eventos agropecuários como
forma de difundir a tecnologia utilizada pelas Cooperativas e empresas ligadas ao setor
do agronegócio.
Rodrigues aponta um problema que nos preocupa (2002, p.4)
(...) Atualmente, grande parte dos brasileiros mora em cidades, sendo que muitos milhões estão nas capitais. A maioria desconhece o que se passa no campo, longe da área urbana. Ninguém pensa, por exemplo, que os automóveis estão rodando sobre pneus porque alguém planta seringueiras; nem que as calças jeans não existiram sem algodão; nem bolsas, cintos e carteiras sem a criação de bois; nem haveria móveis, construções e papel sem a existência de árvores; ou roupa íntima e gravatas sem a plantação de amoreiras que alimentam as lagartas do bicho-da-seda. Há uma idéia geral de que a agricultura serve para produzir comida apenas. Falso, inteiramente falso!
Esta citação exemplifica e justifica a importância dos eventos agropecuários
como forma de comunicação: campo, indústria e consumidor.
4.4. Os eventos agropecuários
As feiras agropecuárias são importantes eventos em todo o mundo. Na Europa a
principal feira internacional voltada para o agronegócio é a SAI (Salon Internacional de
l’Agriculture), na cidade de Paris. Nos Estados Unidos a World Dairy Expo, em
Wisconsin, considerada a maior do mundo na Pecuária Leiteira. Ainda neste segmento a
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Royal Winter Fair, é considerada a principal feira do agronegócio no Canadá. No Brasil
a Agrishow em Ribeirão Preto é apontada como principal feira do setor no segmento
agropecuário. Aqui é expressivo o número de feiras e exposições agropecuárias.
Koike apontou no Jornal Valor Econômico o interesse do exterior nas feiras
brasileiras ( 2009, abril B7, 28) (...) Os grupos estrangeiros estão de olho em um mercado que
movimenta cerca de R$ 3,4 bilhões por ano. Desse total, cerca de 50% são referentes à locação de espaços e montagem de estandes. A outra metade é proveniente, principalmente da receita gerada em hotéis e companhias aéreas. Os dados são da União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe), que possui 47 associados, responsáveis pela organização de 172 feiras. Há ainda outras empresas que não fazem parte da Ubrafe e realizam outras 222 feiras, totalizando 394 eventos de negócios no país.
Dentro deste Universo os eventos se manifestam para as empresas como
ferramenta fundamental de marketing para qualquer empresa, seja qual for o setor.
Hoyle define (2006,p.17) (...) Marketing deve integrar todas as decisões gerenciais, uma vez que
estas focam as metas e os objetivos do evento e da própria organização patrocinadora e pode exercer papel vital no esforço de “busca e descoberta” para identificar novos mercados em que promover um evento. Sem dúvida, deve incluir os outros elementos clássicos de marketing, como propaganda, telemarketing e campanhas promocionais, reunidos nas metas de um evento preparado para toda a vida.
Hoyle (2006, p.23) cita a história rica de exemplos de gênios criativos que
sonharam além das fronteiras do convencional para desenvolver a conscientização e
aumentar as vendas de seus eventos. (...) Podemos aprender muitas coisas de suas proezas e atrações
exclusivas, às vezes extravagantes. Embora seus caminhos e desafios fossem muito diferentes, todos compartilharam propósitos comuns, a saber, os três Es de marketing de eventos: entretenimento, emoção e empresa.
4.5. As primeiras exposições do Brasil
Realizadas no Brasil desde 1757, as feiras e exposições pecuárias eram eventos
que reuniam a nata do gado e dos fazendeiros, mas não só: o mundo político e social
também comparecia.
Para Dias (2006, p. 72) no tempo em que a agricultura dava as cartas,
Presidentes da República e governadores não perdiam uma. (...) A tradição vem de 1757, na famosa Feira de Sorocaba, para onde
convergiam tropeiros conduzindo cavalos, muares e bovinos, estes em menor proporção, arrebanhados em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, para venda a negociantes da cidade, que depois os revendiam às demais províncias do país. A viagem demorava seis meses e os tropeiros se preocupavam em chegar a Sorocaba sempre no tempo das águas para que o gado pudesse se alimentar de
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pastos verdes, e sendo assim, se apresentar vistosos para a multidão de compradores. A vila quase dobrava a população nos meses da feira, atraindo gente de toda espécie e de todas as profissões.
De acordo com Dias (2006, p. 74) o Brasil entrou na era das grandes exposições
no raiar do século passado, quando já havia condições para tais eventos, com raças
bovinas de fino pedigree, acompanhadas de controle leiteiro e registro genealógico.
Nessas condições, além de boa mercadoria para vender, os criadores teriam sobretudo
muita gente interessada na compra, fazendeiros de café que, após sofrerem fortes
prejuízos na cultura, enxergavam na pecuária leiteira a tábua de salvação para seus
problemas. As exposições também seriam para os fazendeiros escolas de ensino técnico. (...) O Brasil talvez seja hoje o maior promotor mundial de exposições
pecuárias. São cerca de 1.500 por ano. Nas cidades de médio porte para cima a existência de um parque de exposições é tão certa quanto a de um campo de futebol.
