Monografia gestão de material médico-cirúrgico nas unidades sanitárias

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Sérgio Alfredo Macore Gestão de Material Médico-Cirúrgico nas Unidades Sanitárias, caso Hospital Militar de Nampula, 1º Trimestre de 2016 Licenciatura em Gestão de Empresas com Habilitações em Contabilidade Financeira

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Sérgio Alfredo Macore

Gestão de Material Médico-Cirúrgico nas Unidades Sanitárias, caso Hospital Militar de

Nampula, 1º Trimestre de 2016

Licenciatura em Gestão de Empresas com Habilitações em Contabilidade Financeira

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Universidade Pedagógica

Nampula

2016

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Sérgio Alfredo Macore

Gestão de Material Médico-Cirúrgico nas Unidades Sanitárias, caso Hospital Militar de

Nampula, 1º Trimestre de 2016

Supervisor: Dr. Faruque Jalilo

Monografia de Licenciatura apresentada ao Departamento de

Contabilidade e Gestão, Delegação de Nampula, para a obtenção

do grau académico de Licenciatura em Gestão de Empresas com

Habilitações em Contabilidade Financeira.

Universidade Pedagógica

Nampula

2016

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ÍNDICE

ÍNDICE DE TABELAS........................................................................................................... vi

ÍNDICE DE GRÁFICOS ....................................................................................................... vii

LISTA DE ABREVIATURAS .............................................................................................. viii

DECLARAÇÃO DE HONRA ................................................................................................ ix

AGRADECIMENTOS ............................................................................................................ xi

RESUMO ................................................................................................................................. xii

ABSTRACT............................................................................................................................ xiii

CAPITULO I: INTRODUÇÃO............................................................................................. 12

1.1. Antecedentes .............................................................................................................. 12

1.2. Problema de Estudo ................................................................................................... 13 1.3. Objecto do Estudo ...................................................................................................... 14

1.4. OBJECTIVOS............................................................................................................ 14 1.4.1. Objectivo Geral................................................................................................... 14 1.4.2. Objectivos Específicos........................................................................................ 14

1.5. Justificativa ................................................................................................................ 14

CAPITULO II: METODOLOGIA ....................................................................................... 16

2.1. Tipo de pesquisa......................................................................................................... 16 2.2. Métodos de pesquisa .................................................................................................. 16

2.3. Técnicas e Instrumento de recolha de dados.............................................................. 16 2.3.1. Instrumento de recolha de dados ........................................................................ 16

2.3.2. Técnica de recolha de dados ............................................................................... 16 2.4. População de Estudo .................................................................................................. 17 2.5. Amostra ...................................................................................................................... 17

2.6. Análise de dados ........................................................................................................ 17 2.7. Apresentação de Resultados....................................................................................... 17

CAPITULO III: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................ 18

3.1. Conceitos de gestão.................................................................................................... 18

3.2. Processo de gestão ..................................................................................................... 18 3.3. Gestão de Material Médico-Cirúrgico ....................................................................... 19

3.3.1. Material médico-cirúrgico ...................................................................................... 19 3.3.2. Classificação do Material médico-cirúrgico........................................................... 20 3.3.3. Objectivo da gestão de materiais ............................................................................ 21

3.4. Elementos estruturais da gestão de materiais............................................................. 21 3.5. Gestão de materiais nas unidades sanitárias .............................................................. 22

3.6. Actividade de Manutenção na Gestão de Material médico-cirúrgico........................ 23 3.7. Manutenção e Sistema Informático na Gestão do Material médico-cirúrgico .......... 23 3.8. Processo de Gestão e Manutenção de Equipamentos médico-cirúrgico.................... 24

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CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ....... 25

4.1. Resultados da Pesquisa .............................................................................................. 25

4.2. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ......................................................................... 32

CAPITULO V: CONCLUSÃO E SUGESTÕES ................................................................. 33

5.1. CONCLUSÃO ........................................................................................................... 33 5.2. SUGESTÕES ............................................................................................................. 34

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 35

APÊNDICE ............................................................................................................................. 37

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 01: Distribuição das respostas em relação ao cumprimento do plano de necessidades

.................................................................................................................................................. 25

Tabela 02: Distribuição das respostas em relação à disponibilidade de stock de MMC ........ 26

Tabela 03: Distribuição das respostas em relação à distribuição de MMC ............................ 26

Tabela 04: Distribuição das respostas em relação à plano de consumo de MMC .................. 27

Tabela 05: Distribuição das respostas em relação à ruptura de consumíveis no HMN .......... 28

Tabela 06: Distribuição das respostas em relação à produção de relatórios de distribuição

deste material * Partilha de relatórios.........

............................................................................Erro! Marcador não definido.

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ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 01: Distribuição das respostas em relação ao uso de livro de requisição ................. 25

Gráfico 02: Distribuição das respostas em relação ao tempo médio de espera para reposição

de Material Médico-Cirúrgico ................................................................................................. 28

Gráfico 03: Distribuição das respostas em relação à avaliação do tempo médio de espera

para reposição de Material Médico-Cirúrgico ........................................................................ 29

Gráfico 04: Distribuição das respostas em relação à avaliação da segregação de funções e

divisão de responsabilidades no processo de GMMC .............................................................. 30

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LISTA DE ABREVIATURAS

GMMC Gestão de Material Médico-Cirúrgico

MMC Material Médico-Cirúrgico

EP Economato Provincial

DPS Direcção Procincial de Saúde

DDS Direcção Distrital de Saúde

HMN Hospital Militar de Nampula

PD Plano de Distribuição

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DECLARAÇÃO DE HONRA

Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do

meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente

mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para

obtenção de qualquer grau académico.

Nampula, aos 10 de Abril de 2016

(____________________________)

Sérgio Alfredo Macore

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho em primeiro ao meu pai Alfredo macore e minha mãe Jacinta João

Baptista.

