Monografia I GioGio
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CAPÍTULO I
1.1) INTRODUÇÃO
O escoamento dos fluidos é um ramo da mecânica, ele satisfaz a um
conjunto de leis fundamentais bem definidas e, portanto, tem-se disponível uma
grande quantidade de tratados teóricos. No entanto, a teoria frequentemente é
frustrante porque ela se aplica principalmente a situações idealizadas, que
podem se tornar inválidas nos problemas práticos. Os dois principais
obstáculos à validade de uma teoria são a geometria e a viscosidade. O
segundo obstáculo é a ação da viscosidade, que só pode ser desprezada em
certos escoamentos idealizados.
1.2) CONCEITOS
Podemos dividir os fluidos em duas classes: líquidos e gases. Um
líquido, sendo composto por moléculas relativamente agrupadas com forças
coesivas fortes, tende a manter seu volume e formar uma superfície livre em
um campo gravitacional, se não estiver confinado na parte superior. Como as
moléculas dos gases são amplamente espaçadas, com forças coesivas
desprezíveis, um gás é livre para se expandir até os limites das paredes que o
confinam. Os gases não podem formar uma superfície livre e, assim sendo, os
escoamentos de gases raramente estão ligados aos efeitos gravitacionais,
exceto o empuxo térmico.
1.3) O FLUIDO COMO UM MEIO CONTÍNUO
As moléculas não estão fixas em uma estrutura, mas movem-se
livremente umas em relação às outras. Dessa maneira a massa específica do
fluido, ou massa por unidade de volume, não tem um significado preciso
porque o número de moléculas que ocupam um dado volume varia
continuamente. Esse efeito torna-se sem importância se a unidade de volume
for grande. A maioria dos problemas de engenharia trabalha com dimensões
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físicas muito maiores do que esse volume-limite, de maneira que a massa
específica é essencialmente uma função pontual e as propriedades do fluido
podem ser consideradas variando continuamente no espaço. Tal fluido é
chamado meio contínuo, que simplesmente significa que a variação de suas
propriedades é tão suave que o cálculo diferencial pode ser usado para
analisar o composto
1.4) PROPRIEDADES
Primeiramente, entre as propriedades de um escoamento está o campo
de velocidade V(x, y, z, t). Na verdade, determinar a velocidade
frequentemente equivale a resolver um problema de escoamento, uma vez que
outras propriedades derivam diretamente do campo de velocidade. Embora o
campo de velocidade V seja a propriedade mais importante de um fluido, ele
interage estreitamente com as propriedades termodinâmicas do fluido. Algumas
propriedades estão listadas abaixo:
1.4.1) Pressão (p) : é a tensão (de compressão) em um ponto no fluido
estático. Junto com a velocidade, a pressão p é a mais importante
variável dinâmica em mecânica dos fluidos. Diferenças ou
gradientes de pressão geralmente causam o escoamento do
fluido, especialmente em dutos;
1.4.2) Temperatura (T) : é uma medida do nível da energia interna de um
fluido. Ela pode variar consideravelmente durante um escoamento
em alta velocidade de um gás;
1.4.3) Massa específica ( ρ ¿: é a massa do fluido por unidade de
volume. A massa específica é muito variável em gases e aumenta
quase proporcionalmente com a pressão. A massa específica dos
líquidos é quase constante;
1.4.4) Peso específico ( γ ¿: é o peso do fluido por unidade de volume. A
massa específica e o peso específico são simplesmente
relacionados pela gravidade (γ= ρg¿;
1.4.5) Energia interna (û ): a única energia de uma substância é aquela
armazenada em um sistema por atividade molecular e forças de
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ligação molecular. Isso é chamado comumente de energia
interna.
1.5) VISCOSIDADE
É uma medida quantitativa da resistência de um fluido ao escoamento,
ela determina a taxa de deformação do fluido que é gerada pela aplicação de
uma dada tensão de cisalhamento. Os fluidos lineares que seguem a Equação
são chamados de fluidos newtonianos, em homenagem a Isaac Newton, que
enunciou pela primeira vez essa lei de resistência em 1687. A tensão de
cisalhamento é proporcional à inclinação do perfil de velocidade e é maior junto
à parede. Além disso, na parede, a velocidade é zero em relação à parede:
essa é chamada de condição de não escorregamento e é característica de
todos os escoamentos de fluidos viscosos. A viscosidade de fluidos
newtonianos é uma verdadeira propriedade termodinâmica e varia com a
temperatura e a pressão. O principal parâmetro que correlaciona o
comportamento viscoso de todos os fluidos newtonianos é o adimensional
número de Reynolds:
Re muito baixo indica movimento viscoso muito lento, no qual os efeitos
da inércia são desprezíveis. Re moderado implica escoamento laminar com
variação suave. Número de Reynolds Re alto provavelmente indica
escoamento turbulento, que pode variar lentamente no tempo, mas impõe
fortes flutuações randômicas de alta frequência.