A primeira exposição do país foi realizada no Rio Grande do Sul, onde a linda
campeira faz parte das tradições do seu povo, além de que o rebanho bovino gaúcho
naqueles tempos era o maior do país, com 6,6 milhões de cabeças em 1916.
Seguindo a ordem natural das coisas a segunda exposição pecuária do Brasil foi
no Estado que tinha o segundo maior plantel bovino do país, o de Minas Gerais, com
6,4 milhões de cabeças em 1916.
Na Castrolanda a primeira exposição foi realizada em 7 de setembro de 1955 (I
Exposição de Gado Leiteiro), sob forte chuva e num parque improvisado de 5 hectares,
para o qual o gado veio e voltou no mesmo dia para as propriedades. A colônia
holandesa ainda estava se formando no estado. Foram inscritos duzentos animais PO da
raça holandesa, julgados por técnicos do Ministério da Agricultura e pelos criadores J.
Groot e Woperys, que seguiram o critério holandês de classificação.
Desde então todos os anos foi realizado a mostra que com o passar do tempo
ganhou força e interesse tanto da Cooperativa como dos cooperados na ampliação e
divulgação do trabalho.
4.6. A estratégia dos eventos como ferramenta de marketing
Segundo o dicionário eventos é definido como conjunto de atividades
profissionais desenvolvidas com o objetivo de alcançar o seu público alvo pelo
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lançamento de produtos, apresentação e uma pessoa, empresa ou entidade, visando
estabelecer o seu conceito ou recuperar a sua imagem.
Para marketing a Wikipédia (enciclopédia livre) define como parte do processo
de produção e de troca que está relacionado com o fluxo de bens e serviços do produtor
ao consumidor. É popularmente definida como a distribuição e venda de mercadorias.
Marketing inclui as atividades de todos aqueles que se dedicam a transferência de
mercadorias desde o produtor até o consumidor.
Surgiu da necessidade dos industriais em administrar a nova realidade oriunda
da Revolução Industrial, que causou uma transformação de um mercado de vendedores
para um mercado de compradores. Neste estágio o marketing ainda é inseparável da
economia e da administração clássica, pois inicialmente sua preocupação era puramente
de logística e produtividade, com o intuito de maximização dos lucros. Os
consumidores não tinham qualquer poder de barganha e a concorrência era praticamente
inexistente.
4.7.Marketing de eventos
Por marketing de eventos entende-se segundo Hoyle (2006, 21) que não há um
manual de instrução definitivo no porta-luvas de um veículo denominado marketing de
eventos. Na realidade, há milhares de manuais, todos eles baseados nos conhecimentos
dos livros que os precederam, acrescidos dos conhecimentos que alimentam o fluxo de
informação futura. Porém a chave para seu sucesso de marketing é a necessidade de
fornecer um tipo de entretenimento que forçará sua audiência a sair de casa para
experimentar algo que não encontrará lá, porque o que você está oferecendo é diferente,
exclusivo e preparado apenas para ela. A emoção. Pode parecer intangível, mas é real. É
a chave para a venda de um evento memorável.
De acordo com Hoyle (2006, p.16) no setor de conferências e eventos o processo
de marketing deve começar na fase de planejamento, no momento de definição das
metas e objetivos do próprio evento. Marketing deve refletir e impulsionar esses
objetivos. Deve também integrar os objetivos em uma meta e alistar as pessoas na ação
pra o cumprimento dessa meta. O ponto essencial é que marketing deve começar no
início do processo de planejamento. Apenas depois do marketing pode servir como o
maior ativo integral para impulsionar a freqüência, os lucros e repetição de negócios no
próximo evento.
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(...) “o profissional de eventos esclarecido incorporará marketing no início do processo de planejamento, permitindo assim, que todas as metas, objetivos e estratégias sejam considerados e ampliados com as implicações de marketing em mente”.
Para Hoyle (2006, 49) independente da natureza do evento, o sucesso depende
largamente da promoção. (...) “a promoção é vital para criar conscientização do evento, desejo
por participação e sentimento por parte do participante potencial de que o investimento em tempo e dinheiro vale os benefícios oferecidos”.
Hoyle esclarece que em marketing de eventos é usado cinco questões como
cruciais para a sustentabilidade do plano de marketing. São elas: Por que, Quem,
Quando, Onde e O que. Estas cinco questões são críticas para o desenvolvimento de
todas as estratégias promocionais. Devem formar a base de qualquer pesquisa de
mercado e desenvolvimento da mensagem de marketing.
4.8. Planejamento Estratégico
PROJETO AGROLEITE (2009 – 2013)
• Redistribuir responsabilidade entre colaboradores participantes;
• Investir em infra-estrutura para longo prazo;
• Reduzir gradativamente gastos com serviços;
• Reduzir gastos com premiação;
• Criar um conselho consultivo;
• Criar mecanismos para aumentar o controle gerencial;
• Criar mecanismos para aumentar o número de negócios.