Em seguida aos meus avos Maria Luísa e João Baptista Laite.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a deus pela saúde que me concede. Em seguida, agradeço a Universidade

Pedagógica e a todos os docentes, em particular ao meu Supervisor Dr. Faruque Jalilo, pela

orientação e apoio como também a paciência na orientação o que tornou possível a conclusão

desta monografia.

Do mesmo jeito, agradeço a minha família pela paciência e compromisso que tiveram ao

longo da minha caminhada.

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RESUMO

A área da saúde é um dos sectores mais complexos e de maior custo, que exige constantes

actualizações devido a novas descobertas tecnológicas e surgimento de novos produtos que aparecem

como resposta às novas enfermidades que afectam as populações humanas. Este facto faz com que as

Unidades Sanitárias sejam equipadas com materiais que permitam uma actividade de pronta

intervenção dos profissionais de Saúde. Os serviços de saúde dependem directamente de material

médico-cirúrgico para seu pleno funcionamento. Face ao problema, formulou-se o seguinte objectivo

geral: Avaliar a Gestão de Material Médico-Cirúrgico no Hospital Militar de Nampula no 1º Trimestre

de 2016. Foi para a presente pesquisa utilizado o tipo de estudo Descritivo e o Questionário

como intrumento de recolha de dados. Foi tomada como amostra 08 unidades estatística que,

este tamanho da amostra conscide com o tamanho da população, isto é, amostra é igual a

população.

Palavras-Chave: Gestão, Material e Stock

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ABSTRACT

The health sector is one of the most complex sectors and higher cost, which requires constant updates

due to new technological discoveries and development of new products that appear in response to new

diseases affecting human populations. This causes the health units are equipped with materials that

allow an activity to prompt intervention of health professionals. Health services are directly dependent

on medical and surgical equipment to full operation. Address the problem, formulated the following

overall objective: To evaluate the Medical-Surgical Material Management in Nampula Military

Hospital in the 1st quarter of 2016. It was for this research used the type of study summary and

questionnaire as instrument collection data. It was taken as a sample statistical units 08, the sample

size conscide with the size of the population, i.e., sample equals population.

Keywords: Management, Materials and Stock

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CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1.1. Antecedentes

A área da saúde é um dos sectores mais complexos e de maior custo, que exige constantes

actualizações devido a novas descobertas tecnológicas e surgimento de novos produtos que

aparecem como resposta às novas enfermidades que afectam as populações humanas. Este

facto faz com que as Unidades Sanitárias sejam equipadas com materiais que permitam uma

actividade de pronta intervenção dos profissionais de Saúde. Dada a quantidade e regularidade

necessária desses materiais nas unidades sanitárias, torna necessária a concepção de um plano

de gestão de todo o material usado, tanto pelos serviços médicos assim como pelo pessoal

técnico, serventuário e próprio paciente.

Segundo PALOMO (2009), “em cada unidade sanitária possui materiais que são insumos ou

factores produtivos, de natureza física, com determinada durabilidade, empregados na

realização de actividades assistenciais aos pacientes; por isso, sua gestão é chave, pois a

escassez de alguns destes, pode constituir motivo de aflição aos gestores, técnicos e os

utentes dos serviços”.

Com o aperfeiçoamento da tecnologia, muitas Unidades Sanitárias apostam na aquisição de

materiais diversificados, muitas das vezes sem que tenham pessoal treinado para sua

utilização e manutenção, motivado pela facilidade dada pelos parceiros de cooperação que

apoiam o sector de saúde, como acontece em Moçambique e em particular na província de

Nampula, onde tem sido comum encontrar um equipamento de auxilio ao diagnóstico de

doenças nas unidades sanitário sem funcionar por falta de reagente ou porque não existe

pessoal técnico qualificado para o seu manuseamento.

Foi a partir desses pontos que surgiu o presente trabalho com o título Gestão de material

médico-cirúrgico nas unidades sanitárias, estudo específico no Hospital Militar. A pesquisa

contou com a utilização de métodos como bibliográfico, dedutivo, empírico e Monográfico,

com a recolha de dados baseada nas técnicas de entrevista observação e directa. Em termos

estruturais, o presente trabalho apresentar-se-á em cinco capítulos, onde o primeiro é

constituído pela introdução, justificativa, objecto de estudo, formulação do problema,

objectivos, hipóteses; o segundo capítulo é formado pelo estado de arte; o terceiro é

constituído pela metodologia usada na pesquisa; o quarto capítulo traz a apresentação, análise

e interpretação dos resultados da pesquisa e, finalmente o quinto capítulo apresenta as

principais conclusões e sugestões do trabalho.

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1.2. Problema de Estudo

Os serviços de saúde dependem directamente de material médico-cirúrgico para seu pleno

funcionamento. Estes materiais constituem a ferramenta base que o pessoal técnico utiliza

para o diagnóstico e tratamento de doenças, pelo que a falta de qualquer que seja material

médico-cirúrgico afecta negativamente o decurso normal das actividades nas unidades

sanitárias. Por exemplo, a falta de um aparelho para esterilização de certos instrumentos

usados em grandes e pequenas intervenções compromete a biossegurança tanto do

profissional como do paciente.

Nas Unidades Sanitárias localizados na província de Nampula, tem sido comum a ruptura de

stock de materiais para uso como consequência do envio tardio das requisições no Economato

Provincial (EP) ou porque espera-se pelo abastecimento nacional, que no geral dura no

mínimo três meses.

Em certas unidades sanitárias, existem material do tipo equipamento, que se encontram

inoperacionais possivelmente porque foi alocado o equipamento sem que se tenha feito o

estudo de viabilidade para identificar as lacunas que possam inviabilizar a operacionalidade

do equipamento e que em muitos casos a solução tem sido a aquisição de um outro novo

material, podendo nisso resultar em muito tempo de espera para reposição.