1.7) CAMPOS DE ESCOAMENTO
Os campos de escoamento podem ser visualizados de muitos modos
diferentes, e pode-se visualizá-los em esboços ou fotografias e aprender muito
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qualitativamente e muitas vezes quantitativamente sobre o escoamento. Quatro
tipos básicos de linhas são usados para visualizar os escoamentos:
1.7.1) Linha de corrente é uma linha tangente em todos os pontos ao
vetor velocidade em um dado instante;
1.7.2) Linha de trajetória é o caminho real percorrido por uma
determinada partícula de fluido;
1.7.3) Linha de emissão é a linha formada por todas as partículas que
passaram anteriormente por um ponto prescrito;
1.7.4) Linha de filete é um conjunto de partículas de fluido que formam
uma linha em um dado instante.
1.8) EXERCICIOS PROPOSTOS
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CAPÍTULO II
2.1) PRESSÃO
Existem dois princípios importantes da condição hidrostática, ou livre de
cisalhamento: não há variação de pressão na direção horizontal e há uma
variação de pressão na direção proporcional à massa específica, à gravidade e
à variação de profundidade. A relação entre a pressão e a força é dada pela
seguinte equação:
sendo f a força líquida por unidade de volume do elemento. Logo, não é a
pressão, mas sim o gradiente de pressão que causa uma força líquida a ser
equilibrada pela gravidade ou aceleração ou algum outro efeito no fluido.
2.2) LEITURAS DE PRESSÃO
Podem ser especificadas como absoluta ou de intensidade total ou
relativa, em relação à atmosfera ambiente local. O segundo caso ocorre porque
muitos instrumentos de medida de pressão são do tipo diferencial e medem
não um valor absoluto, mas a diferença entre a pressão do fluido e a atmosfera
local. A pressão medida pode ser mais alta ou mais baixa do que a pressão
atmosférica local, dando-se um nome para cada caso:
2.3) PRESSÃO HIDROSTÁTICA
Pela lei de Newton, a soma dessas forças por unidade de volume é igual
à massa por unidade de volume (massa específica) vezes a aceleração do
elemento de fluido. Se o fluido estiver em repouso ou a velocidade constante,
a=0 e fvisc=0. A Equação para a distribuição de pressões se reduz a:
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Essa é uma distribuição hidrostática e é correta para todos os fluidos em
repouso, independentemente de sua viscosidade, porque o termo viscoso
desaparece. Lembre-se da análise vetorial em que o vetor ∇ p expressa a
intensidade e direção da máxima taxa de incremento espacial da propriedade
escalar p. Consequentemente,∇ p é em todos os pontos perpendicular às
superfícies de p constante. Assim, a Equação acima diz que um fluido em
equilíbrio hidrostático irá alinhar suas superfícies de pressão constante com a
normal ao vetor aceleração da gravidade local, em todos os pontos. O
acréscimo máximo de pressão será na direção da gravidade — isto é, “para
baixo”. Se o fluido for um líquido, sua superfície livre, estando à pressão
atmosférica, estará normal à gravidade local, isto é, será “horizontal”.
Conclui-se que a pressão em um fluido estático uniforme continuamente
distribuído varia somente com a distância vertical e é independente da forma
do recipiente. Ela é a mesma em todos os pontos em um dado plano horizontal
no fluido. Ela aumenta com a profundidade no fluido.
2.4) FORÇAS HIDROSTÁTICAS EM SUPERFÍCIES PLANAS
Desprezando as mudanças de densidade do fluido, a pressão em
qualquer superfície submersa varia linearmente com a profundidade. A Figura
abaixo mostra um painel plano de formato arbitrário completamente submerso
em um líquido:
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Tem-se, que:
A força sobre um dos lados de qualquer superfície plana submersa em
um fluido uniforme é igual ao produto da pressão no centroide da placa pela
área da placa, independentemente do formato da placa ou do seu ângulo de
inclinaçãoθ. Porem, para equilibrar a porção do momento de flexão da tensão,
a força resultante F não atua pelo centroide, mas abaixo dele, na parte de
maiores pressões. Sua linha de ação passa pelo centro de pressão CP da
placa, cujas coordenadas são dadas pelas equações:
2.5) FORÇAS HIDROSTÁTICAS EM SUPERFÍCIES CURVAS
Para fazermos os cálculos, precisamos, primeiramente, decompor as
forças em vertical e horizontal.
A componente horizontal da força pode ser calculado pela fórmula de
superfície plana, com base em uma projeção vertical da área da superfície
curva. Essa é uma regra geral, que simplifica a análise: O componente
horizontal da força decorrente da pressão sobre uma superfície curva é igual à
força sobre a área plana formada pela projeção da superfície curva sobre um
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plano vertical normal ao componente. No caso de dois componentes
horizontais, ambos podem ser calculados por esse esquema. O somatório das
forças verticais sobre o corpo livre (fluido) mostra, então, que:
Resumindo:
O componente vertical da força decorrente da pressão sobre uma superfície
curva é igual em intensidade e direção ao peso da coluna total de fluido, tanto
do líquido como da atmosfera, acima da superfície curva.
2.6) EMPUXO
São usados os mesmo principior no cálculo das forças hidrostáticas
sobre superfícies podem ser aplicados para calcular a força líquida de pressão
sobre um corpo completamente submerso ou flutuante.
Um corpo imerso em um fluido está sujeito a uma força de empuxo
vertical igual ao peso do fluido que ele desloca.
Um corpo flutuante desloca seu próprio peso no fluido em que flutua.
Tem-se, portanto, a equação generalizada:
2.7) EXERCICIOS PROPOSTOS
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