4.9. Estrutura Organizacional
A nova estrutura organizacional do Agroleite será dividida entre Conselho
Consultivo e Comissão Executiva.
O Conselho Consultivo terá a função de discutir os assuntos do Agroleite em
reuniões mensais. Ele aconselhará a equipe administrativa em suas atividades e definirá
de forma democrática tudo o que for passível de voto (exemplo: assunto das palestras,
palestrantes, juízes, etc.). Este conselho será composto por membros que elegerão
anualmente um presidente entre si. Os membros do conselho são:
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• Diretor-presidente da Castrolanda (ou vice-presidente);
• Representante do Comitê da Cadeia de Bovinos;
• Representante do Comitê da Cadeia de Suínos;
• Representante do Comitê da Cadeia Agrícola;
• Representante do Comitê da Cadeia de Batatas;
• Representante das empresas expositoras;
• Representante dos expositores de animais;
• Representante do Poder Público.
A Comissão Executiva terá a função de administrar o Agroleite do planejamento
a execução. Ela será a organizadora do evento e terá total autonomia para tomar
decisões mediante dúvidas e/ou contenciosos. A comissão terá um Coordenador do
Projeto Agroleite e um Coordenador Geral, que definirá todos os anos os coordenadores
de cada área do evento. As áreas de coordenação são:
• Coleta de Leite;
• Demonstrações de Campo;
• Exposição de Animais;
• Informática;
• Infra-Estrutura;
• Leilão;
• Limpeza;
• Segurança;
• Seminários;
• Torneio Leiteiro.
• Recepção de Animais;
Os detalhes de cada edição do Agroleite dependerão de uma boa interação entre
o conselho consultivo e a comissão executiva. Em função dessa demanda, os
responsáveis pelo projeto e pela organização da exposição deverão seguir regras pré-
estabelecidas em um plano de gerenciamento.
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Diálogo
Coordenação
do projeto
Coordenação
do evento
Coordenação do Evento – Estrutura de gerenciamento
Coordenador Geral
Conselho Consultivo
Coordenadores
Indicadores
Diálogo
Decisões
Ações
Ações
Colaboração
Agroleite (última edição)
Agroleite (próxima edição)
De forma descritiva, a coordenação do evento trabalhará da seguinte forma:
a) Coordenador Geral coleta os indicadores do último Agroleite;
b) Coordenador Geral dialoga com o Conselho Consultivo;
c) Coordenador Geral estabelece diretrizes e as passa para os coordenadores;
d) Coordenador Geral põe suas ações em prática;
31
e) Coordenadores de cada área põem suas ações em prática;
f) Conselho consultivo colabora participando do evento.
Coordenação do Projeto – Estrutura de gerenciamento
Diálogo Coordenador Geral
Conselho Consultivo
Coordenação do Projeto
Indicadores
Agroleite (última edição)
Resultados
Monitoramento
Avaliação
Aplicações do Projeto
Agroleite (próxima edição)
De forma descritiva, a coordenação do projeto trabalhará da seguinte forma:
g) Coordenador do Projeto dialoga com Coordenador Geral e Conselho Consultivo;
h) Coordenador do Projeto monitora resultados do último Agroleite;
i) Coordenador do Projeto avalia resultados do último Agroleite;
j) Coordenador do Projeto revisa e gerencia aplicações do projeto;
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Coordenação Total do Agroleite – Estrutura de gerenciamento
Diálogo Coordenador Geral
Conselho Consultivo
Coordenação do Projeto
Indicadores
Agroleite (última edição)
Resultados
Monitoramento
Avaliação
Aplicações do Projeto
Agroleite (próxima edição)
Ações
Ações
Decisões
Coordenadores
Colaboração
Na estrutura de gerenciamento do Agroleite existem níveis de comunicação que
estão representadas acima por setas largas. Essas informações garantem a vitalidade do
evento e devem ser formalizadas por escrito via e-mail ou em blocos de carbono.
33
Para que o Agroleite alcance um nível de qualidade semelhante à de grandes
feiras como o Show Rural e a Agrishow, são necessários investimentos em infra-
estrutura. Os investimentos em infra-estrutura propostos neste projeto foram definidos
conforme as necessidades expostas pelas empresas expositoras, expositores de animais e
visitantes. Esses investimentos são:
• Projeto arquitetônico;
• Eliminação da arquibancada;
• Projeto de arborização;
• Telefones públicos;
• 5 Banheiros;
• Passarelas com calçamentos;
• Sistema de drenagem;
• Sistema elétrico subterrâneo;
• Sistema hidráulico subterrâneo;
• 2 Barracões de animais;
• 1 Depósito;
• Áreas para descanso;
• Reforma dos meio-fios;
• Pedrisco para estacionamentos internos;
• Pedrisco para áreas de circulação;
• Asfalto no estacionamento externo;
• Ampliação da iluminação;
• Reforma dos barracões de animais;
• Reforma do barracão das microempresas;
• Reforma das cercas do parque;
• Reforma do local do Torneio Leiteiro;
• Reforma do local de recepção de animais.