Portanto, os serviços ficam momentaneamente interrompidos, embora as populações

continuem a necessitar de atendimento. Se de um lado há registo de avarias de certos

materiais existentes, do outro, verifica-se a existência de equipamentos às unidades sanitárias

sem que se tenha um pessoal qualificado para o seu uso, resultando numa permanência

temporal do tal instrumento sem funcionamento e podendo chegar até ao estado de obsolência

sem que se tenha usado.

Atendendo que os materiais médico-cirúrgicos condicionam o curso normal dos serviços de

saúde, o autor formula as seguintes perguntas de pesquisa:

o Como são geridos os Materiais Médico-cirúrgico no hospital Militar de Nampula?

o Será que são observadas as normas de aviamento do material médico-cirúrgico

(material por aviar Versos stock de segurança)?

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1.3. Objecto do Estudo

Para a presente pesquisa é definido como objecto de estudo é Gestão de Materiais Médicos-

Cirúrgico.

1.4. OBJECTIVOS

PILLETI (1991:65) diz que “Objectivo é a descrição clara do que se pretende alcançar como

resultado da nossa actividade”. Razão esta, os objectivos dividem-se em dois grupos

nomeadamente: Objectivos Geral e Específicos.

1.4.1. Objectivo Geral

o Avaliar a Gestão de Material Médico-Cirúrgico no Hospital Militar de Nampula no 1º

Trimestre de 2016.

1.4.2. Objectivos Específicos

o Verificar a existência de plano de distribuição periódico de Material Médico-Cirúrgico da

unidade sanitária;

o Avaliar o stock existente pós-aviamento do material médico-cirúrgico no depósito

hospitalar de medicamentos;

o Analisar o sistema de controlo interno na gestão de Material Médico-Cirúrgico ao nível

da Unidade Sanitária;

o Avaliar o tempo médio de espera de reposição de stock de material médico-cirúrgico na

Unidade Sanitária.

1.5. Justificativa

O estudo de gestão de material médico-cirúrgico reveste-se de maior interesse por se tratar de

um processo no qual é preciso planear, executar e controlar em condições mais eficientes e

económicas, o fluxo de materiais, partindo das especificações dos artigos a comprar até a

entrega do produto no economato do hospital e posterior aviamento do mesmo para os

diferentes departamentos. A complexidade do processo ditou a escolha do tema, aliado ao

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facto do autor ser funcionário do Ministério da Saúde, afecte na Direcção Provincial de Saúde

de Nampula há mais de 07 anos, onde no exercício das suas funções, constatou a existência de

algumas fragilidades relacionadas com os planos de aquisição e de aviamento de material

médico-cirúrgico e os mecanismos para o seu controlo ao nível das unidades sanitárias. No

entanto, um estudo neste sentido poderá permitir uma análise e possível definição de linhas

mestras que se adequem a uma boa gestão do material médico-cirúrgico, evitando constantes

rupturas destes consumíveis em qualquer que seja o departamento ou serviço da unidade

sanitária.

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CAPITULO II: METODOLOGIA

2.1. Tipo de pesquisa

A presente pesquisa é do tipo de estudo Descritivo, pois, baseando-se no GIL (2002:42), as

pesquisas descritivas têm como objectivo primordial a descrição das características de

determinada população ou fenómeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis.

O motivo de usar pesquisa descritiva é o facto de admitir a utilização de técnicas padronizadas

de colecta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática.

2.2. Métodos de pesquisa

Na presente pesquisa utilizou-se a abordagem qualitativa para descrever e identificar as

estratégias de gestão de riscos operacionais aplicadas no hotel milénio.

2.3. Técnicas e Instrumento de recolha de dados

2.3.1. Instrumento de recolha de dados

Foi usado o Questionário como instrumento de recolha de dados, pois, este é instrumento de

investigação que visa recolher informações baseando-se, geralmente, na inquisição de um

grupo representativo da população em estudo, visto que, é possível recolher informações que

permitam conhecer melhor as suas lacunas, bem como melhorar as metodologias e estratégias

de mitigação das causas que podem originar os riscos operacionais dentro da instituição

podendo, deste modo, individualizar as características em estudo. As questões abertas das

entrevistas permitiram ao entrevistador entender e captar a perspectiva dos participantes; já as

questões fechadas foram utilizadas com evidência quantitativa.

2.3.2. Técnica de recolha de dados

Para a realização desta pesquisa foi usada a Entrevista como técnica de recolha de dados, que

consistiu na pergunta e respostas entre o inquiridor e o inquirido.

O uso de Entrevista como técnica de recolha de dados deveu-se ao facto das suas

características de proximidade entre o entrevistado e a investigadora, pois, permitiu a

obtenção de informações e elementos de reflexão muito mais ricos do que com o uso de

outros métodos.

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2.4. População de Estudo

Tomou-se como população de estudo o responsável do depósito e economato do Hospital, os

responsáveis dos departamentos e serviços do hospital bem como o enfermeiro chefe do

hospital militar de Nampula.

2.5. Amostra

Para a presente pesquisa tomou-se todos os funcionários (responsável do depósito e

economato do Hospital, os responsáveis dos departamentos e serviços do hospital bem como

o enfermeiro chefe) que gerem o material médico – cirúrgico no Hospital como amostra,

porque a população é tão pequena e é possível estudar todas as unidades estatísticas que

compõe a população, isto é, a amostra igual a População (08 funcionários da área de gestão).

2.6. Análise de dados

Foi usado o Pacote Estatístico de análise de dados SPSS versão 18 com auxílio do Microsoft

Excel para a obtenção dos resultados (tabelas e gráficos). Foi aplicado o teste N (teste de

distribuição normal), com um nível de confiança de 95% com um erro de 0.5, isto é, com

incerteza de 5% na inferência dos resultados e os desvios de erros durante a análise dos dados

seja inferior a 0.5 para maior confiabilidade dos resultados.