OBS: O projeto de infra-estrutura será aplicado em três anos (2009 a 2011).
4.10. Orçamento
Orçamento do Projeto
Tarefas 2009 2010 2011 TOTAL
Projeto arquitetônico R$ 10.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 10.000,00
Eliminar a antiga arquibancada R$ 10.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 10.000,00
Implantar um projeto de arborização R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 15.000,00
Instalação de telefones públicos R$ 5.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.000,00
Construir banheiros R$ 75.000,00 R$ 25.000,00 R$ 25.000,00 R$ 125.000,00
Construir passarelas com calçamento R$ 15.000,00 R$ 15.000,00 R$ 15.000,00 R$ 45.000,00
Construir sistema de drenagem R$ 12.000,00 R$ 12.000,00 R$ 12.000,00 R$ 36.000,00
Construir sistema elétrico subterrâneo R$ 12.000,00 R$ 12.000,00 R$ 12.000,00 R$ 36.000,00
Construir sistema hidráulico subterrâneo R$ 12.000,00 R$ 12.000,00 R$ 12.000,00 R$ 36.000,00
Construir barracões de animais R$ 120.000,00 R$ 0,00 R$ 120.000,00 R$ 240.000,00
Construir um depósito R$ 50.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 50.000,00
Colocar áreas para descanso R$ 3.500,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 3.500,00
Reformar meio-fios R$ 5.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.000,00
Cascalhar área de circulação interna R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 15.000,00
Cascalhar estacionamentos internos R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 15.000,00
Asfaltar estacionamento externo R$ 0,00 R$ 150.000,00 R$ 0,00 R$ 150.000,00
Ampliar iluminação do parque R$ 0,00 R$ 50.000,00 R$ 0,00 R$ 50.000,00
Reformar os barracões de animais R$ 60.000,00 R$ 60.000,00 R$ 0,00 R$ 120.000,00
Reformar o barracão de microempresas R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 50.000,00 R$ 50.000,00
Reformar cercas do parque R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 55.000,00 R$ 55.000,00
Reformar local do Torneio Leiteiro R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 25.000,00 R$ 25.000,00
Reformar recepção dos Animais R$ 15.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 15.000,00
TOTAL R$ 419.500,00 R$ 351.000,00 R$ 341.000,00 R$ 1.111.500,00
Projeção de Despesas do Evento
Orçamento 2009 2010 2011 2012 2013 TOTAL
Infra-Estrutura R$ 196.800,00 R$ 177.120,00 R$ 168.264,00 R$ 159.850,80 R$ 159.850,80 R$ 861.885,60
Exposição de Animais R$ 47.510,00 R$ 45.134,50 R$ 42.877,78 R$ 42.877,78 R$ 42.877,78 R$ 221.277,83
Propaganda R$ 137.740,00 R$ 144.627,00 R$ 144.627,00 R$ 151.858,35 R$ 151.858,00 R$ 730.710,35
Eventos R$ 54.690,00 R$ 54.690,00 R$ 54.690,00 R$ 51.955,50 R$ 51.955,50 R$ 267.981,00
TOTAL R$ 436.740,00 R$ 421.571,50 R$ 410.458,78 R$ 406.542,43 R$ 406.542,08 R$ 2.081.854,78
Metas de Receita do Evento
Receita (metas) 2009 2010 2011 2012 2013 TOTAL
Estandes R$ 200.000,00 R$ 210.000,00 R$ 220.000,00 R$ 250.000,00 R$ 250.000,00 R$ 1.130.000,00
Patrocínio R$ 100.000,00 R$ 105.000,00 R$ 110.000,00 R$ 120.000,00 R$ 120.000,00 R$ 555.000,00
Propaganda R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 10.000,00 R$ 15.000,00 R$ 20.000,00 R$ 45.000,00
Outras R$ 87.000,00 R$ 96.000,00 R$ 100.000,00 R$ 100.000,00 R$ 100.000,00 R$ 483.000,00
TOTAL R$ 387.000,00 R$ 411.000,00 R$ 440.000,00 R$ 485.000,00 R$ 490.000,00 R$ 2.213.000,00
34
35
4.11. GRÁFICOS ORÇAMENTÁRIOS DO AGROLEITE
Investimento - Agroleite (evento)
R$ 0,00
R$ 50.000,00
R$ 100.000,00
R$ 150.000,00
R$ 200.000,00
R$ 250.000,00
2009 2010 2011 2012 2013
Infra-Estrutura Exposição de Animais Propaganda Eventos
Previsão Financeira (evento)
R$ 0,00
R$ 100.000,00
R$ 200.000,00
R$ 300.000,00
R$ 400.000,00
R$ 500.000,00
R$ 600.000,00
2009 2010 2011 2012 2013
Investimento Receita
Obs: Mediante concretização das aplicações em Infra-Estrutura.
36
4.12. Fontes de Financiamento
Os recursos financeiros partirão dos componentes participantes do projeto, ou seja, da
Cooperativa Castrolanda, do Poder Público e de Parcerias com o Setor Privado.
O percentual financiado por cada componente dependerá da negociação realizada
antes do período de implantação do projeto de infra-estrutura (de acordo com item 1.4 do
tópico Metodologia). Assim, após definido o montante que será disponibilizado por cada um,
os participantes definirão autonomamente as fontes de financiamento primárias para a
realização do projeto.
É necessário formalizar um acordo para garantir que os recursos sejam aplicados
conforme acordado entre as partes.
4.13. Análise de Risco
O projeto Agroleite surge como forma de melhorar a qualidade física e organizacional
do evento. Esse planejamento mostra-se viável nos âmbitos econômico, social, político,
técnico e institucional, todavia inviável financeiramente.
Um investimento dessa ordem melhoraria muito o evento, proporcionando mais
negócios, mais visibilidade e mais público na medida em que seriam instauradas as aplicações
estruturais. Porém, esse montante de capital é relativamente grande para um evento, que
geralmente é um negócio de risco.
Abaixo consta a Análise Swot do Agroleite:
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Possibilidades para implantação do projeto:
• Assumir o risco financeiro;
• Buscar a iniciativa do Poder Público;
• Prorrogar o projeto.
Abaixo consta a Análise GUT do Agroleite:
VALOR GRAVIDADE URGÊNCIA TENDÊNCIA GxTxU 5 Extrema Imediata Cada vez pior 125
4 Muito Grave Alguma Pior a Curto Prazo 64
3 Grave Mais Cedo Possível Pior a Meio Prazo 27
2 Pouco Grave Pode Esperar Pior a Longo Prazo 8
1 Sem Gravidade Sem Pressa Não Piora. Pode melhorar.
1
Resultado: 60 (entre grave e muito grave).
Muito grave → O evento foi considerado muito grave em função do histórico observado.
Nos últimos oito anos, com exceção de 2007, o Agroleite apresentou prejuízo financeiro a
Cooperativa Castrolanda. O fato ocorreu principalmente em função do modelo organizacional
e pela estrutura física do parque de exposições.
Imediata → A urgência para a aplicação de medidas é imediata, tendo em vista que este é um
evento anual e que necessita de uma organização prévia. Sem uma tomada de decisões rápida
é possível que a exposição tenha sua soberania comprometida.
Pior a Curto Prazo → A edição de 2008 sofreu muito com a chuva e consequentemente com
seu resultado financeiro. É provável que na próxima edição as empresas expositoras cobrem
mais investimentos sobre o parque. Sem as aplicações as ameaças podem se agravar e o
evento perder força.
Concorrência → Outros eventos relacionados à área já possuem estrutura física melhor que a
do Agroleite. Empresas expositoras podem migrar para esses eventos caso não haja
aplicabilidade do projeto. Abaixo consta a relação dos principais concorrentes:
Feileite – Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite - São Paulo SP (feira
urbana com diversidade de raças e personalidades do setor);
Megaleite – Feira Interestadual do Leite – Uberaba MG (aquém do desejado,
porém se fortalece pelo parque de exposições e pelo potencial do Estado – maior
produtor de leite do Brasil);
Show Rural – Feira Internacional do Agronegócio – Cascavel PR (não possui foco
específico apenas na cadeia do leite, porém tem a melhor qualidade estrutural do
país).
4.14. DETALHES DO PROJETO
Tabela de Exposição e Julgamento de Bovinos Leiteiros
2009 2010 2011 2012 2013 Raças Bovinas/Ano Expo Julg Expo Julg Expo Julg Expo Julg Expo JulgHolandesa x x x x x x x x x x Jersey x x x x x x x x x x Pardo-Suíço x x x x x x x x x x Simental x x x x x x x x x x Girolando x x x x x x x x x Guzerá x x x x x x x Ayshare x x x
Tabela de Exposição e Julgamento de Ovinos
38
39
2009 2010 2011 2012 2013 Raças Ovinas/Ano Expo Julg Expo Julg Expo Julg Expo Julg Expo JulgDorper x x x x x x x x x Texel x x x x x x x x x Sulfolk x x x x Ille de France x x x x
Agroleite 2009
NOME DO EVENTO: Agroleite 2009;
TEMA: FUTURO – Slogan: Gestão e Tecnologia;
DATA: 11 a 15 de agosto;
ANIMAIS EM EXPOSIÇÃO: 700 animais;
NÚMERO DE CRIADORES: 100 criadores;
NÚMERO DE EXPOSITORES/EMPRESAS: 120 empresas;
PÚBLICO ESPERADO: 40 mil pessoas;
LEILÕES PROGRAMADOS: 1 leilão;
QUANTIDADE DE PISTAS DE JULGAMENTO: 01 (uma);
EVENTOS PARALELOS: Dia do Suinocultor; Fórum BM&F; Simpósio do Leite; Leilão de Ouro; Trekker Trek; Dinâmica de Máquinas; Troféu Agroleite; Jantar dos Criadores; Clube de Bezerras e Torneio Leiteiro;
AÇÕES ISOLADAS: Criação do Espaço Criança (Láctea Brasil); Exposição de flores; Zoneamento das áreas e nome para as ruas; Criação da Praça de Alimentação; Linhas de ônibus e pontos de táxi no parque; Giro Técnico; Painel de saída: Vem aí Agroleite 2010...A história continua...de 10 a 14 de agosto nós esperamos você aqui!; Vídeo de encerramento; Painel de saída do parque; Shopping Agroleite.