2.7. Apresentação de Resultados

Foram utilizados Tabelas bem como os Gráficos para ilustrar os resultados do problema em

estudo.

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CAPITULO III: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1. Conceitos de gestão

TEIXEIRA (1998) diz que Gestão é a Ciência humana que consiste no estudo das

organizações de modo que estas alcancem seus objectivos através das pessoas e grupos de

pessoas que para o efeito desenvolvem actividades utilizando de maneira racional os recursos

postos à sua disposição. Está intimamente ligada a actividade administrativa que visa a

tomada de decisão, planear, dirigir, avaliar e controlar acções dos indivíduos com auxílio de

outros recursos para alcance de metas pré estabelecidas.

“Gestão de material é um conjunto de métodos,

controles e práticas relacionadas na produção de um

produto ou serviço, e que é utilizado desde as pequenas

até grandes empresas” (GONÇALVES, 2004).

Assim, no contexto hospitalar, a gestão do Material Médico-cirúrgico é a forma de controlo e

prática (utilização) dos meios usados na actividade ligada ao atendimento de pacientes e/ou

diagnóstico de doenças, objectivando para sua rápida recuperação.

Segundo MACHLINE (1985), “a Gestão de Equipamentos Médico-cirúrgico constitui uma

organização sistemática, responsável por garantir que os equipamentos de custo-

efectividade, eficazes, seguros e apropriados estejam disponíveis para atender com qualidade

a demanda do cuidado à saúde”.

Porem, STONER e FREEMAN (1985) define a Gestão como “o processo de planear,

organizar, liderar e controlar o trabalho das pessoas da organização e de usar da melhor

forma possível os recursos disponíveis da organização para conseguir alcançar os objectivos

estabelecidos da organização”.

Entretanto, para (CHIAVENATO, 1999) “A tarefa básica da gestão é a de fazer as coisas

por meio das pessoas de maneira eficiente e eficaz”.

3.2. Processo de gestão

O processo de gestão consiste em cinco funções a saber: Planear, Organizar, Comandar,

Coordenar e Controlar.

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o Planeamento inclui a definição de linhas de objectivos, portanto, definir a estratégia

da organização para o alcance dos objectivos e o desenvolvimento de uma hierarquia

de planos para a integração e coordenação de actividades.

o Organizar implica determinar que tarefas devem ser realizadas, quem as irá realizar,

como serão agrupadas, quem irá responder a quem e onde as decisões serão tomadas.

o Direcção e coordenação incluem a liderança, motivação, a escolha de canais

apropriados de comunicação ou a resolução de conflitos entre os membros da

organização.

o Controlo consiste em monitorar as actividades da empresa duma forma sistemática,

comparando os resultados com planeado e corrigindo prováveis desvios (HENRI

FAYOL)

3.3. Gestão de Material Médico-Cirúrgico

A gestão de material médico-cirúrgico concentra-se em todas as actividades envolvidas na

manutenção e supressão das necessidades em material cirúrgico, bem como a manutenção do

nível de estoque apropriado, incluindo o armazenamento em condições adequadas em toda a

cadeia de abastecimento. Sendo frequente alocação de equipamentos em unidades sanitárias

sem condições para o seu funcionamento, muitas vezes por falta do pessoal qualificado para o

seu uso ou mesmo por incompatibilidade das instalações eléctricas nos locais do destino,

torna necessário a verificação dos planos em todos os níveis de gestão para colmatar as

situações actuais de não cumprimento dos planos integrais das reais necessidades de cada

unidade sanitária. Os planos de Abastecimento ou reabastecimento de materiais devem entrar

em consonância com os planos das reais necessidades de cada unidade sanitária.

3.3.1. Material médico-cirúrgico

O Material médico-cirúrgico, tal como Autoclave, constitui um elo de ligação entre o serviço

de cirurgia e o serviço da enfermagem. Assim como argumenta SILVA (2012), juntos, tais

serviços procuram atingir um âmbito que atende aos anseios da comunidade hospitalar, no

tocante aos propósitos assistenciais, tecnológicos e financeiros.

Para que a gestão atinja o patamar da satisfação das necessidades da comunidade hospitalar,

bem como dos utilizadores dos serviços de saúde e olhando para a óptica do Silva, define a

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boa gestão como sendo aquela que permite a satisfação das necessidades da comunidade

hospitalar e utilizadores dos serviços. Este processo passa necessariamente pela distribuição

correcta e racional de materiais devendo responder aos requisitos como rapidez na entrega do

material, segurança no transporte e eficiência no sistema de informação e controlo.

A comunidade hospitalar no processo da distribuição do material médico-cirúrgico para o

hospital militar, os produtos requisitados devem ser apresentados em quantidades, qualidade e

tempo útil. Para enfatizar as necessidades do hospital, o gestor deverá emitir uma requisição à

DPS ou DDS contendo produtos específicos que são garantidos para um funcionamento de

serviços cirúrgico.

3.3.2. Classificação do Material médico-cirúrgico

São classificados como Materiais médico-cirúrgico e correlatos os aparelhos, produtos,

substâncias ou acessórios não enquadrados como drogas, medicamentos ou insumos

farmacêuticos, utilizados directa ou indirectamente nos diversos procedimentos médicos, com

a finalidade diagnóstica, terapêutica, curativa e preventiva do paciente objectivando sua

rápida recuperação. Segundo VIANA (2002), a classificação de materiais é o processo de

aglutinação de produtos semelhantes. O sucesso no gerenciamento de stocks depende

fundamentalmente de bem classificar os materiais do hospital.

A classificação dos materiais centra-se nos seguintes objectivos específicos:

a) Identificação do material certo para o utilizador e a organização;

b) Organização do processo de aquisição, guarda e manuseamento dos materiais;

c) Facilitar a comunicação com fornecedores, utilizador, e os sectores contábil e

financeiro;

d) Estabelecer instrumentos de planeamento e de controlo apropriados;

e) Reduzir os custos com material e;

f) Melhorar o nível de serviço.