Agroleite 2010
NOME DO EVENTO: Agroleite 2010;
TEMA: SUSTENTABILIDADE – Slogan: Atitude responsável para garantir o futuro!
DATA: 10 a 14 de agosto;
ANIMAIS EM EXPOSIÇÃO: 750 animais;
NÚMERO DE CRIADORES: 100 criadores;
NÚMERO DE EXPOSITORES/EMPRESAS: 120 empresas;
PÚBLICO ESPERADO: 40 mil pessoas;
LEILÕES PROGRAMADOS: 1 leilão;
QUANTIDADE DE PISTAS DE JULGAMENTO: 02 (duas);
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EVENTOS PARALELOS: Fórum da Suinocultura; Dia do Agricultor; Giro Técnico; Leilão de Ouro; Trekker Trek; Dinâmica de Máquinas; Troféu Agroleite; Jantar dos Criadores; Bezerras de Valor; Torneio Leiteiro; Espaço Criança (Láctea Brasil); Giro Técnico.
AÇÕES ISOLADAS: Turismo rural; Fogos no Troféu Agroleite.
Agroleite 2011
NOME DO EVENTO: Agroleite 2011;
TEMA: ALUSIVO AO EVENTO – Slogan: Agroleite 10 anos! Castrolanda 60 anos!
DATA: 10 a 14 de agosto;
ANIMAIS EM EXPOSIÇÃO: 750 animais;
NÚMERO DE CRIADORES: 105 criadores;
NÚMERO DE EXPOSITORES/EMPRESAS: 120 empresas;
PÚBLICO ESPERADO: 45 mil pessoas;
LEILÕES PROGRAMADOS: 2 leilões (1 bovino e 1 ovino);
QUANTIDADE DE PISTAS DE JULGAMENTO: 02 (duas);
EVENTOS PARALELOS: Dia do Suinocultor; Simpósio do Leite; Leilão de Ouro; Trekker Trek; Dinâmica de Máquinas; Troféu Agroleite; Bezerras de Valor; Torneio Leiteiro; Espaço Criança (Láctea Brasil).
AÇÕES ISOLADAS: Exposição da História da Imigração Holandesa no Brasil; Exposição dos 10 anos de realização da Agroleite; Coquetel de Comemoração dos 10 anos do Agroleite.
Agroleite 2012
NOME DO EVENTO: Agroleite 2012;
TEMA: COOPERATIVAS - Slogan: O Associativismo que faz a diferença!
DATA: 14 a 18 de agosto;
ANIMAIS EM EXPOSIÇÃO: 800 animais;
NÚMERO DE CRIADORES: 120 criadores;
NÚMERO DE EXPOSITORES/EMPRESAS: 120 empresas;
PÚBLICO ESPERADO: 50 mil pessoas;
LEILÕES PROGRAMADOS: 2 leilões (1 bovino e 1 ovino);
QUANTIDADE DE PISTAS DE JULGAMENTO: 02 (duas);
41
EVENTOS PARALELOS: Dia do Agricultor; Simpósio do Leite; Fórum do Cooperativismo Nacional; Leilão de Ouro; Trekker Trek; Dinâmica de Máquinas; Troféu Agroleite; Bezerras de Valor; Torneio Leiteiro; Espaço Criança (Láctea Brasil); Coquetel alusivo ao cooperativismo.
AÇÕES ISOLADAS: Espaço Fundação ABC; Espaço do Desenvolvimento Cooperativista.
Agroleite 2013
NOME DO EVENTO: Agroleite 2013;
TEMA: CONSUMO – Slogan: Eu bebo leite!
DATA: 13 a 17 de agosto;
ANIMAIS EM EXPOSIÇÃO: 850 animais;
NÚMERO DE CRIADORES: 125 criadores;
NÚMERO DE EXPOSITORES/EMPRESAS: 120 empresas;
PÚBLICO ESPERADO: 50 mil pessoas;
LEILÕES PROGRAMADOS: 3 leilões (2 bovinos e 1 ovino);
QUANTIDADE DE PISTAS DE JULGAMENTO: 03 (três);
EVENTOS PARALELOS: Dia do Suinocultor, Dia do Agricultor; Fórum Internacional da Pecuária Leiteira; Leilão de Ouro; Trekker Trek; Dinâmica de Máquinas; Troféu Agroleite; Bezerras de Valor e Torneio Leiteiro; Espaço Criança (Láctea Brasil); Jantar dos Criadores.
AÇÕES ISOLADAS: Alameda do Leite; Campanha Eu Bebo Leite, Ênfase Bezerras de Valor.
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5. RESULTADO E DISCUSSÃO
A partir dos dados e informações alcançadas através de um questionário aplicado com os
participantes durante a realização do evento em 2009 percebeu-se um grande interesse do
setor no crescimento do Agroleite.
A pesquisa que consta nos anexos deste trabalho considerou o universo dos expositores de
empresas presentes no evento e visitantes em geral. Dos 117 estandes montados foram
entrevistados 98. Os itens avaliados foram ambiente: local, infraestutura geral, restaurantes,
banheiros, estacionamento. Palestras: conteúdo e quantidade. Organização: qualidade dos
equipamentos utilizados, comissão organizadora, atendimento. Expectativa individual:
expectativa antes do evento e expectativa foram atendidas. A pesquisa abriu ainda questões
para serem sinalizados os pontos positivos do evento e os pontos que poderiam ser
melhorados. Comentários e sugestões foram abordadas finalizando com uma nota geral para o
evento.
O melhor exemplo do interesse no crescimento da feira é a nota apontada tanto pelos
expositores de empresas como visitantes: 9,0. Considerou-se os itens citados acima mas de
maneira positiva, sobretudo a abordagem técnica do evento.
Dos entrevistados, metade freqüenta o evento desde a sua formação em 2001. Igualmente
apontam a busca de aperfeiçoamento da participação e o investimento maior a cada ano e
apresentam um crescente interesse para os próximos anos. Os expositores da Agroleite são
dos seguintes estados: São Paulo (34%), Santa Catarina (28%), Paraná (6%), Goiás (13%),
Distrito Federal (3%) e Minas Gerais com (16%).Observando a origem dos expositores
evidencia-se o interesse de oriundos de importantes bacias leiteiras do Brasil.
Conforme a assessoria de imprensa, a feira tem a sua montagem com três meses de
antecendência com o preparo do Parque e montagem das estruturas para receber o público que
visita o Agroleite. O aumento dos visitantes no evento é expressivo. Se olharmos a tabela
presente na página 19 deste trabalho o evento começou há 8 anos atrás com um público de 30
mil pessoas e hoje 54 mil participam da feira.
Ainda conforme a Diretoria da Cooperativa de posse dos dados da pesquisa existe o
desejo de dobrar o número de visitantes nos próximos 5 anos. Novamente justifica-se a
importância da profissionalização citada neste presente trabalho quando o autor refere-se ao
ponto essencial do marketing ao começar no início do processo de planejamento para apenas
43
depois servir como o maior ativo integral para impulsionar a freqüência, os lucros e repetição
de negócios no próximo evento.
Concorda-se com este apontamento quando das 157 pessoas (refere-se a visitantes)
entrevistados durante a edição de 2009, 89% mostrou-se muito satisfeita com a qualidade
técnica do evento e sugere pontos de possíveis melhorias, ou seja, o que gostariam de ver no
evento no próximo ano.
Hoyle (2006, 32) afirma que é preciso vender evento com elementos essenciais e
neste contexto justifica (...) Marketing de eventos foi transformado de uma
improvisação organizacional em uma disciplina profissional da qual a associação depende para sua sobrevivência.
Ao finalizar a análise dos resultados da pesquisa conclui-se que a profissionalização
do evento surge como forma de melhorar a qualidade tanto física quanto organizacional. Um
investimento por parte de parcerias público-privada mostra-se viável ao proporcionar mais
negócios, mais visibilidade e mais público na medida em que sejam instauradas as aplicações
estruturais.
44
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho mostra o Agroleite como uma importante ferramenta de marketing para a
Cooperativa Castrolanda. As transformações tecnológicas nos tempos pós-modernos
provocam impactos e a concorrência das empresas, e surge entre elas o fortalecimento dos
eventos agropecuários como estratégia de divulgação da empresa. Para isso buscamos neste
trabalho entender a importância do evento para o município.
Um dos setores que contribuem para este desenvolvimento é o turismo técnico. São
pessoas que vem de outros municípios e estados em busca de conhecimento das tecnologias
aplicadas ao campo e dos métodos de produção desenvolvidos em Castro. Pólo de ciência e
tecnologia aplicada, a Cooperativa Castrolanda recebe durante este evento muitos visitantes
estrangeiros. Com a realização deste evento a Castrolanda se mostra interessada em estimular,
ajudar e entender que o turismo é importante no entanto quer manter o foco técnico do evento,
ou seja, durante 5 dias (período de realização do evento) ela abre as portas para a capacitação
de muitos técnicos e produtores.
Das 157 pessoas entrevistas durante a edição de 2009, realizada no período de 11 a 15
de agosto, 89% mostrou-se muito satisfeita com a qualidade técnica do evento. Outros 75% se
dizem preocupados com a infraestrutura do Parque dada a quantidade de pessoas e animais no
recinto. Os pontos citados na pesquisa se referem sempre a capacidade física do Parque. Com
a realização desta análise, o Agroleite coloca-se como evento técnico voltado a Cadeia do
Leite em Castro, no Paraná, com o conceito interno de organização e inviabilização da
infraestrutura para a elaboração de um projeto profissionalizado, tendo em vista que sua
organização é coordenada por um pequeno contingente de colaboradores da Cooperativa
Castrolanda. Das empresas participantes da última edição 100% delas já apontam o interesse
na participação na próxima edição, mesmo com as deficiências, e necessidades já relatadas.