A gestão de stocks é factor de grande importância para o hospital no seu todo. Para manter um

melhor controlo do stock e reduzir seu custo, sem comprometer o nível de atendimento, é

importante classificar os itens de acordo com a sua importância relativa no mesmo stock.

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3.3.3. Objectivo da gestão de materiais

Seja qual for área de actividade, onde o uso de materiais é indispensável, o principal objectivo

da gestão dos seus materiais é conciliar os interesses entre as necessidades de suprimentos e a

optimização dos recursos financeiros e operacionais que dispõe. Para o alcance destes

objectivos, torna-se pertinente a concepção da componente planeamento. Segundo ANA

PAULA, textos de gestão (1996), “Planeamento caracteriza-se pela pré - determinação dos

objectivos de produção (produto e serviço) ”.

“A função planeamento diz respeito a determinação dos objectivos organizacionais, à decisão

sobre os meios de os conseguir atingir e a formulação do plano de acção, o processo de

estabelecer o que deve ser feito e como fazer). STONER e FREEMAN (1985).

Nessa concepção e de acordo com MARTINS (2006), a definição de mecanismos de gestão

dos tais materiais, neste caso os materiais médico-cirúrgico, cria uma preocupação logística

de abastecimento que se estende muito além das fronteiras internas das unidades sanitárias, de

modo a garantir as necessidades dos seus utentes, visando uma busca contínua na excelência

de seus processos conduzidos pelos seus colaboradores (profissionais de saúde e seus

parceiros).

3.4. Elementos estruturais da gestão de materiais

Segundo BOLSONARO (1978, apud. GONÇALVES, 2004), a gestão de materiais constitui-

se de seis elementos estruturais ou subsectores, que são: Gestão de compra; gestão de

transporte; gestão de armazenagem; gestão de conservação; gestão de manipulação e gestão

de logística.

a) Gestão de compras - termo mais utilizado hoje como suprimentos, adopta um papel

estratégico nos processos dentro duma empresa ou instituição, já que engloba um

volume de recursos financeiros bastante significativos. O processo de compra sempre

envolve concorrência com mais fornecedores, mas é necessário tomar grande cuidado,

já que pode haver preços menores de materiais requisitados, mas na execução do

serviço ou na fabricação do produto pode haver complicações pois o produto

apresentado pode não suprir a necessidade esperada.

b) Gestão de estoque, armazenamento e manipulação - esta área também é de

responsabilidade do gestor de materiais, é uma parte mais operacional da empresa,

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podendo até ser exclusivamente trabalhado apenas dentro da empresa. “O espaço de

um armazém deve ser programado e estabelecido, a fim de que se possa desfrutar de

sua área total” (BOLSONARO, 1978).

3.5. Gestão de materiais nas unidades sanitárias

Segundo GONÇALVES (2004), os Equipamentos médico-cirúrgico são ferramentas que se

utilizam para o cuidado da saúde do paciente, que é objectivo final das instituições sanitárias.

Entretanto, a ruptura destes Equipamento, poderá afectar negativamente a todas actividades

dos serviços da saúde, particularmente os doentes que necessitam de tratamentos. Ao longo do

tempo foram surgidas muitas considerações na área cirúrgica, relativa a:

o Bem-estar do paciente;

o Hospitalidade;

o Qualidade no serviço cirúrgico;

o Hospital moderno e;

o Humanização do serviço de saúde e tantos outros aspectos.

De acordo com MARANHÃO (2010), a gestão de equipamentos existentes ou em uso nas

unidades sanitárias traz uma série de vantagens a saber:

o Redução dos gastos com manutenção;

o Redução do tempo de parada do equipamento;

o Avaliação técnica dos orçamentos;

o Melhoria de qualidade dos serviços;

o Melhoria na qualidade técnica dos equipamentos;

o Conhecimento do Parque Tecnológico das Unidades de Saúde;

o Treinamento contínuo dos operadores;

o Melhoria nos processos de compras;

o Melhoria na elaboração dos contractos de manutenção;

o Validação dos indicadores de desempenho.

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O armazenamento de material médico-cirúrgico de forma ordenada e racional garante

adequada conservação. A sua utilização também está ligada á defesa e protecção da saúde

individual ou colectiva, assim como à higiene pessoal ou de ambientes hospitalares.

(BRASIL, 1997).

3.6. Actividade de Manutenção na Gestão de Material médico-cirúrgico

Actividade de manutenção na gestão de material tem por objectivo de manter os elementos de

produção de que a empresa dispõe em condições de máximo rendimento e com o mínimo

possível de despesas.

Para MARTINS (2006), a manutenção é “um conjunto de tentativas e cuidados técnicos,

indispensável ao funcionamento regular e permanente de nossas máquinas, equipamentos,

ferramentas e instalações. Esses cuidados envolvem a conservação, a adequação, a

restauração, a substituição e a prevenção”.

Segundo MARQUES (1996), manutenção é “o acto ou efeito de manter; cuidar de algum

objecto ou bem. Conservação”.

Um dos grandes objectivos da manutenção é de evitar paragens na produção e fazer com o

equipamento dure mais tempo e funcione mais tempo, dai a sua gestão não deve ser exclusivo

do pessoal directo (gestor, manutenção), mas também de todos os intervenientes na

conservação e utilização do Equipamento. Esta afirmação é estendida aos operadores,

auxiliares, e responsáveis dos sectores que de uma forma directa ou indirecta lidam pela

utilização de máquinas e equipamentos, e ou pelas instalações. Os serviços periódicos de

manutenção consistem em vários procedimentos que visam manter a máquina e equipamentos

em perfeito estado de funcionamento.

3.7. Manutenção e Sistema Informático na Gestão do Material médico-

cirúrgico

A utilização de um sistema de gestão de material médico-cirúrgico não pode ser considerada

apenas um implemento tecnológico, ela constitui essencialmente uma postura de gestão. Um

software de gestão de qualquer que for o material é, antes de mais, uma ferramenta para

facilitar o gestor na execução de tarefas de gestão. O Sistema Informático não substitui os

técnicos de gestão, antes pelo contrário liberta-os apenas de algumas tarefas essenciais,

Page 26: Monografia   gestão de material médico-cirúrgico nas unidades sanitárias

24

pesadas e consumidoras de tempo, disponibilizando-os para se concentrarem em tarefas mais

inteligentes e mais produtivas.

Todos os benefícios que um sistema traz à gestão de material médico – hospitalar estão

relacionados com a melhoria dos processos envolvidos nele, com a consequente redução dos

custos e aumento da disponibilidade dos equipamentos e instalações.

3.8. Processo de Gestão e Manutenção de Equipamentos médico-cirúrgico

Para os processos de gestão se adiciona à sua manutenção e é necessário o eficiente controlo

do ciclo de vida dos equipamentos para o bom funcionamento destes nos respectivos serviços

do centro hospitalar, desde o momento de aquisição de equipamento por parte da CAP até ao

momento do fim da sua vida útil na unidade sanitária desde a aquisição, movimentação,

transferência ou empréstimo até o abate.

O software deve atender ao modelo de gestão actualmente existente no Centro de

Abastecimento Provincial, às características e recursos operacionais da gestão de material

médico – hospitalar.

Devem ser analisados os recursos humanos, qualitativos e quantitativos necessários para

atender às etapas do processo de implementação. Não tem sentido a empresa possuir um

software que ofereça todos os recursos de gestão que, em consequência seja muito caro, para

um centro de abastecimento onde não existam recursos humanos ou materiais para usufruir do

seu potencial.

Page 27: Monografia   gestão de material médico-cirúrgico nas unidades sanitárias

25

CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

4.1. Resultados da Pesquisa

Na presente pesquisa foram inquiridos todos os funcionários responsáveis pela gestão de

Material médico-cirúrgico no Hospital Militar de Nampula (responsável do depósito e

economato do Hospital, os responsáveis dos departamentos e serviços do hospital bem como

o enfermeiro chefe da unidade sanitária) que perfazem 08 unidades estatística inquiridas e que

participaram no estudo, com uma taxa de resposta de 100.0% dos entrevistados.

De acordo com a tabela abaixo, os resultados mostram que 75,0% dos inquiridos afirmaram

que a gestão dos materiais médico-cirúrgicos no Hospital Militar de Nampula observa na

íntegra o plano de necessidades de cada sector de actividades.

Tabela 01: Distribuição das respostas em relação ao cumprimento do plano de necessidades

Há cumprimento integral do plano de necessidades

Frequency Percent Valid Percent Cumulative

Percent

Valid

Concordo 6 75,0 75,0 75,0

Discordo 1 12,5 12,5 87,5

Discordo Totalmente 1 12,5 12,5 100,0

Total 8 100,0 100,0

Fonte: Resultados da pesquisa

Gráfico 01: Distribuição das respostas em relação ao uso de livro de requisição

Fonte: Resultados da pesquisa

Page 28: Monografia   gestão de material médico-cirúrgico nas unidades sanitárias

26

Os resultados mostram que igual percentagem de 50,0% dos inquiridos afirmaram que a

requisição do material médico-cirúrgico para os diferentes sectores é feita de acordo com os

procedimentos legais e normais, isto é, usam sempre um livro de requisição. Em

contrapartida, os outros inquiridos dizem que não é observada a legalidade de pedido deste

material no Hospital Militar de Nampula.

No que diz respeito a disponibilidade de stock de material médico-cirúrgico no Hospital

Militar de Nampula, 100,0% dos inquiridos afirmaram categoricamente que sempre há ruptura

stock deste precioso material hospitalar (tabela 02 abaixo).

Tabela 02: Distribuição das respostas em relação à disponibilidade de stock de MMC

O HMN tem sempre stock de MMC

Frequency Percent Valid Percent Cumulative

Percent

Valid

Discordo 7 87,5 87,5 87,5

Discordo Totalmente 1 12,5 12,5 100,0

Total 8 100,0 100,0

Fonte: Resultados da pesquisa

Como ilustra o gráfico 03, do total de inquiridos que participaram no estudo 37,5% afirmaram

que no Hospital Militar de Nampula não se obedece o plano de distribuição e nem o uso de

livro de requisição para o fornecimento de material aos diferentes sectores.

Tabela 03: Distribuição das respostas em relação à distribuição de MMC

A requisição do MMC para diferentes sectores é feita com base na LR * A distribuição de MMC é feita

de acordo com o PD pré-definido

A distribuição de MMC é feita de acordo com o PD

pré-definido Total

Concordo Concordo

Totalmente Discordo

Discordo

Totalmente

A requisição do

MMC para diferentes

sectores é feita com

base na LR

Concordo 2 0 0 0 2

Concordo

Totalmente 0 1 1 0 2

Discordo

Totalmente 0 1 0 3 4

Total 2 2 1 3 8

Fonte: Resultados da pesquisa

Page 29: Monografia   gestão de material médico-cirúrgico nas unidades sanitárias

27

Ainda de acordo com os resultados, 37,5% dos funcionários gestores de material médico-

cirúrgico afirmaram que no Hospital Militar de Nampula obedece-se o plano de distribuição

de material e utiliza-se o livro de requisição para o fornecimento de material aos diferentes

sectores.