Para 78% existem formas de se alavancar o potencial do evento e seguramente tem no
Agroleite como principal feira do setor leiteiro nacional. O restante comenta a importância do
desenvolvimento técnico e valoriza a troca de experiência e conhecimento entre os
participantes.
A pesquisa in loco revela citações como: infraestrutura do parque de exposições
precisa ser reavaliada. Os barracões de animais, estacionamentos, passarelas, bancos, meio-
45
fios e outros edifícios necessitam de reformas. Não há estrutura adequada para suportar chuva,
os banheiros têm que ser reconstruídos e a arquibancada removida.
O projeto relatado (Os eventos agropecuários como ferramenta estratégica de
marketing) surge como forma de planejar as medidas que organizarão deste cenário do
Agroleite. A idéia é dimensionar o evento através da distribuição adequada de
responsabilidades, parcerias com a iniciativa privada e investimentos gradativos que partirão
da própria Cooperativa Castrolanda e/ou possivelmente do setor público.
A fim de aumentar seu controle gerencial e enxugar gastos supérfluos, os executores
do projeto se mostram interessados em manter o tamanho atual do Agroleite. A diretriz se
mostra necessária porque é preciso alinhar os recursos financeiros disponíveis a realidade do
mercado leiteiro.
Conclui-se até então que o desconhecimento das potencialidades deste evento por
parte de seus dirigentes da Cooperativa e do Município, já que é uma forte alavanca para o
crescimento da exploração do turismo em Castro impediram até o momento a
profissionalização deste evento.
De acordo com a entrevista feita para o decorrer deste trabalho a Diretoria da
Cooperativa reconhece a importância desta profissionalização, porém o mesmo não acontece
no poder público. Os dados relatados neste trabalho desde a origem dos eventos agropecuários
no Brasil até a concorrência que se forma nos dias de hoje mostram o potencial de exploração
e desenvolvimento que pode ser um evento para uma empresa ou município. É mais um
produto turístico que pode maciçamente ser trabalhado com campanhas que resgatem história,
que explorem conhecimento, troca de experiências, fomento de educação, campanhas de
incentivo ao consumo do leite, enfim, potencialidades nas esferas econômica e social.
Em suma, a escolha desta pesquisa visa a organização e o crescimento do evento em
qualidade como forma estratégica de divulgação da Cooperativa e o trabalho de seus
associados. A formatação deste evento técnico é um processo longo e depende dos fatores:
cooperativa, poder público, privado, empresas para dar condições do desenvolvimento dessa
atividade tão representativa economicamente no âmbito nacional.
7. ANEXOS
FICHA DE AVALIAÇÃO - AGROLEITE
EVENTO: Agroleite’2009 Data: 11 a 15 de agosto Local: Parque de Exposições Dario Macedo – Castro – PR.
Visitante: ____________________________________________________
Senhor(a) participante:
Com o objetivo de melhorarmos, cada vez mais a organização do Agroleite, solicitamos que preencha
corretamente a avaliação abaixo, assinalando com “X”, o ponto que mais se aproxima de sua opinião.
Não há necessidade de se identificar, caso não queira. Muito obrigado pela sua contribuição!
ITENS A SEREM AVALIADOS Muito Satisfeito
Satisfeito Normal Pouco Satisfeito Insatisfeito
Qual sua avaliação quanto: ☺☺ ☺ Qualidade do evento A organização geral do Agroleite Esclarecimento de dúvidas Potencial do evento Atendimento da coordenação A infra-estrutura do Parque de Exposições
A infra-estrutura oferecida pela organização
Alimentação do Restaurante A equipe responsável pela infra-estrutura
Marque com X uma nota de 0 a 10 para o evento: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pontos Positivos do Evento:
Pontos Negativos do Evento:
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8. BIBLIOGRAFIA CITADA
CAMPOS, Everton Molina e NEVES, Marcos Fava, Planejamento e Gestão Estratégica
para o Leite, São Paulo, 2007.
CARVALHO, Marcelo Pereira de, O marketing institucional no contexto da cadeia de
lácteos no Brasil, Juiz de Fora, 2006.
DIAS, João Castanho, 500 Anos de Leite no Brasil. São Paulo, 2006.
FURTADO, Rogério. Agribusiness Brasileiro – História. II Título. São Paulo, 2002.
HOYLE, Leornard H. Jr. Marketing de Eventos. São Paulo, 2006
http://comunicacaomarketing.blogspot.com/2006/10/eventos-introduo-e-definio.html
Acesso em 27/11/2009
KOIKE, Beth, Jornal Valor Econômico. Abril B7, São Paulo, 2009.
PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE CASTRO, Análise Temática Integrada, Castro,
2004.
RODRIGUES, Roberto. Introdução. Agribusiness Brasileiro – FURTADO, Rogério.
Agribusiness Brasileiro – História. II Título. São Paulo, 2002.
TAVARES, Mauro Calixta. Planejamento Estratégico: a opção entre sucesso e fracasso
empresarial. São Paulo, 1991.