Tabela 04: Distribuição das respostas em relação à plano de consumo de MMC

Regista-se ruptura de stock que compromete o bom funcionamento hospitalar * O plano de

consumo periódico de materiais corresponde com os previamente elaborados

O plano de consumo periódico de materiais

corresponde com os previamente elaborados Total

Concordo Concordo

Totalmente Discordo

Regista-se ruptura de

stock que compromete

o bom funcionamento

hospitalar

Concordo 0 0 2 2

Concordo

Totalmente 2 0 3 5

Discordo 0 1 0 1

Total 2 1 5 8

Fonte: Resultados da pesquisa

Como mostram os resultados, 62,5% dos inquiridos que afirmaram o registo de rupturas de

stock que comprometem o funcionamento pleno do Hospital discordam também a coerência

do plano de consumo periódico e o material requisitado para o efeito, isto é, o plano de

consumo periódico de materiais médico-cirúrgico não corresponde com os previamente

elaborados.

Ora, 25,0% dos entrevistados afirmaram que embora haja ruptura de stock que compromete o

bom funcionamento hospitalar, os planos de consumo periódico de materiais corresponde com

os previamente elaborados.

Page 30: Monografia   gestão de material médico-cirúrgico nas unidades sanitárias

28

Tabela 05: Distribuição das respostas em relação à ruptura de consumíveis no HMN

Regista-se ruptura de stock que compromete o bom funcionamento hospitalar * O HMN

tem sempre stock de MMC

O HMN tem sempre stock de MMC

Total Discordo

Discordo

Totalmente

Regista-se ruptura de

stock que compromete o

bom funcionamento

hospitalar

Concordo 2 0 2

Concordo

Totalmente 4 1 5

Discordo 1 0 1

Total 7 1 8

Fonte: Resultados da pesquisa

De acordo com os resultados, apenas 12,5% dos entrevistados que aceitaram dizer que nem

sempre o hospital tem stock de consumíveis, não aceita que regista-se ruptura de stock que

compromete o bom funcionamento hospitalar.

Gráfico 02: Distribuição das respostas em relação ao tempo médio de espera para reposição de

Material Médico-Cirúrgico

Fonte: Resultados da pesquisa

Page 31: Monografia   gestão de material médico-cirúrgico nas unidades sanitárias

29

Os resultados mostram que 62,0% dos inquiridos afirmaram que o tempo médio de espera

para reposição de stock dos consumíveis têm sido de pelo menos 10 dias e os restantes

inquiridos responderam que demora entre 11 até 50 dias para a reposição do material médico-

cirúrgico.

Gráfico 03: Distribuição das respostas em relação à avaliação do tempo médio de espera para

reposição de Material Médico-Cirúrgico

Fonte: Resultados da pesquisa

O gráfico acima mostra os resultados sobre a percepção dos entrevistados em relação ao

tempo de espera. No entanto, 50,0% dos inquiridos fizerem uma avaliação razoável do tempo

médio de resposta do stock de material médico-cirúrgico no Hospital Militar de Nampula por

se situar num nível inferior a 10 dias para a sua satisfação.

Tabela 06: Distribuição das respostas em relação à produção de relatórios de distribuição deste

material * Partilha de relatórios

Os relatório de distribuição são partiliados

Total Concordo

Concordo

Totalmente Discordo

São produzidos relatórios

de distribuição deste

material

Concordo 2 0 0 2

Concordo Totalmente 1 1 2 4

Discordo 0 1 1 2

Total 3 2 3 8 Fonte: Resultados da pesquisa

Page 32: Monografia   gestão de material médico-cirúrgico nas unidades sanitárias

30

Como ilustra a tabela acima, 50,0% dos inquiridos afirmaram que são elaborados ou

produzidos relatórios de distribuição de material médico-cirúrgico, onde apenas igual

percentagem (de 50,0%) destes afirmaram que estes relatórios são partilhados com outros

membros da instituição (outros consumidores).

Gráfico 04: Distribuição das respostas em relação à avaliação da segregação de funções e divisão

de responsabilidades no processo de GMMC

Fonte: Resultados da pesquisa

No concernente à segregação de funções e divisão de responsabilidades, 50,0% dos inquiridos

avaliam categoricamente positiva a divisão de tarefas e responsabilidade.

Tabela 07: Distribuição das respostas sobre a avaliação da qualidade de gestão de MMC no

Hospital

Como avalia a qualidade de gestão de MMC no Hospital?

Frequency Percent Valid Percent Cumulative

Percent

Valid

Mau 3 37,5 37,5 37,5

Razuável 2 25,0 25,0 62,5

Bom 2 25,0 25,0 87,5

Muito Bom 1 12,5 12,5 100,0

Total 8 100,0 100,0

Fonte: Resultados da pesquisa

Page 33: Monografia   gestão de material médico-cirúrgico nas unidades sanitárias

31

No que diz respeito a qualidade da gestão do Material Médico-Cirúrgico no HMN, 50.0% dos

inquiridos dizem se sentir satisfeitos com o modo de gestão do material naquela unidade

sanitária da província, apesar de 37.5% dos entrevistados afirmarem que o modo de gestão do

MMC é mau.

Page 34: Monografia   gestão de material médico-cirúrgico nas unidades sanitárias

32

4.2. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Segundo VIANA (2002), a gestão de stocks é factor de grande importância para o hospital no

seu todo. Para manter um melhor controlo do stock e reduzir seu custo, sem comprometer o

nível de atendimento, é importante classificar os itens de acordo com a sua importância

relativa no mesmo stock.

Os resultados da pesquisa mostram que pouco se usa o livro de requisições para a distribuição

do material médico-cirúrgico no hospital militar de Nampula. Em contrapartida, é bem-

sucedida a distribuições deste material olhando no plano de consumo de cada sector.

Segundo GONÇALVES (2004), os equipamentos médico-cirúrgico são ferramentas que se

utilizam para o cuidado da saúde do paciente, que é objectivo final das instituições sanitárias.

Entretanto, a ruptura deste equipamento, poderá afectar negativamente a todas actividades dos

serviços da saúde, particularmente os doentes que necessitam de tratamentos.

O estudo mostrou que o Hospital Militar de Nampula regista rupturas de stock de material

médico-cirúrgico que dura até pelo menos 50 dias para a sua reposição e que é constante a sua

reposição em até pelo menos 10 dias.

Page 35: Monografia   gestão de material médico-cirúrgico nas unidades sanitárias

33

CAPITULO V: CONCLUSÃO E SUGESTÕES

5.1. CONCLUSÃO

Os resultados da pesquisa mostram que:

o 75,0% dos inquiridos afirmaram que a gestão dos materiais médico-cirúrgicos no

Hospital Militar de Nampula observa na íntegra o plano de necessidades de cada

sector de actividades,

o 50,0% dos inquiridos afirmaram que a requisição do material médico-cirúrgico para os

diferentes sectores é feita de acordo com os procedimentos legais e normais, isto é,

usam sempre um livro de requisição,

o 100,0% dos inquiridos afirmaram categoricamente que sempre há ruptura stock deste

precioso material hospitalar,

o 62,5% dos inquiridos afirmaram que é constante o registo de rupturas de stock que

comprometem o funcionamento pleno do Hospital e discordam também a coerência do

plano de consumo periódico e o material requisitado para o efeito,

o 62,0% dos inquiridos afirmaram que o tempo médio de espera para reposição de stock

dos consumíveis têm sido de pelo menos 10 dias.

Contudo, de acordo com os resultados da presente pesquisa aceita-se afirmar que houve má

gestão do material médico-cirúrgico no Hospital Militar de Nampula, visto que, registou-se

rupturas de stock que comprometeram o funcionamento pleno do Hospital bem como a

incoerência do plano de consumo periódico, como também a demora na reposição do stock.

Page 36: Monografia   gestão de material médico-cirúrgico nas unidades sanitárias

34

5.2. SUGESTÕES

o A direcção do Hospital em coordenação com o economato da unidade sanitária devem

comunicar com antecedência ao nível suprior (distrito ou DPS) a situação de stock de

material médico-cirúrgico antecipadamente para surpir as constantes rupturas bem

como a longa demora de reposição,

o O economato do Hospital deve distribuir o material médico-cirúrgico olha sempre no

consumo dos sectores de actividades,

o Elaborar relatórios conjuntos e partilhá-los a todos os membros do colectivo de

direcção do Hospital.

Page 37: Monografia   gestão de material médico-cirúrgico nas unidades sanitárias

35

BIBLIOGRAFIA

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NEVES, Maria Augusta Ferreira e Bolinha Sandra Macs. Matemática aplicada a ciências

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Page 39: Monografia   gestão de material médico-cirúrgico nas unidades sanitárias

37

APÊNDICE

Page 40: Monografia   gestão de material médico-cirúrgico nas unidades sanitárias

QUESTIONÁRIO

No âmbito da conclusão do curso de Licenciatura em Gestão de Empresas na Universidade

Pedagógica - Delegação de Nampula, é elaborado este questionário para a obtenção de

informação que responda o tema “Gestão de Material Médico-Cirúrgico - Caso de Hospital

Militar de Nampula”da estudante Lurdes Cassimo Edrisse Colia Para o efeito, venho por

este meio pedir a sua colaboração no preenchimento do presente questionário.

Marque com X e, cada questão, tem apenas uma opção 1 – Concordo 2 – Concordo

Totalmente; 3 – Discordo; 4 -Discordo Totalmente

Ordem Perguntas 1 2 3 4

1. Avaliação da gestão do material médico – cirúrgico no Hospital Militar de Nampula

1.1 A requisição do material médico-cirúrgico para os diferentes sectores é feita de acordo com os procedimentos normais e legais (ex: uso de livro de requisição)

1.2 Há cumprimento integral do plano de necessidade (consumo Vs

necessidades)

1.3 O Hospital Militar de Nampula tem sempre stock suficiente de Material médico-cirúrgico para satisfazer as necessidades dos

sectores.

1.4 Registam-se rupturas de estoque que comprometem o bom funcionamento hospitalar.

2. Analisar o plano de distribuição periódico de Material Médico-Cirúrgico da unidade

sanitária

2.1 A distribuição de material médico – cirúrgico é feita de acordo

com plano de distribuição pré-definido.

2.2 São produzidos relatórios de distribuição deste material

2.3 Os relatórios de distribuídos são socializados junto aos

colaboradores?

2.4 O plano de consumo periódico de materiais corresponde com os previamente elaborados.

Marque com X e, cada questão, tem apenas uma opção 1 – Mau 2 – Razoável; 3 – Bom; 4 –

Muito Bom

Ordem Perguntas 1 2 3 4

1. Avaliação do sistema de Controlo Interno na gestão do material médico – cirúrgico

1.1 Como avalia o sistema de controlo de stock de material medico?

1.2 Como avalia a segregação de funções e divisão de responsabilidades no processo de gestão de material médico.

1.3 Como avalia a qualidade gestão de material médico-cirúrgico afecto ao hospital

Page 41: Monografia   gestão de material médico-cirúrgico nas unidades sanitárias

Marque com X e, cada questão, tem apenas uma opção 1 – Baixo 2 – Razoável;

3 – Elevado; 4 –Muito elevado

1 2 3 4

1.4 Como avalia o tempo médio de espera na reposição de stock de material médico-cirúrgico, no circuito Unidade Sanitária - Economato Provincial.

Qual tem sido para si em média tempo de espera na reposição de stock de material médico-cirúrgico, no circuito Unidade Sanitária - Economato Provincial. Coloque X a resposta que

mais lhe convier. Menos de 10 dias____; de 10 a menos de 20 dias_____ de 20 dias a menos de 30 dias______;

de 30 dias `a mais de 50 dias _____; mais de 50 dias_____.

Refira-se dos pontos fortes e fracos no envolvimento das comunidades locais e colaboradores

na tomada de decisões institucionais.

Pontos Fortes -----------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Pontos Fracos ----------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Muito Obrigado, pela atenção dispensada!